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-M1N1sTÉâI0,DA EDUCAÇÃO E cULTuâA '_ ” '
-UNIVERSIDADE FEDEúAL DE SANTA CATAdINA `
»êcENTfio DE " CLENCÁÀS DA SAUDE ,I '\
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¿EoâMANncs QA zze EÁSE pç cuâäo QE Qâàxugçfio gm mEfi:c1yÁ
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¢ ‹~ I _' ( SUMAÀÍÔ I- RESUMO . ~ xI~-1NTRobUÇÃo E QBJETIVUS 'Íx1- câsuísrxcâ . ' °
Iv- fiâvxsão BIBLIQGÉÁFICA
' IV-l~ GENERALIDADES 'Iv-2~`AcHADos soâozóeícos ¿ 1v~3~ÀcAaÀcTEâísT1cAs cLÍN1câs _ Iv~4- DIAGNÓSTICO A ' - _ " '¬ “~IV35#lETIGLOGIÁQ7PR0GNÓSTICO"E.TRATAMENTO V~ RELATO DO CASO VI- COMENTÁRIOS VII» cóNcLUšÃoÀ v1II~ ABSTRAQQ _ . xX~-âEFEâÊNcIâs BIBL1oaâÁF1cAs ‹
.‹ 4 I
I- RESUMO
Of/
A doença mista do tecido conectivo (DMC)
'íoi descrita em 1972 por Sharp e outros autores. Clini-
>
1
camente*se manifesta por sinais e sintomas do lupus eri~
tematoso sistëmico(LES)¡ esclerose sitëmica_progressiva
(ESP), polimiosite e ou dermatomiosite qúe podem aparee
cer simultaneamente ou sequencialmente.(l,4,6,ll)
vp Y Apresenta também altos títulos de anti»
geno nuclear extraível (ENA), sensível a ribonuclease,
e“fator antinuclear (FAN) positivo. (l,4,6;ll) j
`
'
z A DMC é consideradafde bom prognästico
e apresenta baixo acometimento renal.(2,4,7,8,9,lO,ll)
ê `” Relatamos um caso que foi atendido em
várias uniâaaes'assistencia1s de saúde da cidade de
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, no periodo de
l979.a 1933- H - . 'V - --- ' ' ^ ~' 0 ' ' ~ '
-As manifestaçoes clinicas foram simila-
res as de ESP, LES e polimiosite. O.diagnÔstíco foi fei~
to clinicamente, por dados de laboratório e pelo anato-
patologíco a partir da biopsia da pele. »
.
`
Í . 1
~f
z' 4 f 11- INTRQEUÇÃQ E oBJBT1vos .\ ' - . ¬
A doença mista do tecido conetivo, objeto
de nosso estudo, é uma doença poúco conhecida e está
sendo estudada com maior empenho sÕ recentemente. Es«
te aspecto nos levou-a apresentar um caso clínico sobre
esta doença. Sua incidência real não é conhecida, uma
qez qne se faz pouco diagnóstico. Sua existência como
entidade clinica separada não é ainda aceita por todos
os autores. _ --
V '
A motivação para a realização do presente
trabalho também se fundamentou na necessidade que senti-
ram os alunos de reciclar seus conhecimentos sobre as
doenças do tecido Qonjuntivo. '
-_
4 f 111- CASUÍSTICA E MÉTQDQ . _ . ¡ . . , ' 1 _ ` r ` -
Os dados da,paciente que arrolamos no tra-
\. - .
f I
balho foram extraidos de prontuarios de diversas unidaê
des assistenciais da saúde da cidade de Elorianópolis,
SC, onde a mesma recebeu atendimento. .
Hospital . Universitário, prontuário número
_ __ Q
009563, Ambulatório ao Inamps Q44932, Hospital Governa«
dor_Celso Ramos 080215, Hospital Florianopolis 002269.
Os atendimentos prestados se deram no pe-
ríodo de vinte e um de setembro de_l979 a quatro de fe-
vereiro de 1983; " V
. _ Os sinais e sintomas estão cronologicamen-
te relatados.
' ‹
.
'
Os critérios de caracteristicas clinicas,
radioldgicas e sorológicas da doença para a formulação
diagnóstica, obedeceram os da revisão bibliográfica.
_:-á.. `
I
. . 4
j Iv» ÀEVISÃO B1BLIoc¿ÁF1cÀ
IV~l~ GENERALIDADES » - Y ' _ ' ¢ - . .. f
-“ Os reumatologistas sabiam ha muito `
tempo que havia pacientes que apresentavam sintomato~ i
-logia de diversas doenças do colágeno e cujo quadro cli-
- :U
' I ou
nico nao se enquadrava em doenças ate entao descritas.(9)
I _ ,â Em 1972, Sharp e colaboradores, pu¬
blicaram um trabalho em que pacientes com sintomas cli-
nicos de mais de uma doença do colágeno apresentaram al~
tos titulos de-anticorpos para antígeno nuclear extrai-
vel (ENA). (l,2;4,5,6,7,9,l0,ll,l2) Estes pacientes fo-
ram rotulados como tendo DMC,aceito por diversos outros
~› «autoresz~(l;2;4,9;LO,ll)»No~entanto alguns-autores ainé
' I :V
da discutem , se esta doença e ou nao uma entidade clÍ~
nica_separada.(l,5,8) - ~
'
A Vários autores propoem que seja consi~
deradafuma variação do LES; (5) - .
p `
_ A DMC é considerada de bom prognóstico
e apresenta um baixo acometimento renal. (2,4,7,8,9,lO,
ll)" Tem_boa resposta ao tratamento com corticosteróides.
.Ãpffiësflfiê baixa incidencia de acometimento do sistema ner~
voso central. (4,7,9,lO,ll) Estas caracteristicas são
aceitas pela maioria dos autores, porem cantestadas por
alguns outros que constataram acometimento renal e do
sistema nervoso em um numero significativo de pacientes
que apresentavam superposição de diversas doençfifido co~
lágeno. (l,5,6) _
¿
»
'
As manifestações clínicas da DMC são
..
I K
` ‹' -4
z T5..
as do LES, ESP, polimiosite e ou dermatomiosite, que
podem aparecer sequencialmente ou simultaneamente; (l,
2,4,5,6,9,1o,11,12) '
V
' '
~,
'
Iv-2- Acflânos soaotóelcos
'A reação sorológica para ENA, mos-'
trou que o antígeno nuclear extraível consiste de dois
componentes distintos. (l,2,7,8,lO) z .
'
I
Um sítio do antígeno, composto por uma ribonucleo pro~
teina (RNP) que e sensível a enzima ribonuclease,que
faz a di E estäo do anti eno e o _outro sítio ue é cons-
. E ` _ ' vv Í ` _
tituido por uma glicoproteina que nao e sensível a ri-
bonuclease, chamado de antígeno Sm. (l,2,7,8,9,lO)
V: ENA, ribonuclease sensível É sinÔ¬
~
nimo de anticorpo para RNP.(l) A determinaçao do ENA
foi descrita por Sharp e colaboradores pela técnica de
hemaglutinaçao ou por difusão passiva. (9) Mais tarde,
Kurata e Tan, desenvolveram uma técnica de imunoeletro~
forese que segundo Bresnihan é mais fidedigna. (2)
V Praticamente. todos os pacientes com DMC tem altos
titulos de anticorpos para RNE,'e muito raramente, ou
alguns autores acham que nunca, apresentam antígeno Sm.
(1,2.6,9.1<>.11›
` »
`
- Estudos mostraram que antigenos.Sm
são praticamente restritos ao LES. (l,2,7,8,9,lO)4 A
presença de anticorpo para RNP no ÊES variou nos diver~
sos trabalhos. (l,2,5,9) Todavia os autores são unânimes
em afirmar que quando positivos são em baixos titulos
e podem estar associados ao antígeno Sm. (2,9,ll)i
O anticorpo RNP encontrado na DMC É mumtobiñfrgquëmtes
nas outras doenças do tecido conectivo, como artrite '
_
›
1- vv
. .4 v I _ -õ- p c
=reumatoide (AR), ESP,polimiosite e dermatomiosite, ou
segundo alguns autores, ausente. (l,2,9,ll) -
'
Parece ser o anticorpo RNP protetor do
rim. (4,ll).Sharp e colaboradores sugerem que o ENA,ri~,
»bonuc1ease sensível, impede a formação de complexos DNA
anti DNA, impedindo assim b depósito destes 1mun0comp1e~
' 'xos
no rim, protegendo desta forma o mesmo. (ll) Em um
estudo feito in vitro, foi observado a_inibição pelo ENA
Ída formação do complexo DNA e anticorpo DNA¿ (1)
Y nz
fplsto explicaria o menor comprometimento renal na DMC e
‹ maior no LES. (ll)
' ' i '
.V
d
-Existem evidências fortes de que a ne-
frite lupica e consequente a depositos de imunocomplexos
DNA anti DHA.(8) ;. *. u
'
_Os titulos do ENA, ribonuclease sensível
~ iv '
`
\ ~ ` ~
{
_ nao sao proporcionais a extensao dasw manifestaçoes eli»
nicas da doença.(l) O ENA tende a permanecer positivo,
em titulos variáveis, independente da DMC estar em ati»
_vidade ou não. (4,5z7,l1) _ _
-. ~'
~ -
.O fator antinuclear (FAN) é positivo em
quase todos os pacientes com DMC, apresentando padrão
pontilhado em titulos variáveis. (l,2,4,5,6,7,9,l0,ll,
i,_l2).Raramente pode existir padrão misto em'pequenasfidi~
V
~ 'I ~
luiçoes, porem em diluiçoes mais elevadas, mostram pa~
~ `
. drao pontilhado. (9,ll)
V -
V '
A Outros autores relataram a presença de
. I . . . . ' . ¬ ' .
depositos de imunoglcbulinas nos nucleos ep1dermioos,a~
- través da imunofluorescência direta, em pacientes com
_ BMC, podendo se tornar este um padrão para o diagnosà
Q tico. (7.9) ~ ~ p r Na DMC, o aparecimento de anticorpos
para DNA e a presença de células LE säo.íÊcemuns° (l,2,
po-4
- ‹
.~7f á
na
_ sitivo, este-se negativa na remíssao da doença. (ll)-
Os complementos séricos são na maioria normais, mas po-
dem estar aumentados. (l,2,5,9,l1) `
.
Em pacientes com fraqueza muscular,
- mialgias, frequentemente aumentam as enzimas creatino~
fosfoquinase (CPK),_transaminase glutâmico oxalacetica
(Teo), desiârogenase iática (LDH) e aidoiase. (4,8,11)
_ A taxa de hemossedimentação (VHS) e sempre elevada e a
ohipergamaglobulinemia é também um achado relativamente
frequente na DMC. (1,2,5,9,1o,11) -
' `
'
(1,5,9)`
Em 42% dos casos o fator reumatóide
. pode estar presente, podendo chegar até 50% dos casos»
O teste do látex pode positivar em
mais ou menos 50% dos casos na DMC. {5) Pode ocorrer _
ocasionalmente teste de Çoombs positivo para anemia he~ ,
molitica, que pode ser severa. (11)
'
1
IV-3» CAHâGTEâÍSTICÂS CLÍNICAS DA DMC V
vu
A incidência da DMC e desconhecida.(2,
V
4,9,l1) A opiniao e variável, mas os autores acham que
V..é menos comum que o LES, porém mais comum que a esclero~
. dermia. (9) Outros acham que a medida que os médicos
conheçam a DMC e tenham condiç5es`de.solicitar os exa«
mes para a dosagem do ENA, a DMC passara a ser uma das
V'
ddoenças~mais comuns dd tecido conectivo§ (2) .
V_em pessoas de cor branca e a média de idade é de 36 anos.
(l,5,1l)
5.
É mais frequente em mulheres (84 a 90%),
A apresentação inicial É variavel,as
¢` ‹
....8.. I
'vezes pode apresentar-se com as_manifestaç5es clinicas'
idas diversas doenças do colágeno. (9)" Entretanto nafi
maioria dos pacientes os sintomas iniciais säo: fenô-
meno de Raynaud e artralgias que aparecem isoladas ou
zconcomitantes.'(l,9) i ' ' , V .`~_ ' d
Nas crianças o diagnostico inicial
r ›
'
I
e na grande maioria das vezes o de artrite reumatoide
juvenil. (1,9,i2) No aauitó O âiàgnóstico inicial é _
-¿também frequente o de AR. (l,9,ll)
,
- ~\
. '
Q fenômeno de Raynaud- é uma alteè
. ração carcterizada por vasoespasmo paroxistico, princi-
palmente dos dedos das mãos. (9) Todos os~autores afir~
mam que-e um dos sintomas mais frequentes (31 a 100%).
(l,2,4,5,7,9,lO,l1,l2) O fenômeno de Raynaud pode prece-
ou
der as outras manifestaçoes da DMC. (l,9) Este sintoma
no
parece nao ter boa resposta aos corticóides e ser a mar
'nifestação clínica mais persistente da DMC. (5) O fenô-
_ meno de Raynaud, pode ser as vezes tão severo, de modo
~ '
A l _ -
-a causar ulceraçoes por necrose isquemica nas pontas
dos dedos. (4,5,9,ll) _
"
_' p_ V
'Comprometimento articular - Foliar-
.
À A
› tralgias tem grande incidencia na DMC, sendo muitas ve~
« . .
\zes"um dos primeiros sintomas. (l,2,À,7,9) A artrite
ocorre em 70 a 100% dos pacientes. (l;2,4,6,7,9,1l) Tem
mas mesmas caracteristicas da AR._(9) Porém na maioria
dos casos a artrite não é deformante. (l,9,ll)
d
V As articulaç5es`metacarpo falangeaë
nas e interfalanreanas s P `roximais são as mais acometidas.
`
na
(l,9) Também é comum acometer punho, articulaçoes meta-
4 tarso falangeanas, joelho,tendendo sempre.a ser simétri~
ca. (1) As manifestações articulares tem boa resposta _
›
\›z-~ - ¬r
a' 4.. .¬
' `
.
-gn
v
aos antinflamatdrios não esteróides e a pequenas doses `
_de prednisona, 5 a 7 mg/dia; (1) Derrame articular e ne-
crose asseptica podem ocorrer, porém não são comuns;(l,6)
“ '
_ Bennet e-colaboradores, em um estu~
do radiográfico de pacientes com.DMC, com respeito as
! :
suas articulações, mostraram que quase todos tinham al-
gum tipo de alteração. (l,6) `Em 60% dos casos o achado
f- ~ 1- _
radiografico foi de pequenas erosoes osseas em forma de.
saca bocado, nos pequenos ossos_das-mãos e dos pés, de
distribuição assimétrica.(l,6). .
' '
' *
'Pele ~ Uma das manifestaçães mais
1 - ~
'
-
comuns na_DMC e o edema das maos dando o aspecto de de~
dos em salsicha, em 66 a 100% dos.casos. (2,4,5,7,9,ll)
° . .
A pele fica esticada e espessa. (Â,5,9,l1). Na histolo-
gia se observa Ó aumento do colágeno, porém raramente
leva a contratura articular. (9)' Os achados como alope-
cia,telangieetasiaa periungueal, descoloraçäo violácea
das pálpebras, eritema sobre os dedos, cotovelos e joe-
lhos, nódulos sub~cutâneos também aparecem na DMC. (7,9)
Não são frequentes necroses ou ulceraçoes extensas; (9)
Rash cutâneo tipo LES é frequente; (4,5,7,9) "Í
~ ~ ` ~ O comprometimento é mai- ' . Musculos . . _ .
or nos músculos proximais, due se apresentam dfracos e
hipotônicos. (4,9,ll) A miosite está presente em 20 a
72% dos pacientes com DMC. (4,5,7,9§ll) ps níveis de
CPK-e aldolase_estão elevados. (4,9,ll)Í O comprometiä
mento é o de miosité inflamatória; (4,6,9)« A histo1o~
`
gia mostra degeneração das fibras musculares e infiltra-
do perivasculàr e intersticial_de linfócitos e-de célu- «
las plasmáticas. (9111) ' ' ' r V V '
Esöfago - São frequen§gs_anormalidades
ø 4 v
« _
-1o~r
I
. da motilidade do tubo esofágico na DMC. (3,5,7,9¡ll)^
: Muitas veaes tao estudo contrastado do esôfago a moti-
'
lidade parece normal e ao estudo manométrico são encon-~
tradas disfunções, inclusive em pacientes assintomáti-'
maos* '
À
_ .
IU I
Na DMC diversas vezes ocorre severa diminuiçao da moti- -
V lidade esofágica, o que não é frequente no LES. (3)
Pa--
_rece o comprometimento esofágico_ser diretamente propor- '
cional ao tempo de evolução da doença. (9) Os sintomas
\
(mais cpmumente encontrados são disfagia,
vv
pirose, regur-
gitaçao. Parece haver correlação entre fenômeno de Ray-
naud e aperistalse esofagica. (3)
,“_ _' Pulmoes - As alteraçoes pulmonares
.mais encontradas na DMC são: diminuição da capacidade '
- pulmonar e diminuição da capacidade de difusão,(4,9,l2)
- _ __O._.a9WQmet,iment.4o._pul.m.on.a1:_é,..frequente, píorém, _clim'.camen--`
. 'te não é muito evidente. (2,7,9)
'
O
Na radiografia do tórax pode aparecer
infiltrado intersticial difuso, diminuição do volume pul-
¿* monar e doença pleural. (6,9) 'Os autores que descreve-p
vv
ram estes achados, sugerem que as_alteraç5es sao devido
'
I
a uma pneumonite inflamatoria, pela boa resposta que a
- _mesma apresenta aos corticóides, dispensando o uso de
Í antibióticos. (6) Raramente o problema pulmonar
pode"
~ ser grave levando a dispneia
de esforço e hipertensão pulmonar. (6,7,9) j _ V _ - uv ou I _ *
Coraçao - Nos adultos 1'l8.0 8 COmU.m O
acometimento çaäfiíãaø na DMC. (9) Porém nas crianças
pode ser mais frequente, podendo apresentar miocardite,
insuficiência cardíaca congestiva, pericardite e insu-
l- ficiëncia aortica.
(9,l2) Raramente pode a miocardite
ser o principal problema na DMC. (6,7,9)
4' ó ¡ _ l -11~ _- ~ Rim - A DMC É considerada benigna, ou V _ . . _ - r
«` de bom prognóstico, principalmente por comprometer pou~
~ co frequentemente o rim
( O a 20% ). (l,2,4,5,7,8,9,lO, u
ll)_ Alguns autores porem, descreveram comprometimento
'renal na DMC que pode ser severa, discordando dos ou~
tros autores. (l,6) Nas orianças.também o comprometi~
.
'
, _
'mento renal, segundo Singsen e colaboradores, e relati-
vamente comum e as vezes grave}p(l27 1
-
_ s
_
“ Quando ocorre alteraçao renal, sao en-
contradas proteinuria e hematuria, mas só ocasionalmen~`
te o principal problema é o renal. (9) Na biópsia os ~
achados são hipercelularidade mesangial isolada, glome-
rulonefrite focal e glomerulonefrite membrano prolifera~
«tiva. (9) ' _ ' ' - '
Sistema nervoso ë Não são frequentes.
- _as alterações neurológicas na DMC. (2,4,5,7,9,lO) Po~`
rem isso não e de consenso de todos_os autores, pois '
alguns já descreveram o acometímento do sistema nervo-
i
so como relativamente frequente, principalmente a menin~
.w gite asséptica, (l,6) .'_ .' _ . _ i _ ' A
'As anormalidades encontradas foram
neuropatia do trigëmio, cefaléia vascular, meningite as-
` 1 ' ~
'
_septica, convulsoes, encefalopatia difusa, neuropatia
V periférica múltipla, infarto cerebral ou hemorragia ce»
rebral. (9) Na criança parece que o sistema nervoso é
atingido mais frequentemente. (12). À
_
-
_ achados hematológicos - A anemia com
hematocrito de 28 a 34% e leucopenia ocorrem em cerca
_de 30,a 52% dos pacientes com DMC._(4,5,7,9,lO,ll) A
A anemia hemolitica com teste de Coombs positivo e trom~
'
bocitopenia são raros,_porém podem ser severos. ( 9,11)
V
- l -J
-¬V1:,,_`,¡ ›› . '-- ---~ ~ ‹ ”' " ~ ‹
-É
4
O v
-12-^
'
I
Na criança a trombocitopenia-e mais comum que no-adulto r
vv I
e nao tem boa resposta aos corticosteroides. (9,l2) '
_
_ 4 Outros achados - A linfoadenopatia 104
calizada ou generalizada foi um achado em 24~a 37% dos
pacientes. (2,4,ll) Porém,distúrbios da função hepáti~
. ' .
nf
ca sao raros. (9,ll) »' A '
.
'
A febre também e comum na DMC. (4,5,
1o¿11,12) ' - _ s ‹ _'_ t _ `
0 trato gastrointestinal costuma ser
afetadoxcom pouca frequência, com alternância de diar«
réia e obstipação. (9) ~» `
‹~
`
É descrito também-a rara ocorrência
âe.T1reo1d1te'âé Hashimotø na DMC. í4,9,1o) outros au»
tores encontraram nos pcientes, rouquidão permanente e
tromboflebites. (7,9) Outros ainda a-Sindrome de Sjö- '
gren;í(4;6¡9)-~~~~+-~~~+z~~ ~~â-- _¬e--»--~ ~ ' . _ ~ ‹ 4 _ u
“O padrão clínico da DMC é o fenômeno
de Raynaud, poliartralgia-ou artrite, dedos em_salsicha,
hipomotiiiâaâe esofág1¢a,Vmiopatia inflamatória. (2,4,
5,7,9,lO,ll)` Estas caracteristicas são acompanhadas de
nm bom prognóstico com Ótima resposta aos corticoeste~
roides e apresenta pouco acometimento renal. (2,4¡8,9,ll)
1v~4~ Diiomósiroo DA DMC
'Em 1976, Sharp e colaboradores estabe~
leceram critérios diagnósticos da DMC, que vários outros
autores aceitaram. (l,4,6,9,ll) - , ' ' ' 1
1- Altos titulos na hemaglutinação de
anticorpos para RNA. Acima de l/lOGC são considerados :
altos. (1,4,6,9,l1) ` W ' c ` . - À2-
sensibiiidaâe pontilhàâa ao ENÀ pa¬
' -13- u ` _ a ra ribonuclease.-(l,4,6,9,ll) na -' 4 ' . ( c _ ' ~ 3- FAN
positivo em padrao salpicado. (l,
~
4,6,9,11) « "
.
V
. 4~ Ahticorpo Sm 'näo detectável. (l,4,
'
Õàll) na
_ 5- Superposição sequencial ou concomi~
tante de sintomas similares aos do LES, ESP, e polio-
mioâite. (1,4,6,11)
_
'
p Raramente, porem, pode haver pacientes
com sintomas clínicos de DMC e seu soro ser negativo pa- _
ra o anticorpo RNY, ou ter o anticorpo RNP e o antígeno
Sm. (9)
`
.
nv
'- V V
gs manifestaçoes similares ao LES são: _
rash cutäneo,'febre, linfadenopatia, hepatoesplenomega~
lia, serosite, leucopenia, anemia, anemia hemolitica,
hipergamaglobulinemia, epa resposta aos corticÕides.(ll).
vu
z' As alterações compativeis com ES? sao:
-mudanças macro e microscópicas da pele, fenômeno de Ray-
Vnaud, hipomotilidade esofageana, obstipação intestinal.
. ‹ . . , ‹ (11) i i n V ' z
Sugerem dermatomiosite ou poliomiosite:
` rash cutâneo sobre as falanges, fraqueza muscular proxi~
f`mal, dor-muscular, debilidade; alteraçoes violáceas-das ,~
I ' I
'
palpebras, enzimas musculares elevadas, biopsia muscu~
lar compativel com miosite inflamatória. (ll)
Nilmelstein e colaboradores discutem a
'
a
,existência da DMCL como uma entidade clinica isolada, x
vv
por terem verificado que as manifestaçoes clinicas e as
sv r na
'alteraçoes sorologicas serëm.tao variadas, que se torna
dificil estabelecer caracteristicas uniformes para a do-
~ ença.
(5) v.“
`
4 .Q
à...`.]_4...
1 '
.
Estes mesmos autores%,acham que há superposição de sin~ f
tomas apenas no início da doença e*.que posteriormente V
`¢
tende a apresentar sinais e sintomas de uma determinada
doença do colágeno. (5) *
V
.
MENTO
IV~5%« ETIOLOGIA, PKOGNÓSTICO E TRATA~
“ A etiologia e patogênese da DMC e - desconhecida. (9) » V s Í . . _ , _
O tratamento e feito com baixa dose
.de corticoide, obtendo~se boa resposta. (l,4,9,ll)
Nos casos de comprometimento mais severo dos Órgãos,
pode~se chegar a usar 1 mg/kg/dia de prednisona. (9)
O prognóstico, pelos dados conheci~
`
dos até hoje sobre a-doença, parece bom. (2,4,8,9,ll)
. I › ' ' ' O É "!
4*
4-O
V- RELATO DO CASO*
'
Vinte e_trës anos, sexo feminino,
branca, casada, um filho e três abortos espontâneos,
natural de Florianópolis, Santa Catarina, procedente de
S. José no mesmo estado. H -
.- « Em maio de l9T9 foi realisado o diag-
nÔstico`de mononucleose infecciosa,por apresentar,.febre
adenomegalia_cervical de caráter inflamatório, hepatoes-
plenomegalia, emagrecimento e teste de Paul Bunnel po-
sitivo. Fez uso de acido acetil~salicÍlico (AAS) e te~
ve melhora do quadro. '
r *`
iniciou com fenomeno de Haynaud,Vmialgias, poliartral~
V
‹ .
_
1' Quatro meses apÕs,”Êetembro de 1979, a
gias. Os exames laboratoriais mostraram: '
×
'. VHS aumentado
_
‹
ru '
_ FAN positivo padrao`homogënib
í
Células LE negativo '
1 Mucoproteínas~normais.i
p
_*_ 'Trinta dias após, persistiu a poliar-
tralgia,§fen5meno de Raynaud, e iniciou com adenomegalia
cervical,acompanhadd_de uma consolidação alveolar pulmo-
~ X _
. _
nar, que nao teve boa resposta a antibioticoterapia. « Y
Foi internada um_mês apos com agrava-
_ . 2 .
mento, tendo febre e calafrios. Apresentava ritmo intes-
tinal lento, dejeções cada 3 a 4 dias_
"'
'
Nesta epoca apresentou:
FAN positivo pontilnaâo 1/80
V DNA positivo ' V A v Células LE negativo - vi 2'
3* 1 ‹` 4 '_ 0 ` -16-Í
Durante _' a internação apresentou artralgia 1‹'“*-\de articulação ~
_ . _,---'_'
metacarpo falangeana evyeä . . tarso Teve boa resposta a`7
` _ a v
J: u .
antibiâticoterapia, com respeito ao quadro pulmonar. Te-
ve alta hospitalar com prescrição de AAS, Ao controle
Q _
ambulatorial, nos tres meses seguintes, persistiram as
artra1gias.' A
'
É _
"
r'Em maio de 1980 teve novo quadro
de consoiiôaçäo alveolar; Foi meâicaaa com antibióticos
a domicilio e apresentwu remissão do quadro_pulmonar.
. _
_ _
I \ Três meses apos, persistiam
a po~
liartralgia e o fenômeno de Raynaud e a paciente começou
a apresentar adenomegalia supraclavicular de caráter in-
flamatório. Alguns dias apos começou com artrite de co~
tovelo esquerdo, sem apresentar febre. Medicada com an-
tinflamatorio não esteróide, teve melhora da sintomato~
eu ,
logia. Nesta época apresentou EAN positivo padrao ponti~
lhaâø, 1/80.. _
*
z Em setembro de 1980 foi internada
no Hospital Florianopobis,_com dificuldade para fechar
ov
as maos, com fenômeno de Raynaud, dedos em salsicha,
ardëncia retroesternal e emagrecimento. Os exames com-
plementares revelaram: .. _ - ¬ ` ~ Y nf '
FAN positivo l/160 padrao ponti-
lhado em dois testes feitos.
1 ~ '
.
Radiografia de torax e maos nor-
mais. _. `
Criobulinas positivo. ._
Seriografia esôfago, estômago e
duodeno.normal. Hipergamaglobulinemia policlonal. VHS elevado.4 Mucoproteinas normãI»- *1.¶. “Q _ .a ¬ Ú;
4 4
I
-l7~ '
.Função renal normal "
. Leucocitose
I Bransaminases normal
~
.
~ e - '
Foi tratada com antinflamatorio nao
. I
`
' '
esteroide tendo boa resposta do quadro articular.
V ›
_ I
.
"
. Alguns dias apos a alta hospitalar a-
. ~ .
V presentou febricula, lesoes eritematosas nas faces bila-
teralmente e fenômeno de Raynaud. Os achados laboratoái
V riais foram: _ , -\ _ VHS elevado Mucoproteinas normal '_ Anemia discreta - células LE negativo. FAN negativo
Sorologia para Lues positivo l/2
'
""
“" `Foi medicada com AAS tendo melhora dis~creta da dor. ^
_
.
_ Durante o primeiro semestre de l98l
fez uso de 5 mg de prednisona em algum periodo e mante~
ve~se apenas com discreta poliartralgia. Em_controle am~
bulatorial apresentou: ' ' - ~ - 'VHS elevado ' Discreta anemia' Discreta leucopenia _ ' /'zcfl 0' FAN positivokpuro
Em setembro de 1981, começou a apre~
sentar artrite `__.----_"'°'"da articulaçao dos fdedos ( metacarpofa» -
langeanas e interfalangeanas proximais) punhos, fenÕme~
no de Raynaud, febre,_mialgias,_emagrecimento,adenopa-V
tia supra«clavicular. Wedicada com pequenas doses de-cor~
ticoesteroides, na dose de Smg por dia e AAS, não tendo
›
- K
." 4
'
¿ -1ô_
apresentado melhora do quadro clinico. , _ _
- V
'A
p ¿ Foi internada 30 dias apos no Hospital
(
universitário com consolidação alveolar, poliartralgia, «
mialgia, edenomega1ia.axilar esquerda, fenômeno de Ray-' `
d
naud, emagrecimento acentuado, espessamento da pele e f"
esclerodactilia. Durante a internaçao queixou-se de odi~
nofagia. Os exames complementares da internacão mostra- -
ram: '
. _- ›
Crioglobulinas negativo.a
\ ~FAN positivo homogênío em uma pesquisa *y
e negativo em outra. ~ '
. TGO e TGP elevados.
`
_
VFunção renal normal.
- Anemia normocromica e normocitica.
_ ~VHS elevado. , - ` ~ ' _ Células LE negativo. _r,“ i V` Hipergamaglobulinemia discreta. _ __¡_ Leucopenia discreta. Complementos normal.
, Sorologia para Lues positivo l/8. x
A
Desidrogenase lática (LDH) elevada;
^
A biópsia de pele revelou.atrofia epi~
»` telial e na derme hipertrofiia das fibras do.colageno,
`
que em áreas assumem disposição paralela ao eixo longi~°›
tudinal. Ha imagens sugestivas de atrofia dos aparelhos ‹
sebáceos. Não ha alteraçoeš vasculares dignas de nota.
. Quadro compativel com ESP.
-p
“
~ zNa internação fez uso de antibióticos
para o quadro pulmonar e AAS, tendo tido boa resposta.,
Em fevereiro de 1982 foi reinternada no
Hospital Universitário com artrite de ombro e das arti-
¬.. .
.\ 4
4
._19-
culaçoes dos membros inferiores, com febre, astenia, pa»
lidez cutäneoámucosa. '
' '
O VHS estava aumentado. o
Anemia acentuada ( hematócrito 24).
Discreta leucopenia.
-_
'
células LE positivo. Função renal normal.
A Ô CPK e LDH normais. ¡_ V Hemocultura negativo. -À Crioglobulinas negativo. , _ Rx de torax normal. V
Rx de mãos com aumento de.partes
moles. '
Hipergamaglobulinemia.
Reação para toxoplasmose-l/265.
- ~ ~~-~»-~ -H ~ ~f~FÀN positivo
1/1024 homogênio e né»
gativo num segundo teste. `
Paul Bunnel (mononucleose) negati~
ø " .
f
~ Teve alta hospitalar tendo levado.
.` .
A
. .
7
V para domicilio a prescricao de AAS.
° `9WQ 'aáb'
¡4 '
Dois meses apÔs,¿a%ril de 1982. foi
internada no Hospital Governador Celso Ramos com poliar~
› tralgia intensa de punhos, cotovelos e joelhos, coluna
e tornoaëlos, astenia progressiva acentuada, febre, ce~
faléia, tosse com expectoraçäo hemática, epistaxe e ema-
grecimento de mais ou menos 15 kg nos últimos meses.
`
. Ao exame físico foi encontrado pa»
i
~
.lidez~acentuada, esplenomegalia, pulso 100 bpm, presao¿
arterial de 90/60 mm de Hg e afilamento das fàlanges dis
| -çr .. ,ag V, _ K / \ O >< bx
inten-¢' 4» ¡ . 4 _2O_¡ sa e apresentou hepatomegalia. _
"
. _ '- -“ Os exames laboratoriais revelaram:
Anemia intensa ( Ht 18 ).
Leucocitosez' ,-
`
FAN negativo. . V
O Rx de abdome mostrou concreção cal-
culosa em area de rim direito.
Mucoproteinas discretamente aumentadas.
Látex negativo. . -'
V
'
Waaler Rose positivo l/8.
- `
"
=. Sorolcgia para Lues positivo 1/4.
.Células LE negativo. `
-
- ~ '
-Funçao renal normal;
Foi tratada com sangue total, ÀAS e an~
tibióticos,-com melhora do quadro apresentado.
.
_ Trinta dias após, maio de l982, foi in-
ternada no Hospital_FlorianÓpolis com poliartrite de pu-
.nho D e E, tornozelos e mãos, ictericia, febre, sonolên-
I '
I
cia, palides,-dor toraxica ventilatorio dependente. Ao
exame fisico apresentou hepatoesplenomegalia dolorosa,
adenomegalia axilar bilateral._ «
_
Os exames laboratoriais revelaram:
Anemia intensa Ht 13.
Leucocitose.`
zu
Funçao renal normal.
Látex positivo l/2. ,
Sorologia_para Lues pcsitivo'l/4.
'TGS e TGP normais. _
'
Crioglobulinas negativo.
Complementos séricos normais.
_ FAN positivo homogênio l/40.
Anticorpo para DNA positivo.
:P "
__
4 4
4 _
-21-.
Rx de tórax normal. .. .
Coombs direto e indireto negativos.
'
Bilirrubinas aumentadas as custas da
indireta.¬
'
VHS elevado. V
. A paciente recebeu papa de hemácias,
I _ I _
como porem, quatro dias apos o Ht caísse ao nivel ante-
rior, foi transferida para o Hospital Governador Celso
-Ramos onde fez ex-sanguíneo transfusão. Nesta ocasião
apresentou: ENA positivo, l/312500.
-'
.
`
F Anti DNA negativo.
Sorologia para Lues positivo 1/2.
“
Células LE negativo.
'
FAN positivo 1/2o padrão pontiinaào.
Complementos normais. v __ _- _ - Látex negativo. Rx de calcâneo normal. Urocultura negativo. 4 Rx de tórax -'Paquipleuris. Plaquetas 1003000 p/mm3. _ `
: Fundoscopia'¬ hemorragias disseminadas.
p Fez uso de corticoasteróides, antibióticoterapia, antin-
\ flamatorio não hormonal. Apresentou melhora do quadro
_
da anemia, pliartrite, icterioia e da hepatoesplenome~ .
galia. Teve alta hospitalar com Smg de prednisona ao dia.
Nos meses seguintes persistirem as ar~
tralgias, mialgias e apresentava facies esclerodérmica.
Os exames laboratoriais.solicitados; assim se epresenta~
Vêm!
A VHS aumentado.
«
-Função renal normal.
'opositivo 1/1060 _
_
FAN positivo 1/4o padrão ponvilhâao. '
› '_ V ."`- "W"
d
4
_ _22_
_' Sorologia para Lues.positivo l/2.- *4*“"viÚ&
_ Emmmapeiro e févereiró de 1983, estava
`
fazendo uso de 20 mg ao dia de prednisona e se apresen-
tava sem queixas exibindo os exames comlementaresz '.
_ ` - VHS elevado. ' ' Células LE positivo (1/1000). Anemia.' ' . ou . › ~ -\ .-
. FAN positivo l/80, padrao pontílhado.
- ' '
Em doze de maio de-1983 a paciente
Vinha fazendo uso de.20mg/dia de prednisona. C1inica~ _'
mente apresentava certa dificuldade de fechar a boca,
pele dos dedos um pouco estieada_e dificuldade de fle¬
~ I 'V '
-
O z~
zao ao 5- cuiroaatiio, mao Esquerda. '
- - -
_..
E,
z . _ Q 4 _ Iv+'comENTÁa1os ~ _ A
_ L. A paciente estudada apresentou
. _ _
um quadro compatível com mononucleose infecciosa ( ade-,
nomegalia, hepatoesplenomegalia, febre, teste de Paul
Bunnel positivo), quatro meses antes das manifestações
sugestivas de DMC. Interpretamos este fato de : três mo- _ _
Q _ f dos.. ` d if _ V _ _ -~
_ . _ 1- Que a paciente tenha tido mo-
nonucleose infecciosa e posteriormente DMC. «
, _ 2- Que aqueles eram os primeiros
~
sinais e sintomas da DMC e o monoteste tenha dado falso'
positivo, ou,por ser a reação de Faul Bunnel uma reação
scrolôgica, possa dar positivo na DMC. _
_' `
~~ -
-
_ 3~ Que o virus da mononucleose
infecciosa tenha alterado o sitema imune da paciente le-
vando~a a DMC-_ *pa *H _ Ú e r ~_ ' ~ '. `
5Não há nenhuma referência so;
bre este assunto na revisão feita. '
_,
'
' '~ " As
manifestações que a paciente
apresentou e que são similares ao LES foram: artrite,
poiartralgia, febre, rash cutâneo, hepatoesplenomegalia,
serosite, linfadenopatia, anemia hemolitioa, anemia, '
leucopenia,_hipergamaglobulinemia e resposta-ao trata-
mento com_corticosteróides. -
_ '
~ Os sinais; sintomas compativeis
com ESP fQramzesclerodactilia,_fenômeno de Raynaud, di-
ficuldade de abrir a boca, odinofagia, espessamento da-
peie, dificuldade de fechar de mãds_e um adhddd de bióp-
- gi. -
4
-24- .e
.‹" -A
sia de pele com aumento das fibras do colágeno e atro~ -
fia epitelial.
musculares elevadas
As manifestagões sugestivas de po- .
limiosite froram: mialgias, fraqueza muscular, enzimas 7 X
Referem a maioria dos autores que
o rim é pouco afetado e que o prognóstico e bom na DMC.
(2.
p4,7,9,l0,1l) No caso da paciente estudada em quatro
anos de evolução da doença, não houve qualquer achado,
clinico`ou-laboratorial, de doença renal e o prognósti-
co parece bom uma-vez que,_a paciente näo~apresenta se~ V
ao
quelas ou manifestaçoes graves atualmente. -
A boa resposta aos corticóides foiv
_ ‹
av
enfatizada por muitos autores na revisao. (l,4,9,lO) A
paciente_em estudo só teve melhora dos sintomas quando
I I -
feà uso de corticoidès.V P incomum o sistema nervoso ser
¡_.›
vv
atingido. (4,7,9,lO,ll) ›Nao se observou acometimento
do sitema nervoso em nosso caso. `
V
'
-
Apesar de a maioria dos autores a-
charèm que o ENA, na DMC, só pode ser positivo para o
anticorpo RNP e não para Sm,_Sharp, que descreveu a doene
ça, admite que raramente pode existir associação do an- ›
ticorpo RNP e Sm.
A paciente apresentou ENA em altos '
titulos, l/312.500, sendo positivo para o RNP e Sm. No
resultado não consta titulos de cada componente em se-
parado. Assim sendo, encaixamos nosso caso nos poucos _
pacientes com DMC que podem ter`RNPFe Sm positivos. Alem
deste fato; refere um autor quefi_o estudo do ENA e seus X
dois componentes RNP e Sm,_e muito prejudicado pelas ×_,
variaçães, duvidas e complexidade_dos métodos
laborato-v
n
,_.¡ _
. ~ -z5-
¢" ú
›riaiS de determinação dos anticorposz (5) Isso assume
. , ¬
. (
importância em nosso meio onde as dificuldades são ain-
da maiores;
- '
o FAN positivo ao padrão pontiihaê
Í^¡,‹;vâ4-*›'×~/\'‹1,
do, segundo alguns autores, é condição para o diagnés- K
tico da-DMC, porém outros autores acham que ocasional-
mente pode ser negativo. (l,4,5,6,7,9,lO,ll,l2), .
_ d
V
Dos onze testes para o FAN reali-
zados, que foram positivos, cinco tiveram como resulta-
eu
do padrão homogënio e seis padrao pontilhado, alem de
x .
varios outros que foram negativos. O mesmo raciocínio,
feito para o resultado do ENA, pode ser aplicado aos re-
sultados que se obteve na determinação do FAN. É um exa-
me pouco conhecido e solicitado e que exige técnicas e
técnicos muito especializados, o que não acontecendo po-
de levar aos diversos resultados encontrados uma vez ~
____V_____ _ \_,__ _ . . . I. _
'
. I
que foi realizado por profissionais diferentes._ '
' e
A diversidade dos resultados para o
FAN, a clinica do paciente de várias doenças do coláge-
no, alicerçados na revisão bibliográfica que refere pa-
lv
drao pontilhado nestes casos, nos leva a valorisar o
FAN deste padrão. ,_
_' '
Há, portanto, necessidade de padroni-
zação e divulgação das técnicas dos exames sorolÔgicos'"
e da propria doença em si, e que médicos solicitem quan- -
do tem dúvidas ou suspeitas diagnósticas os referidos
exames.
-, `
,,Uma vez que¢_a DMC é uma doença cujas x
manifestações clinicas iniciais são severas e incapaci-_
'tantes, mas que tratada, tem bom prognóstico, e o medo Í
vv
das lesoes renais futuras, pode de certp modo;serÇÕimi-
nuido'quando se tem a certeaa diagnóstica pela determi-
ê. .U - ..-1 I «..¬¿¡¬...-_..z.V...¿.A.?~›,,¬_,‹_._¡ z¢.._-.i M `-gm,-›«,-‹---››-r›.z›.¬r~|›s-1 «wwe-fx.. -»›.~z.‹...¬... ››-..._ ~« 1 i› .~.,..›-. - ¬. \ r 1 I ¡\ L L É lv x à I y .f4___, ,__.
4' 0
I
V
se-2õ~.
nação do ENA, nos parece de grande importância que o mé~
dico conheça essa patologia. _.'ç “` '
‹
'
V A paciente não refere ter tido
si-I
filis e apresentou sorologia para Lues positiva em vá- H
rios testes, porém em baixos titulos. É sabido que no
este teste pode dar falso~positivo; muito raramente.
F* L11 U2
' '
vAssim sendo,poderia que a paciente
V , 9- _,
'
1
Sua cura se deu pelo uso de antibiotico para outra in-
fecçao, permanecendo baixos titulos residuais; ou ser
. ` ' I
I
Q ~ 1 1
um achado da DMG, que tem manifestaçoes similares ao
LES. Não há referencia sobre a positividade da sorolo-
gia para Luës na DMC. _
' D . 4 - ' - p
V A presença de anticorpo DNA e celulas
fu
LE sao consideradas incomuns na DMC. (2;5,9,ll). Alguns
consideram que para fazer diagnóstico de DMC é preciso
que anti DNA seja negativo. 11,6) Em diversas pesquisas
de anticorpo DNA, na paciente estudada, alguns foram ne~
gativos, outros positivos em baixos titulos. '
'
. N
Houve o aparecimento de celulas LE
dois anos após o inicio da doença e continuaram posi~ ‹bwW0 6"
tivas. A paciente, apesar.de ter apresentado alguns
testeãpara DNA em baixos titulos não_apresentou doença
renal. Existem-evidencias fortes de que a nefrite lupi-
ca é devido a depositos de imunocomplexos DNA anti DNA
no rim. (8) Parece também que pode existir.uma inibi~
to ru '
>
çao da formaçao de anticorpos anti DNA pelo ENA ribonu-
clease sensível (RNT). (ll) Nossa paciente apresenta~
va RNP positivo. `
.
_ ' na
' '
.
._ Outras alteraçoes laboratoriais que fo»
~
ram descritas e encontradas são: elevaçao de TGO,LDH,
TGP que significam comprometimento muscular,.VHS ele-
. _ à rf . . . . ¬ . V . _ . 7
4' 4
'
-27~
«vado,phipergamaglobulinemia, Waaler Rose positivo e lá-
tex positivo.. « .
' .~
,_.
'_ `
_- t_`O diagnóstico inicial da paciente-
foi de ESP e somente dois anos apos 0 inicio_da doença,_",
~foi-feito o diagnostico de DMC. forem, antes, já exis~ V
tiam sintomas que não se enquadravam na ESP; _
Í
'
na ' ~
' ' ~
ƒAs manifestaçoes pulmonares sao
ou ' '
'
«comuns na-DMC, apesar de muitas vezes nao serem eviden~
' '
no
tes. (2,7,9)_ Alguns autores acham que certas alteraçoes
'pulmonares devem~se a uma pneumonite inflamatória por
responder bem aos corticóides. (6) Em nosso caso, a pa-
ciente teve quadros repetidos de consolidação pulmonar,
ou
-'
interpretados como infecçoes pulmonares, as vezes refra~
.-¡
ptarias ao tratamento com antibióticos. Estes episodios
. poderiam ter sido pneumonite inflamatoria pela DMC em
_ _ _§iL_9u infe9§3esHpnlmQnar¢S_@¢,repetigã¢z por apresefl-~
. 4 _, _ ' _ > ‹
tarem esses pacientes alteraçoes imunologicas que no .
caso teriam facilitado a infecção. '
'
' '
Iv
Testes de verifica ao da ca P
acide-i" de pulmonar.näo foram realizados¿ porém, em muitos ca»
sos, segundo a revisão feita, a capacidade pulmonar es-
tá âiminuiâa. . .
›
_.
. ,
_ O estudo radiologico oontrastado
\ - '
.
`
do esôfago realizado na paciente, não revelou altera~«
nl . . ~ ' ø
çoes da motilidade. Nao foi realizado estudo manometri~ -
co do esôfago. É comum existir hipomotilidade esofage-
¢ , -
ana, muitas vezes detectada somente ao exame manometri~
co; inclusive em pacientes assintomáticos. (3,6,9) Cli-
nicamente a paciente referia odinofagia, pirose, dor re~
troesternal. Fortanto a paciente poderia ter algumngrau
. de diminuição da motilidade esofageana.
, `
f W. *J
Í
1» ca
do uso de corticoides
-" 4
-28- '
alterações que persistiram, ' apesar
_ _
' (
, em nosso caso, foram de ESP, com
pele dos dedos esticada em certo-grau e dificuldade de
abrir a boca além de certos limites. Nilsmelstein e co-
laboradores, citam em seu estudo, que os sinais e sin-
tomas da ESP responde
LES e da polimiosite.
_~ A
das queixas mais impo
_ .
1 ~-
m pior aos corticoides que os do
‹õ›_l~,
q~
,
artrite~ 1 I›oliartral _ ia foram umas
_ \
rtantes e mais persistentes da pa-
- na -
cientemxmas não houve alteraçoes ósseas nas radiogra-
fias das mãos e pés. Um dos sintomas mais constantes ci- _
tados na revisão foram as queixas articulares. (l,2,4,
6,7,9,l1) -d
~
V _ _ Bennett e colaboradores, citam em seu
'
estudo, alterações radiográficas ósseas em quase todos
- -os pacientes~com~DMG. »0~achado maistfrequente são eros”
'
no I - 1
soes_osseas pequenas, as vezes mínimas, que ao radiolo-
gista menos avisado podem-passar desapercebidas. As ero-
soes são pequenas e e
‹' dedos das mãos
e pés.
._
,_ A
Raynaud,-que Sharp e
\ _
m saca.bocado, principalmente nos-
<õ›¬
os
zpaciente apresentou fenomeno de
outros autores relacionam como um
J _achado-dos mais frequentes na_DMC. `
_
.
V A
(9,1l) A paciente de
de ex-sanguíneo trans
hemolitica severa com'hematocrito
an
anemia hemolítica e quadro raro.
nosso estudo chegou a necessitar
'
lv '
fusao por ter-apresentado anemia
4
p_
‹D
.Í-¬ '
'
elevaçao acentuada da bilirrubina, que não melhorou com
_a administração de sangue e papa de hemácias. Esta foi_
uma manifestação grave da DMC que_respondeu bem a ex-
'
sanguíneo-transfusão e a corticcterapia. .
,
'
Outros achados encontrados na pacien-
E3 _
* .' 4 lzg-. 4 » . vv ' '
te, que sao descritos como frequentes na DMC, foram:
serosite, hepatoesplenomegalia, febre, linfadenopatia,
anemia e leucopenia. (4,5,7,9,l1) V . ' “ ` ` - '- _ - `
O diagnóstico da DMC foi feito consi~~
derando: « .v e
, . , _ -
- l--Principalmente as
manifestaçães V
clínicas evidentes de várias doenças do colágeno.como
as do LES, ESF, e poliomiosite. V
-
_. '
*
i '
2- O não comprometimento do rim e do
` ,
sistema\nervoso em toda a evolução do.casofi
l_ . 3- A boa resposta aos corticóides,`
inclusive em pequena dosagem. _
"
' V'
,. 4~ A presença de sinais e sintomas
considerados por muitos como-padrão da DMC, como fenöme-
no de Raynaud, poliartralgias e artrite, espessamento * .
da pele, comprometimento pulmonar, dedos em salsicha e-. -
queixas musculares. _
~ `
- . 5- A presença de FAN positivo, padrão
pontilhado, apesar das consideraçšes feitas anteriormen-
te.3 -
`
<. '
i
A 6- ENA positivo em altos titulos, as
pesar de só raramente ocorrer a presença_concomitante
de seus dois componentes RNP e Sm. -
'
.'
f 7- A presença de celulas LE, hiperga-
maglobulinemia, látex positivo, VHS elevado, elevação
das enzimas musculares, a biopsia de pele¿comp¿tíVe1
L com ESP. 1 " ` - '_ ' 1 ' 'Í ' › ›~ 1 \ ` . 4 “f” _,-1... ` ..- .› -.. A _ .-.z‹‹,¡¡
¢ ¢‹ 4
(
ABSTRACT
~
Mixed connective tissue disease (MCTD)
was discribed in 1972 by Sharp and his coworkers.
, N The disease shares overlap pf clinical
features with systemic lupus erythematosus (SLE), poly~ “
miositis and progressive systemic sclerosis (PSS)Q that
may appear simultaneously or separatedly. (l,4,6,1l)
`
1 . It alsotshows high titres of antibody
to a nuclear extractable antigen (ENÀ) which has a ribonu-
clease“ sensitive, condition sine qua non for the diagno~ _
sis of mean. (1,4,6,I1)
A ` `
~ -l
4 _
p MOTD appear to have a relatively favo~
rable prognosis, and shows a low renal disease and neuro~
psychiatfic problems and has a good response to the treat+
ment with corticosteroids. ”
_
A A We_report.a case that was diagnosed and
treafiea in_F10r1anóp01is;sc, in the per10â.fróm_1979 no
1983.' ` ` _ ` ' z j . - '
The clinical overlap features were simi~
lar to SLE, PSS, and polymiositis. lt was found a high ti-
tres of ENA. The diagnosis was clinically established and
also by the laboratory data and the anatomopatologic stu-
dy of skin biópsy. .
_ ¿
. 4
I
. viii- aEFExÊNc1As BIBLIOGRÁFICAS
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.--_...--__-.-..._--___-;--
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CM
0188 Ex.l N-Chaim TCC UFSC CM 0188 Autor: Medeiros, Irene Wi972811967 V Ac. 253378
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