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Estudo sobre a Estrutura de Governança e Gestão em Cooperativa, em uma Cooperativa de Crédito com Interação Solidária- O Caso da Cresol Frederico Westphalen

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Academic year: 2021

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Estudo sobre a Estrutura de Governança e Gestão em Cooperativa, em uma Cooperativa de Crédito com Interação Solidária- O Caso da Cresol Frederico Westphalen

Aluna: Claudiane Buzatto Piovesan (a) 1 Orientador: Daniel Knebel Baggio 2

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo analisar como está estruturado o modelo de governança e gestão através da implantação da Diretoria Executiva na Cresol Frederico Westphalen, essa adequação vem atender a resolução 4.434 de 05 de Agosto de 2015, devido ao porte que a cooperativa chegou em ativos. Com a implantação da Diretoria Executiva demandará uma profissionalização maior da gestão, pois a diretoria executiva vai assumindo um papel maior de tomada de decisões no que tange a gestão, através de praticas de governança, criando, planejando, organizando e controlando as atividades da Cooperativa. Ainda dentro desta estrutura tem-se o conselho de administração que passa a ter papel mais de caráter politico e social. No presente trabalho também serão apresentados de que forma está estruturado os órgãos sociais da Assembleia Geral, Conselho de Administração, Diretoria Executiva e Conselho Fiscal. Desta forma, busca-se através de informações internas, via estatuto da cooperativa, sites eletrônicos como do Banco Central, e pesquisas bibliográficas.

PALAVRAS CHAVE: Governança. Cooperativa. Direção. Diretoria Executiva.

ABSTRACT: The purpose of this paper is to analyze how the governance model is structured through the implementation of the Executive Board in Cresol Frederico Westphalen, this adequacy comes to meet resolution 4,434 of May 5, 2015, due to the size that the cooperative reached in assets . With the implementation of the Board of Executive Officers, it will require a greater professionalisation of the management, since the executive board is assuming a greater decision-making role regarding management, through governance practices, creating, planning, organizing and controlling the activities of the Cooperative. Still within this structure is the board of directors that starts to play a more political and social role. This paper will also present how the social bodies of the General Assembly, Board of Directors, Executive Board and Fiscal Council are structured. In this way, we search through internal information, via the cooperative's statute, electronic websites such as the Central Bank, and bibliographic research.

KEYWORDS: Governance. Cooperative. Direction. Executive Board.

1

Pós-Graduando(a) na Unijuí, MBA em Gestão de Cooperativas de Crédito, graduado(a) em Administração UNOPAR 2009, Coord. da Cresol Fred. Westphalen/RS, e-mail claudiane.piovesan@cresolsicoper.com.br, 3744 2308.

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Professor Orientador, Dr. Daniel K.Baggio, Professor da UNIJUI, DACEC, 2017. E-mail baggiod@unijui.edu.br

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1. Introdução

As cooperativas se diferenciam das empresas tradicionais, pois surgiram com o propósito de satisfazer, atender as necessidades de seus associados, de alguma demanda que ainda não foi atendida. As cooperativas de forma geral tem três forças, pilares que equilibram sua atuação de forma harmoniosa, a Assembleia geral, o conselho de administração e o conselho fiscal.

O cooperativismo, a cooperativa tem se destacado em muitos aspectos e com isso despertado o interesse de pesquisadores devido a forma de organização, nos mais diversos ramos existentes. Entre estes, está a preocupação na manutenção de práticas de decisões mais democráticas e a conjugação de esforços, cujo centro de atenção se encontra a necessidade de aliar resultados empresariais com expectativas de interesse do quadro social. Tendo por vista implantar uma governança voltada aos princípios do cooperativismo, pois as cooperativas têm um objetivo social, sem fins lucrativos, mas sua gestão tem que ser voltado a seus associados através de ações, projetos e para isso tem o grande desafio de apresentar sobras ao invés de perdas.

As cooperativas tem na sua essência atender ao associado, e mais especificamente as Cooperativas de Crédito Cresol tem um papel fundamental neste quesito, pois surgiram para oferecer além de serviços financeiros, crédito, desenvolvimento e inclusão social aos agricultores familiares. E o Crescimento de forma geral das cooperativas de Crédito despertou a necessidade da implantação de uma politica de governança imposta pela resolução 4.434 de 05 de Agosto de 2015, do Banco Central do Brasil, que demandam uma profissionalização maior da gestão das cooperativas. É necessário a delimitação da atuação dos Conselhos Administrativos, Fiscal, Diretoria Executiva e Colaboradores quanto ao desempenho de suas funções por meio da Governança.

Art.27. A cooperativa de crédito clássica que detiver média dos ativos totais, nos três últimos exercícios sociais, igual ou superior a R$50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) e a cooperativa de crédito plena devem adotar estrutura administrativa integrada por conselho de administração e por diretoria executiva a ele subordinada.§ Os membros da diretoria executiva devem ser indicados pelo conselho de administração entre pessoas naturais associadas ou não associadas, nos termos do artigo 5º da Lei Complementar nº 130, de 2009, sendo vedado o exercício simultâneo de cargos no conselho de administração e na diretoria executiva (Res. 4.434/2015, art. 27, § 1º).

A governança em cooperativas refere-se às diretrizes e mecanismos que buscam o fortalecimento das cooperativas, e no caso dos Créditos no Brasil, esses avanços estão trazendo ganhos visíveis para o cooperativismo e automaticamente para o Sistema Financeiro Nacional, proporcionando aumento da eficiência, melhor e maior distribuição de rendas e inclusão financeira e educação cooperativas dos associados.

A Governança em cooperativas de crédito propõe essencialmente a distinção na atuação dos diretores, definindo o papel do dirigente político e do dirigente que assume o papel de gestão e tomada de decisão.

Nas assembleias de 2018 as primeiras cooperativas do sistema Cresol Sicoper implantaram a diretoria executiva, que o objetivo é qualificar ainda mais a gestão das cooperativas, e atender a resolução 4.434 que define esse modelo de governança para as cooperativas que atingem 50 milhões de ativos nos três últimos exercícios.

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Diante do exposto, este artigo tem por objetivo ressaltar como está estruturada o modelo de governança em cooperativa na cooperativa Cresol, de Frederico Westphalen, destacando a responsabilidade da diretoria executiva, o que mudou com a implantação deste modelo. Para tanto, o presente artigo está estruturado em cinco momentos: inicialmente está presente a introdução, passando para o referencial teórico, a metodologia, os resultados e as conclusões.

2. Referencial Teórico

2.1 A Cooperativa Cresol Frederico Westphalen

A Cooperativa Cresol de Frederico Westphalen iniciou suas atividades em 05 de setembro de 2008, na época sendo posto de atendimento da Cresol Constantina, contando com três colaboradores, com apoio de parceiros, entidades e várias lideranças do município e cidades vizinhas. Em 15 de setembro de 2012 ocorreu assembleia de desmembramento da Cresol Constantina e passou a operar como uma Cooperativa própria, passando a ter órgãos sociais a Assembleia Geral, o Conselho de Administração e supervisão do Conselho fiscal.

Hoje possui mais de sete mil e quinhentos associados, 38 colaboradores, 4 unidades de atendimento, mais de 60 agentes de crédito, possui uma carteira de repasse de mais de 32 milhões, 35 milhões em recursos próprios, mais de 40 milhões em aplicação, um patrimônio de referência de 9,5 milhões, tornando a Cresol uma cooperativa completa, pois oferece todas as soluções financeiras que o associado necessita.

Atualmente a Cresol Frederico Westphalen administra mais de 81 milhões de ativos, e com base nestes dados, iniciou-se o processo de implantação da diretoria executiva. Foi nas assembleias de 2018 que as primeiras cooperativas do sistema Cresol Sicoper implantaram a diretoria executiva, que o objetivo é qualificar ainda mais a gestão das cooperativas, e atender a resolução número 4.434 de cinco de agosto de 2015, que define esse modelo de governança para as cooperativas que atingem 50 milhões de ativos nos três últimos exercícios. A Cresol Frederico Westphalen ainda não estaria na obrigação de implantar este processo de governança, sendo que em 2017 foi o primeiro exercício fechando acima de 50 milhões de ativos. O Conselho de Administração por entender a importância da adequação da norma, em estudo e bastante diálogo optou por implantar a governança já neste ano de 2018, para fins de antecipar esta obrigatoriedade da norma, e com isso já estar se apropriando de todas as descrições da referida mudança, passando a ter suas ações exercidas pelos órgãos sociais da Assembleia Geral, Conselho de Administração, Diretoria Executiva e Conselho Fiscal.

A Cresol Frederico Westphalen, ainda desenvolve vários projetos sociais, que visam a inserção da Cresol na comunidade e a valorização do quadro social, a busca de novos associados e novas lideranças, entre eles o projeto na Cresol as Mulheres Cooperam, na Cresol a Melhor Idade Coopera, Gestão da Propriedade, na Cresol as Comunidades Cooperam e Integração do Quadro Social.

2.2 Governança em Coorporativa

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da implantação de um modelo de governança, nesse cenário identificam-se duas causas principais, sendo uma delas definida pelos diversos riscos de exposição, como risco de crédito, taxa de juros, risco de liquidez e outros riscos assumidos, mas não contabilizados (SOBRINHO et al. 2009).

Governança é uma ferramenta, a forma pela qual as empresas são administradas, monitoradas e cobradas, tem relações entre sócios, diretores, conselhos e outras partes interessadas. Pode-se ainda afirmar que a governança é a delegação de autoridade por parte do administrador.

Abaixo a definições sobre o tema Governança. Segundo publicação do IBGC, entende-se que:

Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade (IBGC, 2009, p. 19).

A segunda causa mais provável do encerramento de instituições se refere a problemas de gerência e ao comportamento do dirigente nas tomadas de decisões, também conhecido por risco de agência. Vale mencionar que o setor financeiro se destaca por ser altamente exposto ao risco sistêmico, o que ocorre na quebra de uma instituição contaminando todo o sistema. No âmbito das cooperativas, pode-se dizer que a quebra de outros setores com significativa relevância pode vir a provocar grandes repercussões locais e consequências negativas, em contrapartida as cooperativas não participam do mercado acionário, não estando expostas a perca de ações e investidores, aumentando assim a necessidade de uma boa governança (SOBRINHO et al. 2009).

Blair (1995) argumenta que governança implica o conjunto de arranjos legais, culturais e institucionais que determinam o que as corporações negociadas publicamente podem fazer, quem as controla, como esse controle é exercido e como os riscos e retornos das atividades que eles empreendem são alocados.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM, 2002, p. 1) define o termo como “o conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais como investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital”.

Além disso, afirmam Macedo, Mello e Tavares Filho (2006, p. 4), que: A governança corporativa, ao buscar atingir seus objetivos, tendo como princípios basilares: a transparência (disclosure); a equidade (fairness); a prestação de contas (accountability); o cumprimento das leis (compliance); e a ética (ethics), proporcionará ao investidor uma maior segurança, a qual repercutirá na garantia de retornos aos investimentos efetuados e uma menor percepção de risco, tendo em vista que a incerteza atrelada ao investimento figura-se menor.

Segundo Gordon (1997), a governança corporativa pode ser vista como uma matriz institucional capaz de ligar os sinais do mercado às decisões dos gerentes corporativos. Fica claro que tem se muito que avançar no tema governança, para garantir a sobrevivência a longo prazo das empresas, instituições.

As Cooperativas são parte relevante da economia brasileira e a adoção de práticas de Governança pode contribuir para aprimorar sua administração e os relacionamentos entre todos os agentes desse sistema (cooperados, administradores, funcionários e a sociedade), reduzindo possíveis conflitos e riscos inerentes a esse tipo de organização.

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A Cooperativa de Crédito Cresol não são diferentes dos conceitos citados, também devem cumprir normas e segmentos elaborados pelo BC, onde os princípios basilares, como transparência e confiança, profissionalismo e ética, sustentabilidade institucional, são valores principais para se desenvolver as práticas de Governança. Por muitas vezes depara na condução da boa governança, a pouca participação efetiva dos conselheiros no monitoramento da gestão financeira e demais ações. No intuito de estimular e induzir as cooperativas de crédito às boas práticas de governança, o BC criou a normativa sobre governança.

A Governança em Cooperativa destaca a proposição de que cooperativas de crédito devem basear seus modelos de alta administração na separação das atribuições estratégicas das funções executivas, com a segregação de componentes e papéis entre Conselho de Administração e a e Diretoria executiva, o Conselho de Administração assumindo um papel totalmente politico, diretivo e os diretores assumindo todo o papel burocrático.

Destaca-se o artigo do BC que descreve:

As cooperativas de crédito devem observar política de governança corporativa aprovada pela assembleia geral, que aborde os aspectos de representatividade e participação, direção estratégica, gestão executiva e fiscalização e controle, e que contemple a aplicação dos princípios de segregação de funções na administração, remuneração dos membros dos órgãos estatutários, transparência, equidade, ética, educação cooperativista, responsabilidade corporativa e prestação de contas (Res. 4.434/2015, art. 26). Entre os benefícios que advêm da melhoria das práticas de governança na Cooperativa, destacamos mais segurança das cooperativas singulares e do sistema, aumento da participação e do controle interno, desenvolvimento da visão cooperativista, redução de custos operacionais, fortalecimento dos conselhos e mais estímulo ao desenvolvimento profissional.

2.3 A Assembleia Geral em Cooperativas

A Assembleia Geral em uma Cooperativa de Crédito o órgão máximo da sociedade cooperativa, responsável pelas decisões de interesse do empreendimento. As deliberações desta assembleia devem ser acatadas por todos os cooperados, inclusive os ausentes e/ ou discordantes, privilegiando sempre o interesse coletivo.

A assembleia pode ser convocada pelo Presidente do Conselho de Administração da cooperativa, ou por qualquer dos órgãos de administração (que constarem do Estatuto da Cooperativa), pelo Conselho Fiscal, ou, após solicitação não atendida, por 1/5 dos associados em pleno gozo dos seus direitos. Ela será convocada com antecedência mínima de 10 dias, em primeira convocação, através de editais afixados em locais apropriados das dependências mais frequentadas pelos associados, através de publicação em jornal e através de comunicação aos associados por intermédio de circulares.

A assembleia será constituída pela reunião de pelo menos 2/3 do número de associados, em primeira convocação; pela metade mais um dos associados, em segunda convocação e pelo mínimo de 10 associados na terceira e última convocação. A segunda e terceira convocação só ocorrerá se estiverem previstas no estatuto da cooperativa e no edital de convocação, sendo observado o intervalo mínimo de uma hora entre a realização destas. A assembleia geral poderá destituir os membros do Conselho Fiscal e do Conselho

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de Administração a qualquer tempo, cada associado terá direito a apenas 01 (um) voto, sendo vedada a representação por meio de mandatários.

Assembleia Geral Extraordinária é realizada sempre que necessário, a Assembleia Geral Extraordinária é um importante instrumento de gestão, permitindo que assuntos emergenciais possam ser tratados com a devida urgência. Temas que merecem atenção especial, tais como reforma do estatuto; mudança do objeto da sociedade; fusão, incorporação ou desmembramento da cooperativa; dissolução voluntária da sociedade e nomeação de liquidantes; contas do liquidante são pautas exclusivas dessa Assembleia. Cabe lembrar, no entanto, que a Assembleia Geral Extraordinária pode deliberar sobre quaisquer assuntos de interesse da cooperativa, desde que mencionados no edital de convocação.

Assembleia Geral Ordinária é realizada, obrigatoriamente, pelo menos uma vez por ano, no decorrer dos quatro primeiros meses após o término do exercício social, é responsável pelas deliberações relativas a temas como: aprovação da prestação de contas dos órgãos da administração; destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas; eleição e posse dos componentes da Diretoria e dos Conselhos quando findar o mandato; fixação do valor dos honorários e gratificações dos membros da Diretoria e dos Conselhos, caso haja; entre outros assuntos de interesse da sociedade cooperativa. A data, horário, local e os assuntos que irão ser deliberados na assembleia deverão ser amplamente divulgados entre os sócios da cooperativa, pelos mesmos meios utilizados para a divulgação da Assembleia Geral.

A Administração da Cooperativa deve realizar esforços para assegurar a efetiva representatividade e participação dos associados nas deliberações da Assembleia Geral, uma vez que este é o órgão supremo da Cooperativa.

É desejável a realização de reuniões locais com os associados (pré-assembleias), anteriores às Assembleias Gerais, como mecanismo para fortalecer a participação e o ativismo dos associados, a fim de discutir os assuntos constantes da pauta da Assembleia.

A Cresol Frederico Westphalen desde o inicio de suas atividades, adota a pratica das pré-assembleias, no ano de 2018 realizou mais de 35 pré-assembleias nas comunidades do interior, com o intuito de levar as informações para seus associados, nas comunidades e também para mobilização da assembleia. Essas ações são importante pela proximidade com a comunidade e com os associados, pois leva informações da cooperativa, garantindo uns dos princípios que é a transparência.

2.4 O Conselho fiscal em Cooperativas de crédito

O conselho fiscal é subordinado à assembleia geral, é independente do Conselho de Administração e da Diretoria. É função do Conselho Fiscal: “fiscalizar os atos dos administradores e verificar o cumprimento de seus deveres legais e estatutários”. São compreendidos como atos dos administradores todos os atos de gestão praticados pelo administrador, delegação de autoridade e de qualquer empregado da cooperativa (TOSINI; BASTOS, 2009, p. 163)

Órgão responsável pela fiscalização de toda administração da cooperativa, com poder de convocar assembleias sempre que detectar qualquer assunto que careça da apreciação e da decisão dos associados. É o conselho fiscal que fiscaliza a parte financeira e administrativa da cooperativa, aprova a prestação de contas anual, assim como assegura o cumprimento das decisões da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, orientando o Conselho de administração e/ ou a diretoria nos procedimentos corretos a serem seguidos.

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O conselho fiscal é composto por cooperados e é eleito em assembleia geral. Seus integrantes não podem ter linha de parentesco direta com nenhum integrante da direção da cooperativa e o número de componentes, assim como o tempo de mandato, deve estar previsto no estatuto da cooperativa. É recomendável que o período de mandato coincida com o da direção e que a eleição de ambos ocorra de forma simultânea. AS reuniões do CF normalmente são realizadas mensamente, com caráter de fiscalizar, acompanhar de fato o dia a dia da cooperativa.

2.4 O conselho de administração de cooperativas de crédito

Órgão colegiado, previsto em lei e eleito pela Assembleia Geral, encarregado do processo decisório da cooperativa na esfera de seu direcionamento estratégico. É o principal componente do sistema de governança. Seu papel é ser o elo entre a propriedade (cooperados) e a gestão para orientar e supervisionar a relação desta última com as demais partes interessadas. O Conselho/Diretoria recebe poderes dos cooperados e presta contas a eles por meio de Assembleia Geral.

As atribuições e responsabilidades dos administradores com funções estratégicas, em harmonia com as políticas do sistema associado, ele que decide os rumos do negócio, conforme o melhor interesse da organização, procurando satisfatório retorno do investimento, deve constar do estatuto da cooperativa, especialmente em relação aos seguintes pontos:

 Orientação geral e estratégica de atuação da cooperativa;

 Definição dos objetivos da cooperativa, que devem considerar, dentre outros, aqueles que visem perenidade dos negócios;

 Acompanhamento do desempenho dos administradores com funções executivas, sendo, no mínimo uma vez por ano, registrado em documento próprio. A avaliação deve ser realizada com base em objetivos previamente definidos e de acordo com o planejamento estratégico;

 Definição de critérios claros e transparentes de remuneração dos executivos, de forma compatível com a capacidade financeira da cooperativa e com a remuneração praticada no mercado para funções semelhantes;

 Definição de mecanismo de entrega, para todos os administradores, do conteúdo das atas de reuniões do Conselho Fiscal, formal e individualmente;

Devem ser também consideradas atribuições do Conselho de Administração:  Assegurar-se de que os principais riscos para a Cooperativa sejam avaliados;

 Aprovar o plano de contingência para os riscos da Cooperativa;

 Em harmonia com os princípios cooperativistas, analisar a conveniência de vincular parcela da remuneração dos administradores com função executiva ao cumprimento dos objetivos estratégicos;

 Zelar pelo cumprimento das orientações do código de conduta da cooperativa;

Os conselheiros suplentes do órgão de administração estratégica devem ser atuantes e em número reduzido. Os suplentes devem estar familiarizados com os problemas da cooperativa para o exercício de sua função. É desejável que os suplentes, mesmo quando não estejam substituindo os titulares, participem das reuniões do órgão colegiado, com a faculdade de expressar suas opiniões, mas sem direito a voto.

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Segundo o BACEN (dados de 2008) as cooperativas de crédito brasileiras tem em média 6,2 conselheiros de administração efetivos. O estudo apresentado no dia 25/04/08 em Brasília mostra também que:

 72% das Cooperativas possuem Conselho de Administração (CONSAD)  16% das Cooperativas possuem apenas Diretoria, não tendo Conselho de Administração (CONSAD)

 Em 70% das Cooperativas quem conduz os assuntos administrativos do dia-a-dia da Cooperativa é um diretor eleito e que tem funções executivas. Nos demais 30% das Cooperativas existem um executivo contratado com esta finalidade.

Segundo Lyndall Urwick, “cada pessoa deve preencher uma função, o que determina uma divisão de especialização”. Com esta afirmação o BACEN aconselha que haja nas cooperativas uma clara separação entre os papéis desempenhados pelos administradores com funções estratégicas (Conselho de Administração ou Diretoria) e aqueles com funções executivas (diretoria executiva, superintendência ou gerência).

As deliberações estratégicas, a definição de políticas para a cooperativa e a prestação de contas aos associados devem ser funções desempenhadas por conselheiros de administração ou diretores que não ocupem funções executivas. O estatuto ou regimento interno deve disciplinar as atribuições e responsabilidades dos administradores com funções estratégicas e aqueles com função executiva.

O órgão de administração estratégica da cooperativa deve ter práticas de organização interna e composição adequada para facilitar o processo decisório, sendo preferencialmente constituído por número ímpar de associados eleitos.

Os novos membros do Conselho de Administração empossados devem receber informações necessárias à efetividade de sua atuação – que inclui conhecimento da história da cooperativa, estrutura, processos, sistemas, mercados e concorrentes, conhecimento das políticas dos órgãos reguladores, regras de funcionamento do órgão – e receber documentos tais como: últimos relatórios anuais, atas das Assembleias e das reuniões ordinárias, pareceres do Conselho Fiscal e Auditorias, planejamento estratégico, situação econômico-financeira detalhada, dentre outros.

O órgão de administração estratégica deve utilizar-se dos trabalhos das auditorias interna e externa como fonte de informação sobre o funcionamento da cooperativa, independentemente das informações reportadas pelos administradores com funções executivas. Os membros dos órgãos de administração devem dispor de tempo adequado para cumprir com suas obrigações e responsabilidades.

Evidencia se que o papel do conselho de administração é negociar e comprometer se com os stakeholders, ou seja, com o público alvo, com o quadro social, no interesse da organização. Por conta de suas peculiaridades, nas cooperativas de crédito o publico alvo predominantes são os próprios associados, diretores e colaboradores, evidencia se que poucos presidentes são dedicados em tempo integral na gestão das cooperativas, por esse motivo justifica se implantação da diretoria.

A Resolução CMN 3.859/10 regulamentou o Art. 5º da Lei Complementar 130/2009 que diz o seguinte:

Art. 5º As cooperativas de crédito com Conselho de Administração podem criar diretoria executiva a ele subordinada, na qualidade de órgão estatutário composto por pessoas físicas associadas ou não, indicadas por aquele conselho.

Neste sentido, especificamente para as cooperativas singulares de livre admissão, de empresários, de pequenos empresários, microempresários e microempreendedores existem a necessidade de adotar estrutura administrativa integrada por conselho de administração e por diretoria executiva. Esta Diretoria Executiva é eleita pelo conselho de

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administração, admitida a acumulação de cargos entre os dois órgãos para, no máximo, um dos membros do conselho, e vedada a acumulação das presidências.

Cabe aos conselho de administração acompanhar sistematicamente os resultados, fazer prestação de contas para os cooperados, precisa zelar pelos princípios da cooperativa, conselho administração tem a responsabilidade em primar pela perenidade do negócio.

2.4 A Diretoria Executiva nas cooperativas de crédito

A diretoria executiva tem por finalidade cumprir as diretrizes que são estabelecidas pelo conselho de administração, como também executar planos, metas e estratégias para garantir o alcance dos objetivos estatutários das Cooperativas. O Diretor Executivo ele cria, planeja, organiza, controla as atividades da cooperativa, assumindo um papel importante na tomada de decisão através de uma pratica de governança.

“A efetivação deste processo nos deu condições para eleger os nossos quatro diretores executivos o que vai nos permitir qualificar ainda mais os nossos trabalhos. Temos quatro grandes profissionais que estarão atuando como executivos na nossa Cresol Confederação e temos certeza que com este processo estamos inaugurando uma nova fase na Confederação. Enquanto conselho de administração estaremos dando todas as condições de trabalho aos nossos executivos e aproveitamos para desejar muito sucesso no desempenho de suas funções”(Diretor Presidente, Cledir Magri,2018) Art. 26 da Resolução: As cooperativas de crédito devem observar política de governança corporativa aprovada pela assembleia geral, que aborde os aspectos de representatividade e participação, direção estratégica, gestão executiva e fiscalização e controle, e que contemple a aplicação dos princípios de segregação de funções na administração, remuneração dos membros dos órgãos estatutários, transparência, equidade, ética, educação cooperativista, responsabilidade corporativa e prestação de contas.

O Art. 30 da resolução 4,434 diz que: O estatuto deve estabeleceras atribuições e os poderes de cada diretor ou membro do conselho de administração com função executiva, podendo estabelecer que determinadas decisões sejam tomadas em reunião colegiada.

3. METODOLOGIA

O presente estudo caracteriza-se como exploratório, bibliográfico e descritivo, pois busca familiarizar-se, entender o assunto estudado tornando-o sua compreensão mais clara na medida em que busca explicar de que forma a governança cooperativa trará benefícios para a Cooperativa Cresol. Tendo em vista que o estudo foi desenvolvido com base em artigos publicados, manuais, estatuto da Cooperativa, em base de dados referentes ao tema governança. Gil 2008, define a pesquisa exploratória como a pesquisa que proporciona maior familiaridade com o problema a fim de explicitá-lo, via de regra, assume a forma de pesquisa bibliográfica e/ou estudo de caso. A metodologia buscou os pontos bases para o estudo desse artigo, possui como objetivos identificar conceitos tendo por guia referências bibliográficas, destacando autores que já estudaram sobre o assunto auxiliando no embasamento das ideias sobre o tema.

O objetivo principal é analisar como está estruturado o processo de implantação da Governança na Cresol Frederico Westphalen, suas práticas e diretrizes, o que muda com a implantação da executiva, quais as responsabilidades que os diretores passam a ter neste

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processo, dados da cooperativa de crédito Cresol, localizada em Frederico Westphalen. Observa se no entanto que o assunto, o tema ainda é bastante complexo e novo para a Cresol, devido ser recente a aplicabilidade do mesmo. O estatuto da Cooperativa serve como ponto norteador, pois é amplo e contém todos os deveres e responsabilidades de cada executivo, para se cumprir as normas.

4. RESULTADOS

As assembleias da Cresol Frederico Westphalen geralmente acontecendo na segunda quinzena do mês de março de cada ano, com o objetivo maior de prestação de constas de cada exercício, destinação das sobras e assuntos gerais. A participação dos associados é satisfatória sendo que nas últimas assembleias foram reunidos mais de 1000 associados. Para mobilização ocorreram cerca de 30 pré-assembleias.

Quanto aos elementos do atual sistema de governança da cooperativa, atualmente existe um Conselho de Administração, o qual é composto por nove integrantes, sendo o presidente, secretário, vice-presidente e seis conselheiros, já o conselho fiscal é composta por três conselheiros efetivos e três suplentes. A Cooperativa conta com dois diretores, um diretor comercial e um diretor executivo que acumula a função de do diretor administrativo. A cooperativa encontra-se na fase de adaptações, de transição ao novo modelo de governança.

Os diretores executam as definições do Conselho de Administração, sempre voltadas para os negócios, social, garantindo resultados. Todos esses atendendo ao programa de sucessão do sistema Cresol.

A Cresol Frederico Westphalen neste momento está num processo de transição, do modelo antigo de gestão para o atual modelo de governança, se apropriando das informações para ter clareza no exercício das atribuições, do conselho, presidente e diretoria executiva. Após um ano de implantação percebe grandes avanços e o entrosamento da diretoria executiva, com a direção, muita troca de informações e de ideias. O organograma representa a estrutura atual formal da Cooperativa Cresol Frederico Westphalen.

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Quanto as Competências da Diretoria Executiva, apresentam-se as principais atribuições e deveres de competência da diretoria executiva:

I – executar as atividades inerentes à administração da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN em seus serviços e operações e praticar atos de gestão, inclusive contrair obrigações, firmar contratos e/ou convênios de qualquer natureza, transigir, firmar acordos extrajudiciais e em processos judiciais, acordos ou convenções coletivas, ceder e empenhar ou renunciar direitos e constituir mandatários/procuradores, abrir, movimentar e encerrar contas em qualquer instituições financeiras, bem assim acompanhar o estado econômico-financeiro da Sociedade, sendo necessário, nestes casos, a representação conjunta de 02 (dois) Diretores da Diretoria Executiva;

II – elaborar, para apreciação do Conselho de Administração e da Assembleia Geral, conforme o caso, propostas de reforma do estatuto social, de regulamentos, regimentos, planos de trabalho, políticas, metas, estratégias, criação de comitês, propostas orçamentárias, códigos, manuais e normativos em geral, respeitados às diretrizes sistêmicas, quando existentes;

III – conduzir a gestão de pessoas, deliberando inclusive acerca da contratação e da demissão dos empregados e demais colaboradores integrantes do quadro de pessoal da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN;

IV – supervisionar, orientar e avaliar os empregados e demais colaboradores que integram o quadro de pessoal da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN, adotando as medidas apropriadas e realizando os ajustes que porventura se fizerem necessários;

V – firmar todos os documentos, inclusive contratos e escrituras públicas, e tomar quaisquer outras providências com vistas à concretização e a execução da aquisição, alienação, doação ou oneração, conforme o caso, de bens móveis ou imóveis da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN, observado o disposto no presente Estatuto e as deliberações do Conselho de Administração ou Assembleia Geral, sendo necessário, nestes casos, a assinatura conjunta de 02 (dois) Diretores da Diretoria Executiva;

VI – delegar poderes que lhes são atribuídos aos empregados e demais colaboradores da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN ou a terceiros, definindo os poderes delegados através do instrumento de procuração, sem necessidade de aprovação do Conselho de Administração ou Assembleia Geral, ressalvados os poderes de gestão.

VII – levar à apreciação do Conselho de Administração, políticas e diretrizes de negócio da Sociedade, fazendo cumprir as deliberações do Conselho;

VIII – assegurar a implantação do planejamento estratégico, financeiro e de investimentos, bem como acompanhar a sua execução, nos termos definidos pelo Conselho de Administração;

IX – estudar projeções e quadros comparativos e elaborar relatórios gerenciais, para subsidiar informações ao Conselho de Administração na tomada de decisão visando alcançar os resultados previstos;

X – cumprir e fazer cumprir este Estatuto, o Regimento Interno e demais normativo oficial e do próprio Sistema, bem assim as deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de Administração;

XI – elaborar e apresentar ao Conselho de Administração os planejamentos orçamentário, comercial, de expansão, entre outros, da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN;

XII – zelar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade e ética, de modo a preservar o bom nome, a segurança, a sustentabilidade, o desenvolvimento e a

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perenidade da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN;

XIII – zelar pela qualidade do atendimento geral e dos produtos e serviços disponibilizados aos associados;

XIV – recomendar ao Conselho de Administração a adoção de medidas saneadoras com vistas ao restabelecimento da normalidade operacional e ao fortalecimento da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN, em face de situações de inobservância da regulamentação aplicável, de perecimento patrimonial ou que acarretem risco imediato ou futuro à Sociedade.

§1º. A outorga de poderes a advogados para patrocínio de ações ou procedimentos judiciais e administrativos, passivos ou ativos, poderá ser realizada pela assinatura isolada do Diretor Executivo, e/ou do Diretor Comercial, e/ou do Diretor Administrativo, e, poderá ser realizada por instrumento particular.

§2º. A outorga de poderes a outros mandatários somente poderá ser realizada em conjunto por 02 (dois) Diretores da Diretoria Executiva, e mediante lavratura de escritura pública com prazo nunca superior ao do mandato vigente.

Quanto a Diretoria executiva foi apresentado as principais atribuições e deveres que são competências dela, sendo responsável por executar, elaborar, conduzir, supervisionar, firmar, delegar, levar a apreciação do Conselho Administrativo politicas e diretrizes de negócios, assegurar a implantação do planejamento estratégico, estudar projeções, cumprir e fazer cumprir o estatuto, elaborar e apresentar o planejamento estratégico, zelar pelo bom andamento dos negócios com ética e probidade, zelar pela qualidade no atendimento em geral e recomendar medidas operacionais para o fortalecimento da Cooperativa Cresol. A diretoria Executiva tem o papel de normatizar todos os processos que devem ser seguido pela Cooperativa com o objetivo de atingir todas os deveres e competências a ela atribuída.

Quanto as Competências do Diretor Executivo, apresentam-se as suas principais competências:

I – presidir a Diretoria Executiva e coordenar as atribuições dos demais Diretores, visando à eficiência no cumprimento dos objetivos e metas fixadas pelo Conselho de Administração;

II – agendar, convocar e coordenar as reuniões da Diretoria Executiva;

III – praticar atos de gestão em geral e acompanhar o estado econômico-financeiro da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN;

IV – supervisionar as operações e atividades da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN e fazer cumprir as decisões do Conselho de Administração;

V – representar a CRESOL FREDERICO WESTPHALEN em juízo ou fora dele, ativa e passivamente;

VI – coordenar a elaboração de relatórios de prestação de contas ao Conselho de Administração, ao término do exercício social, para apresentação à Assembleia Geral, acompanhado dos balanços semestrais, demonstrativos das sobras líquidas ou perdas apuradas e parecer do Conselho Fiscal;

VII – dirigir e executar as atividades no que tange às políticas e diretrizes de recursos humanos;

VIII – acompanhar de forma direta todas as unidades de atendimento da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN, fazendo reuniões com equipe interna de empregados e demais colaboradores, visando o comprometimento destes no cumprimento dos objetivos e metas fixadas pelo Conselho de Administração;

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IX – elaborar as análises mensais de indicadores de gestão, a serem apresentados ao Conselho de Administração;

X – desenvolver outras atribuições que lhe sejam conferidas pelo Conselho de Administração;

XI – resolver os casos omissos, em conjunto com outro Diretor da Diretoria Executiva.

O Diretor Executivo na sua Competência cabe presidir os objetivos e metas fixadas, o Diretor Executivo é aquela pessoa que ira supervisionar, representar a Cresol nas atividades diárias, coordena e elabora relatórios e presta contas ao conselho de administração no termino do exercício social para apresentação na Assembleia Geral.

O Diretor Executivo esta presente de forma direta com as unidades de atendimento, organizando reuniões com equipes visando o comprometimento destes para atingir as metas e objetivos fixados pelo Conselho Administrativo.

Quanto as Competências do Diretor Comercial, apresentam-se as suas principais atribuições:

I – executar as atividades relacionadas com as funções financeiras (fluxo de caixa, captação e aplicação de recursos, demonstrações financeiras, análises de rentabilidade, de custos, de risco, etc.);

II – dirigir e executar as atividades no que tange às políticas e diretrizes de recursos tecnológicos e materiais;

III – dirigir as atividades no que tange aos novos produtos e serviços lançados pelo Sistema CRESOL, devendo divulgar e orientar os empregados e demais colaboradores quanto às novas informações;

IV – acompanhar a atualização dos manuais internos do Sistema CRESOL e da CENTRAL CRESOL SICOPER, devendo divulgar e orientar os empregados e demais colaboradores;

V – coordenar a área de marketing e as atividades de campanhas e divulgação de produtos e serviços da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN;

VI – zelar pela eficiência, eficácia e efetividade dos sistemas informatizados e de telecomunicações;

VII – acompanhar de forma direta todas as unidades de atendimento da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN, fazendo reuniões com equipe interna de empregados e demais colaboradores, visando a estipulação de metas para prospecção de negócios, bem como acompanhar equipe em visitas estratégicas à associados potenciais;

VIII – orientar, acompanhar e avaliar a atuação do pessoal de sua área; IX – assessorar o Diretor Executivo nos assuntos de sua área;

X – desenvolver outras atribuições que lhe sejam conferidas pelo Conselho de Administração;

XI – resolver os casos omissos, em conjunto com o Diretor Executivo.

O Diretor Comercial tem em suas atribuições as atividades relacionadas com a parte financeira da instituição, na captação de recursos e aplicação, no fluxo de caixa entre outros. Outra atividade que é cumprida pelo Diretor Comercial é no lançamento de novos produtos e serviços ofertados pelo Sistema Cresol, com o dever de divulgar e orientar os colaboradores nas novas informações. O Diretor Comercial também terá que atuar na área de marketing da instituição acompanhando na divulgação de campanhas de novos produtos e serviços e também acompanhar a sua equipe em visitas estratégicas em associados considerados potenciais para a Cooperativa Cresol.

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Quanto as Competências do Diretor Administrativo, apresentam-se as suas principais atribuições:

I – dirigir as funções correspondentes às atividades fins da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN (operações ativas, passivas, acessórias e especiais, cadastro, recuperação de crédito, etc.);

II – executar as atividades operacionais no que tange à concessão de empréstimos, à oferta de serviços e à movimentação de capital;

III – orientar e acompanhar a contabilidade da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN, de forma a permitir uma visão permanente da sua situação econômica, financeira e patrimonial;

IV – acompanhar as operações em curso anormal, adotando as medidas e controles necessários para a sua regularização;

V – coordenar e acompanhar as auditorias internas e externas em conjunto com o Diretor Executivo;

VI – representar a CRESOL FREDERICO WESTPHALEN em juízo ou fora dele, ativa e passivamente;

VII – efetivar transações financeiras em conjunto com o Diretor Executivo ou Diretor Comercial e definir alçadas para transações financeiras para empregados e demais colaboradores da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN;

VIII – acompanhar, de forma direta, todas as unidades de atendimento da CRESOL FREDERICO WESTPHALEN, fazendo reuniões com equipe interna de empregados e demais colaboradores, visando a estipulação de metas para recuperação de créditos, bem como auxiliar equipe em negociações e tratativas de cobrança, conforme alçadas;

IX – decidir, em conjunto com o Diretor Executivo, sobre a admissão e a demissão de pessoal;

X – orientar, acompanhar e avaliar a atuação do pessoal de sua área; XI – assessorar o Diretor Executivo nos assuntos de sua área;

XII – desenvolver outras atribuições que lhe sejam conferidas pelo Conselho de Administração;

XIII – resolver os casos omissos, em conjunto com o Diretor Executivo.

As competências que são atribuídas ao Diretor Administrativo é direcionada em funções correspondentes as atividades fins da Cresol, executando as atividades operacionais no que tange empréstimos e ofertas de serviços, orientar e acompanhar a contabilidade para ter uma visão permanente da situação econômica, financeira e patrimonial da Cooperativa.

O Diretor Administrativo tem em suas atribuições a competência de coordenar e acompanhar auditoria externa e interna. O Diretor Administrativo deve acompanhar todas as unidades da Cresol fazendo reuniões com Colaboradores visando a estipulação de metas para recuperação de credito, bem como no auxilio das equipes nas negociações .

A Diretoria Executiva, através do Diretor Executivo, Diretor Comercial e o Direto Administrativo tem papel de extrema importância na gestão administrativa e gerencial da Cooperativa, pois exercem também funções de liderança junto a seus conselhos Administrativas, Fiscal, colegas e colaboradores.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Essencialmente difundir bons exemplos, exemplos esses possíveis através da participação e decisão coletivas. Tais decisões devem atender as expectativas dos associados fazendo com que as informações cheguem até os mesmos, sendo passíveis de mudanças e proposição de ideias (Sobrinho et al. 2009).

O relatório buscou explicar, relatar, conceituar o que muda, quais as atribuições com a implantação da diretoria executiva, governança corporativa no sistema Cresol Sicoper a partir da assembleia de 2018, mais especificamente na Cresol Frederico Westphalen. O que evidência se a clareza dos papeis de cada componente, pois a direção fica com um papel mais politico, e bem menos burocrático, esse papel fica para a diretoria executiva. Também fica claro que a gestão deve ser de todos, um apoiando o outro, sempre buscando a melhor gestão para o associado e a cooperativa.

As práticas de boa governança em cooperativas de crédito colaboram para equilibrar os sistemas externos e internos de controle, melhorando a efetividade dos processos e minimizando custos; aprimoram os processos decisórios e reduzem o custo da decisão coletiva; monitoram a atuação dos gestores garantindo a gestão eficiente; buscam o melhor alinhamento.

Pode-se concluir que na Cresol Frederico Westphalrn está ocorrendo uma adaptação positiva por parte de colaboradores e Conselhos, sendo que os mesmos possuem ciência de que há a necessidade de uma maior familiarização e comprometimento com o novo modelo de gestão que vem a contribuir para a ascensão da cooperativa em todas suas áreas.

Visualiza se que na Cresol Frederico Westphalen que o conselho de administração é um auxílio à diretoria executiva, e os executivos prestam auxilio para a direção. Existe hoje uma, troca de ideias e decisões, a direção voltando se para o papel politico e a diretoria executiva voltada para a parte burocrática e execução dessas decisões, ambos focados e em busca da satisfação, realização dos associados, busca de resultados e solidez da cooperativa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUTTENBENDER Luís Pedro. Fundamentos e Estrutura do Cooperativismo. EDITORA Unijui- Ijuí RS 2009.

BUTTENBENDER Luís Pedro. Gestão de Cooperativas. EDITORA Unijui- Ijuí RS 2011.

FERREIRA, G. M. V. (2016). Governança e sua relação com a fidelidade em cooperativas. Porto Alegre: Buqui.

GIL, A.C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Saraiva. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2015). Código das melhores práticas de governança corporativa, 5. ed. São Paulo, SP.

MELO Sobrinho, A. D., Martins Bastos A., Ferreira Ventura E.C., Costa Coelho F., Balliana G. M., Fontes Filho J. R., Marucci J. C., Feltrim L. E., Rezende de Oliveira M.M., Marques Soares M., Cavalcante Tosini M. de F., Oliveira M. J. (2009). Governança Cooperativa: Diretrizes e mecanismos para fortalecimento da governança em cooperativas de crédito. Brasília, Banco Central do Brasil.

MELO Sobrinho, Adalberto Duarte. Rumos do Cooperativismo Financeiro no Brasil: diagnósticos, oportunidades e desafios. Ed. do autor. Brasília, 2005.

Banco Central do Brasil, Disponível em: https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/GOVCOOP Acesso em 24 de agosto de 2018.

Banco Central do Brasil, disponível em: https://www.bcb.gov.br/pre/normativos /busca/ Acesso 02 de Abril de 2019.

Governança corporativa: análise em uma cooperativa de crédito rural com interação solidária, disponível em: https://revistafae.fae.edu/revistafae/article/download/2/2 acesso em 09 de agosto de 2018.

Instituto Brasileiro de Governança Cooperativa- IBGC- Governança em

organizações não empresariais, disponível em:

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SOUSA Neto J. A., & Reis D. A. (2015). Os Impactos da Governança Corporativa em uma Cooperativa de Crédito. Revista Gestão & Tecnologia, 15(2), 211-234.

Portal Cooperativismo Financeiro. Cresol implanta diretoria executiva na Confederação, disponível em: https://cooperativismodecredito.coop.br/2018/03/cresol-implanta-diretoria-executiva-na-confederacao/

Portal Cooperativismo Financeiro. Assembleia Geral em uma Cooperativa de Crédito, disponível em: http://cooperativismodecredito.coop.br/legislacao-e-gestao/assembleia-geral/ Acesso em 29 de agosto 2018.

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