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Assunto Especial Acórdão na Íntegra

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O Fator Previdenciário

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Tribunal Regional Federal da 3ª Região

Apelação Cível nº 0000791-41.2005.4.03.6121/SP (2005.61.21.000791-5) Relatora: Desembargadora Federal Vera Jucovsky

Apelante: José Barbosa de Oliveira Advogados: Ivani Mendes e outro Codinome: José Barboza de Oliveira

Apelado: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS Advogados: Leonardo Monteiro Xexeo e outro Advogado: Hermes Arrais Alencar

Apelada: União Federal

EMENTA

PREVIDÊNCIA SOCIAL – REVISÃO – TÁBUA COMPLETA DE MORTALIDADE – FATOR

PREVIDENCIÁRIO – CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL

A Tábua completa de mortalidade (IBGE), utilizada para a aferição da

expectativa de sobrevida do segurado, constitui elemento integrante

do cálculo do fator previdenciário e foi introduzido na legislação

pre-videnciária mediante a Lei nº 9.876/1999.

Diante do princípio tempus regit actum e do preceito legal

conti-do no art. 29 da Lei nº 8.213/1991, com a redação dada pela Lei

nº 9.876/1999, é de rigor que, no cálculo do fator previdenciário, seja

utilizada a Tábua de Mortalidade vigente na data da aposentadoria

do segurado da Previdência Social, no caso dos autos 02.12.2003,

inexistindo previsão legal à utilização de outra não mais vigente.

Apelação da parte autora improvida.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,

decide a egrégia Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região,

por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do relatório e

voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

São Paulo, 6 de junho de 2011.

Vera Jucovsky

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VOTO

A Exma. Sra. Desª Fed. Vera Lucia Jucovsky:

DA TÁBUA COMPLETA DE MORTALIDADE

A Tábua Completa de Mortalidade (IBGE), utilizada para a aferição da

expectativa de sobrevida do segurado, constitui elemento integrante do

cál-culo do fator previdenciário e foi introduzido na legislação previdenciária

mediante a Lei nº 9.876/1999.

Sobre o tema assim preceitua o art. 29 da Lei nº 8.213/1991, com a

redação dada pela Lei nº 9.876/1999:

“Art. 29. O salário-de-benefício consiste:

I – Para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18 na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspon-dentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;

[...]

§ 6º No caso de segurado especial, o salário-de-benefício, que não será infe-rior ao salário mínimo, consiste:

I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, em um treze avos da média aritmética simples dos maiores valores sobre os quais incidiu a sua contribuição anual, correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário; [...]

§ 7º O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expec-tativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, segundo a fórmula constante do Anexo desta lei.

§ 8º Para efeito do disposto no § 7º, a expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de mortali-dade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos. [...]”

Em cumprimento ao art. 2º do Decreto Presidencial nº 3.266, de

29.11.1999, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, divulga

anualmente a Tábua Completa de Mortalidade, referente ao ano anterior até

o primeiro dia útil do mês de dezembro de cada ano.

Convém transcrever, em síntese, a exposição de motivos do IBGE

so-bre a metodologia empregada no cálculo e projeção da Tábua Completa de

Mortalidade estimada para o País, divulgada em 2003:

(3)

[...]

As Tábuas de Mortalidade ora divulgadas resultaram de uma ampla discussão durante uma oficina de trabalho entre Técnicos da Coordenação de Popula-ção e indicadores Sociais (Copis/DPE/IBGE) e do Centro Latinoamericano y caribeño de Demografia (Celade/Cepal/Nações Unidas), realizada entre 24 e 28 de março de 2003, em Santiago, Chile.

Em primeiro lugar, deve-se salientar que esta oficina de trabalho visou um primei-ro contato entre o IBGE e as Nações Unidas para a uniformização dos parâmetprimei-ros de mortalidade, fecundidade e movimentos migratórios. Este contato proporcio-nou uma avaliação das estimativas das variáveis demográficas, desde 1980, a serem utilizadas por ambas as instituições na projeção da população do Brasil. A Tábua de Mortalidade

Em Demografia, a Tábua de Mortalidade de uma população é um modelo que descreve a incidência da mortalidade ao longo das idades de uma po-pulação em um determinado momento ou período no tempo. Pressupõe-se o acompanhamento de uma coorte de nascimentos, registrando-se, a cada ano, o número de sobreviventes às idades exatas.

Como essa é uma tarefa quase impossível de se levar a efeito, utiliza-se a mortalidade prevalecente em um certo período para gerar os sobreviventes de uma coorte hipotética, I(X), de nascimentos, geralmente 100.000, deno-tada por I(0).

[...]

9. Considerações finais

Toda projeção de população por sexo e grupos de idade, realizada por mé-todo demográfico, deve ser revista na medida em que novas informações surjam, sejam de Censos Demográficos, Pesquisas Domiciliares ou Estatísti-cas Vitais. Como este método consiste em trabalhar (projetar) separadamen-te cada componenseparadamen-te demográfica; mortalidade, fecundidade e movimentos migratórios, faz-se necessário a revisão periódica das medidas e indicadores destes níveis à luz de novas informações. É um processo contínuo de atuali-zação que faz com que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) possa fornecer estimativas populacionais as mais próximas da realidade. É neste contexto que, com a divulgação dos resultados do Censo demográfico de 2000, das Estatísticas de Registros Vitais para os anos de 1999, 2000 e 2001 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para o ano de 2001 fez-se necessário uma avaliação dos parâmetros demográficos implícitos na projeção. No caso da mortalidade, as novas informações propiciaram a construção de uma Tábua de Vida para o ano 2000, já que até então, a Tábua para este ano não era construída, e sim obtida através do processo de interpo-lação entre a última Tábua (1991) e a limite, descrito na metodologia anterior... (Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/pub/EstimativasProjecoesMortali-dade População>)

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As razões retromencionadas justificam, portanto, a atualização e a

publicação anual da Tábua de Mortalidade.

Destarte, diante do princípio tempus regit actum e do preceito

le-gal contido no art. 29 da Lei nº 8.213/1991, com a redação dada pela Lei

nº 9.876/1999, é de rigor que, no cálculo do fator previdenciário, seja

utili-zada a Tábua de Mortalidade vigente na data da aposentadoria do segurado

da Previdência Social, no caso dos autos 02.12.2003, inexistindo previsão

legal à utilização de outra não mais vigente.

Nesse sentido é a jurisprudência desta egrégia Corte:

“PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO – APLICAÇÃO DOS ARTS. 285-A E 330, I, DO CPC – POSSIBILIDADE – REVISIONAL DE BENEFÍCIO – REN-DA MENSAL INICIAL – FATOR PREVIDENCIÁRIO – UTILIZAÇÃO DE TÁ-BUA DE MORTALIDADE NÃO MAIS VIGENTE À ÉPOCA DA APOSENTA-ÇÃO – IMPOSSIBILIDADE – NÃO DEMONSTRAAPOSENTA-ÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO À UTILIZAÇÃO DE TÁBUA DIVERSA – APELAÇÃO DESPROVIDA

[...]

A Emenda Constitucional nº 20/1998, dando nova redação ao art. 201 da CF permitiu que a legislação previdenciária fosse alterada (Lei nº 9.876/1999), modificando o critério de cálculo da renda mensal inicial do benefício. O INSS procedeu em conformidade à Lei nº 8.213/1991, com as alterações da Lei nº 9.876/1999 no cálculo da renda mensal inicial do benefício da parte autora, tendo utilizado os critérios legalmente previstos.

Não há respaldo legal para a utilização de tábua de mortalidade necessária ao cálculo do fator previdenciário e nos casos em que a incidência deste é obrigatória – não mais vigente quando da DER/DIB, uma vez que a Lei nº 9.876/1999 expressamente previu que devem ser consideradas a expec-tativa de vida, o tempo de contribuição e a idade do segurado à época da aposentadoria do segurado.

A elaboração da tábua de mortalidade é atualizada periodicamente com base no censo populacional brasileiro e é tarefa que compete ao IBGE, cabendo ao INSS, tão-somente, a aplicação dos dados nela divulgados, sendo inviável proceder-se à alteração dos mesmos.

Resguarda-se, entretanto, o direito adquirido do segurado à concessão de eventual aposentadoria, desde que implementados todos os requisitos legais exigíveis, em que sejam computados somente o tempo de serviço, a idade e as contribuições vertidas até a data em que vigorava determinada tábua de mortalidade, nas hipóteses em que a tábua superveniente, implicar desvanta-gem ao requerente, ainda que, nesta hipótese, seja considerada um número maior de contribuições e de tempo de labor. Não houve, contudo, demons-tração de aludido direito.

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aposentadoria da parte autora ou a aplicação da vigente com dados do censo anterior é incabível porquanto é legal a diminuição do valor do benefício previdenciário com a melhora na expectativa de vida.

Não merece revisão o cálculo do benefício se não demonstrado o descum-primento da legislação previdenciária.

Matéria preliminar afastada.

Apelação da parte autora desprovida.

(TRF 3ª R., Sétima Turma, AC 2009.61.83.012313-5, Relª Desª Fed. Eva Regina, v.u, J. 13.12.2010, DJF3 CJ1 17.12.2010, p. 1117)

PREVIDENCIÁRIO – PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARA-ÇÃO – REVISÃO DE BENEFÍCIO – ART. 285-A DO CPC – APLICABILIDA-DE – FATOR PREVIAPLICABILIDA-DENCIÁRIO – TÁBUA APLICABILIDA-DE MORTALIDAAPLICABILIDA-DE – APLICABILIDA-DECRETO Nº 3.266/1999 E LEI Nº 9.876/1999

I – [...] II – [...]

III – o Decreto nº 3.266/1999, ao fixar a periodicidade para publicação da tábua de mortalidade, não afrontou o disposto no art. 59 da Constituição da República de 1988, haja vista que não teve o condão de restringir ou ampliar o alcance da Lei nº 9.876/1999 ou da Lei nº 8.213/1991, considerando o seu caráter nitidamente instrumental, que teve por finalidade proporcionar a aplicação uniforme da lei, não alterando os parâmetros por ela delineados. IV – Tendo a lei estabelecido ser de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE a elaboração das tábuas de mortalidade a ser utilizadas no fator previdenciário, refoge à competência do Poder Judiciá-rio modificar os dados ali constantes.

V – Embargos de declaração da parte autora rejeitados.”

(TRF 3ª R., Décima Turma, AC 2009.61.83.013953-2, Rel. Des. Fed. Sérgio Nascimento, v.u., J. 19.10.2010, DJF3 CJ1 27.10.2010, p. 1175)

Na mesma esteira, é remansoso o entendimento do colendo Superior

Tribunal de Justiça, in verbis:

“ADMINISTRATIVO – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – INDENI-ZAÇÃO – DANO MORAL – REVISÃO – SÚMULA Nº 7/STJ – JUROS MORA-TÓRIOS – TERMO FINAL – PENSÃO POR MORTE – EXPECTATIVA DE VIDA DA VÍTIMA – IDADE DO FILHO

[...]

6. O critério para determinar o termo final da pensão devida à viúva é a ex-pectativa de vida do falecido.

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em conta, além dos nascimentos e óbitos, o acesso à saúde, à educação, à cultura e ao lazer, bem como a violência, a criminalidade, a poluição e a situação econômica do lugar em questão.

8. Qualquer que seja o critério adotado para a aferição da expectativa de vida, na hipótese de dúvida o juiz deve solucioná-la da maneira mais favorá-vel à vítima e seus sucessores.

9. A idade de 65 anos, como termo final para pagamento de pensão inde-nizatória, não é absoluta, sendo cabível o estabelecimento de outro limite, conforme o caso concreto. Precedentes do STJ.

10. É possível a utilização dos dados estatísticos divulgados pela Previdência Social, com base nas informações do IBGE, no tocante ao cálculo de sobre-vida da população média brasileira.”

(STJ, Segunda Turma, REsp 1027318/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, v.u., J. 07.05.2009, DJe 31.08.2009)

Por derradeiro, cumpre ressaltar que a Excelsa Corte, no julgamento

da ADIn 2111-MC/DF, indeferiu medida cautelar objetivando o

reconhe-cimento da inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 9.876/1999, na parte

em que deu nova redação ao art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei nº

8.213/1991, consoante ementa a seguir transcrita:

“EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO – PREVI-DÊNCIA SOCIAL: CÁLCULO DO BENEFÍCIO – FATOR PREVIDENCIÁRIO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº 9.876, DE 26.11.1999, OU, AO MENOS, DO RESPECTIVO ART. 2º (NA PARTE EM QUE ALTEROU A REDAÇÃO DO ART. 29, CAPUT, INCISOS E PARÁGRAFOS, DA LEI Nº 8.213/1991, BEM COMO DE SEU ART. 3º – ALEGAÇÃO DE IN-CONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI, POR VIOLAÇÃO AO ART. 65, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DE QUE SEUS ARTS. 2º (NA PARTE REFERIDA) E 3º IMPLICAM INCONSTITUCIONALIDA-DE MATERIAL, POR AFRONTA AOS ARTS. 5º, XXXVI, E 201, §§ 1º E 7º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E AO ART. 3º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, de 15.12.1998 – MEDIDA CAUTELAR

[...]

2. Quanto à alegação de inconstitucionalidade material do art. 2º da Lei nº 9.876/1999, na parte em que deu nova redação ao art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/1991, a um primeiro exame, parecem corretas as ob-jeções da Presidência da República e do Congresso Nacional. É que o art. 201, §§ 1º e 7º, da CF, com a redação dada pela EC 20, de 15.12.1998, cuidaram apenas, no que aqui interessa, dos requisitos para a obtenção do benefício da aposentadoria. No que tange ao montante do benefício, ou seja, quanto aos proventos da aposentadoria, propriamente ditos, a Constituição Federal de 05.10.1988, em seu texto originário, dele cuidava no art. 202. O texto atual da Constituição, porém, com o advento da EC 20/1998, já não trata dessa ma

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-o § 7º d-o n-ov-o art. 201. Ora, se a C-onstituiçã-o, em seu text-o em vig-or, já nã-o trata do cálculo do montante do benefício da aposentadoria, ou melhor, dos respectivos proventos, não pode ter sido violada pelo art. 2º da Lei nº 9.876, de 26.11.1999, que, dando nova redação ao art. 29 da Lei nº 8.213/1991, cuidou exatamente disso. E em cumprimento, aliás, ao caput e ao § 7º do novo art. 201. 3. Aliás, com essa nova redação, não deixaram de ser adotados, na lei, cri-térios destinados a preservar o equilíbrio financeiros e atuarial, como deter-minado no caput do novo art. 201. O equilíbrio financeiro é o previsto no orçamento geral da União. E o equilíbrio atuarial foi buscado, pela lei, com critérios relacionados com a expectativa de sobrevida no momento da apo-sentadoria, com o tempo de contribuição e com a idade, até esse momento, e, ainda, com a alíquota de contribuição correspondente a 0,31.

4 Fica, pois indeferida a medida cautelar de suspensão do art. 2º da Lei nº 9.876/1999, na parte em que deu nova redação ao art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/1991.

5. Também não parece caracterizada violação do inciso XXXVI do art. 5º da CF, pelo art. 3º da lei impugnada. É que se trata, aí, de norma de transição, para os que, filiados à Previdência Social até o dia anterior ao da publicação da lei, só depois vieram ou vierem a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social.

6. Enfim, a ação direta de inconstitucionalidade não é conhecida, no pon-to em que impugna pon-toda a Lei nº 9.876/1999, ao argumenpon-to de inconsti-tucionalidade formal (art. 65, parágrafo único, da Constituição Federal). É conhecida, porém, quanto à impugnação dos arts. 2º (na parte em que deu nova redação ao art. 29, seus incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/1991) e 3º daquele diploma. Mas, nessa parte, resta indeferida a medida cautelar. Por unanimidade, não conhecida a ação direta por alegada inconstitucio-nalidade formal da Lei nº 9.868/1999. Por maioria, indeferido o pedido de medida cautelar relativamente ao art. 2º da Lei nº 9.876/1999, na parte em que deu nova redação ao art. 29, caput, seus incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/1991, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio, que o deferia. Ainda por maioria, indeferido o pedido de suspensão cautelar do art. 3º da Lei nº 9.876/1999, vencido o Ministro Marco Aurélio.” (STF, ADIn 2111-MC/DF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Sydney Sanches, J. 16.03.2000, DJ 05.12.2003, p. 00017; Ement., v. 02135-04, p. 00689)

Assim, correto o procedimento da autarquia relativamente a

elabora-ção da RMI do benefício.

Posto isso, nego provimento à apelação da parte autora.

É como voto.

Vera Jucovsky

(8)

RELATÓRIO

A Exma. Sra. Desª Fed. Vera Lucia Jucovsky:

Cuida-se de ação previdenciária, ajuizada em 26.04.2005, com vistas

ao recálculo da renda mensal inicial de sua aposentadoria, sem incidência

da nova metodologia introduzida a partir da tábua completa de

mortalida-de publicada em 2003 pelo Instituto Brasileiro mortalida-de Geografia e Estatística –

IBGE, com o pagamento das parcelas vencidas atualizadas e acrescidas de

juros de mora e pedido de tutela antecipada.

Concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita à parte

au-tora e indeferida a antecipação de tutela (fls. 28).

A sentença, prolatada em 20.08.2007, nos termos do art. 269, I, do

CPC, julgou o pedido improcedente e deixou de condenar a parte autora ao

pagamento de honorários advocatícios em razão da assistência judiciária

gratuita que lhe foi deferida. Custas ex lege (fls. 90-99).

A parte autora interpôs recurso de apelação e pugnou pela reforma da

sentença (fls. 105-119).

Com a apresentação de contrarrazões do INSS subiram os autos a esta

eg. Corte (fls. 124-148).

É o relatório.

Vera Jucovsky

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