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Segurança e saúde no trabalho em uma indústria de alimentos e suas obras estruturantes: um estudo de caso

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THIAGO ALEXANDRE PEREIRA PEIXOTO DE LIMA

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM UMA

INDÚSTRIA DE ALIMENTOS E SUAS OBRAS

ESTRUTURANTES: UM ESTUDO DE CASO

NATAL-RN

2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

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Thiago Alexandre Pereira Peixoto de Lima

Segurança e saúde no trabalho em uma indústria de alimentos e suas obras estruturantes: um estudo de caso

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade Artigo Científico, submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Fred Guedes Cunha

Coorientador: Prof. Dr. Marcos Lacerda Almeida

Natal-RN 2019

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Seção de Informação e Referência

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede Lima, Thiago Alexandre Pereira Peixoto de.

Segurança e saúde no trabalho em uma indústria de alimentos e suas obras estruturantes: um estudo de caso / Thiago Alexandre Pereira Peixoto de Lima. - 2019.

21 f.: il.

Artigo científico (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Civil, Natal, RN, 2019.

Orientador: Prof. Dr. Fred Guedes Cunha.

1. Segurança do trabalho - Artigo científico. 2. indústria de alimentos - Artigo científico. 3. NRs - Artigo científico. I. Cunha, Fred Guedes. II. Título. RN/UF/BCZM CDU 331:664

Mariz Medeiros. CDU 626.21

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Thiago Alexandre Pereira Peixoto de Lima

Segurança e saúde no trabalho em uma indústria de alimentos e suas obras estruturantes: um estudo de caso

Trabalho de conclusão de curso na modalidade Artigo Científico, submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Aprovado em 29 de Novembro de 2019:

___________________________________________________ Prof. Dr. Fred Guedes Cunha - Orientador

___________________________________________________ Prof. Dr. Marcos Lacerda Almeida – Coorientador

___________________________________________________ Engª. Civil MSc. Sônia Maria Machado Prado – Examinador interno

Natal-RN 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL RESUMO

O presente estudo de caso teve como objetivo avaliar as condições de segurança e saúde no trabalho em uma indústria de alimentos do segmento de produção de vinagres, temperos, pastas e molhos, além de monitorar obras de construções internas. Por meio de inspeções, análise de documentos e entrevistas com colaboradores foram identificados os riscos para análise da saúde e segurança do trabalho. Foram aplicados dois checklists para verificação de não conformidades sendo um para a indústria de alimentos com base nas Normas Regulamentadoras (NRs), e outro para as obras de construções da empresa focado na NR-18 (Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção). De acordo com o analisado, a indústria apresenta necessidade de revisão dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), acompanhamento do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), adoção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), acompanhamento do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), implantação de sinalização de segurança do trabalho em máquinas, adoção de medidas na área de ergonomia, implantação do Projeto de Segurança Contra Incêndio, revisão da segurança em instalações e serviços em eletricidade, regularização de caldeiras e vasos de pressão e implantação de normas de trabalho em altura. Já a partir do monitoramento das obras de construção, observou-se que o canteiro de obra atende a maioria dos tópicos exigidos pela NR-18.

Palavras-chave: Segurança do trabalho; indústria de alimentos; checklists; NRs; construção civil.

ABSTRACT

This project evaluate occupational health and safety conditions in a food industry that produces vinegars, seasonings and sauces, as well as to monitor construction site for safety verification. Through inspections, document analysis and interviews with employees, the risks for occupational health and safety analysis were examined. Two checklists were used, one for the food industry based on Regulatory Standards (NRs), and the other for construction site focused only on NR-18. The industry needs to review Specialized Services in Safety Engineering and Occupational Medicine (SESMT), monitoring of the Occupational Health and Medical Control Program (PCMSO), monitoring of the Internal Accident Prevention Commission (CIPA), monitoring of Personal Protective Equipment (PPE), implementation of the Environmental Risk Prevention Program (PPRA), implementation of signs safety of machinery work, adoption of ergonomic measures, implementation of the Fire Safety Project, review of safety in electrical installations and services, regulation of boilers and pressure vessels and implementation of work height regulations. In addition, from monitoring of construction works, it was realized that construction site meets most of the standards required by NR-18.

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1- INTRODUÇÃO

A revolução industrial foi o principal acontecimento histórico que contribuiu para o aumento dos problemas de saúdes relacionados aos trabalhos laborais ou atividades de trabalho. Os riscos inerentes às atividades de trabalho que até então estavam restritos ao artesanato ampliaram-se com a utilização das máquinas a vapor gerando como consequência a produção em larga escala e o aumento da jornada de trabalho que chegava até 16h diárias. As fábricas eram localizadas em ambientes impróprios e as condições de trabalho eram muito ruins. Além disso a utilização de mão de obra infantil e de mulheres era comum.

O resultado desse cenário foi o enorme número de doenças, acidentes de trabalho e até mortes. A revolução industrial começou pela Inglaterra e posteriormente se espalhou pelos Estados Unidos e a Europa Ocidental. No Brasil, em 1930, foi criado o Ministério do Trabalho pelo presidente Getúlio Vargas e após 10 anos criada a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Já em 1943, entra em vigor a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), inclusive com um capítulo referente à Higiene e Segurança do Trabalho.

Apesar dessa estruturação, dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que a temática dos acidentes de trabalho é um problema no tratante a quantidade de acidentes fatais, isto é, incidentes no ambiente de trabalho que resultam em morte. Segundo números mais recentes da OIT, aproximadamente 2,34 milhões de mortes no mundo são resultado de acidentes relacionados ao trabalho, o que é equivalente a 6.300 mil mortes por dia. (OIT, 2014).

No Brasil, segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), no período compreendido entre 2012 e 2016, 3,5 milhões de trabalhadores sofreram acidentes de trabalho, totalizando uma média de 700 mil acidentes por ano. Assim, denotando no Brasil a mesma tendência de crescimento nos números de acidentes de trabalho. (AEPS, 2017).

Nesse contexto, a legislação brasileira diz que o empregador deve garantir um ambiente de trabalho o qual seja projetado, de tal forma, que minimize os riscos à saúde e segurança de seu empregado, pois é de direito desses, a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (BRASIL, 1998).

Mesmo com a existência das legislações brasileiras, de acordo com Lacerda et al. (2005), os índices de acidentes do trabalho ainda são altos e geralmente decorrentes das más condições e da insegurança dos ambientes de trabalho aliadas à falta de fiscalização por parte dos órgãos competentes. Em geral, isso acontece porque as empresas focam na qualidade do produto e acabam deixando ao lado melhores condições de trabalho, sendo o cumprimento das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (NRs) um desafio para a maioria das empresas que, em geral, priorizam as melhorias da qualidade do produto.

Quanto à NR-18/MTE, vale salientar que a construção civil é um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira pois emprega uma quantidade considerável de mão-de-obra nas mais diversas regiões, apresentando grandes desafios para a saúde pública, especificamente no campo da saúde do trabalhador. Ademais, é uma das responsáveis pelas altas taxas de acidentes de trabalho fatais, não fatais e anos de vida perdidos, sejam por acidentes ou acometimento por doenças ocupacionais. Portanto, é de fundamental importância o aprofundamento no assunto.

Diante desse cenário, esse estudo visa identificar e analisar fatores de riscos ocupacionais do trabalho em uma indústria de alimentos, do ramo de atividades de produção de vinagres, temperos, pastas e molhos, além de monitorar obras de construções internas para a verificação da segurança de acordo com a NR-18/MTE. Para isso, um estudo de caso foi realizado a fim de levantar a real situação da empresa referente à segurança, por meio da análise da documentação sobre o assunto, entrevistas com colaboradores e inspeções. Dessa forma,

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identificaram-se os fatores de risco nos diferentes setores de trabalho, em relação ao local, aos equipamentos, às substâncias e aos materiais, fatores ergonômicos, entre outros.

2- REVISÃO DE LITERATURA

2.1- Riscos ambientais: PPRA NR-9/MTE e PCMSO NR-7/MTE

O risco de uma forma geral é uma ameaça ou perigo de determinada ocorrência. Quando se diz que estamos correndo o risco, nada mais é do que estarmos sujeitos a passar por um episódio arriscado ou seja um episódio que pode acarretar em alguma consequência. O risco ambiental é toda e qualquer possibilidade de algum elemento ou circunstância existente, em dado processo e ambiente de trabalho, poder causar danos à saúde, seja por acidentes e doenças ou seja por sofrimento dos trabalhadores ou ainda pela poluição ambiental.

Segundo a Norma Regulamentadora 9 (NR-9/MTE) item 9.1.5 consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Essa mesma norma traz diretrizes para elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que embasará a elaboração do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Com relação ao PPRA NR-9/MTE, é importante ressaltar que as normas estabelecem a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA por parte dos empregadores, visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes ou que possam vir a existir no ambiente de trabalho.

Já referente ao PCMSO, segundo a NR-7/MTE (BRASIL, 1994), tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde do trabalhador, constatando casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde do trabalhador. Caberá à empresa desenvolver o Programa conforme recomendações da NR-7/MTE, realizando exames médicos; encarregando profissionais familiarizados com os princípios da patologia ocupacional, condições e riscos a que está exposto o trabalhador a ser examinado; fazendo as avaliações pertinentes, entre outros, a fim de garantir a saúde dos trabalhadores.

A NR-9/MTE estabelece a obrigatoriedade, por parte dos empregadores, da elaboração do PPRA, que tem por objetivo a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos físicos, biológicos e químicos que venham a existir no ambiente de trabalho (BRASIL, 1994). Sendo de caráter de obrigatoriedade por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados

2.2- Higiene ocupacional: NR-15/MTE, limite de tolerância e nível de exposição

A higiene ocupacional tem como objetivo a prevenção dos riscos à saúde e à manutenção do bem-estar do trabalhador. Leva-se em consideração também as pessoas que vivem nas proximidades de áreas de risco e seus impactos ambientais no caso de possíveis desastres industriais.

O programa de higiene do trabalho tem como objetivo o reconhecimento, avaliação e o controle dos riscos ambientais presentes nos locais de trabalho que podem afetar a saúde do trabalhador. Isso implica estar atento aos agentes físicos, químicos e biológicos envolvidos nos processos, aos métodos de trabalho, ao fluxo dos processos, ao arranjo físico das instalações e a quantidade de trabalhadores expostos aos agentes.

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Na etapa de reconhecimento, o técnico em segurança do trabalho deverá tomar conhecimento da atividade, dos processos produtivos, dos agentes e dos riscos que podem estar presentes no ambiente de trabalho. Já na fase de avaliação são realizadas as avaliações quantitativas, ou seja, medições com aparelhos em que são mensurados os níveis de exposição e as doses, como riscos químicos, ruído e iluminação. Na fase de controle são adotadas as medidas para manutenção de níveis de exposição saudáveis aos trabalhadores, ou seja, que estejam dentro dos limites de tolerância descritos na NR-15/MTE.

2.3- Doença do trabalho e doença ocupacional – Lei 8.213/91

Na falta de prevenção, as consequências são sentidas na diminuição da saúde do trabalhador, na geração de acidentes e de doenças ocupacionais e do trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou que 2,34 milhões de pessoas morrem todos os anos em virtude de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Muitos acidentes acontecem por causa da não utilização dos equipamentos de segurança, por más condições de trabalho, por negligência e desobediência às normas regulamentadoras.

Nesse contexto, os conceitos de doença ocupacional (também conhecida como doença profissional e doença do trabalho) foram definidos pela lei 8.213/91 do Ministério da Previdência Social. No artigo 20 desta Lei, inciso I, encontramos a definição de doença ocupacional como aquela desencadeada pelas atividades típicas da profissão, sendo possível encontrar as doenças descritas na portaria 1.339/99.

2.4- Acidentes Ocupacionais

Os riscos estão presentes nas mais diversas situações, especialmente nos ambientes de trabalho e podem ser classificados segundo sua natureza e a forma com que atuam no organismo humano, conforme disposto no Quadro 1, de acordo com a Norma Regulamentadora 5 (NR– 5/MTE) (BRASIL, 1999).

Quadro 1 - Classificação dos principais riscos ocupacionais

Riscos físicos

Riscos químicos

Riscos

biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes

Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico inadequado Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e transporte

manual de peso

Máquinas e equipamentos sem proteção

Radiações

ionizantes Névoas Protozoários

Exigência de postura inadequada Ferramentas inadequadas ou defeituosas Radiações não ionizantes

Neblinas Fungos Controle rígido de

produtividade Iluminação inadequada Frio Gases Parasitas Imposição de ritmos

excessivos Eletricidade

Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno e noturno Probabilidade de incêndio ou explosão Pressões anormais Substâncias, compostas ou produtos químicos Jornada de trabalho prolongada Armazenamento inadequado Umidade Monotonia e repetitividade Animais peçonhentos

Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico

Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes

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2.5- Riscos físicos

De acordo com a NR-9/MTE (BRASIL, 1994) consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.

Pode-se citar como riscos físicos: as máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas, as quais produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos (medida em decibéis), máquinas e equipamentos que produzem vibrações, atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, temperaturas extremas (frio e calor) que podem causar danos à saúde do trabalhador A absorção de radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões.

A NR-15/MTE (BRASIL, 1978) traz recomendações referentes e limites de tolerância a cada uma das situações comentadas acima.

2.6- Riscos químicos e biológicos

De acordo com a NR-9/MTE (BRASIL, 1994), consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Já os riscos biológicos relacionam-se à capacidade de organismos vivos causarem doenças no organismo humano. De acordo com a NR-9/MTE (BRASIL, 1994), consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

Esses organismos estão presentes em muitos ambientes de trabalho e desencadeiam muitas doenças, principalmente aos que trabalham na agricultura, construção civil, veterinária e nos serviços de assistência à saúde.

2.7- Riscos ergonômicos

A ergonomia é tratada pela Norma Regulamentadora 17 do Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 1990). Esta norma tem por finalidade estabelecer parâmetros que permitam adaptar as condições de trabalho de modo a proporcionar o máximo de conforto e segurança de desempenho eficiente para o trabalhador.

A NR-17/MTE também estabelece medidas preventivas a serem adotadas pelas empresas com a finalidade de adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando a eles conforto, segurança e desempenho eficiente. É a norma regulamentadora da ergonomia. Esta norma não diz respeito apenas às questões posturais, de adequação do posto de trabalho ao trabalhador, de análise dos movimentos executados na atividade laboral e dos equipamentos corretos para execução das tarefas. Ao mencionar características psicofisiológicas, a NR-17/MTE inclui situações como a de pressão psicológica, estresse e pressão por resultados, questões essas que também estão relacionadas a ergonomia.

Muitas situações do trabalho e também da vida cotidiana são prejudiciais à saúde. As posturas não corretas no ambiente de trabalho podem conduzir ao desenvolvimento de Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Doenças Osteomusculares Relacionadas com o Trabalho (DORT), seja através de trabalho estático ou de posturas assumidas durante um trabalho mais dinâmico.

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Segundo a NR-17/MTE (BRASIL, 1990), cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, sendo esta uma exigência. A análise das condições de trabalho é um elemento essencial para o desenvolvimento da ergonomia no ambiente de trabalho.

De forma geral, pode-se considerar que avaliar a ergonomia no ambiente de trabalho é um exame cuidadoso, realizado a fim de detectar os componentes que lá existem, capazes de causar danos aos colaboradores expostos.

2.8- Riscos de acidentes

Os riscos de acidentes se originam das atividades que envolvem máquinas e equipamentos, sendo responsáveis pelo surgimento das lesões. Esses acidentes ocorrem pelo fato das máquinas e equipamentos não possuírem proteções, ferramentas defeituosas ou inadequadas.

Para tal, a NR-12/MTE (BRASIL, 2010) define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.

É imprescindível que o empregador adote medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, a fim de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e medidas apropriadas, sempre que houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.

Os riscos de acidentes ainda englobam a iluminação inadequada por exemplo. A NR-17/MTE (BRASIL, 1990) ressalta que os locais de trabalho devem possuir iluminação adequada, natural ou artificial, sendo apropriada à natureza dos trabalhos. Ambientes com excesso ou falta de iluminação dificultam o trabalho, além de contribuírem para o aumento dos acidentes. Para determinação dos níveis mínimos de iluminância de interiores, utiliza-se a Norma ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, que estabelece os valores de iluminância no ambiente de trabalho.

2.9- Norma Regulamentadora 18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

A Norma Regulamentadora NR-18/MTE (2015) do Ministério do Trabalho e Emprego é a responsável pelo Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT). Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, visando à implantação de medidas de controle e prevenção de acidentes, oferecendo segurança, higiene e saúde aos colaboradores.

Define ainda que, todos os canteiros de obras devem dispor de áreas de vivência em perfeitas condições de higiene e limpeza, oferecendo aos trabalhadores equipamentos em bom estado, com instalações sanitárias, vestiários, alojamentos, refeitórios, lavanderias, áreas de lazer, ambulatórios. Dessa forma, é obrigatória que seja utilizada nos estabelecimentos com 20 ou mais colaboradores, devendo ser mantido no canteiro de obras, à disposição dos órgãos de fiscalização. E as empresas que possuem mais de 20 colaboradores ficam obrigadas a elaborar o PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção). Assim, estes documentos devem contemplar os aspectos desta NR, recomendações e práticas de segurança e as exigências contidas em outras normas.

Vale salientar que a norma aborda que é obrigatória antes do início das atividades, a comunicação prévia à Superintendência Regional do Trabalho das seguintes informações: o endereço da obra, o endereço e qualificação do CNPJ ou CPF do contratante, do empregador

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ou condomínio, o tipo de obra, a previsão de início e conclusão da mesma, e o número máximo previsto de trabalhadores.

Sabendo que a construção civil é um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira e que emprega uma quantidade considerável de mão-de-obra nas mais diversas regiões, como também apresenta grandes desafios para a saúde pública, especificamente no campo da saúde do trabalhador. Ademais, é uma das responsáveis pelas altas taxas de acidentes de trabalho fatais, não fatais e anos de vida perdidos, seja por acidentes ou acometimento por doenças ocupacionais.

Por isso, é fundamental que as normas regulamentadoras sejam cumpridas de forma efetiva, no intuito de evitar ou minimizar os danos causados no ambiente de trabalho, por imprudência, negligência ou imperícia.

3- METODOLOGIA

O presente levantamento foi realizado principalmente no mês de novembro do ano de 2019. A indústria de alimentos, presente no mercado há 25 anos, contava, no presente momento, com um efetivo fixo de 84 colaboradores, sendo 9 pessoas na área de administração, 20 pessoas na área de transportes, 4 pessoas na área da cozinha do refeitório, 4 na área de manutenção, 3 na área de reformas e 44 pessoas envolvidas diretamente com processo produtivo dos alimentos. A indústria analisada se chama Indústria de Alimentos, Especiarias e Condimentos SM LTDA, cujo nome fantasia é Condimentos Sadio.

A empresa foi escolhida devido ao envolvimento do autor com a mesma. O seu trabalho a quatro anos na mesma facilitou as observações e coletas de informações por meio da análise de documentação e das condições de trabalho e as entrevistas realizadas aos colaboradores, que também foram responsáveis pelo auxílio na elaboração de documentos de segurança da empresa.

Durante o processo, o levantamento da documentação já existente foi fundamental para avaliar se o que estava no papel estava sendo de fato praticado. Além disso o monitoramento de processos ajudou a esclarecer se as condições de trabalho estavam ou não seguindo as normas. Dentre os pontos analisados, podem-se citar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), sinalização de segurança do trabalho em máquinas, ergonomia, projeto de segurança contra incêndio, segurança em instalações e serviços em eletricidade, caldeiras e vasos de pressão e trabalho em altura.

Acompanhou-se também, desde a entrada para aprovação, o processo do Projeto de Segurança Contra Incêndio, o qual obteve como resultado final a sua aprovação pelo Corpo de Bombeiro do projeto, após aproximadamente dois anos. A aprovação ocorreu em 16 de outubro de 2019.

Na área da indústria, a metodologia empregada consistiu em realizar o exame das normatizações pertinentes; a aplicação de um checklist de verificação para avaliação das não conformidades encontradas e por fim, a realização de inspeções nos locais de trabalho da indústria. Quanto a área da construção, aplicou-se um checklist fornecido durante a disciplina de Segurança do Trabalho sobre a NR-18/MTE. Dessa forma, verificou-se as não conformidades dos processos e instalações tanto na área da indústria quanto na área da construção por meio da aplicação de checklists, tendo por base as normatizações pertinentes aos locais avaliados.

Vale salientar que a ideia principal dessa análise de segurança e saúde do trabalho foi passar um parecer geral a indústria Condimentos Sadio. Assim foram abordados os itens

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considerados principais de cada norma, apesar de se ter conhecimento que várias outras normas regulamentadoras poderiam ser aplicadas à indústria também. Dessa forma, não foi feita uma análise detalhada de cada norma, como também não foram abordadas normas em que sua aplicação é esporádica.

Foram analisadas as seguintes normas:

Quadro 2 - Normas regulamentadoras aplicáveis à indústria

Norma Título

NR-4/MTE Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT NR-5/MTE Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

NR-6/MTE Equipamento de Proteção Individual – EPI

NR-7/MTE Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO NR-8/MTE Edificações

NR-9/MTE Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA NR-10/MTE Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR-12/MTE Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos NR-13/MTE Caldeiras e Vasos de Pressão

NR-17/MTE Ergonomia

NR-23/MTE Proteção contra incêndios NR-35/MTE Trabalho em Altura

Quadro 3 - Normas regulamentadoras aplicáveis ao canteiro de obra

Norma Título

NR-18/MTE Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção

Utiliza-se o estudo de caso como estratégia de estudo para contribuir com o conhecimento que temos sobre segurança e saúde do trabalho, sendo principalmente útil para avaliar o que a literatura não apresenta sobre o conhecimento prático desse assunto, além da apresentação de propostas que refletem a melhoria dessas condições de saúde e segurança no trabalho.

4- RESULTADOS

4.1- NR-4/MTE: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT

Referente a análise da NR-4/MTE (BRASIL, 1983), pode-se afirmar que a mesma não cumpre com os requisitos da norma. Segundo a NR, para o dimensionamento do número de integrantes, faz-se necessário analisar o Grau de Risco que é em função do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) da empresa e do número de trabalhadores. O não cumprimento da norma pela empresa se dá em razão da avaliação errada do número total de trabalhadores que a empresa possui, sejam eles diretos ou indiretos. Atualmente a empresa conta com aproximadamente 114 trabalhadores, divididos em dois CNPJ, os quais possuem a seguinte razão social: Indústria de Alimentos, Especiarias e Condimentos SM Ltda e TLA Transporte e Logística Eireli. Isso acontece como forma de diminuir a incidência de imposto sobre uma parte dos colaboradores, segundo entrevista.

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Durante as inspeções e conversas com o pessoal responsável pelo acompanhamento das normas de segurança, não se fazia necessário o SESMT, visto que a empresa por se encaixar no risco 3 e possuir 84 colaboradores em um CNPJ, não seria obrigada a manter o SESMT. No entanto, a norma conforme dito acima aborda que independente de os colaboradores estarem apenas em um CNPJ, deve-se considerar número de funcionários, os que trabalham indiretamente, sendo assim 114 colaboradores (diretos e terceirizados). Dessa forma, a indústria não está atendendo a norma NR-4.

Com a análise mais aprofundada, de acordo com a NR-4/MTE, anexo II (BRASIL, 1983), em função da Condimentos Sadio se situar com Grau de Risco 3 (código 10.95-3 - Fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos) e possuir entre 101 e 250 empregados (possui 114 colaboradores atualmente), a empresa deve possuir pelo menos um técnico em Segurança do Trabalho, o que não acontece. Portanto, a empresa encontra-se em não conformidade.

4.2- NR-5/MTE: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

Referente à CIPA, a qual é abordada na NR-5/MTE (BRASIL, 1978), percebeu-se que a Condimentos Sadio organiza e mantém em funcionamento a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). No entanto apesar de toda documentação ter sido analisada e estar coerente, encontrou-se durante as inspeções irregularidades nas atitudes de certos colaboradores, ou seja, apesar de se ter todo o acompanhamento da CIPA, com treinamento por profissionais capacitados, registro de reuniões mensais, registro da formação da comissão eleitoral e registro da Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT), percebeu-se que a equipe não desempenha na prática a CIPA, uma vez que irregularidades acontecem.

Durante a inspeção percebeu-se, por exemplo, que tinham operadores que deveriam estar usando EPI devido a área em que estavam e apesar de haver supervisores na mesma área que inclusive participam da CIPA, os mesmos não estavam monitorando ou solicitando mudanças na postura dos colaboradores que não estavam cumprindo com os quesitos de segurança do trabalho.

Nesse sentido, vale salientar ainda que a CIPA, a qual possui como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, tornando compatível o trabalho com a preservação da saúde do trabalhador, além de não atuar com efetividade na prática, não desenvolveu os “mapas de risco”. Isso foi percebido durante inspeções, nas quais os mapas deveriam estar expostos em cada área da indústria. No entanto, não estavam.

. Portanto, o fato de não haver uma CIPA atuante não ajuda no atendimento do objetivo que é a compatibilização permanente do trabalho com a preservação da saúde dos trabalhadores. Dessa forma, a empresa não está atendendo NR-5/MTE (BRASIL, 1999) em relação à sua organização, ao seu funcionamento, ao treinamento e ao processo eleitoral.

4.3- NR-6/MTE: Equipamento de Proteção Individual – EPI

A empresa fornece aos seus colaboradores todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) em perfeito estado de conservação, adequando esses equipamentos para a função que o colaborador irá exercer. Por exemplo, no setor do sopro, os colaboradores utilizam protetores do tipo concha, onde o ruído é mais intenso. Já nas demais áreas, alguns colaboradores possuem protetores de inserção.

Os funcionários fazem o uso correto do equipamento de proteção e no momento da contratação e apresentação da função que irá desempenhar, é realizado um treinamento de como deve ser utilizado o equipamento para contribuir na segurança. Vale salientar que assim que recebem os EPIs, os colaboradores assinam um registro de recebimento e do treinamento.

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No entanto, durante inspeção, quando solicitado ao Gerente Industrial sobre os certificados de aprovação (CA) que são exigidos pela norma, o mesmo não soube identificar o significado do termo, e mesmo depois de explicado, a empresa não apresentou os certificados. Assim, a norma apesar de ser bem executada pelo menos no ato da contratação, a indústria não está cumprindo com a totalidade dos requisitos da NR-6/MTE.

4.4- NR-7/MTE: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

Quanto à NR-7/MTE (BRASIL, 1994), notou-se que a empresa elabora e implementa o programa de controle médico de saúde ocupacional com a finalidade de garantir a saúde de seus trabalhadores, obedecendo os parâmetros mínimos e as diretrizes gerais da norma em questão. Para atender às normas, a empresa contratou o SESI que há seis anos presta serviços por meio de um médico do trabalho para coordenar, elaborar e implementar o PCMSO. O programa foi elaborado para fins de fiscalização e melhorar a saúde do colaborador no ambiente de trabalho. Foram realizadas entrevistas informais com os colaboradores que permitiram concluir que os exames previstos fossem realizados e que de fato há um programa de educação para a saúde.

Sendo assim, a indústria Condimentos Sadio se encontra em acordo com a NR-7/MTE (BRASIL, 1994), se enquadrando dentre as empresas que têm a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PCMSO, visto que é regida pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Também, por possuir grau de risco 3 e mais de 10 funcionários, oferece um médico do trabalho para coordenar e executar o programa (SESI). Além disso, a empresa atualiza anualmente ou sempre que se faz necessário alguma informação nova.

4.5- NR-8/MTE: Edificações

A indústria Condimentos Sadio possui os requisitos mínimos que devem possuir as edificações de acordo com a NR-8/MTE (BRASIL, 1983), para que a segurança e conforto dos colaboradores sejam garantidos. Assim sendo, possui pisos nivelados, rampas e escadas fixas em bom estado de conservação, guarda-corpos com 0,90m de altura no mínimo a contar do nível do piso, além de coberturas com proteção contra chuvas e que evitam insolação excessiva. Vale salientar ainda que os pisos das escadas são antiderrapantes e caso o piso não seja são acrescentadas fitas antiderrapantes. Assim, a empresa atende à NR-8/MTE (BRASIL, 1983).

4.6- NR-9/MTE: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

A empresa forneceu, para análise, o último PPRA realizado em 2019 pelo técnico prestador de serviço do SESI. O PPRA da empresa é atualizado anualmente. Os riscos identificados e as medidas de controle estão completos e detalhados. Para esta análise, também foram disponibilizados os resultados de exames periódicos que possam existir e que forneceriam os dados necessários para comprovar possíveis doenças laborais. A empresa também apresentou as avaliações quantitativas e os programas de controle dos riscos existentes. Além disso, vale salientar que os funcionários são expostos ao agente físico ruído devido aos maquinários utilizados na empresa; alguns colaboradores são expostos a agentes biológicos pois trabalham diretamente com a preparação dos produtos; e o vinagreiro é exposto a agentes químicos.

Assim, a empresa atende à NR-9/MTE (BRASIL, 1983), pois possuí o PPRA atualizado e verificado.

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4.7- NR-10/MTE: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

Quanto à NR-10/MTE, percebeu-se que a Condimentos Sadio cumpre parcialmente com essa norma, visto que possuí instalações elétricas adequadas proporcionando a segurança dos colaboradores no geral.

Durante a inspeção, foram observadas duas não conformidades de caráter grave, que foram: a reclamação por parte dos colaboradores em relação a duas máquinas, que não estava bem aterradas e choques que eventualmente aconteciam, e o gerente de manutenção, sendo o responsável pela elétrica não possuir a atualização e reciclagem do curso, que é obrigatório a cada dois anos.

Apesar disso, no geral, a empresa se encontra parcialmente em conformidade, pois cumpre com os requisitos de segurança das instalações elétricas. Foi notado também que, quando a equipe da elétrica está realizando serviços elétricos mais delicados, um isolamento por meio de cones é feito, fato observado em um serviço realizado no disjuntor geral da empresa.

4.8- NR-12/MTE: Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos

Observou-se que não existem as necessárias demarcações no chão, nos locais de instalação de máquinas e equipamentos e áreas de circulação, ao longo de todo o processo de produção, apesar de o fluxograma da fábrica está bem conciso, seguindo uma sequência sem contra fluxos.

Os equipamentos antigos da empresa não possuem sistema de segurança. Já os novos, apesarem de possuír tal sistema se encontravam desligados. Os equipamentos de envase de líquidos como temperos, vinagres e molhos não oferecem quaisquer tipos de proteção fixas ou móveis ou sensores de segurança, bem como qualquer aviso de perigo ou cuidado. Já o equipamento de envase de molho de tomate possui tais sistemas de segurança. No entanto se encontravam desligados durante a inspeção, o que era possível abrir a porta e o equipamento continuar rodando. Além disso, apesar de novo, o equipamento de envase de molho de tomate não atende aos aspectos ergonômicos descritos na norma, visto que para limpeza do tanque de molho de tomate pré-envase, os colaboradores eram obrigados a subir no equipamento, o que acontecia sem nenhuma proteção.

Vale salientar também que as áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos são dispostos de forma satisfatórios para que trabalhadores possam se movimentar com segurança, assim como as instalações e dispositivos elétricos estão em bom estado de conservação.

Dessa forma, a empresa cumpre parcialmente com a NR-12/MTE, a qual aborda requisitos de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.

4.9- NR-13/MTE: Caldeiras e Vasos de Pressão

A indústria possui tanto caldeiras quanto vasos de pressão. A caldeira serve para a operação de fabricação de atomatados (molhos de tomate e catchup), enquanto os vasos de pressão são utilizados como armazenamento do ar comprimido da empresa. Nesse último caso, temos dois tipos de vasos de pressão, um que armazena ar de alta (que suporta até aproximadamente 40 Ba) e é usado no sopro de garrafas; e o outro armazena ar de baixa, que serve para movimentação de máquinas pneumáticas.

Quando realizada a inspeção na área, seguindo referenciais da NR-13/MTE, percebeu-se não conformidades gravíssimas no percebeu-setor de vasos de pressão, pois não existe registro de inspeções periódicas realizados nos vasos, que apesar de terem válvulas de segurança, a equipe

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de manutenção não tinha certeza do funcionamento das mesmas, caracterizando assim um risco iminente à segurança e saúde do colaborador.

Já a caldeira apesar de possuir as inspeções anuais realizadas por profissional da segurança, encontrava-se parcialmente em desacordo com a norma, visto que na última inspeção foram solicitadas adequações na mesma como a instalação de termômetro para verificação de necessidade de limpeza dos vasos e também proteção para os sensores de nível que se encontravam totalmente expostos. Até o momento das inspeções, tais adequações ainda não tinham sido realizadas. Vale salientar também que a grelha de sustentação da lenha da caldeira (caldeira do tipo vertical) havia sido danificada e não apresentava funcionalidade, porque o colaborador ao invés de estar colocando a lenha na grelha, estava a colocando no chão, o que aumentou consideravelmente a temperatura do local, podendo assim afetar a saúde e segurança do colaborador.

Dessa forma, a empresa se encontra parcialmente adequada à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão com a finalidade de prevenir a ocorrência de acidente de trabalho, principalmente porque foram observadas não conformidades.

4.10- NR-17/MTE: Ergonomia

A Condimentos Sadio realiza transporte de carga manualmente, e também por paleteiras ou por empilhadeiras. Alguns trabalhadores desempenham o transporte manual descontínuo de cargas, enquanto outros, o transporte manual contínuo, podendo comprometer a saúde do colaborador. Não existe evidência de treinamento sobre carregamento de peso. O trabalho é realizado em pé, durante toda a jornada de trabalho para os colaboradores do chão de fábrica, inexistindo assentos para descanso durante as pausas que seriam necessárias. Existe insuficiência na quantidade de paleteiras necessárias para o auxílio no transporte de carga. Desta forma, muitos colaboradores o fazem sobre os braços e até mesmo sobre as costas, sendo observado muitas vezes durante as inspeções a não utilização de cinta para carregamento de peso.

Como comentado, colaboradores que desempenham atividades nas linhas de envase passam grande parte do tempo em pé, e não possuem qualquer tipo de adequação que os projete para a realização de determinada atividade. A tarefa dos colaboradores que fazem o envase é monótona, repetitiva e sem pausas, com grau mínimo de dificuldade, mas sem possibilidade de desligamento mental devido à atenção na contagem das garrafas que estavam na máquina. Já os escritórios não possuem níveis elevados de ruídos, bem como a iluminação nos locais de trabalho são adequadas.

Dessa forma, a Condimentos Sadio se encontra parcialmente em conformidade. No entanto precisa melhorar pontos específicos os quais foram detectadas não conformidades.

4.11- NR-23/MTE: Proteção contra incêndios

A Condimentos Sadio não está atendendo a norma A NR-23/MTE que estabelece as medidas de proteção contra incêndios a serem adotadas pelas empresas com a finalidade de proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Isso acontece porque recentemente seu projeto foi aprovado junto ao Corpo de Bombeiros. No entanto o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) ainda não foi solicitado visto a necessidade da execução de todo o projeto, que segundo a diretoria irá começar próximo ano.

No acompanhamento que ocorreu desde a entrada do projeto até a aprovação, percebeu-se a necessidade de atualização do “Habite-percebeu-se” da empresa para conpercebeu-seguir o AVCB, pois o mesmo estava totalmente desatualizado. Na verdade, tinha sido contratado uma empresa de Mossoró/RN para a sua atualização e devido ao não acompanhamento, a empresa fez o projeto,

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deu entrada e, no entanto, foram exigidas atualizações as quais não foram feitas. Sendo assim, tal processo estava parado.

Sabendo da situação, houve o contato com essa empresa o qual foi bem complicado, pois o retorno era lento. Assim, decidiu-se que a melhor opção seria a contratação de um outro profissional para a elaboração do projeto e resolução das eventuais pendências que venham a apresentar. Tais pendências foram acompanhadas por mim, que fazia o elo entre interesses da empresa e as normas vigentes. Por exemplo, entre a criação de um reservatório elevado ou a aquisição de uma bomba à óleo diesel, preferiu-se o reservatório elevado.

Dessa forma, por necessitar ainda implantar medidas previstas no projeto de corpo de bombeiros, a empresa não está atendendo a NR-23/MTE.

4.12- NR-35/MTE: Trabalho em Altura

Referente a NR-35/MTE, a Condimentos Sadio não está cumprindo com os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura envolvendo o planejamento, a organização e a execução de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

Durante as inspeções, percebeu-se que existem várias atividades em altura realizadas na empresa. No entanto a precaução mínima de segurança não é adotada, colocando em risco não só o trabalhador envolvido diretamente no serviço em altura, como também aqueles que se encontram abaixo e podem ser atingidos pela queda do trabalhador ou de objetos.

No setor de armazenamento de garrafas, de estoque de matéria prima e também no estoque de embalagens, áreas onde o pé direito tem 6m, os trabalhadores movimentam-se subindo os porta-pallets sem nenhuma segurança. Isso acontece na necessidade de retirada de algum material armazenado na parte superior. Nesse caso, pela agilidade em subir sem nenhuma segurança e pela não disponibilidade de empilhadeiras na área (muitas vezes estão ocupadas, necessitando a espera), o trabalhador age imprudentemente, se arriscando, para coletar materiais na área superior, que chega a ser de 6m metros nos locais citados.

Situação similar ocorre durante a manutenção dos galpões, que apesar de pouco, necessitam de manutenção mais constante por possuírem estrutura pré-moldada de concreto, necessitam muitas vezes da troca de lâmpadas, manutenção de calhas ou até troca de fiação. Nesses casos, a empilhadeira é utilizada. No entanto apenas é colocado um palete para a sustentação do colaborador, tendo o mesmo que se equilibrar para não cair. Apesar de nessa operação, os colaboradores serem solicitados a colocarem cinto de segurança, os mesmos afirmaram que algumas vezes realizaram essa manutenção sem nenhum acompanhamento e não uso de EPI. Até a parte de capacete, alguns não estavam utilizando.

Além disso, durante inspeções e entrevistas, não foram identificados os certificados de capacitação teórica e prática do trabalhador com carga horária mínima de 8 horas e validade de dois anos, sendo essa mais uma não conformidade.

Assim, a Condimentos Sadio não está atendendo a NR-35.

4.13- NR-18/MTE: Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção

A partir da análise do checklist, percebeu-se que vários dos itens ali escritos não se aplicam. As obras de construção civil na empresa se concentram em pequenos serviços, e no momento está sendo feita, apenas a ampliação do escritório que contém apenas o pavimento térreo.

Apesar disso, o checklist foi aplicado, e poucas não conformidades foram percebidas, uma vez que a estrutura atual da empresa já dispõe de refeitório, banheiros, locais para descanso e ambulatório. Isso porque a indústria de Condimentos Sadio acompanha recomendações do

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SESI, que é a empresa contratada para dar assessoria na parte de segurança do Indústria, o que acaba implicando numa melhoria dos pontos analisados pela NR-18/MTE.

Já com relação a comunicação prévia à Superintendência Regional do Trabalho, de acordo com entrevista ao diretor, tais recomendações foram tomadas, visto possuírem um engenheiro terceirizado acompanhando a obra.

Já quanto ao PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho) que usualmente é um requisito fundamental em obras com mais de 20 colaboradores (sejam eles diretos e indiretos), percebeu-se que não houve necessidade do mesmo, visto que trabalham hoje na obra de reforma apenas quatro pessoas, das quais dois são funcionários diretos e dois são terceirizados.

Dessa forma, percebe-se que a Condimentos Sadio cumpre com os requisitos da NR-18/MTE.

5- DISCUSSÃO

No presente estudo de caso foram levantados fatores no ambiente de trabalho da indústria Condimentos Sadio que podem determinar riscos para acidentes, pois podem se constituir situações nas quais as interações de diversos fatores transformem situações controladas em não controladas.

Em relação aos resultados encontrados neste trabalho em relação à CIPA não se identifica uma atuação efetiva da Comissão, dificultando o atendimento da compatibilização permanente do trabalho com a preservação da saúde dos trabalhadores. Ressalta-se que a CIPA é de total relevância no que se diz respeito às condições de riscos no ambiente de trabalho, sendo responsável por observar, relatar e solicitar medidas para redução, eliminação ou neutralização dos mesmos.

Quanto aos equipamentos de proteção individual, Lacerda et al. (2005) percebeu índices sensivelmente elevados de ruídos no processo produtivo de uma indústria de alimentos, onde os colaboradores utilizavam protetores auriculares. Em relação à indústria Condimentos Sadio, existem EPIs sendo utilizados. No entanto após um breve treinamento sobre o uso do EPI, não se faz o acompanhamento sobre o uso, sendo muitas vezes deixado de lado.

Quanto ao PCMSO, equivalente a NR-7/MTE (BRASIL, 1994), a indústria Condimentos Sadio possui tal programa.

Em relação aos riscos de acidentes, propõe-se à indústria Condimentos Sadio, a aquisição de novos equipamentos que ofereçam segurança através de sensores e dispositivos. Outro fator importante envolvendo os maquinários são as sinalizações de segurança em torno deles, visto que são de extrema importância para a segurança dos que circulam pela empresa que as áreas estejam devidamente demarcadas.

Como diagnóstico de sugestão, propõe-se a inserção da sinalização de segurança para advertir aos colaboradores e a terceiros sobre os riscos a que estão expostos em todas as linhas de produção e equipamentos. Esta sinalização compreende cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros que ofereçam eficácia, devendo seguir os padrões estabelecidos pelas normas vigentes.

Em relação à ergonomia, aponta-se ao empregador da indústria Condimentos Sadio que haja a adaptação do ambiente, dos equipamentos e das diversas tarefas desenvolvidas no ambiente de trabalho, a fim de oferecer conforto aos colaboradores. Não deve ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou segurança. Aponta-se a compra de mais paleteiras e empilhadeiras para assessorar os colaboradores em suas atividades, bem como a realização de treinamento ou oferta de instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverão ser utilizados pelos trabalhadores com o intuito de prevenir acidentes e evitar problemas com sua saúde.

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Problemas similares aos encontrados na indústria Condimentos Sadio em relação à proteção contra incêndios, também foram relatados no trabalho desenvolvido por Lacerda et al. (2005), que abordou estudos gerais sobre a segurança do trabalho em indústrias de alimentos. Lacerda et al. (2005) indica a inspeção do local em relação à quantidade de extintores, observando a distância mínima a ser percorrida, bem como a adequação do local às normas vigentes quanto à localização, sinalização e prazos de validade dos extintores, a fim da rápida localização e fácil utilização destes, em caso de incêndio.

Como aprendizado desse estudo de caso, destaca-se a dificuldade de lidar com a “questão de segurança e saúde dos trabalhadores”. Isso nos leva a afirmar que é pouco provável que os trabalhadores da indústria Condimentos Sadio vislumbrem a segurança do trabalho como fator de extrema importância no trabalho, já que apesar de existirem programas de segurança e saúde na indústria, os colaboradores não seguem e também não há o correto acompanhamento no ambiente produtivo. Isso demonstra que a participação dos trabalhadores nos programas de segurança e saúde do trabalho está diretamente ligada à cultura da empresa e às ações que ela desenvolve. Sabe-se que num ambiente dessa natureza, dificilmente os colaboradores associam a segurança à promoção da qualidade de vida ou conforto ao próprio trabalho, diferentemente das empresas em que os programas de segurança do trabalho são partes integrantes dos processos produtivos e da cultura da empresa.

6- CONCLUSÃO

Diante do exposto, as condições de segurança e saúde do trabalho na indústria de alimentos do segmento de produção de vinagres, temperos, pastas e molhos conhecida como Condimentos Sadio apresentaram-se, no geral, em não conformidades com as normas vigentes. Isso porque de acordo com o analisado, a indústria apresentou necessidade de revisão dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), acompanhamento do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), acompanhamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), adoção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), acompanhamento do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), implantação de sinalização de segurança do trabalho em máquinas, adoção de medidas na área de ergonomia, implantação do projeto de segurança contra incêndio, revisão da segurança em instalações e serviços em eletricidade, regularização de caldeiras e vasos de pressão e implantação de normas de trabalho em altura. Já a partir do monitoramento das obras de construção, observou-se que o canteiro de obra atende a maioria dos tópicos exigidos pela NR-18. Dessa forma, percebe-se que para a indústria, esse estudo vai servir para tomada de decisões por meio dos gestores da Condimentos Sadio.

Vale salientar que para desenvolver o trabalho em questão, realizaram-se inspeções, análise de documentos e entrevistas com colaboradores, os quais proporcionaram a identificação dos riscos para análise da saúde e segurança do trabalho. Nesse contexto, a aplicação dos dois checklists para verificação de não conformidades de segurança e saúde do trabalho na indústria e no canteiro de obras foram fundamentais para o entendimento geral da situação atual da empresa e a rápida análise dos pontos principais de cada norma.

O estudo de caso proposto levanta a real situação da empresa referente à segurança e saúde do trabalho, identificando os fatores de risco nos diferentes setores de trabalho, em relação ao local, aos equipamentos, às substâncias e aos materiais, fatores ergonômicos, entre outros, trazendo assim um retrato real de uma indústria no segmento de alimentos.

O trabalho poderá servir de subsídio para outros estudos em segurança do trabalho em indústrias de alimentos, contribuindo para o diagnóstico situacional e a implementação de medidas preventivas para a promoção da saúde do trabalhador.

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