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BALANÇO PITCE 2005 BALANÇO PITCE 2005

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BALANÇO PITCE

2005

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BALANÇO PIT

CE 2005

A Política Industrial, Tecnológica e de Co-mércio Exterior - PITCE é uma realidade. Pela primeira vez em sua história, o Bra-sil tem linhas estratégicas definidas, com ações integradas, focadas e com vistas ao futuro, capazes de promover mudança do patamar da indústria nacional. Pela via da inovação e da diferenciação de produtos e serviços, a PITCE busca inserir o País nos principais mercados do mundo. Mas a contribuição da PITCE para a indús-tria nacional é ainda maior. Pela ausência de um plano de ação, há décadas o Es-tado e seus dirigentes haviam perdido a capacidade de formular e coordenar uma consistente política voltada à indústria. Como resultado, o diálogo entre o poder público e o empresariado e a capacida-de capacida-de articulação capacida-de políticas públicas ficaram fragilizadas e comprometidas. A PITCE provocou uma reengenharia insti-tucional, restabelecendo os instrumentos necessários para alavancar o desenvolvi-mento da indústria de maneira eficiente e sustentada. O tema entrou na pauta de discussão dos conselhos estratégicos e administrativos das entidades ligadas à indústria e conquistou fóruns qualificados de discussão, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial.

A PITCE também possibilitou a agilização de outros instrumentos para a indústria, como a Lei de Inovação, por quatro anos fora da pauta do Congresso Nacional, que foi votada e aprovada em tempo recorde e regulamentada em outubro de 2005. A lei permite, por exemplo, o investimento público em empresas privadas e cria

es-tímulos para que pesquisadores constitu-am empresa para desenvolver atividades relativas à inovação. Atualmente, 73% dos pesquisadores brasileiros estão em em-presas públicas e apenas 11% em empre-sas privadas. É o inverso do que aconte-ce nos países desenvolvidos, e a Lei de Inovação pode reverter essa situação. A lei será essencial para que as empresas sejam mais competitivas e capazes de agregar mais valor aos seus produtos. Destaca-se também a regulamentação da Lei de Biossegurança. A lei cria normas de segurança e mecanismos de fiscali-zação para todas as atividades relacio-nadas aos Organismos Geneticamente Modificados, reestrutura a Comissão Téc-nica Nacional de Biossegurança e cria o Conselho Nacional de Biossegurança, além de permitir pesquisas com células-tronco embrionárias.

Apesar de estar com a regulamentação em andamento, ressalta-se a sanção presidencial da “Lei do Bem”, nº 11.196, que se refere à MP 255, a “MP do Bem”. A lei representa um avanço à inovação tecnológica. Prevê benefícios fiscais para exportadores, vendedores de imóveis, compradores de microcomputadores, municípios, produtores de leite, micro e pequenas empresas, entre outros.

Cabe destacar a introdução, a partir de 2004, de um novo modelo de gestão inte-grada dos Fundos Setoriais, que se cons-titui em mecanismo inovador de estímulo ao fortalecimento do sistema de C&T na-cional. O novo modelo, a ser consolidado

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BALANÇO PIT

CE 2005 na regulamentação definitiva do Fundo

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), permitiu integrar grande parte dos investimentos dos fun-dos por meio de ações transversais ali-nhadas com as prioridades do Governo, evitando a duplicidade ou dispersão de iniciativas e assegurando maior transpa-rência e eficiência na execução dos re-cursos. A estruturação do novo modelo de gestão dos Fundos Setoriais permitiu focar na PITCE mais de 60% dos recursos disponíveis para novos investimentos dos fundos, em 2004 e 2005. Agrega-se a isso os créditos reembolsáveis estendidos a empresas pela Finep para fomentar ativi-dades de P&D. O novo modelo de gestão aumentou a eficiência na execução dos recursos dos fundos, atingindo a marca de aproximadamente 99% de execução dos recursos disponíveis em 2004, com performance similar em 2005. De modo geral, a execução dos recursos do FNDCT – compostos, fundamentalmente, por re-cursos dos Fundos Setoriais – aumentou de R$ 343 milhões em 2002 para R$ 628 milhões em 2004, atingindo em torno de R$ 800 milhões em 2005.

Em prazo recorde, apenas seis meses após a publicação da lei que a instituiu, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial já estava consolidada, articulan-do, promovendo e executando as ações previstas na PITCE. Em parceria com en-tidades representativas da iniciativa priva-da, a ABDI definiu e trabalha em dois ei-xos estratégicos de ação: o Aumento da Capacidade Inovadora das Empresas e o Fortalecimento e Expansão da Base Industrial Brasileira. Para cada um dos eixos, há um Macroprograma

Mobiliza-dor, com ações ou iniciativas capazes de arregimentar, aglutinar, organizar e pôr em movimento o potencial industrial nacional. Nesse sentido, foram criados os macro-programas Indústria Forte, para que a indústria possa atingir a meta de mudar o patamar competitivo; e o Inova Brasil, para mobilizar as empresas, as universi-dades, os institutos de pesquisa e de-senvolvimento tecnológico, as entidades empresariais, sindicatos de trabalhadores e os diversos órgãos de Estado e da so-ciedade civil com o intuito de aumentar a capacidade de inovação da economia in-dustrial brasileira, amplificando as ações que cada ente já realiza e incentivando outros a se engajarem no processo. Além dos dois Macroprogramas Mobiliza-dores, foram criados dois eixos de ações complementares ligados diretamente à Presidência da ABDI, que se constituem em dois programas. Esses programas visam atender às ações de gestão da PITCE, assim como estabelecer diálogo permanente com as instituições que de-senvolvem ações e projetos de apoio à PITCE, tanto do setor público como do privado, utilizando diferentes mecanismos e contribuindo para melhorar a eficiência e eficácia das diretrizes estabelecidas na política industrial do País. São eles, o Pro-grama de Articulação Institucional e o Programa Promoção da PITCE.

Entender a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior como um pacote desenvolvimentista é desprezar seu maior mérito, que é a perenidade. Políticas pú-blicas têm, por definição, resultados de longo prazo. No entanto, considerando as conquistas alcançadas nesses primeiros

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meses de implementação – regulamenta-ção da Lei de Inovaregulamenta-ção e da Lei de Bios-segurança e os incentivos à inovação nas empresas previstos na “Lei do Bem”, pela primeira vez de aplicação automática, sem a necessidade de aprovação prévia por alguma instância do Estado – , é

pos-A Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior objetiva induzir a mu-dança do patamar competitivo da indús-tria brasileira, rumo à maior inovação e diferenciação dos produtos, almejando competitividade internacional. A inserção externa da indústria é fator decisivo para seu desenvolvimento.

sível afirmar que a PITCE é uma realidade. Os dados a seguir apresentam mais que números. Representam uma mudança da cultura da indústria brasileira, que encam-pou a Política Industrial e, com o poder público, desenha o novo caminho para o desenvolvimento sustentado do País.

Acompanhamento da Política Industrial,

Tecnológica e de Comércio Exterior

Suas ações contemplam três planos: 1) Linhas de Ação Horizontais:

a. Inovação e Desenvolvimento Tecnológicos b. Inserção Externa c. Modernização Industrial d. Ambiente Institucional 2) Opções Estratégicas: a. Semicondutores b. Software c. Bens de Capital d. Fármacos e Medicamentos 3) Atividades Portadoras de Futuro:

a. Biotecnologia b. Nanotecnologia

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INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

TECNOLÓGICO

A “Lei do Bem”, nº 11.196, que se refere à MP 255, a “MP do Bem”, foi sanciona-da pelo Presidente sanciona-da República em 21 de novembro de 2005. Entre os principais benefícios aprovados:

I) Isenção de PIS/Pasep e Cofins para compra de máquinas e equipamentos por empresas exportadoras, que exportam 80% de sua produção;

II) Duplicação dos valores mínimos de receitas anuais auferidas pelas micro e pequenas empresas para ingresso no Simples, que passam para R$ 240 mil (microempresas) e R$ 2,4 milhões (pe-quenas);

III) Isenção do PIS/Pasep e Cofins para os fabricantes de computadores com valores de até R$ 2,5 mil. Com a medida, o preço final dos PC’s terá redução de 10%; IV) Regularização de prestadores de ser-viços que exercem suas atividades, cons-tituindo pessoas jurídicas, para recolher menos tributos e encargos sociais;

V) Cai a cobrança de IR sobre valoriza-ção de imóvel residencial que for vendi-do para a compra de outro no períovendi-do de seis meses;

VI) Regime especial de tributação com abatimento em dobro das despesas com pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias;

VII) Redução da contribuição previden-ciária dos criadores de gado de 2% para 1% sobre a receita;

VIII) Financiamento das dívidas dos mu-nicípios com o INSS em até 240 meses (hoje são 60 meses), com desconto de 50% e correção pela Selic.

Foi publicado, no Diário Oficial da União do dia 30 de dezembro de 2005, o decreto nº 5.649 de 29 de dezembro de 2005. O texto regulamenta o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empre-sas Exportadoras - Recap, que suspende a exigência da contribuição para o PIS/Pa-sep e da Cofins, instituídos pelos artigos 12 a 16 da Lei nº 11.196 (“Lei do Bem”). A partir da publicação, o Recap suspende a exigência da contribuição para o PIS/ Pasep e da Cofins incidentes sobre a re-ceita bruta decorrente da venda de bens de capital, quando adquiridos por pessoa jurídica beneficiária desse regime para in-corporação ao seu ativo imobilizado. Tam-bém fica suspensa a exigência da contri-buição para o PIS/Pasep - Importação e da Cofins - Importação incidentes sobre bens de capital importados diretamen-te por pessoa jurídica beneficiária desse regime para incorporação ao seu ativo imobilizado. Sobre a obrigatoriedade da habilitação, apenas a pessoa jurídica pre-viamente habilitada pela Receita Federal é beneficiária do Recap.

Em 2005, foram aportados R$ 755 mi-lhões para os Fundos Setoriais no ano de 2005, representando um crescimento de 20% em comparação com 2004. Em 2002,

LINHAS DE AÇÃO HORIZONTAIS

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apenas 37,3% dos recursos foram execu-tados, já em 2004, o índice de execução foi de 98,7%, representando uma evolução significativa no período de implementação da Política Industrial, Tecnológica e de Co-mércio Exterior. Dentre os recursos dispo-nibilizados para 2005, R$ 343,3 milhões representam recursos não-reembolsáveis destinados especificamente para as ações da PITCE. Em 2004, para atender 913 pro-jetos, frutos de 11 chamadas públicas e nove encomendas, os investimentos des-tinados diretamente à Política Industrial somaram R$ 243 milhões. A concessão de crédito para projetos de inovação em

empresas totalizaram, em 2005, R$ 650 milhões em recursos reembolsáveis, dos quais 80% também se destinam a projetos prioritários da PITCE. O maior beneficiário é o setor de bens de capital, com um total de 41% dos recursos.

Em 28 de dezembro de 2005, na dis-cussão das propostas dos editais e en-comendas das ações transversais dos Fundos Setoriais para 2006, o Comitê de Coordenação irá destinar R$ 184 milhões para projetos referentes à PITCE. O edital está previsto para ser lançado até o final de janeiro de 2006.

Fonte: Secretaria Executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia

Fundos Setoriais

Evolução (Autorização e Execução Orçamentária) 1999 a 2005 Autorizado Executado 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 900.000 800.000 700.000 600.000 500.000 601.908 297.787 315.994 109.380 648.653 37.240 315.447 625.540 846.227 564.262 400.000 300.000 200.000 100.000 0 134.412 593.972 755.166 747.528

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CE 2005

A Lei de Inovação Tecnológica foi regula-mentada em 11 de outubro de 2005 e é organizada em torno de três eixos: a cons-tituição de ambiente propício a parcerias estratégicas entre as universidades, insti-tutos tecnológicos e empresas; o estímu-lo à participação de institutos de ciência e tecnologia no processo de inovação; e o estímulo à inovação na empresa. Além da subvenção, a lei estabelece os dispositi-vos legais para a incubação de empresas no espaço público e a possibilidade de compartilhamento de infra-estrutura, equi-pamentos e recursos humanos, públicos e privados, para o desenvolvimento tec-nológico e a geração de produtos e

pro-cessos inovadores, e cria regras claras à participação do pesquisador público nos processos de inovação tecnológica de-senvolvidos no setor produtivo.

Aproximadamente R$ 250 milhões do or-çamento do MCT do ano de 2006 serão destinados à subvenção da inovação. Desse montante, R$ 70 milhões devem ser aplicados em subvenção ao crédito, ou seja, as empresas tomam recursos emprestados para o financiamento de programas de inovação. O restante deve ser aplicado em subvenção para projetos de pesquisa e desenvolvimento, e subven-ção para contratasubven-ção de pessoal. Cabe

Fonte: Secretaria Executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia

Fundos Setoriais

Evolução do Percentual Executado

1999 a 2005 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 48,72% 34,05% 37,20% 90,20% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 0 45,14% 98,68% 98,99% 10,00%

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CE 2005

ressaltar que a lei orçamentária de 2006 ainda está sendo discutida no Congresso Nacional e que esses valores podem ser alterados.

Em novembro de 2005, a Finep divulgou o resultado da Chamada Pública MCT/ Finep/Sebrae/Ação Transversal – Coo-peração ICT’s - MPEs – 10/2005, que se destina a apoiar projetos de inovação em pequenas empresas. Serão disponibiliza-dos R$ 27 milhões para 69 projetos, que envolvem 314 micro e pequenas empre-sas. Para a Linha 1 (R$ 15 milhões) – pro-jetos de grupos de MPE’s inseridas em APLs –, foram contemplados 30 APLs en-volvendo 35 projetos. Para a Linha 2 (R$ 5 milhões) – projetos de grupos de MPE’s atuantes em setores definidos com estra-tégicos ou como portadores de futuro pela PITCE –, foram selecionadas 31 propos-tas. E a Linha 3 (R$ 10 milhões) – projetos de encadeamento empresarial, de inova-ção e difusão tecnológica – contou com três projetos aprovados. A perspectiva da Finep, que deve ser confirmada pelo Co-mitê de Coordenação dos Fundos Seto-riais, é de que, em 2006, a financiadora e o Sebrae devem repetir a chamada públi-ca, eventualmente investindo mais recur-sos (R$ 20 milhões Finep / R$ 20 milhões Sebrae). O maior volume de recursos pre-vistos seria pela demanda ocorrida nessa primeira chamada realizada.

No âmbito do Programa Nacional de Incubadoras, do MCT, em novembro de 2005 foram aprovados 13 projetos para a Linha 1 - Projetos de redes de incuba-doras estaduais ou regionais; 11 projetos para a Linha 2 – Projetos em incubadoras ligados ao setor de energia; seis projetos

para a Linha 3 – Projetos em incubadoras em geral; e três projetos para a Linha 4 – Projetos oriundos de fundações de ampa-ro à pesquisa estaduais. A chamada pú-blica lançada em junho de 2005 aportou R$ 11,2 milhões para incentivar o fortale-cimento dos sistemas locais de inovação com ênfase em estruturação de redes de incubadoras locais e regionais, prospec-ção de projetos nas ICT’s com potencial empresarial, pré-incubação, incubação e graduação de empresas ligadas ao setor de energia e implantação de sistemas in-tegrados estaduais de desenvolvimento de empreendedorismo.

O Programa de Apoio a Pesquisas em Empresas – PAPPE, da Finep, contou, em 2005, com R$ 75,9 milhões para fi-nanciamento de 702 projetos aprovados. Desse total, foram contratados, até outu-bro de 2005, 572 projetos em 19 Estados (531 empresas envolvidas: 327 micro, 114 pequenas, 74 médias e 16 grandes). A Rede Brasil de Tecnologia – RBT, programa estratégico do MCT que visa a substituição competitiva das importações, aprovou 59 projetos, em 2003 e 2004, que geram um potencial de mercado anual para a indústria nacional de R$ 532 milhões. Em 2005, mais 45 projetos foram aprovados. No total, os projetos aprovados geram um potencial de mercado anual de aproxima-damente R$ 900 milhões. Fazem parte da RBT: 732 empresas, 816 laboratórios, 160 prestadoras de serviços e 80 instituições de apoio. Ao todo são 1.788 instituições cadastradas. Dos 26 Estados que mani-festaram interesse em implementar redes estaduais da Rede Brasil de Tecnologia, 20 já tem suas redes implantadas.

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BALANÇO PIT

CE 2005 Em 17 de novembro de 2005, a ABDI lançou

na 3ª Conferência Nacional de CT&I, em Brasília, a Iniciativa Nacional para Inova-ção – INI. O objetivo do novo mecanismo é fortalecer a interação entre as instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a indústria, a partir de um planejamento de longo prazo que mobilize a sociedade em prol do avanço industrial e tecnológico do País. A INI visa estruturar um sistema ar-ticulado de inovação, integrando os atores das esferas pública e privada em torno de políticas capazes de promover a melhoria do patamar competitivo da indústria brasi-leira. Foi criada nos moldes da National

In-novation Iniciative (Innovate America),

cria-da pelo Conselho de Competitivicria-dade dos Estados Unidos, e da iniciativa de inovação da União Européia.

O BNDES vai destinar, em 2006, R$ 1 bilhão para inovação tecnológica. O banco pretende financiar todas as “eta-pas de inovação” das empresas, desde o desenvolvimento de protótipos até a fabricação de novos produtos e a sua

co-mercialização. O BNDES conta com linha de crédito de R$ 1 bilhão para destinar a esses projetos, sendo metade para P&D e metade para a construção de fábricas que irão replicar a inovação. Já foram de-finidas condições de financiamento para dois dos três programas do “pacote de inovação”, ambos com juro fixo e spread zero. O primeiro programa de financia-mento é o Programa de Desenvolvifinancia-mento de Inovação (PDI), que contará com R$ 500 milhões para empréstimos às empre-sas que investirem em pesquisa e desen-volvimento de novas idéias. As condições de financiamento do PDI são juro fixo de 6% ao ano, spread zero e prazo de até 12 anos para pagar e participação do ban-co superior a 80%, podendo chegar a até 100%. O segundo programa, chamado de Inovação Produção (IP), irá financiar uni-dades para fabricação dos produtos com base em inovações e contará com outros R$ 500 milhões e terá seu custo corrigi-do pela TJLP (atualmente de 9% ao ano),

spread zero, mais prazos e participação

do banco semelhantes aos do PDI.

O Centro de Distribuição de Produtos Brasileiros de Miami está operando com 97 empresas. A im-plantação dos CD’s em Portugal e Alemanha está prevista para o 1º semestre de 2006. A implantação do CD nos Emirados Árabes está prevista para o 2º semestre de 2006.

O Programa Alerta Exportador, o Alerta Exporta-dor (Sistema Ampliado MERCOSUL) e o Progra-ma de Superação de Barreiras Técnicas do MER-COSUL, do Inmetro, estão em andamento.

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Redução do Imposto de Importação para Máquinas e Equipamentos sem Produção Nacional

De janeiro a junho de 2005, foram aprova-dos 608 ex-tarifários beneficiando impor-tações de US$ 1,4 bilhão e viabilizando investimentos de US$ 9,1 bilhão. Até outu-bro de 2005, 1.421 pleitos foram avaliados e 1.039 reduções tarifárias concedidas. US$ 15,1 bilhões foram investidos em re-estruturação e modernização de diversos segmentos industriais, com importantes reflexos na geração de emprego e nas exportações. Até novembro de 2005, mais 107 pleitos foram avaliados, resultando em 1.528 pleitos e 1.251 reduções tari-fárias concedidas. Foram investidos US$ 16,6 bilhões em reestruturação e moderni-zação de diversos segmentos industriais, com importantes reflexos na geração de emprego e nas exportações.

O Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado - RECOF foi implantado e mais de uma dezena de empresas foram habilitadas. O programa permite importar todos os insu-mos com suspensão de II, IPI e PIS/Co-fins; compras nacionais com a suspensão do IPI; admite a transferência de benefici-ários ou a co-habilitação de fornecedores; oferece um ano de suspensão tributária, podendo ser solicitada prorrogação por mais um ano; entre outros.

O Projeto de Extensão Industrial Ex-portadora - PEIEx teve 1.001 empresas atendidas até outubro de 2005. Noventa e duas empresas encerraram os

traba-MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL

lhos nesse mês. Em novembro de 2005, o PEIEx teve mais 122 empresas atendidas, totalizando 1.123 empresas. Cento e ses-senta e quatro empresas já encerraram seus trabalhos e espera-se atender 5.943 empresas de 31 Arranjos Produtivos Lo-cais (APL’s) até dezembro de 2006.

Para a Estruturação de APL’s, ação do Ministério da Integração Nacional, foram investidos, em 2004, aproximadamente R$ 70 milhões em 60 projetos de estru-turação de APL’s, objetivando beneficiar 45 mil pessoas. Estão sendo estruturados 70 arranjos produtivos locais, com inves-timentos de aproximadamente R$ 80 mi-lhões, visando beneficiar, no curto prazo, 65 mil pessoas.

O Programa Brasileiro de Certificação Florestal – CERFLOR, do Inmetro, ob-teve, em 28 de outubro de 2005, o reco-nhecimento internacional junto ao PEFC (Programme for Endorsement of Forest

Certification Schemes), que é o maior

fó-rum de reconhecimento de programas florestais do mundo. É importante desta-car que o Brasil é o primeiro país produtor de florestas tropicais, envolvendo nativas e plantadas, a obter o reconhecimento internacional nesse fórum. O programa conta com cerca de 882.049 ha de flores-tas plantadas certificadas.

No âmbito do MODERMAQ – Moderni-zação do Parque Industrial Nacional, programa do BNDES destinado a finan-ciar máquinas e equipamentos nacionais novos, até dezembro de 2005, teve 5.194 operações contratadas no valor de R$ 2,2

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BALANÇO PIT

CE 2005 bilhões. Desse total, 22,9% foram

des-tinados para o setor de construção, to-talizando 1.197 operações no valor de R$ 522 milhões; 25% foram para o setor de alimentos e bebidas, resultando em 1.142 operações no valor de R$ 572 mi-lhões; 5,4% para o setor de transporte terrestre em 474 operações, resultando em R$ 124 milhões; 5,3% e 243 opera-ções no valor de R$ 122 milhões para o setor de borracha e plástico; 5,1% para indústrias extrativas resultando em 280 operações no valor de R$ 117 milhões; 4,9% para o setor automotivo, num total de 174 operações no valor de R$ 110 milhões; e 31,2% e 1.684 operações para outros setores. O MODERMAQ pre-vê taxas de juros fixas de até 13,95% ao ano. O prazo de financiamento é de até 60 meses (com carência de três ou seis

meses), financiando até 90% do bem a ser adquirido.

Entre janeiro e agosto de 2005, o BNDES desembolsou R$ 6,6 bilhões para o FINA-ME e Cartão BNDES, linhas de financia-mento do banco, ou seja, um crescimen-to de quase 70% em comparação com o mesmo período de 2004. Os desembolsos do BNDES até outubro de 2005 apresen-taram crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2004, atingindo R$ 33,9 bilhões. As liberações para a indús-tria são responsáveis por boa parte desse crescimento e somaram R$ 15,9 bilhões, superando em 41% os R$ 9,7 bilhões de igual período de 2004. Vale destacar o se-tor de exportação, que soma US$ 3,5 bi-lhões, de janeiro a outubro de 2005, o que representou um incremento de 31%.

Na 6ª Reunião Ordinária do CNDI - Con-selho Nacional de Desenvolvimento Industrial, realizada no dia 7 de dezem-bro de 2005, foi apresentada, pelo Mi-nistro das Comunicações, uma propos-ta para a implemenpropos-tação do Projeto TV Digital com exposição da atual situação do País sobre o tema. Foi apresentado também um balanço das atividades do CNDI desde sua primeira reunião, po-dendo-se constatar que 30 temas/pro-jetos da PITCE foram tratados na pauta, com os devidos encaminhamentos. Tam-bém foi apresentada uma proposta para Simplificação do Processo de Registro e Legalização de Empresas, que visa desburocratizar o processo atual,

bene-AMBIENTE INSTITUCIONAL

ficiando diretamente as empresas infor-mais e aumentando assim a competitivi-dade da economia brasileira. Foi ainda apresentado um diagnóstico do setor de eletrônicos e semicondutores no Brasil, com proposta de um Plano Nacional de Microeletrônica. Foi também aprovada a proposta de trabalho para a Iniciativa Na-cional de Inovação – INI. Ainda na última reunião, a ABDI lançou a idéia de articu-lar um amplo movimento pró-inovação. Para tomar um exemplo conhecido, seria, guardadas todas as proporções, similar ao movimento pela qualidade sustenta-do pelo PBQP – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade. Ou seja, arti-cularia ações de diversos órgãos,

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públi-BALANÇO PIT

CE 2005

cos e privados, num amplo movimento para difundir a cultura da inovação, en-volvendo inclusive o sistema educacio-nal, visando estimular o aumento da taxa de inovação na indústria brasileira. Desde agosto, a instalação física da ABDI foi finalizada, o planejamento estratégi-co e a definição da programação foram concluídos e a contratação de pessoal está em curso (em torno de 50 pessoas já foram contratadas, entre efetivos para projetos, cargos comissionados e esta-giários). A programação da ABDI se fun-damenta em dois Macroprogramas Mobi-lizadores, a saber: Indústria Forte e Inova Brasil; e em dois eixos complementares: Articulação Institucional e Promoção da PITCE. Entre os projetos, destacam-se: Planos de Desenvolvimento Setoriais; Encontros Nacionais de Inovação; Guia Eletrônico da Inovação; Iniciativa Nacio-nal de Biotecnologia e Fármacos; Linhas de Financiamento para Temas Estraté-gicos e Portadores de Futuro; Acompa-nhamento da Execução da PITCE. O Fórum de Secretários Ministeriais de apoio à PITCE, organizado pela ABDI com o objetivo de organizar as ações da PITCE que requerem uma interação interministerial, teve a primeira reunião realizada em 21 de novembro de 2005 e a segunda reunião em 19 de dezembro de 2005. Foram definidos os Grupos de Trabalho de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação e Comunica-ção, Política de Biotecnologia e Fárma-cos, Política de Energias Renováveis, Compras Governamentais e Institutos Públicos, Privados e Organizações de Pesquisa. Também foram discutidas as

prioridades para estruturação do plano executivo dos trabalhos a serem realiza-dos ao longo de 2006, visando a reso-lução de pendências que dependem de ações do Governo.

Durante os meses de julho, agosto e se-tembro, deu-se andamento à negociação formal para a obtenção das condições legais necessárias à reestruturação do INPI – Instituto Nacional da Proprie-dade Intelectual. Dentre as realizações de 2005, merecem destaque a assina-tura do contrato com o Escritório Euro-peu de Patentes, para acesso ao sistema “EPOQUE”, que possibilitará aumento de produtividade e liberação de espaço físico, a entrada em operação da “Revis-ta Eletrônica da Propriedade Industrial” e a implantação do sistema de ouvidoria do INPI. O convênio com a CAPES tor-nará possível o acesso via internet aos principais periódicos científicos e tec-nológicos do mundo, enriquecendo o processo de exame de patentes. O novo sistema de processamento de marcas foi projetado pelo SERPRO (validação em curso), e iniciou-se o desenho do novo sistema de patentes. Os novos sistemas deverão permitir a eliminação total do manuseio de papéis no INPI e tornarão mais ágeis (em alguns casos totalmente automáticos) várias etapas dos proces-sos, assim como tornarão mais simples o seu acompanhamento pelos clientes do INPI. Como metas, espera-se a redu-ção do tempo de espera pela concessão de patentes e pelo registro de marcas, o aumento da qualidade dos exames, a disseminação da cultura de PI e aumen-to da demanda pelos serviços do INPI originada em empresas brasileiras.

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BALANÇO PIT

CE 2005

SEMICONDUTORES

A minuta de decreto que regulamenta a Lei de Informática foi debatida pelos órgãos competentes (MDIC, MCT, MPOG, MF e Su-frama). Devem ser publicados dois decre-tos: um para regulamentar a Lei nº 8.248, de 1991, e outro para regulamentar a Lei nº 8.387, de 1991, esta referente à Zona Franca de Manaus. Os principais benefici-ários são as empresas produtoras de bens e serviços de informática no País; centros e institutos de pesquisa e desenvolvimento do Brasil; e universidades, faculdades e es-colas técnicas do País. A regulamentação está pendente, mas, como resultado, regis-trou-se, em 2005, 181 instituições de ensi-no e pesquisa credenciadas pelo CATI, 267 empresas produtoras de bens e serviços de informática que investem em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecno-logia da informação e 4.500 pesquisado-res envolvidos em atividades de P&D em Tecnologia da Informação nas empresas e Instituições de Ensino e Pesquisa. A Lei de Informática concede incentivo fiscal às em-presas que investem em P&D no País, lo-calizadas fora da Zona Franca de Manaus, mediante o desconto no recolhimento do IPI referente ao produto a ser fabricado no Brasil. As empresas incentivadas pela lei devem reverter o déficit comercial da or-dem de US$ 2 bilhões para um superávit de US$ 70 milhões; realizaram distribui-ção de lucros entre seus funcionários de R$ 250 milhões nos últimos três anos. Os investimentos em P&D acumulados entre 2003 e 2005 foram da ordem de R$ 1,3 mi-lhões, o que representou cerca de 4% do faturamento das empresas do setor.

SOFTWARE

O PROSOFT – Programa para o Desen-volvimento a Indústria Nacional de Sof-tware e Serviços Correlatos, programa do BNDES, tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da indústria na-cional de software e serviços correlatos, de forma a ampliar significativamente a participação das empresas nacionais no mercado interno, promover o crescimento de suas exportações, fortalecer o processo de P&D e inovação no setor de software, promover o crescimento e a internacionali-zação das empresas nacionais de software e serviços correlatos, promover a difusão e a crescente utilização de software nacional por todas as empresas sediadas no País e no exterior e fomentar a melhoria da qua-lidade e a certificação de produtos e pro-cessos associados ao software. O PRO-SOFT financia investimentos e planos de negócios de empresas sediadas no Brasil, bem como a comercialização no mercado interno e as exportações de softwares e serviços correlatos, por meio dos sub-pro-gramas Empresa, PROSOFT-Comercialização e PROSOFT-Exportação. Existem, no âmbito do PROSOFT, até de-zembro de 2005, 69 operações em cartei-ra que correspondem a um montante de financiamento de R$ 289 milhões.

O Cartão BNDES acumulou, de março de 2003 a dezembro de 2005, 210 operações relativas a software, com financiamentos da ordem de R$ 3,2 milhões. No total ge-ral relativo ao setor de software foram con-tratadas 279 operações até dezembro de 2005, no valor de R$ 293 milhões.

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BALANÇO PIT

CE 2005

No Diário Oficial da União, de 7 de de-zembro de 2005, foi publicado o decreto que regulamenta o Programa de Inclu-são Digital instituído pela Lei nº 11.196, a “Lei do Bem”, de 21 de novembro de 2005, resultado da aprovação da MP 255. O decreto define os valores máximos de isenção da contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS incidentes sobre a recei-ta brurecei-ta decorrente da venda, no varejo, de computadores. Para a venda exclusi-va de unidades de processamento digital (CPU), o limite estabelecido é de R$ 2 mil. No caso dos laptops, esse valor é de R$ 3 mil. Para a venda do computador com-pleto – incluindo CPU, monitor, teclado e mouse –, o preço limite é de R$ 2,5 mil. Os principais beneficiários das contrata-ções de projetos de P,D&I em Tecnolo-gia da Informação, financiados com os recursos do FNDCT (aportados pelo CT-Info), são as comunidades acadêmica e empresarial. Em 2003, 199 projetos e R$ 25,8 milhões foram executados. Em 2004, 258 projetos foram contratados e R$ 8,1 milhões executados. Em 2005, 138 proje-tos foram contratados e R$ 17,2 milhões executados. As ações empreendidas no âmbito dos Programas de Fomento em Tecnologia da Informação têm propiciado a articulação entre os projetos originários da comunidade acadêmica com aqueles procedentes da área empresarial, além de permitir a conciliação dos projetos com as prioridades da política tecnológica e industrial do setor de Tecnologia da Infor-mação no País.

Os Telecentros de Informação e Negó-cios, iniciativa do MDIC, têm como obje-tivo inserir a microempresa e a empresa de pequeno porte na sociedade da

infor-mação, por meio do acesso às novas tec-nologias da informação e comunicação (TIC), além de criar oportunidade de ne-gócios e trabalho que induzam ao cresci-mento na produção e geração de empre-go e renda. É um ambiente voltado para a oferta de cursos e treinamentos presen-ciais e à distância, informações, serviços e oportunidades de negócios visando o fortalecimento das condições de compe-titividade da microempresa e da empresa de pequeno porte e o estímulo à criação de novos empreendimentos. Serve como um instrumento para aproximar os empre-sários, as instituições públicas e privadas, as organizações não-governamentais e a sociedade em geral. Até dezembro de 2005, 866 Telecentros estavam em opera-ção. Além disso, 1.616 telecentros foram habilitados em 2005. A meta é habilitar mais 200 telecentros até abril de 2006. BENS DE CAPITAL

A política de Desoneração do IPI para Máquinas e Equipamentos teve início em 2004. A partir do Decreto nº 5.468, de 15 de junho de 2005, e com 18 meses de antecedência em relação ao inicialmente previsto, foram reduzidas a zero as alíquo-tas do IPI para bens de capital.

FÁRMACOS E MEDICAMENTOS

O Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência e Tecnologia começaram a dis-cutir, em dezembro de 2005, a avaliação dos resultados da chamada pública para capacitar instituições científicas e tec-nológicas para integrarem a Rede Mul-ticêntrica de Avaliação de Implantes Ortopédicos – Remato. Essa chamada

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BALANÇO PIT

CE 2005 teve como objetivos fortalecer a

infra-es-trutura laboratorial para a avaliação de implantes ortopédicos, de acordo com as exigências estabelecidas pela legislação sanitária vigente; desenvolver novos pro-cedimentos, dispositivos e/ou metodolo-gias de ensaios de avaliação de implantes ortopédicos; capacitar recursos humanos para avaliação de implantes ortopédicos; ampliar o conhecimento sobre a qualida-de qualida-de implantes ortopédicos utilizados no País; e contribuir para o desenvolvimento de normas técnicas de interesse para a classe de produtos implantes ortopédicos, compreendendo normas de classificação, de especificação, de métodos de ensaio, de procedimentos, de padronização, de simbologia e de terminologia. O total de recursos disponibilizados para essa cha-mada foi de R$ 7,2 milhões, sendo até R$ 3,6 milhões oriundos do Fundo Setorial de Saúde – CT-SAÚDE e R$ 3,6 milhões do Fundo Nacional de Saúde – FNS. A Empresa Brasileira de Hemoderi-vados e Biotecnologia – Hemobrás foi criada pela Lei nº 10.972, de 2 de dezem-bro de 2004, e teve seu estatuto aprovado pelo Decreto nº 5.402, de 28 de março de 2005. O Decreto nº 5.606, de 6 de dezem-bro de 2005, aprovou o Programa de Dis-pêndios Globais para 2005 da Hemobrás, que será vinculada ao Ministério da Saúde e será responsável por:

• Captar, armazenar e transportar plasma para fins de fracionamento;

• Avaliar a qualidade do serviço e do plas-ma a ser fracionado por ela;

• Fracionar o plasma ou produtos inter-mediários (pastas) para produzir hemo-derivados;

• Distribuir hemoderivados;

• Desenvolver programas de intercâmbio com órgãos ou entidades nacionais e estrangeiras;

• Desenvolver programas de pesquisa e desenvolvimento na área de hemoderi-vados e de produtos obtidos por biotec-nologia, incluindo reagentes, na área de hemoterapia;

• Criar e manter estrutura de garantia da qualidade das matérias primas, proces-sos, serviços e produtos;

• Fabricar produtos biológicos e reagen-tes obtidos por engenharia genética ou por processos biotecnológicos na área de hemoterapia;

• Celebrar contratos e convênios com ór-gãos nacionais da administração direta ou indireta, empresas privadas e com órgãos internacionais, para prestação de serviços técnicos especializados; • Formar, treinar e aperfeiçoar pessoal

ne-cessário às suas atividades;

• Exercer outras atividades inerentes às suas finalidades.

O Programa de Apoio ao Desenvolvi-mento da Cadeia Produtiva Farmacêu-tica - PROFARMA, programa do BNDES, tem como objetivos incentivar o aumen-to, de forma competitiva, da produção de medicamentos para uso humano e seus insumos no País; apoiar os investimentos das empresas para adequação às exi-gências do órgão regulatório nacional, a ANVISA, colaborando para a melhoria da saúde e da qualidade de vida da popu-lação brasileira; contribuir para a redução do déficit comercial dessa cadeia produ-tiva; estimular a realização de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no País; fortalecer a posição da empresa

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BALANÇO PIT

CE 2005

nacional nos aspectos econômicos, finan-ceiro, comercial e tecnológico. O PRO-FARMA financia investimentos, em terri-tório nacional, de empresas sediadas no Brasil, voltados para a reestruturação da indústria farmacêutica, por meio dos sub-programas: Profarma – Produção, Profar-ma – PD&I e ProfarProfar-ma – Fortalecimento

das Empresas de Controle Nacional. O Profarma - Produção abarca 80% da car-teira, enquanto o Profarma - PD&I recebe os restantes 20%. Até dezembro de 2005, as operações em carteira do PROFARMA totalizaram R$ 928,4 milhões em financia-mentos, que viabilizaram um investimento total de R$ 1,78 bilhão.

BIOTECNOLOGIA

A ABDI lançou, no Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, em 28 de outu-bro de 2005, a Iniciativa Nacional de Bio-tecnologia, Fármacos e Medicamentos. Fármacos e medicamentos é um setor estratégico da PITCE, mas estreitamente vinculado à biotecnologia, que apresenta interface com várias outras áreas, como, por exemplo, química, negócios ambien-tais e agronegócios. A Iniciativa em Bio-tecnologia trabalhará com projetos vincu-lados a quatro grandes temas:

• Parques tecnológicos com foco em bio-tecnologia;

• Centros de referência em pesquisa, de-senvolvimento e inovação;

• P&D em biotecnologia na Amazônia; • Fundos de financiamento.

Com esse programa, a ABDI pretende estimular o aumento do investimento pri-vado em produtos e processos biotecno-lógicos inovadores e aumentar o porte e competitividade das empresas brasileiras. Um outro objetivo é fomentar o desenvol-vimento de centros de competência, na

forma de pólos e parques tecnológicos dedicados à área ou centros de P&D mul-tifuncionais. A iniciativa também deverá fomentar a incubação e lançamento no mercado de empresas de base tecnoló-gica, promover a criação e/ou divulgação de mecanismos de investimento, como capital semente e venture capital, e regu-latórios. Em especial, deverá mobilizar os atores — empresas, academia e governo — para melhorar os marcos regulatórios e institucionais relacionados à área de propriedade intelectual.

A Lei de Biossegurança foi regulamenta-da. Foi publicado em 23 de novembro de 2005, no Diário Oficial da União, o Decreto regulamentador da Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/05). A lei cria normas de segurança e mecanismos de fiscalização para todas as atividades relacionadas aos Organismos Geneticamente Modificados (OGM), reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e cria o Conselho Nacional de Biossegu-rança (CNBS), além de permitir pesquisas com células-tronco embrionárias. Com a publicação do decreto será possível re-constituir a comissão, que teve sua

com-ATIVIDADES PORTADORAS DE FUTURO

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BALANÇO PIT

CE 2005 posição ampliada de 18 para 27 membros

titulares, todos com suplentes.

Aproveitar racionalmente, de modo ecolo-gicamente correto, os recursos da biodi-versidade amazônica é hoje uma realidade em desenvolvimento, graças ao Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA, uma iniciativa que integra as ações da PITCE. O CBA conta com uma área construída de 12 mil m², apta para receber 25 laborató-rios, quatro unidades de apoio industrial e duas estruturas de apoio tecnológico. Bol-sistas já foram contratados, equipamentos adquiridos e instalados e obras realizadas. Onze laboratórios já estão instalados. Em 22 de dezembro de 2005, foi constituída a Associação de Biotecnologia da Ama-zônia – ABA, que será a entidade gestora do CBA. Os R$ 5,2 milhões previstos para o CBA, em 2005, foram liberados.

NANOTECNOLOGIA

Como resultado, nas ações de Nano-tecnologia, registrou-se o apoio da Fi-nep, CNPq e Inmetro a dez novas redes de pesquisa; 19 projetos de pesquisa apoiados e conduzidos por jovens pes-quisadores; nove projetos apoiados para pesquisa participativa com empresas; substancial apoio a laboratórios nacio-nais; (Luz Síncrotron e Inmetro); apoio a três laboratórios estratégicos em nanotec-nologia (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF, Embrapa Instrumentação e Centro Estratégico de Tecnologia do Nordeste – CETENE); e apoio a incuba-doras em nanotecnologia. No âmbito da Cooperação Internacional, destacam-se cinco projetos apoiados com a França e

a perspectiva da assinatura do Protocolo de Intenções entre Brasil e Argentina para a criação do Centro Bilateral de Nanotec-nologia.

BIOMASSA / ENERGIAS RENOVÁVEIS O Programa do Biodiesel está em anda-mento. Foi fechado acordo da Petrobras com a congênere da Venezuela para en-viar álcool e receber produtos de petróleo. Já iniciou-se a exportação de etanol para a Venezuela e lotes piloto de exportação de etanol para o Japão. Foi realizado lei-lão, pela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis - ANP, para aquisição de biodiesel pelas distribuidoras, para adicio-nar ao diesel mineral. Com o valor obtido (acima do preço do diesel mineral), foi possível antecipar a obrigatoriedade de adição do biodiesel ao diesel. Essa obri-gatoriedade era prevista, anteriormente, somente para 2008.

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