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Análise da Produção Científica sobre Empresas Familiares: um estudo bibliométrico RESUMO

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1 Análise da Produção Científica sobre Empresas Familiares: um estudo bibliométrico Autoria: Rodrigo Antonio Martins, Fernando Antonio Ribeiro Serra, Manuel Portugal Ferreira, Nuno Rosa Reis

RESUMO

Este estudo objetiva mapear a pesquisa sobre as empresas familiares entre 1960 e 2010. Através da análise dos dados de três levantamentos bibliométricos realizados na base de dados Web of Science. Neste estudo foram analisados os principais autores e referências, a evolução da pesquisa e os temas e teorias mais abordados. Utilizou-se como ferramenta para tratamento dos dados o software Bibexcel. Os resultados encontrados demonstram que o tema ainda é um assunto emergente, que as redes de cooperação entre autores ainda são pouco desenvolvidas e que poucos trabalhos possuem grande influência para o tema.

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2 1. INTRODUÇÃO

As empresas familiares correspondem a cerca de 80% de todas as empresas privadas existentes (ver BETHLEM, 1989; GERSICK; DAVIS; HAMPTON; LANSBERG. 1997; Oliveira, 1999), e 40% das maiores empresas do mundo, de acordo com os rankings da revista norte-americana Fortune, são familiares. A importância das empresas familiares não se resume a apenas fatores econômicos, e Bernhoft (1989) notou que as empresas familiares têm forte influencia sobre as arenas política e social de um país. Por exemplo, no campo político nota-se a sua efetiva participação em associações de classe e no domínio social salienta-se a geração de empregos e a percepção de estabilidade dos funcionários (DONNELEY, 1964). Mas, apesar de serem um tipo de organização empresarial importante no mundo, os estudos sobre empresas familiares são relativamente recentes. (BETHLEM, 1994). Mesmo com o crescimento do número de pesquisas nos últimos anos, como apresentam Casillas e Acedo (2007), há ainda uma grande área para ser estudada e comparada sobre empresas familiares.

Possivelmente devido à “imaturidade” como área de estudo, os conceitos sobre empresas familiares são muitos, divergentes e até contraditórios. Ainda assim, a maioria dos conceitos é baseada em três características básicas: Controle acionário, influência familiar e Sucessão familiar. Para este estudo será adotado o conceito de empresa familiar apresentado por Leone (2005, p. 9):

“Caracteriza a empresa familiar pela observação dos seguintes fatos: iniciada por um membro da família; membros da família participando da propriedade e/ou direção; valores institucionais identificando-se com um sobrenome da família ou com a figura do fundador; e sucessão ligada ao fator hereditário.”

O objetivo deste estudo é mapear a pesquisa sobre empresas familiares focando estudos ligados administração de empresas, estratégia empresarial e especificando no tópico sucessão. A pesquisa abrangeu as publicações até o ano de 2010.

O destaque para o tópico sucessão se justifica tendo em vista que em outros estudos que analisaram a estrutura intelectual da literatura acadêmica (americana e brasileira) sobre empresas familiares (ver, por exemplo, CASILLAS; ACEDO, 2007; MELO; OLIVEIRA; PAIVA, 2008; MAZOLLA; MARCHISIO; ASTRACHAN, 2008) há uma clara predominância dos estudos relacionados à sucessão familiar. Sucessão é um dos pontos fundamentais das empresas familiares, e também, tema de maior controvérsia e dificuldade para as empresas, como apontam Leone, Silva e Fernandes (1996). O processo de sucessão é complexo e, por muitas vezes, desgastante para a empresa, (LEMOS, 2003; BORGES; LIMA; & CARVALHO, 2008). Segundo Bernhoeft (1996) e Passos (2006), cerca de 30% dos negócios familiares passam para uma segunda geração e 14% para a terceira geração. Estes dados indicam que há uma falta de preparo e importância, por parte dos fundadores, para o processo inevitável da sucessão, como aponta Adachi (2006).

Este artigo está organizado em quatro partes. Primeiro, o referencial conceitual utilizado. Depois, a componente metodológica, onde se inclui o procedimento e os dados. Na terceira parte apresentamos os resultados das análises empíricas efetuadas. Concluímos com uma discussão alargada, limitações e pistas para pesquisas futuras.

2. REFERENCIAL TEÓRICO: EMPRESAS FAMILIARES

Diversos conceitos já foram apresentados sobre empresa familiar, mas não há um consenso sobre em que consiste efetivamente uma empresa familiar, o que dificulta o desenvolvimento de estudos neste campo (MELO; OLIVEIRA; PAIVA, 2008). Rober Donneley, um dos precursores no estudo de empresas familiares, caracteriza-as como

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3 organizações ligadas a uma família, por pelo menos duas gerações, e que esta ligação cria uma influência mútua. Alguns autores compartilham da visão de Donnelley, (ver LEACH, 1998; OLIVEIRA, 1999; e LODI, 1998) especificamente ao relacionar a empresa familiar com o fator hereditário e ligado à imagem da família ou fundador. Outros autores consideram que não há obrigação de controle e/ou propriedade para a empresa ser considerada familiar (MARTINS, MENEZES, BERNHOEFT, 1999). Neste sentido, há também autores que possuem conceitos mais ampliados quanto a empresas familiares como, Garcia (2001) e Vidigal (1996). Este último considera toda empresa com origem num seio familiar como empresa familiar, excluindo apenas as com origens governamentais.

Gersick, Davis, Hampton e Lansberg (1997), inspirados nos trabalhos de Davis e Tagiuri (1987), que nos anos 80 elaboraram o modelo dos dois círculos para empresas familiares, considerando os seguintes subsistemas: gestão (ou empresa) e propriedade (ou capital), confirmaram este modelo analisando diversas empresas familiares de diferentes tamanhos, e acrescentaram um novo subsistema: a família. Construíram, assim, o modelo dos três círculos da empresa familiar. Ao analisar o modelo é possível verificar as áreas de conflito numa empresa familiar resultante da interação dos subsistemas.

Também identificando as áreas de maior dificuldade para as empresas familiares Roibal, Solórzono, Carbllo e Feijó (2004) separaram as áreas de conflitos em dois grupos. O primeiro grupo inclui os problemas derivados do funcionamento da empresa, principalmente da confusão entre interesses empresarias e familiares. No segundo grupo são alocados os problemas de sucessão, separando-se em duas frentes. Sendo a primeira relacionada a problemas fiscais decorrentes da sucessão e a forma escolhida para a transferência de patrimônio. E a segunda frente é direcionada para os conflitos familiares no momento da sucessão, quando ocorre a troca de gerações. Para minimizar estes problemas, há um consenso entre os autores ao afirmarem que a melhor forma é o desenvolvimento de um plano de sucessão elaborado em conjunto com membros da família e diretores/especialistas outsiders à família.

A pesquisa em empresas familiares é relativamente recente (HANDLER, 1989; GERSICK; DAVIS; HAMPTON; LANSBERG, 1997). Os primeiros estudos surgiram nas décadas de 60 e 70, com as primeiras análises das empresas familiares como sendo sistemas compostos por dois subsistemas: a família e a gestão (GERSICK; DAVIS; HAMPTON; LANSBERG, 1997). Um indício de que a pesquisa sobre empresas familiares é algo recente se dá ao observar que a principal e mais influente publicação acadêmica sobre empresas familiares a Family Business Review (BIRD; WELSCH; ASTRACHAN; PISTURI, 2002) foi fundada em 1988. Efetivamente, esta publicação ajudou a solidificar a pesquisa em empresas familiares. Por exemplo, o meta-estudo sobre a pesquisa em empresas familiares, como apresentada nos eventos da ANPAD, de Melo, Oliveira e Paiva (2008) identificou o crescendo nos artigos que abordam o tema empresa familiar.

Buscando analisar a estrutura intelectual sobre os estudos de empresas familiares, Casillas e Acedo (2007) realizaram um estudo bibliométrico na Family Business Review (período 1988-2005) e identificaram cinco principais clusters de estudos. O primeiro cluster, identificado como o estudo do processo de sucessão em pequenas e médias empresas familiares. O segundo cluster caracteriza-se pelo foco nas forças e fraquezas das empresas familiares e nos desafios encontrados durante a vida da empresa. No terceiro clusters o foco é a relação entre a empresa familiar e a profissionalização. O quarto cluster aborda as relações familiares dentro da empresa. Por fim, o quinto cluster assenta na análise do próprio campo de estudo da empresa familiar.

Estudos internacionais como o de Casillas e Acedo (2007) e nacionais como o de Melo, Oliveira e Paiva, (2008) apontam que sucessão é o assunto mais estudado nos trabalhos

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4 sobre empresas familiares. Ambos os trabalhos notaram que o foco dos trabalhos sobre sucessão tem sido colocado na descrição do processo sucessório e especialmente seguindo a metodologia do estudo de caso. Borges, Lima e Carvalho argumentam que a maior parte dos trabalhos nacionais referentes à sucessão parte do modelo teórico tridimensional para a sucessão, proposto por Gersick, Davis, Hampton e Lansberg. (1997), que considera que uma empresa familiar pode ser abordada pelo modelo dos três eixos – família, empresa e patrimônio – cada um com fases próprias, nem sempre alinhadas no tempo.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este artigo assenta num estudo bibliométrico que busca, através da quantificação dos documentos escritos, identificar tendências e possíveis padrões na produção científica relacionada ao tema de empresa familiar (Machias-Chapula, 1998). Os levantamentos bibliométricos, desta pesquisa, tiveram como fonte de dados a Web of Science (WOS), esta base de dados eletrônica pertence à ISI Web of Knowledge da Thomson Scientific. A WOS conta com mais de 9.200 periódicos em mais de 45 idiomas diferentes nas áreas de ciências, ciências sociais, artes e humanas.

Todas as buscas deste estudo foram executadas utilizando a opção Topic da Web of Science. Com esta opção a busca é realizada nos seguintes campos: título, resumo, palavras-chave e palavras-palavras-chave plus (indexadas pela WOS). Seguindo o padrão da base de dados, todas as buscas foram feitas com os termos em inglês buscando por family business e variações do termo como, family firm e family succession, também foram buscadas. Dentro do acervo da Web of Science, somente artigos publicados entre 1960 e 2010 fazem parte dos levantamentos apresentados neste artigo. Para as análises usamos o software de acesso gratuito Bibexcel (disponível em: www8.umu.se/inforsk/Bibexcel/).

Esta pesquisa apresenta os resultados da análise de três levantamentos, a saber: (a) levantamento geral; (b) levantamento nos principais periódicos de estratégia; (c) levantamento do periódico Family Business Review (FBR). O primeiro levantamento abrangeu a todos os periódicos inseridos na Web of Science e indicados como das áreas “administração” e “negócios”. Com esta limitação, o levantamento resultou em 695 artigos. O segundo levantamento resultou em 201 artigos compreendendo aos trabalhos presentes nas sete principais revistas de estratégia no mundo listadas por Ramos-Rodriguez e Ruiz-Navarro (2004), a saber: Academy of Management Journal; Strategic Management Journal; Administrative Science Quarterly; Journal of Management; Management Science; Organization Science; Academy of Management Review. O terceiro levantamento foi limitado ao periódico Family Business Review (FBR). Criada em 1988, a FBR é uma revista norte-americana de publicação trimestral, mas cujo arquivo digital só abrange do ano de 2005 em diante contendo 116 artigos.

4. RESULTADOS

Nesta seção seguem os resultados encontrados na pesquisa, bem como, a análise dos achados de acordo com referencial pesquisado.

4.1. ESTUDO SOBRE EMPRESAS FAMILIARES

A primeira observação realizada sobre o levantamento geral é que nos últimos anos houve um forte crescimento no número de artigos sobre empresas familiares (Figura 1). Por exemplo, o crescimento, entre a década de noventa e primeira década dos anos dois mil, foi de

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5 mais de três vezes. Este crescimento também foi apontado por Gersick, Davis, Hampton e Lansberg (1997) e Bird, Welsch, Astrachan e Pisturi (2002), entre outros.

Figura 1 – Evolução do número de artigos Fonte: elaborada pelos autores.

A tabela 1, apresenta os dez periódicos com mais publicações. Destaque principal para a Family Business Review (12% dos artigos), seguida pela Entrepreneruship Theory and Practice e Journal of Business Venturing (4%). A FBR é o único periódico especificamente sobre empresas familiares presente na base de dados Web of Science. É de notar que várias das seguintes revistas são da área de empreendedorismo e pequenos negócios (no conjunto, estes periódicos representam 15% do levantamento).

Tabela 1 – Periódicos com maior número de publicações

Artigos Periódico % do total

86 Family Business Review 12%

31 Entrepreneurship Theory and Practice 4% 27 Journal of Business Venturing 4% 23 Journal of Small Business Management 3%

21 Harvard Business Review 3%

19 Journal of Business Ethics 3%

17 Journal of Business Research 2%

16 Forbes 2%

16 Small Business Economics 2%

14 Entrepreneurship and Regional Development 2%

Fonte: elaborada pelos autores.

A análise dos autores mais prolíficos permite distinguir dois grupos de estudo bem atuantes. O primeiro grupo é em torno de James Chrisman, 12 artigos, e conta com Jess Chua (11 artigos), Franz Kellermanss (8 artigos) e Pramodita Sharma (7 artigos). Este grupo estuda a gestão das empresas familiares de modo geral, a sucessão e utilizando a teoria da agência como perspectiva de análise. No segundo grupo destacam-se Isabelle Le Breton-Miller e Danny Miller, ambos com 9 artigos e que estudam em conjunto com outros autores o

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1964 1968 1972 1976 1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 Nº de  Artigos

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6 desempenho das empresas familiares em comparação com as empresas não familiares, a influência da sucessão no desempenho da empresa e, também, utilizam a teoria da agência como perspectiva de análise.

Outros autores se destacam de forma isolada, a saber: Sharon Danes, com 11 artigos, analisando os efeitos do controle familiar sobre uma empresa, focando na cultura e nos conflitos internos; Monder Ram (9 artigos) aborda os relacionamentos nas empresas e o papal das etnias minoritárias; Paul Westhead (6 artigos) trata das características das empresas familiares por uma ótica da gestão e da propriedade; e, por fim, Zahra Shaker, com 6 artigos, estuda a cultura e gestão do conhecimento nos empreendimentos familiares.

Decompondo as citações dos 695 artigos deste levantamento, observa-se que há grande dispersão de citações com 85% das referências sendo citada uma única vez. Entre as mais de duas mil citações, destaca-se o livro “Generation to Generation”, que quinze anos após o lançamento já aparece como o mais citado deste levantamento. O trabalho de Gersick, Davis, Hampton e Lansberg (1997) aborda todos os aspectos das empresas familiares, focando nos ciclos de vida e no processo de sucessão das empresas. Entre os artigos, o mais citado foi escrito por Ronald Anderson, em 2003, e publicado na The Journal of Finance, esse trabalho analisa a relação entre a propriedade das empresas (familiar ou não) e o desempenho financeiro. Por fim, o trabalho conclui que as empresas familiares apresentam desempenho superior ao das não familiares.

Tabela 2 – Frequência de citações

Nº. de Citações Referências % % Acumulado

Mais de 50 9 0,04% 0,04% 41 a 50 1 0,00% 0,05% 31 a 40 8 0,04% 0,08% 21 a 30 29 0,14% 0,22% 16 a 20 38 0,18% 0,40% 11 a 15 82 0,38% 0,78% 6 a 10 277 1,30% 2,08% 2 a 5 1751 8,21% 10,29% 1 19.144 89,71% 100,00%

Fonte: elaborada pelos autores.

Analisando a lista de referências mais citadas (tabela 3) encontram-se três tópicos mais relevantes, são eles: desempenho, teoria da agência, e a visão baseada em recursos.

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7 Tabela 3 – Principais referências

Freq. Referência Tema estudado

75 Gersick, Davis, Hampton e Lansberg (1997)

Livro – Sobre que aborda as características das empresas familiares, principalmente os ciclos de vida e o processo de sucessão.

71 Ward (1987) Livro – Apresenta estratégias para manter a empresa familiar em crescimento e com lucratividade. 63 Anderson e Reeb (2003)

Investigou a relação entre empresas familiares e desempenho. Descobriram que o desempenho das EF é melhor que das não familiares

61 Jensen e Meckling (1976)

Integra elementos da teoria da agência, da teoria dos direitos de propriedade e da teoria das finanças para desenvolver uma teoria da estrutura de propriedade da empresa.

59 Chua, Chrisman e Sharma (1999) Sugere uma definição para as empresas familiares baseada no comportamento e não pela visão operacional. 58 Schulze, Lubatkin, Dino e Buchholtz (2001) Utiliza a teoria das agências para estudar as EF, e levanta novos aspectos teóricos relacionados às empresas privadas. 56 Porta, Lopez-de-Silanes e

Shleifer (1999)

Estuda em 27 economias a propriedade acionária de grandes empresas. Verificou que apenas uma pequena parte destas tem capital bastante disperso, a maior parte é controlada por famílias ou pelo estado.

54 Sirmon e Hitt (2003)

Examina a gestão dos recursos e os atributos específicos das empresas familiares que fornecem vantagens sobre as empresas não familiares.

51 Habbershon (1999) Compara o desempenho de empresas familiares com empresas não familiares pela perspectiva da RBV.

45 Habbershon (2003)

Apresenta modelo de sistemas unificados de desempenho que ligam os recursos e capacidades geradas pelas famílias empreendedoras com o seu potencial de criação de riqueza transgeracional.

Fonte: elaborada pelos autores.

A comparação do desempenho de empresas familiares com não familiares é o tema mais recorrente entre as referências mais utilizadas. A maioria dos estudos aponta que as empresas controladas por famílias têm desempenho superior ao das empresas com capital disperso. O uso da teoria das agências no estudo das empresas familiares foi constatado em diversos artigos. Esta teoria é utilizada para comparação entre empresas familiares e não familiares pela visando compreender os conflitos da agência entre o principal e o agente e verificando se empresas familiares onde o principal e o agente pertencem à mesma família os conflitos são diferentes dos em outras empresas.

A Resource based view (RBV) também é consideravelmente utilizada para explicar os recursos únicos que as empresas familiares possuem e como a combinação destes recursos pode gerar vantagem competitiva para a empresa. O crescente uso destas teorias em estudos sobre empresas familiares também é destacado por Chrisman, 2005.

Outro ponto de destaque é que quase a metade das referências mais citadas, foi produzida após o ano 2000, o que reforça o argumento de que o estudo das empresas familiares é algo recente e em crescimento. E entre as vinte citações mais citadas apenas duas são livros.

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8 4.2. ESTUDO DE EMPRESAS FAMILIARES NOS PERIÓDICOS DE ESTRATÉGIA

A pesquisa nos periódicos de estratégia não aponta uma tendência tão pronunciada de crescimento no número de artigos sobre empresas familiares (Figura 2), como o do levantamento geral anterior. Ainda assim, há uma tendência inequívoca de crescimento.

Figura 2 – Evolução do número de artigos ao longo dos anos Fonte: elaborada pelos autores.

A seguir, são apresentados os periódicos de estratégia listados por Ramos-Rodriguez e Ruiz-Navarro (2004) como os mais influentes da área e o número de artigos encontrados em cada: Academy of Management Journal (52); Strategic Management Journal (34); Management Science (29); Administrative Science Quarterly (27); Journal of Management (24); Organization Science (19); Academy of Management Review (16).

Neste levantamento, os autores mais prolíficos no período pesquisado foram Davidson, com 7 artigos, que tratou a sucessão do CEO, Rajagopalan, com 6 artigos, onde estudou a sucessão do CEO e a Diretoria Executiva, Canella (6 artigos) e Shen (6 artigos) que tratam a Diretoria Executiva e, finalmente, Worrell (6 artigos) que abordou a a sucessão do CEO.

A primeira observação feita é que apenas Danny Miller aparece nas listas dos dez autores mais prolíficos da pesquisa geral e da pesquisa com as revistas de estratégia. Entretanto, quanto aos temas mais abordados há uma maior semelhança, novamente os temas sucessão e assuntos relacionados à equipe de topo da gestão são os mais estudados pelos autores mais prolíficos. Não foram identificadas grandes redes de coautoria, entre os dez autores com mais artigos, apenas grupos formados por dois ou três autores, a saber: Dalton e Daily (3); Zhang e Rajagopalan (3); Cannella e Shen (3); Nemec e Davidson (1); Davidson e Worrell (3); e Nemec, Davidson e Worrell (3), onde os números representam a quantidade de artigos em parceria entre os autores.

Novamente, foi observado grande dispersão das citações com cerca de 80% dos trabalhos sendo citados apenas uma vez e menos de 1% das referências com mais de vinte citações. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 1961 1978 1985 1990 1995 2000 2005 2010

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9 Tabela 4 – Frequência de citações

Nº. de Citações Referências % % Acumulado

Mais de 20 46 0,39% 0,39% 16 a 20 22 0,19% 0,58% 11 a 15 57 0,49% 1,07% 6 a 10 205 1,75% 2,82% 2 a 5 1886 16,09% 18,91% 1 9504 81,09% 100,00%

Fonte: elaborada pelos autores.

Após a análise da lista com as referências mais citadas deste levantamento (tabela 5) duas são as principais constatações. Primeiro que nenhuma aborda o tema empresa familiar diretamente. E segundo, o principal tema das referências é a sucessão do CEO, porém, também, sem focar em empresas familiares. A maioria das referências trata sobre teorias administrativas gerais e foram utilizadas, principalmente, para classificação e diferenciação das empresas familiares.

O trabalho mais citado “The external control of organizations” de Jeffrey Pfeffer, lançado em 1975 aborda como fatores externos influenciam nas organizações. Possivelmente este estudo é utilizado para analisar a influência da família (fator externo) na empresa.

Tabela 5 – Principais referências

Freq. Referência Tema estudado

41 Pfeffer e Salancik (1975) Livro – A relação entre o ambiente externo e as organizações. 33 Hambrick e Mason (1984)

Discutem as características dos gestores de topo. E verifica relação entre as características dos gestores de topo com o desempenho da empresa. Não fala diretamente sobre EF. 29 William (1964) Aborda a sucessão em times de baseball.

29 Vancil (1987) Livro – Aborda o processo de sucessão de CEO. 29 Donald e Warren (1972)

Avaliam a hipótese de que sucessões internas causam menos mudanças organizacionais do que quando sucessor vem de fora. Não cita casos de empresas familiares.

26 Hannan e Freeman (1984)

Procuram esclarecer o significado de inércia estrutural e derivar proposições sobre a inércia estrutural de um modelo explícito evolutiva.

26 Cyert (1963) Livro – Teoria organizacional.

26 Grusky (1963)

Testa duas hipóteses relacionadas: a taxa de sucessão administrativa e grau de eficácia organizacional são

negativamente correlacionados, e que uma mudança na taxa de sucessão administrativa está negativamente correlacionada com uma mudança na eficácia organizacional.

25 Cannella e Lubatkin (1993)

Analisa o impacto de forças socio-politicas na escolha do sucessor.

24 Jensen (1976) Apresentado anteriormente.

24 Pfeffer (1981) Livro – Características do poder nas organizações 24 Fredrickson, Hambrick e

Baumrin (1988)

Apresentam um modelo em que fatores sociais e políticos são usados para prever a probabilidade de demissão de um CEO.

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10 Nesse levantamento, observou-se a presença de mais livros entre as referências mais utilizadas. Também verificamos que as referências mais utilizadas são mais antigas dos que as observadas no levantamento geral anterior. Essas informações podem ser atreladas, ao fato de o tópico estratégia empresarial estar mais consolidado do que o de empresas familiares.

4.3. FAMILY BUSINESS REVIEW

A Family Business Review (FBR) é considerada o principal periódico sobre assuntos ligados a empresas familiares, como destacam Bird, Welsch, Astrachan e Pisturi, (2002) e Casillas e Acedo (2007), sendo o único dedicado ao tema e que está indexado na base de dados WOS. Criada em 1988, a FBR é uma revista americana com publicações trimestrais. Entretanto, o histórico digital é reduzido abrangendo do ano de 2005 em diante.

Quanto à autoria, os cinco autores com maior número de artigos são: Sorenson Ritch, com 5 artigos, comparando aspectos das empresas familiares com as não familiares; Franz Kellermanns, com 4 artigos, tratando dos efeitos do envolvimento da família na empresa; também com 4 artigos, Ken Moores analisa a estratégia nas empresas familiares; e Dyer W. Gibb, com 3 artigos, abordando a influência da família no desempenho da empresa

Entre os principais temas estudados pelos vinte autores mais prolíficos estão os efeitos do envolvimento da família nos negócios e como esta interação diferencia as empresas familiares das não familiares e o processo de sucessão. Observa-se, neste levantamento, que os autores mais prolíficos estudam temas mais específicos, abordando detalhes das empresas familiares que as diferenciam este tipo de empresa das outras.

Novamente, observamos grande dispersão de citações - com cerca de 80% das referências citadas apenas uma vez. Todavia, neste levantamento encontra-se a menor dispersão, entre os três levantamentos, o que talvez seja explicado por este levantamento ter utilizado apenas um periódico.

Tabela 6 – Frequência de citações

Nº. de Citações Referências % % Acumulado

Mais de 20 9 0,22% 0,22% 16 a 20 11 0,27% 0,49% 11 a 15 26 0,63% 1,12% 6 a 10 81 1,98% 3,10% 2 a 5 620 15,14% 18,24% 1 3.349 81,76% 100,00%

Fonte: elaborada pelos autores.

Através da análise das referências mais citadas observa-se que há semelhanças com as referências encontradas nos levantamentos anteriores. Outra vez os assuntos mais abordados entre as referências mais citadas na Family Business Review foram o processo de sucessão e o desempenho das empresas. As teorias mais usadas foram a teoria da agência e a RBV. O uso destas teorias objetiva, principalmente, distinguir as empresas familiares das não familiares.

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11 Tabela 7 – Principais referências

Freq. Referência Tema

36 Anderson (2003) Apresentado anteriormente. 35 Schulze (2001) Apresentado anteriormente.

30 Ward (1987) Apresentado anteriormente.

29 Gersick (1997) Apresentado anteriormente. 28 Jensen (1976) Apresentado anteriormente. 27 Sirmon (2003) Apresentado anteriormente. 27 Habbershon (1999) Apresentado anteriormente

26 Sharma (2004) Revisão da literatura sobre empresas familiares.

22 Chua (1999) Apresentado anteriormente

20 Schulze, Lubatkin e Dino (2003)

Utiliza as teorias da agência e do comportamento

econômico para avaliar os efeitos da dispersão do controle acionário em empresas familiares.

Fonte: elaborada pelos autores.

Ao analisar as referências mais citadas, observam-se semelhanças com os levantamentos anteriores, como o artigo de Ronald Anderson e o livro de Kelin Gersick. Também se destacam outras duas referências, o artigo de William Schulze (2001), na Organization Science, em que analisa as empresas familiares através da óptica da teoria da agência e o livro de John Ward (1987), onde foca o planejamento para manter a empresa no controle da família com crescimento e lucratividade.

5. DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo analisou as características bibliométricas de 912 artigos e alcançou seu principal objetivo de mapear a pesquisa sobre empresas familiares dentro da área da administração de empresas verificando a existência grupos de coautoria, destacando as principais referências e indicando a tendência de evolução dos estudos sobre o tema.

Quanto a autoria verificou-se que no levantamento geral, realizado em toda base WOS, a existência de grupos de co-autoria mais complexas, com laços fortes entre alguns dos autores mais prolíficos em uma mesma rede. Entretanto, nos demais levantamentos a cooperação entre os autores foi bastante restrita, principalmente, entre os autores com maior número de publicações.

Em todos os levantamentos, cerca de 90% dos autores publicaram apenas um artigo sobre esse tema. Essa característica pode ser considerada um ponto limitante para o desenvolvimento do tema de estudo, tendo em vista que seria importante que uma maior parte dos autores realizasse pesquisas contínuas sobre assunto contribuindo assim para evolução contínua do tema. Ainda quanto ao aspecto do baixo indicie de produtividade da maior parte dos autores observa-se a necessidade de pesquisas mais densas e longitudinais que correlacionem fatores de empresas, setores e economias distintas, não limitando a pesquisa a somente uma realidade. Em contra pronto, ressalta-se que esta característica, referente à autoria, está intimamente relacionada ao fato da pesquisa sobre empresas familiares ser recente e ainda pouco consolidada.

Outra característica comum a todos os levantamentos é a predominância do tópico sucessão como o mais abordado, porém em diversos estudos as sucessões familiares não se

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12 destacavam, este tipo de sucessão é abordado como contra ponto ou exceção a alguma teoria ou constatação feita. Deste ponto surge a possibilidade para novas pesquisas que através das metodologias bibliográfica e de análise de conteúdo possam identificar, a fundo, como as pesquisas foram desenvolvidas e o que/como os estudos agregaram para a área.

Em todos os levantamentos menos de 20% das referências foram citadas mais que duas vezes. Como Casillas e Acedo (2007) apontam que essa dispersão indica que o tema empresas ainda é um tema emergente. Por um lado o grande número de referências corrobora com a tendência de crescimento do campo de estudo. Por outro, reafirma a carência de consenso entre os pesquisadores no que se refere, principalmente, aos conceitos básicos, tendo em vista que não foram identificados trabalhos seminais entras as principais referências dos levantamentos.

Outro indicativo de que o tema é emergente é a pouca citação de livros, onde o conhecimento publicado tende a ser mais consolidado e advindo de pesquisas consistentes, entre as vinte referências mais citadas nos levantamentos, geral e da Family Business Review apenas dois são livros e no levantamento nas revistas de estratégia cinco são livros.

No entanto, mesmo sendo um tema emergente alguns autores já se destacam como influentes para o tema. Os livros de Kelin Gersick (1997) e John Ward (1987) destacam-se como os livros mais influentes para os estudos de empresas familiares. Já William Schulze, Ronald Anderson e Michael Jensen despontam com diversos artigos com grande impacto sobre o tema.

Quanto às limitações, destacam-se dois pontos, o primeiro refere-se a pesquisa ter utilizado como amostra apenas uma base de dados, que apesar de grande abrangência não pode ser tomada como representante absoluta do campo de pesquisa. A segunda limitação do trabalho refere-se à aplicação da técnica de bibliométrico que apresenta aspectos quantitativos da pesquisa, não indo ao fundo das questões da produção intelectual.

Recomenda-se aprofundar as análises feitas, através da realização de um estudo bibliográfico com análise de conteúdo, desenvolvendo assim uma análise mais qualitativa sobre o tema.que permitiria uma melhor detecção não só da evolução da estrutura intelectual do campo, mas também das tendências de investigação futuras no negócio da família.

Com a realização deste estudo, contribuímos para o desenvolvimento do campo de estudo, apresentando o “mapa” das principais características bibliométricas da pesquisa sobre empresas familiares. Espera-se que este estudo auxilie no desenvolvimento de futuras pesquisas fornecendo informações iniciais sobre estudo de empresas familiares e alerte quanto à necessidade de pesquisas mais continuadas e profundas.

6. REFERÊNCIAS

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