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Palavras-chave: Acessibilidade, Educação, Inclusão, Lazer, Pessoa com deficiência.

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ISBN 978-85-89943-23-9 INCLUSÃO E EDUCAÇÃO: DA ACESSIBILIDADE DOS ESPAÇOS DE

LAZER, A ESPAÇOS ESCOLARES.

Romário Silva Santos (UFS). romarioufs@gmail.com

RESUMO

O objetivo desse estudo foi correlacionar o conhecimento de análise das estruturas físicas de lazer do Estádio Estadual Governador Lourival Baptista da cidade de Aracaju/SE(arena batistão) com o contexto escolar. Metodologicamente a pesquisa se caracterizou como um estudo de caso sob o viés qualitativo. A coleta de dados se deu a partir de leituras sobre acessibilidade e inclusão. Como fundamentação teórica foram analisados livros, artigos, textos de alguns autores que trabalham com os temas: deficiência, inclusão, lazer, acessibilidade e educação no qual buscamos todo suporte aos direitos das pessoas com deficiência. Constata-se que nos dias de hoje, várias escolas tanto públicas quanto privadas não se preocupam em oferecerem total acesso ao aluno com deficiência e isso demonstra como é vista a exclusão do mesmo, na sociedade em que vivemos.

Palavras-chave: Acessibilidade, Educação, Inclusão, Lazer, Pessoa com deficiência.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho vem tratar do conhecimento de estudo sobre a inclusãodo cadeirante, nos espaços localizados no Estádio Estadual Governador Lourival Baptista (Arena Batistão) da cidade de Aracaju no estado de Sergipe, tentando mostrar como na escola também é vista a exclusão de pessoas com deficiência.

Por ser um ambiente educativo a escola tem como dever oferecer segurança e autonomia para todos que nela vão buscar o aprendizado. Quando usamos o termo “TODOS” incluímos aí as pessoas com deficiência que também por lei tem assegurado seu acesso à escola. A acessibilidade:

Refere-se ao direito que o cidadão tem deter acesso aos lugares, às pessoas e às atividades humanas.É a possibilidade de interagir com o ambiente em que

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se vive,portanto tem um sentido mais amplo e não se limita às barreirasarquitetônicas. O acesso fácil ao espaço escolar é condiçãobásica e primordial para a inclusão, sobretudo para os alunoscom deficiências que, devido a etiologias variadas, apresentamcomprometimento da mobilidade, da coordenação motora, dosenso de orientação que dificultam, ou impedem o acesso adeterminados lugares e serviços, principalmente quando aNorma Brasileira Regulamentadora - NBR 9050 (ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994), deixa de ser cumprida. (RIBEIRO, 2004, p. 109).

Assim como todos, as pessoas com deficiência têm direito, tanto do lazer que de acordo com Isayama e Linhales (2008, p.65) é um tempo para que os cidadãos possam contemplar e usufruir de tudo aquilo que já foi criado pelo coletivo; e a vivência do lazer se inclui como condição de uma vida de qualidade, ao lado de outros aspectos também importantes. Quanto o de uma educação de boa qualidade que é pouco visto atualmente no contexto social.

É preciso mais investimentos na área da educação para que se tenha uma melhoria principalmente nas escolas da rede públicaque por sinal são mais carentes em gestores compromissados a fazer mudança do que em instituições privadas que já tem uma melhor estruturação para oferecer uma boa qualidade de ensino e acomodação.

Na maioria das vezes mesmo com as exigências da (LDBEN) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, a exclusão do aluno com deficiência ainda é vista nas escolas, e isso começa por uma falta de conhecimento de gestores, funcionários e professores, no entanto é preciso uma boa qualificação dos mesmos para que haja a inclusão de todos.

MÉTODOS

Abordagem de pesquisa

A pesquisa a ser realizada é de cunho qualitativo na medida em que se trata de uma pesquisa voltada à perspectiva da busca de significados sociais do processo de inclusão e acessibilidade. Há uma abordagem sobre o olhar do sujeito/pesquisador envolvido na pesquisa e que leva em conta a descrição do evento a fim de favorecer seu entendimento e análise. Sendo assim, há uma preocupação com o que não é mensurável, com os significados atribuídos às coisas.

a pesquisa qualitativa (...), não busca enumerar ou medir eventos e, geralmente, não emprega instrumental estatístico para análise dos dados; seu foco de interesse é amplo e parte de uma perspectiva diferenciada da adotada pelos métodos quantitativos. Nas pesquisas qualitativas, é frequente que o pesquisador procure entender os fenômenos, segundo a perspectiva dos

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participantes da situação estudada e, a partir daí, situe sua interpretação dos fenômenos estudados. (NEVES,1996, p. 1)

Porém, não podemos deixar de enaltecer que também estão envolvidos na pesquisa questões mensuráveis no que tange a acessibilidade, mas isso não desconsidera a citação feita acima, pois essas medições de acessibilidade são secundárias quando o interesse está centrado no processo da acessibilidade num olhar que considera, mas que, sobretudo transcende a medição métrica. Desta forma essas medidas tem o objetivo de traduzir e expressar o sentido dos fenômenos do mundo social; trata-se de reduzir a distância entre indicador e indicado, entre teoria e dados, entre contexto e ação (MAANEN, 1979).

Tipo de pesquisa

Essa pesquisa se constitui numa experiência de um estudo de caso do Estádio Estadual Governador Lourival Baptista (Arena Batistão), localizado na cidade de Aracaju – SE, com o propósito de relacioná-lo com a inclusão no contexto escolar.

O estudo de caso conforme Triviños (1987, p. 133) “é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa aprofundadamente.” Esse tipo de estudo permite obter uma grande quantidade de informações de um único caso, auxiliando assim para a análise intensiva do objeto.

Instrumentos de coletas de dados

Nossa pesquisa tem o seguinte instrumento de coleta de dados: Leituras de conceitos de leis de acessibilidade e os direitos das pessoas com deficiência.

Leitura de elementos legais: para analisar os dados foi feita a leitura de leis no que

tange a acessibilidade e os direitos da pessoa com deficiência.

A INCLUSÃO NA ESCOLA

A educação para uma cultura inclusiva mobiliza o educador físico para os diferentes tipos de acessibilidade, seja ela ao conhecimento atitudinal ou arquitetônica, pois busca uma educação integral da pessoa com deficiência tanto na escola quanto nas aulas de educação física. A escola enquanto espaço cultural de diversidade deve receber os alunos com deficiência, garantindo aos mesmos um ambiente com boa estrutura arquitetônica e também profissionais qualificados para atuar positivamente no processo inclusão.Segundo Barreto et al (2012, p. 2):

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A inclusão social das pessoas com deficiência exige a aceitação das diversidades, a integração e o convívio com estes indivíduos, porém estas pessoas ainda encontram desafios e obstáculos na sociedade para sua aceitação, sendo vítimas de preconceitos e discriminações, reflexo das diferentes maneiras pelas quais foram vistas e tratadas ao longo do tempo. É direito de todos os cidadãos o acesso ao lazer, à saúde, à educação e ao trabalho. Nesse sentido, como qualquer outro cidadão, a pessoa com deficiência tem direito ao trabalho e ao uso de suas aptidões para o desenvolvimento de atividades, fazendo com que se sinta útil, produtiva e valorizada. Uma pessoa com deficiência possui capacidade para desenvolver um trabalho da mesma forma de pessoas que não possuem deficiência, desde que sejam respeitadas suas limitações e lhe sejam dados os meios adequados.

Vale salientar que a acessibilidade no âmbito escolar não se restringe apenas à arquitetônica é preciso também contemplar dos outros tipos de acessibilidade, como: metodológica ou pedagógica, programática,instrumental, nos transportes, nas comunicações, digital e principalmente a atitudinal que é uma das mais importantesna cultura inclusiva.

Segundo Ribeiro (2004, p. 107) observa-se em geral que escolas são de má qualidade e não atendem aos mínimos requisitos de conforto ambiental. Verifica-se um excesso de tolerância quanto aos espaços escolares, principalmente aos das redes municipais, no entanto a escola é dada pouca importância na questão de oferecer a acessibilidade das pessoas com deficiência que nela frequenta.

O professor lida diretamente com o aluno com deficiência, mas isso não quer dizer que o mesmo seja total responsável em promover a inclusão. Para que haja a acessibilidade pedagógica na escola é preciso que os gestores, professores e até mesmoos alunos trabalhar em conjunto, tentando buscar uma melhor forma de promover a inclusão na escola. É preciso também que a instituição promova palestras e eventos em que discuta a inclusão de modo geral, levando para os educandos um novo conhecimento em todo contexto.

A educação física que também estar no contexto escolar e que por muitos anos excluíam os alunos com deficiência nas suas aulas, também enfrenta o desafio de assumir a responsabilidade de promover inclusão em suas ações pedagógicas. O professor precisa criar atividades educativas em que inclua os alunos com deficiência e mostrar para os demais que aquele colega por ser especial, também pode ser independente desde que haja o respeito da sociedade, começando por um melhor acesso tanto na escola, quanto em qualquer local. O respeito também é de extrema importância, porque não adianta ter uma boa acessibilidade arquitetônica se não houver a

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acessibilidade atitudinal, pois boas atitudes pode gerar o acesso das pessoas com deficiência na sociedade.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

O objetivo desse trabalho foi discutir a importância da inclusão no meio educativo, através da experiência ao analisar a acessibilidade para cadeirantes no Estádio Estadual Governador Lourival Baptista do município de Aracaju capital sergipana. Diante desse estudo houve um grande aumento no meu conhecimento sobre a inclusão podendo experimentar através da pesquisa realmente como pessoas com deficiência, na maioria vezes, sofrem por falta de um acesso que lhes assegure autonomia e segurança em determinados espaços da sociedade, como por exemplo, escolas, locais de lazer, trabalho e entre outros.

Através da experiência que tive no estádio passei a ver de forma diferente a questão da acessibilidade das pessoas com deficiência nos meios sociais,principalmente na escola, poisainda encontramos alguns casos exclusão dos alunos com deficiência, não só nas aulas como também por conta da escola não oferecer uma boa estrutura arquitetônica ou a acessibilidade atitudinal de alguns alunos e funcionários da escola. Um fator principal que deve incluir os alunos com deficiência em todas as aulas, é que gestores e professores estejam preparados para lhe dar com a situação e promover a inclusão de todos. A inclusão pode ser entendida:

Como um paradigma de sociedade, é o processo pelo qual os sistemas sociais comuns são tornados adequados para toda a diversidade humana composta por etnia, raça, língua, nacionalidade, gênero, orientação sexual, deficiência e outros atributos - com a participação das próprias pessoas na formulação e execução dessas adequações. (SASSAKI 2009, p 1).

Estou perto de concluir a graduação no curso de Educação Física Licenciatura pela (UFS) Universidade Federal de Sergipe e creio que através desse estudo terei uma melhor visão sobre o assunto, e futuramente estarei sempre em preparação para oferecer a acessibilidade dos alunos com deficiência nas minhas aulas teóricas e práticas.A acessibilidade se:

Diz respeito a locais, produtos, serviços ou informações efetivamente disponíveis ao maior número e variedade possível de pessoas independente de suas capacidades físico-motoras e perceptivas, culturais e sociais. Isto requer a eliminação de barreiras arquitetônicas, a disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de

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conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos. (BRASIL 2006, p. 150).

É também:

A condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por essa portadora de deficiência, ou com mobilidade reduzida (SAAD 2011, p. 9).

O caminho é sempre está se inovando e estudando sobre inclusão, por mais que o professor tenha uma experiência na sala de aula com um aluno de determinada deficiência, isso não quer dizer que ele saberá lhe dar com os demais alunos daquela deficiência. Vale ressaltar que ninguém é igual, o educando pode sim ter a mesma deficiência, mais suas características são totalmente distintas.

REFERÊNCIAS

BARRETO, M. T.; ALVES, M. B.; MORAIS, G. L. F. V de: A Acessibilidade nas Empresas: Percepção dos Portadores de Deficiência Visual Inseridos no Mercado de Trabalho. Artigo, 16 f. IX SEGeT, 2012.

BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Acessibilidade. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. 160 p.: 21 cm. Brasília, 2006. ISAYAMA, H. F.; LINHALES, M. A. (org.). Avaliação de políticas e políticas de avaliação: questões para o esporte e o lazer. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. 209 p. ISBN 9788570416698

MAANEN, J. V. Reclaiming qualitative methods for organizational research: a preface. In Administrative Science Quarterly, vol.24, nº 4, December 1979a, pp 520-526. NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisas em administração, São Paulo, v.1, nº 3, 2º sem./ 1996.

RIBEIRO, Solange Lucas. Espaço Escolar: um elemento (in) visível no currículo. Sitientibus, Feira de Santana, v. 31, p. 103-118, 2004.

SAAD, A. L. Acessibilidade: guia prático para o projeto de adaptações e de novas edificações. São Paulo, SP: Pini, 2011. 83 p. ISBN 9788572662413.

SASSAKI, R. K. Inclusão: Acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação), São Paulo, Ano XII, mar./abr. 2009, 10 p.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

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