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PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A DITADURA MILITAR NO BRASIL comandado ou comandante?

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Academic year: 2021

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PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

E A DITADURA MILITAR NO BRASIL

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PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

E A DITADURA MILITAR NO BRASIL

COMANDADO OU COMANDANTE?

WESLEY BATISTA ARAÚJO

SHEILA DOS SANTOS SILVA

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©2012 Wesley Batista Araújo; Sheila Aparecida Pereira dos Santos Silva

Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropria-da e estocaapropria-da em sistema de banco de apropria-dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autor.

Ar12 Araújo, Wesley Batista; Silva, Sheila Aparecida Pereira dos Santos. Professor de Educação Física e a Ditadura Militar no Brasil: Co-mandado ou comandante?/Wesley Batista Araújo; Sheila Aparecida Pereira dos Santos Silva. Jundiaí, Paco Editorial: 2012.

168 p. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-8148-069-5

1. Educação Física 2. Educação 3. Ditadura Militar 4. Golpe Militar. I. Araújo, Wesley Batista II.Silva, Sheila Aparecida Pereira dos Santos.

CDD: 796.07

IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Foi feito Depósito Legal

Índices para catálogo sistemático:

1. Educação Física – Esportes 796.07 2. História do Brasil 981 3. Escola – Métodos de Ensino. Pedagogia. A Escola – Política Escolar 371

Rua 23 de Maio, 550 Vianelo - Jundiaí-SP - 13207-070

11 4521-6315 | 2449-0740 contato@editorialpaco.com.br

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AGRADECIMENTOS

À Universidade São Judas Tadeu que, por meio do traba-lho dedicado dos professores, alunos e funcionários do curso de Pós-Graduação/Mestrado, foi o cenário para o desenvol-vimento deste livro.

Aos professores e professoras por mim entrevistados, que além do excelente acolhimento, compartilharam de forma in-tensa suas experiências do cotidiano pedagógico.

À professora Sheila, que com sutileza e tenacidade soube me indicar os caminhos na produção desta obra.

E, por fim, agradeço a família que tenho e a minha prin-cesinha Nicole, que em meados de 2010 veio abrilhantar nossas vidas.

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PREFáCIO

Ao ser convidada por Wesley Araújo, o autor, e pela Profa. Dra. Sheila Silva, orientadora do trabalho de mestra-do, pensei que seria um exercício pessoal de dedicação e de sensibilidade. De dedicação, pois não se prefacia um livro sem estudá-lo por inteiro; conversando, pensando, indagando, as-sinalando, e... “fazendo orelhas em suas páginas” (sinto mui-to dizer, mas faço isso) e outro de sensibilidade, pois, lendo e questionando, também me ponho a pensar como é o seu autor; o que o mobiliza, que história de vida tem; o que o anima... Enfim, por meio das muitas e densas folhas digitadas letra por letra, exaustivamente escritas e muitas vezes refeitas, além das ideias, Wesley também me levou rever e descobrir outras e novas formas de enxergar uma realidade que vivi.

A obra de Wesley Araújo contextualiza o cenário inter-nacional e inter-nacional; modelos, inclinações históricas, sociais, políticas, culturais, formas de entender o mundo e de vivê-lo, particularmente no Brasil, nos anos da Ditadura Militar.

Buscando responder se o regime ditatorial provocou alte-rações na docência da Educação Física escolar, o estudioso faz uma cuidadosa análise do curso de graduação em Edu-cação Física em uma Instituição em Jundiaí; cidade do in-terior do estado de São Paulo; as razões de sua fundação, a organização curricular, os programas de Estudos dos Pro-blemas Brasileiros, Sociologia, Voleibol e de Psicologia, além de indicar a tendência à esportivização (práxis da época) e o caráter pretensamente inovador com a inclusão de conteúdos humanistas. Para o pesquisador, o exercício profissional re-flete a formação acadêmica que, ao longo do tempo, ajusta--se frente à realidade com a qual o docente se depara.

Em extenso e interessante capítulo apresenta proposições e diálogos com seis docentes – homens e mulheres; o

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percur-so histórico, a atuação nas instituições e a visão de mundo de cada professor. Em cada relato observa-se uma existência plena de significados que revelam o estado de alma de cada um dos entrevistados; sua vocação, comprometimento com a formação dos estudantes, fé e energia empreendidas nas es-colas seja para ministrar aulas seja para atuar junto à direção de modo a alterar a organização do espaço físico trocando madeiras por tijolos. Seria uma metáfora para a construção e legitimação da área?

Nada, quase nada escapou ao autor; as leis e os tantos decretos existentes naquele então, os planos de ensino, os possíveis conteúdos e as emergentes questões ligadas à pro-gramação da aptidão física e do esporte – verdadeiras “on-das” – que nos invadiram com sua força imensa, fruto de um

movimento internacional... E, sobretudo, a vontade de

lecio-nar dos docentes, embora hoje – reconheçamos – não dis-puséssemos do espírito científico que possuímos atualmente.

O que se realizou na época estudada foi, certamente, aquilo que se julgou ser o melhor para cada realidade. Den-tro das possibilidades e recursos, cada professor pode imple-mentar com liberdade o método, a modalidade e a avaliação que entendesse como a mais adequada à sua turma. Essa “novidade” me parece ser muito significativa, pois vai de en-contro à ideia presente em muitas obras.

Se as aulas de Educação Física serviram como modela-doras de comportamento dos jovens, por que havia liberdade para ensinar apesar das orientações governamentais? Se a Educação Física escolar tinha um papel relevante, então por que foi tão malcuidada?

Se as aulas e seus conteúdos atuavam de maneira a re-produzir as orientações do regime vigente, por que era desti-tuída de recursos físicos e humanos? Sendo, como afirmam, um elemento tão importante para a manutenção da ordem e da criação de cidadãos acríticos, por que não houve

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supervi-são e efetiva implantação do manual denominado “Verdão”? Por que a professora nunca teve o seu diário de classe super-visionado e os critérios de promoção dos estudantes varia-vam de docente para docente?

“E agora José?”, com que versão ficamos?

Ah! O tempo, ao que parece, revela muita coisa. Então, prefiro arriscar dizer que nem vítimas, nem algozes; mas, sim, sujeitos de seu tempo histórico.

Isso não justifica. A ideia parece não se esgotar, ao contrário, nos anima sempre pensar que ainda temos muito a aprender!

Ana Cristina Arantes é Graduada em Pedagogia e em Educação Física, Especialista em História de São Paulo pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Mestre em Educação Física e Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo. Professo-ra do curso de gProfesso-raduação em Educação Física das Faculdades Metropolitanas Unidas e do UNIFIEO.

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SUMáRIO

Introdução...13 Capítulo 1

Sobre a Ditadura Militar no Brasil...17

Capítulo 2

A Educação no período da Ditadura Militar

no Brasil: a história que nos é contada...23 1. As reformas educacionais no período da Ditadura...29

Capítulo 3

A história da EF no Brasil: o que conta a

literatura especializada dos anos 1980 e 1990...45 1. Crítica à literatura especializada:

para uma visão distante da linearidade...60

Capítulo 4

O contexto vivido e as histórias contadas

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Capítulo 5

O professor de EF como aquele

que educa por meio do esporte...93 1. O Esporte na formação do profissional de EF...96 2. A prática pedagógica dos professores de EF na escola...99 3. Autonomia dos professores

de EF em relação ao governo...128

Capítulo 6

A compreensão dos professores sobre

a EF do “passado” e do “presente”...145

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Introdução

Cotidianamente, professores de Educação Física (EF) efetivam sua prática pedagógica em escolas ou fora delas.

O contexto social, sem dúvida alguma, interfere nela por meio de diversos condicionantes. Sendo assim, compreender o papel que o professor de EF exerce em diferentes locais e em diferentes épocas contribui para que ele próprio perceba sua influência na constituição de pessoas e de sociedades, como para que a sociedade entenda os limites e possibilidades da atuação desse profissional. Via de regra, diversos segmentos sociais depositam imaginários sobre a atuação desse profis-sional que não coincidem e, às vezes, até conflitam com aqui-lo que o profissional de EF julga que seja o correto efetivar. Hoje, por exemplo, imagina-se que é o professor de EF que atua em escolas o responsável para que o Brasil identifique e desenvolva os talentos esportivos que trarão as medalhas desejadas nos próximos Jogos Olímpicos. Trata-se de mais um entre tantos imaginários que podem gerar equívocos e si-tuações sobre as quais é difícil agir e cuja presença na história da EF brasileira parece que já está se tornando uma tradição.

Sendo assim, com este livro buscamos contribuir para compreender como os professores de EF escolar efetivaram suas práticas pedagógicas num período específico da história brasileira – o período da Ditadura Militar – buscando identi-ficar se e como a Ditadura Militar interferiu nelas e, a partir daí, comentar se aquela figura de professor de EF visto como marionete ou vítima desse sistema político se materializou na região estudada – a cidade de Jundiaí, em São Paulo.

Acreditamos que essa releitura sobre as práticas docentes se faz necessária ao percebermos que ainda é muito corrente a imagem criada pelo discurso acadêmico dos anos 1980 e 1990 que vitimizou os professores de EF que atuaram no

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WESLEY BATISTA ARAÚJO & SHEILA DOS SANTOS SILVA

período da Ditadura Militar, como se as leis, decretos, o au-toritarismo e os cerceamentos tão comuns à época fossem totalmente capazes de enquadrar e controlar o professor no seu cotidiano pedagógico.

Arriscamos, aqui, tecer uma crítica a tal literatura na primeira parte desta obra, buscando nos distanciar de uma visão de perspectiva parcial, linear e determinista que im-portantes intelectuais brasileiros se propuseram a tecer e que se tornaram referência quase exclusiva daqueles que se propuseram a enveredar pela história da EF em nosso país, correndo o risco de tomar tais histórias como únicas e verdadeiras, deixando à margem desse processo os seus mais importantes atores – os professores.

Aqui fizemos o caminho inverso, ou seja, buscamos ou-vir os professores que atuaram no período, relatando seus anseios, interesses, angústias, enfim, buscando compreender como aqueles sujeitos rodeados por um forte regime opres-sor e autoritário efetivaram suas práticas pedagógicas. Seus depoimentos foram comentados e confrontados com a litera-tura exposta na primeira parte deste livro, sempre que possí-vel destacando o contraste entre eles.

Na segunda parte desta obra, mostraremos como a re-beldia do cotidiano por inúmeras vezes escapava às preconi-zações legais, e, por mais que houvesse um cerceamento nas ações docentes, os professores rompiam com o preestabeleci-do. Isso acontecia, não porque eram contra as políticas dita-toriais, mas porque muito do que foi imposto não convergia com as necessidades, expectativas e interesses dos professo-res daquele período histórico e, por isso, não foram levadas a cabo, por mais que uma vasta literatura insista nisso.

Longe de serem as “marionetes” controladas por um governo consubstanciado com a classe dominante a fim de incutir suas ideologias, esses professores tiveram autonomia para decidir o que queriam fazer, como queriam e se

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PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A DITADURA MILITAR NO BRASIL

tendiam fazer o que era preconizado pelo governo. Este, por sua vez, longe de ter a EF como “menina dos olhos”, como instrumento para o controle da sociedade urbana emergente, mal oferecia uma diretriz pedagógica adequada aos seus in-teresses ideológicos, deixando os professores à mercê da sua própria boa vontade e de seus recursos.

Com isso, o que pretendemos aqui é contar outra face da história sobre as práticas pedagógicas de professores de EF no período da Ditadura Militar no Brasil, desta vez, a partir da visão daqueles que estiveram à frente de todo o movimen-to de implementação da EF pós-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 5.692/71.

Portanto, convidamos a romper com o discurso que vi-timiza o professor, lançando-se numa história que não há “bonzinhos e mauzinhos’’, mas sujeitos que lutam como po-dem na tentativa de validação e legitimação de seus interes-ses, expectativas e necessidades. No que tange a esta obra, os professores por nós entrevistados lutaram por um “lugar ao sol” em uma área historicamente incompreendida e, frequen-temente, desdenhada pela própria Educação.

Referências

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