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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

Cristiane de Castro Rahal Hugo Alexandre de Araujo Maria

João Vitor Sanches Bettoni Miriam dos Santos Silva

GEOMORFOLOGIA II

RELATÓRIO DE CAMPO – VALE DO PARAÍBA

MUNICÍPIOS DE JACAREÍ, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E TREMEMBÉ - SP

Relatório do trabalho de campo realizado em 19 de maio de 2016, apresentado como

avaliação da disciplina FLG1252 -

Geomorfologia II, ministrada pela Prof. Dra. Bianca Carvalho Vieira.

Comentado [A1]: NOTAS:

INTRODUÇÃO: 1,0 DESENVOLVIMENTO: 6,0 CONSIDERAÇOES E BIBLIOGRAFIA: 1,0 FIGURAS E MAPAS: 1,0

NOTA FINAL: 9,0

Observações: o relatório está bem estruturado e escrito. Alguns problemas quanto à cotação as figuras no texto. Elas sempre devem ser indicadas

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3

2. ÁREA DE ESTUDO...3

2.1 Primeira Parada – Vale do Rio Parateí...4

2.2 Segunda Parada – Formação Pindamonhangaba (próximo a fábrica da General Motors)...6

2.3 Terceira Parada – Mineração Santa Fé...9

3. PROCEDIMENTOS, MATERIAIS E MÉTODOS...11

3.1 Procedimentos...11

3.2 Materiais...11

3.3 Métodos...12

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...13

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1. INTRODUÇÃO

Nesse trabalho procuraremos relatar os principais fatos do trabalho de campo da disciplina, realizado no dia 19/05/2016 nas cidades de São José dos Campos, Tremembé e Jacareí. Foram três pontos de parada com o intuito de realizar diversas tarefas, sendo as principais a observação e o registro das paisagens vistas, caracterizando-as de acordo com seus principais aspectos geomorfológicos, isto é, formas, materiais e processos de superfície, gênese e morfologia atual do relevo, composição mineralógica, cronologia das formações, litoestrutura, etc.

2. ÁREA DE ESTUDO

Nosso estudo está compreendido dentro dos limites da Bacia Hidrográfica Paraíba do Sul. Segundo o portal do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, esta bacia possui uma área de drenagem próxima de 14.444 km² e seus principais rios são Paraibuna, Paraitinga, Jaguari, Una, Buquira, /

Ferrão, Embaú / Piquete, Bocaina e Pitangueiras / Itagaçaba (Figura 1).

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Figura 1 : Bacia Hidrográfica Paraíba do Sul. Fonte: Portal SIGRH do Estado de São Paulo).

2.1 Primeira Parada – Vale do Rio Parateí

Nossa análise iniciou-se a partir da solicitação dos professores para que observássemos as paisagens em todo o entorno, localizando-se na carta topográfica dada para auxílio. Após essa observação inicial, os professores foram nos explicando um

pouco mais sobre essa área, informações como o fato do rio Parateí (Figura 2)ser

tributário do rio Paraíba do Sul e da área em questão estar localizada na Formação Resende, composta por duas porções diferentes: uma mais antiga, formada no

Ppaleoceno (rochas sedimentares, mais conformadas) e outra mais recente, oriunda do

neoceno (presença de couraças ferruginosas). Essa formação engloba um sistema de leques aluviais, dos tipos proximal, mediano e distal, além de uma planície aluvial, por onde passam tributários da bacia aqui referida. É uma paisagem muito marcada por

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Figura 2: Localização aproximada do primeiro ponto de parada e observação do percurso realizado. Fonte: Google Earth.

Figura 3: Visão do contato cristalino/sedimentar entre o Platô de Santa Isabel, ao norte, pertencente à Unidade Morfoestrutural do Cinturão Orogênico do Atlântico e Unidade Morfoescultural do Planalto Atlântico (subunidade Planalto de Jundiaí), e o sistema de colinas na Unidade Morfoescultural da Depressão do Médio

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Figura 4: Exemplo de rocha sedimentar observada no médio vale do rio Parateí. Na foto podemos observar um material resultante de dois tipos de ambientes deposicionais. O primeiro, mais amarelado e vermelho, é de um ambiente mais arenoso, consequência de processos de oxidação. O segundo, com uma coloração

mais roxa, é fruto de um ambiente mais aquoso. Foto: Cristiane Rahal. (Onde vcs podem indicar as figuras no texto?)

2.2 Segunda Parada – Formação Pindamonhangaba (próximo a fábrica da General Motors)

A área da Formação Pindamonhangaba se localiza na Bacia de Taubaté, sendo

seu relevo atrelado a diversos processos geoquímicos. Esta localização se dá bem no meio da bacia e trata-se de uma descontinuidade da Formação Resende. A Formação Pindamonhangaba é mais jovem e, segundo a definição de Riccomini et al. (1991), trata-se dos depósitos de sistema fluvial meandrante que estão na porção central da Bacia de Taubaté, sendo marcada por superfícies planas no seu topo. Há uma frente de alteração marcada pela lixiviação das bases e pelo confinamento da água, havendo diversas descontinuidades de camadas nas quais aparecem discordâncias estratigráficas (influentes na circulação lateral e vertical da água, gerando feições de relevo) e também as fraturas das rochas e a separação entre a Formação Pindamonhangaba e a Bacia do Taubaté é dada por uma discordância angular.

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O confinamento de água acontece do encontro do embasamento cristalino com as rochas sedimentares. A diferença de permeabilidade e as fraturas são usadas pela

água COMO? e, quando ela é confinada, há uma perda de volume de materiais por uma

transformação isovolumétrica. Este processo de lixiviação faz com que apenas restem os materiais menos solúveis, os quais sustentam o relevo e, quando a base é perdida, perde-se volume e a forma é rebaixada. Ou perde-seja, há um rebaixamento do relevo por processo geoquímico. Nas áreas de dissecação intensa esse rebaixamento é menor, o que aumentará a incidência desse processo em outras áreas como, por exemplo, na Formação Pindamonhangaba.

O relevo do Planalto de Santa Catarina vem rebaixando progressivamente – até o ponto aqui descrito -, e vai de encontro ao rio Paraíba (planície fluvial), atrás da

empresa General Motors (Figura 5). É nessa área que estaremos localizados no nível do

graben do Paraíba, havendo migração lateral e vertical da água, estando tal ação associada com as descontinuidades geológicas e a proximidade com a várzea do rio Paraíba do Sul.

Outra característica da área são as linhas de seixos (stonelines), materiais localizados na granulometria dos seixos. Elas estão atreladas a um paleocanal, sendo formadas a partir da oscilação do lençol freático (intraformação). Também podem ser vistas sete litofácies nessa formação, como mostram Riccomini et al. (1991): fácies de conglomerados, fácies de arenitos argilosos grossos, fácies de areias médias a finas e argilosas, fácies de siltitos, fácies de arenitos conglomeráticos, fácies de arenitos de granulação média a grossa e lamitos arenosos.

Quanto à sua idade, a Formação Pindamonhangaba conta com sedimentos da época Pleistocênica, referente ao período Quaternário, sendo assim de origem jovem.

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Figura 5: Localização aproximada do segundo ponto de parada e observação do percurso realizado. Fonte: Google Earth.

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2.3 Terceira Parada – Mineração Santa Fé

A Resolução SMA nº 28/1999 permite o zoneamento ambiental para mineração de areia para uma área da bacia do Rio Paraíba do Sul compreendida nos municípios de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba. Esta área de zoneamento foi dividida nas quatro zonas seguintes:

 Zona de Proteção (ZP) – visa proteger o ecossistema local;

 Zona de Mineração de Areia (ZM) – permite a mineração para fins

econômicos;

 Zona de Recuperação (ZR) – áreas para recuperação ambiental. É

permitida a atividade minerária licenciada, mas vedada a ampliação delas;

 Zona de Conservação da Várzea (ZCV) – visa proteger e conservar a

várzea.

Há ainda um grupo de trabalho desde 2011 para rever o zoneamento para a atividade mineradora e verificar a necessidade ou não de ampliar esta zona.

Em nossa última parada, fomos até a Mineração Santa Fé, localizada no município de Tremembé, na planície fluvial do Paraíba do Sul, como podemos

visualizar no recorte abaixo do mapa de zoneamento da bacia (figura 7).

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Nessa área, existe argilominerais argila (tipo esmectita) – que faz parte das atividades extrativas da mineradora - e ela se localiza na face distal da área fonte (bacia do Taubaté), sendo sua composição por sedimentos finos. Dois exemplos são: margas – calcita + argila; dolomita – calcita + magnésio.

Também foi possível notar folhelhos nas estruturas litológicas, contendo materiais esbranquiçados que descobrimos ser fósseis de peixes, após a explicação do professor. O ambiente de origem desse material é de natureza flúvio-lacustre (rios meândricos e lagos), existindo outros animais além dos peixes, que datam do oligoceno superior. Os fósseis atuam como camada-guia, ou seja, apresentam um conjunto de características que permitem o reconhecimento mesmo em locais distantes. Foi possível ainda notar a existência de linhas de seixos na paisagem, sendo elas oriundas da migração lateral dos meandros.

Por fim, é visível se tratar de uma planície de inundação, na qual há cultivo de feno e, por isso, o regime fluvial se altera. Com a presença de rios meândricos, é

provocada a existência de uma área mais pantanosa ( Figura 8).

Figura 8: Localização aproximada do terceiro ponto de parada e observação do percurso realizado. Fonte: Google Earth.

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Figura 9: Afloramentos na planície fluvial do rio Paraíba do Sul onde há extração de argilas e folhelhos com conteúdo fossilífero. Foto: João Bettoni.

3. PROCEDIMENTOS, MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Procedimentos

O procedimento inicial constituiu-se de prévia leitura do Caderno de Campo

disponibilizado para a localização e roteiro dos três pontos de análise.

Em cada ponto de estudo, fizemos o apontamento das coordenadas geográficas, por meio de um GPS eletrônico. Registramos também, por meio de croquis, os elementos observados na paisagem, além de segmento do perfil topográfico e geológico, com fins de obter um entendimento mais amplo das dinâmicas geomorfológicas nas três paradas.

Foi realizada também, limpeza superficial dos perfis de solo, necessária para a análise bruta da granulometria dos diferentes horizontes, além da identificação e

explicação de suas diferentes colorações e de seusrespectivos processos.

3.2 Materiais

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 Câmeras fotográficas;

Caderno de Campo disponibilizado pelos professores, contendo

informações sobre o trabalho à ser realizado, além de mapas topográficos, litológicos e geológicos dos pontos de parada;

 Cadernetas de campo.

3.3 Métodos

Os métodos de campo utilizados foram identificação e registro dos elementos da paisagem, mediante comparação com os dados fornecidos pelo Caderno de Campo e das aulas e leituras prévias durante o curso. Foi percebida também a textura dos sedimentos, após limpeza dos perfis. Todo este processo foi permeado por explicações dos docentes, os quais orientaram os alunos durante as atividades e as coletas realizadas em todas as paradas do campo.

Todas as coletas de dados foram registradas em cadernetas de campo individuais, que foram fundamentais para posterior elaboração deste trabalho e para a síntese e solidificação de todas as observações e atividades feitas em campo. O uso da fotografia também permitiu a comparação e a exemplificação mais direta dos materiais e ambientes estudados.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho procurou consolidar o conhecimento teórico-metodológico em Geomorfologia através da prática de campo, afinal, como já se sabe esse instrumento é fundamental nesse processo. É no trabalho de campo que se torna possível enxergar e compreender de maneira adequada os conhecimentos abordados em sala de aula.

A identificação e o registro dos elementos da paisagem, por meio dos croquis, possibilitou uma percepção analítica de seu relevo, pois transcende a simples observação sem critérios bem definidos, como, em geral, ocorreria na percepção sensorial comum. Ademais, a preparação prévia com os locais de parada e as informações selecionadas pelos docentes, com o Caderno de Campo, contribuiu para um maior aproveitamento das práticas realizadas in loco.

As diversas interfaces trabalhadas no campo indicam, por um lado, o quanto são dinâmicas as formas atuais, por meio da relação entre diversos agentes e processos - resultando em uma enorme combinação de variáveis, que são percebidas nas diversas formas -; assim como, por outro lado, estas formas possuem aspectos originários de tempos pretéritos, daí a grande importância dos estudos geológicos e da identificação das rochas nas três paradas realizadas.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RICCOMINI, C., et al. Nova unidade litoestratigráfica cenozóica da Bacia de Taubaté,

SP: Formação Pindamonhangaba. São Paulo: Boletim IG-USP, publicação

especial nº9, São Paulo, nov. 1991.

VIEIRA, B. C.; VILLELA, F. N. J. Trabalho de Campo - Vale do Paraíba: Municípios

de Jacareí, São José dos Campos e Tremembé - SP. (Caderno elaborado para o trabalho

de campo da disciplina Geomorfologia II, ministrada no Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo. Maio de 2016).

Portal SigRH - Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de

São Paulo, CBH-PS. Disponível em <http://www.sigrh.sp.gov.br/cbhps/apresentacao>.

Acesso em 04 de Junho de 2016.

Portal SMA - Sistema Ambiental Paulista, Zoneamento Minerário. Disponível em:

<http://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/zoneamento/zoneamento-minerario/>. Acesso em

06 de Junho de 2016.

Portal SMA - Sistema Ambiental Paulista, Mapa do Zoneamento Minerário da Bacia

Hidrográfica Paraíba do Sul.

Disponível em:

<http://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/files/2011/09/mapa-paraibadosul.pdf>. Acesso

Referências

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