Mauro Gomes
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de S. Paulo Hospital Samaritano / SP
Infecções das vias aéreas na
emergência: como diferenciar
infecções por vírus, por germes
atípicos e bacterianas?
Mauro GomesDilemas
Mauro Gomes 3Excesso no uso de
antibióticos
Risco de desenvolvimento
de resistência.
vs
Atraso no início da
terapia
Risco do aumento da
mortalidade.
Pacientes esperam
muitas vezes a
prescrição do
antibiótico.
vs
Serviços esperam
economia no uso do
antibiótico.
Infecções das Vias Aéreas
Infecções das vias aéreas são as situações mais
comuns que levam ao abuso na prescrição de
antimicrobianos.
Diagnóstico errado e a administração do antibiótico na falta de
infecção bacteriana são as causas principais para o tratamento
inadequado com antimicrobianos.
É necessário o reconhecimento adequado das
infecções virais e da PAC bacteriana
, já que esta
última requer o início da terapia antimicrobiana.
Consensur II. Rev. chil. Infectol; 2010; 27(supl.1). Mauro Gomes Mauro Gomes 5
É gripe ou não é
gripe?
É PAC ou não é
PAC?
Quando cobrir
com antibióticos?
SUMÁRIO
Infecções das vias aéreas na emergência: como diferenciar infecções por vírus, por germes atípicos e bacterianas?
Mauro Gomes
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Costa LD et al. J Pediatr (Rio J). 2014;90:542---55. Os vírus respiratórios mais identificados em associação com a exacerbação da asma são o rinovírus
humano (hRV), vírus sincicial respiratório (VSR), adenovírus (hAdV), influenza (Flu), parainfluenza (PFlu), metapneumovírus humano (hMPV) e coronavírus (hCoV).
Resfriado comum
Mauro Gomes
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É a doença aguda mais
frequente no mundo:
2-3 episódios/ano em adultos.
EUA: 500 milhões/ano de casos
Custos diretos estimados de US$ 17
bilhões e custos indiretos de
U$22.500.000.000 anualmente.
O resfriado comum é diferente da
gripe, faringite, bronquite aguda,
rinossinusite bacteriana aguda,
rinite alérgica.
Fendrick AM et al. Arch Intern Med 2003;163: 487. Eccles R et al. Lancet Infect Dis. 2005;5(11):718.
Causas virais do resfriado comum
Mauro Gomes
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Vírus
Proporção anual
estimada de casos
Rinovírus
30-50%
Coronavírus
10-15%
Vírus Influenza
5-15%
Vírus Sincicial Respiratório
5%
Vírus Parainfluenza
5%
Adenovírus
<5%
Enterovírus (ECHO, Coxsackie)
<5%
Metapneumovirus, Bocavírus
Desconhecido
Desconhecido
20-30%
Heikkinen T, Jarvinen A. Lancet 2003; 361:51.
Resfriado comum
Mauro Gomes
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Mais de 200 subtipos de vírus causam o resfriado comum.
Rinovírus:
mais comuns (30-50% dos resfriados) Mais de 100 serotipos
Vírus Influenza e Parainfluenza
variação sazonal
causam sintomas sistêmicos mais do que outros vírus do resfriado também podem causar doenças compatíveis com o resfriado comum.
Vírus da gripe causa cerca de 5 a 15% dos resfriados
Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 5% Vírus Parainfluenza: 50%
Novos vírus: Metapneumovirus, Bocaviroses Adenovirus:
mais comumente causa faringite e febre do que os sintomas do resfriado, Podee causar epidemias de infecções respiratórias baixas em quartéis militares e infecções respiratórias graves em imunocomprometidos.
Enterovírus (ECHO e coxsackie) :
São freqüentemente assintomática ou produziemuma doença febril indiferenciada. Enterovírus podem ser associados com síndromes clínicas distintas, tais como a meningite asséptica e pleurite.
Fendrick AM et al. Arch Intern Med 2003;163: 487. Eccles R et al. Lancet Infect Dis. 2005;5(11):718.
Resfriado comum:
principais patógenos em adultos
Mauro Gomes 10 Vírus Imuno-competentes Imunocom-prometidos
Idosos Crianças Tratamento
Adenovírus •Autolimitada •Mais faringite e febre Cidofovir •Sem ensaios clínicos controlados Parainfluenza •Autolimitada •Sazonal •Mais sintomas sistêmicos ITRI com risco de vida ITRI com risco de vida Sem tratamento específico Metapneumo-vírus •Autolimitada •Bronquiolite •Exacerbação da asma
•ITRI com risco de vida Sem tratamento específico Vírus Sincicial Respiratório •Autolimitada •Exacerbação de asma ITRI com risco de vida ITRI com risco de vida ITRI com risco de vida Palivizumabe •Crianças de risco
Resfriado comum: diferencial
Mauro Gomes
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Resfriado comum
Em geral, os sintomas se devem à resposta imune à infecção e não por danos virais ao trato respiratório e variam muito de doente para doente.
Duram entre 3-10 dias • 25%: até 2 sem Secreção nasal purulenta mesmo na ausência de infecção bacteriana secundária Sinusite bacteriana diagnosticada somente após >10 dias dos sintomas
Outras condições
Rinite alérgica • Não possuem dor de garganta Faringite ou amigdalite bacteriana • Não possuem rinorreia ou congestão nasal Rinossinu-site bacteriana aguda •Dor facial com secreção purulenta Influenza • Início abrupto de febre alta, cefaleia,mial-gia. • Pneumonia • SNC • Coração Pertussis •Pode iniciar com sintomas semelhantes à gripe. Mauro GomesResfriado comum: aspectos clínicos
Mauro Gomes
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Os sintomas são, em grande parte devido à resposta imune à infecção ao invés de ser por danos virais ao trato respiratório e variam muito de doente para doente.
A intensidade e tipo de sintomas também relacionam-se com idade, doenças subjacentes, e experiência imunológica prévia, bem como ao tipo de vírus infectante.
Rinite e congestão nasal são os mais comuns.
A obstrução nasal, rinorréia, espirros e estão normalmente presentes no início do curso da maioria dos resfriados.
Sintomas nasais predominam no 2º e 3º dias da doença [31
Secreção nasal pode ser purulenta mesmo na ausência de uma infecção bacteriana secundária. Secreção nasal purulenta ocorre tanto em pacientes com a gripe comum e/ou rinossinusite viral ou bacteriana secundária
Purulencia não distinguie entre um resfriado ou sinusite
Outros sintomas:
Dor de garganta, tosse e mal-estar.
Garganta arranhando é o mais incômodo no primeiro dia dos sintomas e é de cura duração (2) Tosse se torna problemática no 4º ou 5º dia da doença
Febre é rara em adultos com um resfriado, mas está presente em crianças. Conjuntivite ocorre em adultos e crianças.
Achados no exame físico são tipicamente mínimos ou poucos, apesar do desconforto subjetivo do paciente.
Resfriado comum: diferencial
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Várias outras condições podem mimetizar o resfriado comum:
Rinite alérgica ou rinite sazonal: não possuem dor de garganta
Faringite bacteriana ou amigdalite: não possuem rinorréia e congestão
nasal
Rinossinusite bacteriana aguda:
Possuem dor facial com secreção purulenta;
Influenza: possuem febre alta, cefaleia e mialgia.
Pertussis: pode iniciar com sintomas semelhantes aos da gripe.
Resfriados costumam durar por 3 a 10 dias
Até 2 semanas em 25% dos pacientes.
Secreção nasal pode ser purulenta mesmo na ausência de uma infecção
bacteriana secundária.
Rinossinusite bacteriana é diagnosticada só depois que os sintomas
persistiram por 10 ou mais dias.
Vírus Influenza: principais características
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Vírus influenza A ou B
Período de transmissão:
Imunocompetentes: 5 a 7 dias.
Imunossuprimido e doenças crônicas: até 10 dias ou mais.
Clínica:
Incubação 1-4 dias.
Início abrupto de febre, cefaléia, mialgia, e mal-estar.
Tosse seca, dor de garganta e corrimento nasal.
Complicações:
Pneumonia: viral primária ou pneumonia secundária bacteriana
SNC: encefalite, mielite transversa, meningite asséptica, Sd.
Guillain-Barré.
Outras: miosite, rabdomiólise, miocardite, pericardite, síndrome do
choque tóxico.
Adenovírus
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●Os critérios clínicos não são suficientes para diagnosticar com precisão a infecção por adenovírus. A confirmação laboratorial de infecção por adenovírus deve ser realizada se houver suspeita deste diagnóstico e confirmação seria útil na tomada de decisões sobre a terapia antiviral, excluindo outras infecções tratáveis, estabelecendo um prognóstico, e continuando medidas de controle de infecção, quando apropriado. (Veja"Visão geral"acima.)
●Os testes de diagnóstico para adenovirus incluir a cultura viral, ensaios de antígenos virais (específico do adenovírus ensaio imunoenzimático ou imunofluorescência indireta ligado a enzima), polimerase ensaios de reação em cadeia, estudos histopatológicos, e sorologia (tabela 1). (Veja'testes de diagnóstico'acima.) ●O teste de diagnóstico de escolha varia dependendo da situação clínica (tabela 3). (Veja'Testes de diagnóstico de escolha para diferentes síndromes adenovírus'acima.)
●A maioria das infecções por adenovírus são auto-limitadas e tratamento é de suporte. A terapia antiviral geralmente é reservada para imunodeprimidos e portadores de doença grave, mas ensaios clínicos controlados não foram realizados. (Veja'tratamento'de cima e'Os agentes antivirais'acima.) ●Quando o tratamento é indicado,cidofovirtem sido o agente antiviral mais utilizado. Nephrotoxicity é um importante fator limitante da dose de cidofovir. Recomendamos consulta com um especialista em doenças infecciosas quando o tratamento está sendo considerado. (Veja'tratamento'de cima e'Cidofovir "acima.) ●agrupada imunoglobulina intravenosa tem sido usado como terapia adjuvante em pacientes imunocomprometidos, mas ensaios clínicos controlados não foram realizados. (Veja'A imunoterapia "acima.)
●prevenção da transmissão do adenovírus requer descontaminação de superfícies e instrumentos com agentes tais como o cloro, o formaldeído, ou calor ambiental; Os adenovírus não são susceptíveis de álcool, éter, ou muitos outros desinfectantes habitualmente utilizados. (Veja'O controle da infecção "acima.) ●pacientes hospitalizados com gastrointestinal, conjuntival e infecção por adenovírus respiratória deve ser colocada sobre as precauções de contato; aqueles com infecção respiratória também deve ser colocado sobre as precauções de gotas. (Veja"Princípios gerais de controle de infecção", seção sobre "Precauções de contato"e"princípios gerais de controle de infecção", seção sobre 'Precauções Gota'.)
Vírus Parainfluenza
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Em adultos, os vírus parainfluenza geralmente causam infecções respiratórias leves, mas pode levar a infecções do trato respiratório inferior com risco de vida, principalmente em pacientes imunocomprometidos e idosos. (Veja"Introdução"acima.)
●Os vírus parainfluenza (PIV) são de cadeia simples, envolto vírus RNA pertencentes ao gênero paramixovírus . (Veja'Virology "acima.)
●A extensão da infecção correlaciona-se bem com a gravidade da doença: infecções das vias respiratórias superiores suaves estão associados com a infecção limitada da nasofaringe, enquanto a doença mais grave envolve a propagação da infecção para as grandes e pequenas vias aéreas. (Veja'Patogênese'acima.)
●Nos Estados Unidos, o sorotipo PIV-1 geralmente provoca surtos a cada dois anos durante o outono de anos ímpares. Em contraste, o PIV-2 e PIV-3 ocorrer em epidemias anuais no outono e na primavera, respectivamente. Em países tropicais, vírus parainfluenza não apresentam variações sazonais. (Veja"Epidemiology"acima.) ●Entre os adultos imunocompetentes, infecções PIV são geralmente assintomáticas ou leves, infecções do trato respiratório superior de auto-limitada, enquanto que em pacientes imunocomprometidos, infecções PIV causar pneumonia em uma proporção substancial, especialmente em receptores de transplante de células hematopoiéticas. (Veja'' As manifestações clínicasacima.)
●cultura viral e / ou ensaios de detecção de antigénios são as modalidades mais comuns utilizados para o diagnóstico de infecção por PIV. No entanto, nós favorecemos PCR para o diagnóstico de infecção por PIV em pacientes imunocomprometidos com doença do tracto respiratório inferior, em que o estabelecimento do diagnóstico é a mais importante. (Veja"diagnóstico"acima.)
●Não há agentes antivirais com eficácia comprovada para infecções PIV. Sugerimos não utilizarribavirinaou imunoglobulina intravenosa para o tratamento da pneumonia vírus parainfluenza dada a falta de benefício comprovado (Grau 2C). Uma proteína de fusão recombinante sialidase experimental, DAS181, está disponível para uso compassivo do fabricante ou como parte de umestudo abertoem alguns centros. (Veja"tratamento"acima.) ●Não existe vacina licenciada para prevenir a infecção com o vírus parainfluenza, embora o desenvolvimento da vacina está em andamento. (Veja'O desenvolvimento de vacinas "acima.)
●pacientes hospitalizados com infecção PIV deve ser colocado sobre as precauções padrão e de contato e deve ter uma sala privada, sempre que possível. (Veja'O controle da infecção "acima.)
Metapneumovírus
Mauro Gomes
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metapneumovírus humano (hMPV) é um paramixovírus que foi descoberto em 2001, mas tem sido responsável por infecções do trato respiratório durante pelo menos 60 anos, com uma distribuição mundial. (Veja"Introdução"acima.)
●É provável que a transmissão do hMPV é por contato direto ou próximo com secreções contaminadas, e não pequenas partículas aerossóis. (Veja'Transmission'acima.) ●HMPV pode causar infecção do trato respiratório superior e inferior em pacientes de todas as faixas etárias, mas a doença sintomática ocorre mais freqüentemente em crianças ou adultos mais velhos. (Veja"Epidemiology"acima.)
●inquéritos sorológicos sugerem que hMPV é geralmente associada a infecções leves, auto-limitada em crianças e adultos. O período de incubação não está completamente definida, mas é pensado para ser cinco a seis dias na maioria dos casos, com uma duração típica de doença de aproximadamente uma semana. (Veja'' As manifestações clínicasacima.)
●Entre os pacientes que necessitam de hospitalização, as manifestações clínicas podem variar de bronquiolite ou exacerbação da asma a pneumonia grave e síndrome da angústia respiratória aguda. (Veja'' As manifestações clínicasacima.)
●transcriptase reversa da polimerase de reacção em cadeia (PCR) em amostras da nasofaringe é o método mais sensível para o diagnóstico de infecção MPVh, mas os iniciadores e técnicas não são normatizados entre laboratórios. O ensaio BIOFIRE FilmArray Painel respiratória, um painel de PCR multiplex, foi liberado por os EUA Food and Drug Administration para teste simultâneo para a presença de hMPV e uma variedade de outros agentes patogénicos; este ensaio pode ser realizado em laboratórios hospitalares. HMPV cresce lentamente e de forma ineficiente em
cultura. (Veja'Diagnóstico'acima e'transcriptase reversa PCR'acima.)
●O tratamento é de suporte e varia de acordo com as manifestações clínicas. Não existem dados clínicos sobre a susceptibilidade de hMPV à terapia antiviral.Ribavirina, que tem atividade contra o vírus sincicial respiratório (RSV), também é ativa contra hMPV in vitro e reduz a replicação viral em camundongos infectados. A segurança e eficácia de ribavirina em seres humanos com infecção
Vírus Sincicial Respiratório
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18 O vírus sincicial respiratório (RSV) provoca surtos sazonais de doenças do trato respiratório em todo o mundo, geralmente durante a temporada de inverno. (Veja'Sazonalidade'acima.) RSV causa a doença do trato respiratório agudo em pessoas de todas as idades. É a causa mais comum de infecção do trato respiratório inferior (ITRI) em crianças menores de um ano, sendo a causa mais comum de medicamente participaram ITRI em crianças menores de cinco anos. Quase todas as crianças são infectadas por dois anos de idade, e reinfecção é comum. (Veja'Morbidade "acima.)
RSV tem o potencial de causar ITRI grave em certos grupos de risco: crianças pequenas, prematuros com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita; pacientes com asma significativa; pacientes imunocomprometidos; e os idosos. (Veja'Factores de Risco'acima.) As manifestações clínicas variam dependendo da idade do paciente, o estado de saúde, e se a infecção é primário ou secundário. Lactentes e crianças jovens com infecções primárias geralmente apresentam ITRI. Crianças mais velhas e adultos normalmente têm sintomas do trato respiratório superior, principalmente, mas pode desenvolver ITRI, particularmente se eles são idosos ou imunocomprometidos. (Veja'' As manifestações clínicasacima.)
A apnéia pode ser o sintoma de apresentação em cerca de 20 por cento das crianças internadas com RSV e pode ser a causa de morte súbita. (Veja"Apnea"acima.)
infecção por RSV geralmente é um processo de auto-limitada, mas está associado com sibilos recorrentes em alguns pacientes. (Veja'seqüelas pulmonares "acima.)
A confirmação da infecção pelo VSR requer uma análise das secreções respiratórias. Teste rápido do antígeno é confirmado por qualquer isolamento do vírus em células HEp-2 ou abordagens baseadas em PCR. Abordagens de diagnóstico baseados em ácido nucleico que são mais sensíveis, especialmente em adultos. (Veja'O diagnóstico laboratorial "acima.)
O diagnóstico diferencial de RSV inclui o vírus da parainfluenza, metapneumovirus, vírus da gripe, rinovírus, coronavírus, bocavírus, e adenovírus. (Veja'Diagnóstico diferencial'acima.)
Mauro Gomes
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Técnicas de detecção viral
Métodos rápidos: 15 min a 2 dias
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• Grande importância prática, menor custo, rápida execução • Sensibilidade (50-70%); Especificidade (90-95%).
• Detectam um painel de 7 vírus: Influenza A e B, parainfluenza 1, 2 e 3, adenovírus e VSR
• Resultado qualitativo: positivo ou negativo
• Utilizada pelo Ministério da Saúde (MS) na triagem dos vírus respiratórios para o diagnóstico da síndrome gripal aguda grave e da síndrome gripal nas unidades sentinelas.
Imuno-
fluorescên-cia direta
ou indireta
• Mais sensíveis e específicos, porém mais caros.
• Técnica preconizada pela OMS para confirmação de Influenza A(H1N1). Não é recomendada a Imunofluorescência Indireta para esse vírus. • Identifica vírus de significativa importância clínica e epidemiológica, como o
rinovírus e o bocavírus, não identificados por imunofluorescência.
Amplifica-ção de
ácido
nucleico
em tempo
real
(RT‐PCR)
US CDC. Guidance for clinicians on the use of rapid influenza diagnostic tests. http://www.cdc.gov/flu/professionals/diagnosis/clinician_guidance_ridt.htm (Acessado em 06/04/2015).
Técnicas de detecção viral
Métodos rápidos: 15min a 4h
Mauro Gomes
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• - Grande importância prática, menor custo, rápida execução • - Sensibilidade (50-70%); Especificidade (90-95%). • - Detectam um painel de 7 vírus: Influenza A e B, parainfluenza
1, 2 e 3, adenovírus e VSR. • - Resultado qualitativo: positivo ou negativo.
• - Utilizada pelo Ministério da Saúde (MS) na triagem dos vírus respiratórios para o diagnóstico da síndrome gripal aguda grave e da síndrome gripal nas unidades sentinelas.
Imuno-
fluorescên-cia direta
ou indireta
• - Mais sensíveis e específicos, porém mais caros. • - Técnica preconizada pela OMS para confirmação de Influenza
A(H1N1). Não é recomendada a Imunofluorescência Indireta para esse vírus.
• - Identifica vírus de significativa importância clínica e epidemiológica, como o rinovírus e o bocavírus, não identificados por imunofluorescência.
Amplifica-ção de
ácido
nucleico em
tempo real
(RT‐PCR)
US CDC. Guidance for clinicians on the use of rapid influenza diagnostic tests. http://www.cdc.gov/flu/professionals/diagnosis/clinician_guidance_ridt.htm (Acessado em 06/04/2015).
Isolamento dos vírus
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• Padrão ouro.
• Necessita sistema de aspiração, sondas e treinamento .especializado
• “Bronquinho”.
Aspirado nasofaríngeo
• Mais factível na prática.
• Dispensa o uso de aspiração, sondas e treinamento especializado. • Rendimento inferior ao Aspirado Nasofaríngeo. • Melhor rendimento quando combinado ao Lavado Nasofaríngeo.
Swab nasofaríngeo
• Identifica maior percentual de vírus.
• Menos usada na prática: desconfortável, não recupera toda a solução instilada e a coleta não é uniforme.
Lavado nasofaríngeo
• Poucos dados que suportem o uso para a detecção de vírus. • Sensibilidade < swab ou aspirado nasofaríngeo (menor carga
viral na orofaringe do que em nasofaringe).
Swab nasal-oral
combinado
Escarro induzido e o
Lavado brônquico
Hein N et al. Pediatria (São Paulo) 2003;25(3):84-90 Costa LDC et al. J Pediatr (Rio J). 2014;90(6):542-555. Harper SA et al. Clin Infect Dis. 2009;48(8):1003. ANVISA em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/influenza/arquivos/protocolo_manejo_clinico.pdf. Acessado em 06/4/2015.
Vírus Influenza: diagnóstico
Mauro Gomes
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Técnicas imunológicas e moleculares
Testes rápidos: 15 minutos a 2 dias
Não são necessários para doentes ambulatoriais saudáveis com sintomas compatíveis com a gripe, especialmente durante o pico de atividade da influenza na comunidade. Resultado negativo deve ser interpretado com cautela dado o potencial de um falso-negativo. O tratamento não deve ser adiado enquanto se aguardam os resultados dos testes.
Material: aspirado e lavado da nasofaringe, LBA e swabs.
Testes de antígenos rápidos e ensaios de imunofluorescência
Exames úteis de triagem, rápidos, mas têm sensibilidade limitada. Sens 62% x Espec 98%
Resultados qualitativos (positivo ou negativo)
Reação em cadeia da polimerase da transcriptase reversa (RT-PCR)
Mais sensível e específico.
Diferencia os tipos de influenza (A ou B) e subtipos (incluindo a gripe H1N1 e influenza aviária H5N1).
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Teste Tempo para resultados Espécimes aceitáveis Comentários
RT-PCR (PCR convencional, em tempo real e multiplex) 2 horas
Swab ou lavado da NF, LBA , aspirado nasal ou endotraqueal, expectoração, esfregaço da garganta *
Alta sensibilidade e especificidade; diferencia entre os tipos de influenza (A ou B) e subtipos (incluindo a gripe H1N1 e influenza aviária H5N1) Imunofluorescência• 2 a 4 horas Swab ou lavado da NF, LBA,
aspirado nasal ou endotraqueal
Moderadamente alta sensibilidade e especificidade Testes rápidos de diagnóstico do
Influenza
NP swab, lavagem nasal, aspirado nasal, swab garganta *
Baixa sensibilidade e alta especificidade a moderada; recomendado; durante os períodos de atividade da gripe pico, testes negativos rápida do antígeno não excluem de forma confiável influenza Detecção de antígeno (EIA) 10 a 20 minutos ...
Dependendo de qual teste EIA é usado, nem irá detectar influenza A só, irá detectar e distinguir entre influenza A e B, ou irá detectar, mas não distinguir entre influenza A e B
Ensaio de detecção da
neuraminidase 20 a 30 minutos ... Detecta, mas não faz distinção entre influenza A e B
A cultura viral
NP swab, NP ou lavagem brônquica, nasal ou aspirado endotraqueal, expectoração, esfregaço da garganta *
Moderadamente alta sensibilidade e maior especificidade; este teste é importante para confirmar os resultados de exames e para a vigilância da saúde pública, mas não é útil para a gestão clínica atempada Cultura viral Shell 48 a 72 horas ... ... O isolamento em cultura de células 3 a 10 dias ... ... Testes sorológicos (inibição
hemaglutinina, ELISA, fixação do
complemento e neutralização)◊ Soro
Disponível apenas em laboratórios de referência; não é útil para o manejo clínico em tempo oportuno;recomendada apenas para diagnóstico retrospectivo, vigilância, ou fins de investigação
Métodos de ensaio Influenza
Tratamento das Gripes e Resfriados
Resfriado
Antibióticos não são necessários
Sintomáticos
• Descongestionantes+anti-histamínicos, analgésicos, antitussígeno (dextrometorfano)
Corticoide nasal e codeína
não são efetivos
Coriza: Ipratrópio nasal
Influenza
Terapia antiviral o mais cedo
possível (<48h)
Doença grave, com alto risco de complicações, necessidade de hospitalização ou infecção de trato
respiratório inferior
Inibidores da neuraminidase:
Oseltamivir (VO), Zanamivir (VI) Peramivir (EV)
Adamantanos não recomendados: Amantadina, rimantadina.
• Influenza A (H3N2 e H1N1) são resistentes
Zachari KC. UpToDate.com. Literature review current through: Mar 2015. Sexton DJ; McClain MT. UpToDate.com. Literature review current through: Mar 2015. Mauro Gomes
Resfriado comum: complicações
Mauro Gomes
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Teichtahl H et al. Chest. 1997;112(3):591. Kistler A et al. J Infect Dis. 2007;196(6):817. Kelly JT et al. J Allergy Clin Immunol. 2008;122(4):671. Folkerts G et al. Am J Respir Crit Care Med. 1995;151(5):1666.
Sinusite (40%)
Sinusite viral: +frequente
Sinusite bacteriana: rara
Sem necessidade de
antibiótico
Doença do trato
respiratório inferior
Exacerbações de asma
Exacerbações de DPOC
Tosse persistente
ICC descompensada
•VSR•Idosos, crianças e imuncomprometidos
Exacerbação de asma por vírus
Mauro Gomes
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As infecções respiratórias virais são as causas comuns de
sibilância em lactentes e crianças jovens e são gatilhos comuns
de exacerbações de asma em pacientes adultos e pediátricos com
asma preexistente
Vírus Sincicial Respiratório e Rinovírus Humano – mais comum. Até 40% das crises de asma em adultos
Os vírus respiratórios aumentam o recrutamento de células
inflamatórias, a produção de citocinas, a inflamação alérgica e a
hiper-reatividade das vias aéreas.
É incerto se o aumento da hiper-reatividade é o resultado da inflamação local causada pela infecção viral das vias aéreas inferiores ou se a infecção é limitada à via aérea superior com mediadores inflamatórios que atuam remotamente nas vias respiratórias inferiores.
Teichtahl H et al. Chest. 1997;112(3):591. Kistler A et al. J Infect Dis. 2007;196(6):817. Kelly JT et al. J Allergy Clin Immunol. 2008;122(4):671. Folkerts G, Nijkamp FP Am J Respir Crit Care Med. 1995;151(5):1666.
Estudos com virus são mais frequentes em
crianças
Mauro Gomes
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Exacerbacão da asma e infeccão das vias aéreas: o vírus é o vilão?
Objetivo: Rever a literatura disponivel sobre a relac,ao entre infecc,ao viral aguda do trato
respiratorio e o desencadeamento de exacerbac,oes da asma, identificando os virus mais prevalentes, os metodos de detecc,ao, bem como os aspectos preventivos e terapeuticos.
Foram selecionados 42 artigos originais que tratavam da identificac,ao de virus respiratorios
durante episodios de exacerbac,ao da asma, em sua maioria estudos transversais. Houve ampla variac,ao na metodologia dos trabalhos avaliados, principalmente em relac,ao a idade das crianc ,as e metodos de coleta e detecc,ao viral. Os resultados apontam que, em ate 92,2% das exacerbac,oes, um agente viral foi potencialmente o principal fator desencadeante, sendo o rinovirus humano o mais identificado. O padrao de circulac,ao viral pode ter sido responsavel pela sazonalidade das exacerbac,oes. A associac,ao entre infecc,ao viral e inflamac,ao alergica parece ser determinante para levar ao descontrole clinico-funcional da asma, porem poucos estudos avaliaram outros fatores desencadeantes em associac,ao com a infecc,ao viral.
Conclusões: Os virus respiratorios estao presentes na maioria das crianc,as asmaticas durante os
episodios de exacerbac,ao. Os mecanismos fisiopatologicos envolvidos ainda nao estao totalmente estabelecidos e o sinergismo entre a inflamac,ao alergica e infecc,ao viral parece determinar o descontrole da doenc,a. O papel dos outros agentes desencadeantes e protetores nao estao claramente determinados.
Exacerbação da DPOC por vírus
Mauro Gomes
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Exacerbações são precedidas por sintomas
gripais em até 18 dias.
Vírus relacionados a 40% das exacerbações.
Mais comuns:
Rinovírus (36%)
Influenza A (25%)
VSR (22%)
Parainfluenza (10%)
Influenza B (7%)
Rohde G et al. Thorax 2003;58:37-42. Seemungal T et al. Am J Respir Crit Care Med. 2001; 164(9): 1618-1623.
Exacerbação da DPOC
Mauro Gomes 30Exacerbação leve:
1Sem a necessidade de
antibiótico.
Exacerbação moderada e
grave:
1Antibioticoterapia aumenta a
probabilidade de melhora
clínica.
Diminui a mortalidade em
pacientes que necessitam de
VM.
Antibiótico ideal ainda não
foi determinado.
Estratificar o risco para
identificar os prováveis
patógenos bacterianos.
Avaliar os padrões locais de
resistência aos antibióticos.
Duração: três a sete dias,
dependendo da resposta à
terapia.
Exacerbações frequentes:
Imunomodulação com
azitromicina 250mg
-3x/semana – (?)
Mauro Gomes 31 Mauro Gomes 32
É gripe ou não é
gripe?
É PAC ou não é
PAC?
Quando cobrir
com antibióticos?
SUMÁRIO
Infecções das vias aéreas na emergência: como diferenciar infecções por vírus, por germes atípicos e bacterianas?
Pneumonia Adquirida na Comunidade
Mauro Gomes
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O exame físico não é suficientemente sensível
ou específico para assegurar o diagnóstico de
PAC.
Observou-se que menos de 40% dos médicos é capaz
de diagnosticar uma pneumonia com base somente
no exame físico.
Raio-X de tórax deve ser obrigatório em
doentes com suspeita de PAC.
Também útil no diagnóstico diferencial e das
complicações.
Metlay J P et al. JAMA 1997; 278: 1440-5. Consensur II. Rev. chil. Infectol; 2010; 27(supl.1).
RX de tórax: problema?
Início agudo
Febre alta
Dor pleurítica
Dispneia
Tosse c/ expectoração
purulenta
EF: consolidação
pulmonar
Leucocitose c/ desvio à E
34 Mauro GomesPAC em LID: importância da incidência em perfil
RX de tórax na PAC: solução!
35
Mauro Gomes
IVAS
RX de tórax na PAC: problemão!
36
RX de tórax na PAC: problema
Mauro Gomes
37
Metade dos casos diagnosticados como
PAC em nosso meio inexistem.
A maior dificuldade diagnóstica reside na
interpretação da radiografia por
não-especialistas.
Morrone N et al. J Pneumol.1987;13(1):1-6.
Mauro Gomes Mauro Gomes
Legionella
Pneumococo
Prognóstico em PAC:
bacteremia
vs
rápida evolução radiográfica
Mauro Gomes
39
PAC: não tratar o Raio-X!
Mauro Gomes
40
RX com demora na resolução é mais comum em
idosos.
Mittl et al. Am J Respir Crit Care Med 1994; 149:630-5. El Sohl et al. J Am Geriatr Soc 2004; 52(2):224-9.
Causas são multifatoriais
diminuição da resposta humoral e por células T.
perda de elasticidade, fraqueza muscular e tosse
diminuída.
Fein et al., Semin Respir Infect 1993;8(1):59-72.sinais e sintomas ausentes (>50% são afebris).
atraso no diagnóstico.
Clinton et al. Chest 1992; 102(2):174S. Marrie et al. J Am Geriatr Soc 1985;33:671-80.
RX de tórax na PAC: recomendações
Mauro Gomes
41
Essencial para o diagnóstico.
Método de escolha na abordagem inicial, ampla disponibilidade e ótima
relação custo-efetividade.
Baixas doses de radiação.
Realizar em PA e perfil.
Auxilia na avaliação da gravidade.
Identifica o comprometimento multilobar.
Pacientes tratados ambulatorialmente, devem realizar apenas o RX de
tórax como exame subsidiário.
Diagnóstico diferencial e condições associadas.
Obstrução brônquica.
Derrame pleural.
Monitoriza a resposta ao tratamento.
SBPT. J Bras Pneumol 2009;35(6): 574-601. IDSA/ATS . CID 2007:44 (Suppl 2). BTS. Thorax 2009;64(Suppl III):iii1–iii55.RX de tórax em PAC: recomendações
Mauro Gomes
42
Realizar em incidência PA e em perfil, na abordagem inicial
de pacientes com suspeita de PAC (Evidência C).
Pacientes com PAC de baixo risco, tratados
ambulatorialmente, devem realizar apenas o RX de tórax
como exame subsidiário (Evidência A).
O padrão radiológico não pode ser usado para predizer o
agente causal (Evidência C).
Realizar a TC quando houver dúvidas sobre a presença de
opacidade pulmonar, para a detecção de complicações e na
suspeita de neoplasia (Evidência C).
SBPT. J Bras Pneumol 2009;35(6): 574-601 BTS. Thorax 2009;64(Suppl III):iii1–iii55.
Realizar Raio-X: BTS
Todos os pacientes internados em hospital
com suspeita de PAC devem ter um RX de
tórax realizado logo que possível para
confirmar ou refutar o diagnóstico. [D]
Raio-X de tórax deve ser realizado em
tempo para que os antibióticos sejam
administrados dentro de 4h da
apresentação ao hospital.
BTS. Thorax 2009;64(Suppl III):iii1–iii55.
43
Mauro Gomes
Mauro Gomes
Para ser honesto
com a senhora, eu
não esperava que
isso fosse a causa
da sua PAC !!!!
PAC: etiologia
44
Mauro Gomes
Flora normal do trato respiratório
superior
Estreptococos:
S. pneumoniae,
S. pyogenes,
S. viridans
Estafilococos:
anaeróbios e aeróbios,
inclusive S. aureus
Diplococos gram
negativos:
Neisseria, Moraxella
Haemophilus influenzae
Difteróides
Lactobacilos
Corinebactérias
Espiroquetas anaeróbias
Bacteróides
Fusobactérias
Actinomicetos (amígdalas
e gengiva)
Leveduras
45 Mauro GomesPalmer LB et al. AJRCCM 2001;164:464
Colonização da orofaringe e clearence
bacteriano
Mauro Gomes
46
Em sadios, mais de 90% do
clearance de BGN
da
orofaringe se deve ao fluxo salivar e à deglutição.
Redução na produção de saliva e dificuldades na deglutição
são comuns em pacientes idosos e debilitados,
comprometendo o clearance destes germes e favorecendo
a colonização da orofaringe por germes patogênicos.
Drogas que reduzem o fluxo salivar:
antidepressivos, diuréticos, antiparkinsonianos,
anti-histamínicos, anticolinérgicos.
Aspiração: cobertura antibiótica
Apesar de poderem causar doença séria e que desafia as
avaliações microbiológicas tradicionais, os
anaeróbios são
patógenos pulmonares raros.
Quase todas as pneumonias bacterianas são causadas
por aspiração de secreção da orofaringe colonizada e nós
não tratamos rotineiramente com antibióticos com
atividade anaerobicida.
O uso excessivo de antimicrobianos com atividade contra
anaeróbios pode levar à aquisição de enterococos
vancomicina-resistentes e Clostridium difficile.
Bartlett JG, Infect Dis Clin N Am, 2013; 27:149–155 Marik PE. N Engl J Med 2001;344:1868
47
Mauro Gomes
Mier L et al Intensive Care Med 1993; 19: 279-284. Marik, PE. New Engl J Med 2001;344(9):665-671. Kikawada M. et al. Drugs and Aging 2005;22:115. Bartlett JG, Infect Dis Clin N Am 27 (2013) 149–155.
Aspiração e microbiologia
Mauro Gomes
48
Quando há
PAC aspirativa
predominam
S. pneumoniae, H. influenzae, S.
aureus e Enterobacteriaceae.
Quando a
pneumonia aspirativa é
hospitalar,
o predomínio é de bacilos
gram-negativos (incluindo
Pseudomonas aeruginosa).
Quando há
doença periodontal grave,
escarro pútrido, pneumonia
necrotizante ou abscesso pulmonar,
o
predomínio de germes anaeróbios
tende a ocorrer.
Mauro Gomes
PAC por patógenos virais
Mauro Gomes
49
Influenza é a causa viral predominante da PAC em
adultos.
Comuns: VSR, Adenovírus, Parainfluenza.
Menos comuns: Metapneumovírus humano, Herpes
simplex, Varicela-zoster, Coronavirus e Sarampo.
IDSA/ATS Guidelines for CAP in Adults • CID 2007:44 (Suppl 2)
Adultos imunocompetentes internados com PAC:
Evidência de etiologia viral: 18%.
Vírus como único patógeno identificado: 9%.
de Roux A et al. Chest 2004; 125: 1343–51.
Adultos com PAC ambulatorial:
Evidência de etiologia viral: 36%.
Templeton KE et al. Clin Infect Dis 2005; 41:345–51.
Difícil
identificação do
patógeno!
PAC: típicos x atípicos
50
Mauro Gomes
PAC e a dificuldade em isolar atípicos
Mauro Gomes
51
Até que meios diagnósticos mais precisos e rápidos
estejam disponíveis, o tratamento inicial para a maioria dos
pacientes permanecerá empírico.
Os patógenos "atípicos“ são assim chamados porque não são
detectáveis na coloração por Gram ou cultiváveis em meios
bacteriológicos padrões.
M. pneumoniae, C. pneumoniae, Legionella e vírus respiratórios.
Estudos sugerem a coinfecção por bactérias tradicionais e
patógenos atípicos.
A importância de tratar vários patógenos infectantes não foi
firmemente estabelecida.
Métodos diagnósticos em PAC
Bactérias usuais
•
Hemocultura (2 pares, antes do início do antibiótico).
•
Antígeno urinário de S.pneumoniae.
Legionella spp.
•
Cultura em meios específicos não é realizada de rotina.
•
Antígeno urinário.
•
Sorologia (não aplicável na fase aguda).
Mycoplasma spp.
•
Cultura em meios específicos não é realizada de rotina.
•
Sorologia (não aplicável na fase aguda).
Chlamydia
pneumoniae
•
Cultura em meios específicos não é realizada de rotina.
•
Sorologia (não aplicável na fase aguda).
Micobactérias
•
Pesquisa de BAAR e Cultura
•Métodos baseados em PCR tradicional podem ser falsos
negativos em amostras BAAR negativas.
•Novos métodos de detecção direta por RT-PCR
(resultado 2h). Já disponível na rede pública.
Encontro do agente etiológico
4
Sangue
4Escarro
4
LBA
4
Líquido pleural
4
Antígeno urinário pneumocóccico
4Antígeno urinário para Legionella
Sorologias
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO
contaminação das vias aéreas
Mauro Gomes - Santa Casa/SP
Quadruplicação dos títulos entre as
fases aguda e de convalescença
5 a 14%
Campbell SG et al. Chest 2003; 123:1142 Waterer GW et al. Respir Med 2001; 95:78–82 Houck PM et al. Arch Intern Med 2004; 164:637–44
Fine MJ et al. JAMA 1996; 275:134–41 Metersky ML. Chest 2003; 124:1129–32
10³ protegido / 10
4
sem proteção
sem impacto na mortalidade
J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 1):S 1-S 30 Chastre J. J Bronchol 1997; 4: 54-67
Pneumococo: Sens. 50-80% Espec. >90%
Legionella I: Sens. 70-90% Espec. 99%
Dominguez J et al. Chest 2001;119:243–9 Gutierrez F et al. Clin Infect Dis 2003; 36:286–92 Murdoch DR et al. J Clin Microbiol 2001; 39:3495–8 Helbig JH et al. J Med Microbiol 2001; 50:509–16.
Pneumococo
Sensibilidade: 50-80%
Especificidade: >90%
Legionella I
Sensibilidade: 70-90%
Especificidade: 99%
Antígeno urinário
Dominguez J et al. Chest 2001;119:243–9 Gutierrez F et al. Clin Infect Dis 2003; 36:286–92 urdoch DR et al. J Clin Microbiol 2001; 39:3495–8 Helbig JH et al. J Med Microbiol 2001; 50:509–16. Mauro Gomes
Testes moleculares
Mauro Gomes
55
Teste molecular pode dizer definitivamente se o
patógeno está lá ou não e essa é a sua
limitação.
Requer obter um patógeno de uma fonte
contaminada onde ele nunca deveria estar, como
líquido pleural, líquido peritoneal, ou sangue.
E. coli e os pneumococos não são bons para
testes moleculares, a menos que sejam
recuperados de sítios estéreis.
PAC: Diagnóstico Etiológico
Os pacientes sem critérios clínicos de gravidade e
que poderão ser tratados ambulatorialmente não
se beneficiam de exames microbiológicos de
rotina.
Pacientes tratados ambulatorialmente devem
realizar apenas a radiografia de tórax
como
exame subsidiário (Evidência A).
SBPT. J Bras Pneumol 2009;35(6): 574-601. Consensur II. Rev. chil. Infectol; 2010; 27(supl.1). Mauro Gomes
PAC: fundamental investigar o patógeno
57
A Proteína C reativa e a Procalcitonina podem ser utilizadas
como marcadores prognósticos e de fracasso terapêutico.
Valor preditivo positivo para fracasso precoce em PAC:
Proteína C reativa > 21,9 mg/dL no 1º dia de tratamento.
Procalcitonina > 2,2 ng/mL no D1 de tratamento.
Procalcitonina > 0,95 ng/mL no D3 em paciente sob IOT: pior
prognóstico.
Valor em exacerbação de DPOC:
PCT mostrou baixa concordância com expectoração purulenta.
Mais estudos são necessários para estabelecer a utilidade e segurança
da PCT e PCR para orientar o uso de antibióticos.
58
Mauro Gomes
PAC: Biomarcadores
Boussekey N et al. Intensive Care Med. 2006;32(3):469. Menendez et al. Thorax. 2008;63(5):447-52. SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(6):574-601.
Soler N et al. Eur Respir J. 2012 ;40(6):1344-53.
Procalcitonina em Infecções Respiratórias
Mauro Gomes
59
O aumento da PCT inicia-se em 2 a 4 horas após o
início do processo inflamatório, atinge seu máximo em
48h e regride rapidamente durante a recuperação
clínica.
O aumento da PCT pode ser observado em quadros
infecciosos e não infecciosos:
pancreatite, infarto mesentérico, grandes cirurgias, queimaduras
extensas e tumores neuroendócrinos.
PCT ajuda a identificar pacientes com PAC de alto risco
e pode reduzir a duração da antibioticoterapia.
Baixos níveis de PCT identificam pacientes sem a
necessidade de antibióticos.
Kruger S et al. Eur Resp J. 2008;31:349-355. Reinhart K et al. Crit Care Clin. 2011;27(2):253-63. Bouadma L et al. Lancet. 2010;375(9713):463-74. Christ-Crain M et al. Am J Respir Crit Care Med 2006;174(1):84–93.
Mauro Gomes
60
A elevação inicia-se em 2 a 4 horas após o início do
processo inflamatório, atinge seu máximo em 48h e
regride rapidamente durante a recuperação clínica.
Decisão clínica baseada em dosagens seriadas, com
intervalos de 6 a 24 horas.
Há variabilidade individual dos níveis séricos.
Causas não infecciosas mais comuns do aumento da
PCT:
pancreatite, infarto mesentérico, grandes cirurgias, queimaduras
extensas e tumores neuroendócrinos.
Reinhart K et al. Crit Care Clin. 2011;27(2):253-63. Bouadma L et al. Lancet. 2010;375(9713):463-74.
Procalcitonina em Infecções Respiratórias
Procalcitonina em Pneumonia
Mauro Gomes
61
VALOR SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE
Pneumonia
Viral
< 2ng/mL
Bacteriana
> 2ng/mL
63%
96%
Tratamento
antimicrobiano
Não utilizar
< 0,1 ng/mL
Interrupção
< 0,25ng/mL
Manutenção
> 0,25ng/mL
NA
NA
Reinhart K et al. Crit Care Clin. 2011;27(2):253-63. Bouadma L et al. Lancet. 2010;375(9713):463-74.
PAC: Procalcitonina e a duração do
tratamento
Mauro Gomes
62
172 pacientes PAC de baixo risco.
Terapia antimicrobiana PCT-guiada ou padrão
(diretrizes).
Prescrição de antibióticos na admissão:
grupo PCT-guiado (84,4%) vs controle (97,5%) - =0,004.
Duração mediana do tratamento antimicrobiano:
grupo PCT-guiado: 2 dias a menos
5 dias (IQR 3 – 6) vs 7 dias (IQR 5 – 9) -
< 0,001.
Exames clínicos, laboratoriais e radiológicos foram semelhantes
nos dois grupos em 4 semanas.
Christ-Crain M et al. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine 2006;174(1):84–93.
Mauro Gomes
63
Doença Valor Sensibilidade Especificidade Meningite aguda em crianças
Viral < 0,5 ng/mL Bacteriana > 0,5 ng/mL 94% 100% Doenças autoimunes Sem infecção < 0,5 ng/mL Com infecção > 0,5 ng/mL 100% 84% Transplante renal Rejeição < 0,5 ng/mL Com infecção > 0,5 ng/mL 87% 70% Pneumonia Viral < 2,0 ng/mL Bacteriana > 2,0 ng/mL 63% 96% Pancreatite Necrose estéril < 1,8 ng/mL Necrose infectada > 1,8 ng/mL 94% 91% Tratamento antimicrobiano Interrupção recomendada < 0,25 ng/mL Manutenção recomendada > 0,5 ng/mL NA NA
pct
Mauro Gomes
64
PAC: cuidados à avaliação inicial
Avaliação dinâmica ao longo de horas de
observação pode ser mais precisa do que uma
pontuação derivada em um único momento no
tempo.
Complicações da pneumonia.
Exacerbação de doenças associadas.
Incapacidade de tomar medicamentos orais.
Múltiplos fatores de risco fora da pontuação (Ex.:
hipoxemia).
IDSA/ATS Guidelines for CAP in Adults • CID 2007:44 (Suppl 2) 65
Mauro Gomes
Escolha antibiótica inadequada
Patógenos atípicos em São Paulo
Germes atípicos: 50% em doentes ambulatoriais
Apresentação clínica e radiológica são similares nos grupos “típicos” e “atípicos”.
A expressão clínica é determinada pelo estado
funcional e imunológico do doente
Marrie et al. Am J Med, 1996; 101:508-15
Rocha R et al. J Pneumol, 2000; 26:5-14
67
Mauro Gomes
PAC e cobertura para atípicos:
SBPT (2009)
Mauro Gomes
68
“Embora não haja evidências definitivas quanto à
superioridade, a
cobertura para os patógenos
atípicos em pacientes hospitalizados pode
acarretar menor taxa de mortalidade
no caso de
pneumonia confirmada por Legionella sp. e pode
reduzir a permanência hospitalar, a mortalidade
geral e a mortalidade atribuída à pneumonia por
esse grupo de germes (Evidência B).”
SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(6):574-601.
PAC e cobertura para atípicos:
Consensur II (AL)
Mauro Gomes
69
Cobertura inicial de bacterias atípicas é desnecessária
e com baixo custo/efetividade no Grupo 2:
CRB-65: 1-3.
Pacientes hospitalizados em quarto.
SMART-COP < 3.
Ausência de critérios ATS modificados para admissão em UTI.
Cobertura para atípicos somente em internação em
UTI (Grupo 3):
CRB-65: 2-4, pacientes hospitalizados em UTI.
SMART-COP ≥ 3.
Critérios ATS modificados para admissão em UTI.
Diferença significativa com relação à cobertura
antibiótica para germes atípicos vs não-cobertura:
• evolução favorável até o 7º dia (p<0,04)
• menor tempo de internação: 7,3 dias vs. 9,4 dias
(p<0,05)
• mortalidade menor (p<0,05)
Gomes M; Campos IP et al. J Bras Pneumol 30 (supl 3), 2004.
PAC internadas na Santa Casa/SP e a
cobertura para atípicos
N=113
fev/2000 - jul/2003
70Mauro Gomes
PAC e cobertura para atípicos
Menor tempo para alcançar a estabilidade clínica
3,7 vs. 3,2 dias; p < 0,001
Menor permanência hospitalar
7,1 vs. 6,1 dias; p < 0,01
Menor taxa de mortalidade geral
11,1% vs. 7%; p < 0,01
Menor mortalidade atribuída à PAC
6,4% vs. 3,8%, p < 0,05
Arnold FW et al. Am J Respir Crit Care Med. 2007;175(10):1086-93.
71
Mauro Gomes
Macrolídeos em PAC
Mauro Gomes
72
Metanálise (23 estudos e 137.574 pacientes)
Em pacientes hospitalizados com PAC, macrolídeos
reduziram 22% da mortalidade em comparação com
não-macrolídeos (3,7% vs 6,5% (RR, 0,78; P = 0,01)
Monoterapia com betalactâmico x terapia combinada
com macrolídeo
Menor mortalidade em 30 dias com a terapia combinada
em PAC moderada e grave, mas não de baixa gravidade
.
Atraso na estabilidade clínica em PAC grave ou por
patógenos atípicos com monoterapia com betalactâmico.
Asadi L. et al. Clin Ifecr Dis 2012; 55 (3): 371-80.
Garin N et al. JAMA Intern Med. 2014 Dec;174(12):1894-901. Rodrigo C et al. Thorax. 2013; 68 (5): 493-495.
Macrolídeos em PAC: Metanálise
Mauro Gomes
73
Foram incluídos 23 estudos e 137.574 pacientes.
Randomizados/controlados e os observacionais
Em pacientes hospitalizados com PAC, macrolídeos
reduziram 22% da mortalidade em comparação com
não-macrolídeos.
3,7% vs 6,5% (RR, 0,78; P = 0,01)
Este benefício não se estendeu aos ensaios
randomizados ou que receberam antibióticos de
orientação concordante (quinolonas respiratórias).
Asadi L. et al. Clin Ifecr Dis 2012; 55 (3): 371-80.
PAC: monoterapia vs
combinação
Suíça, estudo aberto, multicêntrico, randomizado, 4 anos.
N: 580 adultos imunocompetentes - 6 hospitais
Betalactâmico + macrolídeo vs Betalactâmico
Quando encontrada Legionella pneumophila foi acrescido macrolídeo à
monoterapia
Ausência de estabilidade clínica em 7 dias:
41,2% monoterapia vs 33,6% terapia combinada – P=0,07
Mais não-estabilidade em pacientes com patógenos atípicos ou PSI IV Sem diferenças entre não infectados por atípicos ou PSI I-III
Mais readmissão em 30 dias com a monoterapia – P=0,01
Sem diferenças em mortalidade, admissão em UTI, complicações,
tempo de internação e recorrência em 90 dias.
Garin N et al. JAMA Intern Med. 2014 Dec;174(12):1894-901.
74
Mauro Gomes
PAC: Cobertura para atípicos no Reino
Unido
Mauro Gomes
75
Impressiona que para 37,9% dos
pacientes com PAC moderada e para
35,2% com alta gravidade não foi
prescrito um macrolídeo, apesar da
orientação atual defendendo a terapia de
combinação nesses doentes no Reino
Unido.
PAC: monoterapia vs
combinação
Mauro Gomes
76
Reino Unido, 5.240 adultos hospitalizados com PAC em
72 centros de atenção secundária
Maior estudo multicêntrico em
"mundo real"
da PAC no Reino
Unido.
Taxa de mortalidade em 30 dias: 24,4%.
A terapia combinada foi prescrita em 3239 (61,8%).
A terapia combinada foi significativamente associada com menor
mortalidade em 30 dias em pacientes com PAC moderada e grave,
mas não de baixa gravidade
.
Justificativa: cobertura mais ampla da infecção não
identificada por patógenos atípicos e efeito
imunomodulador específico do macrolídeo.
Rodrigo C et al. Thorax. 2013; 68 (5): 493-495.
Mauro Gomes 77
CONCLUSÕES
Infecções das vias aéreas na emergência:como diferenciar infecções por vírus, por germes atípicos e bacterianas?
Em PAC não se pode correlacionar a clínica e a radiologia
com o patógeno. Por ser difícil o isolamento do patógeno,
recomenda-se a terapêutica empírica baseada em dados
epidemiológicos.
Infecções das vias aéreas são situações comuns que
levam ao abuso na prescrição de antimicrobianos.
É difícil clinicamente diferenciar as várias causas virais.
Para doentes de risco e casos graves, devem ser
realizados os métodos de detecção viral (IFI e RT-PCR)
nas secreções respiratórias.
78
Mauro Gomes
Infecções das vias aéreas na emergência: como diferenciar infecções por vírus, por germes atípicos e bacterianas?
O benefício da cobertura para patógenos atípicos em PAC
tratada ambulatorialmente é controverso. Há benefícios
com a cobertura para atípicos em PAC internada grave.
A proteína C reativa e a procalcitonina podem ser
utilizadas como marcadores prognósticos e de fracasso
terapêutico em PAC.
A procalcitonina ajuda a identificar pacientes com PAC de
alto risco e pacientes que não necessitam de antibióticos.
79
Mauro Gomes
Infecções das vias aéreas na emergência: como diferenciar infecções por vírus, por germes atípicos e bacterianas?
Mauro Gomes