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A RELEVÂNCIA DOS CUIDADOS CORPORAIS PARA A AUTOESTIMA DAS PESSOAS: uma revisão da literatura

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A RELEVÂNCIA DOS CUIDADOS CORPORAIS PARA A AUTOESTIMA DAS PESSOAS: uma revisão da literatura

Maria Aparecida Eduardo1 Keila Suzzete Ferreira2

RESUMO:

A estética é uma prática que esteve sempre associada à vaidade, hoje já se sabe que os cuidados com a aparência e o bem-estar guardam estreita ligação com saúde e qualidade de vida. Pensando nisso, este trabalho tem o objetivo de investigar na literatura, estudos sobre a influência da aparência na vida das pessoas, apresentando informações a fim de levar a compreensão sobre o que motiva as pessoas a procurarem os serviços de estética. Também foi pesquisado e refletido sobre como o profissional da área pode ser útil e significativo na vida das pessoas. Durante a busca foi possível constatar que há poucas publicações idôneas sobre o assunto, o que sugere a necessidade de se ampliar pesquisas acerca do mesmo. Mediante aos textos estudados, foi constatado que a beleza está associada à saúde do corpo em harmonia com a mente, pois o equilíbrio entre este proporciona satisfação pessoal que reflete em vários níveis de socialização do individuo.

PALAVRAS-CHAVE: Estética; Autoestima; Imagem Pessoal.

ABSTRACT:

The aesthetic is a practice that has always been associated with vanity, today it is known that the grooming and wellbeing keep close liaison with health and quality of life. With that in mind, this paper aims to investigate in literature, studies on the influence of appearance in people's lives. Using literature review and exploratory search was held on websites, books and articles, information that could lead to the understanding of what motivates people to seek the services of aesthetics. It was also researched and reflected on how the professional can be useful and meaningful in people's lives. During the search was upsetting to me to see that there are few reputable publications on the subject. Through the texts studied, it was found that the beauty is linked to the health of the body in harmony with the mind.

KEYWORDS: Aesthetics; Self-esteem; Personal Image.

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Graduanda do Curso Tecnólogo em Estética e Cosmética, UNIFASC, Itumbiara-GO. E-mail: mariaeduardotata@hotmail.com

2 Fisioterapeuta e professora do Curso Tecnólogo em Estética e Cosmética, UNIFASC, Itumbiara-GO.

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1 INTRODUÇÃO

A estética é uma prática que esteve sempre associada à vaidade, os cuidados com a aparência e o bem-estar estão cada vez mais associados à saúde e qualidade de vida e isso incide em todas as classes sociais. Pensando nisso, é importante investigar na literatura, estudos sobre a influência da aparência na vida das pessoas; levantar dados nacionais em artigos, dissertações, livros, revistas eletrônicas para entender até que ponto é uma necessidade, exagero ou doença a busca pela estética perfeita.

Segundo NEVES (2012), a estética é uma ciência que remete para a beleza e também aborda o sentimento que alguma coisa bela desperta dentro de cada indivíduo. Os centros estéticos foram criados para oferecer tratamentos, melhorando a aparência física e aumentando a autoestima das pessoas. Estar bem com o espelho, cuidar da pele, cabelos e corpo, afinal, se preocupar com a aparência ainda segundo o autor, um sinônimo de saúde e bem-estar.

Na convivência com os diversos grupos sociais, em muitas pessoas, é perceptível a preocupação em estar inserido por sua beleza física o que muitas vezes afeta a autoestima e a vida social do individuo. Isso pode ser reflexo de uma cultura preocupada com estereótipo do ser humano e não com suas verdadeiras qualidades de caráter e personalidade.

Como forma de melhorar a imagem, progressivamente, as pessoas querem mudar algo em seu corpo: retirar, acrescentar, modificar ou somente mudar a forma dos cabelos, como por exemplo, alisar definitivamente. Mas na busca por melhorar a aparência e a autoestima, muitas acabam exagerando nos procedimentos estéticos e contraem problemas de saúde ou até mesmo colocam suas vidas em risco. Algumas deixam de satisfazer necessidades básicas para não deixar de realizar algum procedimento estético. Segundo a Fercomercio de São Paulo em 2015, o brasileiro gasta mais com salão de beleza do que com educação.

Diante do que foi dito, vale ressaltar que a importância da aparência estética está cada vez mais presente e é relevante na vida das pessoas, podendo-se fazer uma relação direta entre a aparência e a autoestima, relação que para alguns é de grande importância, pois afeta o psicológico, o emocional e o convívio social.

A relevância deste trabalho, portanto, é verificar na literatura, como as pessoas enfrentam seus problemas de ordem estética. Logo, o objetivo é descrever como a

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aparência estética influência na autoestima das pessoas interferindo nas suas relações pessoais e mais especificamente, enumerar os motivos pelos quais as pessoas procuram tais procedimentos estéticos, fazendo um paralelo entre necessidade e qualidade de vida; discutir como os meios de comunicação podem influenciar nas decisões das pessoas em realizar procedimentos estéticos e mostrar como o profissional da estética pode ser importante na vida das pessoas.

Este estudo trata-se de uma revisão da literatura, de acordo GIL, (2012) a pesquisa bibliográfica trata-se de um levantamento de bibliografias já publicadas, tendo como finalidade o contato do pesquisador com obras já escrita sobre o determinado assunto. Levou-se em consideração que o seu objetivo é do tipo descritivo e exploratório, numa abordagem qualitativa com a intenção de descrever e citar as contribuições de autores quanto ao assunto estudado. Segundo MARCONI & LAKATOS , (2013) a pesquisa exploratória torna o assunto familiar e ajuda a construir hipóteses e a descrever com precisão fatos e fenômenos de uma determinada realidade. Ainda segundo os autores, a abordagem qualitativa possibilita conhecer sobre os indivíduos, tal como são em suas experiências cotidianas.

A busca pelos artigos científicos para o desenvolvimento do trabalho ocorreu no período de março a agosto de 2018 utilizando a base de dados do Scielo, Google acadêmico e indicação da professora orientadora. O critério utilizado para seleção e inserção das fontes foi que a produção cientifica estivesse disponível na íntegra com textos completos na base de dados nacionais.

Após a busca, foi feito uma leitura buscando palavras específicas como: estética, autoestima, necessidade, exagero, influência da mídia que encontrando indicadores que permitam a dedução de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção de mensagens, afunilando os textos mais pertinentes ao assunto estudado. Dos textos selecionados fez-se uma leitura exploratória e analítica dos textos na íntegra permitindo examinar o conteúdo de forma sistemática e objetiva, organizando-o para a redação final do texto (BARDIN, 2011).

2 A RELAÇÃO DA ESTÉTICA, A AUTOESTIMA E A QUALIDADE DE VIDA

Segundo GHENTER (1997), entende-se autoestima como uma forma de o ser humano se auto- aceitar. Ela é formada através de relacionamentos pessoais que se tem

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desde a infância, até a fase adulta, ela define a percepção que uma pessoa tem de si mesma, ou seja, o quanto ela se gosta. Ela está ligada diretamente a autoconfiança e reflete a forma como a sociedade vê e aceita cada indivíduo.

Nesse sentido, BARBOSA (2013), chama a atenção quando diz que percebe- se que a preocupação com o corpo vem crescendo a cada dia, cuidar-se é indispensável à saúde, bem-estar e a felicidade, não importando a idade. Desde muito cedo o ser humano é incentivado a se cuidar desde a alimentação, cuidados com exposições ao sol, até cuidados básicos como higiene.

E é nesse cenário que GUILARDI (2002), considera que autoestima é um sentimento, que é desenvolvido durante a vida, ninguém nasce com uma definição de autoestima, ela é gerada a partir dos elogios, carinho, atenção e até mesmo de repreensão e críticas que recebemos dos lugares onde passamos meio familiar, escolar, social entre outros.

Comumente necessitadas de afeto são caracterizadas, segundo SILVA & MARINHO (2002), as pessoas de baixa autoestima. Os autores ainda afirmam que isso acontece por que os humanos precisam se sentir, quando ainda crianças, protegidos, amados, amparados e quando isso não acontece, as crianças se sentem rejeitadas, abandonadas, causando-lhes traumas que perduram na vida adulta. Assim, essas pessoas geralmente são hostis e apresentam dificuldade de se relacionar com outras pessoas, gerando problemas de ordem de falta de autoestima.

Com outras palavras, CAPONI (2007), expõe que são as impressões particulares, pautadas nos fenômenos emocionais, que faz com que a medicina analise o resultado da interferência, como reparação cognitiva. E quando refletimos nos ensejos da baixa autoestima, podemos observar que é a checagem entre o corpo que apresentamos e o corpo imaginado (padrão) é o que leva a essa desilusão da autoimagem.

Com base nessa percepção é possível constatar que, segundo STREHLAU (2015) “que a vaidade é definida como alegria de se sentir superior aos outros, e é frequentemente relacionada a exageros com os cuidados corporais, em busca de beleza”. Dessa forma, pode-se fazer uma comparação com a autoestima sendo uma supervalorização do ser e vaidade como a preocupação extrapolada com a beleza.

BORBA E THIEVES (2009), destacam que na contemporaneidade a satisfação física e mental é vista como elemento decisivo para a melhora da autoestima e esse bem- estar

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pode ser deparados em procedimentos estéticos e cuidados de acordo com a cultura particular de cada indivíduo.

A cultura, segundo RODRIGUES (1983), interfere nos preceitos em analogia ao corpo. Preceitos estes que os indivíduos tendem a executar a qualquer custa em busca de recompensas e se adaptar até o ponto que estes paradigmas de comportamento são tidos como normais. E, para se alcançar a quimérica corporal conferido pela sociedade, muitas pessoas se sujeitam a dietas rígidas, praticam exaustivas horas de exercícios físicos, realizam procedimentos cirúrgicos de forma clandestina, obrigando o corpo a créditos e lástimas em busca de ser aceito na base do convívio social.

Os costumes no qual o individuo está exposto, proporciona particularidades que caracterizam o que o ser humano precisa ser tanto na aparência mental e moral quanto no físico. E esses padrões, segundo ROWEN et al , (2012) muitas vezes são seguidos pelas pessoas sem ao menos conhecer seus significados e desconhece os limites que cada um tem em relação a fragilidade da saúde do corpo.

Muitos são os motivos que arrastam as pessoas a transformarem sua aparência, podendo ser: modismo, atrair a atenção, fascinar, ou também estimar o corpo enquanto objeto sexual (VOLPI, 2009).

Durante a vida as pessoas aprendem a avaliar seus corpos através da interação com o ambiente, assim constrói-se a autoimagem. Mas em diversas ocasiões somos pressionados a nos encaixar no corpo ideal da nossa cultura. Esse ideal muitas vezes vem dos meios de comunicação.

2.1 A INFLUÊNCIA MIDIÁTICA NAS DECISÕES ESTÉTICAS DAS PESSOAS

A mídia expõe um padrão de beleza que influencia em todas as classes sociais e idades. Traz um discurso que ora fala da preocupação com a saúde, lançando mão da estética, ora fala de beleza ideal representada por pessoas influenciadoras midiáticas.

Para KNOPP, (2008) o corpo tem se tornado atração nos meios sociais, e algumas pessoas acabam vendo-o como um objeto. O corpo bem cuidado pode garantir uma boa aceitação, e aqueles que não alcançam o padrão de beleza estabelecido acabam sendo desprezados e com menos oportunidades.

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Esses dados são confirmados por DINIZ (2006) ao mostrar que o Brasil é o vice-campeão em cirurgias plásticas no mundo, perde apenas para os Estados Unidos, é possível perceber que existe uma grande busca pela aparência perfeita.

Em meio a toda essa exaltação do corpo perfeito, VEIGA, (2006) coloca que é preciso respeitar as imperfeições e limitações de cada um, pois a não aceitação disso, pode levar um individuo a se sentir inferior a ponto de se mutilar ou até se suicidar para acabar com o sentimento de rejeição. Com o passar dos anos o corpo se modifica, aparecem as rugas e o que sobra é a beleza interior, aquilo que cada um é realmente.

É inegável que devemos ter um cuidado com o corpo para que envelheça de forma saudável, retardando a deterioração ao máximo através de bons hábitos. No entanto, os cuidados não podem ultrapassar os limites do próprio corpo através de procedimentos extravagantes.

Na sociedade contemporânea o corpo vem sendo cultuado, transformando-se assim num objeto de consumo, a indústria da moda, cosméticos, academias de ginástica e clínicas de estética, se integram com os meios de comunicação para impor ao consumidor imagens padronizadas de ideais de beleza (SUENAGA, 2012).

Sendo assim, observa-se que a necessidade de se encaixar nos padrões de beleza, de eliminar algo que não se enquadra nos padrões de beleza, tem alimentado o mercado estético, a vontade de sentir-se parte do grupo se torna tão importante que leva as pessoas a pagarem altos valores pelas cirurgias e tratamentos estéticos.

E com tudo isso, a indústria cosmética vem crescendo e segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), em 2016, o Brasil já era o terceiro maior no ranking mundial, e este crescimento se deve ao acesso das classes ‘’D’’ e ‘’E’’ aos produtos do setor, a classe ‘’C’’ comprando produtos e serviços de maior valor, participação crescente da mulher no mercado de trabalho, utilização de tecnologias de ponta que aumentam a produtividade das indústrias e reduzem os preços.

Muitas pessoas perpassam seus limites em busca de um corpo perfeito, um imaginário estabelecido pela mídia a qual dita um modelo de perfeição, de belo. Na busca por resultados em curto prazo e sem precisar investir muito em tempo e esforço, cresce o aumento no consumo de medicamentos sem prescrição médica, o aumento das cirurgias plásticas e dietas bárbaras, a mídia tem grande influência sobre o que é ser belo, por estar dentro de nossas casas, estar de fácil acesso, mostrando corpos moldados por efeitos de luz e estúdio (AZEVEDO, 2007).

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SCHILDER (1999) coloca seu entendimento por imagem do corpo, como a representação desenvolvida pela mente em que o corpo se expõe para nós de forma irracional. Ficando assim, nunca será completa, exaltada, e sempre ininterrupta, com as alterações físicas. O autor destaca ainda que, a imagem corporal é organizada de acordo com os conhecimentos obtidos por meio dos atos e costumes do seu semelhante. As ações das outras pessoas podem acender efeitos influenciadores utilizando palavras e atitudes.

Contradizendo o autor acima, LOWEN, (1979) afirma que as pessoas precisam saber quem são, precisam ter propriedade sobre suas emoções, pois o desenvolvimento da imagem corporal depende do artifício de edificação da própria identidade corporal, relacionada ao meio ao qual está inserido.

Há muitas formas de modificar a imagem corporal, segundo ORTEGA, (2008). As pessoas estão ampliando os limites de como o corpo pode ser melhorado, transformado por meio de procedimentos plásticos. Porém, há muitas maneiras de mudar a imagem corporal sem ser tão invasivo, entre elas estão tatuagens, as tinturas nos cabelos, os orifícios no nariz, lábios, ou através de mudanças de hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos.

A supervalorização com a imagem corporal pode ser um indício de problemas de ordem psíquica, fazendo com que muitas pessoas recorram a cirurgias plásticas para obterem um corpo perfeito.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), entre julho de 2007 e junho de 2008, 629 mil pessoas se submeteram às cirurgias plásticas no Brasil, 69% dos pacientes realizaram cirurgia plástica por motivos estéticos e 31% foram cirurgias reparadoras; a maioria dos pacientes são mulheres, sendo 88%, enquanto os homens são 12%. As cirurgias estéticas mais realizadas de acordo com a SBCP são as de prótese de mamas com 21%; logo em seguida a lipoaspiração com 20%; depois abdômen com 15%; redução de mamas com 12%, pálpebras com 9% e por fim nariz, representando 7% das cirurgias estéticas mais realizadas.

O Brasil é conhecido como um dos países que mais realizam cirurgias plásticas no mundo, os implantes de silicone (96 mil) ultrapassaram as lipoaspirações (91 mil), até então as preferidas dos brasileiros (NEUMANN, 2012).

2.2 O PAPEL DO PROFISSIONAL DA ESTÉTICA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS

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A Lei 13.643/2018, regulamenta a profissão de esteticista, dividiu a categoria em esteticista e cosmetólogo, com nível superior, e o técnico em estética, que apesar ser recente a constar no Código Brasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho desde 2011 sob o nº322, é um profissional de grande aceitação no mercado de trabalho e serviços.

Atuando em atividades que colabora com o bem-estar e beleza das pessoas, o tecnólogo em estética estuda para desenvolver além de atividades faciais, corporais e capilares, o gerenciamento de spas, salões e centros de estética, também recebe preparo para atuar como coordenador, diretor, auditor de centros estéticos, terapeuta através do toque, reequilíbrio de funções fisiológicas e na imagem pessoal, assuntos estes já comprovados cientificamente como benéficos e participes da saúde como diz a o Artigo 6º da Lei 13.643/2018.

Os autores SILVA & BRITO (2002), expõe que perante de todo encargo, o profissional tecnólogo em estética, precisa ter a suscetibilidade alusiva aos denodos humanos sob o aspecto da realidade na qual o mesmo se encontra no momento do atendimento, considerando seus limites físicos, emocionais e sociais. Esse olhar para com o outro é relevante, pois, eleva a satisfação do atendimento durante o tratamento realizado. Ainda segundo os autores, esse cuidado personalizado deve fazer parte do dia-a-dia do indivíduo, em qualquer momento oportuno, colocando-o como especial, pois, o mesmo é tão ou mais importante que a própria técnica a ser aplicada.

Este profissional deve buscar sempre a Ética no exercício de suas atividades, nesse sentido o Artigo 7º da Lei 13.643/2018 ressalta que no exercício de suas atividades, tanto o esteta cosmetólogo quanto o técnico em estética deverão adotar uma postura de transparência com os clientes, prestando-lhes o atendimento adequado e informando-os sobre técnicas, produtos e orçamentos. Deverão ainda zelar pela segurança dos clientes e das demais pessoas envolvidas, cumprindo as normas de legislação sanitária e biossegurança.

Sendo assim, o profissional de estética precisa investir em atualizações e aperfeiçoamentos constantes, visto que o mercado da estética está em grande crescimento e a cada dia novos tratamentos, cosméticos e tecnologias vão surgindo.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O cuidado com o corpo é histórico e perpassa os contextos temporais. O ser humano desde a antiguidade já cultuava o corpo, ele era extremamente valorizado e a dedicação era cotidiana.

Em nossa realidade também se vê uma supervalorização do corpo ideal e a preocupação para obter ou manter o corpo perfeito. Em compensação há uma parcela da população que está preocupada com o corpo saudável, no mundo atual, deixou de ser supérfluo e passou a ser uma questão de saúde além de elevar a autoestima.

Do ponto de vista biológico, o corpo humano sempre foi o mesmo em todos os tempos e os cuidados se fazem necessários para a sobrevivência da espécie. Apropriando-se desApropriando-se fato, o capitalismo criou um mercado deturpado de saúde, fabricando modelos de corpos ideais. Utilizando programas de televisão, canais da internet e tudo que possa chegar até o ser que está do outro lado da tela, para incentivar as pessoas a consumirem uma gama de produtos que na maioria das vezes é uma fantasia.

Compreende-se então que presentemente, o corpo se tornou um alvitre que as pessoas ambicionam ter, ocasionando problemas de ordem psicológica e também patológica. Públicos que variam entre crianças até idosos descontentes com seus corpos, acabam não aferindo empenhos pelo gozo de ajustar o seu corpo ao da vitrine das mídias. Tal influência faz com que, ainda afirmado pelos autores, a beleza é vista como afirmação social que assegura sucesso ou fracasso nas relações sociais, o que faz com que a autoestima das pessoas seja afetada muitas vezes de forma negativa.

Torna-se fundamental, portanto, falar sobre o trabalho do profissional da beleza. Durante a busca por procedimentos estéticos, as pessoas se expõem a riscos que muitas vezes são irreversíveis. Muitos realizam procedimentos em casa com apenas orientações de vídeos da internet enquanto outros, procurando mão de obra barata, não checam as credenciais de onde estão sendo atendidos e acabam sendo vitimas de charlatões, vindo a óbito. Ao procurar o serviço de estética, as pessoas depositam confiança em quem os atende, fazendo com que a responsabilidade desses profissionais seja igualada a de um médico, pois procedimentos simples podem colocar a vida de uma pessoa em risco.

Por tudo isso, é indispensável que as pessoas sejam movidas a procurarem procedimentos com profissionais qualificados e registrados nos órgãos competentes de saúde para atender suas necessidades. Atitudes sustentáveis que promovam saúde e bem-

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estar reflete beleza. AZEVEDO, (2007) destaca “o que nossa natureza vê como beleza, são os sinais físicos e comportamentais de uma boa saúde tais como pele macia, bom corpo, simetria facial, cabelos sedosos, alegria de viver”.

Durante a realização da busca foi observado que os estudos sobre o assunto da realização dos procedimentos estéticos procurando a melhoria estética, é um campo fértil de discussão. Mas, a importância desse processo voltado para as questões de autoestima possui poucas publicações no Brasil, elevando a importância desse estudo.

4 REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Schirlaine. Em busca do corpo perfeito: Um estudo do narcisismo. Curitiba: Centro Reichiano, 2007. Disponível em: <www.centroreichiano.com.br/artigos.htm>. Acesso em: 17 de outubro de 2017.

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