Ética Cristã e
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Doação de Órgãos
Doação de Órgãos
Ética Cristã e Doação de Órgãos
Ética Cristã e Doação de Órgãos
A doação de órgãos engloba basicamente a técnica de transplante a as pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias. O termo transplante é empregado no sentido da retirada ou remoção de órgãos, tecidos ou partes do corpo de um ser, vivo ou morto, para aproveitamento com finalidade terapêutica, ou seja, o tratamento de doenças com a finalidade de conseguir curar, tratar ou minimizar os sintomas. O gesto altruísta de doar órgãos retrata a essência do cristianismo. (BAPTISTA 2018, p. 80)
Graças a Deus chegamos a mais uma lição. Nesta trataremos a cerca da Doação de Orgãos e tecidos e o nosso posicionamento em relação a tal. Esta lição tem muitos a nos ensinar a cerca deste tem, que em muitos ainda está obscuro. Que Deus nos ajude nesta belíssima aula.
A história da Doação de Órgãos A história da Doação de Órgãos
Embora a transplantologia seja uma ciência nova, suas possibilidades vêm sendo exploradas ao longo dos milênios. Sábios e médicos, antes mesmo do surgimento da moderna tecnologia hospitalar, sonhavam com o dia em que o transplante de órgãos e tecidos seria algo rotineiro. Aliás, quando nos voltamos a Bíblia Sagrada, descobrimos eu o próprio Deus, há quase três mil anos, já havia falado sobre o transplante do órgão que mais prezamos: o coração. (ANDRADE 2015, p. 123)
Encontramos na história da transplantologia, dois tipos diferentes de transplantes: O alotransplante (transplante entre indivíduos da mesma espécie) e o xenotransplante (enxerto de órgãos de animais em seres humanos).
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O transplante de órgãos e tecidos é uma ciência médica multidisciplinar, que consiste na remoção de um órgão enfermo e em sua substituição por outro, que em sua maioria das vezes, procede deu cadáver. No caso dos rins e do fígado, a doaçãoe a recepção pode ocorrer inter vivos. (ANDRADE 2015, p. 122)
A China é possuidora de várias lendas a cerca do transplante de órgãos, em uma delas registra-se que um certo doutor chamado Hua Tuo, afirmou ter realizado um transplante de vísceras em um certo paciente, utilizando-se de ervas como anestésico.
Na Arábia, também em uma de suas lendas, registra que dois irmãos, Acta e Passio (mais conhecidos como Cosme e Damião), para salvar vida de um de seus auxiliares da morte, amputou-lhe uma de suas pernas que estava cancerígena colocando em seu lugar a perna de um etíope que acabara de morrer.
Contudo a história da tranplantologia no conta apenas, como fato real, que em 1902, o cirurgião Aléxis Carrel, descobriu um método capaz de ligar vasos sanguíneos, dando possibilidades de a partir daí existirem possibilidades da realização de cirurgias mais complexas e também do transplante de órgãos.
O primeiro transplante de órgãos em humanos ocorreu em 1933, por um cirurgião ucraniano, em uma pessoa que sofria de uma insuficiência renal, mas infelizmente o rim transplantado não funcionou, sendo retirado seis horas depois do receptor que veio a falecer 48 horas depois.
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Durante a 2ª Guerra Mundial esta ciência alcançou um grande progresso, onde inicia o estudo das bases da compatibilidade genética, que o biólogo Peter Brian Medawar constatou que se o órgão transplantado não for compatível com o receptor, a rejeição colocará tudo a perder.
Contudo o primeiro transplante de sucesso só ocorreu apenas em 23 de dezembro de 1954, onde o médico americano Joseph Murray, transplantou um rim de Ronald Herrik para o seu irmão gêmeo Richard.
No Brasil, o primeiro transplante só ocorreu em 25 de maio de 1968:
Não fosse a burocracia, O Brasil teria conquistado o pioneirismo na área dos transplantes cardíacos. Em 1967, Euryclides de Jesus Zerbini (1912-1993) estava tão preparado quanto Christian Barnad para ser o primeiro cirurgião a transplantar um coração humano [...] Vencidas as dificuldades, o Dr. Zerbini viria a realizar o primeiro transplante no Brasil em 25 de maio de 1968. Foi o quinto médico no mundo a realizar a operação. Nesse dia, que já avançava pela noite, ele transplantou o coração de Luiz Ferreira de Barros, morto por atropelamento, no peito de João Ferreira da Cunha. Seu paciente, conhecido como João Boiadeiro, não viveria muito, mas o suficiente para mostrar a viabilidade da transplantologia. (ANDRADE 2015, p. 128)
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A Bíblia e a doação de órgãos A Bíblia e a doação de órgãos
Ensino registrado nas escrituras assevera que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). Denota um ato voluntário de prover o bem-estar do próximo. Trata-se de uma ação desprovida de qualquer interesse de ordem pessoal. A excelência da doação repousa na disposição de renunciar e até de se sacrificar e sofrer com base no amor pelos outros (Rm 5.8). (BAPTISTA 2018, p. 82)
Devemos entender a essência deste ato em relação a Bíblia. A doação de órgãos além de ser uma grande demonstração de amor, é também um ato de fé e de abnegação do “eu” em prol do bem estar do próximo.
Amor, no sentido bíblico, quer dizer: “Sentimento que nos constrange a buscar, desinteressada e sacrificialmente, o bem de outrem. É a disposição afetiva que nos leva à dedicação absoluta a outro ser.” (ANDRADE 1996, p. 42)
Ao lermos o texto sagrado, encontramos vários tipos de atos de amor para com o próximo. Cristo, como maior exemplo, abandonou a Sua majestade no Trono de Glória para se fazer pecador por nós (Fp 2.5-11). O Ato de amor demonstrado pelo nosso Redentor, denota total doação para gerar vida quando estávamos mortos em delitos e pecados (Ef 2.1), onde através do derramar do Seu precioso sangue fomos purificados e perdoados de nossa ofensa.
Em outro texto, vamos perceber que o apóstolo Paulo (que sofria com um espinho em sua carne, onde para muitos teólogos trata-se de uma doença física), falou aos Gálatas que se fosse possível arrancaria os seus olhos para dar a eles (Gl 4.15). – Grifo
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O genuíno e excelso sentimento de amor constrange o cristão para ser doador de órgãos e tecidos. O Senhor Jesus ensinou e propagou o amor que deve existir entre os seres humanos. O amor Cristão deve ser expresso por meio de atitudes e obras (1 Jo 3.17,18). Esse amor não se restringe apenas às pessoas com as quais nos relacionamos ou que queremos bem (Mt 5.46). Somos exortados a amar os desconhecidos (Mt 5.47) e inclusive aqueles que nos maltratam (Mt 5.44). (BAPTISTA 2018, p. 87)
Contudo devemos entender que o xenotransplante é totalmente antibíblico. O enxerto de órgãos de animais em seres humanos não encontra nenhum amparo nas Escrituras Sagradas, pelo contrário, o apóstolo Paulo nos fala que: “Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes” (1 Co 15.39).
Outra coisa a ser combatida também é o fato de muitas pessoas não aceitar a realização de transplantes de órgão por motivo de afirmarem que “ficarão incompleto no dia do arrebatamento da igreja”. Infelizmente ainda nos deparamos com muitos que não meditam diariamente nos Escritos Sagrados, vivendo em fábulas imaginárias sem nenhum amparo bíblico. Para tais a Bíblia diz o seguinte: “Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento; mas serão como os anjos nos céus” ( M c 12.25); ou seja, não necessitaremos mais daquilo que doamos por amor da vida do nosso próximo.
Ética Cristã e Doação de Órgãos
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A doação de órgãos e tecidos em vida ou post-mortem é um elevado gesto de amor. Essa ação em nada contraria os preceitos éticos ou bíblicos, exceto nos caso de células-tronco que requerem a morte do embrião. Contudo, ninguém deve ser forçado à prática de tão nobre e elevado gesto. A ação deve ser voluntária e altruísta sem esperar recompensa alguma. O ser humano e o seu corpo não podem ser coisificados ou comercializados e nem a sua vontade pode ser desrespeitada. Doador e receptor são seres humanos que expressam a imagem e semelhança de Deus. (BAPTISTA 2018, p. 89)
Esperando Jesus voltar hoje. Esperando Jesus voltar hoje. Dc. Antonio Vitor
Dc. Antonio Vitor
IEADERN – Mário Lira 1 IEADERN – Mário Lira 1
Referências: Referências:
- BAPTISTA, Douglas. Valores CristãosValores Cristãos, CPAD, 2018;
- ANDRADE, Claudionor Corrêa. As novas fronteiras da Ética CristãAs novas fronteiras da Ética Cristã, CPAD 2015;
- ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário TeológicoDicionário Teológico, CPAD, 1996;
- Portal da Educação. www.portaleducação.com.br, acesso em 01/05/2018
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