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Reflexo da desoneração da folha de pagamento nas organizações

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ROGÉRIO COSTA BEBER MARTINS

REFLEXO DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO NAS

ORGANIZAÇÕES

(Trabalho de Conclusão de Curso)

IJUÍ (RS)

ANO 2014

(2)

ROGERIO COSTA BEBER MARTINS

REFLEXO DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO NAS

ORGANIZAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis.

Apresentado no Curso de Ciências

Contábeis da UNIJUI, como requisito parcial para a obtenção do titula de bacharel de Ciências Contábeis

PROFESSORA ORIENTADORA:

Ms. ANÉLIA FRANCELI STEINBRENNER

(3)

RESUMO

O presente trabalho de conclusão do curso, estuda os aspectos referentes à desoneração da folha de pagamentos proposta pela Lei n°12.546/2011, intitulado Plano Brasil Melhor. Perpassando pelas empresas de transporte de passageiros, metalúrgica, hoteleira e de tecnologia da informação, tendo como elemento fundamental o histórico das empresas das competências de maio de 2013 a maio de 2014, culminando com a avaliação dos cálculos do INSS pela folha de pagamentos e pela receita bruta esta que preconiza a desoneração da folha. Com objetivo de concluir a tarefa de conclusão do Curso de Ciências Contábeis na UNIJUÍ, e assim compreender os impactos e benefícios desde a homologação da Lei que recentemente se tornou definitiva, buscando aliar a teoria à prática, ampliando conhecimentos nesta área. Baseando-se na pesquisa aplicada descritiva, foi levantado e apurado os valores, que resultam para as atividades estudadas em um grande beneficio econômico, resultantes da contribuição patronal substituída sobre a receita bruta.

PALAVRAS-CHAVE: Contribuição Patronal Substituída pelo Faturamento; Desoneração da Folha de Pagamentos; Plano Brasil Melhor; Lei n° 12.546/2011.

(4)

SUMÁRIO

LISTA DE QUADROS ... 6

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ... 7

INTRODUÇÃO ... 9

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ASSUNTO ... 11

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA ... 11

1.2 CARACTERIZAÇÕES DAS ORGANIZAÇÃOES ... 11

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 13

1.4 OBJETIVOS ... 14

1.4.1 Objetivo geral ... 14

1.4.2 Objetivos específicos ... 14

1.5 JUSTIFICATIVA ... 14

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E TEÓRICA ... 16

2.1 CONTABILIDADE ... 16

2.1.1 Princípios e Normas de Contabilidade ... 17

2.1.2 Usuários da Contabilidade ... 19 2.1.3 Objetivos da Contabilidade ... 20 2.2 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA ... 23 2.2.1 Tributos ... 23 2.2.2 Departamento Pessoal ... 34 3 METODOLOGIAS DO TRABALHO ... 37 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 37

3.1.1 Do Ponto de Vista de sua Natureza ... 37

3.1.2 Do ponto de Vista de seus Objetivos ... 37

3.1.3 Quanto à forma de Abordagem do Problema ... 38

3.1.4 Do ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos ... 38

3.2 COLETA DE DADOS ... 38

3.2.1 Instrumentos de Coleta de Dados ... 39

3.3 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 39

4 ANÁLISE DOS DADOS ... 40

4.1 INTERPRETAÇÃO DA LEI N° 12546/2011 ... 40

4.2 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL ... 41

4.2.1 Contribuição Previdenciária Patronal com Base na folha de Pagamentos Empresa de Transporte de Passageiros ... 41

4.2.2 Contribuição Previdenciária Patronal com Base na folha de Pagamentos Empresa de Metalurgia ... 45

(5)

4.2.3 Contribuição Previdenciária Patronal com Base na folha de Pagamentos na

Empresa de Hoteleira. ... 48

4.2.4 Contribuição Previdenciária Patronal com Base na folha de Pagamentos Empresa de TI ... 51

4.3 APURAÇÃO DO INSS COM BASE NA RECEITA BRUTA ... 54

4.3.1 Contribuição Patronal pela Receita Bruta na Empresa de Transporte de Passageiros ... 54

4.3.2 Contribuição Patronal pela Receita Bruta na Empresa de Metalurgia ... 56

4.3.3 Cálculos da Contribuição Patronal Substituída pela receita bruta no Setor Hoteleiro ... 58

4.3.4 Contribuição Patronal pela Receita Bruta na Empresa de Empresa de Tecnologia da Informação. ... 60

4.4 COMPARATIVOS DO PAGAMENTO DO INSS ... 62

4.4.1 Comparativo do Setor de Transportes ... 62

4.4.2 Comparativo do Setor da Metalurgia ... 63

4.4.3 Comparativo Setor Hoteleiro ... 64

4.4.4 Comparativo setor de TI ... 66

CONCLUSÃO ... 67

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 70

(6)

LISTA DE QUADROS

Quadro 01:Códigos Recolhimento DARF ... 33

Quadro 02:Funcionários Ativos por Período ... 42

Quadro 03: Funcionários Admitidos e Demitidos ... 42

Quadro 04: Demonstrativo INSS mensal. ... 44

Quadro 05: Funcionários e Prestadores de Serviço Ativos por Período... 45

Quadro 06: Funcionários Admitidos e Demitidos: ... 46

Quadro 07: Demonstrativo INSS mensal. ... 47

Quadro 08: Funcionários e Prestadores de Serviço Ativos por Período... 48

Quadro 09: Funcionários Admitidos e Demitidos: ... 49

Quadro 10: Demonstrativo INSS mensal. ... 50

Quadro 11: Funcionários e Prestadores de Serviço Ativos por Período... 51

Quadro 12: Funcionários Admitidos e Demitidos. ... 52

Quadro 13: Demonstrativo INSS mensal. ... 53

Quadro 14: Demonstrativo INSS mensal pela receita bruta. ... 55

Quadro 15: Demonstrativo INSS mensal pela receita bruta. ... 57

Quadro 16: Demonstrativo INSS mensal pela receita bruta. ... 59

Quadro 17: Demonstrativo INSS mensal pela receita bruta. ... 61

Quadro 18: Comparativo do INSS patronal sob. a receita bruta e sob. a folha de pagamentos ... 62

Quadro 19: Comparativo do INSS patronal sobre a receita bruta e sobre a folha de pagamentos ... 63

Quadro 20: Comparativo do INSS patronal sobre a receita bruta e sobre a folha de pagamentos. ... 65

Quadro 21: Comparativo do INSS patronal sobre a receita bruta e sobre a folha de pagamentos. ... 66

Quadro 22: Comparativo dos totais do INSS patronal sobre a receita bruta e dos totais sobre a folha de pagamentos no período de maio de 2013 a maio de 2014.Fonte: Dados conforme pesquisa. ... 67

(7)

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS CLT CNAE CNPJ COFINS CPP CSLL CTN DARF DCTF EFD FAP GPS ICMS INCRA INPS INSS IPEA IPI IRPJ IRRF ISS MP NF-e PIS RAT SAT SE SEBRAE SENAC SENAI SENAR SENAT

Consolidação das leis trabalhistas Classificação nacional de atividades econômicas Cadastro nacional de pessoa jurídica

Contribuição para o financiamento da seguridade social Contribuição previdenciária patronal

Contribuição social sobre o lucro liquido Código tributário nacional

Documento de arrecadação de verbas federais Declaração de débitos e créditos tributários federais Escrituração fiscal digital

Fator acidentário de prevenção Guia previdência social

Imposto sobre circulação de mercadoria e serviços Instituição nacional de colonização e reforma agraria Instituto nacional da previdência social Instituto nacional do seguro social Instituto de pesquisa econômica aplicada Imposto sobre produtos industrializados Imposto de renda pessoa jurídica Imposto de renda retido na fonte Imposto sobre serviços Medida provisória Nota fiscal eletrônica Programa de integração social Risco acidente de trabalho Seguro acidente de trabalho Salario educação

Serviço de apoio às micros e pequenas empresas Serviço nacional de aprendizagem comercial Serviço nacional de aprendizagem comercial Serviço nacional de aprendizagem rural Serviço nacional de Aprendizagem do transporte

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SESC SESI SEST SETPESP SPED SRF TCC TI UNIJUI

Serviço social do comércio Serviço social da indústria Serviço social do transporte

Sindicato das empresas de transportes de passageiros do estado de São Paulo Sistema público de escrituração digital

Secretaria receita federal Trabalho de conclusão do curso Tecnologia da informação

(9)

INTRODUÇÃO

Sabe-se que o Brasil é um dos países que possui uma das maiores cargas tributárias das Américas, segundo noticia vinculada pelo site globo.com em junho de 2014. Deste modo, identificam-se que os empresários enfrentam diversas dificuldades para concorrer com os mercados estrangeiros, devido ao fato dos tributos sobrecarregarem os custos dos produtos e consequentemente reduzirem as margens e tornando-os menos competitivos.

Segundo o site do plano Brasil Melhor, lançado em agosto de 2011 com o seguinte

slogan “Inovar para Competir. Competir para Crescer”, que tem como principal objetivo

estimular o investimento e inovação, favorecendo as indústrias e o mercado interno, tentando desta forma sustentar o crescimento econômico.

Ainda conforme o site do plano Brasil Melhor, para conseguir equiparar os preços de produtos nacionais com os importados de outros países, foi criado o plano Brasil Maior pela Medida Provisória n° 540, de 02 de agosto de 2011, logo após sendo aprovada pelo congresso, transformando-se na Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2012, pela presidente da república V. Exa. Dilma Rousseff.

A Lei nº 12.546/2011 consiste na substituição da parte patronal do INSS, os 20% pagos sobre o total de salários e remunerações por um percentual que incide sobre a receita bruta das empresas, este que varia entre 1% e 2% calculado sobre a receita bruta, excluindo as receitas de exportações.

Ainda, segundo a MP n° 540/ 2011, os principais objetivos da medida provisória são:-Estimular a contratação de empregados dentro das normas legais; -Reduzir a carga tributária das empresas enquadradas; -Evitar a criação de empresas fictícias, principalmente no setor de tecnologia da informação.

A MP n° 540/ 2011, cita as empresas que devem realizar as apurações sobre a nova sistemática, e dentre estas estão abrangidos vários setores, porém neste trabalho foram estudados apenas quatro dos beneficiados pela Lei nº 12.546/2011. Logo os setores, foco do presente estudo escolhido, devido a representatividade destes na economia do país, os qual destacam-se dos demais: transportes de passageiros; metalúrgica; setor hoteleiro; e tecnologia da informação.

Sabe-se que o setor Transporte de Passageiros possui uma significativa representatividade na economia brasileira, destaca-se alguns pontos e dados de sua atuação, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo (SETPESP), o setor de transporte de passageiros é responsável por 3,5% do Produto

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interno bruto, isto é reflexo da sua necessidade no cotidiano das pessoas, sendo o meio de transporte mais utilizado no país.

A área de transporte de passageiros tem grande importância na economia nacional, devido ao Brasil ser um país essencialmente rodoviário, e isto comprova-se segundo pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), pois cerca de 65% da população brasileira utiliza este meio de transporte coletivo, tanto para trabalho como para lazer.

A área da metalurgia consiste nos seguintes processos, extração, fabricação fundição e tratamento dos metais e ligas. Conforme dados do site portal Brasil, hoje representa 2% do Produto interno bruto brasileiro com uma receita bruta de US$ 54 bilhões no ano de 2009.

O setor hoteleiro que está em foco devido ao Brasil ter sediado a copa do mundo de 2014, obtendo significativos investimentos tanto na parte estrutural como de qualificação profissional para suprir as necessidades dos turistas nacionais e internacionais que se deslocaram para assistir o mundial.

O setor da tecnologia da informação é um conjunto de atividades e soluções providas por recursos de computação, nos quais abrangem a produção, armazenamento, segurança e acesso das informações, é uma área com grande expansão no mercado nacional, e de empreendedorismo tecnológico, com grande atuação em diversas áreas.

Hoje um dos fatores negativos é a grande concorrência com o mercado exterior, principalmente na importação de componentes eletrônicos, com uma diferença significativa de valores, por este e demais motivos o setor da tecnologia de informação foi enquadrado no plano Brasil Melhor.

Neste contexto, o trabalho de conclusão de curso, apresenta no capítulo 1 a contextualização do assunto, a área de conhecimento contemplada, características das organizações, problematização do tema, os objetivos e a justificativa pela opção a este tema dentro do curso de ciências contábeis.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ASSUNTO

Este capítulo trata dos aspectos pesquisados, a área de conhecimento, a caracterização da organização, os problemas, os objetivos e a justificativa pela escolha do tema.

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA

A área contemplada compreende a contabilidade tributária, dentro desta o foco foi a desoneração da folha de pagamento, que teve-se o intuído de identificar os benefícios trazidos em diferentes ramos econômicos, vindo a explicar e analisar os processos e o que eles representam dentro das áreas de transporte, metalúrgica, hotelaria e tecnologia da informação baseando na lei nº 12.546/2011, na qual corresponde a substituição da alíquota patronal de 20% sobre a folha de pagamento dos funcionários por uma alíquota variável sobre a receita bruta da empresa.

Neste sentido o tema do estudo foi um comparativo de quatro ramos distintos, demonstrando os reflexos da mudança de legislação.

1.2 CARACTERIZAÇÕES DAS ORGANIZAÇÃOES

Dentre as empresas obrigadas a lei nº 12.546/2011 da contribuição previdenciária, foram escolhidas empresas de ramos distintos, dentre as quais foram selecionadas uma do ramo de transportes de passageiros, uma no ramo da metalurgia, uma no ramo dos hotéis e uma empresa da tecnologia de informação, as quais foram brevemente descritas na sequência.

As empresas estudadas são a Expresso CW, com o início das atividades em 17/07/1968 situada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, com a sua Atividade Principal caracterizada no CNAE 4921-3/01 Transporte Rodoviário Coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal.

Hoje a empresa trabalha com uma frota de 44 (quarenta e quatro) ônibus, é responsável pela locomoção de cerca de 68.000 (sessenta e oito mil) habitantes, nas suas 40 (quarenta) linhas de transporte, com o preço de sua passagem a R$2,15 (dois reais e quinze centavos).

Sua tributação é pelo lucro real, tendo um capital social R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais). Com uma receita bruta anual de R$7.656.000,00 (sete milhões seiscentos e

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cinquenta e seis mil reais) no ano de 2013, sendo obrigada a participar da contribuição previdenciária em 01/01/2013, ou seja sua contribuição previdenciária patronal substituída por 2% da sua receita bruta.

Seu quadro de funcionários em janeiro de 2014 é de 138 (cento e trinta e oito) funcionários, incluindo 1 (um) pró-labore, a empresa tem um valor de salário contribuição em janeiro de 2014 de R$ 187.799,38 (cento e oitenta e sete mil setecentos e noventa e nove reais e 38 centavos) mensais.

Na área da metalurgia a empresa estudada é a Metalúrgica ABC, o início das suas atividades ocorreu em 20/10/1992 situada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, com a sua atividade principal definida pelo CNAE 2833-0/00-Fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária, peças e acessórios, exceto para irrigação, destacando que sua principal atividade é a fabricação de peças e implementos para máquinas na agricultura e pecuária, tendo uma receita bruta anual em 2013 de R$ 29.526.084,23 (vinte e nove milhões quinhentos e vinte e seis mil e oitenta e quatro reais e vinte e três centavos), sendo optante pelo lucro real, e obrigada pela contribuição previdenciária desde 01/08/2012, tendo sua contribuição previdenciária patronal substituída por 2% de sua receita bruta.

O seu quadro de funcionários em janeiro de 2013, é de 246 (duzentos e quarenta e seis) funcionários, sendo 2(dois) seus pró-labores, o salário contribuição da empresa que serve de base de cálculo em janeiro de 2014 é de R$ 394.528,06 (trezentos e noventa e quatro mil quinhentos e vinte oito e seis centavos) mensais.

Para a área da hotelaria foi estudada a Empresa Hoteleira XYZ, que teve o início das suas atividades em 14/04/1973, situada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, sendo sua atividade principal definida pelo CNAE 5510-8/01-Hotéis, possuindo uma área construída de mais de 6.000 m2. com quatro tipos de quartos: conjugado, executivo, standard e econômico, com tarifas que variam de R$ 65,00 (sessenta e cinco reais) a R$ 480,00 (quatrocentos e oitenta reais)

O hotel obteve em 2013 uma receita anual aproximada a R$ 2.304.015,00 (dois milhões trezentos e quatro mil e quinze reais) incidentes anuais sendo optante pelo lucro real e obrigado a contribuição previdenciária desde 08/2013 tendo a sua contribuição previdenciária patronal substituída por 1% de sua receita bruta.

Hoje o hotel conta com 41 (quarenta e um) colaboradores, dentre eles 4 (quatro) sócios proprietários, com uma folha de salários aproximada de R$ 42.500,00 (quarenta e dois mil e quinhentos reais) mensais.

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Na área da Tecnologia da Informação, foi estudada a empresa Reparo Informática Ltda., a empresa iniciou suas atividades em 18/06/2003, estabelecida no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, a empresa tem como sua atividade principal definido pelo CNAE 9511-8/00-Reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos.

A empresa é optante pelo lucro presumido, estando obrigada a participar da contribuição patronal substituída pela receita bruta em junho de 2012, com a alíquota fixada em 2%, tendo uma receita bruta anual no ano de 2013 estipulada em R$ 156.000,00 (cento e cinquenta e seis mil reais), a empresa conta com 3(três) funcionários, sendo 2(dois) deles os próprios pró-labores, tendo uma folha mensal em janeiro de 2014 de R$ 4.730,12 (quatro mil setecentos e trinta reais e doze centavos).

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Devido a elevada carga tributária em nosso país, vários setores da nossa economia encontram-se estagnados devido a crise econômica mundial, assim foi pensada em alguma forma de incentivar e aumentar a competitividade entre os produtos nacionais e estrangeiros, foi criada uma medida provisória, após transformada na lei nº 12.546/2011.

A contribuição previdenciária patronal consiste na contribuição de 20% sobre o valor bruto da folha mensal das empresas enquadradas no lucro real, presumido e algumas optantes dos dois anexos do simples como a construção civil, esta contribuição foi substituída por um percentual específico sobre a sua receita bruta incidente na atividade obrigada.

Partindo da Lei, já citada anteriormente, as empresas passam a contribuir com um percentual sobre a receita bruta, entretanto, algumas empresas utilizam baixa mão de obra e obtém uma receita bruta significativa. Sendo assim, alguns ramos enquadrados na lei se sentem lesados, pois tem maior automação sem depender tanto do trabalho humano assalariado.

Por outro lado, alguns setores que tem uma receita bruta elevada, empregando maior número de funcionários, não estão enquadrados na lei, tendo manifestado interesse em participar do Plano Brasil Maior. Por estes motivos, foram vistos os reflexos nos ramos escolhidos, transportes de passageiros, metalúrgica, hoteleiro e da tecnologia da informação, obrigados a recolher o percentual desonerado sobre a receita bruta, levando em consideração que antes a contribuição previdenciária era de 20% sobre a folha dos funcionários e agora parte de um percentual de no máximo 2% sobre a receita bruta, dependendo da atividade exercida.

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Dentre as variáveis apresentadas sobre o cenário atual, os ramos de atividade do transporte de passageiros, indústria metalúrgica, hoteleira e tecnologia da informação, e buscando responder ao seguinte problema de pesquisa, Quais são os resultados tributários proposta pela Lei 12.546/2011, para as empresas de transporte de passageiros, metalúrgica, hotel e a de tecnologia de informação?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo geral

Identificar se a substituição tributária proposta pela lei nº 12.546/2011, é vantajosa para empresas enquadradas nos ramos de transportes de passageiros, indústria metalúrgica, hotelaria e tecnologia da informação.

1.4.2 Objetivos específicos

*Revisar a literatura referente a contribuição patronal, sistemas de informações e as legislações relacionadas ao tema.

*Interpretar a Lei nº 12.546/2011, que substitui a tradicional forma de apuração da cota patronal das empresas.

*Apresentar os cálculos da contribuição previdenciária patronal nos ramos selecionados pela tributação convencional da cota patronal e substituída pela receita bruta.

*Comparar os resultados dos setores estudados antes e após a entrada em vigor da nova Contribuição previdenciária patronal.

1.5 JUSTIFICATIVA

Observando o cenário atual em que se encontra a economia do país, busca-se compreender melhor os novos reflexos vinculados a implantação da Lei nº 12.546/2011, e a sua aplicação nas empresas submetidas a este regime de apuração.

Este estudo tem a importância de avaliar a passagem da contribuição das empresas para a contribuição previdenciária patronal sobre a receita bruta, onde a contribuição não foi mais feita sobre a folha de salários previstos nos incisos I e III do art. 22 da Lei 8.212/91. A

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substituição da contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento por um percentual aplicado sobre a receita bruta.

Essa pesquisa gera interesse para as empresas e seus gestores, pois contribui para o melhor entendimento da CPP, (Contribuição Previdenciária Patronal) sobre a receita bruta nas empresas dos ramos já citados.

Tendo em vista os diversos ramos e possibilidades de áreas contempladas pelo curso de Ciências Contábeis, e as áreas contempladas foram a área do Departamento Pessoal e a Contabilidade Tributária.

A escolha pelo projeto e pelo TCC nestas áreas se deu em função do estudante atuar profissionalmente neste segmento, e do seu interesse em aprofundar seus conhecimentos nestas áreas, as quais tem grande afinidade desde o início do curso.

Para o Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul) e demais universidades, este trabalho poderá auxiliar e servir de instrumento de pesquisa para os futuros colegas de profissão ou interessados nas áreas estudadas, agregando valor e dados uma vez que a lei é relativamente nova, e vem sofrendo constantes mudanças ao longo dos anos e possivelmente no futuro.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E TEÓRICA

Este capítulo tem como principal finalidade a apresentação dos assuntos teóricos referentes aos seguintes temas: contabilidade, dentro desta teoria aprofundar os assuntos pertinentes a contabilidade tributária; o sistema de informações contábeis, os tributos, destes, destacam-se os especificamente incidentes sobre a folha de pagamento e sobre a receita bruta das empresas.

Especificando as teorias envolvidas com as contribuições previdenciárias, baseados nestes assuntos foram abordados com um maior grau de aprofundamento a Lei nº 12.546/11 que trata da desoneração da folha de pagamento, destacando os pontos principais desta, as obrigatoriedades e os setores escolhidos para análise.

2.1 CONTABILIDADE

Segundo Basso (2005) a contabilidade inicia praticamente junto com a existência da humanidade, e com a evolução das sociedades, surge a necessidade de acompanhar a evolução do seu patrimônio, pode se dizer que a contabilidade avança conforme a necessidade do homem em acompanhar o seu progresso econômico, social e institucional de cada sociedade.

Pode se afirmar que a contabilidade tem papel obrigatória nas organizações pois através dela que é possível, traçar objetivos, cumprir metas e principalmente conseguir visualizar o avanço econômico, fazendo assim a contabilidade uma ciência de essência utilitária.

Dentre os conceitos de contabilidade pesquisados junto aos autores, destaca-se a contribuição conceitual de Franco (1997, p.19), as quais ele afirma que a contabilidade possui as seguintes funções:

Registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fenômenos que ocorrem no patrimônio das entidades, objetivando fornecer informações, interpretações e orientações sobre a composição e as variações desse patrimônio, para a tomada de decisões de seus administradores.

A contabilidade é definida como uma ciência social, pois possui um objeto e finalidade definidos, utiliza-se de técnicas para cumprir com suas finalidades, tendo elas como base os princípios da contabilidade.

(17)

Basso (2005, p.25) fala que contabilidade estuda as variações do patrimônio, sendo assim, registra, controla, analisa, interpreta e estudam as variações patrimoniais da entidade, estes registros são transformados em informações para a tomada de decisões dos gestores para que os com as informações temporárias e corretas possam tomar decisões minimizando as chances de um insucesso referente a vida econômico financeira da entidade.

Desta forma, a contabilidade e suas técnicas, têm por finalidade gerar as informações de ordem financeira e econômica para os diversos usuários.

Franco (1997, p.21), tem uma visão clara sobre a contabilidade na parte que tange o patrimônio e suas variações, como define o mesmo abaixo:

O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade econômico-administrativa, e constitui um meio indispensável para que esta realize seus objetivos. Para alcançá-los, a administração da entidade pratica atos de natureza econômica e financeira, produzindo variações aumentativas e diminutivas na riqueza patrimonial.

Basso (2005, p.25), doutrina sobre os principais objetivos da contabilidade e define os mesmos da seguinte forma:

-controlar (física e monetariamente) os elementos patrimoniais e suas variações; -evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, bem como suas tendências;

-atentar para o cumprimento de normas, leis e demais dispositivos emergentes da legislação aplicável aos negócios da entidade;

-fornecer informações sobre o patrimônio aos seus usuários, de acordo com suas necessidades.

Sabendo que um dos principais objetivos da contabilidade é gerar informações uteis para a tomada de decisões a diversos usuários e as mesmas devem seguir normas, na sequência comentam-se os princípios e normas da contabilidade.

2.1.1 Princípios e Normas de Contabilidade

Os princípios e normas de contabilidade têm como principal função regulamentar a profissão contábil, Barros (2003) comenta sobre os mesmos falando que a estrita observância dos conceitos expressos nos Princípios de Contabilidade tem por finalidade assegurar a qualidade das informações contábeis sendo estas as que dão base para as normas que orientam a prática profissional.

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Conforme o Conselho Federal de Contabilidade (2008, p.19).

Os Princípios Contabilidade representam o núcleo central da própria Contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes. Os princípios constituem sempre as vigas-mestras de uma ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em qualquer circunstância. No caso da Contabilidade, presente seu objeto, seus Princípios de Contabilidade valem para todos os patrimônios, independentemente das Entidades a que pertencem às finalidades para as quais são usados, a forma jurídica da qual estão revestidos, sua localização, expressividade e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condição de autonomia em relação aos demais patrimônios existentes.

Conforme Santos et al (2004 p.12), os Princípios de Contabilidade orientam as ações processuais de registro e apresentação das informações contábeis, evidenciando a situação do seu objeto, assim definidos:

- Princípio da Entidade; - Princípio da Continuidade; - Princípio da Oportunidade;

- Princípio do Registro pelo Valor Original; - Princípio da Competência; e

- Princípio da Prudência.

Na sequência, os mesmos foram definidos conforme o Conselho Federal da Contabilidade, através da Resolução nº 750/93, alterada em 2010 pela Lei 12.282/2010, que caracteriza cada um dos Princípios de Contabilidade:

O Art. 4° da Resolução nº 750/93, define o princípio da entidade da seguinte forma:

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição;

Art. 3º Os arts. 5º, 6º, 7º, 9º e o § 1º do art. 10, da Resolução CFC n.º 750/93, passam a vigorar com as seguintes redações, substituídas pela Lei 12.282/2010, que seguem:

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

(19)

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Art. 10. (...)“Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.”

Art. 4ºFicam revogados o inciso V do art. 3º, o art. 8º e os §§ 2º e 3º do art. 10, da

Resolução CFC n.º 750/93, publicada no D.O.U., Seção I, de 31.12.93; a Resolução

CFC n.o 774/94, publicada no D.O.U., Seção I, de 18/1/95, e a Resolução CFC n.o

900/01, publicada no D.O.U., Seção I, de 3/4/01.

Ressalta-se que os princípios contábeis são de suma importância para o andamento adequado das atividades de cada organização, e indispensáveis para a escrituração dos fatos reais das organizações.

Logo, na sequência descrevem-se os principais usuários das informações contábeis.

2.1.2 Usuários da Contabilidade

É considerado usuário da informação contábil todas as pessoas físicas e jurídicas qual estejam interessadas na situação do patrimônio

Santos, et al (2004, p.29) dividem os usuários da contabilidade em dois grupos, os internos e externos, sendo os internos aqueles que atuam dentro da própria entidade, como funcionários, administradores, gerentes e etc., é considerado o administrador da entidade o principal usuário interno, pois utiliza as informações contábeis para a tomada de decisões, controle e planejamento da entidade. Os usuários externos são denominados como os investidores, sócios, acionistas, fornecedores de bens e serviços, governos, sindicatos entre outros.

(20)

Ribeiro (2009, p.5) atribui a quem usa as informações contábeis, como pessoas físicas ou jurídicas, que as utilizam para registrar e controlar a movimentação de seus patrimônios, bem como aqueles, que direta ou indiretamente, tenham interesse nesse controle, na apuração de resultados e da situação patrimonial e na análise econômica e financeira.

Na opinião de Basso (2005, p.26) as principais categorias de usuários da contabilidade, são:

a) Administradores, diretores e executivos – uso da informação contábil no processo decisório, contribuindo para que as decisões possam ser tomadas com maior grau de acerto possível. Detalhes, precisão e agilidade da informação são requisitos básicos; b) Sócios e/ou acionistas – uso da informação contábil para certificarem-se da real situação do patrimônio da entidade: segurança, lucratividade e rentabilidade do investimento realizado na entidade;

c) Bancos, financiadores e investidores – informações patrimoniais, econômicas e financeiras, com vistas a avaliar as reais garantias oferecidas quando da concessão de empréstimos e das aplicações de dinheiro na entidade;

d) Fornecedores – semelhante aos bancos e financiadores, os fornecedores realizam estudos sobre as demonstrações contábeis da entidade para aquilatar a sua capacidade de liquidar obrigações e as suas possibilidades de sucesso econômico, como condicionantes de crédito;

e) Governo federal, estaduais e municipais – efetuam estudos sobre os dados contábeis das empresas para o planejamento e o controle de suas receitas tributárias, bem como das políticas macroeconômicas.

Com estes conceitos e visões sobre os usuários da contabilidade, foi especificado os principais objetivos da contabilidade no olhar de alguns estudiosos da área.

2.1.3 Objetivos da Contabilidade

Na contabilidade, o principal objetivo é o controle do patrimônio da entidade, gerando informações para os gestores da empresa, segundo Barros (2003 p.30) “o objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e análise das causas de sua mutação”.

Adjunto aos objetivos, atribui-se funções para o desenvolvimento correto dos mesmos são estes:

-coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e `econômicos que ocorrem com o patrimônio da entidade;

-classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no patrimônio da entidade;

-registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade;

-acumular informações quantitativas e qualitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo;

(21)

-resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis; -revelar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade. (BASSO, 2005, p.23).

Assim a contabilidade junto de seus usuários, fornecem informações tanto de sua natureza econômica como financeira e física do seu patrimônio.

A contabilidade possui algumas técnicas Básicas para alcançar seus objetivos, conta com quatro técnicas básicas: da escrituração; das demonstrações contábeis; da auditoria e da análise de balanços. Segundo Gonçalves, Baptista (2004, p.24), “técnica é o conjunto de métodos organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em execução com propósito de se alcançar determinado fim”.

Segundo Basso, (2005, p 30), sinteticamente, assim é caracterizada cada uma das quatro técnicas contábeis básicas:

- Escrituração contábil: onde se realizam os registros e classificação dos fatos que influenciam na estrutura do patrimônio, baseando-se sempre nos Princípios e Normas Contábeis;

- Demonstrações Contábeis: a demonstração é onde ocorre à exposição dos fatos escriturados, esses são expostos através de demonstrativos que podem ser apresentado como: Inventário, Balancete de Verificação, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstrações complementares opcionais como a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Balanço Social;

- Auditoria: técnica que se utiliza para verificar a exatidão dos registros apresentados nas demonstrações contábeis, revisão dos fatos ocorridos na empresa, bem como orientação pertinente sobre o andamento da empresa;

- Análise de Balanço: estudo para compor, comparar e interpretar os demonstrativos contábeis, com a finalidade de fornecer informações mais ágeis para os usuários.

A Perícia Contábil, é considerada uma técnica que se origina da técnica da auditoria, onde desenvolve suas ações na função de produzir provas e opiniões na missão de colaborar com as partes e o magistrado na instância judicial, na honrosa missão de elucidação de litígios ou divergências.

Conforme visto que objetivo da contabilidade é ser um sistema de informações e trazer as informações aos seus diversos usuários, foi abordado na sequência alguns dos principais conceitos de informações, sistemas e sistemas de informações contábeis.

(22)

De acordo com Padoveze (2000), a sua evolução como ciência, a contabilidade se caracteriza por ser um dos mais importantes sistemas de informação, através da tecnologia da informação a qual sempre está evoluindo, reduzindo custos para as empresas e trazendo grande melhoria na qualidade da informação, com maior tempestividade e precisão nas informações prestadas.

Isto se se confirma através das contribuições conceituais de Moscove; Simkin, Bagranoff (2002, p. 23) que descrevem que “um sistema de informação é um conjunto de subsistemas inter-relacionados que funcionam em conjunto para coletar, processar, armazenar, transformar e distribuir informações para fins de planejamento, tomada de decisões e controle”.

Ferro, Vanti (2001) descrevem em seu artigo que no mesmo ritmo ao qual cresce a necessidade de informação, multiplicam-se os meios para obtê-la, O volume de informação que transita de um lado para o outro do mundo também cresce aceleradamente, o que pode gerar uma dispersão indesejada.

Liczbinski, Filho (2002) descrevem o sistema de informações contábeis como sendo um processo de transformações de dados em informações contábeis uteis para o processo decisório de toda empresa em todos os níveis.

Um sistema consiste em um conjunto de partes com objetivos em comum para um mesmo objetivo. Logo, o subsistema de contabilidade tributária também é composto por vários subsistemas, dentre estes, destaca-se o sistema de departamento de pessoal responsável pela elaboração da folha de pagamento, e a contabilidade tributária a qual foi apurado a contribuição patronal, objeto deste trabalho.

A contabilidade é vista como um sistema, composta por várias partes que compõe o todo, este todo forma os sistemas de informações contábeis, que é o objetivo fim da contabilidade.

A contabilidade subdivide-se em diversos ramos, dentre estes destacam-se a contabilidade societária, de custos, gerencial, tributária, este, foco do presente estudo, entre outras.

O foco do estudo é apenas o sistema de contabilidade tributária, peça extremamente importante e que reflete significativamente no produto final da contabilidade, que são as informações úteis e necessárias para a adequada tomada de decisão por diversos usuários.

Logo, na sequência aborda-se os conceitos e objetivos do subsistema de contabilidade tributária e do subsistema de departamento de pessoal.

(23)

2.2 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Conforme Oliveira (2003), a contabilidade tributária é o ramo da contabilidade responsável pelo gerenciamento dos tributos incidentes nas diversas atividades de uma empresa, ou grupo de empresas, adaptando ao dia-a-dia empresarial as obrigações tributárias, de forma a não expor a entidade às possíveis sanções fiscais e legais.

Segundo Fabretti (2009, p.9) “é o ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada”.

Paulsen (2009, p.14) define que “a tributação constitui um instrumento de sociedade, ao qual é através das receitas tributárias que são mantidas a estrutura pública e administrativa”, ele cita que “o imposto não é meramente um sacrifício, mas sim, uma contribuição necessária para que o Estado possa cumprir suas tarefas no interesse do proveitoso convívio de todos os cidadãos”

Nesta mesma linha Oliveira, et al (2003, p.33) define que a contabilidade tributaria é:

A especialização da contabilidade que tem como principais objetivos o estudo da teoria e a aplicação prática dos princípios e normas básicas da legislação tributária; Ramo da contabilidade responsável pelo gerenciamento de tributos incidentes nas diversas atividades de uma empresa, ou grupo de empresas, adaptando ao dia-a-dia empresarial as obrigações tributárias, de forma a não expor a entidade às possíveis sanções fiscais e legais.

Observando os principais conceitos sobre a contabilidade tributária, destaca-se que um dos principais itens que compõe esta teoria é o estudo dos diversos tributos arrecadados pela administração pública, sendo que este gera significativos passivos para as organizações, na sequência abordam-se conceitos do mesmo.

2.2.1 Tributos

Conforme o código tributário nacional, o CTN (código tributário nacional) em seus artigos 3º, destaca-se:

“Art. 3º Tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”

(24)

Segundo este artigo, chega-se à conclusão que tributo e o pagamento compulsório em moeda, extinguindo a obrigação tributária.

Oliveira, et al (2003, p. 21) decompõe a definição de tributos em algumas características, as quais relaciona-se na sequência:

* Prestação Pecuniária: significa que o tributo deve ser pago em unidades de moeda corrente, inexistindo o pagamento in natura ou in labore, ou seja, o que é pago em bens ou em trabalho ou prestação de serviços;

* Compulsória: obrigação independente da vontade do contribuinte;

* Em moeda ou cujo valor se possa exprimir: os tributos são expressos em moeda corrente nacional (reais) ou por meio de indexadores (ORTN, OTN, BTN, UFIR) * Que não constitua sanção de ato ilícito: as penalidades pecuniárias ou multas não se incluem no conceito de tributo; assim o pagamento de tributo não decorre de infração de determinada norma ou descumprimento da lei;

* Instituída em lei: só existe a obrigação de pagar o tributo se uma norma jurídica com força de lei estabelecer essa obrigação;

* Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a autoridade não possui liberdade para escolher a melhor oportunidade de cobrar o tributo; a lei já estabelece todos os passos que foram seguidos.

Os tributos se dividem em alguns tipos, os impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuições federais, na sequência conceitua-se os mesmo de acordo com o CTN.

Imposto é aquele instituído pela lei, segundo a CTN no artigo 16, “Imposto é o tributo cuja a obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade especifica, relativa ao contribuinte”, tendo como competência privativa a União, ou Estados ou dos municípios,

Taxa está definida nos artigos 77 e 78 do CTN, Fabretti (2003) menciona que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público, especifico e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte. Em outras palavras Taxa, corresponde ao pagamento de um serviço público prestado ao cidadão, lembrando que a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntico ao imposto.

Contribuição de Melhoria: as quais são cobradas quando do benefício trazido por obras públicas.

De acordo com o artigo 81, do CTN:

A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

(25)

Segundo Silva, et al (2011, p. 13):

Atualmente no Brasil, a carga tributária tem se mostrado muito elevada. Isso faz com que as empresas tenham um alto custo com o pagamento de tributos exigidos em lei nas três esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal,

Hoje em média, 33,4% da receita bruta das empresas é destinado a pagamento de tributos e alto custo contribui para o aumento do preço dos produtos e serviços, assim diminuindo a competitividade e a lucratividade das empresas. Atualmente, são 86 tributos diferentes, divididos entre impostos, taxas e contribuições

Munaretto (2001) descreve que em todas as atividades, que fazem parte do processo de agregação de valor, evidencia-se a acumulação de gastos com custos e despesas Tributárias, que representam uma parcela significativa do custo total de produção e comercialização.

As empresas em geral devem pagar diversos tributos, objeto fim da contabilidade tributária. Dentre os diversos impostos pagos pelas empresas destacam-se PIS (programa de integração social), COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social), IPI (imposto sobre produtos industrializados), ICMS (imposto sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços), ISS (imposto sobre serviços), IRPJ (imposto de renda pessoa jurídica), CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entre outros. Destaca-se que o INSS é o imposto foco deste estudo.

Ainda de acordo com o CTN (Código Tributário Nacional), os elementos fundamentais da obrigação tributária são a Lei, o objeto e o fato gerador, a lei é o principal elemento da obrigação tributária, pois cria os tributos e determina às condições da sua cobrança, o objeto representa as obrigações que o contribuinte deve cumprir segundo as determinações legais, o pagamento, já o fato gerador é a situação prevista em lei como necessária e suficiente para a sua ocorrência.

Outro importante conceito referente aos tributos e a de identificação da base de cálculo do tributo que segundo Fabretti (2009 p.128) é o valor sobre o qual é aplicada a alíquota para apurar o valor a pagar.

Seguindo esta mesma linha Rezende, Pereira e Alencar (2010, p.52) “definem a base de cálculo como o valor ao qual é aplicada a alíquota para a apuração do valor do tributo a pagar. Deve ser definida em lei complementar e sua alteração está sujeita aos princípios da legalidade, anterioridade e irretroatividade”.

Visando melhor compreender as formas de apuração de base de cálculo, seguem alguns conceitos para o melhor entendimento, tanto da base de cálculo para os impostos quanto para a contribuição previdenciária patronal substituída pela receita bruta.

(26)

Logo, dentre os tributos relacionados anteriormente, destaca-se que para alguns a base de cálculo é a receita bruta, por exemplo: PIS, COFINS, ICMS, outros a base de cálculo é o lucro das empresas, por exemplo, IRPJ e CSLL, e outros tributos a base de cálculo é o valor bruto das remunerações apuradas na folha de salário das empresas, por exemplo, INSS, Contribuição Sindical, IRRF.

Considerando que o foco do presente trabalho é apuração adequada do INSS e o mesmo tem como base de cálculo a folha de salário, mas, com a entrada em vigor da Lei 12.546/2011, acarretou mudanças para alguns ramos de atividade, mudou-se a base de cálculo deste imposto para o cálculo ser realizado sobre a receita bruta das empresas. Por isto, na sequência, destaca-se este conceito de acordo com a legislação tributária no intuito de alcançar a adequada base de cálculo e assim alcançar o objeto fim deste estudo.

A receita bruta está conceituada por Iudicibus e Marion (2003, p. 154), a receita de uma empresa representa a entrada de ativos, sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, á venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços.

Rodrigues (2008, p. 65) define receita bruta sendo resultado das vendas e serviços, compreende o produto de venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia.

Nos termos da Instrução Normativa SRF nº. 51/1978, a receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens coma receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens, nas operações de conta própria, e o preço dos serviços prestados (artigo 12 do Decreto-lei nº 1.598, de 26 d e dezembro de 1977).

Através da Instrução Normativa SRF nº. 51/1978, as vendas canceladas correspondem a anulação de valores registrados coma receita bruta de vendas e serviços; eventuais perdas ou ganhos decorrentes de cancelamento de venda, ou de rescisão contratual, não devem afetar a receita líquida de vendas e serviços, mas foram computados nos resultados operacionais

A Instrução Normativa SRF n.º 51/1978 preconiza que os descontos incondicionais são parcelas redutoras do preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos.

A Instrução Normativa SRF n.º 51/1978 conceitua receita líquida de vendas e serviços como a receita bruta de vendas e serviços, diminuída (a) das vendas canceladas, (b) dos descontos e abatimentos concedidos incondicionalmente e (c) dos impostos incidentes sobre as vencidas.

(27)

Ainda, destaca-se que as bases de cálculo dos impostos sobre a receita bruta, poderão ser cumulativas e não cumulativas.

Segundo Fabretti (2009, p120), “os impostos com base de cálculo cumulativo, pode se dizer que é um imposto ou tributo que incide em todas as etapas intermediárias dos processos produtivos ou de comercialização, influindo na composição de seu custo e imposto não cumulativo é o imposto ou tributo que, na etapa subsequente dos processos produtivos” e/ou de comercialização, não incide sobre o mesmo imposto/tributo pago/recolhido na etapa anterior.

De acordo com Rezende, Pereira, Alencar (2010 p 71) é conceituada a incidência cumulativa e não cumulativa por:

No regime de incidência cumulativa, as alíquotas são aplicadas ao valor da receita bruta, ajustada por algumas exclusões permitidas na legislação, em geral relacionadas a itens que não se configuram como receitas (devoluções, abatimentos e reversões de provisões);No regime de incidência não cumulativa, as alíquotas são aplicadas à receita ajustada na forma de base cumulativa, mas permite-se também que o contribuinte reduz o valor da contribuição devida no valor relativo à mesma alíquota aplicada aos valores de compra de bens para revenda, insumos utilizados na produção de produtos ou serviços, e as despesas e custos com energia elétrica, alugueis pagos a pessoas jurídicas, arrendamento, depreciação e amortização, dentro das condições estabelecidas na legislação.

Quando utilizado o regime cumulativo, não há compensação de valores desse imposto já pago em algum processo anterior de industrialização ou comercialização, já o não cumulativo terá créditos desses impostos ao qual se desconta o valor devido apurado, pagando-se somente as diferenças.

Destacando-se que o tributo foco deste estudo é o INSS, ou seja, a contribuição previdenciária, na sequência aborda-se o mesmo.

2.2.1.3 Instituto nacional da seguridade social- INSS

Para a melhor compreensão do INSS, é necessário compreender como surgiu a Previdência Social no Brasil, ela foi prevista na Constituição Federal de 1988, sendo uma instituição pública que tem como finalidade prestar assistência aos contribuintes, nas ocasiões de acidentes e doenças.

(28)

A previdência social é um tipo de seguro social para as pessoas que são contribuintes, ou seja, a renda transferida da instituição serve para substituir a renda do trabalhador, quando ele não consegue mais exercer suas atividades. Sua missão é garantir proteção ao trabalhador (contribuinte) e sua família (dependentes), através desse sistema público. Tem por objetivo promover o bem-estar social. E sua visão é ser reconhecida como patrimônio do trabalhador e sua família, pela sustentabilidade

dos regimes previdenciários e pela excelência na gestão, cobertura e atendimento.

O INSS é uma autarquia do governo federal, ligada ao Ministério da Seguridade Social, conforme o Anexo 1° do decreto 7.566/11:

Art. 1 O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, autarquia federal com sede em Brasília - Distrito Federal, vinculada ao Ministério da Previdência Social, instituída com fundamento no disposto no art. 17 da Lei no 8.029, de 12 de abril de 1990, tem por finalidade promover o reconhecimento de direito ao recebimento de benefícios administrados pela Previdência Social, assegurando agilidade, comodidade aos seus usuários e ampliação do controle social.

Foi criado em 1990 substituindo o INPS (Instituto Nacional de Previdências Sociais) segundo Oliveira (2000, p. 326) o INSS tem por principais funções:

I.Arrecadar e fiscalizar o recolhimento das contribuições sociais previstas nos incisos I,II,III,IVe V do parágrafo único do art.195 do RPS.

II. Constituir seus créditos por meio de correspondentes lançamentos e promover a respectiva cobrança

II. Aplicar sanções

IV.Normatizar procedimentos relativos à arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições referidas no inciso I.

Segundo Rezende, Pereira, Alencar (2010 p.100) os principais princípios e diretrizes do INSS são:

*Universalidade da cobertura de atendimento;

*Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviço as populações urbanas e rurais;

*Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; *Irredutibilidade do valor dos benefícios;

*Equidade na forma de participação no custeio; *Diversidade da base do financiamento

*Caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.

Castro e Lazzari (2006, p. 74) destacam o INSS como órgão responsável pela arrecadação, fiscalização, cobrança, aplicação de penalidades e regulamentação da parte de

(29)

custeio de seguridade social com concessão de benefícios e serviços aos segurados e dependentes.

Logo, o tributo arrecadado que é repassado a esta autarquia é o INSS, a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento do empregador.

A apuração do INSS segundo Rezende, Pereira, Alencar (2010, p.103) ocorre da seguinte forma:

As contribuições para o INSS incidem sobre salários e outras remunerações pagas pelo trabalho, e atingem tanto as empresas quanto a seus empregados. Na qualidade de contribuintes, as empresas estão obrigadas a pagar contribuições ao INSS sobre a folha de salários e também sobre as remunerações pagas a terceiros, não empregados, que prestaram serviços a empresa, e na qualidade de responsáveis, estão obrigadas a descontar dos empregados e outros prestadores de serviço a contribuição destes a recolher à previdência social.

De acordo com Rezende, Pereira, Alencar (2010, p103) a contribuição de empregadores e o seu recolhimento dá-se da seguinte forma:

- CPP – Contribuição Previdenciária Patronal: 20% sobre o salário de seus empregados; ou nas empresas enquadradas na desoneração da folha de pagamento por um percentual especifico sobre a sua receita bruta.

- RAT – Risco Acidente de Trabalho: 1%, 2% ou 3% sobre o salário, previstos no inciso II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991;

- FAP – Fator Acidentário de Prevenção: que vai de 0,0000 a 2,0000 multiplicado pelo RAT.

Rezende, Pereira, Alencar (2010, p.104) “definem as contribuições com terceiros como entidades ou fundos ligados a atividade da empresa, onde é recolhido de 0 a 5,8% sobre o valor da folha mensal de salários de seus empregados” ainda conforme o autor a relação de entidades ou fundos, ao quais as empresas contribuem, está na seqûencia

Salário-Educação (SE);

Serviço Social da Indústria (Sesi);

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc);

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac);

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra);

(30)

Serviço Social do Transporte (Sest);

Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Para a apuração da Base de Cálculo da Contribuição Previdenciária deve-se ter o cuidado do enquadramento da empresa, para poder determinar a correta base de cálculo.

Antes de entrar em vigor a contribuição previdenciária substituída pela receita bruta, a contribuição patronal consistia em calcular os 20% patronais sobre o total da folha de pagamento dos colaboradores da empresa seguindo a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, como demonstra o exemplo seguinte:

Folha de pagamento: R$ 8.000,00 Receita bruta: R$ 60.000,00

Contribuição de 20% sobre a folha de pagamento dos funcionarios = R$ 1.600,00 valor a ser recolhido em GPS.

2.2.1.4 Lei 12.546/2011.

De acordo com o inciso II do artigo 5° do Decreto n° 7.828/2012, para o cálculo da contribuição previdenciária sobre a receita, poderão ser excluídas da base de cálculo as seguintes ocorrências:

a) a receita bruta de exportações; e decorrente de transporte internacional de carga; b) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

c) o IPI, quando incluído na receita bruta; e;

d) o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário.

Conforme a Lei n° 12.546/2011, artigo 9°, com alterações pela Medida Provisória n° 601, de 28 de dezembro de 2012, para fins do disposto nos artigos. 7º e 8º desta Lei:

1. A base de cálculo da contribuição previdenciária substitutiva prevista no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, é representada pela receita bruta decorrente da venda de bens nas operações de conta própria, a receita decorrente da prestação de serviços e o resultado auferido nas operações de conta alheia, considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, e com exclusão das seguintes importâncias: a) das vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; b) da receita bruta de exportações;

c) da receita bruta decorrente de transporte internacional de carga;

(31)

e) do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou do prestador dos serviços na condição de substituto tributário.

2. Numa empresa industrial, os juros recebidos quando não resultantes da atividade de venda de bens que constitua seu objeto, bem como os descontos obtidos e os rendimentos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa não integram a receita bruta por configurarem receitas financeiras.

3. Os juros cobrados dos clientes nas vendas a prazo de bens compõem a receita bruta, pois representam um complemento do preço de venda.

4. As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual, são considerados receitas ou despesas financeiras, conforme o caso, não integrando a base de cálculo da contribuição previdenciária substitutiva.

Segundo a Lei 12.546/2011, o percentual sobre a receita bruta exclui as vendas canceladas, as exportações e os descontos incondicionais concedidos, sendo a receita bruta obtido da seguinte forma:

(+) Receita Bruta Operacional. (-) Vendas Canceladas e Devoluções (-) Descontos Incondicionais.

(-) Receitas de Exportação

(-) IPI e ICMS-ST Sobre as Vendas

= Base de Cálculo da contribuição previdenciária

Segundo Oliveira, et al (2003, p. 150) o INSS parte patronal, é um dos significativos componentes do chamado “custo Brasil” que oneram a folha de pagamento, com isto foi visto os principais fatores que influenciaram o surgimento do Plano Brasil Melhor.

A desoneração da folha de pagamento surgiu com a medida provisória 540 de 02/08/2011, na qual foi instituído o Plano Brasil Melhor, sendo convertida para a lei 12.546 de 14/12/2011, a qual foi ampliada pela MP 563/2012 que inclui novas atividades a partir de 01/08/2012 e reduz os percentuais de contribuição sobre a receita bruta das empresas obrigadas.

Alterada pela Lei nº 12.715 DE 17/09/2012 a partir de 01/09/2012, a MP nº 563/2012, inclui novas atividades, serviços e regras a partir de 01/01/2013. Publicada em 20/09/2012 a MP 582/12 inclui novas atividades e serviços e regras a partir de 01/01/2013.

Em 04/2014 o poder executivo através da MP 612/13, abrange mais 14 áreas para a contribuição previdenciária substituída pela receita bruta.

(32)

As seguintes legislações são as que tratam sobre a desoneração da folha de pagamento:

a) Lei n° 12.546, de 14 de dezembro de 2011 (Conversão da Medida Provisória nº 540, de 2011);

b) Lei n° 12.715, de 17 de setembro de 2012 (Conversão da Medida Provisória nº 563, de 2012);

c) Medida Provisória n° 582, de 20 de setembro de 2012; d) Medida Provisória n° 601, de 28 de dezembro de 2012;

e) Decreto n° 7.828 de 16 de setembro de 2012 (Regulamenta a Lei nº 12.546 de 14 de dezembro de 2011); e

f) Decreto n° 7.877, de 27 de dezembro de 2012;

g) Ato Declaratório Executivo CODAC n° 47, de 25 de abril de 2012; h) Ato Declaratório Executivo CODAC n° 93, de 19 de dezembro de 2011;

i) Instrução Normativa RFB n° 1.110/2010 (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.130, de 18 de fevereiro de 2011) e com atualização da IN RFB nº 1.130, de 2011;

J) Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012 (com alterações da IN RFB nº 1.280, de 13 de julho de 2012 e pela IN RFB n° 1305, de 26.12.2012); Legislações que tratam sobre as últimas atualizações:

a) Lei n° 12.794, de 02 de abril de 2013;

b) Medida Provisória n° 612, de 02 de abril de 2013.

Entretanto no dia 29/10/2014 a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria

e Comércio da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (4783/12) que permite a todas

as empresas optarem pelo regime de contribuição previdenciária a que foram submetidas: com alíquotas de 1% ou 2% incidindo sobre a receita bruta, ou de 20% sobre a folha salarial, ou seja as empresas que hoje estão obrigadas a substituição da contribuição patronal, poderão escolher ou não pelo enquadramento, o que possibilita para as empresas analisar a viabilidade ou não do enquadramento na mesma.

A Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta que trata a Lei 12.546/2011 constitui-se pela troca da base de cálculo da parte da Contribuição Patronal Previdenciária ou seja, a contribuição de 20% sobre a folha de pagamento dos empregados e contribuinte individuais, incluindo a remuneração de pro-laboristas e autônomos, passa a ser de 1,5% ou de 2,5% sobre a receita bruta até 31/07/2012 e de 1% e 2% a partir de 01/08/2012, não substituindo as contribuições ao SAT, terceiros e a contribuição das cooperativas de trabalho.

Para Franco (2012), a falta de opção a contribuição previdenciária, sendo que se o empreendedor estiver enquadrado em seu CNAE, ele é obrigado a fazer a opção à contribuição previdenciária, alegando que os contribuintes prejudicados acabam custeando a desoneração da contribuição previdenciária.

O pecado capital dessa alteração legal foi, assim, não ter dado ao empregador a opção entre os dois sistemas, se a alteração vem sendo sistematicamente anunciada

(33)

pelo governo e ecoada pela mídia como uma desoneração introduzida para a mitigação do custo Brasil, não faz sentido beneficiar a uns com a redução da carga tributária incidente sobre a folha e punir aos outros com o agravamento. (Franco, 2012)

Segue o exemplo do cálculo do mesmo exemplo citado na legislação anterior, porém com a nova regra de tributação segundo a Lei 12.546/2011:

Cálculo conforme a Lei 12.546/2011: Folha de pagamento - R$ 6.000,00 Receita bruta - R$ 60.000,00

Contribuição de 2% sobre a receita bruta 2 % x 60.000,00 = 1.500,00 .

Este valor devera ser recolhido no documento de arrecadação da receita federal (DARF).

Neste exemplo prático, podemos observar que a empresa passou a ser obrigada a desoneração da folha, tendo que contribuir com 2% sobre o total das receitas incidentes, neste caso específico houve um benefício em favor da empresa de R$100,00 (cem reais).

Recolhimento da Contribuição Previdenciária foi via DARF, quando apurada sobre a receita bruta. Conforme o Ato Declaratório Executivo Codac n° 89, de 18.09.2012 (DOU 1 de 19.09.2012), ANEXO XIII - CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS, segue os códigos que foram utilizados:

Quadro 1:Códigos Recolhimento DARF

CÓDIGO/VARIAÇÃO PERIODICIDADE PERÍODO DE

APURAÇÃO DO FATO GERADOR

DENOMINAÇÃO

2985/01 Mensal A partir de

dezembro de 2011

Contribuição Previdenciária sobre Receita Bruta – Serviços

2991/01 Mensal A partir de

dezembro de 2011

Contribuição Previdenciária sobre Receita Bruta – Indústria

Fonte: Ato Declaratório Executivo Codac n° 89, de 18.09.2012

O valor apurado da contribuição previdenciária apurada sobre a receita bruta deverá ser recolhida pela empresa até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da competência e quando o vencimento cair no dia que não há expediente bancário, antecipa-se esse prazo para o dia útil imediatamente anterior (artigo 9°, inciso III, da Medida Provisória n° 540/2011, artigos 129 aos 133 da Instrução Normativa nº 971/2009).

O recolhimento da contribuição previdenciária via GPS (guia previdência social) ocorre em situações em que as empresas não detêm receitas totalmente desoneradas, ou seja,

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