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Workshop Gorduras Trans - São Paulo 06/08/2007

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Academic year: 2021

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Workshop – Gorduras Trans - São Paulo – 06/08/2007

Patrocínio - ABIA com o apoio - ILSI e SBOG

Objetivo – Aprofundar o conhecimento e a discussão sobre a presença de gordura trans nos alimentos, considerando todos os aspectos envolvidos, a evolução das medidas no mundo, bem como a visão da indústria, do governo e da universidade, para que as conclusões alcançadas possam subsidiar as decisões do Brasil.

Apresentação das principais conclusões do Workshop:

1 – As recomendações da Organização Pan-americana de Saúde e da Organização Mundial de Saúde, bem como a posição de alguns países, são ou trazem clara indicação de que a redução do uso das gorduras trans produzidas pelo homem é uma tendência mundial da qual o Brasil não poderá ficar ao largo e para a qual uma indústria com as potencialidades da brasileira tem que se preparar.

2 – É fundamental que nesse processo as gorduras não sejam demonizadas – trata-se de decidir guiado pela evidência científica e não por presunções. As gorduras têm um importante papel no metabolismo humano. Assim é necessário que a retirada leve em conta uma transição que permita a substituição da trans por outras gorduras, tomando-se o cuidado de preservar as trans de origem animal, tratando a gorduras trans presente naturalmente nas gorduras animais de forma diferente da gordura trans proveniente de hidrogenação, e não aumentar demais as saturadas.

3 – Para alguns dos especialistas ouvidos no Workshop a gordura trans produzida pelo homem, proporciona um conjunto de problemas à saúde e deve ser substituída na produção e na composição de alimentos no Brasil. Demais especialistas posicionaram-se pela redução no Brasil ao máximo possível, em função das dificuldades tecnológicas existentes.

4 – Apesar do acerto da medida, esta deve ser planejada e gradual e, desenhada como em outros países uma transição, dentro da qual se procurará suplantar algumas dificuldades abaixo elencadas:

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4.1 – Acesso a fontes de matérias primas alternativas – hoje são conhecidas algumas matérias primas alternativas a trans, porém ou não são produzidas no Brasil, ou ainda não têm adequada oferta mundial, ou são muito mais caras, ou um misto dessas variáveis. Enfim, são problemas típicos da falta de demanda e que deverão ser enfrentados com ações próprias, abaixo propostas e com uma adequada transição. Condições e tempo para o investimento no desenvolvimento de gorduras alternativas, que dentro de um prazo viável, viabilizem aos fabricantes de alimentos uma transição na composição dos produtos.

4.2 - Carência de tecnologias para oferecer alternativas de soluções adequadas para os atuais usos da trans, seja na indústria, seja no comércio de refeições (fast food). Também aqui se evidenciou um problema de demanda e também de investimento em inovações, capazes de sustentar novas alternativas de matérias primas e ou processos.

4.3 – Carência de laboratórios analíticos capazes de enfrentar os novos problemas gerados por novos produtos com formulações inovadoras.

5 – Dada a proposta e as dificuldades, os participantes propõem as seguintes ações para viabilizar a retirada da trans no Brasil:

5.1 – Que seja consensuado entre o Congresso, o Governo, a Indústria e a Academia um prazo adequado para realizar a transição sustentável de gorduras trans na cadeia alimentar.

5.2 – Que o governo seja instado dentro do próprio texto da lei a analisar o problema da oferta da matéria prima e crie incentivos para a produção no país(palma, canola, algodão, girassol, etc). Paralelamente, enquanto a produção nacional não ocorre, crie condições para a importação de óleo de palma, por exemplo, com redução do imposto de importação (hoje em cerca de 10%) e estabeleça planos de médio-longo prazo de pesquisa e produção sustentável de gorduras alternativas considerando-se inclusive a soja, que é hoje de maior capacidade produtiva no país.

A disponibilidade hoje, das gorduras de Palma no Brasil, umas das matérias-primas para substituição da gordura trans, está cada vez mais difícil em função do crescimento exponencial de sua demanda, inclusive mundial, especialmente, para a produção de biodiesel, devido a falta de produtores de palma.

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5.4 – Também sejam criadas linhas de crédito para equipar laboratórios de pesquisa e, que produzem análises de orientação para a indústria voltados para as gordura trans.

6 – Também foi um consenso no grupo que o governo brasileiro, deve aproveitar este momento e desencadear com o apoio da indústria e a participação ativa do Ministério da Saúde, da Anvisa e outros órgãos afetos a área da segurança alimentar, massiva campanha sobre informação nutricional e alimentação.

7 – Da mesma maneira deve ser introduzido no currículo escolar de primeiro e segundo graus, disciplina específica sobre EDUCAÇÃO ALIMENTAR E SAÚDE.

8 – Hoje o trabalho fora de casa é uma realidade para milhões de brasileiros e, boa parte destes alimenta-se fora de casa. Nesse sentido é uma recomendação do workshop que o governo exerça com mais evidência a fiscalização desta produção, até porque uma parte da gordura trans é utilizada justamente no comércio de alimentos prontos para o consumo. Assim, informação como proposto acima e fiscalização, tem que complementar as ações da indústria para a produção de alimentos e também em relação à gorduras trans.

9 – Finalmente os participantes foram unânimes em propor que o Estado patrocine uma ampla pesquisa sobre os hábitos alimentares dos brasileiros e sobre seus conhecimentos sobre os alimentos. Este será um instrumento fundamental para redirecionar os esforços da sociedade para garantir segurança alimentar a todos.

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PARTICIPANTES

ENTIDADES/AUTORIDADES

Dr. Edmundo Klotz - Presidente Carla Bencke

Cássia Bianca L.C. Ferreira Dr. Denis Ribeiro

Dr. Paulo Nicolellis Fernanda Maiochi

Marília dos Santos Ferreira Thelma Teixeira

™ ABIA

Vanessa de Amaral Franco

™ ABIOVE Nelson Mozart Morro

™ ANVISA Gustavo Tayar Peres

™ ILSI Dr.Aldo Baccarin

™ ITAL Dra.Jane Snow

™ SENADORA Serys Slhessarenko

Carlos Paraguassu Vieira Francelane da Silva Marçal José de Souza Pennafort Neto ™ ASSESSORES

Luiz Henrique Benevenuto Antoninho Rossini

Ronald Nicolau ™ Target Consultoria em

Comunicação Empresarial

Rogério Gama ™ Vice Coordenador Setor

Food Service ABIA

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™ Instituto da Saúde

Integral

Dr. César Pedroso

PALESTRANTES

™ ABIA Amanda Poldi

Dr.Gonzalo Vecina Neto Profª Dra.Jane Mara Block Profº Dr.Daniel Barrera ™ SBOG

Profº Dr.Luiz Antonio Gioielli ™ MÉDICO

ENDOCRINOLOGISTA, PROFº DA FACULADADE DE MEDICINA DA USP

Dr. Alfredo Halpern

™ CARGILL Felipe Pinto

™ COORDENADOR SETOR DE

FOOD SERVICE ABIA

Fábio Medeiros

™ KRAFT Márcia Gasparini

™ CL ALVES Gabriela Azevedo

™ ANVISA Ana Paula Peretti

REPRESENTANTES DE EMPRESAS

Ana Lídia Rodrigues Ana Meisel

Ângela Grandin Beatriz Del Fiol Cleberson das Neves

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Daniel Grigolon Daniela Maira Abe Emília Araki Fátima Viana Gabriela Losso Helena Martins Isabel Martin Jeferson França Juliana Abreu Juliana Matsumoto Karla Brandão Kathia F. Schmider Luiz Baraçal Marcelo Martins Maria Cristina Lui Maria Luiza Ctenas

Maria Stella Alves de Lima Marina Grandesi

Natalie Ghirardelli de Oliveira Priscila Cassina

Silvia Lombardi Sonia Matsui

Referências

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