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LE FIGAROSCOPE LIBÉRATION LE MONDE ROLLING STONE PREMIÈRE

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Academic year: 2021

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O ÚLTIMO ELVIS

Carlos Gutiérrez é um imitador

de Elvis. À noite, no mundo

esplendoroso de imitadores

de celebridades de Buenos

Aires, ele é uma estrela. De

dia, é um empregado fabril sem

futuro. Até que um acidente

trágico o obriga a reconsiderar

as suas prioridades.

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Carlos Gutiérrez é um imitador de Elvis que tem uma filha pequena que

raramente vê. A crença absoluta de ser a reencarnação de Elvis leva a

uma negação completa da sua própria realidade. À noite, no mundo

esplendoroso de imitadores de celebridades de Buenos Aires, ele é

uma estrela. De dia, é um empregado fabril sem futuro. Sentindo-se

mais próximo do Rei do que da sua própria família, Gutiérrez continua

a afastar-se da realidade até que um acidente trágico o obriga a aceitar

as suas responsabilidades no mundo real.

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NOTAS DO

REALIZADOR

O ÚLTIMO ELVIS

Eu sou um realizador de terceira geração. Quando era pequeno,

costumava ir às rodagens do meu pai e do meu avô. Trabalhei como

figurante, em produção, na pesquisa de locais de rodagem, enquanto

realizador. Não sei exactamente porque é que o faço. Sei apenas que

gosto de o fazer e não me vejo a fazer outra coisa.

Acredito que o cinema, sendo uma combinação da maioria das outras

artes, quando é bem feito, é, sem dúvida, a arte que mais fundo vai e

que mais sentimentos diferentes mobiliza. É também a mais difícil de

levar a cabo, porque ter tanta gente envolvida torna fácil falhar em

áreas diferentes: o argumento, a representação, a música, a montagem,

a realização. Se não se está consciente de tudo o que se passa à volta,

pode haver resultados inesperados que parecem destoar ou que dizem

alguma coisa que não tem nada a ver com o que se tinha planeado.

E, no mundo actual, acredito que o cinema ainda é um trabalho de artesão,

ainda que, hoje, os meios de comunicação sejam sobretudo digitais. Tem de

se fazer pouco a pouco, passo a passo, com total dedicação.

O ÚLTIMO ELVIS é um filme sobre identidade, sobre falta de carácter, sobre

moldar a nossa personalidade de acordo com o que vemos nos outros. É

a história íntima de um homem que vive a vida imitando outro, que chega

mesmo a acreditar que é esse outro, e isso afecta a sua família, em especial

a filha. Este homem tem uma realidade que o rodeia e um sonho a alcançar.

É um filme com diferentes registos e estados de espírito. É por isso que eu

acho que o cinema era a melhor maneira de o contar, porque me permitia

misturar a música de Elvis com esta realidade que não tem nada a ver com

ele. A realidade em que vive Carlos Gutiérrez, o personagem principal. O

cinema permite-me narrar visualmente a loucura de Carlos e também

mostrar como ele consegue alcançar o seu sonho, aquilo que ele mais

deseja.

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SOBRE O

REALIZADOR

Nascido em Buenos Aires, em 1978, Armando Bo tem trabalhado em cinema

e publicidade desde os 17 anos. Pertence à terceira geração de uma família

de realizadores. Em 2005, com Patricio Alvarez, criou a Rebolucion, uma das

maiores produtoras comerciais da Ibero-América. É um dos realizadores de

publicidade mais procurados do mundo, actividade que lhe valeu para cima

de 50 prémios internacionais. Em 2009, co-escreveu BIUTIFUL com Alejandro

González Iñárritu e Nicolás Giacobone, nomeado para o Óscar de Melhor Filme

de Língua Estrangeira.

A sua primeira longa-metragem, O ÚLTIMO ELVIS , estreou no Festival de

Sundance.

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O ÚLTIMO ELVIS

REVISTA DE

IMPRENSA

Tal como outra longa-metragem recente da América Latina, TONY MANERO, de 2008, o drama argentino O ÚLTIMO ELVIS anda à volta de uma obsessão da cultura pop que pendeu para o território da ilusão perigosa. Mas a primeira longa-metragem do realizador Armando Bo — seleccionada para o recente Festival de Cinema de Los Angeles — está muito longe de ser tão negra ou politicamente orientada como o filme chileno citado. Ancorado num desempenho demolidor de John McInerny, um imitador real de Elvis Presley, o estudo de carácter solidário de Bo centra-se no vazio da vida de um homem, enquanto este se prepara para a sua última aparição.

Bo e o co-argumentista Nicolás Giacobone, dois dos argumentistas creditados de BIUTIFUL, de Alejandro González Iñárritu, não proporcionam conclusões fáceis ou redenção ao seu protagonista (ELVIS é um filme muito mais coeso e convincente do que BIUTIFUL). Operário fabril de dia e estrela medíocre à noite, Carlos “Elvis” Gutiérrez construiu a vida inteira, tal como é, em torno desta identidade emprestada. No seu apartamento decrépito e escassamente mobilado, o que vê no pequeno ecrã resume-se a concertos e entrevistas de Presley. Insiste em chamar a ex-mulher (Griselda Siciliani) Priscilla, apesar de o nome dela ser Alejandra, e a filha pequena deles (Margarita Lopez) chama-se, naturalmente, Lisa Marie.

As tentativas desajeitadas de Carlos de ter um comportamento paternal tendem a ser conselhos como “Lembra-te de te manter calma” e a oferta de um pássaro que ele ensinou a dizer “Elvis.” Tendo esgotado a paciência e acreditando que ele não é uma boa influência para a filha de ambos, Alejandra está a tentar obter custódia total. Mas, depois de um acidente grave deixar a ex-mulher no hospital, Carlos e a desconfiada aluna da primária estabelecem um laço mais fundo, ainda que ele se esforce para lhe oferecer algo mais duradouro do que sandes de manteiga de amendoim e banana. O acidente também coloca em suspenso o grande esquema de Elvis – só revelado perto do fim do filme. As suas chamadas para companhias aéreas e de aluguer de limusinas, bem como o plano de interpretar o estarrecedor Unchained Melody num concerto, denotam um afastamento da linha de montagem. Se isso o vai realizar ou afundar na ilusão depende da interpretação, mas quando o filme sofre uma viragem brusca, para fora de Buenos Aires, Bo e McInerny fazem com que os acontecimentos rebuscados e o final ambíguo funcionem.

Arquitecto e intérprete de Elvis a tempo parcial, contratado originalmente por Bo para treinar o seu actor principal, McInerny é absolutamente arrebatador. Ele leva-nos a torcer pelo improvável Carlos, revelando a centelha ainda faiscante por trás de uma aparência corpulenta e abatida. Quando Carlos entra em palco com o seu fato branco do tempo de Vegas, a sua voz suave de barítono e o fraseado gracioso evidenciam não apenas o talento, mas também a dignidade que torna o seu esforço tão animador quanto lastimoso. Entre os outros imitadores de celebridades com quem se cruza (Iggy Pop, John Lennon e Mick Jagger aparecem em várias cenas), Carlos considera-se nada menos do que o Rei (…).

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Um dos 10 melhores filmes de Sundance 2012.

Rolling Stone

Quanto mais [o filme] se define, mais O ÚLTIMO ELVIS se aproxima da tragédia, com um rigor de causar calafrios na espinha. (…) Sai-se, para citar Elvis – o verdadeiro! –, totalmente abalado.

Thomas Sotinel, Le Monde

Quanto mais o filme avança, mais se liberta dos seus lugares-comuns para desvelar a sua natureza, expondo os sintomas de uma bela obra (…).

Guillaume Tion, Libération

Uma primeira obra argentina sensível e melancólica sobre um homem pronto a levar ao limite a sua paixão e a sua loucura.

Emmanuelle Frois, Le Figaroscope

Argentina, Estados Unidos | 2012| Cor | 92 min.

Distribuído por Alambique

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Referências

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