Ecoepidemiologia da Doença de Chagas e
Sistemática de Triatominae e Cimicidae
Dr. Walter Ceretti Junior
Responsável: Dra. Eunice Bianch Galati
cerettiw@usp.br
Doença de Chagas
• Antropozoonose causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi (T. cruzi); • É encontrada principalmente na América Latina;
• Transmitida por insetos triatomíneos, conhecidos também, por “barbeiros” ou “chupões”, entre outros, (dependendo da região geográfica) que eliminam a forma infectante (tripomastigota) pelas fezes durante a alimentação;
• Manifestações clínicas de curso agudo e crônico;
• Fase crônica pode levar décadas para comprometer seriamente coração, esôfago e intestino; • No Brasil predomínio das formas crônicas – 2 - 3 milhões de indivíduos infectados;
• Alto impacto dos pontos de vista psicológico, social e econômico;
envolvendo reprodução do ciclo do parasito no vetor e mamíferos; a íntima relação entre a domiciliação do vetor e o contato com o homem;
e as péssimas condições de moradia do homem do campo.
Histórico
Infecção humana por T. cruzi segundo OMS (1996) adaptado de Dias (2000)
6 a 8 mi. Infectadas; 28 mil
casos/ano – 8 mil recém nascidos 28 mi. expostos ao risco
21 países com endemia. (PAHO/WHO, 2014)
Área de Endemismo da Infecção Chagásica
Distribuição da doença de Chagas no Brasil
Área endêmica Área enzoótica
Casos humanos isolados
Fonte: Trends of Parasitology
1,8 a 2,5 mi. acometidos pela moléstia de Chagas
Anos de vida ajustados por incapacidade (DALY) atribuíveis à doença de Chagas, por 100.000 pessoas, para 2010, por país.
Mapa preparado com base em dados de Murray et al.
Peso das enfermidades Transmissíveis na América Latina e Caribe
Ciclo Silvestre Natural Construção de cafua na zona rural
Mudança da zona rural para as regiões periurbanas e urbanas. Tornou-se uma zoonose típica.
Doença de Chagas
Fase aguda
Fase Crônica
Algumas semanas
Meses/Anos
Alta taxa de parasitas
no sangue
Baixa taxa de parasitas
no sangue
Infecção generalizada
Infecção somente
tecidual
Sintomas – fase aguda
febre
cefaléia
mialgia
palidez
dispnéia
edema de membros inferiores
edema de face
dor abdominal
miocardite
e exantema
Até 2 meses – principalmente crianças
Diagnóstico
Demonstração do parasita:
Exame de sangue
Gota espessa
A fresco
Esfregaço
Biopsia
Xenodiagnóstico
Cultura
Imunobiológicos:
Imunofluorescência
Auxiliares:
Centrifugação
Hemograma
Dosagem de anti-corpo
Tratamento
nifurtimox
(Lampit®)
Benzonidazol
(Rochagan®)
na dose de 8-10 mg kg-1 (≈ 35 μmol kg-1)
na dose de 5-7,5 mg kg-1 (≈ 30 μmol kg-1)
60 a 90 dias
50 e 70% de cura na fase aguda
inferiores a 20% na fase crônica
O Agente Etiológico: T. cruzi
Taxonomía: DOMÍNIO: Eucariota REINO: Protozoa FILO: Euglenozoa CLASSE: Kitenoplastea ORDEM: Trypanosematida FAMÍLIA: Trypanosomatidae GÊNERO: TrypanosomaTrypanosoma cruzi
(hospedeiro: rato) trypomastigota no sangue
Trypanosoma cruzi
(hospedeiro: rato)
amastigotas no músculo cardíaco.
Trypanosoma cruzi
(vetor: triatomíneo) Epimastigotas no intestino
posterior.
Três formas durante o ciclo de vida = epidemiológico
N K
T
N K
Formas do T. cruzi no barbeiro e no homem
Após a alimentação com sangue do shospedeiros/reservatórios contendo tripomastigotas (TRY), os parasitas se transformam no estômago (a) em Epimastigotas (EPI), alguns amastigotas e esferomastigotas (SPH). No intestino delgado (b) os parasitas multiplicam-se e aderem às membranas das células perimicrovilares intestinais. No reto (c) os Epimastigotas multiplicam intensamente e, aderidos às paredes do reto se trnasformam em tripomastigotas metacíclicos (estágios de T.
cruzi) que são eliminadas com as fezes de e
urina.
Ciclo de vida do Trypanosoma cruzi no intestino do inseto vetor.
Padrão geral de distribuição de linhagens e sublinhagens tipadas como
T. cruzi
II de
T. cruzi
; isolados utilizando mini-exon gene.Noireau et al. , 2009
TCI tem a maior distribuição, parte do sul dos EUA até o norte da Argentina e Chile. TCIIa foi reportado na bacia norte do Amazonas e nos EUA, com alguns relatos no sul do bacia amazônica.
TCIIb ocorre principalmente nos países do Cone Sul contudo, também foi relatado na Colômbia
TCIIc está presente desda Bacia do Amazonas para regiões endêmicas do sul enquanto
TCIId e TCIIe só foram relatados nos países do Cone Sul .
Mecanismos de transmissão
Natural-vetor (manutenção da endemia sob a forma enzoótica).
Transfusão sanguínea – urbanização/migração.
Congênita – tripomastigotas originados de ninhos de amastigotas na placenta,
podem alcançar a circulação fetal.
Transplante de órgãos.
Via oral – amamentação (mãe na fase aguda), ingestão de triatomíneos infectados
(animais), canibalismo (barbeiro sugando barbeiro), ingestão de alimentos
contaminados com fezes e urina de barbeiros (caldo de cana, açaí, outros).
Secreções e excreções orgânicas? Fluxo menstrual, leite materno, outros .
Outros artrópodes ? Cimicídeos (SALAZAR et al. 2014)
O Vetor: Hemiptera: Reduviidae: Triatominae
Rhodnius prolixus Panstrongylus megistus
Definição Hemiptera
:
Asas anteriores do tipo hemélitros,
posteriores
sempre
membranosas,
ausentes em alguns grupos (afídeos,
coccídeos);
Glândulas odoríferas dorsais (abdomen)
Rostro com 3 ou 4 segmentos;
Mandíbulas e lacíneas maxilares formando
estiletes concêntricos que envolvem os
canais salivar e alimentar;
Palpos maxilares e labiais ausentes.
canal salivar canal alimentar maxila mandíbula Aparelho bucal sugador labial tetraqueta Corte transversal dos estiletes mandíbula maxila labro lábio membrana cório
Fóssil de Hemiptera
(Miridae) de cretáceo
(125 mi de anos)
Alto
Pennsylvannian*
cerca de 286 mi:
*período geológico do Carbonífero que precede o Permiano
Fóssil de Hemiptera
(Cicadelidae) de cretáceo
(125 mi de anos)
Origem de Hemiptera
Filogenia de Hemiptera
Forero, D. 2009. St er no rr hyn ch a Au ch en or rh yn ch a Co le or rh yn ch a En ic oc ep halo mo rp ha Dip so cor omo rp ha Ge rr omo rp ha Ne po omor ph a Le pt op od omo rp ha Cimic omo rp ha Pe nt at oo mo rp haHeteroptera
Cabeça livre, quatro segmentos antenais, quarto segmento antenal mais longo
que o primeiro;
o corpo com uma área achatada dorsal para receber as asas, as veias anais
das asas dianteiras fundidas formando uma veia em forma de Y; mecanismo de
acoplamento da asa do tipo heteroptera;
tergitos abdominais unidos pelo conexivo que é laminar, espiráculos
abdominais ventrais
cone anal formando único elemento exposto;
pernas anteriores raptatórias.
1 2 3 4 5 6 7
1 – cabeça
2 – perna anterior
3 – pronoto
4 – escutelo
5 – asa anterior
6 – conexivo
7 – perna mediana
8 – perna posterior
8Descrição,
Distinção com outros Heteroptera
Rostro originando-se em um prolongamento da cabeça, na frente
dos olhos, apresentando 3 ou 4 seguimentos Rostro Com 4 segmentos: Hemípteros fitófagos Com 3 segmentos:
Quando reta, formando com a cabeça em baixo ângulo agudo;
Hemípteros hematófagos
Quando recurvado para baixo em ãngulo cuverlíneo: Hemípteros predadores de
insetos.
Hematofagismo em
Heteroptera
Família Subfamília / Tribo hematofagiafacultativa hematofagia obrigatória Rhyparochromidae Rhyparochrominae / Cleradini Reduviidae Emesinae Harpactorinae Peiratinae Reduviinae Triatominae Anthocoridae Anthocorinae / Anthocorini e Xylocorini Cimicidae Afrociminae Cimicinae Cacodminae Haematosiphoninae Latrocimicinae Primicimicinae Polyctenidae Hesperocteninae Polycteninae
Reduviidae
Família Reduviidae
sub-family Harpactocorinae
25 Subfamílias
913 Gêneros = cerca de 6250 espécies
(Maldonado Caprilles, 1990)
Corpo alongado, achatado dorso-ventralmente; tamanho médio a grande, 12-36 mm de comprimento
Coloração castanho escura ou preta, frequentemente com desenhos ou manchas amarelos, alaranjados
ou vermelhos
Cabeça estreita e alongada com sulco transversal entre os olhos que são grandes, ocelos presentes;
Rostro curto, trisegmentado e ajustado ao sulco estridulatório situado no prosterno, exceto em
Cavernicola e Linshcosteus (Subfam. Triatominae)
Antenas com 4 segmentos,
Abdome alargado no meio, ficando as margens espostas lateralmente às asas (conexivo)
Tarsos trímeros, exceto em Aradomorpha, pernas anteriores raptatoriais
Amplamente distribuídos pelo mundo, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais; maioria
Neotropical, apenas Holoptilinae e Tribelocephalinae não têm representantes na região neotropica
(Costa Lima, 1940)
Hábitat:
Imaturos e adultos terrestres;
Ecologia:
Em geral, predadores, alguns representantes exercem hematofagia, de hábitos noturnos; Durante a
alimentação utilizam as pernas anteriores para imobilizar as presas enquanto, perfuram o abdômen
dessas, com o rostro, para sugar os fluidos corpóreos e injetar toxinas. Geralmente servem-se de outros
insetos e aranhas.
SUBFAMÍLIA TRIATOMINAE
5 Tribos
15 Gêneros = + 150 espécies
Galvão & Justi, 2014
Posição Sistemática dos Triatomínae
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta ou Hexapoda
Ordem: Hemiptera
Subordem: Heteroptera
Infraordem:Cicadomorpha
Superfamília: Reduvioidae
Família: Reduviidae
Subfamília: Triatominae
Rostro reto, projetado para trás durante o repouso, nunca ultrapassando as pernas anteriores.
Sulco estridulatório presente, exceto Linshcosteus e Cavernicola
Conexivo contínuo nos machos e com chanfradura nas fêmeas
Fêmeas põem ovos isolados, não aglutinados – Alguns membros, ex. gen. Rhodnius secretam uma espécie de
cimento, importante para adesão ao corpo do vertebrado hospedeiro (reservatório)
Hematófagos estritos em todas as fases da vida
Abdome expansível permitindo ingerir grandes quantidades de sangue.
Tamanho: fêmeas geralmente maiores que os machos
Dipetalogaster maximus > spp = 44 mm;
Alberprosenia goyovargasi < spp = 5,0 mm
K-estrategistas segundo Rabinovich 1972
Labela Labium Labium Clipeo Antena Olhos compostos Ocelo Mandíbulas Labium Lacínia Vaso sanguíneo
Finalizando o repasto
Ingerem 4 vezes o volume do corpo em sangue
Dobra abdominal de
Dipetalogaster maxima
Evolução do hematofagismo de Triatominae
Predadores de vida livre dando origem a... ...hematófagos facultativos habitando ninhos de vertebrados, evoluindo para... ...hematófagos obrigatórios
Hematofagia
Hemolinfagismo: T. rubrovaria alimenta-se em hemolinfa de aranhas, bichos-da-seda ou baratas (ABALOS e
WYGODZINSKY, 1951; LENT e WYGODZINSKY, 1979; MILES 1981; JURBERG e LOROSA, 1999; LOROSA 2000;
SCHOFIELD, 2000)
T.circumaculata completa o ciclo de vida imaturo-adulto alimentando-se em baratas (LOROSA et al., 2000)
Eratyrus mucronatus – ninfas “jovens” alimentam-se em invertebrados, ninfas “velhas” e adultos em vertebrados
(LENT e WYGODZINSKY 1979; MILES 1981; SCHOFIELD 2000).
Cleptohemodeipnonismo ou cleptohematofagismo (RYCKMAN 1951) = forma de “canibalismo” – ninfas que não
conseguiram alimentar-se em vertebrado, o fazem em outras que efetuaram o hematofagismo
Ex.: Belminus herreri alimenta-se em Rhodnius prolixus (SANDOVAL 2000)
Fitofagismo (Díaz-Albiter et al. 2016) = Verificou-se em laboratório que em certas ocasiões triatomíneos podem
se nutrir de seiva vegetal (tomates) ou alimentar-se artificialmente .
Ex.: Rhodnius prolioxus
Triatoma brasiliensis nymphal instar feeding on the
hemolymph of an immobilized scolopendra.
Hemolinfagismo
Triatoma pseudomaculata fifth instar nymph attempting
to feed on a cockroach, Periplaneta americana
Fonte: Pontes et al. 2011 Fonte: Noireau et al 2009
Feeding behaviour of Belminus ferroae (Hemiptera: Reduviidae), a predaceous Triatominae colonizing rural houses in Norte de Santander, Colombia
Medical and Veterinary Entomology
Volume 24, Issue 2, pages 124-131, 19 APR 2010 DOI: 10.1111/j.1365-2915.2010.00868.x
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2915.2010.00868.x/full#f2
(A) Cannibalism by first-stage nymphs of B. ferroae feeding on a fifth-stage nymph of the same species. (B) First-stage nymph
of B. ferroae feeding from expulsed saliva of an adult cockroach (Blaberus sp.) (C). First-stage nymphs of B. ferroae feeding by
haemolymphagy from an adult Blaberus.
Refeições artificiais e fitofagismo de Rhodnius prolixus
Gutemberg Brito/IOC-Fiocruz E
Ingestão de refeições artificiais de açúcar por ninfas do primeiro estádio de Rhodnius prolixus. Os animais foram expostos a algodão
embebido com bromofenol (1% p / v) mais sacarose 10% (p / v) (a e c, experimental) ou solução de azul de bromofenol (1% em água) (b
e d, controlos), alimentndo-se em tomate (e).
Outros hospedeiros
Órgãos sensoriais de R. prolixus
REP
Integração Multimodal
Odor Calor Vapor d’água
Localização do hospedeiro & Hematofagia
Estímulos externos
Motivação
Mimetismo
Triatoma dimidiata
Rhodnius barretti
Reprodução
Hemimetábolo - • Cópula: 15 - 30min • Eclosão ocorre de 10 a 30 dias após a postura • Duração do ciclo varia entre espécies, temperatura, umidade e da frequência de alimentação ○ Há espécies que demoram em média 3 meses para se tornarem adultos, e espécies que demoram dois anos • São então espécies de vida longa e ciclos longos
Hemimetabolia
Hemimetabolia e ciclos de vida de triatomíneos
Ciclo de vida curto: menos de três
meses;
Ciclo de vida longo: pode chegar a dois
anos.
OBS: Em condições de laboratório a maioria das espécies apresenta um ciclo médio de 6 a 15 meses.
É necessário, pelo menos, um repasto antes de cada muda.
Temperatura: 27°C a 35°C Umidade: 65% a 80%
Triatominae são K-estrategistas:
• a taxa de crescimento populacional é muito baixa comparada a de outros insetos;
• a longevidade média observada é relativamente alta;
• capacidade de dispersão é aparentemente baixa, pois esses insetos tendem a
manter-se próximos à fonte alimentar e
• por apresentarem grande resistência ao jejum.
Descrição de Triatominae
Rostro reto, projetado para trás durante o repouso, nunca ultrapassando as
pernas anteriores.
Sulco estridulatório presente, exceto Linshcosteus e Cavernicola
Conexivo contínuo nos machos e com chanfradura nas fêmeas
Fêmeas põem ovos isolados, não aglutinados – Alguns membros, ex. gen.
Rhodnius secretam uma espécie de cimento, importante para adesão ao corpo
do vertebrado hospedeiro (reservatório)
Hematófagos estritos em todas as fases da vida
Abdome expansível permitindo ingerir grandes quantidades de sangue.
Tamanho: fêmeas geralmente maiores que os machos
Dipetalogaster maximus > spp = 44 mm;
Alberprosenia goyovargasi < spp = 5,0 mm
Cabeça
livre; sub-cilíndrica
presença de gula (em extensão: buculla); antenas 4 segmentadas;
ocelos;
sulco pós-ocular
1° segmento do rostro labro
2° segmento do rostro 3° segmento do rostro 1° segmento antenal sinlípsis gena juga clípeo Tubérculo antenífero ocelo olhos A
Cabeça: vista dorsal e lateral
Ovos
Triatoma infestans
Psannolestes arthuri
Rhodnius prolixus
Rólon et al., 2011
Fêmea
Macho
Diferenciação sexual em ninfas
Vista dorsal do Processo do I Urotergito de Triatoma tibiamaculata (Pinto, 1926) com as mensurações morfométricas: LBU1- Largura Basal do 1o Urotergito; LBU2- Largura Basal do 2o Urotergito; LMAC- Largura Maior da Área Circular; LAU2- Largura Apical do 2o Urotergito; CU1- Comprimento do 1o Urotergito; CU2- Comprimento do 2oUrotergito (Osorio-Quintero et al. 2019)
A: Escutelo do macho de T. vandae em desenho de câmara clara. CP: Corpo Principal do escutelo. DC: Depressão Central com observações das “sensillas”. PP: Processo Posterior do escutelo. APP: Ápice do Processo Posterior do escutelo. DM: Depressão Mediana do escutelo. BL: Bordos Laterais do escutelo; B: Microscopia Eletrônica de Varredura.
B
A
Distribuição Geográfica
Gênero Linschosteus 6 espécies 5 Tribos, 18 Gêneros cerca de 139 espécies Complexo T. rubrobasciata 7 espécies•Este gênero possui uma espécie fóssil, P. hispanolae, Poinar Jr., 2013. •Este gênero possui uma espécie fóssil, T. dominica, Poinar Jr., 2005.
Fonte: Galvão, 2014 (atualizado)
Gênero Belminus
Brasil Perú Equador Colômbia Venzuela Guianas Panamá Costa Rica Guatemala Hopnduras México Cuba Haiti República Dominicana Porto RicoGênero Cavernicola (Barber 1937)
Rhodnius prolixus (Stal 1859)
Altitude (m)
S N
Panstrongylus megistus (Burmeister, 1835)
S N
Latitude (º) Altitude (m)
Separação dos Generos Rhodnius, Triatoma e Panstrongylus por meio da inserção das antenas.
Segundo Pinto, 1931
T. cruzi I predomina nos reservatórios silvestres, ao passo que T. cruzi II é responsável pela
doença de Chagas no ciclo doméstico. A ligação entre os dois ciclos é feita por insetos vetores que carregam T. cruzi II para o domicílio.
Ciclos de transmissão do T. cruzi
Zingales e col., 1998 - modificado
T. cruzi II
Doença de Chagas
Ciclo Doméstico
T. cruzi II
Ciclo Silvestre
Hematogafia Hematogafia Hematogafia ? Predação Microenzootia Antroponose Antropozoonose / zooantroponose Entomofagia Entomofagia
Fonte: Modificado de Zeledón R, 1974 [Modificado]
Hematogafia Entomofagia
Entomofagia
Entomofagia
Sinergismo
multifatorial
da DCH
Vetor Triatomíneo Doença de Chagas Agente Etiológico T. cruzi Suscetível Homem Aspectos Ambientais Aspectos Políticos Aspectos Econômicos, Culturais e SociaisTriatomíneos invadem as casas e formam
colônias com algumas centenas de indivíduos. Em busca de:
abrigo
alimento
II - Ciclo intradomiciliar sem colonização
Triatomíneos voam para dentro das residências:
atraídos pela luz;
repelidos por inseticidas,
Trasmissão vetorial associada a ocupação profissional: Extração de piaçava em Barcelos – AM – R. brethesi
Situação Atual
Santa Catariana
2005 – 6 óbitos/30 casos
Triatoma tibiammaculata
Pará 212 casos em 2009 Panstrongylus geniculatus Rhodnius pictipes
Ciclos de transmissão oral
Bahia
7 casos em 2006 -Macaúbas
Fluxograma para avaliação da transmissão vertical do T. cruzi (Ministério da Saúde, 2005)
Ambos Não Reagentes 02 Métodos
diagnósticos
Amostras de soro ou plasma Testres ELISA, IFI, OU HAI
Ambos Reagentes Negativo Positivo Se o quadro permanecer inderteminado = Resultado Inconclussivo Realiza Testes de PCR/WB Repetir os Testes Negativa ou não realizada Sorologia de IgG 6-9 meses de vida
Não reagente Reagente
Fim do segmento
Mãe com sorologia reagente confirmada Pesquisa de T. cruzi no RN: duas amostras no primeiro mês (se positivo) Positiva Tratamento
Migration routes from Latin America and estimation of the total number of infected individuals in non-endemic countries.
From: Chagas disease: a new worldwide challenge
Doença de Chagas no Mundo Atual
N
6 a 7 milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas
Fonte: WHO 2019
29.000 a 30.000 por ano por transmissão vetorial, mais 8.000 outros casos por outros modos
Figure 1. The Global Distribution of Cases of Chagas Disease (CD). Global migration has led to an increasing incidence of CD across the world within regions previously thought to be nonendemic for infection. The spread of CD throughout these areas may be probl...
Fonte: Catherine J. Perez, Alan J. Lymbery, R.C. Andrew Thompson. Reactivation of Chagas Disease: Implications for Global Health. null, 2015, Available online 11 October 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.pt.2015.06.006
Rhodnius brethesi
Inicativas continentais de controle segundo espécie vetora
do mal de Chagas
Aadaptado de Guhl (2007) Rhodnius robustus Panstrongylus geniculatus Triatoma maculata Triatoma dimidilata Rhodnius ecuadoriensis Rhodnius prolixus Triatoma infestans Triatoma sordida Triatoma brasiliensis Panstrongylus megistusPrevenção
Amostragem Rhodnius spp. em palmeiras Attalea. A: uma escada é usada para subir uma palmeira
Attalea butyracea para recolher as armadilhas e capturar manualmente os barbeiros; B: uma armadilha adesiva iscadas com ratos com vários espécimes Rhodnius aderidos à fita.
Fonte: Abad-Franch et al. 2010.
Monitoramento de vetores: Captura de
barbeiros em palmeiras
Monitoramento de Vetores: Galinheiro Experimental
Prevenção
Monitoramento
clínico das
populações em
Informação: batedores de açaí recebem orientações sobre doença de Chagas
Educação Sanitária
Prevenção
Orientação e Campanhas
Controle Químico
Foto: A s c om I pi a ç uControle biológico
Beauveria bassiana