ARTÉRIA uMB1L;cALAAü%N1gA
-
A MAIS comum DAS MALFoRMAcoEs coNeEN1TAs HuMANAs Aautores
DALMEN DE PINHO TAVARES FILHO
CRISTINA TERUMY OKAMOTO ROSANA HASHIMOTO
C U RI TI B A 1 9.8 6
A todos, a cada um dos muitos que,
de uma forma ou outra, coiaboraram
conosco neste nosso primeiro traba-
SUMÃRLG RESUMO . . . . . . ... . .. . . iii ~ 1NTRonuçAo . . . . ... . . . . . . . . . .. ... .. 1 ~ REVISAO DA LITERATURA .. . . ... 3 MATERIAL E MÊTonos .. . . ... . . . s RESULTADOS E COMENTÂRIOS ,... . .. 10
Incidência da AUU . . . . . . i... . . . . . . . . . . .. 10
Associação entre AUU e malformações congênitas . ll Fatores maternos e sua correlaçao com AUU . . . . .. 12
Fatores fetais . . . « . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. 18
coNcLusoEs . . . . . . . . . . . . . . . « . . . . . . . . . . . . .. 25
SUMMARY . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÃFICAS . . . . . . . . . . . . . . .. 29
REsuMo
No presente trabalho os autores fazem ampla revisão e discussão da literatura sobre artêria umbilical única (AUU).
E, atravês da análise das fichas do Berçário do Hospital
Evangêlico de Curitiba, investigam a incidência dessa anoma- lia nos 10.862 partos consecutivos, prematuros ou a termo, normais ou operatõrios ocorridos no período de janeiro de 1980 a maio de 1986.
Nesses prontuários valorizam os seguintes dados:
~ 4 ~ 4
°Da mae - idade, cor, data da ultima menstruaçao, nu-
mero de gestações, paridade, complicações da gestação
e tipo de parto. ,
°Do feto - sexo, índice de Apgar no 19 minuto, malfor-
mações congênitas, exame macroscõpico (e microscõpico, ~
quando realizado - figura l) do cordao umbilical.
- Encontraram AUU em 8 casos (0,07%).
Observanl maior incidência dessa malformação nos fi- lhos de multíparas, de cor branca, com idade entre 20 e 30
anos, em cujos antecedentes obstêtricos predominavam os par-
tos distõcicos (37,5%). ,
Dos recém-natos com AUU, 6 (75%) masculinos com peso
entre 2.500 g e 3.000 g; 7 (87,5%) com índice de Apgar su- perior a 7.
Em 1 caso (l2,5%),AUU associada a outras malformações congênitas
-atresia
de esôfago, fístula traqueoesofãgica, cardiopatia-
e õbito no pôs-operatõrio.Entrevistando pais e pediatras dos 7 sobreviventes com
AUU, concluem apresentarem desenvolvimento físico e» mental
dentro dos parâmetros normais, até o momento.
_ _ , J i ~ ` â' í¡'f. '_‹ 5.1 ¬ - 1'z-l Ú h
air:
nf ví* i/.
-/S
FIGURA 1 - Artëria umbilical unica.
a) Corte de cordão umbilical com dois vasos: artéria umbilical Única (acima) (Mallory 28 X).
~
b) Cordao de artéria umbilical única: vaso com luz pregueada, ã es-
querda (Verhoeff 28 X).
V
`›
Ii
INTRoDuçAo
Mais do que apenas um fio de maior ou menor compri- mento e espessura, flexível, ligando o feto ä placenta ë o comdao umbÁ£¿ca£, pois, alterado em sua estrutura, o desen- volvimento fetal se altera; interrompido, o feto morre. Já JAVERT (l957)referia-se a ele como a "linha da vida do feto".
~
Talvez por isso sua significaçaoeaestrutura sempre se cercaram de magia e sobrenatural, conforme diz FRANCK(l985), quando repete SPIVACK (1946) citando o editorial "Nova et Vetera" (1912): pela aparência do cordao umbilical dos des- cendentes tentava-se dizer sobre a fertilidade da mãe. O nú- mero de nõs no cordão umbilical do primogênito servia como augürio indicando o tamanho da futura família. A legitimida- de da criança era determinada pela gravidade específica de
seu cordão umbilical; sua virilidade futura, pelo comprimen-
to do coto. A esterilidade ou infecundidade eram previstas provando seu sangue ou seu fragmento. O cordão umbilical era dado como um talismã para proteger seu portador de infortú- nios e doenças. Os japoneses preservavam-no, guardando-o no arquivo da família. Ele era dado ã jovem noiva para levã-lo ao novo lar; colocado na urna funerária do filho morto; en- terrado no lugar de alguênl que morrera em terras distantes. O cordão umbilical do rei da Uganda, considerado um tesouro, ë guardado por toda a vida e ê envolto por roupas, “cujo
nú-2
mero aumenta com a idade do rei, de modo que, eventualmente, chega a adquirir forma humana.
Sendo, mormente, os vasos que fazem do cordão umbili- cal essa linha da vida do feto e conhecendo-se como a mais comum das malformações congênitas do homem a existência de
uma artéria ao invés de duas
-
como seria o normal-,
pro-pusemo-nós a estudã-la dentre os recém-nascidos do Hospital Evangélico de Curitiba, a partir do ano de 1980, ao mesmo tempo em que seria feita ampla revisao e discussao do assun-
REv1sAo DA LITERATURA
A artêria umbilical única (AUU) ê provavelmente uma
das anomalias mais estudadas na literatura.
BAUDELOCQUE em 1781 relata um caso de AUU.
Em 1870, Josef HYRTL, professor de Anatomia,pub1icaem
Viena, uma monografia sobre os vasos da placenta humana,onde um capítulo ë reservado ã AUU, descrevendo 12 casos, todos em recëm-nascidos masculinos, e chama a atenção sobre esse
fato. Duas dessas observaçoes associavam-se a malformaçoes congênitas: espinha bífida e palato fendido.
Tambêm. muito cedo a associação entre AUU e malforma- çoes congênitas foi notada por WEIGERT (1886) e BALLANTYNE
(1898), que a consideravam significante na etiologia da si-
renomelia (nao confirmada por nenhum outro autor).
Entretanto, sõ a partir de 1955
-
com o trabalho deBENIRSCHKE e BROWN
-que
sistematizaram a pesquisa dos vasosdo cordão umbilical, buscando correlacionã-los ãs malforma- ções congênitas, ê que se deu a essa anomalia vascular a sua
A
real importancia. Deixando de ser relatada apenas como mera curiosidade, despertou interesse científico. E muitos auto-
4
.-
O A ¿nc¿dënc¿a de AUU em amoóinaó conóecatáuaó ou em óeaáeó eópec¿a¿À
Se LITTLE (1958), BOURNE e BENIRSCHKE (l960), CAIRNS et al.(1964), dentre outros,viram-na em 1%, BRUNIQUEL (1965)
sô a encontrou em 0,10%, MOLZ (1965) a descreve em 12%, en- quanto FROEHLICH et al. (1973), na maior sêrie estudada na
literatura
-
39.773 casos-
encontraram-na em 0,90%.0 Sua coaaefiaçäo com áaioaeó maieanoó, como: aaça, ¿dade, nãmeao de
geótaçõeó 2 paaidade, comp£¿caç5eó na geótação e noó paaioó 2,
4 _. _. ~
ate meómo, a eótaçao do ano em que ocoaaeu a afiiima menóihuaçao
Para PECKHAM et al. (1965), FROEHLICH et al. (1966,
1973), DUAILIBI et al. (1967), MITAL et al. (1969) e MATHEUS
et al. (1976) a maior incidência estava na raça branca.
FAIERMAN (1960), BOURNE e BENIRSCHKE (1960), LENOSKI
et al. (1962), FRQEHLICH et al. (1966) e FRANCK (1985)vëem- na prevalecer em certas faixas etárias. Mas PECKHAM et al.
(1965), KRISTOFFERSEN (1969), BRYAN et al. (1974) e MATHEUS
et al. (1976) observam que a idade parece não ter influência. Complicações nas gestações e no parto,como anteceden-
tes de aborto,desco1amento prematuro de placenta, parto pre- maturo, partos distõcicos e operatõrios são descritos por
todos esses autores citados no parágrafo anterior.
BHARGAVA et al. (1971) encontram significativa asso- ciação entre AUU e polidrâmnios.
Influência sazonal nesse fenômeno ê buscada por PECKHAM et al. (1965), que encontram uma diferença estatisticamente significante para os casos cujas maes tiveram sua última menstruação nos meses de julho, agosto e setembro, nos quais
a AUU incidiu duas vezes mais do que naqueles cujo último período menstrual fora nos outros três trimestres.
O Coanalaçäo de AUU com gatomeó 6eta¿ó= óexo, paóo, ma1un¿dade,
mo/utavëidade, de/sanuoiuzünevuto ubteƒulo/L 0. mrlláomaçoøô congëniztazs
Embora HYRTL (1870) descreva todos os seus casos em sexo masculino, isso não foi confirmado por nenhum outro au-
tor. g
Autores como FISHER (1957), AÓLER et al. (1963), SEKI
et al. (1964) registraram a coexistência de AUU e prematuri- dade em peso e idade. AINSWORTH et al. (1969) crêem seja de- vida principalmente a crescimento intra-útero retardado.
Mortalidade perinatal em taxas de atê 58% foi vista por BOURNE e BENIRSCHKE (1960) e,embora em incidência menor, confirmada por todos os autores.
Sempre, na literatura,procurou-se correlacionar a AUU às malformações congênitas,demonstrando acompanhar-se destas em percentagens que variam entre 8,7% (FROEHLICH et al. ,
1973) e 93% (MOLZ,1965), comprometendo vários aparelhos,sis-
z ~ ~
temaseaorgaos: sistema nervoso central e
coraçao--BENIRSCHKE
e BROWN (l955); geniturinãrias-LITTLE
(l958); gastrointes-tinais, esquelêticas
-
FUJIKURA (1964)-,
sem, entretanto, evidenciar predominância absoluta.6 AUU naó geóraçõeó mãlzipiaó
~ Enquanto PECKHAM et al. (1965) entre 55 gemelares nao
afir-6
mam categoricamente que é alta a incidência aí, chegando a
14%. Já SEKI et al. (1964) acham-na maior em gêmeos mono- zigõticos, vendo-a corresponder ã das gestações simples, em dizigõticos.
O Piacenia anoamai
Placentas anormais quanto ã forma, peso, inserção do
~
cordao umbilical foram observadas nos casos de AUU por auto-
res como BENIRSCHKE (1965), MATHEUS et al. (1976) e BHARGAVA et al. (1971).
0 Etioiogia da AUU
Tõpico controverso é a etiologia da AUU, pois vários autores estudaram-na em relação a agentes teratogênicos, he- reditariedade, alteraçoes genéticas e aplasia ou atrofia de uma das artérias umbilicais.
Freqüência maior de crianças com AUU de mães que ha- viam tomado indutores de ovulaçao (HACK et al., 1970) e de outras que ingeriram talidomida (THOMAS, 1962; MOLZ, 1965)
leva a crer na responsabilidade de fatores teratogênicos. Já FUJIKURA (1964), BENIRSCHKE e DRIscoLL (1967), LITTLE
(1958, 1961), LEWIS (1962), FOX (1978) observaram a coexis- tência de alterações genéticas e aplasia ou atrofia de uma
das artérias umbilicais.
Hã unanimidade na literatura em afirmar
quea
AUU deve ser bem avaliada pelos obstetras e pediatras, pois é essa a~
mais comum das malformaçoes congênitas humanas,podendo acom- panhar-se de outras evidentes ou não na ocasião do parto.
0 Phognoótáco da AUU
Desde que não associada a malformações congênitas gra- ves, letais,pode ser favorável, segundo KRISTOFFERSEN (1969) e FROEHLICH et al. (1973), que por cinco e quatro anos res- pectivamente acompanharam crianças com essa anomalia vascu- lar
MATERIAL E MÉToDos
O trabalho baseou-se num estudo retrospectivo através de fichas do Serviço de Obstetrícia e Berçário do Hospital Evangélico de Curitiba, abrangendo o período compreendido entre janeiro de 1980 e maio de 1986. Foram estudados 10.862 casos consecutivos, não selecionados de partos normais ou operatõrios, prematuros ou a termo. Neles, valorizaram-se estes dados: 1 - Da mae: idade, ' cor, número de gestaçoes, paridade,
data da última menstruação, duração da gestação atual, complicações desta gestação, tipo de parto, complicaçoes do parto. 2 - Do recém-nato: sexo, peso, Apgar, malformações congênitas.
Dentre os 10.862 casos, 8 apresentavam AUU.
Interessados em conhecer o desenvolvimento ulterior dessas oito crianças, o passo seguinte foi localizar a famí- lia de cada uma.
Programou-se então uma entrevista com os pais e,atra- vês deles, com os pediatras das crianças, objetivando saber
do desenvolvimento orgânico e mental e o diagnóstico de ou- tras malformações que pudessenlter sido detectadas posterior- mente.
REsuLTADos E CoMENTÃR1os
1Nc1DÊNc1A DA Auu
V Nos 10.862 partos do Hospital Evangélico de Curitiba cujas fichas foram analisadas, havia registro de exame ma- croscõpico do cordão umbilical. Em 8 casos constatou-se AUU. Em 2 deles ela foi também confirmada pela microscopia õptica.
Assim, AUU incidiu numa percentagem de 0,07%. Esse resultado difere daqueles de 0,10% a 12,0% da literatura. Entretanto, apenas observandoc›intervalo entre estes dois valores, hã de
pensar-se na interferência de vãrios fatores, como:
l - o método de investigação empregado, que para al-
guns foi o exame macro e microscõpico (BENIRSCHKE e BOURNE,
1960; LITTLE, 1961; FRANCK, 1985), enquanto para outros foi sô o exame macroscõpico (LENOSKI et al., l962;PECKHAM.etal., l965). Nesta série, 6 casos foram estudados a fresco e em 2
acrescentou-se a isso a microscopia õptica (Figura 1);
2 - o exame do material a fresco ou fixado, que pode fornecer resultados muito diferentes, conforme demonstra KRISTOFFERSEN (1969), comprovando mais que, se a fixação for feita pelo ácido acético glacial, em vez do formol a 10%,
3 - o interesse imediato de quem investiga,como seviu no trabalho do último autor citado, que registra uma dife- rença de 3,10% entre exames feitos por ele e por outros mem- bros da equipe. As fichas aqui vistas foram preenchidas por várias pessoas
-
médicos ou acadêmicos-,
com maior ou me- nor rigor de observação.~ ~ .-
ASSOCIAÇAO ENTRE AUU E MALFORMACOES CONGENITAS
Entre os 8 casos de AUU verificados neste trabalho,
um apresentou-se com malformação congênita (atresia de esô- fago com fístula traqueoesofãgica e cardiopatia) (l2,5%).
Malformaçoes congênitas comprometendo também aparelho digestivo e circulatõrio aparecem nas séries de BENIRSCHKE e BRowN (1955), FUJIKURA (1964) e outros. Múltiplas na maio- ria das_vezes, como aqui,~ elas não mostram preferência por determinados õrgaos ou sistemas
-o
que sapode observar ven- do os trabalhos de LITTLE(l958), FAIERMAN (1960) e FROEHLICH et al. (l973)-
onde sao principalmente geniturinärias; os de FROEHLICH et a1. (1966)-
esquelëtioas-
e os de BRYAN et al. (1974) e KRISTOFFERSEN (l969)-
de sistema nervoso central.Enquanto se registrou em 10.854 recém-natos uma per- centagem de 0,99% (l08)de malformaçoes congênitas, nos 8 ca- sos de AUU houve uma incidência de 12,5%, o que comprova al- ta possibilidade de associação de AUU a malformações congê-
12
FATORES MATERNOS E SUA CORRELAÇÃO COM AUU 0 Cmt
Encontramos 7 casos de cor branca (87,5%) e l de cor
negra (l2,5%) (Gráfico 1).
GRÁFICO 1 - Cor materna nos casos de AUU - 1980-86.
n? de casos A . 71 V
V/
6 __ branca 5- ':::::::: 14- negra 3.. 2- 1-» COI'}
FONTE: Bergario do Hospital Evangelíco de Curitiba.
A correlação entre AUIIe maior incidência em raça bran-
ca vista nesta série ë comprovada por diversos autores como
PECKHAM et al. (1965), FROEHLICH et al. (1966 e 1973), entre outros.
° Idade e nãmeao de geótaçõeó
Neste grupo, 6 casos de AUU (75%) foram observados em mulheres de idade menor de 30 anos (Tabela l e Gráfico 2).
TABELA
IDADE MATERNA NOS CASOS DE AUU
IDADE (anos) N? CASOS % 21-24 25-28 29-32 33-36 37-no hi-kh -‹:›‹:-u¬- 12,5 62,5 12,5 0 0 12,5 TOTAL 8 100,0
GRAFICO 2 - Idade mater
n? de casos A 7- 6.. 5- 4- 3- 2- 1-
na nos casos de AUU - 1980-86
0 40 50 60 70
FONTE: Berçário do Hospital Evangélico de Curitiba.
Para BENIRSCHKE e BROWN(1955), a incidência foi maior em maes com mais de 30 anos. A idade nao ê importante para PECKHAM et al. (1965) e KRISTOFFERSEN (1969). FROEHLICH et
al. (1966) encontram AUU mais em mulheres entre 15 e 29 anos e MATHEUS et al. (1976) em maes de 16 a 25 anos.
Dessas mães, 6 (75,0%) eram multigestas, não havendo
.2
predominância de um. determinado número de gestaçoes, 2 (25,0%) eram primigestas (Tabela 2).
TABELA 2
NÚMERO DE GESTAÇÕES NOS CASOS DE AUU
CASOS sEsTAçÃo Ne
ea
% 1 2 2 1 3 3 A 1 5 0 6 0 7 1 25,0 12,5 37,5 12,5 0 0 12,5 TOTAL 3 100,0 ~Quanto ao nümerode gestaçoes hã quem afirme ser maior a incidência em primigestas jovens e multigestas mais velhas
(BOURNE e BENIRSCHKE, 1960). PECKHAM et âl. (1965) relatan elevaçao da taxa em primíparas e MATHEUS et al.(l976) encon- traram-na em grandes multíparas.
A z-_.
0 Inzte/Lao/uzenc/Lazâ na ge/.staçao
Nestes casos de AUU houve:
_ °hipertensao arterial
- uma vez,
°infecção urinária - uma vez,
°sífilis - uma vez (Lues positiva no 59 mês de gesta-
~ ~ ~
Complicaçoes durante a gestaçao nos casos de AUU sao descritas por quase todos osautores. Se CAIRNS et al. (1964) e LITTLE (1958) não as registram em incidência maior do que no grupo controle, KRISTOFFERSEN (1969) descreve 10% de pré- eclãmpsia e hipertensão arterial, chamando a atenção para a
alta taxa de;múidrâmnic›e diabete sacarina,tambêm. BENIRSCHKE e BROWN (1955), numa série 3 anos mais tarde contestada
por LITTLE, registram 30% de pré-eclâmpsia e hipertensão, dando atenção para a particular letalidade da associação en- tre AUU e essa patologia, pois 52,6% dos recém-natos resul- tavam nati ou neomortos. Também nas séries vistas porMATHEUS et al. (1976) e FRANCK (1985) houve essa associação. PECKHAM et al. (1965) indicam 7,8% de hemorragias devidas a descola- mento prematuro de placenta.
O Evoiuçao daó geótaçoeó antatáoneó e Iápoó de panto
As Tabelas 3 e 4 e o Gráfico 3 abaixo mostram esses
resultados no atual estudo.
TABELA 3
EVOLUÇÃO DAS GESTAÇÕES ANTERIORES E DAS DESTA SERIE COM AUU
GESTAÇÕES ANTERIORES GESTAÇÕES COM AUU
PARTos PARTos
N? N?
-_---__-
Normal Cesarea Aborto Normal Cesarea
16
TABELA A
TIPO DE PARTO NOS CASOS DE AUU
CASOS PARTO
---
_ N? 2 Cesãrea 6 75,0 Normal 2 25,0 TOTAL 8 100,0GRÁFICO 3 - Tipos de parto nos casos de AUU - 1980~86.
n? de casos Á 7- 6_ cesarea 5- iiiii 4_ äëääš parto normal 3- 2 ' aesêêaaêa ¬
›
tipos de parto oFONTE: Berçário do Hospital Evangélico de Curitiba.
Dessas 8 gestações, 2 (25%) evoluíram para parto
nor-z
mal e~6 (75%) para cesârea, cuja indicação aparece na Tabela
TABELA 5
CESAREA E RESPECTIVAS INDICAÇÕES NOS CASOS DE AUU
IND 1 cAçÃo
E
Ne
Sofrimento fetal 1
Cesãrea iterativa (III) 1
Cesãrea iteratíva (II) 1
Desproporção cëfalo-pélvica 2
Apresentação pélvica e distocía de bacia 1
TOTAL 6
Além das complicações
-comuns
nas gestações nos casos~
de AUU
-
sao elevadas as perdas fetais e partos distõcicos. SEKI et al.(l964) referem-se a aborto e FRANCK (1985) regis- tra 50% de perdas fetais nos antecedentes de seus casos.Em l955,BENIRSCHKE e BROWN
inferem-
baseados na his-tõria pregressa de 59 multíparas que em 155 gestações ante- riores tiveram 107 (69%) filhos vivos, com uma falência de
3l%, portanto
-
que se considere toda gestante com antece- dentes de AUU como de alto risco.Na sërie em questão, 6 (65%) foram cesãreas. Também
nas gestaçoes anteriores a cesãrea apareceu em 37,5%. Aborto sõ uma vez. (Tabela 3.)
O Re£ação da AUU com 0 mëó da ãliima menóiauação
O mês da última menstruaçao de cada uma das gestantes
de AUU, indicado na Tabela 6, mostra haver ela ocorrido pre-
18
et al. (1965), a data da última menstruação registrou-se nos
meses de julho, agosto e setembro, numa predominância esta- tística significativa. A maioria dos autores, entretanto,nao valoriza esse dado.
TABELA 6
MES DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO NOS 8 CASOS DE AUU
N? MEs _ 1 fevereiro 1 maio O 2 julho 1 agosto 1 outubro 1 novembro 1 dezembro FATORES FETAIS O Sexo
Nesta sërie a AUU incidiu assim: TABELA 7
SEXO DOS RECEM-NATOS NOS CASOS DE AUU
cAsos sexo
---
N? % Masculino 6 75,0 Feminino 2 25,0 TOTAL 8 100,019
GRÁFICO 4 - Sexo dos recém-natos nos casos de AUU - 1980-86.
n? de casos A
Ã:
masculino 5 ' 3 _2_
1-
›
sexo O WFONTE: Berçário do Hospital Evangélico de Curitiba.
Hã divergências entre os autores na literatura no que
tange ao sexo predominante na AUU. HYRTL (1870) descreve to-
dos os seus casos em sexo masculino (em 300 casos estudados,
l2 com AUU, todos masculinos). BENIRSCHKE e BROWN (l955) e BENIRSCHKE e BOURNE (1960) concordaram em que se distribuía quase igualmente nos dois sexos, no que foram apoiados por KRISTOFFERSEN (1969).
FROEHLICH et al. (1973) vêem-na mais no sexo masculi- no, sem que essa diferença seja expressiva estatisticamente. BRYAN et al. (1974) 'observaram 20.000 casos, dos quais 143 com AUU e nestes maior freqüência feminina. MATHEUS et al.
20
em 1976 notaram 58,5% no sexo masculino,enquanto para FRANCK
(1985) 60% eram femininos.
Os resultados deste estudo, no qual, dentre as 8 AUU,
houve 6 (75%) em recém-natos masculinos e 2 (25%) em femini-
nos, concordam com os de värios autores.
-O P040 e phema1ua¿dade
O peso dos recém-nascidos nos casos de AUU esteve as-
sim distribuído:
°6 casos entre 2.500 e 3.000 g
(2.6l0, 2.690, 2.700, 2.900, 2.960 e 2.990 g);
°2 casos entre 3.000 e 3.500 g
(3.280, 3.300 g).
E o que demonstra o Gráfico 5, abaixo.
GRÁFICO 5 - Distribuição do peso dos recëm-natos nos casos de AUU - 1980-86
n? de casos A 7- 6- 5_ §\\\\` 4- 3.. 2.. 1- _ peso (gramas) I | 0-' 500 10'00 1500 2000 250 00 3500
Assim, nesta série, em que todos nasceram a termo,
~
nao houve, também, nenhum com peso inferior a 2.500 g. \ segundo BENIRSCHKE e BROWN (1955), THOMAS (196l), FROEHLICH et al. (1966), CARRIER et al.(l966),ké.maior inci- dência<haAUU entre os nascidos de baixo peso. Para AINSWORTH et al.(l969), o baixo peso que 224 deseus casos de AUU apre- sentaram foi devido ao crescimento intra-uterino retardado, melhor do que ã prematuridade.
BOURNE e BENIRSCHKE (1960) referem não ser espantoso que baixo pesoeaprematuridade apareçam em incidência
maiordo
que a normal, porque a ausência de uma artéria umbilical po- derã retardar o crescimento‹k>feto intra-útero, mesmo semim- pedir que ele chegue â maturidade.PECKHAM et al. (1965) concordam que a incidência de prematuros é alta entre os recém-natos com AUU. MATHEUS et
al. (1976) observam prematuridade em 20% dos casos de AUU e 29,4% de pequenos para a idade gestacional.
0 V¿Ia£¿dade e monrakádade pøm¿naza£
Tomando-se como referência o índice de Apgar no pri- meiro minuto de vida, esses recém-natos se apresentavam:
com Apgar inferior a 7 l (deprimido),
com Apgar superior a 7 7 (vigorosos).
Todos os vigorosos (87,5%) receberam alta hospitalar. A taxa de mortalidade registrada foi de 12,5%, tendo ido a õbito aquele possuidor de outras malformações congênitas acompanhando a AUU.
22
Nos dados deFUJIKURA (1964) há 18,5% de natimortos ou neomortos, enquanto na série estudada por BOURNE e BENIRSCHKE
(1960) essa taxa ê de 58%.
AINSWORTH et al. (1969) observaram mortalidade peri- natal significativamente mais alta entre osrecêm-natos deAUU do que entre aqueles cujo cordão umbilical era normal.
KRISTOFFERSEN (1969) assegura que a mortalidade peri- natal nos recêm-nascidos com AUU ê alta, principalmente se
com malformações letais, embora não desprezível em crianças com AUU e sem anormalidades detectãveis.
Para FROEHLICH et al. (1973), a mortalidade perinatal nos recém-natos com AUU ê quatro vezes mais alta do que na
população em geral. Afirmam, ainda,que os portadores de AUU associada a malformações severas são os que morrem nesse pe- ríodo perinatal, porquanto os que sobrevivem a essa época pa- recem desenvolver-se tão normalmente quanto outros de peso e condições físicas economicamente comparáveis.
Nesse grupo de casos estudados, 7 (87,5%) apresenta-
ram-se com índice de Apgar acima de 7 no 19 minuto, mostran- do-se, assim, vigorosos. Um único (12,5%) apresentou Apgar 6 no 19 minuto e foi a õbito quatro dias depois da correção cirúrgica de atresia de esôfago e fístula traqueoesofãgica.
° Ueóenvoivámento u££en¿on
Poucos autores fizeram ,um acompanhamento de AUU. FUJIKURA (1964) achou que 3 das 16 crianças com AUU apresen- tavam retardo motor aos 12 meses.
FROEHLICH et al. (1966) relataram, em 99 crianças com AUU aos 12 meses de idade, 3 casos de hipospadia.
KRISTOFFERSEN (1969), através de‹questionârios ãs mães de crianças com AUU que haviam deixado o hospital, pergunta- va sobre a saúde geral delas e se vieram a apresentar alguma anomalia entre 2 e 5 anos. Apenas 24 delas chegaram a res- ponder: 15 passavam bem, sem nenhuma anomalia, sem nunca te-
rem voltado ao hospital; das outras 9, 4 relataram várias in-
fecções das vias aéreas superiores; uma com anorexia perma- nente; uma com história de otite e episódios febris, fraca e sem apetite; uma havia sido tratada de hemangioma de pe-
le e outra voltara ao hospital para correção cirúrgica de
hérnia inguinal que, entretanto, desaparecera espontaneamen-
te. A última criança apresentava fístula branquial, eczema
e talvez retardo mental. Porém o próprio autor cita que,
através de um questionário assim,não se poderia concluir fi- dedignamente se o desenvolvimento físico e mental fora abso- lutamente normal.
Para FROEHLICH et al. (1973), o resultado do acompa- nhamento de 266 crianças vivas com AUU,comparando-as com 790
outras normais, foi o de que, entre as malformações encon- tradas, somenteêahérnia inguinal estava mmw.incidéncia maior que no grupo controle, e o peso, altura, perímetro cefãlico aos 4 meses, l ano e 4 anos de idade eram quase iguais nos
dois grupos, bem como a atividade motora e QI aos 4 anos. O acompanhamento das crianças com AUU nesta série realizou-se através de contato mantido com a mãe e o pedia- tra de cada uma das 7 crianças vivas. Observou-se aqui um
24
caso de pneumonia que, tratada, recuperou-se; outro, de es-
tado gripal prolongado e uma com episõdios diarrëicos no pe- ríodo perinatal. Salvo isso, as crianças nascidas com AUU apresentavam desenvolvimento físico e mental dentro dos pa-
~
CoNcLusoEs
° AUU ë anomalia vascular encontrada em cerca de 1% dos
nascimentos
-
freqüente, portanto.° As características maternas predominantes nos casos
de AUU sao: cor branca, idade entre 26 e 28 anos, multíparas.
° Abortos, partos distõcicose intercorrências como hi-
pertensão arterial, pré-eclâmpsia e polidrâmnio caracterizam a gestante com antecedentes de AUU como gestante‹kaalto ris- CO.
~ ~
° A associaçao entre AUU e malformaçoes congênitas ë
comum.
.... - ~
° As malformaçoes congenitas sao múltiplas em geral,
sem mostrar nítida predominância sobre certo õrgão ou apare-
lho.
.° A mortalidade perinatal ë alta entre os recêm-natos
com AUU.
° As malformações, embora letais às vezes, nem sempre
26
° Exames posteriores dos sobreviventes com AUU
normal-›
~
mente nao revelam desvios dos parâmetros normais.
° Dada a alta incidência de AUU
-
considerada a mal-formação congênita mais comum do homem
-e
sua freqüente as-sociação com outras malformações nem sempre vistas aoprimei- ro exame, mas, muitas vezes, passíveis de correção,ë aconse- lhãvel que se examine sistematicamente o cordão umbilical e
que se comunique o seu achado ao pediatra, obstetra e aos pais.
SUMMARY
In this work the authors make a wide revision and dis- cussion about single umbilical artery in the universal liter- ature. And through the analysis of Nursery records from the
Hospital Evangélico de Curitiba, they examine the incidence
of that vascular anomaly in 10,862 consecutive, premature or
not, normal or surgical deliveries that occurred between Jan- uary, 1980 and May, 1986.
Then, they appreciate these data:
°the mother's: age, colour, the last menstrual period, complications in pregnancy and delivery;
°the foetus': sex, Apgar at first minute, congenital malformations, macroscopical examination (and micro-
scopical one if ever made) of the umbilical cord.
Single umbilical artery was found in 8 cases (0.07%).
The incidence of this anomaly was higher in the newborns from 20 to 30-year-old white and multiparae women. Most of these mothers had had spontaneous abortion and caesareans.
Single umbilical artery was presentiJ16 males (75.0%),
having preponderance in those with birthweights between 2,500 and 3,000 g (87.5%).
28
Only one of them was born depressed.(Apgar 6). And in this case the single umbilical artery was associated with other congenital malformations: esophageal atresia with tracheo-esophageal fistula and cardiac abnormality. The pro- portion of malformations associated with the absence of one umbilical artery was 1:8, l.5%.
The follow-up of the development and health of those children with single umbilical artery and without other vis- ible abnormality was done by the authors. All of them showed
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÃFICAS
ADLER, J.; LEWENTHAL, H.; BEN-ADERETH, N. Absence of
one umbilical artery and its relationship to congeni-
tal malformations. Hanefiuah, 65:286-8, 1963.
AINSWORTH, P. & DAVIES,P. The single umbilical artery:
a five-year survey. Deueiop. Med.Ch¿£d. Neuâol., 77
297-302, 1969.
BALLANTYNE, J.W. The occurrence of a non-allantoic or vitelline placenta in the human subject. Taanó.Ed¿nb. 0bóteta.Soc., 23:54, 1898.
BAUDELOCQUE, J. L'anI deó accouchementó. Paris, Mê- guignon, l78l. v.l, p.l65.
BENIRSCHKE, K. Major pathologic features of the placen- ta, cord and membranes. In: SYMPOSIUM ON THE PLACEN-
TA, l. Paoceed¿ngó. New York, national Foundation,
1965. p.52.
& BOURNE, G. The incidence and prognostic impli- cation of congenital absence of one umbilical artery. Am.J.0bóteth.Gynaeco£., 79(2):25l-4, 1960.
&BROWN, W.H. A vascular anomaly of the umbilical
cord. The absence of one umbilical artery in the um- bilical cords of normal and abnormal foetuses.0bó£øUL Gynecol., 6:399-404, 1955.
& DRISCOLL, S.G. The pathofiogy 06 the human p£a~
canta. New York, Springer, 1967. 512 p. '
BHARGAVA, I.; CHAKRAVARTY, A.; RAJA, P.T.K. Anatomy of foetal blood vessels on the chorial surface
ofthe
hu- man placenta. IV. With absence of one umbilical ar-tery. Acta Anat., 80:620-35, 1971.
BOURNE, G.L. & BENIRSCHKE, K. Absent umbilical artery.
A review of ll3 cases. Ahch. D¿ó.Ch¿£d., 35,534-43,
l960.
BRUNIQUEL, M.G. Absence d'une des artêres ombilicales et inconstance des malformations acompagnatrices: in- terpretation par les processus dlagënêsie ou d'apla-
sie, ã propos de trois cas. Soc¿e£e Nationafie de Gy-
neco£og¿e et d'0bóIe£n¿que de Fnance, 19 :256-9, Fê-
30
BRYAN, E.M. & KOHLER, H.G. The missing umbilical ar-
tery. I. Prospective study based on a maternity unit. Aach.U¿ó.Ch¿£d., 49:844-52, 1974.
CAIRNS, J.D. & MCKEE, J. Single umbilical artery: a prospective study of 2000 consecutive deliveries. Can.Med.Aóó0c.J., 91:1071-3, 1964.
CARRIER, C.; MATTEAU, P.: JEAN, C. Aplasie
dure
artêre ombilicale. Can.Med.Aóó0c.J., 94:1001-4, 1966.DUAILIBI, L.; VIEGAS, D.; CORDEIRO, A.C.; FERREIRA, H.; MARIN1, J.M.; szARF, H. Artéria umbilical única. In-
cidência e possíyel relação com malformações congêni-
tas. PQdLa£a.PaaI., 7-22, 1967.
FAIERMAN, E. The significance of one umbilical artery. Aach.D¿ó.Ch¿£d., 35:285-8, 1960.
FISHER, A. Fetale Atrophie bei fehlerhafter Anlage der Nabelarterien und Kleinheit der Placenta. Ein Beitrag
zur Frage nichterblicher Missbildungen. Frankfurt. Z.Path., ó8:497-506, 1957.
FOX, H. Pathoiogy 05 the piacenta. London, W.B.
Saunders, 1978. 491 p.
FRANCK, A.L.L. Aópectoó eóiaataaaió do caadao ambiiicai
humano. Curitiba, 1985. 193 p. Dissertação, Mestrado, Universidade Federal do Paranã.
FROEHLICH, L.A. & FUJIKURA, T. Significance
afa
single umbilical artery. Am. J.0bóIeta. Gynec0£., 94:274-9,1966.
& . Follow-un of infants with single umbil-
ical artery. Pediaiaácó, 52:6-22, 13-29, nÇ 1, 1973.
FUJIKURA, T. Single umbilical artery and congenital
malformation. Am. J.0bó£eia. Gynecol., 88(6):829-30,
1964.
HACK, M.; BRISH, M.; SERR, D.M.; INSLER, V.; LUNENFELD,
B. Outcome of pregnancy after induced ovulation. J.
_ Am.Med.Aóóoc., 2l1z79l, 1970.
HYRTL, J. Die Biatgefiäóóa den menáchiiehen Nachgebani Án noamaien and abnoamaian VeÀha£in¿óóen. Vienna, Braumüller, 1870.
JAVERT, C.T. Spontaneouó and habitual aboatáon. New York, Blakiston, 1957.
JEAN, C.; DUPRE, A.; CARRIER, C. L'artëre ombilicale
unique: êtude de 112 observations. Can.Med.Aóóoa.J., 700:1088-91, 1969.
KRISTOFFERSEN, K. The significance of absence of one umbilical artery. Acta Obóteia. Gyneco£.Scand. , 48:
LENOSKI, E.F. &.MEDOVY,H. Single umbilical artery: in-
cidence, clinical signifrcance and relation to auto- somal trisomy. Can.Med.Aóó.J., 87:1229-31, 1962.
_LEWIS, A.J. Autosomal trisomy. Lancer, 1z866, 1962.
LITTLE, W.A. Aplasia of the umbilical artery. Bu££.
Slone Hoóp.wom., 4:12?-31, 1958.
. Umbilical artery aplasia. ObóteIä.Gynaco£., 17:
6§Ê-700, 1961.
MATHEUS, M.; SALA, M.; TEDESCO, J.J.A.; BARBIERI, J.;
FUKUSHIMA, O. Artêria umbilical única. Estudo de 37 casos. 0bóteIä.G¿neco£.Lat.Amen., 54:211-26, 1976.
MITAL, V.K.; GARG, B.K.; GUPTA, U. Single umbilicalar- tery: its association with congenital malformation. J.0bóIeta.Gynaec0£.Ind¿a, 19:583-7, 1969.
MOLZ, G. Aplasie einer Nabelarterie und angeborenefehl- bildungen. He£u.Paed¿a£n.Acta, 20:403-14, 1965.
PECKHAM, C.H. & YERUSHALMY, J. Aplasia ofone umbilical artery: incidence by race and certain obstetric fac- tors. 0bó£etÀ.Gyneco£., 26(3):359-66, 1965.
SEKI, M. & STRAUSS, L. Absence of umbilical artery. Aach.Pa£ha£., 78:446-53, 1964.
SPIVACK, M. The anatomic peculiarities of the human umbilical cord and their clinical significance. Am.J.
0bótetn.Gyneco£., 52:38?-401, 1946.
THOMAS, J. Untersuchungsergebnisse über die Aplasie
Nabelarterie unter besonderer Berücksichtigung der Zwillingsschwangerschaft. Begumtóch.Fnauenhe¿£k., 21:
984-92, 1961.
. Die Entwicklung und Êetus und P1azentakmiNabeL-
gefässanomalien. AÀch.Gynáko£., 198:216-23, 1962.
WEIGERT, C. Zwei Fälle von missbildung einer Ureters und einer Samenblase mit Bermerkungen uber einfache Nabelarterien. Vinchowó Anch. Paiho£.AnaI. Phyóáol.,
TCC
UFSCTO
0324 Ex.I N-Chflflh TCC UFSC TO _0324 _Autor: Tavares Filho, Dal
Título: Artéria umbilical única- a mais
_,
972815642 Ac. 2544,11
I
É Ex.l UFSC _ BSCCSM