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Academic year: 2021

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TÍTULO: EFICIÊNCIA DE DIFERENTES DOSAGENS DE GLIFOSATO NO CONTROLE DA TIRIRICA (CYPERUS ROTUNDUNS) NA CULTURA DO MILHO (ZEA MAYS)

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA:

SUBÁREA: CIÊNCIAS AGRÁRIAS SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE MARÍLIA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): VANESSA MAPELLI MENEGAÇO AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): RONAN GUALBERTO ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

Com o objetivo de avaliar a produtividade do milho, em área com alta infestação de tiririca, em função da aplicação de diferentes dosagens de Glifosato um experimento foi conduzido na Fazenda Experimental “Marcello Mesquita Serva” da Universidade de Marilia – SP, no período de novembro de 2016 a abril de 2017. O delineamento experimental foi realizado em blocos ao acaso, com quatro tratamentos, diferentes dosagens de glifosato (0; 2,5; 5,0 e 7,5 L ha-1) e cinco repetições. Nas condições que o experimento foi conduzido a aplicação de Glifosato no controle da tiririca não influenciou positivamente as características avaliadas do milho, sendo que a dosagem de 7,5 L ha-1 afetou negativamente a produtividade de grãos.

2. INTRODUÇÃO

O milho (Zea mays) da família Poaceae é uma planta originária das Américas e, atualmente, é cultivada no mundo todo. No Brasil, ele é o cereal mais produzido. No entanto, o que se observa na prática são produtividades muito baixas e irregulares, cerca de 5,5 t ha-1 de grãos (CONAB, 2017). É um alimento importante na nutrição animal por sua disponibilidade em amido, sendo utilizado como concentrado energético nas rações e suplementos da produção. Outra maneira de se utilizar o milho é conservá-lo na forma de silagem, pois não altera a concentração de carboidratos solúveis e proporciona adequada fermentação microbiana, garantindo assim um produto de ótima qualidade para os animais (FALEIROS et al., 2009).

O milho é uma cultura com uma baixa taxa de crescimento inicial e, com o uso de grandes espaçamentos entre as linhas no seu cultivo, cria um ambiente propício ao desenvolvimento das infestantes. A presença das infestantes nos campos de cultivo de milho leva à redução da produção e do rendimento, provoca uma maturação irregular, reduz a qualidade dos grãos e dificuldades na colheita. As perdas de rendimento devido à presença da tiririca no milho, dependendo da cultivar, podem chegar até 85%, consoante o número de plantas infestantes por área, período de competição e estágio de desenvolvimento do milho (AMPONG-NYARKO, 1994).

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A tiririca (Cyperus rotunduns) é uma das principais plantas infestantes nas culturas agrícolas em todo o mundoe a sua interferência tem causado reduções quantitativas e qualitativas na produção, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais (HOLM et al., 1977). Quando em condições ambientais favoráveis, o estabelecimento da tiririca é rápido devido ao intenso crescimento vegetativo e á produção de tubérculos, sendo estes os motivos da sua vantagem competitiva com as culturas. Sua grande capacidade de sobrevivência no agroecossistema se deve a um eficiente sistema reprodutivo, construídos de rizomas, bulbos basais, tubérculos e sementes.

Como é uma espécie altamente competitiva por água e nutrientes podendo até liberar substancias alelopáticas no solo, esta é responsável por grandes perdas de produtividade em diversas culturas (DEUBER, 1992).

Segundo Cox (2000), o glifosato é um herbicida não seletivo, pós-emergente e de ação sistêmica, com elevada amplitude de utilização, em razão de sua alta eficiência, baixa toxicidade a animais e ao meio ambiente, destacando-se entre os de maior volume comercializado no mundo.

O glifosato, ([N-fosfonometil] glicina) é um herbicida que bloqueia a biossíntese de aminoácidos aromáticos, inibindo a atividade da 5-enol-piruvil-chiquimato-3-fosfato síntese – EPSPS (KISHORE et al., 1992). Uma das mais importantes características do glifosato é sua rápida translocação das folhas da planta trada para as raízes, rizomas e meristemas apicais. Esta propriedade sistêmica resulta na destruição total de plantas invasoras perenes, difíceis de matar, tais como rizomas de Sorghum halepense, Agropyron repens, Cirsium arvense, Cyperus spp., Cinodon dactylon, Imperata cilíndrica e mesmo Pueraria lobata (FRANZ, 1985; GRUYS e SIKORSKI, 1999).

3. OBETIVOS

Verificar o efeito de diferentes dosagens de Glifosato, no controle da tiririca na produtividade do milho.

4. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO

O experimento, foi conduzido na Fazenda Experimental “Marcello Mesquita Serva” da Universidade de Marilia–SP, localizado na latitude de 22° 14’ 30” S e

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Longitude 49° 58’32” W, a uma altitude de aproximadamente 642 m em relação ao nível do mar no período de novembro de 2016 a abril de 2017.

O delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso, com quatro tratamentos, diferentes dosagens de glifosato (0; 2,5; 5,0 e 7,5 L ha-1) e cinco repetições. Cada parcela constou de cinco linhas com 5,0 m de comprimento, espaçadas de 90 cm. O plantio foi realizado no dia 16/11/2016, utilizando sementes da variedade Impacto Viptera 3 com 5,7 sementes por metro linear. Aos quinze dias após o plantio foi feita a aplicação do Glifosato, utilizando bomba costal elétrica, bico do tipo leque e com uma vazão de 500 ml de herbicida por parcela, com a área já infestada com a tiririca. Em 05/12/2016 foi feita a adubação de cobertura, utilizando o fertilizante NPK (36-00-12).

Após 15 dias da aplicação do Glifosato foi observado a morte da tiririca nos tratamentos que receberam as diferentes dosagens. Foram avaliadas as características: altura de plantas (cm), número de espigas por parcela, peso de espigas (t ha-1) e peso de grãos (t ha-1). A colheita foi feita no dia 19/04/2017 e as espigas fora colocadas na estufa para secagem até os grãos atingirem 13% de umidade, ocasião que foram feitas as pesagens das espigas e dos grãos.

Os dados foram submetidos à análise de variância utilizando-se o teste de Scott-Knott (1974) a 5% de probabilidade para comparação das médias.

5. RESULTADOS

Foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos somente para a produção de grãos (Tabela 1). Nas demais características, as diferentes dosagens do Glifosato não diferiram da testemunha. Na produção de grãos verifica-se que somente a menor dosagem de Glifosato (2,5 L ha-1) proporcionou produtividade semelhante à testemunha. Verifica-se também que no tratamento com maior dosagem do Glifosato (7,5 L ha-1), a produtividade foi significativamente inferior aos demais tratamentos, sugerindo que possa ter ocorrido fitotoxidez nas plantas de milho e consequentemente afetado a produtividade de grãos.

Na produção de espigas foi verificada uma tendência numérica dos valores serem inferiores também na dosagem maior do herbicida, quando comparado às demais doses, após a aplicação de Glifosato (Tabela 1). SOUZA et al. (2013),

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testando dosagens variando de 0 a 12 L ha-1 do herbicida Glifosato, aplicado em pós emergência em planta de milho com gene RR, verificaram que dosagens a partir de 06 L ha-1 já provocaram fitotoxidade nas plantas de milho, mas que não afetou a produção e segundo os autores, provavelmente devido a capacidade das plantas desintoxicarem.

Tabela 1 – Altura de plantas (AP), número de espiga (NE), peso de espiga (PE) e peso de grãos (PG) de milho, sob o efeito de diferentes dosagens de Glifosato no controle da tiririca. UNIMAR, Marília, 2017.

Tratamento A.P. (m) N. E. P.E. (t haˉ ¹) P. G. (t haˉ ¹)

Testemunha 2,10 a 23,20 a 6,32 a 5,83 a

2,50 L/ha 2,13 a 25,00 a 6,28 a 5,72 a

5,0 L/ha 2,25 a 23,40 a 6,04 a 5,28 b

7,5 L/ha 2,27 a 24,20 a 4,52 a 3,69 c

CV (%) 11,27 23,87 23,38 12,2

Médias seguidas de mesma letra não diferiram entre si pelo teste de Scott-Knott (1974) a 5% de probabilidade. A.P.: Altura de planta; N.E.: Número de espigas; P.E.: Peso de espigas; P.G.: Peso de grãos.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nas condições que o experimento foi conduzido a aplicação de Glifosato no controle da tiririca não influenciou a produtividade do milho e, que dosagem acima de 5,0 L ha-1 afetou negativamente a produção de grãos.

7. FONTES CONSULTADAS

AMPONG-NYARKO K. Weed management in tropical, cereals: Maize,

Sorghum and Millet. Weed Management for Developing Countries. 120: 264-270, 1994

BENDIXEN, L. E.; NANDIHALLI, V. B. Worldwide distribuition of purple and yellow nutsedge (Cyperus rotundos and C. Esculentus). Weed Technology, v. 1, p. 61-65, 1987.

CONAB (Companha Nacional de Abastecimento). Comparativo da área, produção e produtividade: safras 2016/2017. Acesso em: 27 ago. 2017.

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http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/17_08_10_11_27_12_boletim_ graos_agosto_2017.pdf.

COX, C. Glyphosate factsheet. Journal os Pesticide Reform. v. 108, 1998, ver. 200.

DEUBER, R. Ciência das Plantas Daninhas: fundamentos. Jaboticabal: FUNEP, 1992. 431 p.

FALEIROS, L.F.; NOGUEIRA, R. G. S.; NOBILE, F. O.; GALBIATTI, J. A.; FERREIRA, M. M.; CORDIDO, J. P. R. Desenvolvimento do milho em solo adubado com biofertilizantes de esterco bovino. Associação Brasileira de Zootecnistas, 18,22 maio 2009, Águas de Lindóia – SP.

FRANZ, J. E. Discovery, development and chemistry of glyphosate. In:

GROSSBARD, E.; ATKINSON, D. (Ed.). The herbicide glyphosate. London: Butterworths, 1985. p. 3-17.

GRUYS, K. J.; SKORSKI, J. A. Inhibitors of thyptophan, phenylalanine and tyrosine biosynthesis as herbicides. In: SINGH, B. K. Plant amino acids: biochemistry and biotechnology. New York: Marcel Dekker, 1999. P. 357-384.

HOLM, L. G.; PLUNCKNETT, D. L.; PANCH, J. V.; HERBERGER, J. P. The word’s worst weeds. Honolulu: University Press of Hawaii, 1977. 607 p.

KISHORE, G. M.; PADGETTE, S.R.; FRALEY, R. T. History of herbicide crops, methods od development and current state of the art-emphasis on glyphosate tolerance. Weed Technol., v. 6, p. 626-634. 1992.

SCOTT, A.J.; KNOTT, M.A. A cluster analysis method for grouping means in the analysis of variance. Biometrics, v. 30, n. 2, p. 507-512, 1974.

SOUZA, T. T.; PEREIRA, J. R. A. R.; BATISTA, E. C.; TAVARES, M. V. S.; IRINEU, W. C. Avaliação da Fitotoxidez do herbicida glifosato aplicado em pós Emergência em planta de milho com gene RR. 5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós Graduação do IFSULDEMINAS, 2013.

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