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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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Academic year: 2021

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PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

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a

EDIÇÃO - 2003

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AGRA

DECI

MEN

TOS

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Nos dias de hoje, é bastante comum ouvirmos as pessoas externando opiniões em relação às mudanças e às inseguranças. Entendemos que a crise do novo é o resultado de um sentimento que nos invade sem ser anunciado, sem pedir licença, enfim, sem ser convidado e ele chega e fica conosco por tempo indeterminado. O que sentimos é uma espécie de angústia ao constatarmos que o que exis-tia não existe mais e o que vai ser ainda não é...

Diante do desafio de uma releitura do nosso Projeto Político Pedagógico, o objetivo era rever o embasamento teórico, as metodologias adotadas e confrontar com a prática existente em nossas esco-las, com a finalidade de encontrarmos alternativas para viabilizar o nosso ideal de educação. Assim sendo, é com grande satisfação que entregamos à comunidade escolar do Projeção, a 2a edição do

PPP, como referência e inspiração de todas as nossas ações pedagógicas e de apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Entendemos que não estamos propondo algo novo, mas estamos inovando quando percebemos de forma mais clara o que precisamos realizar e quais as estratégias e os cami-nhos para que as nossas opções teóricas se tornem realidade viva.

Nessa caminhada histórica de 26 anos a serviço da educação, temos a alegria e o orgulho de constatar que os pais e os estudantes do Projeção sempre foram atuantes, participando dos momentos de difi-culdades e das horas felizes de comemoração dos resultados positivos. Agradecemos a todos lembran-do que o Projeção existe, especialmente, para atender às famílias na missão de educar seus filhos. Agradecemos a todos os auxiliares e professores, que colaboram, seja pelo seu trabalho qualificado, seja pela participação em todas as atividades da comunidade escolar e em especial na avaliação que fizeram para ajudar na revisão do PPP. A todos, obrigado.

Registramos nosso especial agradecimento aos gestores de cada unidade de ensino, que lideram, coor-denam e assessoram todas as atividades dos Colégios. A eles cabe o mérito de termos conseguido pro-duzir a segunda edição do nosso PPP. Pela dedicação, pelo trabalho incansável e pela competência em transformar conceitos teóricos em práticas de ensino e de gestão escolar, o nosso reconhecimen-to. Agradecemos, desejando que nossa parceria permaneça enquanto existirem nossas vidas.

Finalmente, um agradecimento muito especial à nossa Consultora, Catarina Fontoura Costa pela coor-denação, condução e supervisão do processo em todas as suas fases, promovendo o crescimento de todos os envolvidos e a certeza de um norte seguro em nossa prática pedagógica.

Assim, esperamos que o Colégio Projeção receba um novo brilho, que irradie uma nova luz e que seja capaz de ser um centro de educação reconhecido pelo esforço em pensar e procurar concretizar o novo na educação.

Prof. Oswaldo Luiz Saenger Presidente

4

(5)

SU

RIO

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1.

Apresentação 7

2.

Identidade da Instituição

11

2.1.

Histórico 13

2.2.

Visão

16

2.3.

Missão

16

2.4.

Valores 16

2.5.

Perfil do Egresso

17

2.6.

Finalidades 17

3.

Pressupostos Teóricos do Processo de Ensino e Aprendizagem

19

3.1.

Socioantropológico 22

3.2.

Psicológico 23

3.3.

Epistemológico 24

3.4.

Pedagógico

25

4.

Gestão Administrativa

27

4.1.

Políticas 36

4.2.

Opções Estratégicas

37

4.3.

Delegação de Poderes

38

4.4.

Administração Financeira

39

4.5.

Avaliação Institucional

40

5.

Gestão das Pessoas

41

5.1.

Política de Captação de Pessoal

44

5.2.

Política de Desenvolvimento

45

5.3.

Política de Convivência

46

5.4.

Política de Participação

47

5.5.

Avaliação do Desempenho .

48

5.5.1.

Nosso Conceito de Avaliação do Desempenho

48

5.5.2.

Finalidade da Avaliação do Desempenho

49

5.5.3.

Nossos Objetivos com a Avaliação do Desempenho

49

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7

6.

Gestão Pedagógica

51

6.1.

Conceito de Aprendizagem

53

6.2.

Proposta Curricular

54

6.2.1.

Conceito de Currículo

54

6.2.2.

Organização Curricular

55

6.2.3.

Projeto Pedagógico das Séries e Disciplinas

55

6.3.

Planejamento das Práticas Educativas

57

6.4.

Método de Ensino e de Aprendizagem

58

6.4.1.

Conceito de Método de Ensino

58

6.4.2.

Opção de Método de Ensino e de Aprendizagem do Colégio Projeção

59

6.4.2.1. Método Científico

59

6.5.

O Processo de Avaliação do Ensino e da Aprendizagem

59

6.5.1.

Conceito de Avaliação

60

6.5.2.

Avaliação como Prática de Aprendizagem

61

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(9)
(10)

Assim como o arquiteto expressa a concepção de uma obra em desenhos bem definidos, com traços harmônicos e ordenados, permitindo, deste modo, aos interessados fazer suas opções, nosso Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de explicitar, com clareza, a Identidade da nossa Organização de Ensino, à medida que se definem os pressupostos teóricos que dão sustentação à prática e ao desem-penho pedagógico.

O PROJEÇÃO sempre procurou explicitar, de forma organizada, a sua proposta de trabalho em prol da educação. Muitos documentos já foram escritos, constituindo-se verdadeiros faróis, iluminando o caminho e possibilitando crescer sempre mais em direção ao futuro. Nossa escola se compromete com a formação das novas gerações, usando, de forma adequada, os conhecimentos acumulados no pas-sado histórico.

O documento que ora temos o prazer de reapresentar, segunda edição, emergiu da maturidade de 26 anos de história da missão educativa. É fruto do esforço dos professores das unidades Taguatinga, Guará e Asa Norte e, em especial, do trabalho eficiente dos gestores em todos os níveis. Em muitos momen-tos, contamos com a participação de pais e alunos, respondendo a questões que nos ajudaram a refle-tir e repensar os fundamentos da nossa concepção de ensino e de aprendizagem. A assessoria especiali-zada de consultores externos deu-nos segurança e foi fundamental em várias etapas do processo. Nosso projeto traz um leque de possibilidades a serem implementadas a médio e longo prazos. Em educação, nunca estamos prontos, sempre precisamos encontrar motivação e energias para responder aos desafios do presente e, assim, projetar o futuro. Temos consciência do que já conseguimos realizar e os valorizamos. Contudo, olhamos para o amanhã e pensamos o novo para as novas gerações, que hoje freqüentam nossos colégios. O foco do nosso trabalho é o dinamismo. Propomo-nos a estar sem-pre em sintonia com as inovações. A partir deste entendimento é que reescrevemos o nosso projeto Político Pedagógico com a seguinte estrutura:

IDENTIDADE DA INSTITUIÇÃO: Contém a história do PROJEÇÃO, destacando sua visão de esco-la, de educação, de sociedade e de mundo; a missão educacional, que identifica os compromis-sos e a essência da prestação de serviços; os valores, que são os credos da nossa Instituição; as finalidades, que definem nossa razão de ser, bem como a relevância do nosso papel na dimensão política, ética e social.

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM: Trata-se dos fundamen-tos teóricos escolhidos como parâmetros do nosso trabalho nas mais diversas dimensões, ou seja, socioantropológico e político, psicológico, epistemológico e pedagógico.

GESTÃO ADMINISTRATIVA: Refere-se às políticas e estratégias da administração, da delegação de poderes, da administração financeira e da proposta de avaliação institucional.

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GESTÃO DAS PESSOAS: Define a política de captação, desenvolvimento, formação, assessoramen-to e capacitação de assessoramen-todos os profissionais; trata também, da convivência, da participação e da avaliação de desempenho.

GESTÃO PEDAGÓGICA: Define o conceito de aprendizagem, explicita a proposta curricular, a forma de planejamento das práticas educativas, o método de ensino e aprendizagem e o processo de avaliação. A concretização da proposta pedagógica será um desafio para todos os educadores do PROJEÇÃO. O Projeto Pedagógico das Séries e das Disciplinas será capaz de encontrar as for-mas mais adequadas para operacionalizar as opções e os princípios definidos no Projeto Político Pedagógico como um todo e, em especial, o que se propõe na Gestão Pedagógica.

O documento ora apresentado é um marco na história da nossa Organização, não só pelo tempo dedi-cado pelos profissionais à sua construção, mas, especialmente, porque evidencia quem somos, o que fazemos, por que fazemos e aonde queremos chegar. Este documento encontra-se em segunda edição e será sistematicamente revisitado como processo constante de inovação no ensino e na aprendiza-gem. No Projeto Político Pedagógico, definem-se os princípios que orientam o trabalho nas três dimen-sões da gestão escolar e será referência para o Regimento da escola.

O novo Projeto Político Pedagógico contém profundidade, bem como valor por si mesmo, mas ga-nhará força, vitalidade na prática educativa e, principalmente, nos resultados que serão alcançados por meio do crescimento e do desenvolvimento de nossos alunos. Somos todos autores deste docu-mento: foi escrito por nós. Almejamos que seja a energia que dará vida aos nossos sonhos de edu-cadores, de cidadãos e de pessoas que desejam ser felizes.

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2. IDENTIDADE DA

INSTITUIÇÃO

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2.1. HISTÓRICO

PROJEÇÃO 26 ANOS: OUSADIA E IDEAL, CONSTRUINDO A HISTÓRIA

Os primeiros passos...

Educar é mais do que um trabalho, vai além do ideal de uma profissão. É algo semelhante ao sonho que invade a alma, ilumina o pensamento, dando forças para que a missão seja concretizada, inde-pendentemente dos limites e das dificuldades.

Assim, nasceu o PROJEÇÃO, emergindo do ideal de fazer da educação o grande caminho para construir uma sociedade capaz de acolher todos os seres humanos, dando-lhes condições para viverem felizes. Pode-se afirmar que o PROJEÇÃO está sendo fundado e reconstruído permanentemente. Porém, as datas mais importantes da nossa história são: 24 de julho de 1977 – dia da fundação – e 1ode agosto

do mesmo ano, quando foi ministrada a primeira aula.

Taguatinga... as raízes do crescimento

Em agosto de 1977, foram implementados os cursos de preparação para os Exames Supletivos e para os Concursos Vestibulares. O êxito desses cursos foi uma espécie de âncora que ajudou a superar as dificuldades dos primeiros tempos.

O ano de 1978 foi registrado, na história do PROJEÇÃO, como um período desafiador, pois eram ape-nas 84 alunos matriculados ape-nas oito séries do 1o grau, hoje Ensino Fundamental. Foram necessários

empenho, dedicação, criatividade e competência para superar as dificuldades daqueles tempos. A partir do ano de 1995, o primeiro prédio do PROJEÇÃO transformou-se na Unidade II de Taguatinga, tornando-se um Centro Educacional com a finalidade de atender a jovens e adultos, bem como ofere-cer Cursos Preparatórios para concursos e ingresso no 3oGrau.

Asa Norte... a segunda unidade

A partir de análise estratégica que indicava o Plano-Piloto como importante pólo de desenvolvimento e crescimento, decidiu-se que a primeira unidade de expansão seria na Asa Norte. Assim, no dia 5 de março de 1980, nasceu o Colégio PROJEÇÃO em Brasília, mantendo-se, também, uma unidade anexa, na cidade de Sobradinho, até o ano de 1987.

No início, a unidade de Brasília oferecia apenas cursos supletivos. No ano de 1985, as instalações do PROJEÇÃO Asa Norte ganharam outras dimensões que, por sua vez, ampliaram as atividades educa-cionais da unidade com a aquisição da escola “Caminho Feliz”. A nova sede possibilitou a ampliação dos cursos oferecidos, passando, então, a atender, também, à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental.

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Ainda nos primeiros anos da nova escola, promoveu-se grande investimento para melhorar as insta-lações, ampliar as salas de aula e oferecer estrutura adequada às mais variadas atividades esportivas. Assim, foi construída uma área com piscina, campo de futebol e quadras poliesportivas.

A Unidade da Asa Sul foi criada em 1989 com a finalidade de atender, exclusivamente, a alunos do Ensino Médio. Após seis anos de funcionamento, por motivos estratégicos, ela foi incorporada à Unidade da Asa Norte. A partir de 1997, a Unidade da Asa Norte passou a oferecer o Ensino Médio, completando os níveis de ensino em relação às crianças, aos pré-adolescentes e aos jovens. No mesmo ano, os alunos e os professores da Unidade da Asa Sul passaram a integrar a comunidade lar da Asa Norte. Em 1999, a Unidade Brasília disponibilizou também o Curso Pré-Vestibular. A esco-la redefiniu melhor seu público alvo em 2000 e decidiu oferecer seus serviços somente para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental.

Guará... a consolidação do crescimento

Ainda no ano de 1978, foi comprada uma área da Terracap, no Guará, destinada à construção da primeira sede própria do PROJEÇÃO. A obra foi iniciada em 1980 e concluída em 1982. O calendário histórico do PROJEÇÃO passa a ter mais uma data significativa – o dia 21 de fevereiro de 1983 – quan-do o novo Colégio foi inauguraquan-do, danquan-do-se início às atividades letivas que, a partir daquele momen-to, cresceriam e se desenvolveriam.

No ano de 1983, foi implementado o Ensino Fundamental e o Ensino Médio – à época, 1oGrau e 2o

Grau – bem como o Ensino Supletivo (no período noturno), que conferiram, à Unidade do Guará, grande responsabilidade no que diz respeito à formação das crianças e dos jovens da localidade. Em 1994, criou-se o Curso Pré-Vestibular. Estrategicamente, em 2002, foram suspensas as atividades do curso Pré-Vestibular e em 2003 do curso de Educação de Jovens e Adultos.

Taguatinga I... a era da modernidade

No início da década de 90, aumentaram os desafios para toda a sociedade. Era estratégico crescer. Passamos a vivenciar as mudanças constantes e os novos paradigmas em todas as dimensões da vida bem como na educação. Nesta nova sociedade, a qualidade dos serviços passou a ser o diferencial; e a competência, a única chance de sobrevivência.

O PROJEÇÃO sempre teve caráter dinâmico, procurando oferecer as melhores condições para a práti-ca edupráti-cativa. Chega um momento em que precisamos demonstrar habilidades de forma mais concre-ta e ousada. Foi então que nasceu o projeto da construção de um novo prédio para o ensino regular, em Taguatinga, cidade fundacional do PROJEÇÃO.

No ano de 1994, deu-se início à construção da nova sede que recebeu atenção especial, tanto na beleza da arquitetura quanto nas condições do espaço físico. O período da construção foi excepcional-mente rápido, permitindo que, no ano seguinte – 1995 – os alunos, professores, auxiliares, coorde-nadores e a direção tivessem a alegria de conviverem, no novo ambiente de trabalho, estudo e ensino.

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As aulas, na Unidade I de Taguatinga, iniciaram-se no dia 1ode março de 1995. Em 1999, o espaço

físi-co foi ampliado físi-com a físi-construção e a inauguração do Centro Cultural e Esportivo PROJEÇÃO.

Sede da mantenedora... uma verdadeira rede de ensino

A idéia inicial de ter uma escola e contribuir com o desenvolvimento da educação de Taguatinga foi sendo ampliada à medida que surgiam novas alternativas e oportunidades. Assim, em um tempo histórico relativamente pequeno, o PROJEÇÃO passou a ter quatro unidades de ensino. O fato exigiu maior acompanhamento para que todas as unidades tivessem o padrão PROJEÇÃO de Qualidade. A partir de 1983, o PROJEÇÃO passou a conceber uma estrutura para manter uma sede central administrativa com a finalidade de proporcionar às escolas base sólida de orientação, assessoramento e capacitação, atendendo a todos os gestores e professores das unidades.

A partir de 1990, o escritório central passou a funcionar no Edifício Porto Alegre, em Brasília. Na comemoração dos 21 anos do PROJEÇÃO, a sede passa por ampla reforma, tornando-se ainda mais moderna e com uma infra-estrutura de recursos tecnológicos e de pessoal altamente qualificado para dar suporte às necessidades das quatro unidades.

No segundo semestre de 2003, em função da grande expansão do Projeção em Taguatinga, a estrutu-ra do escritório da mantenedoestrutu-ra, instalou-se na unidade dessa cidade.

Consolidando a primeira fase da estruturação, expansão geográfica e implementação das Unidades de Ensino, o investimento é direcionado ao aprimoramento e à qualificação do processo de ensino e aprendizagem.

A formação dos professores sempre foi prioridade. Por isso, foram redimensionadas as Semanas Pedagógicas, quando são oportunizadas formas diversas e variadas de aprimoramento acadêmico, didático, assim como o desenvolvimento de equipes.

O investimento na aquisição de tecnologias aplicadas à educação também faz parte da história do PROJEÇÃO. Ainda em 1986, os professores de 1a a 4a série do Ensino Fundamental e alguns gestores

foram capacitados na utilização da informática como ferramenta no processo de ensino. Hoje, todas as unidades contam com amplos laboratórios, onde o aprendizado se torna mais dinâmico e moder-no, possibilitando aos alunos e professores a visão de futuro e a capacidade de lidar com o novo, que constantemente surge.

A história do PROJEÇÃO é o resultado de coragem, dedicação e muito empenho de todos que fize-ram parte desta grande caminhada, em especial dos seus alunos, que sempre fofize-ram, e continuarão sendo, a razão de todos os empreendimentos e realizações.

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2.2. VISÃO

O Centro Educacional visa ter excelência, reconhecida pela sociedade, tornando-se a melhor opção entre pais, alunos e profissionais da educação que buscam a realização pessoal e social.

2.3. MISSÃO

A Missão do CENTRO EDUCACIONAL PROJEÇÃO consiste em oportunizar a construção do conhe-cimento mediante métodos e tecnologias atualizadas, tendo, como resultado final, cidadãos empreen-dedores, autônomos, inovadores, críticos e capazes de planejar, organizar, liderar e participar ativa-mente da sociedade atual e da futura, chegando ao sucesso acadêmico, profissional e pessoal.

2.4. VALORES

Por meio do conjunto de valores destacados como prioridade, expressamos nossas convicções e crenças em relação à vida, ao ser humano e às formas de ser e conviver. Entendemos que todos os va-lores que dignificam o homem e favorecem a convivência, a realização pessoal e profissional mere-cem atenção. Assim sendo, os nossos valores principais são :

RELAÇÕES ÉTICAS E SOLIDÁRIAS: Nesta opção, incluem-se os projetos formativos, bem como os princípios de convivência que consideramos eficazes na formação não só dos profissionais do ensi-no como também de ensi-nossos aluensi-nos.

APRENDIZADO COOPERATIVO E QUALIFICADO: Sabemos que a capacidade de interagir em grupo e saber produzir em conjunto é uma habilidade cada vez mais exigida nos diversos segmen-tos da sociedade. Logo, este valor é altamente relevante dentro de nossa organização.

DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇAS E CONSCIÊNCIA DE CIDADANIA: Todas as pessoas pos-suem habilidades de liderança, porém, na maioria dos casos, o processo formativo, seja na família, na escola ou na sociedade, tem caráter de inibição. O PROJEÇÃO entende que é muito importante manter um espaço onde todos possam desenvolver suas habilidades para liderar e, ao mesmo tempo, serem participativos quando outros lideram. Esse processo de formação de líderes conduz ao desenvolvimento da consciência de cidadão e do papel de cada um nos mais diferentes grupos sociais e níveis de convivência.

VISÃO INTEGRAL DO SER HUMANO: As teorias educacionais, bem como as religiosas, sempre tiveram a tendência de considerar apenas partes ou dimensões do ser humano. Assim, a visão era a seguinte: à escola cabe desenvolver a cognição e a inteligência esquecendo o emocional; a religião ocupa-se com os investimentos para salvar a alma, ou seja, o espírito em oposição ao corpo. Nossa crença é que não podemos ver o indivíduo apenas a partir de uma dimensão, divi-dida e incompleta. O ser humano só é pessoa com totalidade e integridade de todas as suas

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sões. Ao colocarmos, como valor, a visão integral do ser humano, definimos que serão integrados, no currículo e nos projetos formativos, temas que possibilitem aos educadores atender a todas as necessidades do ser como pessoa. Só um ser humano integral e harmoniosamente equilibrado poderá desenvolver-se plenamente.

2.5. PERFIL DO EGRESSO

Tendo como parâmetro o projeto pedagógico, principalmente as finalidades, os valores e as práticas pedagógicas, o PROJEÇÃO tem, como objetivo formativo, o desenvolvimento integral de seus alunos. Espera que, gradativamente, os seus alunos sejam identificados pelo desempenho e pelas habilidades desenvolvidas ao longo do processo educacional. De acordo com os princípios estabelecidos no Projeto Pedagógico, os estudantes egressos devem apresentar as seguintes características:

Ser cidadão empreendedor, autônomo, inovador, crítico.

Ser sujeito capaz de planejar, organizar, liderar e participar da sociedade de forma crítica, cons-ciente, solidária e respeitosa, alcançando sucesso profissional e pessoal.

Ser capaz de dialogar, de maneira competente, com a comunidade, respeitando, ouvindo, reivin-dicando direitos e cumprindo obrigações; participando da vida científica, cultural, social e políti-ca do país e do mundo.

Ser capaz de utilizar a criatividade, as habilidades e as diversas formas de linguagem na resolução de problemas do mundo moderno.

Ter domínio da língua escrita e falada, possuir raciocínio lógico, pensamento sistêmico, bem como usar a tecnologia como ferramenta, sendo capaz de trabalhar e aprender em equipe.

Estar apto para atuar no mundo do trabalho dentro de princípios de respeito a si mesmo e aos outros. Ter a autonomia, a cooperação e o sentido de co-responsabilidade nos processos de crescimento individual e coletivo.

2.6. FINALIDADES

O COLÉGIO PROJEÇÃO é uma organização de ensino de direito privado que foi concebida, desde sua origem, com a finalidade de contribuir na formação de crianças, jovens e adultos, cumprindo, assim, papel social de suma importância. Coerente com esta filosofia, o PROJEÇÃO investe,

sistemati-18

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camente, na formação dos seus profissionais, bem como em recursos tecnológicos, didáticos e pedagógicos, para que professores e alunos tenham melhores condições de sucesso no processo de ensino e aprendizagem. Entre o grande universo de papéis que envolvem uma Instituição Educacional nos tempos de hoje, destacam-se alguns aspectos relevantes para o PROJEÇÃO:

Desenvolver atitude que possibilite conceber a educação como processo que vai além da profis-são, do trabalho. A Educação é causa, ou melhor, ideal que ultrapassa os limites pessoais e orga-nizacionais.

Oportunizar meios e condições para que a escola seja um centro de investigação, de busca, de dúvida, de curiosidade e, assim, de produção do conhecimento.

Viabilizar o processo de ensino centrado no aluno, favorecendo o seu desenvolvimento como cidadão empreendedor, consciente dos seus direitos e cumpridor de seus deveres, sendo capaz de encontrar soluções para os mais diversos problemas que a vida apresenta.

Preparar o aluno para que seja profissional competente e capaz de atuar no mercado de trabalho, que está em constante mutação.

Habilitar o aluno para o trabalho em equipe e capacitá-lo a organizar, planejar e liderar com responsabilidade, tendo consciência do individual e do coletivo.

Ter autonomia para ser, criar, realizar e propor, tendo, como parâmetro, o princípio: o que é bom para mim deve ser bom também para o outro e para a sociedade.

Ter capacidade de educar para a vida, desenvolvendo uma consciência profissional capaz de perceber que as crianças e jovens aprendem a partir do que vivenciam e não do que ouvem. Despertar para o valor do estudo, do conhecimento, da consciência de que é preciso ser eterno estudante, capaz de unir as descobertas do passado às novas teorias que surgem.

Além das várias finalidades, o PROJEÇÃO identifica-se com a missão de ser pioneiro na concepção do novo papel da escola e das transformações necessárias para que a educação seja capaz de acom-panhar as mudanças de cada período da história. O PROJEÇÃO existe para valorizar a educação como ciência formativa, para valorizar os profissionais da educação como agentes importantes na sociedade e para valorizar o ensino, como serviço dos mais relevantes prestados por seres humanos.

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3. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

DO PROCESSO DE ENSINO

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O Conhecimento é o elemento básico a ser trabalhado na educação, por ser o centro norteador da nossa prática pedagógica. Está vinculado à ética, às atitudes e aos valores que atendem ao compro-misso filosófico da escola, isto é: à formação do ser e do conviver – aspectos que humanizam e dão significado ao conhecimento científico.

Afinal, o que é conhecimento? Como se constrói? Como as pessoas dele se apropriam?

Do ponto de vista dialético, há uma complexidade entre o que se ensina e o que é aprendido; inves-tigar essa relação significa a busca de uma explicação que permita respostas aos questionamentos que se têm centrado, atualmente, para a maioria dos teóricos da educação, na Perspectiva Construtivista. Dentro da Perspectiva Construtivista, o conhecimento constitui-se de forma singular em cada indiví-duo: “Cada pessoa pensa de um jeito, porém existem características que são comuns a todos os jeitos de pensar” (Piaget).

Conforme Piaget – biólogo, psicólogo, filósofo e fundador da epistemologia genética, ciência que estu-da o conhecimento segundo sua origem e posterior desenvolvimento –, o conhecimento acontece quando o sujeito interage com o objeto do conhecimento, que poderá ser do meio físico ou social. O novo conhecimento implica a assimilação das vivências ocorridas no processo de interação. Essa assimilação provoca conflitos cognitivos, pois traz consigo algo novo.

Quando provocado o conflito, ocorre o desequilíbrio, isto é, novas representações são feitas mediante algo novo que foi assimilado, processo conhecido como “acomodação”.

“É este movimento, esta ação que refaz o equilíbrio perdido, porém, o refaz em outro nível, criando algo novo no sujeito. Este algo novo fará com que as próximas assimilações sejam diferentes das ante-riores, sejam melhores: o novo equilíbrio é mais consistente que o anterior. O sujeito constrói – daí o construtivismo” (Becker).

Sendo assim, não se pode esquecer da história do conhecimento já percorrida pelo sujeito, nem a importância do meio social.

Na enorme complexidade da teoria Piagetiana, não existe um real absolutamente verdadeiro; o que existem são realidades interpretáveis e, na tentativa de interpretá-las, usamos e transformamos nossos esquemas cognitivos ao mesmo tempo em que transformamos a realidade. De acordo com Piaget, “as transformações possuem a chave do saber”.

Outros autores têm contribuído no que se refere à importância da construção do

conhecimento.

Vygostsky e seus colaboradores destacam a linguagem, em suas relações com o pensamento, como meio principal de transmissão cultural. Afirma que o desenvolvimento nada mais é do que a apropri-ação ativa do conhecimento disponível na sociedade em que o sujeito nasceu. É preciso que o sujeito aprenda e integre, à sua maneira de pensar, o conhecimento da sua cultura.

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Um conceito de Vygostsky muito importante na orientação da prática pedagógica é a Zona de Desenvolvimento Potencial ou Proximal, a região compreendida entre aquilo que uma pessoa já sabe e aquilo que ela pode vir a saber em boa situação de aprendizagem.

Finalmente – tendo como base os referenciais citados – as idéias e metodologias de alfabetização con-cretizam-se a partir da Psicogênese da Língua Escrita, trabalho de Emília Ferreiro e Ana Teberosky. Neste pensamento, as autoras destacam a interação entre as crianças e a língua escrita socialmente construída pelos homens ao longo de sua história.

Com base nestes pressupostos, o PROJEÇÃO fez sua opção por uma educação centrada na construção do conhecimento, sustentada por eixos de significação, reflexão, autonomia, organização, conheci-mento prévio, interação e apresentação do aprender a aprender como método de ensino.

O aprender a aprender afasta-se do “armazenamento” de conhecimento copiado, decorado, com infinitas aulas teóricas, execução de provas e reprodução imitativa do saber além de privilegiar a ati-tude de questionamento construtivo, teórico e prático, em que o conhecimento atualizado é modo de ver a realidade e, sobretudo, base para nela intervir. É preciso construir a didática do aprender a apren-der em um contexto de investigação, problematização e pesquisa.

Para sedimentar a atitude do aprender a aprender, trabalhamos com o currículo integral e abrangente que caracteriza a Proposta Pedagógica do PROJEÇÃO.

Além da visão a respeito do conhecimento, conforme apresentada, faz-se necessário também, apro-fundar, no Projeto, os pressupostos que fornecem subsídios para compreensão dos fenômenos envolvi-dos no processo ensino-aprendizagem e os elementos que interferem na nossa prática pedagógica, quais sejam: socioantropológico, psicológico e epistemológico.

3.1. SOCIOANTROPOLÓGICO

O homem é o sujeito do seu próprio desenvolvimento, construtor da história e da sociedade em que vive. Como ser social, ele necessita da interação com o meio físico e social para atingir a sua plena dimensão humana. O processo de interação homem-mundo, sujeito-objeto torna-se imprescindível para que esse ser humano se desenvolva e se torne sujeito de sua práxis.

Segundo a Abordagem Crítico-Social dos Conteúdos, o homem chega a ser sujeito por meio da reflexão sobre o seu ambiente. Só existem homens concretos, situados no tempo e no espaço, inseri-dos no contexto socioeconômico, cultural, político, enfim, no contexto histórico. O homem é sujeito da sua própria educação: toda ação educativa deverá promover o próprio indivíduo e não ser instru-mento de ajuste deste à sociedade.

“O homem é um ser que possui raízes espaço-temporais: é um ser situado no e com o mundo.”

Por essa abordagem, a escola é vista como um espaço favorável, em que todos os membros da sociedade podem convergir ou em que podem conflitar seus diferentes valores dentro dos princípios democráticos.

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O homem cria a cultura à medida que enfrenta a sua condição de vida, que reflete sobre ela e dá respostas sobre os desafios que encontra.

O COLÉGIO PROJEÇÃO entende a cultura como uma aquisição sistemática de experiências da humanidade, da qual seus alunos fazem parte. Neste sentido, a interação com a cultura será feita de forma crítica e criadora e, não, simplesmente, mediante o armazenamento de informações justapostas. A escola investe na preparação de indivíduos críticos e instrumentalizados para os desafios da nova ordem social. Os processos de ensino e aprendizagem favorecem a integração dos conhecimentos tec-nológicos, científicos, filosóficos e éticos em função da integridade dos sujeitos e de sua compreen-são da sociedade globalizada, bem como a sua atuação sobre a mesma.

Cria-se espaço para desenvolver práticas sociais, nas quais os alunos não apenas entram em contato com valores determinados, mas também aprendem a estabelecer hierarquia entre valores, ampliam sua capacidade de julgamento e a consciência de como realizam as escolhas, para que se tornem alunos autônomos mais capazes de se posicionarem e atuarem em situações de conflito. Desta forma, confirmamos nosso compromisso com a construção da cidadania voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva.

3.2. PSICOLÓGICO

O ser humano distingue-se dos demais pela capacidade de desenvolver-se na habilidade de racioci-nar, de sentir, pensar e aprender de forma diferente, podendo assim interagir e modificar o seu meio. Esta modificação se dá por meio da educação e o seu desenvolvimento ocorre de forma peculiar, ampliando novas possibilidades, conquistas e realizações específicas de acordo com a história de vida de cada pessoa.

Os fatores internos e externos, que favorecem o desenvolvimento, são vários e complexos. Pode-se partir das explicações genéticas e chega-se aos fatores sociais, econômicos, emocionais e educa-cionais. O nível de desenvolvimento possível de ser atingido relaciona-se com essas particularidades que possuem peso e importância única. É preciso que a escola, como espaço formativo e educativo, participe desses aspectos, já que são determinantes para o aprendizado dos alunos.

Sem a pretensão de privilegiar um dos fatores, percebe-se que a dimensão psicológica pode ser um facilitador com os demais aspectos. É que, à medida que o sujeito, seja ele criança, adolescente, jovem ou adulto, tenha consciência de sua realidade interna como pessoa, poderá fazer mudanças e provo-car verdadeiras transformações, tanto na vida pessoal como profissional e social. Não se trata apenas de conhecer o próprio funcionamento psíquico, mas, sim, como lidar com suas questões internas de forma que se propicie autonomia e autoconfiança que, por sua vez, são uma espécie de suporte para o que chamado de desenvolvimento saudável.

O ser humano é um ser social e interage com muitos grupos mediante objetivos diversos. A escola é um desses espaços de interação privilegiado, pois os alunos encontram-se em processo de desenvolvi-mento da personalidade. Assim como na família, na escola ocorrem processos de identificações,

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cionados tanto para a figura masculina quanto a feminina, enfatizando-se dimensões da função mater-na, que acolhe e dá segurança, e da função paterna que oportuniza identificações, direção e limites. Nessas situações, cabe à escola compreender as diversas manifestações de comportamento, não se detendo apenas no sintoma ou conflito emergente, podendo assim intervir nos verdadeiros focos. Educar para a autonomia é educar para a liberdade interior, em que a auto-estima esteja harmoniza-da com a valorização dos outros; os sentimentos sejam forças motivacionais na busca de superação de dificuldades ou para as conquistas de sonhos e ideais desejados. O sucesso e o êxito pessoal depen-dem tanto do saber como das condições emocionais para empreender e realizar. As práticas pedagó-gicas e formativas do PROJEÇÃO visam desenvolver em seus alunos, tanto a capacidade para construir conhecimentos como habilidades para vivenciar emoções e sentimentos de forma saudável. Educar de forma integral, valorizando-se todas as dimensões do ser humano, é o requisito básico para que todos tenham condições de fazer opções maduras e conscientes.

3.3. EPISTEMOLÓGICO

Epistemologia é a ciência que estuda o conhecimento e explica cientificamente como ele se processa no ser humano. Concebendo que o sujeito aprende a partir de um processo de construção do conheci-mento no qual a interação é o cerne das práticas pedagógicas inovadoras; o PROJEÇÃO faz sua opção pelo interacionismo. Deste modo, suas ações pedagógicas estão pautadas em uma abordagem intera-cionista na qual ocorre a construção de um saber elaborado e plural, tendo como princípios teóricos os estudos desenvolvidos por Piaget, Vygotsky, Henri Wallon e Edgar Morin.

Por meio da epistemologia genética, Piaget defende o desenvolvimento cognitivo do sujeito em está-gios evolutivos que se realizam no processo de assimilação, acomodação e equilibração. Piaget con-sidera as ações humanas a base do comportamento. Tudo no comportamento parte da ação. Ensinar significa provocar o desequilíbrio no sujeito para que ele, procurando o reequilíbrio, se restruture cog-nitivamente e aprenda. O processo de aprender é a capacidade de reestruturar-se mentalmente em busca de um novo equilíbrio. Para Piaget, o ensino deve, portanto, ativar o processo constantemente. Ao ampliar o estudo sobre o processo de construção do conhecimento, referenciamos a teoria socioin-teracionista de Vygotsky, a qual concebe o sujeito como um ser ativo, sendo que a construção do seu pensamento se dá de acordo com o seu ambiente histórico, cultural e social. Em sua teoria, o desen-volvimento humano é o resultado da interação do homem e do mundo, de suas experiências vividas. As diferentes experiências levam a diferentes interpretações de seu contexto social, ocorrendo, daí, o desenvolvimento da consciência humana. A maneira como cada um aprende é particular e individual, porém, o homem não é apenas passivo ou ativo em seu processo de desenvolvimento, ele é um sujeito interativo, pois é na troca com outros sujeitos que vão se internalizando seus conhecimentos, ou seja, o processo vai do plano social para o plano individual.

Complementando os aspectos do desenvolvimento cognitivo do sujeito por Piaget, ressaltando a importância do meio, predominantemente o social de Vygotsky, Wallon propõe a Psicogênese da pes-soa completa , ou seja, o estudo integrado do desenvolvimento humano nas dimensões cognitivas, afe-tiva e motora com grande destaque à emoção e à afetividade do ser humano.

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Nas contribuições de Edgar Morin, sociólogo francês, encontram-se referenciais que objetivam a for-mação de indivíduos polivalentes e receptivos à pluralidade de conhecimentos. Nesses referenciais há uma proposta de reestruturação das idéias atuais por meio do ensino transdisciplinar, capaz de formar cidadãos plenos, solidários e éticos, aptos a enfrentar os desafios dos nossos tempos. Nesse contexto, o pensador afirma ser necessário estimular o pensamento plural, o raciocinar dialeticamente, propon-do a ação de um novo espírito científico, cujo objetivo é conectar, contextualizar, interligar e glob-alizar as diversas áreas do conhecimento. Morin defende a interligação de todos os conhecimentos pela efetivação de novas formas de pensar que ultrapassem a fragmentação e a mutilação que acabam isolando os saberes, favorecendo uma aprendizagem desconexa e irreal. Ao contrário, o autor propõe a formação do indivíduo polivalente, articulando o saber em totalidades por meio do ensino transdis-ciplinar, o qual contempla o conhecimento de forma global e contextualizada, portanto, muito mais real e significativa.

Com base nas contribuições e teorias do interacionismo, o Projeção fundamenta seu processo de ensi-no e aprendizagem. Nesses referenciais teóricos, reforçamos ensi-nossa opção por práticas educativas con-sistentes e coerentes com um pensar crítico e inovador.

3.4. PEDAGÓGICO

O PROJEÇÃO norteia a sua prática pedagógica, procurando compreender e aplicar embasamentos teóricos propostos por autores comprometidos com a inovação pedagógica e a mudança de paradig-mas na Educação. Para fundamentar o pressuposto pedagógico, cuja finalidade é propor a iluminação teórica do ato de ensinar, comprometido com o do aprender, há que se partir da integração do nosso conceito de aprendizagem e do método de ensino, escolhidos como um dos caminhos para a cons-trução do conhecimento. Ao integrar-se o conceito de aprendizagem com o método de ensino, inspi-ramo-nos em Alicia Fernandez e Pedro Demo na arte de unir ciência e vida, desejo e produção de conhecimento bem como uma maior compreensão sobre o ser aprendente e ensinante. Nossa prática visa ao crescimento integral do aluno no processo de construção da aprendizagem, nos aspectos afe-tivo, social e cognitivo.

No processo de ensino e aprendizagem, uma das questões vitais para que os objetivos educacionais sejam alcançados é a relação professor-aluno, que deve ser sadia, equilibrada, afetiva e profissional. O professor não pode exercer com êxito a sua função sem a interação adequada com o aluno e vice-versa. A relação entre professor e aluno proposta pelo PROJEÇÃO é de parceria, na qual o aluno envolve-se de forma consciente, contribuindo com o sucesso do professor e o professor faz o mesmo em relação ao crescimento dos alunos. É a relação indispensável para que haja uma aprendizagem significativa que, se estabelecida no espaço novo “entre” o aprendente e o ensinante, torna-se o espaço estimulador para a inovação e a produção de conhecimento.

O ser humano é um ser aprendente/ensinante, portanto, sujeito e autor de sua história. Tal concepção se remete a um posicionamento subjetivo, ora de aprendente, ora de ensinante, acionado por necessidades internas e externas, despertando o desejo de aprender. Tais necessidades surgem do impulso vital, sempre pre-sente e se refere à energia que é o fator propulsor do funcionamento e existência do indivíduo. Por essa ótica, no processo de ensino e aprendizagem, o objetivo principal não é o conteúdo ensinado, aprendido ou

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aprendido, mas o posicionamento do aprendente/ensinante e a intersecção problemática, que é desarmôni-ca, mas necessária para o processo de construção da aprendizagem. É importante ressaltar que essa desar-monia pode ser instigada a qualquer momento, já que o processo de aprendizagem é evolutivo e infinito. Em decorrência disso, ocorre uma mudança radical na identidade do professor e do aluno no âmbito escolar. Tanto o professor quanto o aluno assumem um novo papel, ora de ensinante, ora de apren-dente num processo dialético, enfatizando ainda mais a função de ensinar do professor. Segundo Alicia Fernandes, (2001, p. 55) “até poderia dizer que, para realizar uma boa aprendizagem, é necessário conectar-se mais com o posicionamento ensinante do que com o aprendente. E, sem dúvi-da, ensina-se a partir do posicionamento aprendente”. Cabe ao professor orientar o processo emanci-patório dos seus alunos, ou seja, investi-los do caráter “pensantes capazes de aprender" por meio da pesquisa, método que suscita postura de questionamento criativo, pelo desafio de inventar soluções próprias e pela descoberta de soluções alternativas. O professor é o manipulador gestor do ambiente de aprendizagem e tem a função de propiciar as interações do aluno com o meio, problematizando situações que o levem a construir o seu conhecimento sobre o tema que está sendo abordado. Usando-se como fio condutor do processo de ensino o método científico, a aprendizagem se dá por meio da definição do tema, da problematização, do levantamento de hipóteses, da coleta de dados, da análise dos dados e da conclusão. Ao professor cabe orientar e mediar este processo, possibilitan-do ao aluno, com base em elaboração próprias e independentes, construir o universo significante e empreendedor. Assim, o estudante torna-se um sujeito autor, para quem o conhecimento passa a ser um referencial de mediação entre a realidade atual e a desejada e promoverá transformações na vida pessoal, na relação com o outro e, conseqüentemente, no seu meio social. Desta forma, ultrapassa-se o espaço informativo apenas com instruções e informações necessárias, levando o aluno a dialogar e questionar a realidade com objetivo de atingir o conteúdo formativo. Assim sendo, o estudante torna-se o autor de sua aprendizagem, já que torna-será autor das conclusões parciais ou finais do processo de pesquisa e de investigação, fontes inesgotáveis e fascinantes de descobertas. Trata-se, portanto, de um processo de onde emergem condições favoráveis ao crescimento do sujeito e à concretização dos seus projetos pessoais e coletivos.

Considerando a visão integral do aluno, proposta pela escola, entende-se ser importante enfatizar a visão de totalidade, presente no processo de ensino e de aprendizagem, na concepção em que se esta-belece o diálogo entre as diversas ciências. É relevante respeitar e valorizar as especificidades e pecu-liaridades das diversas áreas do saber, privilegiando o pensamento sistêmico e não o linear ou frag-mentado. Assim sendo, o PROJEÇÃO concebe um processo de ensino/aprendizagem contextualizado, a partir da visão interdisciplinar, acreditando na possibilidade de criar um novo jeito de ensinar e de aprender. Assim, lembrando Edgar Morin, é preciso repensar a educação como um caminhar do pen-samento, que faz interagirem as partes e o todo num movimento de ir e vir sucessivo e contínuo.

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4. GESTÃO

ADMINISTRATIVA

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O modelo de gestão de uma organização é o agente definidor do seu crescimento. No universo das teo-rias administrativas, a importância de ir além do organizar e mesmo do administrar, implementando processo de gestão efetivo e consistente, é condição indispensável para quem quer crescer. A gestão não é sinônimo de administrar, pois exige procedimentos mais efetivos, tais como: definir, implemen-tar, prever e medir os resultados, para confrontar-se a posição atual e as metas a serem alcançadas. A Gestão Administrativa da Organização tem como objetivo liderar e coordenar todos os processos existentes com visão de futuro e de desenvolvimento estratégico. Por conseguinte, torna-se necessário criar ambiente que favoreça a motivação de todas as pessoas no sentido de participarem do processo, tomando decisões e atuando de forma obter-se os resultados estabelecidos.

O PROJEÇÃO desenvolve a prática de gestão cuja finalidade é atender às necessidades individuais, tendo, como foco, o todo da organização. As diretrizes e opções estratégicas da Organização de Ensino são definidas a partir da delegação de responsabilidades, com base no desempenho compe-tente de todos e no comprometimento de cada um com o sucesso e o crescimento da Instituição. O dinamismo do processo de gestão acontece por intermédio da liderança da presidência da Mantenedora que, assistida pelos diferentes departamentos, acompanha com seus diretores as unidades de ensino que desenvolvem suas funções em um processo de desdobramento das diretrizes. Tomam-se as grandes decisões em conjunto, mas a operacionalização acontece com o acompa-nhamento do diretor e dos coordenadores das unidades.

Com a estrutura de funcionamento definida e consciente da necessidade de implementar processo de gestão, embasada em teorias administrativas, o PROJEÇÃO optou pelos princípios da Gestão pela Qualidade, complementada pelas orientações da abordagem de Peter Senge nos tratados sobre Organização de Aprendizagem.

Segundo Juran e Deming, ao estabelecer e planejar a Gestão pela Qualidade, é necessário identificar projetos vitais com potencial para melhorar a qualificação dos serviços oferecidos. Tal processo exige mais do que a aplicação de uma teoria de gestão: implica um processo de mudança cultural da própria Organização. É importante atentar sempre para o nível de satisfação dos clientes internos e externos, pois, caso contrário, os resultados esperados não acontecem.

A Gestão pela Qualidade ocorre pela assimilação dos conceitos e pela mudança de paradigma na prestação de serviço. Ocorre, também, pelo domínio das ferramentas da qualidade que contêm o método de gerenciamento. Os desdobramentos da gestão, porém, são implementados mediante a aplicabilidade dos sete critérios de excelência na administração dos processos. Em nossa opção, a Gestão pela Qualidade é complementada, e mesmo enriquecida, com os princípios vitais da teoria da Organização de Aprendizagem nos principais eixos, denominados por Peter Senge como cinco disci-plinas. No PROJEÇÃO, a compreensão e a aplicabilidade dos oito critérios e das cinco disciplinas deram origem às seguintes práticas de gestão:

1) LIDERANÇA – Para o PROJEÇÃO, liderança é habilidade a ser desenvolvida e exercitada por todos,

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a partir dos diversos níveis de atuação. A liderança desenvolve-se por meio de ações dos gestores nos processos administrativos e de desenvolvimento das pessoas, e no assessoramento e acompan-hamento pedagógico. Em relação ao processo de ensino e aprendizagem a liderança se expressa na interface relacional professor e aluno pela qual ambos aprendem e ensinam, mas permanece com o professor a liderança maior, expressa na mediação do processo.

De acordo com o princípio de liderança da ISO 9000 “os líderes estabelecem a unidade de propósi-to e o rumo da organização. Convém que eles criem e mantenham um ambiente interno, no qual as pessoas estejam totalmente envolvidas no propósito de atingir os objetivos da organização.”

O modelo de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade estabelece entre seus fundamentos o “comprometimento da alta direção”, que diz: “A força propulsora da excelência organizacional está baseada na capacidade e no comprometimento da alta direção em desenvolver um sistema de gestão eficaz, que estimule as pessoas a um propósito comum e duradouro, considerando os valores, as dire-trizes e as estratégias da organização e comprometendo-os com os resultados.”

Dentre as principais ações desenvolvidas no PROJEÇÃO como práticas de liderança, destacam-se as seguintes:

Comunicação e divulgação da Visão e Missão da Escola.

Incentivo aos projetos de melhoria definidos nos planejamentos de áreas e disciplinas. Melhorias nos processos da escola.

Definição e acompanhamento do exercício das funções de cada setor. Incentivo à vivência dos valores e respeito às leis.

Promoção e valorização do trabalho em equipe. Participação nas atividades e projetos comunitários.

Divulgação e representação do PROJEÇÃO junto às instituições e aos eventos da comunidade. 2) ESTRATÉGIAS E PLANOS – É a ferramenta de gestão que permite estabelecer diretrizes, fazer opções

estratégicas, definir metas e indicadores de resultados. Os objetivos da Mantenedora dão origem às diretrizes das Unidades, que são operacionalizadas em projetos e programas de ação.

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O processo de planejamento é realizado com a assessoria e o acompanhamento da Mantenedora, con-tando, também, com a participação de consultores externos. As Equipes Diretivas das Unidades de Ensino realizam os planejamentos a partir da realidade de suas Unidades, porém existe o processo de troca, opções conjuntas e decisões comuns.

O processo de planejamento define metas a serem alcançadas a curto, médio e longo prazos. As ações têm como finalidade o crescimento da Instituição, bem como o desenvolvimento de todas as pessoas que dela fazem parte. Assim, são pensados e planejados os processos administrativos, a gestão das pes-soas e o desempenho pedagógico nos seus mais diversos desdobramentos. Planejar é forma concreta de interferir na definição do futuro da Escola e do seu desempenho.

3) CLIENTE – A partir do conceito de cliente interno e externo, entendemos e definimos ser o aluno o cliente principal. As famílias e a sociedade pertencem ao grupo de clientes especiais, porém é o aluno o alvo central. Assim sendo, definiu-se o conjunto de estratégias e procedimentos para gerar condições de atender às necessidades dos nossos clientes, e, mesmo, antecipá-las.

O estudo e a análise da realidade são feitos com o objetivo de conhecer as tendências do Mercado e, assim, poder responder sempre aos desafios que surgem. Para atender às demandas do mercado, cria-mos cursos novos, adaptacria-mos o currículo e ampliacria-mos a prestação de serviço, aprovando e implemen-tando outros níveis de ensino.

Os clientes internos, professores e auxiliares são parceiros, visando estar sempre abertos e preparados para ouvir o cliente principal: o aluno. Comprometemo-nos, pois, a corresponder a seus interesses, e sermos eficientes, inovadores e prontos para atender às demandas do mercado que está em constante processo de mudança.

4) SOCIEDADE – O PROJEÇÃO, observando o crescimento demográfico e a escassez dos recursos naturais, amplia cada vez mais o compromisso de promover um ensino que contemple o senso de conservação do meio ambiente.

Neste contexto, cabe não só ensinar, mas auxiliar constantemente na formação do cidadão para que este internalize a consciência da preservação do meio ambiente podendo, assim, colaborar no desen-volvimento sustentável e satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.

Ações educativas em relação à questão são consideradas prioritárias, promovendo verdadeiras mudanças para mentalizar os educandos na responsabilidade pela conservação do meio ambiente e da qualidade de vida. Tais ações visam estimular a criação de programas voltados ao resgate de valores li-gados à vivência da cidadania. Desta forma, o educando poderá se envolver na concepção e no des-dobramento pró-ativo, responsável e cooperativo, com participação em projetos relacionados a:

Ações formais para a melhoria das condições ambientais da comunidade, do bairro, da quadra e da própria escola.

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Conscientização sobre a exclusão social e o desemprego.

Propostas concretas para melhorar a qualidade de vida e a cooperação para ações humanitárias e solidárias.

O PROJEÇÃO tem uma preocupação constante por gerenciar seus empreendimentos de maneira ética e transparente, incorporando tais valores ao planejamento de suas atividades, buscando tornar-se par-ceiro e co-responsável pela qualidade de vida, estimulando a todos os que fazem parte da Instituição a um comportamento dentro dos padrões éticos tanto individual como coletivos, referenciando-se pelas seguintes ações:

Estabelecendo e firmando uma relação de transparência e lealdade nas iniciativas e investimentos. Sendo sensível e avaliando de forma contínua o grau de satisfação de todos os que fazem parte da organização, realizando ações que respondam aos anseios e bem estar com vistas à prosperidade de todos.

Busca-se, assim, valorizar as peculiaridades de cada aluno, incorporando a diversidade sem nenhum tipo de distinção, oferecer serviços complementares de conscientização social e ambiental, adotar práticas criativas na sala de aula, adaptar o projeto pedagógico, sempre implementando as melhores práticas de gestão, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa.

5) INFORMAÇOES E CONHECIMENTO – Da habilidade e da eficiência para gerenciar as informações dependerá o êxito da gestão da Organização como um todo. Pode-se afirmar que é impossível desen-volver um processo de gestão sem a gestão científica das informações. No PROJEÇÃO, as estratégias de coletar e sistematizar as informações são variadas, dependendo do grupo, do foco a ser avaliado, e do momento. As informações, porém, são sistematizadas, permitindo fazer análise dos processos nos três níveis básicos, que são:

Análise dos processos ou das atividades realizadas.

Análise comparativa, na qual se confronta um processo em relação aos demais ou à própria Instituição; comparam-se os atuais resultados com os anteriores ou com outras escolas da região, do país e mesmo com escolas de outros países.

Análise crítica da Organização, mediante a qual todos os pontos fracos são identificados com a finalidade de gerar projetos de melhoria e, assim, crescer de forma consistente.

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O sistema de indicadores de gestão serve para monitorar o desempenho dos diversos projetos e pro-gramas. Ao mesmo tempo, constitui-se em verdadeiro método de informações, dando ciência a qual-quer momento, sobre a distância entre a realidade existente e as metas definidas. A informação sem análise pode ser a forma de corromper e destruir a Instituição; análise sem informação é semelhante ao edifício sem alicerce. É da informação e da análise que pode emergir o verdadeiro progresso da Organização de Ensino.

6) PESSOAS – Do êxito da Gestão das Pessoas vai depender o sucesso da Organização como um todo. Nenhum objetivo ou nenhuma meta poderão ser alcançados se as pessoas não estiverem motivadas e preparadas para a sua realização. Assim sendo, o PROJEÇÃO desenvolve práticas de Gestão das Pessoas com a finalidade de favorecer o crescimento de todos.

A formação de equipes para o desempenho das diversas funções é uma das práticas de Gestão das Pessoas mais eficiente. É o que o PROJEÇÃO vem adotando e querendo implementar sempre mais. As Unidades de Ensino têm suas equipes de trabalho. A equipe é o lugar da troca, do estudo, do plane-jamento, da avaliação e, assim, do crescimento.

Com a finalidade de promover melhorias nos processos de Gestão das Pessoas, o PROJEÇÃO inova, incluindo, em seu Projeto Político-Pedagógico, capítulo para tratar especificamente da Gestão das Pessoas. A Mantenedora está presente junto às Unidades de Ensino e desenvolve projetos formativos para as lideranças das Unidades e estas para os demais profissionais da escola, com a finalidade de pro-mover a qualificação, o bem-estar, a qualidade de vida e, conseqüentemente, o crescimento de todos. 7) PROCESSOS – A excelência pedagógica, bem como a melhoria contínua de todos os serviços

edu-cacionais, são resultantes do planejamento, da assessoria, do controle e do aperfeiçoamento per-manente de todos os processos. Como Instituição de ensino, o nosso processo principal é o ensino e a aprendizagem. Para qualificá-lo sempre mais, definiram-se as seguintes estratégias de gestão:

PROCESSO PRINCIPAL: Inclui ensino e aprendizagem, revitalizados e qualificados pela proposta do Projeto Político-Pedagógico, tanto na sua concepção como na implementação do método de Ensino.

PROCESSOS DE APOIO: Estão organizados nos vários departamentos com especialistas nas mais diversas áreas da educação. O desempenho de suas funções acontece com assessoramento e no acompanhamento das práticas de ensino. A gestão pedagógica, porém, vai além dessas atividades e desenvolve processos de avaliação da qualidade do ensino e da aprendizagem, usando indi-cadores para medir as metas alcançadas, divulgando os resultados e implementando melhorias. RELAÇÃO COM OS PRINCIPAIS FORNECEDORES: O PROJEÇÃO conta com um universo de fornecedores em diversas áreas. A relação acontece por contatos formais e informais, dando ênfase à relação de parceria.

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Realiza-se a gestão dos processos com o objetivo de promover melhorias permanentes e, assim, chegar à excelência na prestação de serviços em educação, beneficiando, não só nossos clientes, mas tam-bém a sociedade como um todo.

8) RESULTADOS – Na dinâmica da gestão pelos oito critérios de excelência da qualidade, são definidos, em cada um dos critérios, os objetivos a serem alcançados pela Organização. Os resulta-dos são os demonstrativos das metas alcançadas em cada critério. Só se tem o resultado quando se atinge o fim desejado. Enquanto não forem alcançados os objetivos previstos, é preciso avaliar, usar o sistema de informações e análise para identificar onde estão as falhas do processo e fazer as ações corretivas até chegar ao alvo proposto.

Neste sentido, o PROJEÇÃO propõe-se a monitorar, sistematicamente, todos os processos no que se refere:

Ao conjunto de metas e objetivos da Gestão Administrativa. Ao conjunto de metas e objetivos da Gestão das Pessoas. Ao conjunto de metas e objetivos da Gestão Pedagógica. À satisfação dos pais e alunos com o serviço recebido. À divulgação anual dos resultados alcançados.

Com a finalidade de aprimorar os princípios da Gestão pela Qualidade, optamos pela abordagem teórica da organização de Aprendizagem resumida nas cinco disciplinas que orientam para uma administração inteligente em que todas as pessoas sejam eternos aprendizes. O PROJEÇÃO vem desenvolvendo práticas no sentido de chegar a constituir uma verdadeira Organização de Aprendiza-gem, de modo que todos possam participar, construindo seu aprendizado de forma individual e cole-tiva. A inteligência da Instituição é o resultado do saber coletivo de seu corpo funcional.

Os princípios fundamentais da teoria da Organização de Aprendizagem contêm cinco pontos estratégicos para o desenvolvimento e crescimento, assim entendidos e assumidos pela comunidade escolar do PROJEÇÃO:

PENSAMENTOS SISTÊMICOS – No desenvolvimento do ser humano, várias dimensões são conside-radas igualmente importantes. Ser sujeito é ser plenamente responsável por todas as suas ações. Porém, para chegar a esse nível, a pessoa necessita de uma consciência bem formada, capaz de per-mitir a tomada de decisões, sabendo o que está fazendo e quais as suas conseqüências. O Pensamento Sistêmico é o que nos permite perceber, com antecedência, os resultados das nossas ações realizadas

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hoje. A partir deste contexto, pode-se afirmar que o pensamento ocupa uma das funções mais rele-vantes no comportamento humano. É da habilidade de pensar, estabelecer relações, tomar decisões, julgar corretamente, discernir e escolher que o indivíduo define o rumo da sua vida.

A Instituição de ensino precisa encontrar os métodos adequados para ajudar a desenvolver, em nos-sos alunos as habilidades que favoreçam o pensamento sistêmico.

DOMÍNIO PESSOAL – Refere-se ao cuidado que a Organização precisa ter para que todos possam desenvolver suas habilidades: aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver. Isto quer dizer que o ser humano precisa desenvolver todo o seu potencial para ser plenamente pessoa. Nesta dimensão, fica evidente a relevância do papel do educador e da Instituição de Ensino como cen-tro formador e de desenvolvimento humano.

MODELOS MENTAIS – A educação do ser humano é o resultado de suas vivências na família, na esco-la e na sociedade. São Instituições que educam a partir de seus padrões culturais, suas crenças e seus valores religiosos, morais e sociais. O conjunto desses paradigmas, que são transmitidos ao indivíduo de diversas formas, interfere na formação de suas crenças pessoais, ou seja, nos seus modelos mentais. Os modelos mentais funcionam, na mente humana, como uma espécie de filtro, que determina a con-cepção de vida, a visão de mundo e, por vezes, chega a ser determinante em suas escolhas pessoais. Como educadores, temos a missão de reforçar as crenças positivas e ajudar nossos alunos a construir um padrão mental sadio, para que façam opções construtivas e sejam felizes.

VISÃO COMPARTILHADA – Diz respeito às estratégias da Instituição para construir, coletivamente, o senso comum. Á medida que a escola contribui para formar sujeitos autônomos, ela também desen-volve a prática da interdependência. Só quem tem autonomia pessoal é capaz de sentir-se intimamente ligado ao todo da Organização, seja pela proposta dos Objetivos, da Visão e da Missão ou pela sabilidade comum. A tarefa poderá ser realizada individualmente, mas todos, na Instituição, são respon-sáveis pelos seus resultados.

APRENDIZADO EM GRUPO – Uma das maiores diferenças entre o ser humano e os demais é a sua capacidade de aprender. Pode-se afirmar que aprender é algo que identifica o ser humano. Porém, é possível aprender de várias formas e, assim, chegar a aprendizagens mais ou menos significativas. O aprendizado sempre é coletivo, mesmo quando realizado por um único indivíduo, pois sempre haverá em suas descobertas alguma relação com o meio em que se está inserido ou com outras pes-soas. Porém, o aprendizado individual é uma espécie de base para o desenvolvimento da pessoa. À proporção que o ser humano interage com os demais é que adquire condições para estabelecer relações e chegar a experiências realmente significativas de aprendizagem. O aprendizado em grupo é essencial para que o sujeito obtenha resultados extraordinários e seja produtivo no trabalho coletivo.

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A sociedade moderna exige habilidade para refletir, aprender, trabalhar e decidir em conjunto. O PROJEÇÃO deseja cumprir sua missão de formar sujeitos capazes de atuar com êxito na sociedade e realizar-se na vida pessoal e profissional.

4.1. POLÍTICAS

Crescer exige um conhecimento profundo da realidade existente bem como das possibilidades inter-nas e de mercado. Só cresce quem sabe onde está e aonde quer chegar. Contudo, o crescimento não é algo espontâneo que ocorre de forma desorganizada e empiricamente. Com base nas informações sistematizadas e devidamente analisadas, o PROJEÇÃO definiu suas diretrizes, cuja finalidade é esco-lher os caminhos que devemos percorrer para chegarmos ao desejado alvo.

As políticas definem as bases para o planejamento estratégico, que, por intermédio de projetos e pro-gramas, deve encontrar os meios para concretizar os grandes objetivos da Organização. Assim sendo, as principais políticas do PROJEÇÃO foram delineadas como se segue:

1. Excelência Pedagógica – A médio e a longo prazos, o PROJEÇÃO será um centro de excelência pedagógica na avaliação dos alunos, pais e professores. Tais indicadores servirão para estabelecer níveis de comparação com as demais instituições de Ensino que buscam a excelência.

1.1. Qualidade de Ensino – Garante melhoria contínua, mediante o planejar para mudar, avaliar para melhorar, agir para transformar e organizar para atuar.

1.2. Qualidade da Aprendizagem – Inclui o uso de método eficiente para aprender a aprender, em que o aluno possa ser um construtor do seu conhecimento e tenha as devidas condições para desen-volver as habilidades de pensar, raciocinar, analisar, interpretar e criar.

2. Qualidade Organizacional – É assegurada por meio da Gestão Administrativa, Gestão das Pessoas e Gestão Pedagógica. Demonstra-se, também, pela definição de metas e indicadores para monitorar os processos e pelo desenvolvimento de práticas de melhoria contínua.

3. Desenvolvimento dos Recursos Humanos – Ocorre com a implementação das práticas de Gestão das Pessoas em que os projetos de desenvolvimento, de assessoria e de avaliação sejam concretiza-dos sistematicamente, favorecendo o crescimento de toconcretiza-dos.

4. Autonomia Institucional – Gera condições para que o PROJEÇÃO seja capaz de investir em seu crescimento, de tal forma que seus objetivos de expansão possam ser alcançados a curto, médio e longo prazos.

5. Parcerias – Viabilizam-se parcerias com as comunidades locais, com ênfase nas instituições educa-cionais particulares, buscando sempre a expansão das atividades do PROJEÇÃO.

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4.2. OPÇÕES ESTRATÉGICAS

Ao definir a Visão e a Missão, o PROJEÇÃO fez a sua grande opção estratégica, que deve ser uma espé-cie de iluminação para fazer outras escolhas. O PROJEÇÃO está, pois, bem espé-ciente do conteúdo da sua Visão: “Ser um Centro Educacional de excelência, reconhecido pela sociedade e que se torne a me-lhor opção entre pais, alunos e profissionais da educação que buscam a realização pessoal e social.” Tendo presente que a Visão é como um sonho a ser concretizado por todos na Organização, o PROJEÇÃO situa sua Missão como forma de concretizar a Visão, definindo que: “A Missão do CEN-TRO EDUCACIONAL PROJEÇÃO consiste em oportunizar a construção do conhecimento por meio de métodos e tecnologias atualizadas, tendo, como resultado final, cidadãos empreendedores, autônomos, inovadores, críticos e capazes de planejar, organizar, liderar e participar ativamente da sociedade atual e futura, alcançando sucesso universitário, profissional e pessoal.”.

Para concretizar com êxito a Missão, o PROJEÇÃO estabelece as Opções Estratégicas como fundamen-to de fundamen-todos os processos da Organização de Ensino:

1. Crescimento – A concepção de crescimento do PROJEÇÃO situa-se na perspectiva do desenvolvi-mento para ampliar a sua estrutura, tornar-se maior na quantidade e melhor na qualidade. Tal opção tem a finalidade de alcançar melhores condições para aprimorar a prestação de serviço em edu-cação, oferecendo aos alunos o diferencial de tecnologia para aprender com qualidade.

2. Excelência Pedagógica – A excelência pedagógica configura-se com desempenho pedagógico per-feito, em todos os níveis, qualidade de ensino e de aprendizagem, alunos satisfeitos, escola procu-rada por todos.

3. Cidadania – O desenvolvimento social, político e econômico de todas as sociedades depende dire-tamente da qualidade da educação com consciência de cidadania. Ciente de sua missão como cen-tro educacional, o PROJEÇÃO faz opção estratégica para contribuir, socialmente, com o desenvolvi-mento, definindo que:

Seus alunos e professores serão, cada vez mais, sujeitos responsáveis pela construção e preser-vação dos direitos e deveres na sociedade.

As Unidades de Ensino estão comprometidas com a formação e com o desenvolvimento da con-sciência de cidadania, com ênfase nos valores cívicos formando cidadãos críticos, responsáveis, solidários, agentes na comunidade e, por isso, empreendedores.

Estamos integrando a formação cognitiva, a formação humana para valores de convivência social e comunitária.

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Referências

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