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Aluno: SOBRE OS PERIGOS DA LEITURA

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Academic year: 2021

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COLÉGIO ADVENTISTA 6ª Série

Aluno:________________________________________________________________________________ Leia a charge abaixo e responda:

01 - Segundo o texto, o consumo de drogas é a-( ) a diversão do brasileiro.

b-( ) os remédios das farmácias. c-( ) cocaína, maconha, crack... d-( ) Apenas Faustão, Gugu e Xuxa. e-( ) apenas uma forma de distração.

SOBRE OS PERIGOS DA LEITURA

Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]

A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado!

Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.

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COLÉGIO ADVENTISTA 6ª Série

02- De acordo com o texto, os candidatos

a-( ) não tinham assimilado suas leituras. b-( ) só conheciam o pensamento alheio. c-( ) tinham projetos de pesquisa deficientes. d-( ) tinham perfeito autocontrole.

e-( ) ficavam em fila, esperando a vez.

03- O autor entende que os candidatos deveriam a-( ) ter opiniões próprias.

b-( ) ler os textos requeridos. c-( ) não ter treinamento escolar. d-( ) refletir sobre o vazio.

e-( ) ter mais equilíbrio.

A CIGARRA E A FORMIGA La Fontaine

A cigarra, sem pensar em guardar a cantar passou o verão. Eis que chega o inverno, e então, sem

provisão na despensa, como saída, ela pensa em recorrer a uma amiga: sua vizinha, a formiga, pedindo a ela, emprestado, algum grão, qualquer bocado até o bom tempo voltar.

- Antes de agosto chegar, pode estar certa a Senhora: pago com juros, sem mora. Obsequiosa, certamente a formiga não seria.

- Que fizeste até outro dia? perguntou à imprevidente. - Eu cantava, sim Senhora, noite e dia sem tristeza. - Tu cantavas? Que beleza!

Muito bem: pois dança, agora...

04- De acordo com o texto, por que a cigarra não possuía provisão na despensa? a-( ) Porque passou o verão comendo

b-( ) Porque passou o verão cantando c-( ) Porque esqueceu de guardar

d-( ) Por que tudo estragou durante o verão e-( ) Porque o trabalho foi em vão

05- Qual a solução encontrada pela cigarra para resolver seu problema? a-( ) Saiu em busca de trabalho

b-( ) Mendigou pelos arredores c-( ) Pediu ajuda a alguém próximo a ela d-( ) Aproveitou para fazer uma dieta

e-( ) Percebeu que o melhor era ficara calada.

BRASIS

Uma diferença de 3.000 quilômetros e 32 anos de vida separa as margens do abismo entre o Brasil que vive muito, e bem, e o Brasil que vive pouco, e mal. Esses números, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, e pela Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco, referem-se a duas cidades situadas em pólos opostos do quadro social brasileiro. Num dos extremos está a cidade de Veranópolis, encravada na Serra Gaúcha. As pessoas que nascem ali têm grandes possibilidades de viver até os 70 anos de idade. Na outra ponta fica Juripiranga, uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Lá, chegar à velhice é privilégio de poucos. Segundo o IBGE, quem nasce em Juripiranga tem a menor esperança de vida do país: apenas 38 anos.

A estatística revela o tamanho do abismo entre a cidade serrana e a sertaneja. Na cidade gaúcha, 95% das pessoas são alfabetizadas, todas usam água tratada e comem, em média, 2.800 calorias por dia. Os moradores de Juripiranga não têm a mesma sorte. Só a metade deles recebe água tratada, os analfabetos são 40% da população e, no item alimentação, o consumo médio de calorias por dia não passa de 650.

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COLÉGIO ADVENTISTA 6ª Série

O Brasil está no meio do trajeto que liga a dramática situação de Juripiranga à vida tranqüila dos veranenses. A média que aparece nas estatísticas internacionais dá conta de que o brasileiro tem uma expectativa de vida de 66 anos.

Veranópolis, como é comum na Serra Gaúcha, é formada por pequenas propriedades rurais em que se planta uva para a fabricação de vinhos. Tem um cenário verdejante. Seus moradores – na maioria descendentes de imigrantes europeus – plantam e criam animais para o consumo da família. Na cidade paraibana, é óbvio, a realidade é bem diferente. Os sertanejos vivem em cenário árido. Juripiranga não tem calçamento e o esgoto corre entre as casas, a céu aberto. Não há hospitais. A economia gira em torno da cana-de-açúcar. Em época de entressafra, a maioria das pessoas fica sem trabalho.

No censo de 1980, os entrevistadores do IBGE perguntaram às mulheres de Juripiranga quantos de seus filhos nascidos vivos ainda sobreviviam. O índice geral de sobreviventes foi de 55%. Na cidade gaúcha, o resultado foi bem diferente: a sobrevivência é de 93%.

Contrastes como esses são comuns no país. A estrada entre o país rico e o miserável está sedimentada por séculos de tradições e culturas econômicas diferentes. Cobrir esse fosso custará muito tempo e trabalho.

(Revista Veja – 11/05/94 – pp. 86-7 – com adaptações)

06- Os 32 anos referidos no texto como um dos indicadores do abismo existente entre as cidades de Veranópolis e Juripiranga corresponde à diferença entre:

a-( ) suas respectivas idades, considerando a época da fundação b-( ) as idades do morador mais velho e do mais jovem de cada cidade c-( ) as médias de idade de seus habitantes

d-( ) a expectativa de vida das duas populações

e-( ) os índices de sobrevivência dos bebês nascidos vivos.

07- Segundo o texto, Veranópolis e Juripiranga encontram-se em pólos opostos. Assinale a única opção cujos elementos não caracterizam uma oposição entre essas duas cidades:

a-( ) Norte x Sul b-( ) Serra x Sertão c-( ) Dramática x Tranqüila d-( ) Verdejante x Árido e-( ) Plantação x Consumo

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08- Segundo o texto, os morcegos foram associados à ideia do mal porque

a-( ) vivem em cavernas, têm hábitos noturnos e não gostam da luz. b-( ) são seres extraordinários e não sobrevivem em clima muito frio. c-( ) porque sobrevivem em quase todas as regiões.

d-( ) porque têm grande capacidade de adaptação. e-( ) por não serem animais domesticados.

Toda saudade é a presença da ausência de alguém, de algum lugar, de algo enfim. Súbito o não toma forma de sim como se a escuridão se pusesse a luzir. Da própria ausência de luz o clarão se produz, o sol na solidão. Toda saudade é um capuz transparente que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver porque se deixou pra trás, mas que se guardou no coração. (Gilberto Gil)

09- Por “presença da ausência” pode-se entender: a-( ) ausência difícil

b-( ) ausência amarga c-( ) ausência sentida d-( ) ausência indiferente e-( ) ausência enriquecedora

ZIRALDO. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2000.

10-O humor do texto acontece porque:

a-( ) Maluquinho descobriu um novo remédio. b-( ) a doença do mau hálito é muito incômoda.

c-( ) o remédio é a rolha do vidro e não o seu conteúdo. d-( ) o remédio pode ser vendido para milhões de pessoas. e-( ) ele descobre a cura apenas para o colega.

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01- A 02- B 03- A 04- B 05- C 06- D 07- E 08- A 09- C 10- C

Referências

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