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29.2008-09-CGF-TEXTOnX-PLANODESESSO

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(Breves notas)

Dezembro de 2008 RM

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Introdução

Nas mais diversas situações da vida corrente, pessoal ou profissional, a existência de um plano de acção é fundamental, pois permite minimizar os erros e manter o itinerário previamente traçado para atingir o objectivo proposto. O planeamento é, por isso, uma fase essencial na realização de qualquer projecto. No domínio da formação, pela mesma razão e sobretudo para que esta tenha êxito e seja útil, é necessário que seja planeada, considerando os múltiplos vectores com ela relacionados. Sem um plano de acção adequado, não é possível avaliar o que se faz ou não faz, nem saber as causas ou condicionamentos que lhe estão subjacentes.

1. Tendências do plano de sessão

No domínio da actuação prática são, frequentemente, verificadas duas tendências. Uma, que se caracteriza por agir de forma improvisada relativamente ao conteúdo a expor. Neste caso, corre-se o risco de se gerar alguma confusão na assembleia e de se perder o objectivo a atingir. Em sentido oposto, encontra-se outra tendência que assenta na estruturação total dos conteúdos e que se caracteriza por retirar a espontaneidade e flexibilidade, por vezes necessária, podendo transformar o formador, eventualmente, numa espécie de escravo do plano. Esta dicotomia extrema e de algum modo excessiva, levou a que se procurasse encontrar uma solução intermédia que considerasse o plano como uma estrutura orientadora, mas admitindo a necessária flexibilidade para permitir que o formador pudesse fazer os ajustamentos e esclarecimentos pertinentes com anotações e complementos adequados.

2. Planeamento e preparação da sessão de formação

Como se procurou evidenciar, o plano de sessão é absolutamente necessário e consiste na sistematização dos tópicos da sessão de formação contendo a matéria a desenvolver, mas conferindo-lhe uma ordem lógica e/ou pedagógica. Exige, porém, do formador, duas condições essenciais:

1º - Conhecimento pleno e profundo da matéria que vai tratar/ministrar

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Assim, respeitando as condições referidas, para elaborar uma sessão de formação, o formador pode e deve proceder de acordo com as seguintes fases:

 Definição do objectivo a atingir (objectivo da sessão);

 Recolha de informação e de mais material necessário para a sessão;  Escolha da estratégia pedagógica a adoptar;

 Elaboração dos suportes de informação a utilizar (visual e/ou audiovisual);  Preparar técnicas para avaliação da sessão;

 Definição do plano a seguir;

O plano da sessão deverá conter 3 partes distintas, mas integradas, constituindo, por isso um todo, ou seja, uma introdução (com motivação e esclarecimento geral), um desenvolvimento (exposição da substância técnica ou científica da sessão) e uma conclusão (enumeração das ideias a reter).

Com a introdução, pretende preparar-se um ambiente favorável e criar nos formandos disponibilidade para a sessão, motivando-os e criando-lhes abertura mental e psicológica para receberem os conteúdos que vão ser transmitidos. É relevante dar a indicação global do assunto a ser tratado na sessão bem como do interesse e importância que poder ter para os formandos.

Na fase de desenvolvimento (“ou cerne da sessão”), que é sempre a mais exigente e absorvente, há que ter sempre presente um conjunto de aspectos, de que se destacam os seguintes:

 Definir o princípio orientador do desenvolvimento da sessão sobre o qual se vai apoiar.

 Manter uma sequência que assegure informação e conteúdo progressivos.  Considerar o que o formando já sabe, partindo desse ponto.

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 Organizar a informação, de modo que seja interessante e que corresponda às expectativas e necessidades do formando.

 Utilizar a sequência de assuntos mais conveniente (lógica ou pedagógica).  Evitar transformar a sessão de formação numa prova de resistência.

A duração da sessão de formação pode tornar-se demasiado fatigante para os formandos, pelo que é conveniente não a transformar numa prova de resistência à fadiga. Por isso, devem fazer-se intervenções que não ultrapassem em média os 15 minutos seguidos e concluída por sínteses. Assim, cada sessão pode ser composta por várias sub-sessões que, todavia, perfazem um todo. De igual modo, é importante a uti1ização de meios técnicos, auxiliares visuais e audiovisuais adequados, pois a variedade aumenta o interesse e a motivação dos formandos, prendendo a sua atenção. Por outro lado, o apelo do formador aos conhecimentos já transmitidos e adquiridos pelos formandos é uma forma de os reavivar para prosseguir a sessão, encadeando-os num todo e dando-lhes continuidade com os novos conhecimentos a serem abordados. Tal procedimento facilita a compreensão dos formandos.

Na fase de conclusão da sessão pode fazer-se também a síntese do que foi dito, dando uma visão geral do conteúdo exposto evidenciando os pontos chave da sessão e a sua inter-relação salientando a sua operacionalidade na ajuda, compreensão e resolução de problemas reais, presentes e/ou futuros.

3. Fundamento da elaboração do plano de sessão e de curso

A Formação Profissional é uma actividade suficientemente importante e digna para exigir que, quem a ela se dedica adopte procedimentos coerentes e práticas cuidadas, tanto no domínio científico, como no técnico e humano. A dignificação da formação poderá construir-se a partir da objectividade de processos e conteúdos por um lado e do respeito pelos formandos nas acções de formação, por outro lado. Estes princípios, que devem nortear qualquer indivíduo que se dedique à formação profissional, levam a que sempre paute a sua conduta pelo princípio da transparência de processos. Assim sendo, é importante que cuide da elaboração de um plano de acção que o levará a pensar para agir e não a agir para pensar, como pode eventualmente acontecer, transformando uma

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acção de formação numa acção de convívio amistoso. Do ponto de visto do formador, o plano de sessão é importante e útil, porque:

 Leva-o a preparar-se e a reflectir sobre os pontos menos conhecidos ou claros, aprofundando-os em tempo oportuno;

 Ajuda-o a cobrir a matéria prevista, evidenciando os pontos mais importantes;  Dá confiança e é um suporte estabilizador;

 Constitui um precioso auxiliar de memória, a que pode recorrer ao longo da sessão de formação;

 Prevê e define o que o formando deve saber ou saber fazer no final da sessão, facilitando a ulterior ava1iação (se for caso disso);

 Assegura a coerência e sequência 1ógica de conteúdos a ministrar ao longo da sessão (e do curso);

 É um guião que auxilia o formador a manter-se na linha previamente traçada, evitando desvios e perdas de tempo.

Como se pode verificar, dispor de um plano de sessão (e por extensão de curso), supõe antes de mais que foi efectuada a preparação técnica necessária e, consequentemente, também a preparação psicológica do formador. O plano de sessão (e de curso) é ainda útil, porque permite fazer a gestão equilibrada do tempo atribuído à sessão (e ao curso de que esta faz parte), fazendo os ajustamentos necessários, em tempo útil, de tal modo que sejam tratadas todas as matérias constantes do respectivo programa. Assim, se em determinado aspecto há aceleração da matéria ministrada, noutro poderá conceder-se mais tempo para tratar mais detalhadamente um assunto específico.

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Anexo

Esquema-base - Plano de sessão INFORMAÇÕES GERAIS

SOBRE: INTRODUÇÃO DEsENVOLVrMENT0 CONCLUSÃO

O curso — Assunto — Conteúdo — Síntese final

Objectivo/ duração/ bibliografia

— Motivação — Apresentação — Informação

Títu1o da sessão — — — Interesse, utilidade e ap1icação — — — Utilização, aplicação/ transfert — Quadro referencial Equipamentos (audivisuais) Métodos/técnicas pedagógicas Técnicas de avaliação PLANO DE SESSAO

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Referências

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