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Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 6658

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Sintomas visuais de deficiência de macronutrientes e boro em coentro

Dâmaris de S. G. Daflon1; Marta Simone M. Freitas1; Almy Júnior C. de Carvalho1; Pedro Henrique Monnerat1

1 UENF – Lab. de Fitotecnia. Av. Alberto Lamego, 2000 – Parque Califórnia – Campos dos Goytacazes/ RJ, 28013-602 d.s.guimaraes@hotmail.com, msimone@uenf.br, almy@uenf.br, monnerat@uenf.br

RESUMO

O coentro (Coriandrum sativum L.) é uma olerícola consumida em diversas regiões do Brasil. Os sintomas de deficiências minerais são muitas vezes característicos para cada nutriente, e são dependentes da severidade da carência nutricional, do cultivar estudado e dos fatores ambientais. Foram observados sintomas visuais nas plantas de coentro até 30 dias após o início da aplicação dos tratamentos. Os sintomas visuais observados no tratamento deficiente em cálcio - coloração acastanhada nas raízes, clorose marginal nas folhas jovens e morte do meristema apical; no tratamento deficiente em boro - encarquilhamento e clorose nas folhas mais jovens; no tratamento deficiente em nitrogênio clorose nas partes mais velhas; no tratamento deficiente em enxofre -clorose nas partes mais jovens; no tratamento deficiente em magnésio - -clorose e necrose marginal nas folhas mais velhas; no tratamento deficiente em fósforo - manchas cloróticas e posterior necrose nas folhas mais velhas. As plantas cultivadas em solução nutritiva deficiente em potássio não apresentaram sintomas visuais durante o período de condução do experimento. Observou-se redução na massa seca em todos os tratamentos deficientes quando comparados ao tratamento completo.

PALAVRAS-CHAVE: Coriandrum sativum L., nutrientes minerais, crescimento. ABSTRACT

Visual symptoms of deficiency of macronutrients and boron in coriander

Coriander (Coriandrum sativum L.) is a crop consumed in various regions of Brazil. Symptoms of mineral deficiencies are often characteristic for each nutrient, and are dependent on the severity of nutritional deficiency, the cultivar and environmental factors studied. Visual symptoms were observed in plants of coriander until 30 days after initiation of treatments. The observed symptoms in the calcium deficient treatment - brownish roots, marginal chlorosis on young leaves and death of the apical meristem; boron deficient treatment - curling and chlorosis on younger leaves; nitrogen deficient treatment - chlorosis in older parts of the plant; sulfur deficient treatment - chlorosis in the more younger parts of the plant; magnesium deficient treatment - marginal chlorosis and necrosis in older leaves; phosphorus deficient treatment - chlorotic and later necrotic spots on older leaves. Plants grown in potassium deficient nutrient solution showed no visual symptoms throughout the experimental period. A decrease in dry matter was observaed in all deficient treatments as compared to the complete treatment.

Keywords: Coriandrum sativum L., mineral nutrients, growth

O coentro é consumido em diversas regiões do Brasil, especialmente no Norte e Nordeste (Pereira

et al., 2005). A massa verde do coentro é bastante utilizada na culinária em diversos pratos, sua

semente é condimento (Oliveira et al., 2003) e os frutos secos são úteis na indústria farmacêutica e alimentícia (Barros Junior et al., 2004). O coentro é utilizado também para fins medicinais e possui atividade antioxidante (Masada et al., 2007). O fruto pode ser utilizado como antisséptico, expectorante e analgésico (Oganesyan et al., 2007).

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Na pesquisa científica, o uso da técnica do elemento faltante em soluções nutritivas, para obtenção de informações sintomatológicas de carência ou toxidez de determinado nutriente nas plantas, é rápido e eficiente, podendo também auxiliar no aperfeiçoamento do sistema de produção, possibilitando o aumento do rendimento e da qualidade das plantas (Castellane, 1994). Por desempenharem funções essenciais e específicas, a deficiência ou toxidez dos nutrientes minerais são observadas através de quadros sintomatológicos, muitas vezes característicos para cada nutriente sendo dependente do cultivar estudado e dos fatores ambientais (Malavolta et al., 1997). O presente trabalho teve como objetivo caracterizar os sintomas visuais de deficiência dos macronutrientes e do boro, utilizando a técnica do elemento faltante, e avaliar os efeitos dessas omissões no acúmulo de massa seca nas plantas de coentro.

MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em casa de vegetação (21°19’23” de latitude, 41°10’40” W de longitude e altitude de 14 m) no campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, locada no município de Campos dos Goytacazes - RJ, no período de 22 de junho de 2011 a 21 de agosto de 2011. Durante o período de condução do experimento, no interior da casa de vegetação, as temperaturas diárias máximas variaram de 21,1 a 40,4°C com média das máximas igual a 35,6°C, as temperaturas diárias mínimas entre 11,6 e 21,0°C, com média das mínimas igual a 16,9°C e a temperatura média diária variando de 18,0 a 29,4°C, com média igual a 23,2°C.

Foi utilizado delineamento experimental de blocos casualizados, com oito tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: completo (testemunha), deficiente em nitrogênio (-N), deficiente em fósforo P), deficiente em potássio K), deficiente em cálcio Ca), deficiente em magnésio (-Mg), deficiente em enxofre (-S) e deficiente em boro (-B). A unidade experimental foram vasos de 14 litros com quatro plantas por vaso. O material propagativo utilizado foram sementes de coentro (Coriandrum sativum L.) cv. Verdão adquiridas da empresa Isla Sementes Ltda. A semeadura foi realizada em placas de espuma fenólica após lavagem com água desionizada, em 22 de junho de 2011.

Após a semeadura em espuma fenólica, aplicou-se apenas água desionizada para manter a umidade, num período de dois dias, até germinação das sementes e emergência do primeiro par de folhas. A partir desse momento aplicou-se solução nutritiva com 25% de força iônica. Cinco dias após a semeadura, as células de espuma fenólica contendo plântulas de coentro foram colocadas num pequeno suporte anelar de isopor e colocadas em bandejas contendo solução nutritiva com 50% da força iônica e oxigenadas com bombas de aquário, berçário, 12 dias após a semeadura, quando as plantas estavam nos vasos, a solução foi fornecida com 100% de força iônica. O pH da solução

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nutritiva foi mantido em 5,7 e a solução era sempre substituída, quando a condutividade elétrica da solução estava próxima de 2,2 dS m-1. As soluções nutritivas foram baseadas em Johnson et al. (1957).

Os vasos utilizados eram de plástico preto e seu exterior foi pintado de branco, para impedir o aquecimento da solução nutritiva. Em cima dos vasos foi colocado um suporte circular de isopor com 30 mm de espessura, encaixado no vaso como uma tampa. Nesses suportes de isopor, foram feitos quatro furos, equidistantes entre si onde posteriormente seriam encaixadas as plantas de coentro já no suporte anelar de isopor, e um pequeno furo próximo a borda do suporte com diâmetro suficiente para passagem de uma mangueira de silicone e agulha, de forma a realizar, com auxílio de uma bomba de aquário, a oxigenação da solução nutritiva durante a condução do experimento. Iniciou-se a aplicação dos tratamentos com deficiência induzida 30 dias após semeadura e, durante a condução do experimento, observações e descrições dos sintomas foram feitas, até a máxima manifestação visível da deficiência de cada nutriente, o que ocorreu no período de 24 dias, após o início da aplicação dos tratamentos. Quando as plantas de coentro apresentavam sintomas de deficiência muito severos que conduziriam à sua morte, foi aplicada solução completa. Assim, nos tratamentos de -Ca e -B, sete dias após início dos tratamentos, foram preparadas soluções contendo 10% de cálcio e 10% de boro do valor disponível no completo para os tratamentos deficientes em cálcio e boro, respectivamente. Devido à severidade dos sintomas observados, 11 dias após início dos tratamentos, a solução completa foi reaplicada nos tratamentos - Ca e - B. Devido sua não recuperação, o tratamento deficiente em Ca foi colhido 20 dias após o início dos tratamentos. Reaplicou-se solução completa nos tratamentos -N, -Mg, -S, 13 dias após início dos tratamentos por um período de nove dias e, posteriormente os tratamentos deficiente foram reaplicados e mantidos até a última colheita realizada 30 dias após o início da aplicação dos tratamentos.

Colheu-se uma planta por vaso de todos os tratamentos, para determinação dos teores nutricionais, cinco dias após início dos tratamentos, quando os tratamentos de -Ca, -B, apresentavam sintomas visuais de deficiência. Foi realizada a segunda colheita, 10 dias após início dos tratamentos, onde uma planta por vaso foi colhida de todos os tratamentos, neste momento os tratamentos de Ca, B, -N, -S e -Mg apresentavam sintomas visuais de deficiência nutricional. O tratamento deficiente em cálcio foi colhido aos 20 dias após a aplicação dos tratamentos, com duas plantas por vaso. A última colheita do experimento foi realizada, 30 dias após início dos tratamentos, quando as duas últimas plantas foram colhidas de todos os tratamentos, com exceção do - Ca que já havia sido colhido. Os tratamentos -B, -N, -S, -Mg e -P apresentavam sintomas visuais de deficiência na última colheita. Os teores dos macronutrientes e do boro foram analisados na massa seca das folhas, haste e raízes. A extração dos nutrientes foi realizada por via úmida (digestão sulfúrica e nitroperclórica) e seca

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(em mufla a 550 °C). Para a digestão sulfúrica foram pesados 100 mg da massa seca moída para determinar os teores de nitrogênio. Para a digestão nitroperclórica foram pesados 500 mg da massa seca moída para determinar os teores de P, K, Ca, Mg e S. Para o boro, foram pesados 250 mg da massa seca moída e as amostras foram colocadas na mufla. Dos extratos obtidos, o N foi determinado pelo método colorimétrico de Nessler (Jackson, 1965); o P, por colorimetria do molibdato de sódio; o K, por fotometria de chama; Ca e Mg por espectrofotometria de absorção atômica; o S, por turbidimetria com cloreto de bário e o B, pelo método da Azometina-H (Jones Jr.

et al., 1991; Malavolta et al., 1997).

Foi realizada análise de variância, e as médias foram comparadas com a testemunha (tratamento completo) pelo teste bilateral de Dunnet, a 5% de probabilidade, utilizando-se do Sistema de Análise Estatística (SANEST), desenvolvido pelo CIAGRI/USP.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram observados sintomas visuais nas plantas de coentro até 30 dias após o início da aplicação dos tratamentos.

Os sintomas de deficiência de cálcio foram observados primeiramente nas raízes, que tornaram-se escurecidas e acastanhadas três dias após início da aplicação dos tratamentos. O teor de Ca nas raízes cinco dias após o início da aplicação dos tratamentos foi 69% menor no tratamento deficiente em Ca (2,10 g kg-1 de MS) quando comparado ao tratamento completo (6,66 g kg-1 de MS). A massa seca das raízes foi 61,2% menor no tratamento deficiente em Ca em relação ao tratamento completo. Os sintomas de deficiência de Ca na parte aérea das plantas de coentro ocorreram cinco dias após início das omissões, caracterizado por morte na região de crescimento, pontos com clorose e necrose nas bordas das folhas novas. O teor de Ca nas folhas, aos cinco dias após a aplicação dos tratamentos, foi 44,8% menor no tratamento -Ca (5,31 g kg-1 de MS) que no tratamento completo (9,63 g kg-1 de MS) e, o teor de cálcio nas hastes do tratamento deficiente em cálcio (7,31 g kg-1 de MS) foi 41,5% menor que o teor encontrado nas hastes do tratamento completo (12,5 g kg-1 de MS). Houve redução de 66,2 % da massa seca total do tratamento -Ca (4,22 g planta-1) quando comparado ao completo (12,5 g planta-1).

As folhas mais novas das plantas de coentro se mostraram encarquilhadas, com manchas cloróticas e esbranquiçadas, o meristema apical tornou-se necrótico cinco dias após início da aplicação do tratamento deficiente em boro. O teor de boro nas folhas de coentro cinco dias após o início da aplicação dos tratamentos foi 45,2% menor no tratamento deficiente (15,9 mg kg-1 de MS) que no tratamento completo (29, 0 mg kg-1 de MS), nas hastes o teor de boro foi de 13,7 mg Kg-1 de MS, 33,8% menor que o apresentado pelo tratamento completo 20,7 mg Kg-1 de MS. Houve redução de

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37,2% na massa seca das folhas (2,50 g planta-1), 66,9% na massa seca das hastes (2,27 g planta-1) e 52,3% na massa seca das raízes (0,81 g planta-1) das plantas de coentro no tratamento deficiente em B quando comparadas a massa seca das folhas (3,98 g planta-1), hastes (6,85 g planta-1) e raízes (1,70 g planta-1) das plantas do tratamento completo.

As folhas velhas e hastes das plantas submetidas ao tratamento deficiente em nitrogênio apresentaram coloração verde-clara, quando comparadas ao tratamento completo, sete dias após aplicação dos tratamentos. O teor de nitrogênio encontrado nas folhas foi igual a 23,8 g Kg-1 de MS, 58,4% menor que o teor encontrado no tratamento completo (57,2 g Kg-1 de MS), nas hastes o teor de N encontrado foi igual a 8,98 g Kg-1 de MS, 72,4% menor que o valor encontrado no tratamento completo (32,6 g Kg-1 de MS) e nas raízes, o teor de N encontrado foi igual a 15,5 g Kg-1 de MS, 68% menor que o teor encontrado no tratamento completo (48,4 g Kg-1 de MS). Não houve redução significativa no acúmulo de massa seca das raízes de coentro no tratamento deficiente em N, e valores significativos foram evidenciados na parte aérea. O valor de massa seca das folhas (2,14 g planta-1) e hastes (2,73 g planta-1) foram, respectivamente, 46% e 60% menores que massa seca das folhas (3,98 g planta-1) e hastes (6,85 g planta-1) do tratamento completo.

Sete dias após aplicação da solução nutritiva deficiente em enxofre, as plantas de coentro apresentaram sintomas na parte aérea exibindo coloração verde-clara e posterior clorose nas folhas jovens. O teor de enxofre, 10 dias após início da aplicação dos tratamentos, nas folhas do tratamento -S foi igual a 1,12 g Kg-1 de MS, 96% menor que o teor do mesmo nutriente no tratamento completo (2,49 g Kg-1 de MS). Houve redução de 20,8% da massa seca foliar do tratamento deficiente em enxofre (3,15 g planta-1) em comparação ao tratamento completo (3,98 g planta-1).

Oito dias após início do tratamento deficiente em magnésio, as folhas do terço inferior das plantas de coentro exibiram clorose e posterior necrosamento marginal. Os teores de magnésio no tratamento deficiente, 10 dias após início da aplicação dos tratamentos, foram 45,8% menores aos encontrados no tratamento completo nas folhas (respectivamente: 1,28 g Kg-1 e 2,36 g Kg-1 de MS) e 70,3% menor nas raízes (respectivamente: 1,24 g Kg-1 e 4,17 g Kg-1 de MS). Nas hastes, a diferença entre teores encontrados no tratamento deficiente em magnésio e no tratamento completo não foi significativa, pelo teste de Dunnet, em 5% de probabilidade. A massa seca das folhas (2,68 g planta-1), hastes (3,68 g planta-1) e raízes (0,92 g planta-1) foi 32,7%, 46,3% e 94,6% menores que a massa seca das folhas (3,98 g planta-1) hastes (6,85 g planta-1) e raízes (1,70 g planta-1) do tratamento completo.

Os sintomas visuais de deficiência no tratamento deficiente em fósforo foram observados 17 dias após início da aplicação dos tratamentos, exibindo manchas cloróticas que avançaram para necrose

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nas folhas inferiores e intermediárias, as raízes exibiram coloração acastanhada. O teor de fósforo nas folhas das plantas de coentro no tratamento -P foi igual a 3,38 g Kg-1 de MS, 39,5% menor que o teor do tratamento completo (5,59 g Kg-1 de MS) e nas raízes a diferença entre teores encontrados no tratamento deficiente em fósforo e no tratamento completo não foi significativa, pelo teste de Dunnet, em 5% de probabilidade. As plantas apresentaram redução na massa seca, que foi 65% menor nas folhas (1,39 g planta-1), 54% menor nas hastes (3,15 g planta-1) e 43,5% menor nas raízes (0,96 g planta-1) das plantas no tratamento deficiente em P que nas folhas (3,98 g planta-1), hastes (6,85 g planta-1) e raízes (1,70 g planta-1) das plantas de coentro do tratamento completo.

Para o tratamento com deficiência de K, os sintomas visuais de deficiência não foram evidenciados no período de avaliação deste experimento. Apesar de não apresentar sintomas visuais de deficiências, houve redução na massa seca da folha, haste, raiz e consequentemente massa seca total. O teor de K aos 30 dias após a aplicação dos tratamentos foi 59,7% menor nas folhas (19,9 g Kg-1 de MS) e 75% menor nas raízes (15,7g Kg-1 MS) das plantas do tratamento deficiente em K que nas plantas do tratamento completo, respectivamente, 49,4 g Kg-1 e 63,4 g Kg-1 de MS. A produtividade da planta de coentro está diretamente relacionada à produção de massa foliar, na deficiência de K a redução da massa seca da parte aérea representa redução justamente da parte comercializada da planta. Após 30 dias de omissão do referido nutriente a redução da massa seca foliar foi 21% e da haste foi 30,6% em relação ao tratamento completo.

A deficiência de Ca provocou escurecimento e acastanhamento das raízes, na parte aérea houve morte na região de crescimento, pontos com clorose e necrose nas bordas das folhas novas. A deficiência de B provocou encarquilhamento das folhas mais novas com manchas cloróticas e esbranquiçadas, necrose do meristema apical e plantas quebradiças. A deficiência de N tornou-se visível quando as folhas velhas e hastes exibiram coloração verde-clara. No tratamento deficiente em S as folhas novas exibiram coloração verde-clara e posterior clorose nas margens. No tratamento deficiente em Mg as folhas do terço inferior exibiram clorose marginal e posterior necrose dessas regiões . No tratamento deficiente em P, as folhas inferiores e intermediárias exibiram manchas cloróticas e posterior necrose, as raízes exibiram coloração acastanhada. Durante o período de avaliação deste experimento não houve sintomas visuais da deficiência de potássio, porém houve redução na massa seca da folha, haste, raiz e consequentemente massa seca total das plantas submetidas a este tratamento. Todos os tratamentos com omissão dos macronutrientes e do boro reduziram a massa seca total das plantas, porém, a omissão de Ca, P, B e N são as que mais limitam a produção de massa seca total de plantas de coentro.

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REFERÊNCIAS

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CASTELLANE, PD. 1994. Nutrição mineral e qualidade de olerícolas folhosas. In: SÁ, ME; BUZZETI, S (coords). Importância da adubação na qualidade dos produtos agrícolas. São Paulo: Ícone. 437 p.

JACKSON ML. 1965. Soil chemical analysis, 5 ed. Englewood Cliffs: Prentice-Hall. 498p.

JOHNSON, CM; STOUT, PR; BROYER, TC; CARLTON, AB. 1957. Comparative chlorine requirement of different plant species. Plant and Soil 8:337-353.

JONES JUNIOR, JB; WOLF, B; MILLS, HA. 1991. Plant analysis handbook: a practical

sampling, preparation, analysis and interpretation guide. Athens: Micro-Macro. 213p.

MALAVOLTA, E; VITTI, GC; OLIVEIRA, SA. 1997. Avaliação do estado nutricional de plantas:

princípios e aplicações. Piracicaba: Potafós. 308 p.

MSAADA, K; HOSNI, K; TAARIT, MB; CHAHED, T; KCHOUK, ME; MARZOUK, B. 2007. Changes on essential oil composition of coriander (Coriandrum sativum L.) fruits during three stages of maturity. Food Chemistry 102:1131–1134.

OGANESYAN, ET; NERSESYAN, ZM; PARKHOMENKO, AY. 2007. Chemical composition of the above-ground part of Coriandrum sativum. Pharmaceutical Chemistry Jounal 41(3):149-153. OLIVEIRA, AP; PAIVA SOBRINHO, S; BARBOSA, JKA; RAMALHO, CI; OLIVEIRA, ALP. 2003. Rendimento de coentro cultivado com doses crescentes de N. Horticultura Brasileira, 21(1):81-83.

PEREIRA, RS; MUNIZ, MFB; NASCIMENTO, WM. 2005. Aspectos relacionados à qualidade de sementes de coentro. Horticultura Brasileira 23(3):703- 706.

Tabela 1 - Produção de massa seca das raízes, hastes, folhas e massa seca total das plantas de coentro submetidas a deficiências de macronutrientes e do boro (Production of dry mass of roots, stems, leaves and total dry mass of plants subjected to deficiencies of coriander macronutrient and boron). Campos dos Goytacazes, UENF, 2011.

MASSA SECA MASSA SECA MASSA SECA MASSA SECA

TRATAMENTO RAÍZ HASTE FOLHA TOTAL

(g planta-1) (g planta-1) (g planta-1) (g planta-1)

Completo 1,70 6,85 3,98 12,5 -N 1,44ns 2,73- 2,14- 6,30 --P 0,96- 3,15- 1,39- 5,50 --K 1,26- 4,75- 3,15- 9,15 --Ca 0,66- 1,52- 2,05- 4,22 --Mg 0,92- 3,68- 2,68- 7,28 --S 1,67ns 6,20ns 3,15- 11,0 --B 0,81- 2,27- 2,50- 5,58 -CV (%) 11,7 10,5 11,1 8,19

+ Significativo e superior à testemunha (Completo), pelo teste de Dunnet, em nível de 5% de probabilidade; - Significativo e inferior à testemunha (Completo), pelo teste de Dunnet, em nível de 5% de probabilidade; ns Não significativo, pelo teste de Dunnet, em 5% de probabilidade.

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