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CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

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16°

TÍTULO: INFLUÊNCIA DE SEIS SESSÕES DE TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE SOBRE A OXIDAÇÃO DE LIPÍDIOS E INTENSIDADE DOS LIMIARES ANAERÓBIOS VENTILATÓRIOS TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): FABIO ROCHA DE LIMA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): MARCELO LUIS MARQUEZI ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): CAMILA FABIANA MARTINS AGOSTINHO, HELLYELSON LOPES DE OMENA COUTO, JULIANA MONIQUE LINO

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RESUMO

O treinamento cardiorrespiratório intervalado de alta intensidade

(high-intensity interval training, HIT), caracterizado por breves períodos de atividade

vigorosa intercalados por períodos de repouso ou de exercício de baixa intensidade, tem sido utilizado como alternativa ao treinamento cardiorrespiratório tradicional (TCT), realizado de modo contínuo com intensidade submáxima, invariavelmente relacionada aos limiares anaeróbios, e duração prolongada. Os objetivos do presente estudo foram: a) propor um protocolo de HIT utilizando corrida em esteira; verificar a influência de seis sessões de HIT de corrida em esteira b) sobre as intensidades em que os limiares anaeróbios ventilatórios (LAVs) ocorrem, e c) sobre o padrão de oxidação de substratos durante exercício contínuo de intensidade submáxima (ECIS). Nossos resultados demonstraram alterações nas intensidades dos LAVs e aumento da oxidação e contribuição de lipídeos (LIP) para manutenção da demanda energética durante ECIS, após seis sessões de corrida em esteira compostas por oito séries de 60seg a 100% Vpico

por 75 seg de recuperação passiva. Em conclusão nossos resultados sugerem, em conformidade com a literatura, que o protocolo de corrida em esteira proposto promove intensidades suficientes para caracterizá-lo como de alta intensidade; porém, ao contrário de outros, é passível de aplicação em indivíduos fisicamente ativos não treinados.

INTRODUÇÃO

A capacidade de realizar exercícios dinâmicos envolvendo grandes grupos musculares com moderada a alta intensidades por períodos prolongados (resistência cardiorrespiratória, expressa pelo consumo de oxigênio, VO2) é um

dos componentes mais importantes da aptidão física (ASCM, 2009). O treinamento desta capacidade eleva a atividade oxidativa mitocondrial, a difusão pulmonar e a saturação da hemoglobina entre outras adaptações, implicando no aumento da capacidade de oxidar lipídeos (LIP) mesmo em altas intensidades relativas de esforço, associado à redução da síntese muscular de ácido lático e menor acúmulo sanguíneo de lactato e íons H+ (HOLLOSZY & COYLE, 1984;

SAHLIN, 2009).

Há 50 anos Wasserman e McIlroy estabeleceram o conceito “Limiar Anaeróbio” (LAn), definido como a intensidade crítica para a atividade oxidativa máxima e manutenção do exercício de resistência cardiorrespiratória (ECr),

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caracterizado pela relação causal entre acidose lática e alterações ventilatórias. Em termos práticos, a aplicação deste conceito permite a identificação de modo não invasivo, através de parâmetros ventilatórios, da intensidade de exercício em que o metabolismo glicolítico complementa a energia produzida por mecanismos oxidativos e o consequente posterior desenvolvimento de fadiga pelo acúmulo de íons H+ (WASSERMAN & MCILROY, 1964).

Skinner e Mclellan (1980) sugeriram um modelo hipotético composto por três fases distintas para justificar a ocorrência de múltiplos limiares anaeróbios ao longo da transição repouso-exercício (esforço) máximo durante o ECr, relacionando-os com a oxidação de substratos, entre outros fatores. De acordo com os autores, durante a FASE I (< 40% do VO2max) o recrutamento

predominante de fibras musculares do tipo I, com elevada atividade oxidativa, determina a oxidação preferencial de ácidos graxos (AGs) e limita o fluxo de substratos através da via glicolítica. Com o aumento da intensidade do exercício ocorre maior recrutamento de fibras do tipo II e elevação da demanda energética, estimulando a atividade glicogenolítica e glicolítica. Na FASE II (~ 40% a 75% do VO2max) a oxidação de AGs em relação à oxidação de glicogênio/glicose diminui,

inibida, principalmente, pelo aumento da atividade glicolítica e, parcialmente, pelo aumento da produção e acumulação de íons H+. A partir da FASE III (> 75% VO2max), a oxidação de glicogênio/glicose e a esterificação de AGs aumentam

progressivamente e a demanda energética passa a ser suprida quase que exclusivamente pelos carboidratos (CHO).

A transição da fase I à fase II corresponde ao primeiro limiar anaeróbio (LAn1) e a transição da fase II à fase III ao segundo limiar anaeróbio (LAn2). Binder et al (2008), em particular, referem-se ao primeiro e segundo limiares como aeróbio e anaeróbio, respectivamente. Em adição, Brooks & Mercier (1994) propuseram o conceito do “crossover” da oxidação de substratos durante o exercício, afirmando que a partir de 75% do VO2max (acima do Lan2) o padrão de

oxidação de substratos é alterado, com predomínio da oxidação de CHO.

O treinamento cardiorrespiratório intervalado de alta intensidade

(high-intensity interval training, HIT), caracterizado por breves períodos de atividade

vigorosa intercalados por períodos de repouso ou de exercício de baixa intensidade (GIBALA et al, 2012), tem sido utilizado como alternativa ao treinamento cardiorespiratório tradicional (TCT), realizado de modo contínuo com intensidade submáxima, invariavelmente relacionada aos LAns, e duração

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prolongada. Estudos recentes observaram adaptações semelhantes ou superiores aquelas do TCT promovidas pelo HIT, referentes à atividade oxidativa muscular (TALANIAN et al, 2010; LITTLE et al, 2010; SCRIBBANS et al, 2014), utilização de substratos energéticos durante ou após o exercício (TALANIAN et al, 2007; PERRY et al, 2008; TALANIAN et al, 2010; SCRIBBANS et al, 2014) e função cardiovascular (MCKAY et al, 2009; GIBALA et al, 2012; ROXBURGH et al, 2014) entre outras, sugerindo potenciais implicações relacionadas à saúde de pacientes com doenças crônicas, incluindo diabetes tipo II, sobrepeso/obesidade e doença cardiovascular (GIBALA et al, 2012; KESSLER et al, 2012), além de óbvio aumento da capacidade de desempenho (ROXBURGH et al, 2014; WESTON et al, 2014).

Entretanto, a maior parte dos estudos envolvendo HIT utilizam protocolos de cicloergometria derivados do teste de Wingate (WESTON et al, 2014), com

esforços máximos repetidos. Protocolos de treinamento com estas características requerem, além de ergômetro especializado, um nível de motivação

extremamente alto dos sujeitos, e dada a natureza extrema do exercício, é

questionável se a população em geral pode adotar esse modelo de forma segura e prática (GIBALA et al, 2012).

OBJETIVOS

Os objetivos do presente estudo, neste sentido, foram: a) propor um protocolo alternativo de HIT utilizando a corrida em esteira, uma vez que a literatura apresenta diferentes protocolos de treinamento utilizando cicloergometria como modelo predominante; verificar a influência de seis sessões de HIT de corrida em esteira b) sobre as intensidades em que os limiares anaeróbios ventilatórios (LAVs) ocorrem, e c) sobre o padrão de oxidação de substratos (LIPox e CHOox) durante exercício contínuo de intensidade submáxima (ECIS, 45 minutos de corrida em esteira na intensidade do primeiro limiar anaeróbio ventilatório, LAV1). Nossas hipóteses estabelecem, após o período de intervenção, alterações nas intensidades de ocorrência dos LAVs e do padrão de oxidação de substratos durante ECIS, com aumento da oxidação e contribuição de LIP para manutenção da demanda energética.

MÉTODO

Delineamento Experimental: Todos os procedimentos foram submetidos e

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Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), e registrado no Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP; CAAE – 31998914.8.0000.0064), Ministério da Saúde, Brasil. Os sujeitos assinaram termo de consentimento de participação após concordarem com os objetivos, riscos e benefícios relacionados ao estudo. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fisiologia e Metabolismo da Universidade Cidade de São Paulo (LAPEF – UNICID).

Participaram do estudo quinze indivíduos do gênero masculino (alunos do curso de Educação Física), irregularmente ativos conforme classificação do IPAQ, assintomáticos, não fumantes e que não estavam utilizando qualquer medicamento ou ergogênico nutricional no período do estudo. Os valores médios ± erro padrão para idade, peso, estatura, percentual de gordura e VO2pico relativo

a massa corporal total dos sujeitos foram 25,8 ± 1,2 anos, 72,3 ± 1,4 kg, 175,2 ± 2,1 cm, 16,27 ± 0,92 % e 42,45 ± 1,26 ml/kg/min, respectivamente. Os sujeitos foram orientados, durante a semana anterior à realização das avaliações iniciais, a manter o padrão alimentar habitual (número de refeições diárias, tipo de alimento consumido e modo de preparo) ao longo de todo período do estudo.

Após avaliação clínica, os sujeitos foram testados para determinação do pico de consumo de oxigênio (VO2pico), velocidade de pico (Vpico) e LAVs. Após

dois dias da realização das avaliações iniciais, os sujeitos foram submetidos a ECIS para determinação das taxas absolutas de LIPox e CHOox, após período de 4hs de restrição alimentar seguido de ingestão de maltodextrina (2g/kg, solução a 6%), 30min antes do início da atividade. Subsequentemente os sujeitos realizaram seis sessões de HIT (período de treinamento) com 48h de intervalo entre sessões. Ao término do período de treinamento os sujeitos foram novamente testados para determinação do VO2pico, Vpico e LAVs, e submetidos

à novo ECIS para determinação das taxas absolutas de LIPox e CHOox, nas mesmas condições acima citadas.

Durante todas sessões experimentais a temperatura e umidade relativa do laboratório foram mantidas ao redor de 22ºC e 45-60%, respectivamente. Anteriormente à realização dos testes todos os equipamentos utilizados na aquisição, armazenamento e processamento dos sinais biológicos foram calibrados. Os sujeitos foram orientados a não realizar qualquer tipo de esforço físico extenuante, não ingerir bebidas alcoólicas e/ou estimulantes (chá, café) no dia anterior dos testes. As sessões experimentais e de treinamento foram

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realizadas entre 14:00 e 18:00 hs e apenas dois sujeitos foram submetidos aos procedimentos por dia.

Teste Máximo e Determinação dos Picos de Consumo de Oxigênio e Velocidade: Anteriormente ao teste, os sujeitos permaneceram deitados em

repouso, durante 10min, para coletas ventilatórias e registros de frequência cardíaca (FC) iniciais. O protocolo de teste consistiu em corrida em esteira (Modelo ATL, Inbrasport Ltda; Brasil), com velocidade inicial de 6km/h, seguido de incrementos de 1km/h a cada 1min até a exaustão voluntária dos sujeitos.

Os parâmetros ventilatórios foram coletados durante o repouso e continuamente ao longo dos testes, a cada ciclo respiratório, e analisados em médias de vinte segundos através de analisador de gases computadorizado (modelo VO2000; Inbrasport Ltda; Brasil). O analisador de gás foi calibrado para volume e concentração padrão de gases imediatamente antes do primeiro teste do dia e re-calibrado após cada teste, conforme padronização do fabricante. A FC foi registrada através de monitor cardíaco (modelo Sport Test; Polar Electro OY; Finlândia), continuamente ao longo dos testes. Após a exaustão foram realizados dois períodos de recuperação de 2min, com 50% e 25% da velocidade máxima atingida. Nos períodos de recuperação somente a FC foi monitorada.

Os critérios para determinação do VO2pico e exaustão foram: ocorrência de

um platô no VO2 (caracterizado por aumentos de 2ml/kg/min ou menores) e

incapacidade de manter a velocidade de corrida, respectivamente. A Vpico correspondeu à maior velocidade atingida durante o teste.

Determinação dos Limiares Anaeróbios Ventilatórios: Os limiares anaeróbios

ventilatórios foram determinados a partir dos equivalentes ventilatórios de O2

(VE/VO2) e CO2 (VE/VCO2), frações expiradas finais de O2 (FEO2) e CO2 (FECO2)

e quociente respiratório (QR), e expressos em função do VO2 (em l/min). O LAV1

correspondeu ao menor valor de VE/VO2 antes de seu aumento continuado

associado ao início do aumento abrupto e continuado do QR. O LAV2 correspondeu ao ponto em que os aumentos não lineares de VE/VO2, VE/VCO2 e FEO2 coincidiram com a queda de FECO2 (BINDER et al, 2008).

Exercício Contínuo de Intensidade Submáxima: Antes e após o período de

treinamento os sujeitos foram submetidos a 45min de ECr na intensidade do LAV1 (ECIS pré e pós-treino) após período de 4hs de restrição alimentar seguido de ingestão de maltodextrina (2g/kg, solução a 6%), 30min antes do início da atividade. A restrição alimentar e ingestão de CHO anteriormente às sessões de

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ECIS tiveram como propósito possibilitar estados metabólicos semelhantes entre sujeitos durante as sessões experimentais. Parâmetros ventilatórios foram coletados durante o repouso e continuamente ao longo dos ECIS, a cada ciclo respiratório, e analisados em médias de vinte segundos através de analisador de gases computadorizado (modelo VO2000; Inbrasport Ltda; Brasil) para determinação das taxas absolutas de LIPox e CHOox.

Oxidação de Substratos: As taxas absolutas de LIPox e CHOox foram

determinadas em blocos de 10min ao longo dos ECIS (10, 20, 30 e 40min), a partir dos valores médios de VO2 e VCO2 (l/min) correspondentes aos 2 últimos

minutos de cada bloco. As taxas absolutas de oxidação (em g/min) foram calculadas usando equações estequiométricas de FRAYN (1983), supondo insignificante a taxa de excreção de nitrogênio. A energia provida da LIPox e CHOox (LIPkc e CHOkc, respectivamente; em kcal/min) foi calculada a partir de seus respectivos equivalentes energéticos (9,75 e 3,87 kcal/g; para LIP e CHO, respectivamente).

Protocolo de HIT Durante Sessões de Treinamento: Os sujeitos realizaram seis

sessões de HIT, com 48h de intervalo entre sessões. O protocolo de HIT para corrida em esteira consistiu de dois períodos iniciais de aquecimento (2min cada, a 25% e 50% Vpico), seguidos de oito séries de 60seg a 100% Vpico por 75 seg de

recuperação passiva, mais dois períodos finais de desaquecimento (2 min cada, a 50% e 25% Vpico). Parâmetros ventilatórios e FC foram mensurados em cada

sessão de treinamento para determinação da intensidade relativa de esforço.

Tratamento Estatístico: Os resultados estão apresentados como média ± erro

padrão. A homogeneidade das variâncias foi verificada através do teste de Levene. As médias das sessões experimentais dos parâmetros ventilatórios, FC, velocidade de corrida e taxas de oxidação de substratos foram comparadas, quando adequado, através de teste t de Student ou teste de Sign para dados pareados. As intensidades relativas de esforço entre as sessões de treinamento e entre as séries de corrida ao longo do período de treinamento foram comparadas através de análise de variância de fator único, seguido de teste post hoc HSD de Tukey. O nível de significância adotado foi p<0,05. O tratamento estatístico foi realizado através do software Statistica for Windows (versão 8.0, 2007; Statsoft, Inc.; Estados Unidos).

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RESULTADOS PRELIMINARES

Testes Máximos e Intensidades de Exercício: Os valores médios absolutos no

pico de esforço e LAVs para VO2, FC e velocidade de corrida dos testes máximos

pré e pós treino estão apresentados na tabela 1. Não foram observadas diferenças significativas entre os valores absolutos no pico de esforço pré e pós de treinamento para VO2, FC e VEL.

As seis sessões de treinamento promoveram aumento das intensidades de ocorrência dos LAVs, relativas ao VO2pico, de 4,43% para LAV1 (de 48,54 ± 1,47

para 50,69 ± 1,78%, pré e pós treino, respectivamente; p = 0,23) e 8,82% para LAV2 (de 73,00 ± 1,28 para 79,44 ± 1,53%, pré e pós treino, respectivamente; p = 0,01). Foram observados aumentos discretos, porém não significativos, para FC e V nas intensidades dos LAVs, relativas ao VO2pico, após as seis sessões de

treinamento.

TABELA 1. Teste máximo: valores absolutos para parâmetros de desempenho. VO2 (ml/kg/min) FC (bpm) VEL (km/h) LAV1 PRÉ 20,44 ± 0,55 130,00 ± 3,23 7,13 ± 0,17 PÓS 20,93 ± 1,85 127,27 ± 2,75 7,33 ± 0,16 LAV2 PRÉ 30,93 ± 0,94 165,93 ± 3,84 10,67 ± 0,42 PÓS 32,81 ± 2,62 162,33 ± 3,02 11,00 ± 0,32 PICO PRÉ 42,45 ± 1,26 191,40 ± 2,90 14,93 ± 0,40 PÓS 40,58 ± 3,16 187,53 ± 2,54 15,33 ± 0,43 Valores médios ± erro padrão; n = 15. LAV1, primeiro limiar anaeróbio ventilatório; LAV2, segundo limiar anaeróbio ventilatório; MX, capacidade pico de esforço; VO2, consumo de oxigênio; FC, frequência cardíaca; VEL, velocidade de corrida. Oxidação de Substratos: Os valores médios para QR e oxidação de substratos

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TABELA 2. Oxidação de substratos entre os períodos de treinamento.

CHOox LIPox

ECIS QR (g/min) (%) (g/min) (%)

PRÉ 0,91 ± 0,01 1,71 ± 0,06 82,85 ± 1,97 0,28 ± 0,02 17,15 ± 1,97 PÓS 0,89 ± 0,01A 1,49 ± 0,05A 80,03 ±

1,56B 0,34 ± 0,02

A 19,97 ± 1,56B

∆% -2,18C -12,83C -3,40D 23,71C 16,43D

Valores médios ± erro padrão; n = 15. ECIS, exercício contínuo de intensidade submáxima; QR, quociente respiratório; CHOox, oxidação absoluta de carboidratos; LIPox, oxidação absoluta de lipídeos; ∆%, variação relativa. A indica p < 0,05 vs.

PRÉ; B indica p = 0,06 vs. PRÉ; C indica p < 0,05; D indica p = 0,06.

Após as sessões de treinamento observou-se redução da CHOox absoluta de 12,83% (de 1,71 ± 0,06 para 1,49 ± 0,05 g/min, pré e pós-treino, respectivamente; p = 0,01) e aumento da LIPox absoluta de 23,71% (0,28 ± 0,02 para 0,34 ± 0,02 g/min, pré e pós-treino, respectivamente; p = 0,04).

Em consequência, a energia relativa derivada da LIPox (figura 1) foi 20,31% maior após o período de treinamento (29,20 ± 2,48 para 35,13 ± 2,18 %kcal/min, pré e pós-treino, respectivamente; p = 0,01).

FIGURA 1. Contribuição relativa de CHO e LIP para o dispêndio calórico. Valores

médios ± erro padrão; n = 15. P < 0,05 para CHOox e LIPox entre pré e pós treino. PRÉ PÓS 50 60 70 80 90 100 C H O ox ( % k ca l/m in ) 0 10 20 30 40 50 L IP ox ( % k ca l/m in )

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Sessões de Treinamento: A Vpico média de treinamento foi de 14,93 ± 0,40 km/h.

O protocolo de HIT para corrida em esteira promoveu intensidades relativas médias correspondes a 83,78 ± 0,62 %VO2pico e 91,44 ± 0,23 %FCpico ao longo do

período de treinamento. Não foram observadas diferenças significativas entre as seis sessões de treinamento para %VO2pico e %FCpico.

Não foram observadas diferenças significativas entre as oito séries de corrida ao longo do período de treinamento para %VO2pico; entretanto a %FCpico

apresentou diferenças significativas nas comparações das séries iniciais com as séries finais (figura 3).

FIGURA 3. Intensidades de esforço relativas a frequência cardíaca pico: séries de

corrida. Valores médios ± erro padrão; n = 15. A indica p < 0,05 vs. C1; B indica p < 0,05 vs. C2; C indica p < 0,05 vs. C3.

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C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 SÉRIES 75 80 85 90 95 100 F C ( % p ic o) A, B A, B A, B, C A, B, C A, B

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