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Maringá, 22 de Novembro de 2016 Olericultura Orgânica

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Maringá, 22 de Novembro de 2016 Olericultura Orgânica

Alberto Feiden

Pesquisador A - Embrapa Pantanal

Professor Permanente do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Rural Sustentável – UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon

alberto.feiden@embrapa.br www.cpap.embrapa.br

(2)

Agroecologia ou

Agricultura

Orgânica

• Agroecologia: É uma Ciência em Construção. • Agricultura Orgânica: É um Sistema de Produção, definido e normatizado socialmente

(3)

Agroecologia

CONTRA

Agricultura

Orgânica

• Esta é uma briga que não é

nossa.

• Nos Estados Unidos há uma

Agricultura Orgânica

Industrial que realmente não é Ecológica.

• Felizmente no Brasil, a

Agricultura Orgânica

simplesmente de Substituição de Insumos não tem futuro.

(4)

AGRICULTURA ORGANICA

CERTIFICADA

• Agricultura Orgânica de

substituição de insumos:

atende às normas mínimas de produção sem mudar a lógica de produção.

Orgânico = Insumos Orgânicos.

• Agricultura Orgânica em

bases Agroecológicas:

– Adota a lógica e os princípios agroecológicos no processo de produção.

Orgânico = Unidade de produção como organismo.

(5)

Um Princípio Agroecológico Geral

• Quanto mais um

Agroecossistema se parecer, quanto à estrutura e função ao ecossistema original da região biogeográfica em que se encontra, maior será a probabilidade que este Agroecossistema seja Sustentável.

(6)

Manejo do solo com enfoque no

Agroecossistema

• Nossa intervenção nos

ecossistemas deve se caracterizar por dois princípios:

– A intervenção numa

determinada gleba não deve causar impacto no seu

entorno.

– A área sob intervenção deve

ser produtiva e continuar produtiva ao longo do tempo.

(7)

Manejo do solo com enfoque no

Agroecossistema

• O enfoque deixa de ser

apenas uma cultura, mas sim o agroecossistema, e sua sustentabilidade a curto, médio e longo prazo.

(8)

Manejo do solo com enfoque no

Agroecossistema

• Também o objetivo

deixa de ser a

obtenção de

produtividade máxima

de uma cultura, e sim

a

produtividade ótima

e constante do sistema

ao longo do tempo.

(9)

Manejo do solo com enfoque no

Agroecossistema

• Abordagens com relação

às limitações dos agroecossistemas à produção: – Abordagem Convencional: Corrigir as limitações. – Abordagem Agroecológica: Conviver, na medida do possível, com as limitações.

(10)

Será?

• Abordagens com relação às

limitações dos agroecossistemas à produção:

– Abordagem Convencional: Corrigir as limitações.

– Abordagem Agroecológica: Conviver, na medida do possível, com as limitações.

Na verdade estamos modificando completamente as condições de solo, só que de forma

gradual e com processos biológicos.

(11)

Manejo Ecológico do Solo.

• Considera-se

o

solo

como

um

espaço

habitado por milhares de

organismos,

com

infindáveis

interações

entre

si

e

com

os

componentes não vivos,

comportando-se

como

um

componente

vivo

dentro do ecossistema,

afetando

e

sendo

diretamente

afetado

pelas praticas culturais

utilizadas.

(12)

Manejo Ecológico do Solo.

• Procura-se

potencializar

as

interações e processos

,

com

o

objetivo

de

otimizar os fluxos de

nutrientes, reduzir suas

perdas, e melhorar as

condições

ambientais

para

ativar

os

mecanismos

de

autocontrole

de

populações.

(13)

Fertilidade do Solo

• Status de um solo com

respeito à sua

capacidade de suprir

os nutrientes

essenciais ao

desenvolvimento das

plantas.

» (Vocabulário de Ciência do Solo -Curi et al. 1993)

(14)
(15)

Fertilidade do Solo

• Componentes químicos.

• Componentes físicos.

(16)

Componentes Químicos da

Fertilidade do Solo

• Reação do solo.

• Disponibilidade de nutrientes.

• Presença de elementos tóxicos.

(17)

Componentes Físicos da

Fertilidade do Solo

Estrutura.

Profundidade Efetiva.

Impedimentos à

penetração das Raízes.

Porosidade (Macro / Micro

- H2 O / O2 ).

(18)

Componentes

Biológicos da

Fertilidade do Solo

• Organismos do Solo: – Microrganismos – Fauna do Solo. – Vegetação. • Características: – Quantidade. – Diversidade. – Atividade. – Funções Ecológicas.

(19)

MANEJO ECOLÓGICO DA SUPERFÍCIE

DO SOLO

• Redução ou eliminação da

movimentação do solo.

• Manter a superfície do solo

coberta pelo maior tempo possível.

• Manejo da cobertura do

solo (plantas espontâneas; culturas de cobertura;

(20)

MANEJO ECOLÓGICO DA SUPERFÍCIE DO

SOLO

• Rotação ou associação

com espécies de raízes

agressivas.

• Práticas de redução do

escorrimento (físicas

ou biológicas).

• Adições de matéria

orgânica.

(21)

Práticas Agroecológicas –

Adubação Verde

• Em précultivo

-Limitação: Áreas pequenas com uso

intensivo, normalmente não tem espaço para fazer o cultivo anterior.

• Em consórcio: Limitação: desconhecimento da

compatibilidade entre espécies e do manejo.

(22)

Práticas Agroecológicas –

Adubação Verde

• Uso de leguminosas

arbustivas para formação de barreiras- Limitação: Desconhecimento da técnica. • Uso de leguminosas arbóreas para sombreamento, quebra-ventos e fornecimento de nitrogênio: Limitação: Desconhecimento da técnica.

(23)

Práticas Agroecológicas –

Cobertura do solo

• Cobertura Morta

-Limitação:

Disponibilidade de material para fazer a cobertura.

Resistência dos Agricultores. • Cobertura viva: Limitação: desconhecimento de espécies adequadas.

(24)

Práticas Agroecológicas –

Compostagem

Limitação: Exige muita força de trabalho para

fazer a montagem da pilha e para fazer as misturas.

Limitação: Em algumas regiões é difícil conseguir esterco para fazer o

composto.

• Os agricultores de

maneira geral tem feito composto em pequenas quantidades,

principalmente produção de substrato para mudas.

(25)

Práticas Agroecológicas – Alternativas para Compostagem • Vermicompostagem: Elimina necessidade de revolvimento. Limitação: Exige pré-compostagem e desconhecimento da técnica. • Compostagem Vegetal:

Substituição do esterco por leguminosas com alta

relação C/N. Limitação: Desconhecimento da

técnica e mesma

necessidade de trabalho do sistema convencional.

(26)

Práticas Agroecológicas – Plantio Direto de Hortaliças

• É o cultivo das hortaliças

por mudas sobre

cobertura morta ou viva do canteiro. Deixa de

haver o revolvimento do solo e a montagem do canteiro a cada plantio. Exige um grossa camada de palha de cobertura

onde apenas é feito o

berço para o plantio das mudas.

Limitação: Falta de

conhecimento da técnica e descrença dos agricultores. Em algumas condições

(27)

Práticas Agroecológicas – Alternativas para Compostagem

• Compostagem Laminar:

É a montagem do composto direto no

canteiro, com camadas de esterco e camadas de

palha. Elimina necessidade de

revolvimento. Limitação: Desconhecimento da

técnica e exige que o agricultor já pratique o

(28)

Práticas Agroecológicas – Bokashi

• Bokashi: Extremamente

eficiente, tem sido usado regularmente pelos

agricultores do MS.

Limitação: Usavam farelo de soja, que todo ele é

transgênico e foi proibido pelo MAPA. É preciso

encontrar outra fonte proteica.

(29)

Práticas Agroecológicas – Biofertilizantes Líquidos

• Urina de vaca,

Supermagro,

Supervairo, Agrobio, EM: Tem sido usado regularmente pelos agricultores do MS.Limitação: Dificuldade de fazer, controle de qualidade. • Necessidade de criar unidades de produção dos insumos, com

(30)

MANEJO DOS PROCESSOS DE IMOBILIZAÇÃO -MINERALIZAÇÃO

• Imobilização:

– Por microrganismos, fauna, plantas

cultivadas e espontâneas – Mantêm os nutrientes no ecossistema • Mineralização: – Disponibiliza os nutrientes às culturas • Sincronização:

– Imobilizar os nutrientes quando

não há cultura e coloca-os à disposição quando forem necessários.

(31)

ORGANISMOS IMPORTANTES NO

PROCESSO DE CICLAGEM

Culturas (comerciais e de manejo).

Fauna Edáfica.

Vegetação Espontânea ou Adventícia.

Fixadores de Nitrogênio (Endofíticos, Simbióticos, Rizosféricos e de Vida livre).

Fungos Micorrizicos.

Solubilizadores de Fósforo.

Promotores de crescimento.

Actinomicetos produtores de Antibióticos.

Microrganismos dos ciclos do enxofre e ferro.

(32)

Manejo dos Nutrientes

• Adubação Orgânica: – Estercos. – Compostos. – Resíduos de culturas. – Resíduos industriais “limpos”. – Farinha de ossos. – Biofertilizantes líquidos enriquecidos.

(33)

Manejo dos Nutrientes

• Correção do Solo: – Calcário (doses parceladas). – Gesso agrícola – Termofosfato. – Matéria orgânica.

(34)

MANEJO DAS PLANTAS

ESPONTÂNEAS

• Qual é a função ecológica de

cada espécie? – de absorção de nutrientes. – Capacidade de recuperação de nutrientes a diferentes profundidades. – Capacidade de fixação de nitrogênio. – Estimulo a micorrizas.

– Outras interações positivas

(35)

MANEJO DAS PLANTAS

ESPONTÂNEAS

• Formas de controle: – Cobertura do solo (alelopatia): • Cobertura viva. • Cobertura morta.

– Não revolvimento do solo. – Controle mecânico.

– Controle térmico. – Controle seletivo.

(36)

O que são Pragas e Doenças?

• Porque Controlar? • Como Controlar? • Quando Controlar?

(37)

Funcionamento dos Ecossistemas

Mecanismos de Regulação de Populações

• Adaptações ao ambiente. • Predação. • Interferência. • Mutualismo. • Competição: – Interespecífica – Intraespecífica.

(38)

Cadeia trófica no agroecossistema

Couve  besouro-lagarta-pulgão  parasitóides  hiperparasitóides  predadores

1º Nível trófico: plantas cultivadas

2º Nível trófico: insetos herbívoros/fitófagos  pragas 3º ao 5º Nível trófico: organismos entomófagos (“inimigos naturais”)

(39)
(40)

Dinâmica de Populações

• FATORES INTRÍNSECOS QUE DETERMINAM O

TAMANHO DA POPULAÇÃO EM AMBIENTE NATURAL

– potencial biótico,

– taxa de reprodução, – longevidade,

– habilidade de migrar,

– capacidade de adaptação a novos hábitats, – mecanismos de defesa,

– habilidade de tolerar condições adversas, – etc.

(41)

Conceito agroecológico de manejo

de populações

• Numa agricultura em base agroecológica desaparece o conceito de controle de pragas e doenças.

• Surge o conceito de convivência.

• Conviver é reconhecer que todos os organismos são

importantes para que os ciclos biológicos se completem normalmente.

(42)

Inimigos Naturais: Predadores

f d F o to : E . L . A g u iar -M e n e z e s b F o to : E . L . A g u iar -M e n e z e s

(43)

Inimigos Naturais: Predadores

a F o to : E . L . A g u iar -M e n e z e s e F o to : E m b ra p a S o ja c F o to : E . L . A g u iar -M e n e z e s

(44)

Inimigos Naturais: Parasitas

b F o to : E . L . A g u iar -M e n e z e s F o to : E m b ra p a S o ja a F o to : E . L . A g u iar -M e n e z e s e f F o to : E . L . A g u iar -M e n e z e s c F o to : IA A / P lan a lsuca r d F o to : J. L o tz , Di vi. P lan t In d .

(45)
(46)

Inimigos Naturais: Patógenos

F o to : E m b ra p a S o ja b

(47)

Conceito de Desequilíbrio

• A proliferação exagerada de

de um determinado

organismo (fungos, bactérias, artrópodes, etc.) é um sinal de desequilíbrio.

• Deve-se procurar conhecer a

causa do distúrbio e corrigi-lo.

• O uso de controle pontual

alternativo é a exceção e não a regra.

(48)

Reequilibro do sistema

• A base fundamental para o

manejo de desequilíbrios

biológicos é o reestabelecimento da saúde do agroecossistema:

– Eliminação dos agrotóxicos e adubos

minerais solúveis (Trofobiose).

– Reestabelecimento da saúde do solo, – Uso de recursos genéticos adaptados, – Reestabelecimento da diversidade vegetal, – Incremento do controle biológico natural.

(49)
(50)

Controle de Pragas e Doenças

Através do

Uso da Biodiversidade

Consórcios de Culturas:

Tem o objetivo de quebrar a monocultura e aumentar a diversidade de organismos associados às culturas.

(51)

Controle de Pragas e Doenças

Através do

Uso da Biodiversidade

Consórcios de Culturas

com Adubos Verdes:

Além de quebrar a monocultura e fornecer nutrientes

aumentam a diversidade de organismos associados às culturas.

(52)

COUVE – MUCUNA ANÃ

(53)

Elen Menezes

(2004)

(54)

Controle de Pragas e Doenças

Através do

Uso da Biodiversidade

Inclusão de flores nos

sistemas das hortas:

Tem alta capacidade de atrair

insetos de todos os tipos,

aumentam a diversidade. O polem serve de alimento a uma grande quantidade de inimigos naturais em

(55)

Controle de Pragas e Doenças

Através do

Uso da Biodiversidade

Inclusão de Plantas

medicinais e aromáticas

nos sistemas das hortas:

Funcionam como atrativo e repelentes de pragas e

doenças. Além disso podem ser usados para fabricação de caldas e controle e podem ter valor comercial.

(56)

Controle de Pragas e Doenças

Através do

Uso da Biodiversidade

Desenho Agroecológico:

Divisão da área de horta com espécies arbustivas ou

arbóreas, formando pequenas áreas isoladas, que dificultam o transito de pragas e

inóculos de doenças, além de criarem microclima favorável as culturas.

(57)

Controle Pontual de Pragas e Doenças

Utilização de Caldas Alternativas

Produtos Comerciais: Dipel e similares, Óleo de Nim, EM.

Produtos que podem ser feitos pelos agricultores com alguma estrutura: Calda Bordalesa, Sulfocálcica, Viçosa.

Caldas Caseiras: Fumo,

pimenta, cravo de defunto, etc.

Uso de Medicamentos Homeopáticos.

(58)
(59)

Visite o site da

Embrapa Pantanal:

(60)

Visite o site da

Embrapa Pantanal:

http://www.cpap.embrapa.br

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Sobre orgânicos em

Referências

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