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Perfil de alfa-tocoferol no leite e soro de puérperas com parto termo e pré-termo

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

PERFIL DE ALFA-TOCOFEROL NO LEITE E SORO

DE PUÉRPERAS COM PARTO TERMO E

PRÉ-TERMO

DANNA CALINA NOGUEIRA E SILVA

NATAL/ RN 2019

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DANNA CALINA NOGUEIRA E SILVA

PERFIL DE ALFA-TOCOFEROL NO LEITE E SORO

DE PUÉRPERAS COM PARTO TERMO E

PRÉ-TERMO

Orientadora: Profa. Dra. Karla Danielly da Silva Ribeiro Rodrigues

NATAL/ RN 2019

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de Nutricionista.

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Silva, Danna Calina Nogueira e.

Perfil de alfa-tocoferol no leite e soro de puérperas com parto termo e pré-termo / Danna Calina Nogueira e Silva. - 2019. 44 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Curso de Nutrição, Natal, RN, 2019.

Orientadora: Profa. Dra. Karla Danielly da Silva Ribeiro Rodrigues.

1. Vitamina E - Monografia. 2. Prematuro - Monografia. 3. Colostro - Monografia. 4. Lactação - Monografia. I. Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 613.953

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DANNA CALINA NOGUEIRA E SILVA

PERFIL DE ALFA-TOCOFEROL NO LEITE E SORO

DE PUÉRPERAS COM PARTO TERMO E

PRÉ-TERMO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito final para obtenção do grau de

Nutricionista.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Profa. Dra. Karla Danielly da Silva Ribeiro Rodrigues Orientadora

____________________________________________________________

Nutricionista Ms. Jeane Franco Pires de Medeiros 2º membro

____________________________________________________________

Profa. Ms. Ana Gabriella Costa Lemos da Silva 3° membro

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Dedico este trabalho à minha família, que sempre estão ao meu lado, apoiando e dando forças para conseguir minhas conquistas.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, que me deu a vida, força, saúde, e me permitiu ingressar em uma Universidade Federal. Ainda agradeço a Deus por ter colocado em minha vida pessoas

tão inspiradoras.

Aos meus maravilhosos pais Jackcilene Bezerra Nogueira da Silva e Luís Claudio Nascimento da Silva por todo amor e dedicação, obrigada por me incentivarem e acreditarem

em mim, por serem meus melhores exemplos. Amo vocês.

Ao meu irmão, Claudio Diego, que sempre esteve ao meu lado contribuindo direta e indiretamente.

À minha família e aos meus amigos pelo apoio e que alguma de forma contribuíram para a minha formação.

À minha orientadora Karla Danielly, que me deu a oportunidade de fazer parte do grupo de pesquisa LABAN, agradeço por todos os ensinamentos, pela paciência, me proporcionando adquirir conhecimentos por meio de cada atividade da pesquisa. Um exemplo de profissional,

a qual merece todo o sucesso do mundo em sua trajetória.

Às queridas Ana Gabriella e Amanda Rebouças, por toda paciência, ajuda e ensinamento que me proporcionaram.

À toda equipe LABAN, por proporcionar muitos aprendizados sendo determinante para a minha formação acadêmica.

À todos que de alguma forma me ajudaram a chegar até esse momento.

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“Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito.”

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SILVA, Danna Calina Nogueira e. Perfil de Alfa-Tocoferol no Leite e soro de puérperas

com parto Termo e Pré-Termo. 2019. 44 f. TCC (Graduação em Nutrição) - Curso de

Nutrição, Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.

RESUMO

A deficiência de vitamina E acomete principalmente recém-nascidos com parto pré-termo (< 37 semanas gestacionais), sendo essencial que o leite materno contenha quantidade da vitamina suficiente para formação da reserva corporal, o que torna necessária a investigação da concentração de alfa-tocoferol no leite de mulheres na fase inicial da lactação, e a relação entre os níveis dessa vitamina no soro e no leite em lactantes. O objetivo do presente estudo foi avaliar a concentração de alfa-tocoferol no leite colostro e soro de puérperas com parto pré-termo (< 37 semanas) e a termo (≥ 37 semanas) em duas maternidades públicas do Rio Grande do Norte. O estudo foi do tipo transversal, observacional, com participação de 206 parturientes voluntárias divididas em grupo pré-termo e grupo termo. Foram coletadas amostras de leite até 48h após o parto e 24h após a primeira coleta, para realizar uma média da vitamina entre as coletas. O sangue foi obtido em jejum até 48h após o parto. O alfa-tocoferol no soro e no leite foram analisados por cromatografia líquida de alta eficiência. Para avaliar o perfil de vitamina E do leite, estimou-se o fornecimento de vitamina E pelo leite analisado, considerando o volume teórico de leite consumido diariamente por um recém-nascido para comparar com a recomendação de consumo da vitamina (4 mg/dia). As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. A concentração média de alfa-tocoferol obtida no leito materno (p = 0,311) e no soro das participantes (p = 0,262), não apresentaram diferenças significativas. Ao avaliar o perfil de vitamina do leite pré-termo e termo, pode-se observar que o leite termo alcançou a recomendação de ingestão, enquanto que o leite pré-termo chegou perto da ingestão adequada (p < 0,0001). Houve uma correlação positiva entre a idade gestacional (IG) do parto e o fornecimento de vitamina E pelo leite analisado (r = 0,34, p < 0,0001). Assim, apesar de não existir diferenças na composição de alfa-tocoferol do leite colostro e soro entre puérperas com parto pré-termo e termo no período do pós-parto imediato, observou-se que o leite termo pode fornecer maiores valores da vitamina em decorrência de uma maior capacidade gástrica do neonato termo. Desse modo, se faz necessário uma maior atenção para o estado nutricional da vitamina E em lactentes pré-termo de forma a combater/prevenir as consequências da DVE nesse grupo.

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SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ... 9 2.OBJETIVOS... 11 2.1 OBJETIVO GERAL... 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 11 3. REVISÃO DE LITERATURA... 12 3.1VITAMINA E... 12

3.1.1Definição, estrutura química e funções... 12

3.1.2 Absorção e Metabolismo... 13

3.1.3 Deficiência de Vitamina E (DVE)... 15

3.2 PREMATURIDADE ... 17

3.3 LEITE MATERNO ... 18

4. METODOLOGIA ... 21

4.1 ASPECTOS ÉTICOS E UNIVERSO AMOSTRAL... 21

4.2 COLETAS DAS AMOSTRAS BIOLÓGICAS... 21

4.3 ANÁLISES DAS AMOSTRAS BIOLÓGICAS... 22

4.3.2 Extração do alfa-tocoferol... 22 4.3.2 Determinação do alfa-tocoferol... 23 4.4 VALORES DE REFERÊNCIA ... 24 4.5 ANÁLISES ESTATÍSTICA ... 24 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 25 6. CONCLUSÃO... 33 REFERÊNCIAS ... 34 ANEXOS ... 40

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1. INTRODUÇÃO

A vitamina E é um micronutriente lipossolúvel que é composto por oito formas, são elas o alfa (α)-, beta (β)-, gama (γ)- e delta (δ)-tocoferol, bem como alfa (α)-, beta (β)-, gama (γ)- e delta (δ)-tocotrienol (STOCKER, 2007). Entre os compostos da vitamina destaca-se o alfa-tocoferol, sendo a forma biologicamente mais ativa e encontrada no organismo humano (BRAMLEY et al., 2000).

Tem como principal função a sua capacidade antioxidante, na qual inibe principalmente a peroxidação dos ácidos graxos poliinsaturados (PUFAS) nas membranas celulares. Altas concentrações de alfa-tocoferol estão associadas a uma redução nos distúrbios de risco associados aos radicais livres, como a aterosclerose, câncer, catarata e dano celular ligado à isquemia e reperfusão (RIGOTTI, 2009; ESCRIVÁ¸ 2002).

Devido a sua função de defesa contra a toxicidade do oxigênio, a deficiência de vitamina E (DVE) é mais suscetíveis para as crianças, sobretudo em períodos de elevado estresse oxidativo como após o nascimento onde os níveis de radicais livres aumentam. Desse modo, considera-se os recém-nascidos grupo de risco à DVE, em especial os nascidos de parto pré-termo (< 37 semanas gestacionais) (DEBIER, 2007; BRAMLEY et al., 2000). Em prematuros extremos, o nível de alfa-tocoferol diminui ao longo do primeiro mês de vida. Dessa maneira, esse grupo estará sujeito a apresentar anemia hemolítica, hemorragia intraventricular e displasia broncopulmonar em consequência da DVE (STONE et al.¸2018; ROMEU-NADAL; CASTELLOTE; LÓPEZ-SABATER, 2008; DEBIER, 2007).

A DVE presente nos neonatos pode ser reflexo da limitada transferência placentária e da situação nutricional materna em vitamina E, visto que o nível de alfa-tocoferol no neonato depende dos níveis materno (RIBEIRO et al., 2016; HORTON et al., 2013; RASHEDY et al., 2012). Um estudo realizado com mulheres lactantes brasileiras observou que cerca de 19% das mulheres apresentaram risco de DVE no pós-parto, e 90% dos recém-nascidos tinham baixos níveis de alfa-tocoferol (RIBEIRO et al., 2016). Outra pesquisa realizada na Tunísia mostrou que 71,3% dos recém-nascidos prematuros apresentava DVE (FARES et al., 2014).

Sendo assim, é preocupante as baixas concentrações de alfa-tocoferol devido aos efeitos negativos do estresse oxidativo após o nascimento e às intercorrências causadas por essa deficiência. Desse modo, o leite materno é encarregado de suprir a necessidade da vitamina E para o neonato que está em aleitamento materno exclusivo. Esse alimento vai fornecer aporte nutricional, imunológico e emocional à saúde do lactente, sendo recomendada

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a prática do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida (GUINÉ; GOMES, 2016; FARES et al., 2014; BRASIL, 2009).

Nessa perspectiva, algumas evidências demonstram que o leite prematuro apresenta menores concentrações de nutrientes quando comparado com o termo (MELO; RIBEIRO; DIMENSTEIN, 2004). Em relação ao alfa-tocoferol no leite prematuro os resultados são conflitantes, Grilo et al. (2013) observaram em seu estudo que o leite materno a termo e pré-termo não apresentava diferença significativa na composição em relação aos níveis de alfa-tocoferol, já Quiles e colaboradores (2006) encontraram diferença significativa na composição dos leite materno em relação aos níveis de alfa-tocoferol dependendo da idade gestacional. Apesar de resultados diferentes o número de amostras desses estudos são pequenas. Tendo em vista a importância do leite materno para o neonato, faz-se necessário avaliar a concentração de vitamina E em puérperas com parto termo e pré-termo.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a concentração de alfa-tocoferol no leite colostro e soro de puérperas com parto pré-termo e a termo.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Caracterizar o perfil socioeconômico das mulheres;

 Comparar a concentração da vitamina E no leite e soro entre os grupos termo e pré-termo;  Comparar o perfil de fornecimento de vitamina E do leite termo e pré-termo;

 Avaliar a associação da idade gestacional nas concentrações de alfa-tocoferol do leite, soro e perfil de fornecimento do leite materno.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 VITAMINA E

3.1.1 Definição, estrutura química e funções

O termo vitamina E refere-se a uma família de oito homólogos lipossolúveis de ocorrência natural. Tais compostos são divididos em dois grupos: os tocoferóis (α-, β-, γ- e δ-) e os tocotrienóis (α-, β-, γ- e δ-) (Figura 1). O primeiro grupo apresenta uma cadeia lateral saturada de 16 carbonos, já os tocotrienóis possuem uma cadeia lateral insaturada, com duplas ligações nas posições 3’, 7’ e 11’. Todas as formas possuem um anel 2-metil-6-cromanol ligado a uma cadeia lateral hidrofóbica (COZZOLINO, 2016; DEBIER; LARONDELLE, 2005).

Figura 1. Estrutura química da vitamina E. Fonte: NIKI; TRABER, 2012.

O alfa-tocoferol natural trata-se da principal forma de vitamina E, possui três centros quirais na configuração –R, sendo a forma mais biologicamente ativa o RRR-alfa-tocoferol, representando cerca de 90% da vitamina encontrada no organismo (TRABER, 2007). A presença do núcleo cromanol e do grupo metil no anel aromático são responsáveis pela função antioxidante da vitamina E, assim à medida que quanto mais grupos metila, maior é a atividade biológica. Por isso, o alfa-tocoferol apresenta maior poder antioxidante quando

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comparado às outras formas estereoisômeras de vitamina E (NIKI; TRABER, 2012; DEBIER; LARONDELLE, 2005).

A vitamina E inicialmente foi descrita como um fator importante na reprodução em experimentos com ratos, contudo esse composto foi logo identificada como um antioxidante (GALLI et al., 2017). Desse modo, a função mais estudada dessa vitamina é sua ação como agente antioxidante, protegendo os ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs – Polyunsaturated Fatty Acids) da peroxidação por meio da neutralização dos radicais livres através da doação de elétrons do seu anel cromanol ( TRABER, 2014; TRABER; MANOR, 2012; ZINGG; AZZI, 2004; BRAVO et al., 1937).

Outras funções não antioxidantes conferem a vitamina E, como a modulação das vias de sinalização, bem como de sinalização/moléculas inflamatórias. Além disso, atua na regulação gênica, modulando genes em nível de transcrição, modula a atividade da fosfolipase A2, inibi a atividade da proteína quinase C (PKC), 5-lipoxigenase,isoformas da glutationa s-transferase, e ativa a fosfatase 2A e a enzima diacilglicerol quinase (AZZI, 2007; ZINGG; AZZI, 2004; ESCRIVÁ et al., 2002).

Ranard, Kuchan e Erdman Junior (2019) observaram que o tratamento com alfa-tocoferol antes da estimulação de citocinas pró-inflamatórias, atenuou a expressão de TNF-α tanto nas células musculares lisas da aorta humana como nas células endoteliais. Assim, o alfa-tocoferol pode prevenir o surgimento de placas de ateroma, diminuir a agregação plaquetária e também atuar na montagem da matriz extracelular do sistema vascular (ZINGG; AZZI, 2004). Achados sugerem que, sob condições estimuladas, o alfa-tocoferol modula modestamente a expressão de genes seletivos, sendo de caráter mais anti-inflamatório. Além disso, existem das evidências das atividades antitumorais dos tocoferóis (GUPTA et al., 2017).

3.1.2 Absorção e Metabolismo

Devido à característica lipossolúvel da vitamina E, a absorção, o transporte e a distribuição no organismo humano estão relacionados ao metabolismo lipídico, dependem da função pancreática, da secreção biliar e da formação e penetração das micelas na membrana intestinal (LODGE, 2005).

O mecanismo de absorção da vitamina E ocorre por difusão passiva no lúmen do intestino delgado, através da borda em escova. A eficiência dessa absorção vai depender da qualidade e quantidade da gordura presente na dieta (DEBIER; LARONDELLE, 2005;

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BRAMLEY et al., 2000). Os sais biliares e as enzimas pancreáticas vão ajudar na emulsificação e lipólise, resultando na formação das micelas que contêm esta vitamina, nas quais serão absorvidas pelos enterócitos (TRABER, 2012; BRAMLEY et al., 2000).

Após ser incorporados nos enterócitos, a vitamina é conduzida pelo sistema linfático até a corrente sanguínea e incorporada na forma de quilomícrons (BRAMLEY et al., 2000). Diferente de outras vitaminas lipossolúveis, a vitamina E é transportada por todas as lipoproteínas plasmáticas, a Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL), Lipoproteína de Alta Densidade (HDL) e a Lipoproteína de Muito Baixa Densidade (VLDL) (TRABER, 2007).

Na circulação, os triglicerídeos contidos nos quilomícrons são hidrolisados pela lípase lipoprotéica (LPL), o que possibilita a transferência de lipídios e vitamina E para os tecidos periféricos. Já os quilomícrons remanescentes, contendo a vitamina E que não foram liberados, são encaminhados ao fígado, onde encontra-se a proteína transportadora de alfa-tocoferol (alfa-TTP) que incorpora o alfa-alfa-tocoferol as VLDLs ( LODGE, 2005; BRAMLEY et al., 2000).

As VLDLs são liberadas na circulação e catabolizadas pela LPL. Os remanescentes são devolvidos ao fígado e o excedente é convertido em LDL, a qual se torna a principal transportadora de vitamina E para os tecidos periféricos, e para a HDL, que poderá deslocar a vitamina para qualquer lipoproteína circulante e componente celular, como leucócitos e eritrócitos. Os tecidos com maiores concentrações de alfa-tocoferol são o tecido adiposo e glândulas adrenais (TRABER, 2007; DEBIER; LARONDELLE, 2005; LODGE, 2005; BRAMLEY et al., 2000 ).

Em relação à excreção desta vitamina, sua principal via de eliminação é pelas fezes, contudo pode ainda ser eliminada do organismo através da urina, principalmente em situações de elevada ingestão e dos níveis circulantes de alfa-tocoferol (TRABER, 2012; BRAMLEY et al., 2000).

A seguir, tem-se, na figura 2, o mecanismo de transporte da vitamina E de forma esquemática.

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Figura 2. Absorção, transporte, distribuição e excreção da vitamina E. Fonte: CLEMENTE (2013) adaptado de GAGNÉ et al. (2009).

Com relação ao mecanismo envolvido na transferência da vitamina E para a glândula mamária pouco se sabe. Um dos mecanismos propostos é a transferência via LDL, sendo referido por intermédio de mecanismos dependentes e independentes do receptor de LDL. Outra sugestão é a expressão do receptor scavenger SR-BI e demais proteínas desta família como CD36, sugeridos como fisiologicamente relevante para a captação do alfa-tocoferol, envolvidos na transferência por meio do HDL, LDL e VLDL (DEBIER, 2007; MARDONES; RIGOTTI, 2004; MONKS et al., 2001).

Além disso, sugere-se a participação da alfa-TTP na secreção da vitamina para o leite. O fornecimento da vitamina E ao leite materno parece ser seletivo, visto que o isômero RRR- é preferencialmente agregado ao leite. Desse modo, acredita-se que na glândula mamária pode haver a presença de mecanismos semelhantes ao que ocorre no fígado, em que a forma alfa é a principal incorporada à VLDL, devido à presença da alfa-TTP (DEBIER; LARONDELLE, 2005).

3.1.3 Deficiência de Vitamina E (DVE)

A deficiência de vitamina E é difícil de ser encontrada em adultos, no entanto, sabe-se que síndromes de má absorção de gordura, defeitos genéticos na produção de

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alfa-TTP e de lipoproteínas responsáveis pelo transporte, desnutrição proteico-calórica e ingestão da vitamina em níveis abaixo dos recomendados estão relacionados com a deficiência da vitamina (TRABER, 2014; IOM, 2000).

O sintoma inicial da carência de vitamina E em humanos é a redução ou ausência de reflexos, sendo as primeiras manifestações a ataxia espino-cerebelar que ocorre como resultado da morte de um nervo periférico, especificamente neurônios sensoriais, além de miopatia esquelética e a retinopatia pigmentar (LEBOLD; TRABER, 2014; TRABER, 2007). A DVE é mais frequentemente observada em crianças e recém-nascidos, sendo esses grupos considerados de risco para esta carência, provavelmente porque elas têm reservas limitadas e estão crescendo rapidamente, facilitado assim que os sintomas de deficiência sejam facilmente aparentes (TRABER, 2014).

Em especial, os recém-nascidos de parto pré-termo, por necessitarem de uma maior oferta de nutrientes antioxidantes, devido à exposição ao estresse oxidativo provocados pelo aumento da formação dos radicais livres pela mudança de um ambiente hiperóxido em comparação ao útero (BUONOCORE et al., 2002; WOODS et al., 2002). Sendo assim, os neonatos prematuros possuem maiores chances de desenvolver morbidade e mortalidade, além de anemia hemolítica hemorragia intraventricular, broncopulmonar, edema, trombocitose, fibroplasiaretrolental e degeneração espinocerebelar (DAVIS; AUTEN, 2010; BRION; BELL; RAGHUVEER, 2003).

A vitamina E desempenha um papel crucial em termos de saúde e desenvolvimento dos neonatos, sendo o fornecimento de quantidades adequadas de vitamina E através da alimentação muito importante. Desse modo, o leite materno é fundamental para esse grupo no combate a carência de vitamina E neonatal, tornando importante avaliar também o estado nutricional das lactantes, uma vez que a adequação é essencial para garantir níveis satisfatórios de alfa-tocoferol no leite ( MENNITTI et al., 2015; ANTONAKOU et al., 2011; DEBIER, 2007). Contudo, há escassez de dados relacionados ao estado nutricional dessas mulheres.

Alguns estudos têm visto uma proporção de DVE em mulheres adultas no pós-parto imediato, que varia até 16%, sendo que as mulheres atendidas na rede pública de saúde são mais vulneráveis a apresentar a deficiência da vitamina ( RIBEIRO et al., 2016; GURGEL e al.,2014; LIRA et al., 2011). Um estudo por Papathakis et al. (2007), constataram que 70% das lactantes sul-africanas estudas, encontravam-se com DVE, entretanto, não foi investigado os fatores determinantes para essa prevalência da carência de vitamina E. Foi encontrado por Grilo e colaboradores (2013) que 9,1% das participantes tinham deficiência de vitamina E.

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3.2 PREMATURIDADE

A prematuridade é consequência de diversas circunstâncias, e atinge todos os lugares e classes sociais, ocasionando consequências negativas às famílias e à sociedade em geral, sua incidência é variável e depende de características populacionais (RAMOS; CUMAN, 2009).

A Organização Mundial de Saúde define parto prematuro como qualquer nascimento antes de 37 semanas de gestação ou menos de 259 dias desde o primeiro dia do último período menstrual (DUM). A prematuridade pode ser subdividida com base na idade gestacional em prematuridade extrema (< 28 semanas), muito prematuro (28 a < 32 semanas) e prematuridade moderada a tardia (32 a < 37 semanas gestacionais) (WHO, 2012).

O nascimento prematuro pode ser classificado em dois grupos: (1) parto prematuro espontâneo e (2) parto prematuro iniciado pelo provedor (definido como indução de parto ou cesariana eletiva antes de 37 semanas completas de gestação). A literatura cita uma proporção relativa de 70% de partos prematuros espontâneos e 30% de partos prematuros iniciados pelo provedor (BLENCOWE et al., 2012; GOLDENBERG et al., 2008).

O parto prematuro espontâneo é um processo multifatorial, consequente da interação de fatores sociodemográficos, nutricionais, médicos, obstétricos e ambientais. Os precursores variam como a idade materna jovem ou avançada, história individual ou familiar de parto prematuro, intervalos curtos entre as gestações, baixo índice de massa corporal (IMC) materno, gravidez múltipla, doença não transmissível preexistente e infecções, estão associadas ao aumento do risco de parto prematuro (VOGEL et al., 2018; RUIZ et al., 2015; MUGLIA; KATZ, 2010; GOLDENBERG et al., 2008).

O número de partos prematuros vem aumentado a cada ano, mesmo em países desenvolvidos. Blencowe e colaboradores (2012) relataram estimativas de taxas de nascimento pré-termo que variou de aproximadamente 5% em alguns países europeus a 18% em alguns países africanos. O Brasil apresenta uma prevalência de 9,2%, sendo o décimo país com o maior número de partos prematuro (WHO, 2012). Os estados no Brasil com maiores frequências foram Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (VICTORIA, 2013).

O nascimento prematuro é uma das principais causas de morte perinatal, neonatal e infantil, responsáveis por 35% dos 3,1 milhões de mortes no mundo por ano (BLENCOWE et al., 2012). Complicações de parto prematuro também aumenta o risco de morte de um bebê devido a outras causas, especialmente de infecções neonatais (LAWN; COUSENS; ZUPAN, 2005).

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Além de sua contribuição significativa à mortalidade, o efeito da prematuridade entre alguns sobreviventes pode continuar por toda a vida, prejudicando o funcionamento neuro-desenvolvimental, aumentando o risco de paralisia cerebral, distúrbios de aprendizagem e distúrbios visuais, respiratórios hiperbilirrubinemia, instabilidade na temperatura, problemas com a alimentação, hipoglicemia, resultando em internamento prolongado e maior frequência de readmissão hospitalar no primeiro mês de vida (PORTO et al., 2013; ROGERS; VELTEN, 2011).

São poucos os estudos que avaliaram a concentração sérica de vitamina E em mulheres com parto pré-termo e verificaram a relação da prevalência de deficiência de vitamina E em recém-nascidos prematuros. Todavia Medeiros et al. (2016), em seu estudo observaram que mulheres com prematuridade extrema apresentam menores valores de alfa-tocoferol sérico. Já Ribeiro et al. (2016) observaram que os recém-nascidos com menores concentrações de vitamina E ao nascer eram aqueles de parturientes com maior risco de DVE. Outras pesquisas encontraram uma alta porcentagem de neonatos com esta deficiência, nos Estados Unidos (85%), na Tailândia (77%) e na Tunísia (71%) (DROR; ALLEN, 2011; BRION; DEBIER, 2007; BELL; RAGHUVEER, 2003).

Assim, o leite materno torna-se para o recém-nascido a principal fonte de vitamina E. Desta maneira, é importante investigar a presença de DVE em mulheres de parto pré-termo, de modo a combater as possíveis consequências da carência deste micronutriente: infecções; trombocitose; anemia hemolítica; retinopatia; hemorragia intraventricular; displasia bronco pulmonar e degeneração espinocerebelar (DEBIER, 2007; BRION; BELL; RAGHUVEER, 2003).

3.3 LEITE MATERNO

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para a maioria dos recém- nascidos e lactentes seja ele a termo ou pré-termo, uma vez que possui características nutricionais ideais, oferece vantagens imunológicas e psicológicas, e possui baixo custo, sendo recomendado o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de idade e complementar até dois anos ou mais (WHO, 2001).

O leite humano deve garantir a nutrição adequada do lactente como uma continuação da nutrição intrauterina, e tanto o estado nutricional da mãe como sua dieta podem influenciar a composição do leite materno e, portanto, a ingestão de nutrientes no bebê (SEGURA; ANSÓTEGUI; DÍAZ-GÓMEZ, 2016). Outro fator que influencia a composição

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láctea é a fase da lactação, classificada em leite colostro, transição e maduro (COSTA; SABARENSE, 2010).

A primeira secreção láctea da glândula mamaria consiste no leite colostro qu é produzido até o 7º ou 10º dia pós-parto. É um líquido espesso, denso e geralmente possui coloração amarelada, devido ao seu alto teor de carotenoides. Esse leite também é rico em anticorpos, estabelece a flora intestinal predominantemente e eliminação do mecônio (LIMA; DIMENSTEIN; RIBEIRO 2014; NASCIMENTO; ISSLER, 2003).

A partir do 8º até o 15º dia pós-parto, o leite passa a ser chamada de ‘‘leite de transição’’. Nesse período a composição láctea sofre mudanças, estabilizando após quinze dias pós-parto, quando passa a ser chamado de leite maduro. Nessa fase de transição, ocorre a diminuição na concentração de imunoglobulinas e proteínas e aumento nos níveis de lactose e gordura e no conteúdo energético (LIMA; DIMENSTEIN; RIBEIRO 2014; BOCCOLINI et al., 2013; NASCIMENTO; ISSLER, 2003).

A composição do leite humano muda à medida que a lactação progride, sendo assim os níveis de vitamina E no leite materno tendem a diminuir durante as fases de lactação, sendo ofertado em maior quantidade na fase colostro (LIMA; DIMENSTEIN; RIBEIRO, 2014). No estudo de Schweigert et al. (2004), constataram baixos níveis da vitamina no leite maduro, com concentração média de 568,50 μg/dL e no leite colostro apresentou a média de 2200,9 μg/dL.

Uma pesquisa realizada na Polônia determinou as concentrações de alfa- tocoferol em amostras de leite humano de diferentes períodos de lactação, constatando que no leite colostro a concentração média de alfa-tocoferol foi de 999 μg/dL, no de transição 445 μg/dL e no maduro 292 μg/dL (MARTYSIAK-ZUROWSKA; SZLAGATYS-SIDORKIEWICZ; ZAGIERSKI, 2013). Já na Coreia do Sul, a média de vitamina E no leite maduro foi de 226 µg/dL (KIM et al., 2017). Desse modo, o leite colostro foi caracterizado pelas maiores concentrações de alfa-tocoferol, ocorrendo uma redução significativa no 14º e 30º dia de lactação, sem maiores alterações marcadas no 90º dia de lactação colostro (LIMA; DIMENSTEIN; RIBEIRO, 2014).

Na Espanha observou-se que mulheres com partos prematuro possuíam concentrações de alfa-tocoferol no leite colostro de 1637 µg/dL e no leite maduro 517 µg/dL. (QUILES et al., 2006). Sendo esses valores semelhantes a outros estudos cujos partos foram prematuros realizados nos EUA (1335 µg/dL e 405 µg/dL) (GOSSAGE et al., 2002).

Um estudo com lactantes pré-termo observou que as concentrações de alfa-tocoferol no leite colostro eram inferiores as que tiveram parto termo, sendo 1516,3 µg/dL e

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1747,5 µg/dL, respectivamente. Contudo, no leite transição e maduro as concentrações de alfa-tocoferol encontradas no leite pré-termo (355,6 µg/dL) foram maiores em comparação ao leite termo (312,8 µg/dL) (RIBEIRO, 2016). Assim a concentração de vitamina E no leite materno possui tendência a redução no decorrer da lactação (LIMA; DIMENSTEI; RIBEIRO, 2014).

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4. METODOLOGIA

4.1 ASPECTOS ÉTICOS E UNIVERSO AMOSTRAL

Os dados deste trabalho são provenientes da tese de doutorado de Rodrigues (2016) intitulada “Estado nutricional em vitamina E de mães e crianças pré-termo e termo do nascimento aos 3 meses pós-parto”, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Este estudo foi do tipo longitudinal observacional prospectivo, todavia o presente trabalho foi do tipo transversal. A coleta de dados foi conduzida no período de 2012 a 2015, em duas maternidades públicas do Rio Grande do Norte: a Maternidade Escola Januário Cicco - MEJC (Natal-RN) e o Hospital Universitário Ana Bezerra - HUAB (Santa Cruz-RN). A pesquisa foi formada por uma coorte de mulheres atendidas para o parto. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFRN (CAAE 07416912.8.0000.5537) (Anexo 1).

Os critérios de inclusão para da coorte foram: mulheres termo (≥ 37 semanas) e pré-termo (< 37 semanas de gestação) adultas (≥ 18 anos), concepto único sem malformação ou síndromes congênitas, sem diagnóstico de doenças infectocontagiosas e síndromes de má absorção de gorduras e sem consumo de bebida alcoólica. Foram excluídas desta pesquisa participantes com número de coletas de leite materno inferior a duas ou ausência da coleta de sangue.

Toda a coorte ocorreu de acordo com os procedimentos éticos orientados e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN (Anexo 2). Os dados socioeconômicos (renda, escolaridade) e de saúde (idade gestacional, paridade, tipo de parto) foram obtidos do prontuário hospitalar, do cartão da gestante e em entrevista estruturada com as parturientes.

4.2 COLETAS DAS AMOSTRAS BIOLOGICAS

As coletas das amostras de leite materno foram realizadas entre 48h pós-parto e 24h após a primeira coleta. Em todos os momentos da coleta foram obtidos de 0,5 mL a 3,0 mL de leite por expressão manual de única mama não sugada recentemente, sendo obtido no início e final da mamada. As primeiras ejeções foram desprezadas para evitar variações na composição em decorrência da gordura.

Devido ao leite colostro apresentar grande variação na composição e em pouca quantidade, foi considerada a média da concentração de alfa-tocoferol das amostras coletada

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48 horas pós-parto e 24 horas após essa primeira coleta. A coleta de sangue foi realizada após jejum de 8 a 12 horas, sendo coletados 5,0 mL de sangue materno por punção venosa pela equipe de enfermagem até 48 horas pós-parto.

As amostras coletadas foram transportadas em tubos de polipropileno, envolvidos com papel alumínio sob temperatura de refrigeração, sendo as amostras coletas na HUAB encaminhadas ao Laboratório de Análises Clínicas do Hospital, e centrifugados por 5 minutos para separação do soro e armazenadas a temperatura de -20ºC. Amostras de leite e soro/sangue foram transportadas para o Laboratório de Bioquímica dos Alimentos e da Nutrição (LABAN), localizado no Departamento de Bioquímica da UFRN.

4.3 ANÁLISES DAS AMOSTRAS BIOLÓGICAS

4.3.1 Extração do alfa-tocoferol das amostras

A extração do alfa-tocoferol no leite e no soro foi realizada conforme a adaptação do método de Ortega et al. (1998). Para 1,0 mL de amostra, foi utilizado 1 mL de etanol 95% (Merck®) para precipitação proteica, e 2,0 mL de hexano P.A. (Merck®) para extração da fração lipídica, na qual está presente o alfa-tocoferol. Após isso, a amostra foi homogeneizada durante 1 minuto em agitador de tubos e centrifugada durante 10 minutos para separação da camada de sobrenadante, que foi removida posteriormente para outro tubo.

Esta etapa de adição e transferência do extrato hexânico foi realizada três vezes. Assim, foi separado 3 mL do sobrenadante recuperado de cada amostra para serem evaporados, em banho-maria a 37°C (Figura 3). A adaptação do método foi realizada para os casos de amostras com volume inferior a 1,0 mL, sendo adicionado a quantidade de etanol conforme o volume da amostra.

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Figura 3. Esquema da extração do alfa-tocoferol em amostras de leite e soro. Fonte:

Elaborado pelo autor.

4.3.2 Determinação doalfa-tocoferol

A concentração de alfa-tocoferol nas amostras de leite e soro foram determinadas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para as amostras de leite os resíduos obtidos após a evaporação foram dissolvidos em 250 µL de diclorometano: metanol (Vetec ®), na proporão de 2:1, e para o soro os extrato secos foram dissolvidos em 250 µL de etanol 99% (Vetec ®).

Alíquotas de 20 µL foram aplicadas no aparelho de CLAE (Shimadzu, Kyoto, Japão), a qual foi utilizado um Cromatógrafo Shimadzu (Shimadzu®) constituído de bomba LC-20 AT, acoplada ao detector SPD-20A UV-VIS, coluna LIChrospher ® 100 RP-18 (5µm) (Merck®) e computador com programa LC solution (Shimadzu ®) para o processamento dos dados.

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O cromatograma evoluiu nas seguintes condições: fase móvel de metanol em grau de pureza para CLAE e fluxo de 1,0 mL/min e detecção em comprimento de onda de 292 nm. A identificação e determinação do alfa-tocoferol nas amostras foram estabelecidas por comparação da área do pico obtida no equipamento com a área do padrão de alfa-tocoferol (SIGMA®). Os valores de alfa-tocoferol nas amostras foram expressos em µg/dL.

4.4 VALORES DE REFERÊNCIA

A avaliação do perfil da concentração de alfa-tocoferol no leite materno foi definida considerando a quantidade de vitamina E fornecida em um volume teórico de ingestão diária de leite, comparada a recomendação de ingestão de vitamina E para lactentes. Para tanto, adotou-se volume de leite ingerido de 396 mL/dia para o grupo termo e 254 mL/dia para o pré-termo e requerimento de 4 mg/dia de vitamina E (GUTCHER; RAYNOR; FARRELL, 1984; BAUER; GERSS, 2011; INSTITUTE OF MEDICINE, 2000).

Para detectar deficiência em vitamina E, adotou-se a referência na qual as concentrações séricas de alfa-tocoferol menores que 517 µg/dL em mulheres lactantes foram indicativas de inadequação (INSTITUTE OF MEDICINE, 2000).

4.5 ANÁLISES ESTATÍSTICA

As análises estatísticas foram realizadas pelo software IBM SPSS versão estatística 21.0 para Windows. Os resultados numéricos foram expressos em média (desvio padrão) e os categóricos foram expressos em frequências absoluta e percentuais. O teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov foi aplicado para verificar a distribuição das variáveis. Para testar as diferenças entre as variáveis categóricas foi realizado o teste Qui-quadrado. Nas comparações entre grupos pré-termo e termo, considerando as variáveis contínuas, foram utilizados o teste T para amostras independentes ou teste Mann-Whitney. As correlações entre variáveis no mesmo grupo foram verificadas pelos testes Correlação Spearman. Todas as diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram do estudo 206 puérperas, sendo 146 (71%) do grupo pré-termo e 60 (29%) do grupo a termo. Em relação as características maternas, a média de idades das mulheres do grupo pré-termo foi de 26,1 (6,7) anos e do grupo a termo foi de 22,6 (6,2) anos. Das participantes do grupo pré-termo 36% (n=53) haviam completado o ensino médio e tiveram predominância de parto cesáreo. No grupo a termo prevaleceu o parto normal, e a maioria das mulheres (72%) não apresentavam renda (Tabela 1).

Tabela 1. Caracterização das puérperas estudadas. Natal-RN, Santa Cruz-RN, 2012-2015. CARACTERÍSTICAS PRÉ-TERMO (≤ 37 semanas) n = 146 TERMO (≥ 37 semanas) n = 60 P VALOR n % N %

Idade, anos [média

(desvio padrão)] 26,1 (6,7) 22,6 (6,2) 0,078*

Idade Gestacional [média (desvio padrão)]

33 (2,9) 40 (1,4) <0,000 Renda familiar Sem renda ≦ 1 Salário mínimo >1 Salário mínimo Sem informação 8 54 79 5 6 37 54 3 43 13 3 1 72 22 5 2 <0,001 Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto 38 8 28 26 5 19 8 18 19 13 30 32 0,786

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Ensino médio completo Nível superior incompleto Nível superior completo Sem informação 53 9 9 1 36 6 6 1 12 0 2 1 20 0 3 2 Tipo de parto Normal Cesáreo Sem informação 66 78 2 45 53 2 49 10 1 82 17 2 <0,001 Paridade Primípara (1 filho) Multípara (>1 filho) 88 58 60 40 47 13 78 22 0,506

Teste Qui-quadrado. * Teste t para amostras independentes.

Melo et al. (2017) em seu trabalho encontraram que a principal via de parto do grupo a termo foi cesariana (58%), e a maioria dessas mulheres não haviam completado o ensino básico. Já Machado, Marmitt e Cesar (2016) observaram a mesma prevalência do parto cesáreo em ambos os grupos pré-termo (66,7%) e a termo (62,3%). Outros trabalhos realizados no Brasil encontraram características semelhantes as obtidas no presente estudo (RODRIGUES et al., 2016; CLEMENTE et al., 2013; LIRA et al., 2012).

Em relação a caracterização da população pré-termo, sabe-se que esta é influenciada pelas condições sociais, econômicas e até mesmo sanitárias da localidade onde os mesmos são gerados (RAMOS; CUMAN, 2009).

Um estudo de coorte realizado no Brasil mostra que a baixa escolaridade e a baixa renda são fatores relevantes para uma gestação com complicações, de modo que as mulheres que têm menos anos de estudo mostram maior risco para parto prematuro (SADOVSKY et al., 2018). Além disso, foi observado que, entre aquelas mulheres cuja informação da paridade foi coletada, houve um maior percentual de primíparas (42,5%). Assim, sabe-se que as gestantes primíparas apresentam maior risco de nascimentos

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prematuros, tendo duas vezes mais chances de prematuridade (SADOVSKY et al, 2018; VICTORA, 2013;).

Oliveira e colaboradores (2016), elencaram alguns fatores que poderiam estar associado com a prevalência do parto prematuro, como a idade materna, escolaridade, tipo de parto e tipo de gravidez. Em relação a idade materna os pesquisadores observaram que os extremos de idade, adolescentes e mulheres acima dos 35 anos, possuíam mais chance de parto prematuro, e as gestantes com 40 anos ou mais tinham 2,6 mais chances de partos prematuros em 100 nascimentos.

Em relação às análises da vitamina, a concentração média de alfa-tocoferol encontrada no leite a termo foi 1708,4 (869,1) μg/dL, e no pré-termo foi 1554,4 (716,7) μg/dL, não apresentando diferença estatisticamente significativa (p = 0,311). Um estudo realizado na Espanha encontrou diferença significativa na composição dos leites a termo e pré-termo em relação aos níveis de alfa-tocoferol. Nesse estudo, a concentração da vitamina E foi superior no colostro de mães cujos filhos nasceram a termo (2.154 a 2.584µg/dL) em comparação ao grupo pré-termo (1.292 a 1.723µg/dL), contudo participaram do trabalho apenas 30 mulheres, sendo 15 a termo e 15 pré-termo (QUILES et al., 2006).

Figura 4 - Concentração média de alfa-tocoferol no soro e leite das puérperas. Natal/RN, Santa Cruz- (Teste t independente para o soro (p= 0,262) e Teste Mann-Whitney para o leite (p=0,311)).

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Para o soro foi encontrada média de 1095,0 (535,4) μg/dL nas mulheres com parto a termo, e 1173,8 (420,1) μg/dL no pré-termo (p = 0,262), evidenciando um status bioquímico satisfatório em vitamina E com base no ponto de corte sérico utilizado (≥ 517 µg/dL) (Figura 4). Sendo importante essa avaliação, uma vez que a deficiência encontrada nos recém-nascidos pode ser reflexo da limitada transferência placentária e da situação nutricional materna em vitamina E, pois a concentração de alfa-tocoferol do neonato é dependente da materna (RIBEIRO et al., 2016; HORTON et al., 2013).

No trabalho de Grilo et al. (2013), realizado com um pequeno número amostral (n=22), não encontraram diferença significativa na composição de vitamina E entre o leite de mulheres pré-termo (1.321,6 µg/dL) e termo (1.093,6 µg/dL). Ao avaliar a concentração de alfa-tocoferol em outros países, resultados semelhantes foram descritos em pesquisas conduzidas na China e na Alemanha, em que não encontraram diferenças na concentração da vitamina no leite colostro entre os grupos pré-termo (778 µg/dL e 1.450 µg/dL) e a termo (742 µg/dL e 1.140 µg/dL) (ZHENG et al., 1993; HAUG et al. 1987).

Esses achados juntamente com os observados no presente estudo demonstram a o importância do leite materno nos primeiros dias de vida do neonato, em especial para o recém-nascido prematuro (DEBIER, 2007). Outros estudos com lactantes a termo ou pré-termo tiveram médias de concentração de alfa-tocoferol semelhantes ao atual estudo (Quadro 1).

Quadro 1. Valores da concentrações de alfa-tocoferol no leite maternode diferentes estudos, Média (Desvio padrão).

Autores/ Ano Local Tamanho da amostra Leite Colostro (μg/dL) Pré-termo Termo

Melo et al., 2017 Brasil 39 - 1.509,3 (793,7)

Rodrigues et al., 2016 Brasil 58 1516,3 (730,4) -

Medeiros et al., 2016 Brasil 51 1357, 2 (735,0)ª -

Fares et al., 2015 Tunísia 105 1222,0 (772) -

Martysiak-Żurowska et al.,2013 Polônia 48 999,0 (445)

Grilo et al., 2013 Brasil 93 1.147,6 (582,9) -

Quiles et al., 2006 * Espanha 15 1636,6 2455,0

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Um trabalho realizado na Alemanha por Baydas et al. (2002) encontraram no soro de mulheres a termo a concentração média de vitamina E de 1400 µg/dL e no grupo pré-termo 1300 µg/dL, não havendo diferença significada entre as concentrações de alfa-tocoferol dos grupos, sendo esses valores semelhantes aos observados no presente estudo. Henriksen et al. (2006) também não acharam diferença significativa nos níveis de vitamina E entre o grupo de mulheres com parto pré-termo e a termo.

As concentrações de alfa-tocoferol no soro foram inferiores as médias encontradas nas pesquisas conduzidas com lactantes a termo gregas (1418 µg/dL), britânicas (1362 µg/dL) e tunisianas (1351 µg/dL), contudo esses resultados podem ser justificados pela diferença nos hábitos alimentares destes países em relação ao do presente trabalho (FARES et al., 2016; SCAIFE et al., 2006; SHULPIS et al., 2004). Avaliando parturientes com partos pré-termo, um estudo no nordeste do Brasil encontraram valores de alfa-tocoferol sérico (1167,20 µg/dL) semelhante ao resultado do atual trabalho (MEDEIROS et al., 2016). Observa-se que ao comparar as concentrações da vitamina sérica com outros estudos os valores são semelhantes, seja no grupo pré-termo ou termo.

Assim, existe a hipótese de que a iminência do parto promove alterações bioquímicas das lipoproteínas, independentemente da duração da gestação. Supondo que puérperas com parto pré-termo possuem padrões bioquímicos de transferência do α-tocoferol para a glândula mamária similares aos das mães que tiveram filhos a termo (GRILO et al., 2013).

São poucos os trabalhos que avaliaram a diferença da concentração de vitamina E no leite e soro de mulheres com parto termo e pré-termo, apesar de uma adequação nutricional nesse período ser de extrema importância para garantir a transferência de nutrientes, de modo a beneficiando por fim o lactente.

A estimativa de fornecimento de vitamina E pelo leite analisado foi realizada considerando a concentração de alfa-tocoferol para o termo em 396 mL/dia de leite, e 254 mL/dia para o pré-termo, e o provável fornecimento mínimo a Ingestão Adequada (AI) de vitamina E (4 mg/dia). O grupo termo atingiu a média de 170% (6,8 mg/dia) da recomendação, enquanto o pré-termo alcançou 97,5% (3,9 mg/dia), apresentando diferença significativa (p = 0,0001) (Figura 5).

Embora a estimativa de fornecimento de alfa-tocoferol ofertada ao lactente pré-termo seja menor, sabe-se que com o avanço das fases de lactação ocorre aumento do volume de leite consumido pelo recém-nascido com o decorrer do tempo para suprir o suas necessidades (4 mg/dia) de acordo com a referência do Institute of Medicine (IOM) (2000).

(31)

Figura 5. Estimativa do fornecimento de vitamina E pelo leite analisado, a partir do volume médio diário de leite consumido. *A linha vermelha pontilhada é indicativa da AI de vitamina E para lactentes até 6 meses de idade (4 mg/dia).

Neste estudo, o leite do pré-termo provavelmente forneceu menos vitamina do que o leite termo. Vale ressaltar que a prematuridade sugere uma menor capacidade gástrica do neonato pré-termo comparando ao a termo nos primeiros dias de vida, podendo assim por este motivo o grupo pré-termo estar recebendo menos vitamina através do leite (BRASIL, 2011).

Além disso, se faz pertinente ressaltar que a recomendação do IOM (2000) é baseada na quantidade média de leite ingerida pelos lactentes de 0 a 6 meses de vida (780 mL), sem considerar as alterações na produção de leite materno durante as fases de lactação. Sendo a quantidade de vitamina E recomendada para consumo diário ainda é controversa, podendo ser inadequada para alguns grupos populacionais (TRABER, 2012). Assim, uma inadequação nas concentrações de vitamina E pode trazer repercussões à saúde do lactente, sendo importante considerar que fatores podem afetar a composição do leite para possíveis intervenções e prevenção da DVE na infância.

Ao avaliar as associações entre a concentração de alfa-tocoferol no leite e no soro das mulheres e a ingestão do bebê e idade gestacional ao nascer (IG), foi encontrada correlação positiva entre o perfil de fornecimento do leite analisado com a IG e com a

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Termo (≥ 37 semanas) Pré-termo (< 37 semanas)

Est im at iv a de for nec im ent o da v it am ina E pa ra os lac tent es ( m g /di a) 3,9 6,8 Termo (≥ 37 semanas) Pré-termo (< 37 semanas) AI

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concentração da vitamina no leite (Tabela 2). Assim, quanto menor a idade gestacional e o alfa-tocoferol no leite, menor o perfil de fornecimento da vitamina pelo leite analisado, provavelmente devido a uma menor capacidade gástrica do neonato (254 mL/dia) pré-termo (BAUER; GERSS, 2011).

Tabela 2. Correlação entre as concentrações de alfa-tocoferol no leite e soro materno com as

variáveis em relação ao neonato.

RELAÇÕES R P

Leite x perfil de fornecimento do leite analisado

0,523** 0,0001

Leite x Idade Gestacional ao nascer 0,002 0,976 Soro x Idade Gestacional ao nascer -0,041 0,559 Perfil de fornecimento do leite

analisado x Idade Gestacional ao nascer

0,338** 0,0001

** A correlação é significativa no nível < 0,05 (bicaudal).

Altas concentrações de alfa-tocoferol no colostro exerce um mecanismo compensatório para o recém-nascido, uma vez que grandes quantidades dessa vitamina é necessário nos primeiros dias de vida devido ao aumento do estresse oxidativo no momento do parto, no instante que o neonato, entra em contato com um ambiente hiperoxêmico e precisa de compostos antioxidantes para evitar a peroxidação lipídica das membranas (DEBIER; LARONDELLE, 2005; WOODS et al., 2002). Nos casos de partos prematuros, a redução da vitamina E pode ocorrer mais facilmente, devido à transferência placentária acontecer de forma mais intensa ao final da gestação, contribuindo para baixos estoques corporais dessa vitamina e lipoproteínas, além da imaturidade do metabolismo lipídico (SZLAGATYS-SIDORKIEWICZ et al., 2012; DEBIER, 2007).

Dessa forma, essa condição nutricional pode expor o recém-nascido pré-termo à hemólise eritrocitária e outros problemas decorrentes da DVE, como anemia hemolítica, retinopatia, hemorragia intracraniana, doenças crônicas pulmonares e ao aumento da mortalidade. (FARES et al., 2014; BRION et al., 2003; GUTCHER; RAYNOR; FARRELL, 1984).

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No leite materno as concentrações de vitamina E se alteram no decorrer do período de lactação, sendo então o colostro particularmente rico neste micronutriente (LIMA; DIMENSTEIN; RIBEIRO, 2014). Considerando que no aleitamento materno exclusivo o colostro é a única fonte de nutrientes para o recém-nascido, se faz importante a verificação da concentração de alfa-tocoferol no leite, uma vez que, é essencial nessa fase da vida para o desenvolvimento dos sistemas imunológico e pulmonar, a montagem da matriz extracelular do sistema vascular e o desenvolvimento mental, prevenção de anemia hemolítica, além de fortalecer suas defesas contra a toxicidade do oxigênio (LIMA; DIMENSTEIN; RIBEIRO, 2014; GRILO et al., 2013; DEBIER, 2007).

Grilo e colaboradores sugerem a hipótese de que a iminência do parto promove as alterações bioquímicas das lipoproteínas, independentemente da duração da gestação. Supondo assim que puérperas com duração da gestação inferior a 37 semanas possuem padrões bioquímicos de transferência do α-tocoferol para a glândula mamária similares aos das mães que tiveram filhos a termo (GRILO et al., 2013). Diante disso, pode-se ressaltar o benéfico do aleitamento materno, uma vez que, leite humano proporciona uma melhor biodisponibilidade de nutrientes, além de fornecer inúmeras vantagens imunológicas e psicológicas, redução da morbidade e mortalidade infantil, entre outros benefícios à saúde a longo prazo (VICTORA et al., 2016).

Esse trabalho trouxe informações importantes sobre a concentração do alfa-tocoferol sérico e do leite de mulheres lactantes, além de encontrar que não existem diferenças significativas entre o leite pré-termo e a termo, mas pode ocorrer um menor fornecimento de vitamina E do leite prematuro. Desse modo, se faz necessário o incentivo do aleitamento materno e o monitoramento do estado nutricional em vitamina E deste grupo, evitando, assim, o desenvolvimento de intercorrências associadas a esta deficiência (FARES et al., 2014; DROR; ALLEN, 2011).

Assim, pode ser relevante estratégias nutricionais que atendam esse público em relação ao suprimento das necessidades de vitamina E no pós-parto, como por exemplo incentivo ao consumo de alimentos fontes de vitamina E durante a lactação, sendo essencial a atuação do nutricionista na educação alimentar e nutricional durante a gestação e o período de lactação, e a suplementação de vitamina E para mulheres com parto pré-termo, já que tal intervenção aumenta a composição da vitamina no leite.

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6. CONCLUSÃO

Conclui-se que o leite das mulheres pré-termo não apresentou diferença daquelas com parto termo em relação a concentração de alfa-tocoferol no colostro e no soro. Ao avaliar a estimativa de fornecimento de vitamina E pelo leite analisado, o leite da participantes de parto prematuro proporcionou menores valores do que o termo, provavelmente pela baixa capacidade gástrica, indicando a importância da atenção nutricional nos primeiros dias de vida da criança.

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