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X ciclo de palestras sobre novas tecnologias na educação. A colaboração em cursos de educação a distância: uma proposta construcionista social

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Academic year: 2021

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X ciclo de palestras sobre novas

X ciclo de palestras sobre novas

tecnologias na educação

tecnologias na educação

A colaboração em cursos de educação a

A colaboração em cursos de educação a

distância: uma proposta construcionista

distância: uma proposta construcionista

social

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Síntese

• Vivenciamos na Internet um vibrante ambiente de

colaboração na produção de informação, conhecimento e cultura em oposição a formas tradicionais baseadas em hierarquia e mercado.

• Este cenário é mais tímido quando o contexto é a educação a distância em seus processos formais de ensino.

• O trabalho busca refletir o porquê desta diferença e traz o Construcionismo Social como um aporte teórico relevante para promoção da colaboração entre pares.

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Educação a distância da ENSP/Fiocruz

• Formação para profissionais do SUS.

• Responde à estratégias de implementação de políticas públicas

• A concepção pedagógica fundamenta-se nos princípios do construtivismo e currículo por competência.

• Formação permanente do tutor: 1. Oficina inicial de 40 horas.

2. Orientadores de aprendizagem apóiam e orientam os tutores no exercício da tutoria a distância em ambiente virtual de aprendizagem distinto dos alunos, ao longo do curso.

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Contexto

Curso Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana

(Curso de especialização, 12 meses, 472 horas) Tutores:

• “O que fazer para que os alunos debatam mais nos fóruns?”

• “o debate está fraco, como promover maior colaboração?” • A fala de um dos orientadores de aprendizagem sintetiza o

desafio a enfrentar: os tutores têm que ser provocativos. Temos que reforçar a participação nos fóruns”.

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Colaboração na Internet

Apenas alguns exemplos…

• Wikipédia <http://pt.wikipedia.org/>

• Open Directory Project <http://dmoz.org/> • Kuro5hin.org <http://www.kuro5hin.org>

• O Everything2 <http://www.everything2.org/> • Centro de Mídia Independente

<http://midiaindependente.org/pt/blue/static/about. shtml>

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Colaboração na Internet

• A colaboração na Internet é espontânea, as pessoas dedicam suas competências específicas na

construção conjunta de informação e cultura sem ninguém dizer a elas em que deverão contribuir. Os blogs, as comunidades temáticas, construção conjunta de textos, sites de histórias e artigos feitos por pessoas “comuns” são a expressão da liberdade de escolha.

• Será este o aspecto que limita a construção

conjunta de conhecimento em processos formais de ensino, pouca liberdade de escolha?

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Colaboração na EAD

• O aspecto formal da educação parece ser o

impeditivo para o estabelecimento deste

vibrante cenário de colaboração: currículos

programados, atividades inseridas em um

sistema de avaliação, com respostas

consideradas melhores do que outras,

cronogramas, competências pessoais não

exploradas?

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Colaboração

na EAD

• Romper com currículos determinados

envolve questões políticas, difíceis de

resolução.

A alternativa é criar espaços

diferenciados daqueles formais,

caracterizados por notas e avaliações, em

que haja maior liberdade de expressão e

criatividade na construção de novos e

ampliados significados sobre a realidade,

como acontece na Internet.

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Construcionismo Social

• A seguir será apresentado o Constucionismo

Social e sua aplicação potencial na

educação a distância como suporte teórico

para a criação desses espaços alternativos

de colaboração.

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Construcionismo social

• O construcionismo social é um variado conjunto de definições teóricas, na psicologia social.

• Para além das múltiplas acepções é possível

extrair a seguinte idéia central (Gergen 1999): Os sentidos que as pessoas produzem sobre si

mesmas e sobre a realidade são construídos a partir de interações humanas inseridas na

linguagem, em um contexto histórico e cultural (Gergen, 1999).

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Construcionismo Social

• A ênfase do construcionismo social é

voltada para o modo como as pessoas criam

significados próprios, em vez do modo

como as pessoas conhecem os objetos e a

realidade. É na linguagem e na prática

social que o conhecimento é constituído

(Gergen, 1997).

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Construcionismo social na EAD

• É na apropriação destas idéias no campo da psicoterapia de família que considero que os

novos papéis atribuídos ao terapeuta e ao processo terapêutico têm relevantes contribuições para a

educação na promoção de espaços de reflexão e colaboração.

• A educação e a terapia são contextos que se utilizam da linguagem, criando e orquestrando descrições, diz Maturana (1984), citado por Cecchin (1989).

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Construcionismo social na EAD

• A responsabilidade do tutor (terapeuta) é

criar um contexto de colaboração através do

qual seja possível estabelecer reflexões que

levem a significados ampliados ou novos.

• Como?

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Foco no significado

Papel do tutor: curiosidade genuína

• o tutor não adota postura de especialista. Ele

questiona o entendimento que os alunos têm sobre seu vocabulário profissional e busca o mesmo

sobre os significados trazidos pelos alunos. • Ele busca promover e sustentar a conversa,

considerando e trabalhando com todas as visões surgidas (Anderson & Goolishian, 1988),

mantendo a sua postura de curiosidade (Cecchin, 1996).

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Foco no significado

Papel do tutor: perguntas circulares

• Cecchin propõe que perguntas circulares sejam feitas, como método de manter o tutor em

constante postura de curiosidade, convidando o indivíduo a refletir sobre suas idéias. (Cecchin, 2004, p.25).

• Estas perguntas circulares começam com “se” e se direcionam para o futuro e situações hipotéticas. Por exemplo: Se acontecesse tal fato, como a sua descrição sobre tal coisa ficaria?

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Foco no significado

Papel do tutor: perguntas circulares

• No momento em que uma pergunta sacode o sistema de crenças, cria oportunidade para novas narrativas e as explicações ganham em dimensão e complexidade

analítica: “se somos curiosos, questionamos as premissas, nossas próprias e as dos outros.” (Cecchin, 2004, p.25)

• Por meio das perguntas circulares em que se abandonam “verdades” rígidas, caracterizadas pelo verbo ser “a

realidade é assim”, para ênfase nas relações. “Isso faz com que as coisas circulem” (Cecchin, 1996), pois as idéias

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Processos reflexivos

• Os processos reflexivo são trocas entre o falar com os

outros sobre vários assuntos e o sentar e escutar os outros a falarem sobre os mesmos assuntos. (Andersen, 1987).

• A fala com os outros é uma fala externa. Aquela que a pessoa tem consigo mesma (quando escuta a fala dos outros) é uma fala interna.

• Perspectivas múltiplas sobre o mesmo assunto criarão novas idéias e significados.

• Uma versão diferente influencia a atitude de uma pessoa em relação a este mundo, e o torna diferente do que ele era antes. (Andersen, 2004).

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Processos reflexivos

• Na terapia de família, estes pressupostos são

aplicados por meio da equipe reflexiva: um grupo de terapeutas assiste a conversa entre a família e os terapeutas de campo, em silêncio. Em algum

momento eles são convidados a comentarem sobre o que escutaram.

• A família tem a oportunidade de experimentar a

fala interna, escutar em silêncio a equipe

reflexiva. Ambas as falas são propiciadoras de construção de novos significados.

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Processos reflexivos

• A educação a distância pode se valer destes

espaços reflexivos, a fala externa, em que

os protagonistas da discussão se expressam,

e a fala interna, em que ouvem em silêncio

comentários sobre o debate. Os alunos

podem ser divididos em grupos para que um

deles desempenhe o papel de equipe

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A diferença que faz diferença

Considerando a definição de Gregory Bateson (1972) sobre informação, “Informação é uma diferença que faz

diferença”, Tom Andersen diferencia três tipos de diferença (Andersen, 1987):

1. a primeira é uma diferença muito pequena para ser notada pelo aluno.

2. a segunda é uma diferença considerável, ela é grande o suficiente para ser notada.

3. a terceira é uma diferença grande demais e pode ter um efeito desorganizador no sistema. Em tais casos, o sistema geralmente se fecha para aqueles que tentariam

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A diferença que faz diferença

A partir destas considerações, algumas diretrizes para a tutoria:

• Atividades alheias às realidades dos alunos, que não levem em conta suas competências pessoais, suas singularidades, podem gerar um sistema paralisado (neste contexto educacional, aquele em que não há interação na construção de novos significados). Isto é, um sistema cuja

informação não fez diferença, ou porque é grande demais para ser

alcançada ou porque é pequena demais para ter valoroso significado. • Cursos a distancia podem correr este risco, se não levam em conta as

realidades locais.

• O tutor deve estar atento a perceber informações que fazem diferença para a turma e convidá-los a formarem comunidades de discussão ou outra proposta de interesse dos alunos.

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A diferença que faz diferença

• O professor, sensível ao processo de comunicação dos alunos, não deixa que perguntas, reflexões e comentários que fazem diferença, fiquem sem

contribuições. Os alunos podem ser convidados a comentar idéias originais que tenham potencial de desdobrar-se em significados ampliados sobre

temas. O professor dirige seu olhar para o

processo de comunicação, mais do que para o conteúdo.

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Perguntas sobre o processo

Identificados os temas que fazem diferença, o professor lança

perguntas sobre o processo…

• Solicitar que sejam destacadas as idéias relevantes para a prática profissional de cada um, a partir dos temas

abordados e debatidos.

• Perguntar que idéias os alunos discordam, duvidam ou sentem-se distantes?

• Que outras idéias lhes ocorrem?

• Se alguém tem idéias diferentes das suscitadas no debate. • O aluno considera que sua participação em uma nova

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Desafios

Formação do tutor para:

• Ser um curioso sobre os significados que os alunos trazem.

• Saber fazer perguntas sobre o processo e não sobre o conteúdo.

• Saber identificar informações relevantes (a

diferença que faz diferença) para promoção de espaços de reflexões que levem a significados ampliados ou novos.

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Vera Frossard

Vera Frossard

vera

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Bibliografia

• ANDERSEN, Tom. A linguagem não é inocente, Perspectivas Sistêmicas, n. 23, pág. 22, 2004, Rio de Janeiro.

• ____________. Family Process, 26, 415-428, 1987.

• ANDERSON, Harelene & Goolishian, Harold A., Human

Systems as linguistic System: preliminary and evolving ideas about implications for clinical theory, Family Process, 27, p.

371-393, 1988.

• BATESON, G., Steps to an ecology of mind, Ballantine Books, New York, 1972.

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Bibliografia

• BENKLER, Yochai, The Wealth of Networks, How Social

Production Transforms Markets and Freedom, Yale University

Press, 2006. Disponível em

http://www.benkler.org/wealth_of_networks. Último acesso em 02/05/2007

• CECCHIN, Gianfranco, Preconceitos Sistêmicos. Entrevista à Cláudio Champs, Perspectivas Sistêmicas, Rio de Janeiro,

Outubro/Novembro, 1996.

• ________________, Clássicos da terapia da família: nova visita à

hipotetização, à circularidade e à neutralidade: um convite à curiosidade. Perspectivas Sistêmicas, Rio de Janeiro, n. 24, 2004.

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Bibliografia

• FOSTER, H. V. Las Semillas de la Cibernética. In: PAKMAN, M. (Org.) Coleccion Terapia Familiar, Obras Escogidas, ed. Gedisa, 1991.

• GERGEN, K. J & AARHUS, L., la terapia como una construccion

social dimensiones, deliberaciones, y divergencias. Disponible em

http://www.swarthmore.edu/ Acesso em 10/07/2007.

• ______________, An invitation to social construction. Sage, Londres, 1999.

• MATURANA, H, Bringing forth of reality. Presentation at

Construction of Therapeutic Realities Conference, Family Therapy Program, University of Calgary Medical School, April, 1984.

• WHITE, M., & Epston, D. Medios narrativos para fines

Referências

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