Ana Carolina Santana Lilian Paixão
Natacha Caxias Samara França Dayana Cravo
Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia
• O saneamento básico, segundo a Lei nº 11.445/2007 é definido e assegurado como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de resíduos sólidos.
• A relação desses elementos com a comunidade e o meio na qual ela está inserida constitui o saneamento ambiental, a fim de conservar, preservar ou modificar as condições do meio ambiente, prevenindo doenças e promovendo saúde, melhorando assim a qualidade de vida da população e a produtividade do indivíduo.
• A região Norte é historicamente a mais deficitária no que se refere ao saneamento básico.
• Os serviços de água e esgoto são prestados pela Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA).
• Enquanto que os serviços de resíduos sólidos e de drenagem urbana são prestados pela Prefeitura Municipal de Belém.
Índice de atendimento urbano de água: 60,80%
Índice de atendimento urbano de esgoto referido aos municípios atendidos com água: 6,67% Coleta direta de Resíduos Domiciliares (RDO)
relativos à população urbana: 78,87% Dados do SNIS (2014)
OBJETIVO GERAL:
• Relacionar a prestação dos serviços de saneamento básico com a saúde pública no bairro Montese (Terra Firme), Munícipio de Belém, Pará.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Identificar a prestação e eficiência dos serviços de
saneamento;
• Verificar a principal forma de abastecimento de água (Rede
Geral ou Poço) na área de estudo;
• Observar o nível de confiabilidade da água que abastece as
residências;
• Verificar se há alagamentos na área estudada;
• Analisar se os entrevistados relacionam saúde pública com
saneamento.
• A Pesquisa, de caráter quanti-qualitativo e dividida em duas etapas:
Caracterização da
1ª Etapa: Caracterização da área de estudo
Pop: 61.439 hab
Percorreu-se a Rua São Domingos, entre
a Av. Perimetral e a Av. Celso Malcher.
2ª Etapa: Coleta e análise dos dados
• Levantamento bibliográfico: consulta em livros, artigos e sites acadêmicos em geral, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Prefeitura Municipal de Belém, entres outras fontes.
4 questões – Abastecimento de Água 4 questões – Esgotamento Sanitário
4 questões – Resíduos Sólidos 3 questões – Drenagem Urbana 3 questões – Relação entre saneamento e saúde pública
• O bairro da Terra Firme é abastecido pelo 7º setor do Sistema de Abastecimento de Água Bolonha - Zona Central.
Forma de abastecimento de água (A=52).
Domicílios
• 73% - Rede Geral
• 23% - Poço ou Nascente • 4% - Outra forma
Percentual de moradores que bebem e/ou cozinham com a água que abastece sua residência ou usam envazada (A=52).
Água disponibilizada pela Concessionária:
• r e c e b e t r a t a m e n t o convencional,
• controle de sua qualidade
Á g u a e n v a z a d a : f a l t a d e confiança para consumir a água: • aspecto, principalmente visual.
Avaliação da qualidade da água estratificada pela fonte de abastecimento utilizada.
• Água superficial:
Rio Guamá ! Lagos Bolonha e Água Preta ! Manancial do Utinga.
• P r e s e n ç a d e c o r n a á g u a (canalizações antigas e de ferro fundido)
• Águas subterrâneas:
Normalmente não precisam ser tratadas para consumo - naturalmente filtradas e purificadas; não estão tão sujeitas a fenômenos que comprometam sua qualidade quanto as superficiais.
Percentual de episódios de falta de água (A=52)
• “Sim”: maioria abastecida pela rede geral
• “Não”: utilizam o poço como fonte de abastecimento,
• Apenas um (1/52) entrevistado “não soube” responder, uma vez que passa pouco tempo em casa e, além disso, mudou-se recentemente para o local.
Ligação na rede pública
• A maioria dos entrevistados tem a preocupação de destinar seu esgoto à rede pública (esgoto ou pluvial*).
Existência de locais próximos a sua casa com lançamento inadequado de esgoto
• Cerca de metade dos entrevistados são observadores e conscientes quanto à realidade dos canais e igarapés do bairro que, de fato,
Incômodo com mau cheiro de esgoto
• Localização da casa, a presença ou não do morador no momento em que ocorre o mau cheiro (despejo de esgoto), as diferenças
• Se o “lixo” gerado em sua residência é coletado pelo caminhão da Prefeitura ou tem outro destino, 100% dos entrevistados afirmaram que os mesmos são levados pelo caminhão de coleta.
• Desta forma, observa-se a presença constante de coleta dos resíduos, diminuindo a possibilidade de acúmulo nas ruas.
• 71% afirmaram que a frequência com que o coletor passa na rua (três vezes na semana) é suficiente para atender seus domicílios.
71% 29%
• Quando perguntados se há acúmulo de lixo na rua.
ü m u i t a s p e s s o a s depositam seus resíduos em locais inadequados e/ ou em frente a outras residências, mesmo após a passagem do caminhão coletor. ü Relataram a presença de resíduos oriundos de outras localidades 50% 48% 2%
Sim Não Não sei
ü E n q u a n t o q u e 4 8 % afirmaram não haver acúmulo de lixo na rua.
• O primeiro questionamento foi sobre a existência de rede de drenagem.
• Apesar de muitos terem respondido existir rede de drenagem, muitos entrevistados não sabiam a quê se referia o assunto.
• Houve casos em que o entrevistado afirmou não existir sistema de drenagem para receber as águas pluviais, porém observou-se in loco que havia rede de águas pluviais.
• A maioria eram aqueles moradores que estavam localizados em regiões mais baixas e onde o sistema de drenagem encontra-se em condições precárias.
• Outro ponto abordado pelos moradores foi a presença de carroceiros, que depositam resíduos na rua, comprometendo o sistema de drenagem.
• Percentual de respostas quanto à existência de pontos de alagamento próximos à sua casa.
Saneamento Saúde
Porcentagem de moradores que relacionam os problemas de saúde com o saneamento básico (A=52).
Norte e Nordeste:
• M a i o r e s p r o b l e m a s d e saneamento no Brasil
Percentual de pessoas que relataram a ocorrência de doenças que possam estar relacionadas com água, esgoto sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana (A=52).
Anuário Estatístico do Município de Belém (2012):
Porcentagem de entrevistados que adotou alguma medida preventiva após
doença na família (A=52). • 87% são conscientes de que a
ausência ou precariedade de serviços de saneamento podem ocasionar males à saúde da população.
• Algumas destas pessoas já tiveram ou presenciaram casos de doenças veiculadas à água, aos resíduos sólidos, às chuvas e ao esgoto sanitário, fato este que os conduziu a tomarem iniciativas preventivas.
• Qualidade de vida para a população ! garantir a eficiência dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo dos resíduos sólidos
• Os problemas de saúde estão relacionados com os serviços de saneamento básico no bairro, embora a ocorrência de doenças vinculadas ao saneamento não tenha sido tão expressiva (adoção de medidas preventivas pela maioria).
• Constatou-se que boa parte dos entrevistados desconhece o que é, para que serve e como funciona a drenagem urbana.
• Melhoria na prestação dos serviços de saneamento deve ser acompanhada de sensibilização da comunidade quanto a sua importância na adoção de medidas preventivas e no controle de doenças relacionadas ao saneamento, conforme verificado neste estudo.
• Aumento da amostra (A); • Realização de novos estudos;
• Maior atuação dos Órgãos Competentes (Secretarias de Saneamento, Meio Ambiente e da Saúde) em serviços de infraestrutura e atividades de Educação Sanitária e Ambiental;
• Participação da Universidade em ações de Educação Ambiental Participativa, a partir da criação e/ou intensificação de campanhas já existentes;
• Assim, em parceria com o Governo, lideranças das comunidades, escolas e igrejas é possível divulgar e promover práticas que envolvam estes agentes. Por exemplo, no bairro Montese seria interessante a criação de campanhas educativas sobre a importância do horário de coleta dos resíduos, bem como ensinamento de hábitos de higiene.
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA). Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos traz
balanço da situação e da gestão das águas no Brasil. 2013. Disponível em: <http://www2.ana.gov.br/
Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=12365> Acesso 02 abr 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004- Resíduos Sólidos-
Classificação. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em: <http://www.aslaa.com.br/legislacoes/NBR%20n
%2010004-2004.pdf> Acesso em: 15 de nov. de 2014.
______. NBR 9648 - Estudo de Concepção de Sistemas de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, 1986. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/61140917/NBR-9648-Estudo-de-concepcao-de-sistemas-de-esgoto#scribd> Acesso em 02 abr 2015.
BASTOS, Gilberto Riscinho. Drenagem urbana. Belém, PA: Ed. Universitária da UFPA, 1999. p. 13-14.
BRASIL. Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 09 dez 2013.
______. Instituto Trata Brasil. Ranking do Saneamento. 2014. Disponível em: <http:// www.tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento> Acesso em 20 fev. de 2015.
______. Instituto Trata Brasil. Ranking do Saneamento. 2014. Disponível em: <http:// www.tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento> Acesso em 20 fev. de 2015.
ECYCLE. Você sabe a diferença entre resíduo e rejeito?. 2014. Disponível em: <http:// www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/1499-voce-sabe-adiferenca-entre-residuo-solido-e-rejeito.html>. Acesso em: 28 maio 2013.
FERNANDES, Lindemberg Lima. A Sustentabilidade do Sistema de Abastecimento de Água Potável
em Belém. 2005. 251 f. Tese (Doutorado em Ciências: Desenvolvimento Socioambiental) – NAEA,
Universidade Federal do Pará, Belém, 2005.
FREGUGLI, Junia; FONSECA, Marina. Módulo Didático: Doenças de Veiculação Hídrica. Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG, 2009.
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (FUNASA). Coordenação de Saneamento. Manual de
saneamento. 2. ed. Brasília: FUNASA, 2006. p.236, 287.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). SIDRA. [Planilhas eletrônicas]. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em:<http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acesso em: 03 abr 2014.
PEREIRA, José Almir Rodrigues; SOARES, Jaqueline Maria. Rede Coletora de Esgoto Sanitário,
Construção e Operação. 2. ed., rev. e ampl. Belém: UFPA, Grupo de Pesquisa Hidráulica e Saneamento,
2010.
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo; AGUIAR, Alexandre de Oliveira e. Resíduos Sólidos: Características e Gerenciamento. In: PHILIPPI JUNIOR, Arlindo. Saneamento, Saúde e Ambiente: Fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri, SP: Manole, 2005. cap 8. p. 268-270.
PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM. Anuário Estatístico do Município de Belém. 2012. Disponível em <http://www.belem.pa.gov.br/app/c2ms/v/?id=2&conteudo=4485>. Acesso em 15 mar. de 2015.
RIBEIRO, Júlia Werneck; ROOKE, Juliana Maria Scoralick. Saneamento básico e sua relação com o
meio ambiente e a saúde pública. 2010. Disponível em: <http://www.ufjf.br/analiseambiental/files/
2009/11/TCC-SaneamentoeSa%C3%BAde.pdf> Acesso em 20 fev. de 2015.
SILVA, Ana Cristina Lourenço da; SOARES, Fábio Gomes; FARIAS, Frank Franco de; LIMA, Gisele Santa’Anna de; TEIXEIRA JR., Raimundo Glauco A. C.; SILVA, Rodrigo Gonçalves L. da; MAURÍCIO Rosana Gouvêa. Avaliação de Mananciais usados em Sistemas de Abastecimento de Água: estudos de
caso. 2001. Disponível em <http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/
iah.xis&src=google&base=REPIDISCA&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=1299&indexSearch=ID> . Acesso em 14 mar. de 2015.
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO- SNIS. Diagnóstico dos
Serviços de Água e Esgotos-2013. Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental. Brasília: 2014. Disponível em<http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php? EWRErterterTERTer=105> Acesso em 03 mar 2015.
______. Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos- 2013. Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Brasília: 2015. Disponível em <http://www.snis.gov.br/ PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=106> Acesso em 03 mar 2015.
SOUSA, Romário. Destinação x Disposição Final Ambientalmente Adequada. 2014. Disponível em <http://abcdosresiduos.blogspot.com.br/2014/03/destinacao-x-disposicao-final.html>. Acesso em 20 maio 2015.