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(1)Universidade Metodista de São Paulo Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião. A INFLUÊNCIA RELIGIOSA NA VIDA DE ADOLESCENTES UNIVERSITÁRIOS DA GRANDE SÃO PAULO: UM ESTUDO À LUZ DO MÉTODO DE RORSCHACH. Armando Rocha Júnior. São Bernardo do Campo 2004.

(2) Universidade Metodista de São Paulo Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião. A INFLUÊNCIA RELIGIOSA NA VIDA DE ADOLESCENTES UNIVERSITÁRIOS DA GRANDE SÃO PAULO: UM ESTUDO À LUZ DO MÉTODO DE RORSCHACH. Armando Rocha Júnior. Orientador: Professor Doutor James Reaves Farris. Tese apresentada em cumprimento às exigências do programa de pós-graduação em Ciências da Religião para a obtenção do grau de doutor.. São Bernardo do Campo 2004.

(3) Banca Examinadora: ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________.

(4) À memória de minha mãe Constantina Bertotti Rocha , exemplo de tolerância e firmeza, com amor e eterna gratidão.. Ao meu pai Armando Rocha e à minha tia Santina Bertotti , sem os quais eu não teria forças para empreender esta jornada..

(5) AGRADECIMENTOS No momento em que chego ao fim desta jornada, é com muita emoção e gratidão que registro as personalidades que me deram apoio e coragem para que em nenhum momento eu fraquejasse na busca deste objetivo. Assim é que agradeço, especialmente: &. a Deus, pela vida e saúde;. &. ao Prof. Dr. James Reaves Farris, meu orientador, pela competência e segurança que me emprestou nos momentos de ansiedade, que acredito fazem parte do processo de estudo;. &. aos Professores Doutor Eda Marconi Custódio e Ronaldo Sathler Rosa, pelas sugestões e incentivo que me ofereceram com base no exame de qualificação e defesa da tese;. &. aos Professores Doutor Dinorah Gioia Martins e Maria Lúcia Marques, componentes da banca examinadora que muito me honraram por aceitar avaliar este trabalho;. &. à minha família, principalmente meus primos, que sempre demonstraram interesse pelos meus estudos e deram-me forças para que este momento chegasse;. &. ao meu querido amigo Paulo Francisco de Castro, psicólogo e professor como eu, que acompanhou e incentivou não só este trabalho, mas também a idéia de minha inscrição ao doutorado. Posso dizer que Paulo conheceu cada passo que dei quando cursava as disciplinas do curso. Com ele debatia as idéias da pesquisa final e discutia os tópicos do método e os resultados antes de apresentar os esboços ao meu orientador. Nesses quase 4 anos de estudos e pesquisas, Paulo Francisco foi o amigo sensível e o incentivador que, com certeza todos nós precisamos.. &. aos amigos e colegas professores, Alvino Augusto de Sá, Tânia Maria Justo de Almeida, Silvia Sueli de Souza Maia, Augusto Rodrigues Dias, Luis Sergio Sardinha, Silvana Rossi Sptzcovski, pelo encorajamento em todos os momentos desta caminhada e, especialmente, à Sonia Maria da Silva, também amiga e colega, pelas indicações e várias sugestões que me fez no decorrer da pesquisa;. &. à Universidade Guarulhos onde cursei a graduação e leciono há mais de 20 anos e que me deu espaço para realizar esta pesquisa;.

(6) &. ao Prof. Augusto J. C. B. Prado Fiedler, Diretor do Centro Único de Graduação, e ao Prof. Dr. José Cândido Cheque de Moraes, Coordenador do Curso de Psicologia da Universidade Guarulhos, que sempre me incentivaram profissionalmente e apoiaram está pesquisa no âmbito da Universidade;. &. aos colegas professores, técnicos e funcionários da Clínica Psicológica da Universidade Guarulhos que acompanharam constantemente este estudo, em especial à Maria Gisele que me ajudou na organização das tabelas e discussão dos resultados, fato que contribuiu para agilizar o término deste estudo;. &. às instituições que se colocaram à minha disposição para a efetiva realização desta pesquisa, bem como a todos os jovens universitários que, de bom grado, aceitaram participar de todas as etapas de coleta de dados necessários para que este trabalho chegasse ao seu final;. &. ao Marcos Menezes, meu mais jovem colaborador que, pontualmente, digitou cada linha aqui escrita;. &. aos professores e funcionários do programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, pelo acolhimento e apoio durante minha trajetória no doutorado;. &. à todas as pessoas que estiveram a meu lado nestes últimos quatro anos, incluindo àquelas que, por lapso, não citei nominalmente aqui, mas que facilitaram de alguma forma, a conclusão de mais uma etapa de minha vida acadêmica e profissional..

(7) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 17 1.1. Justificativa ................................................................................................... 20 1.2. Revisão bibliográfica.................................................................................... 23 1.3. Referencial teórico ....................................................................................... 28 1.4. Hipóteses ..................................................................................................... 33 1.5. Objetivos ...................................................................................................... 33 1.6. Método ......................................................................................................... 34 1.7. Instrumento de avaliação da personalidade................................................ 37 1.8. Procedimentos ............................................................................................. 43 1.9. Previsão de análise de dados...................................................................... 48 1.10. Organização geral do trabalho ................................................................... 49 2. ADOLESCÊNCIA ................................................................................................. 50 2.1. Características e fatores do desenvolvimento físico e intelectual do adolescente ................................................................................................ 60 2.2. Desenvolvimento psico-social ..................................................................... 63 2.3. O adolescente no contexto da família ......................................................... 68 2.4. O adolescente e a escola ............................................................................ 72 2.5. Característica da cultura adolescente – alguns comportamentos adolescentes ................................................................................................ 74 2.6. A concepção sócio-histórica da adolescência............................................. 76 2.7. O conceito de adolescência sob o enfoque sócio-histórico........................ 77 3. O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB O REFERENCIAL TEÓRICO DE FREUD E ERIKSON............................................................................................ 81 3.1. Estrutura psicanalítica da personalidade ................................................... 87 3.2. Sigmund Freud e a teoria do desenvolvimento psicossexual..................... 90 3.3. A teoria de Erik Erikson para o desenvolvimento humano ......................... 99 3.4. Estágios psicossociais do desenvolvimento e forças básicas ................. 100 4. FÉ E RELIGIÃO NA PERSPECTIVA TEÓRICA DE JAMES FOWLER ............ 112 4.1. Fé e identidade .......................................................................................... 120 4.2. Os estágios da fé ....................................................................................... 122.

(8) 5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................................. 136 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 224 7. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 233 ANEXOS.

(9) RESUMO ROCHA JÚNIOR, Armando. A influência da religião na vida dos adolescentes universitários da grande São Paulo: à luz do Método de Rorschach. Tese de Doutorado. Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2004. 244p. O objetivo desta pesquisa foi verificar a influência da religião na dinâmica da personalidade de adolescentes universitários da grande São Paulo. A amostra do estudo foi realizada com 60 universitários de escolas do ensino privado com idades entre 18 e 23 anos, igualmente divididos entre os sexos. Os universitários foram alocados em dois grupos, 30 adolescentes que, notadamente, possuíam vínculos com alguma religião e outros 30 totalmente desvinculados de qualquer orientação religiosa. Na pesquisa, foram levantados os dados sócio-demográficos que fazem parte do Questionário de Constatação Qualitativa, que foi aplicado com o objetivo de verificar, qual a possível influência sofrida pelo adolescente religioso ao longo de sua vida, se mais da família, da sociedade ou da religião. Por fim, os adolescentes religiosos e menos religiosos foram submetidos ao Método de Rorschach, instrumento psicológico para a investigação da estrutura de personalidade dos indivíduos. A análise baseou-se na comparação das variáveis categóricas entre os grupos, utilizando-se tratamentos estatísticos compatíveis com os dados. As conclusões a que se chegou foram: a religião influencia significativamente o comportamento dos adolescentes universitários, implicando uma conduta de vida mais adequada e controlada. Os jovens religiosos demonstraram uma forma de agir diferente dos jovens não religiosos, portanto, a interação do adolescente com o ambiente religioso provoca alterações no comportamento do indivíduo ou na dinâmica de sua personalidade; dependendo das relações do adolescente com o ambiente religioso durante seu desenvolvimento, sua personalidade poderá ser mais sensível às religiões e ensinamentos. Os adolescentes religiosos possuem posições morais mais rígidas, acentuado temor a Deus, submissão ao pai, obediência às figuras de autoridade e família mais rigorosa no tocante à educação. Estas características demonstram funcionar, como mecanismos de controle do indivíduo, oriundos de influência religiosa, não se mostrando danosas à organização e integração da personalidade em si e desta com o ambiente, pelo contrário, esses mecanismos tornam, a pessoa mais prudente e equilibrada no cotidiano. Não existem diferenças significativas em relação à flexibilidade dos jovens universitários, bem como não há diferenças significativas na organização estrutural da personalidade quando se comparam adolescentes universitários religiosos e não religiosos. Em síntese, às vezes a religião é um evento social com inegável capacidade de controle que pode ou não ser excessivo às vezes, contudo mostra-se construtiva e organizadora, portanto, positiva para o adolescente. Palavras-chave: religião; adolescentes universitários, Método de Rorschach.

(10) ABSTRACT ROCHA JÚNIOR, Armando. The influence of religion in the life of young adult university students from the Great São Paulo: in the light of the Rorschach Method. Dissertation. Universidade Metodista de São Paulo (São Paulo Methodist University), São Bernardo do Campo, 2004. 244p. The objective of this study was to assess the influence of religion in the personality dynamics of young adult university students from the Great São Paulo. The study comprised 60 students from private universities aged 18 to 23, equally divided between the sexes. The students were divided into two groups: 30 young adults who notably presented a special connection with a certain religion, and another 30 totally disconnected with any religious orientation. The research raised the social and demographic data taken from the Qualitative Assessment Questionnaire, which was used aiming to assess what most influences the religious young adult along his/her life: family, society or religion. Finally, both religious and nonreligious young adults were submitted to the Rorschach Method, a psychological tool used to investigate the individuals' personality structure. The analysis was based on the comparison of category variables between the groups, and used statistical approaches compatible with the data. The conclusions were: religion significantly influences the young adult university students’ behavior, fostering a more appropriate and controlled lifestyle. The religious young students showed a different behavior as compared to the nonreligious ones. Therefore, the young adult’s interaction with the religious environment causes changes in his/her behavior or personality dynamics. Depending on the young adult's relationship with the religious environment during his/her development, his/her personality can be more sensitive to religions and teachings. Religious young adults have stricter moral standpoints, high level of fear from God, submission to their father, obedience to authorities, and a family that is stricter concerning education. These characteristics, originated from religious influence, showed they work as control mechanisms for the individual and did not prove harmful to the organization and integration of the personality and to its integration with the environment. On the contrary, these mechanisms make the person more careful and balanced in his/her daily life. When comparing religious to nonreligious young adult university students, there are no significant differences as to their flexibility level, and no significant differences in the structural organization of their personality. In conclusion, religion is a social event with undeniable control ability, which can or not be excessive sometimes, but proves to be constructive and organizing, being therefore positive for the young adult. Keywords: religion; young adult university students, Rorschach Method.

(11) RESUMEN ROCHA JUNIOR, Armando. La influencia de la Religión en la vida de los Adolescentes Universitarios de la Gran ciudad de San Pablo: A la luz del Método de Rorschach. Tesis de Doctorado. Universidad Metodista de San Pablo, San Bernardo do Campo, 2004. 244p. El objetivo de esta investigación fue verificar la influencia de la religión en la dinámica de la personalidad de los adolescentes universitarios de la gran ciudad de San Pablo. La muestra del estudio fue realizada con 60 universitarios de escuelas de enseñanza particular con edades entre 18 a 23 años, igualmente divididas entre ambos sexos. Los universitarios fueron consignados en dos grupos, 30 adolescentes que poseían notables vínculos con alguna religión y otros 30 totalmente desvinculados de cualquier orientación religiosa. En la investigación fueron levantados los datos socio-demográficos que hacen parte del cuestionario de Constatación Cualitativa que fue aplicado con el objetivo de verificar cual es la posible influencia sufrida por el adolescente religioso a lo largo de su vida, y si ésta es mayor de la familia, de la sociedad o de la religión. Al final los adolescentes religiosos y menos religiosos fueron sometidos al Método de Rorschach instrumento psicológico para la investigación de la estructura de la personalidad de los individuos. El análisis se basó en la comparación de las variables categóricas entre los grupos, utilizándose tratamientos estadísticos compatibles con los datos. Las conclusiones a las que se llegó fueron: la religión influye significativamente el comportamiento de los adolescentes universitarios, implicando una conducta de vida mas adecuada y controlada. Los jóvenes religiosos reaccionan de forma diferente a los adolescentes no religiosos, por lo tanto la interacción del adolescente con el ambiente religioso provoca alteraciones en el comportamiento del individuo o en la dinámica de su personalidad, dependiendo de las relaciones del adolescente con el ambiente religioso durante su desarrollo, su personalidad podrá ser más sensible a las religiones y enseñanzas. Los adolescentes religiosos poseen posiciones morales más rígidas acentuado temor a Dios, sumisión a los padres, obediencia a las figuras de autoridad y familia más rigorosa en lo que se refiere a la educación. Estas características nos demuestran que funcionan como mecanismos de control del individuo, oriundos de la influencia religiosa, y no se muestran dañinas a la organización e integración de la personalidad en sí y de ésta con el ambiente, por lo contrario estos mecanismos convierten a la persona más prudente y equilibrada en lo cotidiano. No existen diferencias significativas con relación a la flexibilidad de los jóvenes universitarios, así como no hay diferencias significativas en la organización estructural de la personalidad cuando se comparan adolescentes universitarios religiosos y no religiosos. En síntesis, la religión es un evento social con innegable capacidad de control que a veces puede o no ser excesivo, Sin embargo se muestra más constructiva y organizadora, por lo tanto positiva para el adolescente. Palabras-clave: religión, adolescentes universitarios, Método Rorschach..

(12) LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS. DP. Desvio-padrão. F-NR. Feminino não-religioso. F-R. Feminino religioso. Máx. Máximo. Med. Mediana. Min. Mínima. M-NR. Masculino não-religioso. M-R. Masculino religioso. SM. Salário-mínimo.

(13) LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Tabela 2 – Tabela 3 – Tabela 4 – Tabela 5 – Tabela 6 – Tabela 7 –. Tabela 8 – Tabela 9 – Tabela 10 –. Tabela 11 – Tabela 12 – Tabela 13 – Tabela 14 – Tabela 15 – Tabela 16 – Tabela 17 – Tabela 18 – Tabela 19 – Tabela 20 – Tabela 21 –. Distribuição da idade dos sujeitos pesquisados. São Paulo, 2004................................................................................. 138 Distribuição dos sujeitos pesquisados por semestre nos cursos em que se encontram matriculados....................................... 139 Distribuição dos turnos em que os sujeitos da pesquisa estudam .............................................................................. 141 Distribuição da renda familiar dos sujeitos do estudo ....................... 142 Distribuição da origem domiciliar dos componentes da amostra...... 143 Distribuição da proveniência familiar dos sujeitos da pesquisa: se religiosa ou não. ................................................................................. 143 Distribuição da possibilidade de os sujeitos da pesquisa desenvolverem ou não trabalho profissional concomitantemente aos estudos ........................................................................................ 145 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a crença que possuem em Deus e em sua existência............................................ 146 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre se a relação entre moral e religião são intimas ...................................................... 147 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a possibilidade dos propósitos divinos implicarem a adequação de suas respectivas condutas ............................................................................................. 148 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre como entendem suas famílias: se muito afetiva e que gosta de diálogo ou não ........ 150 Distribuição dos sujeitos quanto ao posicionamento que se deve ter em relação à literatura que critica as tradições................... 151 Distribuição de como os sujeitos entendem suas famílias: rígidas ou não em relação à moral .................................................... 152 Distribuição da posição dos sujeitos sobre a família ser a base do indivíduo ............................................................................ 153 Distribuição da posição dos sujeitos sobre suas famílias: se estas são ou não flexíveis e de muito diálogo................................... 154 Distribuição dos sujeitos sobre como entender suas respectivas famílias como se mais rígida de forma geral..................................... 155 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o grau de adesão à religião que possuem ......................................................................... 156 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o grau em que as crenças religiosas influenciam seus comportamentos...................... 158 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a freqüência que pensam em Deus ............................................................................... 159 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o grau em que experimentam a religião, como obrigação moral .............................. 160 Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a intensidade da crença que dirigem a Deus ........................................................... 161.

(14) Tabela 22 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a freqüência com que comparecem a atos religiosos ............................................ 162 Tabela 23 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a freqüência com que rezam para louvar a Deus................................................... 163 Tabela 24 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a freqüência com que rezam para pedir auxílio ..................................................... 165 Tabela 25 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a freqüência com que louvam a Deus com músicas, cânticos, entre outras formas............ 166 Tabela 26 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o esforço para não fazer mal às pessoas .................................................................. 168 Tabela 27 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o grau de honestidade que sentem possuir....................................................... 169 Tabela 28 – Distribuição das respostas dos sujeitos em relação ao sentimento de dever de honestidade que possuem à família........... 170 Tabela 29 – Distribuição das respostas dos sujeitos em relação a lembrarem-se da família como a que lhes educou bem, quando recebem elogios quanto à sua educação............................. 171 Tabela 30 – Distribuição das respostas dos sujeitos em relação à freqüência com que meditam nas Escrituras Sagradas...................................... 172 Tabela 31 – Distribuição das respostas dos sujeitos a respeito da importância que atribuem aos atos religiosos ....................................................... 173 Tabela 32 – Distribuição das respostas dos componentes da amostra quanto à intensidade das experiências de sentimentos religiosos ............... 174 Tabela 33 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o grau de consciência a respeito do divino ........................................................ 176 Tabela 34 – Distribuição das respostas dos componentes da amostra sobre o grau de temor a Deus que possuem .............................................. 177 Tabela 35 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre se possuem pai muito rígido e que impõe forma de pensar aos familiares ................ 178 Tabela 36 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o grau em que os sentimentos religiosos incluem um componente de temor ou medo em relação ao que lhes acontecerá após a morte.................. 179 Tabela 37 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre se obedecem aos pais para evitar discussões......................................................... 180 Tabela 38 – Distribuição das respostas dos sujeitos a respeito da importância que dispensam ao auxílio divino, quando se deparam com sentimentos de culpa.................................................. 182 Tabela 39 – Distribuição das respostas dos sujeitos em relação ao entendimento que possuem do comportamento irrepreensível ........ 183 Tabela 40 – Distribuição das respostas dos componentes da amostra que julgam ou não que seus pais são grandes modelos de conduta...... 184 Tabela 41 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre a importância da família em relação ao comportamento que possuem .................. 186 Tabela 42 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o grau de rigor que a família empregou em sua educação ....................................... 187.

(15) Tabela 43 – Distribuição das respostas dos sujeitos em relação à freqüência com que colocam sua raiva diante de Deus...................................... 188 Tabela 44 – Distribuição das respostas dos sujeitos sobre o grau de conhecimento que possuem a respeito dos dogmas religiosos ....... 190 Tabela 45 – DEPI – Distribuição do Índice de depressão.................................... 191 Tabela 46 – EB – Distribuição do Comportamento Emocional e da Cognição .... 192 Tabela 47 – C – Distribuição das respostas de cor pura....................................... 192 Tabela 48 – EbPer – Distribuição do índice do predomínio da experiência de base...................................................................... 193 Tabela 49 – Sum T – Distribuição do somatório de respostas de sombreado com textura ................................................................ 194 Tabela 50 – Sum Y – Distribuição do somatório as respostas de sombreado difuso......................................................... 194 Tabela 51 – FC – Distribuição das respostas de forma-cor (existe o elemento cromático, porem a forma é predominante) ....... 195 Tabela 52 – CF – Distribuição das respostas de cor-forma (o aspecto formal é secundário diante do elemento cromático)....... 196 Tabela 53 – Afr – Distribuição de índice de reação afetiva ................................... 196 Tabela 54 – S – Distribuição das respostas com uso do espaço em branco.................................................................. 197 Tabela 55 – Egocent – Distribuição de índice de Egocentrismo........................... 197 Tabela 56 – H – Distribuição das respostas de conteúdo humano inteiro............ 198 Tabela 57 – H% – Distribuição da porcentagem de respostas de conteúdo humano inteiro ................................................................... 198 Tabela 58 – Hd – Distribuição das respostas de conteúdo de parte de humano ........................................................................... 198 Tabela 59 – HD% – Distribuição das porcentagens de respostas de conteúdo de parte de humano ........................................................... 199 Tabela 60 – Hx – Distribuição das respostas de conteúdo de experiência humana ........................................................................... 199 Tabela 61 – An-Xy – Distribuição das respostas de conteúdo sobre anatomia e radiografia ....................................................................... 200 Tabela 62 – Ideação – a:p – Distribuição proporção dos tipos de movimento (ativo para passivo)............................................................................ 200 Tabela 63 – Ideação – Ma:Mp – Distribuição da proporção dos tipos de respostas de movimento humano (ativo:passivo) ............................. 201 Tabela 64 – FM – Distribuição das respostas, cuja determinante seja movimento animal .............................................................................. 202 Tabela 65 – M – Distribuição das respostas com determinantes de movimento humano............................................................................................... 203 Tabela 66 – Intelect – Distribuição do índice de intelectualização........................ 203 Tabela 67 – – CDI – Distribuição do índice de déficit relacional ........................... 204 Tabela 68 – HVI – Distribuição do índice de Hipervigilância................................. 205.

(16) Tabela 69 – GHR – Distribuição da proposição das resposta de conteúdo humano com boa qualidade............................................................... 205 Tabela 70 – PHR – Distribuição da proporção das respostas de conteúdo humano com baixa qualidade ............................................................ 206 Tabela 71 – Sum H – Distribuição do somatório das respostas de conteúdo humano............................................................................... 206 Tabela 72 – Per – Distribuição das respostas com características pessoais....... 207 Tabela 73 – COP – Distribuição das respostas com movimentos do tipo cooperativo ......................................................................................... 207 Tabela 74 – AG – Distribuição das respostas com movimento do tipo agressivo 208 Tabela 75 – Isolam - Distribuição do índice de isolamento dos componentes do estudo..................................................................... 208 Tabela 76 – Par – Distribuição das respostas com características de par........... 209 Tabela 77 – OBS – Distribuição do índice de obsessividade................................ 209 Tabela 78 – L – Distribuição do índice Lambda .................................................... 209 Tabela 79 – P – Distribuição das respostas populares ......................................... 210 Tabela 80 – X+% – Distribuição da porcentagem das respostas de forma convencional ...................................................................................... 210 Tabela 81 – F+% – Distribuição de porcentagem das respostas de forma pura convencional .............................................................................. 211 Tabela 82 – XU+% – Distribuição da porcentagem das respostas incomuns ........................................................................... 211 Tabela 83 – X-% – Distribuição da porcentagem das respostas com forma distorcida ............................................................................................ 212 Tabela 84 – S-% – Distribuição da porcentagem das respostas com distorção e uso do espaço em branco............................................................... 212 Tabela 85 – W:M – Distribuição da proporção de respostas globais para respostas de movimento (índice de criatividade) .............................. 213 Tabela 86 – Distribuição da seqüência das localizações das respostas .............. 214 Tabela 87 – Zf – Distribuição da freqüência das respostas com valor de elaboração............................................................................ 214 Tabela 88 – PSV – Distribuição das respostas com características de perseveração...................................................................................... 215 Tabela 89 Tabela 90 Tabela 91 Tabela 92 Tabela 93 Tabela 94. – – – – – –. eb – Distribuição da experiência de base.......................................... 215 PTI – Distribuição do índice de distorção perceptual ........................ 216 S-CON – Distribuição do índice de suicídio ...................................... 217 R – Distribuição do número de respostas do protocolo .................... 217 EA – Distribuição da experiência afetiva ........................................... 218 Nota D – Distribuição do índice de tolerância ao stresse................. 218.

(17) INTRODUÇÃO. 17. 1. INTRODUÇÃO.

(18) INTRODUÇÃO. 18. Atualmente, as universidades recebem em seus cursos alunos cada vez mais jovens, em plena fase da adolescência, acadêmicos com recémcompletados 17 anos, visivelmente, imaturos. Estes jovens talvez sejam oriundos de famílias funcionais, mas pouco podem contar com o apoio familiar, pelos mais variados motivos: excesso de trabalho dos pais, dedicação quase exclusiva pela vida profissional; diversificação. excessiva. de. interesses. que. originam. prejuízo. no. acompanhamento dos filhos, estresses causados pelo cotidiano das grandes cidades, etc. Além dessas situações, são inúmeros os acadêmicos que deixam as pacatas cidades do interior onde viveram, até então, e migram às grandes capitais. para. dar. prosseguimento. aos. estudos. e. despreparados,. emocionalmente, são obrigados a conviver com uma realidade que jamais enfrentaram. Se estas situações apontadas já são geradoras de dificuldades para os adolescentes universitários, muito mais difícil será a situação daqueles que provêm de famílias disfuncionais pela separação dos pais ou morte de um ou de ambos progenitores, pelo alcoolismo em família, etc. Além disso, a entrada em um ambiente novo, no caso o universitário, por si só já pode ser geradora de problemas. Muitos convivem bem com todas as novidades da nova vida, ou seja, com a maior liberdade do dia-a-dia, a possibilidade de escolhas mais pessoais e a necessidade de tomar decisões de forma individualizada, enfim, com uma vida mais independente em relação àquela experimentada no seio familiar..

(19) INTRODUÇÃO. 19. Dentre esses muitos jovens, que se adaptam à nova realidade, existe, porém, um número representativo que se não sucumbe frente a essa experiência, acaba apresentando uma série de problemas existenciais, emocionais, afetivos, entre outros, que facilita, muitas vezes, vivências de difícil retorno ao adolescente, como o uso de drogas, por exemplo. Entre os adolescentes universitários que conseguem resistir aos estímulos do meio passíveis de levá-los a desajustes, é possível verificar que muitos possuem uma base calcada em alguma religião, o que pode significar que, aparentemente, o indivíduo com algum tipo de formação religiosa seja capaz de conduzir melhor as dificuldades do cotidiano, desde as mais corriqueiras e superficiais até as menos comuns e mais profundas. Diante desta conjuntura, pretende-se pesquisar a influência da religião na vida de adolescentes universitários da Grande São Paulo, com vistas a investigar sua interferência na dinâmica da personalidade dessa população. Além disso, pretende-se avaliar as características de rigidez, moralidade, dogmatismo ou flexibilidade, capacidades de reflexão e adaptação, bem como a estrutura geral da personalidade, tanto de adolescentes universitários religiosos como de não religiosos, identificando possíveis diferenças significativas nessa estrutura. Finalmente, buscar-se-á identificar e analisar como se verifica esta influência no funcionamento da personalidade desses jovens universitários com base nas características de maior rigidez, moralidade e dogmatismo ou de maior flexibilidade e capacidades de reflexão e adaptação. Em síntese, pretende-se identificar e analisar se existe e como ocorre a influência da religião na vida desses jovens..

(20) INTRODUÇÃO. 20. 1.1. Justificativa. A convivência com adolescentes é fascinante e desafiadora, segundo a experiência do pesquisador baseada em vinte anos como professor de adolescentes universitários. Nesse período, foi possível perceber que o jovem ora se sente embevecido pelo mundo e traça planos fantásticos para seu futuro, ora mostra-se inseguro e amedrontado quanto à vida e a tudo o que imagina que deverá enfrentar, ou seja, estudos, trabalho, constituição famíliar, manutenção ou melhora de seu status. Frente a esta situação ambivalente, é comum muitos jovens buscarem o apoio de terceiros, sobretudo, amigos, professor, familiares e, também, instituições, como as igrejas. Para Hurlock (1975), por exemplo, a adolescência é a fase da vida em que ocorre o despertar religioso. Para quem convive com adolescentes, parece não ser muito difícil perceber, que eles reagem ao apoio solicitado de acordo com a bagagem que lhe é própria, talvez conseguida de experiências vi vidas no passado com outros amigos e com a própria família, especialmente, os pais. Dessa forma, alguns jovens mostram-se mais abertos e flexíveis ao apoio solicitado e outros parecem mais rígidos, impenetráveis e até reticentes com o amparo que, em última análise, pediram. É visível que o contato mantido pelo adolescente, quer seja simplesmente para ter companhia ou para receber algum apoio, depende de como este teve sua personalidade organizada, como os valores éticos e morais lhes foram passados, que tipo de abertura teve para, pelo menos, iniciar a formação de conceitos, como os religiosos, sexuais, entre outros que irão contribuir para a formação de sua identidade hoje e nortearão sua velhice amanhã. Pautado nessas observações e pela proximidade diária mantida com adolescentes universitários é, que este investigador resolveu estudar a possível influência da religião sobre esses jovens, especificamente,.

(21) INTRODUÇÃO. 21. entendendo que estão passando por um momento em que se encontram, como todos os jovens, sensíveis a todo tipo de influência. Além disso, autores como: Sigmund Freud (1904, 1917, 1927, 1930), Carl Gustav Jung (1999) e Finkler (1971), consideram a religião como algo de suma importância para estabelecimento do comportamento humano. Freud em alguns trabalhos sugere que se preste atenção aos vínculos entre religião e comportamento humano. Jung é um autor relevante para esta pesquisa, por sua abordagem a respeito das questões religiosas, considera que a atividade religiosa é essencial à vida e à saúde, sendo a ne urose resultante de conflitos religiosos não solucionados. Para Miranda (1988), Jung afirma que o aspecto religioso é natural da escala de valores humanos, ativando aspectos éticos que integram os relacionamentos interpessoais. Finkler (1971) entende como salutar que o psicólogo, especialmente, o clínico considere as condições e os sentimentos religiosos do paciente, conforme. a. religião,. que. constitui. uma. dimensão. importante. da. personalidade do indivíduo. De acordo com Finkler (1971), a religião e a religiosidade são fenômenos, mediante os quais o homem expressa o núcleo do que ele é, como ser pensante; pois representam vivências humanas, abrangem idéias, opções, atitudes e comportamentos. Enfim, um conjunto de elementos que podem ser observados e até mensurados por algumas técnicas próprias da Psicologia. Em última análise, são manifestações da própria estrutura nuclear da personalidade do indivíduo que auxiliam na organização de sua vida espiritual, na satisfação de suas necessidades de segurança e na afirmação de sua liberdade criadora, expressas por uma religiosidade tranqüila, colaborando para que ele resista melhor às pressões da sociedade moderna,. mantendo. adaptabilidade ao meio.. o. equilíbrio. necessário. à. sua. existência. e.

(22) INTRODUÇÃO. 22. Assim, estes autores podem auxiliar no desenvolvimento desta pesquisa e com base nela e em seus resultados, a função da religião na vida dos adolescentes poderá ser melhor definida. Será ainda possível aquilatar se a religiosidade e a aspiração do Eterno e Absoluto, ou seja, a fé consegue melhorar pontos como: flexibilidade, reflexão e adaptabilidade, que podem ser vistos como aspectos positivos na estrutura da personalidade do indivíduo, pois contribuem para a organização e integração da própria personalidade ou se interferem no sentido de tornar a personalidade do indivíduo mais rígida, moralista e dogmática, dificultando a adaptação da pessoa a seu meio social. Esta pesquisa poderá ainda oferecer alguma contribuição às comunidades de fé, pois ao conhecerem sua influência sobre o adolescente, poderão se preparar para melhor orientá-lo, recebê-lo e até atraí-lo a seus ensinamentos e causas. Igualmente, as Ciências da Religião poderão tirar proveito dos resultados aqui obtidos, sobretudo porque terão em mãos importantes dados a respeito da integração e dinamismo da personalidade que passou pela influência ou está sendo influenciada pela religião. Outra área que poderá vir a ser beneficiada com esta pesquisa será a Educação, ao verificar como a religião é capaz de facilitar a presença de elementos organizadores, adaptativos e integradores na personalidade, poder-se-á esclarecer o binômio ensino-aprendizagem, que ocorre melhor em um indivíduo mais flexível, reflexivo, menos rígido e dogmático, além de visualizar a possível contribuição da religião para com os processos educativos. Por fim, ainda é possível citar as contribuições à Psicologia, visto que terá um material consistente para avaliar a importância da religião na estruturação da personalidade do indivíduo, em especial, de adolescentes que, baseados na influência dos centros de valores próprios da fé religiosa poderão ter facilitada sua tarefa de se integrarem a seu meio ambiente,.

(23) INTRODUÇÃO. 23. desenvolvendo sua identidade de maneira mais consistente e ajustada aos padrões socialmente aceitos (ERIKSON,1968). Pela obtenção de novos conhecimentos sobre o assunto, acredita-se que muito se poderá fazer para colaborar com as famílias, escolas, professores, psicólogos, enfim, com todos aqueles que, de alguma maneira, lidam com adolescentes. A intenção é que estes possam ser melhor compreendidos,. para. que. sejam. minimizadas. as. angústias. que,. eventualmente, venham a sofrer. Este estudo dará especial atenção a possível influência da religião na vida dos adolescentes universitários, no caso das universidades mantidas por igrejas, estas e seus responsáveis poderão com estes novos conhecimentos, aprimorar, se necessário, a metodologia utilizada com os jovens que integram seu campo de ação.. 1.2. Revisão bibliográfica. A adolescência é um dos principais momentos da formação da identidade do indivíduo, sendo uma rica etapa em conflitos que caracterizam a passagem da infância à vida adulta. Por isso, é objeto de inúmeras discussões, pesquisas e teorias. Erik Erikson preocupou-se em estudar a adolescência, reconheceu que, nessa fase, o indivíduo experimenta o novo e dá os primeiros passos para o descortino da vida madura e da velhice. Para Erikson (1968), ao chegar a essa etapa da vida, o jovem busca ampliar seus relacionamentos com ambientes variados que ultrapassam o âmbito familiar. Os pais, protetores e de importância suprema, até então, perdem um pouco de seu status para amigos e colegas do adolescente, que passa a mostrar preferência pelos seus pares, adultos externos à sua casa e colegas de escola e trabalho, enfim, por pessoas pelas quais se sinta em igualdade de condições, sem uma hierarquia culturalmente estabelecida..

(24) INTRODUÇÃO. 24. Maurício Knobel dedicou-se ao estudo da adolescência, destacava que essa etapa evolutiva é marcada por desequilíbrios e instabilidades, que denomina de Síndrome Normal da Adolescência (KNOBEL, 1981). Dessa síndrome, faz parte uma sintomatologia que se caracteriza como a crise religiosa do adolescente, que pode ser vivenciada com maior ou menor intensidade e manifestar-se como um ateísmo exagerado ou um misticismo radical ou como qualquer dos matizes intermediários desses dois pólos. Segundo Knobel (1981), não se chega a uma personalidade equilibrada sem um certo grau de condutas, consideradas patológicas, quando comparadas aos padrões adultos, embora adequadas ao momento evolutivo da adolescência e, portanto, normais no período. Assim como Knobel, Arminda Aberastury, também, preocupou-se com o jovem, confirmando idéias de outros autores que valorizam a adolescência, como etapa definidora do futuro do indivíduo. Segundo Aberastury (apud ABERASTURY e KNOBEL, 1981), três grandes perdas fundamentais devem ser elaboradas por meio da vivência de luto, antes que se defina o período da infância e o adolescente mostre-se pronto a entrar e participar da vida adulta. Estes lutos são:. 1. Luto pelo corpo infantil; 2. Luto pela identidade; 3. Luto pelos pais de infância.. Para Knobel (1981), estes lutos indicam perdas da personalidade e se fazem acompanhar pelo psicodinamismo do luto normal, podendo, em ocasiões transitórias, adquirir todas as características do luto patológico. De acordo com Miranda (2003), outra pesquisadora do tema, o luto pelo corpo infantil perdido, que é a base biológica da adolescência, impõe ao indivíduo experienciar um conjunto de transformações em sua estrutura física, que se reflete em seu esquema corporal. A partir daí, surge um.

(25) INTRODUÇÃO. 25. sentimento de impotência frente à realidade que, por não poder se manifestar contra o próprio corpo, se modifica e transfere-se às esferas do pensamento. Ainda conforme Miranda (2003), a perda que o adolescente deve aceitar ao fazer o luto pelo corpo é dupla: a de seu corpo de criança, diante das novas características sexuais e da própria determinação sexual e do novo papel que deverá assumir na união com o parceiro e na procriação. No adolescente, o início das mudanças físicas faz com que perca, além do corpo, sua identidade de criança. A conseqüência desse luto pelo papel e identidade infantis é a confusão de papéis: o adolescente não consegue nem manter sua dependência infantil, nem assumir uma independência adulta, o que o leva a recorrer a mecanismos esquizóides, dividindo seu contexto entre família e grupos de seus pares. Atribui à família a maioria das obrigações e responsabilidades e, ao grupo, todos os seus atributos e direitos. Em função disso, o adolescente é levado a representar várias personagens, o que lhe é permitido pela flutuação da identidade, traduzida em mudanças comportamentais bruscas. Em outras palavras, verifica-se o comportamento. tão. conhecido. e. comentado. por. muitas. pessoas. caracterizado pela volúpia, impulsividade, teimosia, etc. A relação de dependência infantil é abandonada aos poucos e com bastante dificuldade. O luto pelos pais de infância adquire uma característica difícil, pois se junta aos dois outros lutos, consistindo em um momento de grandes perdas. O adolescente tenta manter em sua personalidade os pais infantis, buscando o abrigo e a proteção que eles significam. A situação acaba por se complicar em razão da atitude dos pais, que, também, sentem dificuldade para aceitar a perda do filho criança, pois isso significaria aceitarem seu envelhecimento, fato que os aproxima da própria finitude. Os lutos são acompanhados pelo luto da bissexualidade infantil que se perde pela imposição social, pois é um momento para decidir-se por um sexo, visto que o próprio corpo já o fez. A definição sexual obriga ao.

(26) INTRODUÇÃO. 26. abandono das fantasias primitivas de indiferenciação sexual ou do duplo sexo. O jovem procura com insucesso recobrar o sexo perdido, tanto na fantasia da bissexualidade como, muitas vezes, em comportamentos masturbatórios que constituem uma tentativa de negação dessa perda. A esse respeito, vale a pena ressaltar que, nessa fase evolutiva, marcada por desequilíbrios e instabilidades, é muito difícil visualizar o limite entre normal e patológico. A situação torna-se ímpar quando, além do interesse em estudar questões relativas à adolescência, dá-se papel de destaque à religião e à possível influência que esta exerce sobre o jovem, como ocorre nesta pesquisa. De acordo com Knobel (1981), é na adolescência que o jovem decide quem ele é, tanto na esfera sexual e pessoal como na profissional, necessitando, por isso, organizar sua identidade. Nesse processo, a religião, as experiências religiosas e a fé passam a exercer profunda importância. Ao escrever sobre os estágios desenvolvimentais da fé, Fowler (1992) baseou-se nos conceitos teológicos de Paul Tillich e nas teorias psicológicas do desenvolvimento de Jean Piaget, Erik Erikson e Lawrence Kohlberg. Em sua obra, explicou que, na adolescência, a fé precisa sintetizar informações e valores, mais precisamente, os morais, fornecendo uma base para a organização da identidade e da própria perspectiva individual do ser. Nesse prisma, a fé não é necessariamente um fenômeno de cunho religioso em seu sentido mais amplo, podendo até ser entendida como a maneira pela qual a pessoa entra no campo vital. É a forma como a pessoa se percebe e como se sente notada pelos outros, sob a perspectiva de significados e propósitos compartilhados. Como se vê pela abordagem de Freud, Jung, Erikson e de outros autores aqui mencionados, as relações entre religião e adolescência são bastante pertinentes e relevantes. Zagury (1997) em estudo realizado no Brasil, verifica que o adolescente brasileiro, em sua maioria, apresenta vinculação com algum tipo de religião (87,1%) e frisa ser este um país de fé. Em que pese a.

(27) INTRODUÇÃO. 27. importância que, reconhecidamente, a religião exerce nessa fase da vida, a literatura disponível aponta, sobretudo, para as diversas teorias que se desenvolvem com o objetivo de explicar ou entender a adolescência isoladamente. Estas teorias localizam-se nos seguintes campos: biogenética – Teoria Biogenética de Stanley Hall – 1846-1924; desenvolvimento – Teoria do Desenvolvimento do Adolescente de Arnold Gesell – 1880-1961; descritivo – Teoria Descritiva de Charlote Buher – 1893; antropológico – Teoria Antropológica de Margaret Mead – 1901; psicanalítico – Teoria Psicanalítica de Sigmund Freud – 1856-1939, além de outros. No entanto, poucos autores propuseram-se a estudar a adolescência, enfocando a importância que a religião tem para esse período evolutivo da vida. Existem inúmeros trabalhos destacando a adolescência em relação às drogas, sexualidade, educação, ensino -aprendizagem, suicídio, vida e morte que. se encontram disponíveis. No entanto, em relação à religião, as. disponibilidades são menores. Nesse campo, é possível citar o trabalho de Miranda (1988), intitulado Adolescência Final e Religião, um estudo de algumas características da experiência e do comportamento religioso de estudantes universitários de São Paulo, que aborda a religiosidade entre acadêmicos de cursos de Ciências Humanas e acadêmicos de Ciências Exatas, apoiados nas experiências concretas que tiveram com Deus. Outro trabalho é o de Freitas (2002), cujo título é Crença Religiosa e Personalidade em Estudantes de Psicologia, um estudo por meio do questionário Pratt e do Método de Rorschach, cujo objetivo é investigar as possíveis. relações. entre. crenças. religiosas. e. características. de. personalidade em estudantes de Psicologia da Universidade Católica de Brasília. Existe um estudo que envolve questões religiosas, embora sem destaque específico para a relação com adolescentes, é o de Araújo (2003) Auto-Exame das Mamas Entre Freiras: o toque que falta. Esta pesquisa discute a influência da moral religiosa cristã a respeito de tudo que envolve o.

(28) INTRODUÇÃO. 28. corpo, visto que a prática do auto-exame e de outros procedimentos de detecção precoce do câncer de mama envolvem o tocar e ser tocada. Outra pesquisa, recentemente publicada, é o trabalho de Vieira de Miranda (2003) que se ancorando na perspectiva de Maurício Knobel e James Fowler, estuda a crise religiosa na adolescência. Como o interesse desta pesquisa é trabalhar diretamente com a adolescência e a religião, enfocando as possíveis influências da religião na estruturação da personalidade do adolescente, serão basilares as perspectivas teóricas de Erik Erikson (1989), Sigmund Freud (1927/1974) e James Fowler (1992).. 1.3. Referencial teórico. Em comparação às demais fases do desenvolvimento humano, a adolescência é a que gera mais tensões e conflitos. Trata-se de um período de mudanças na vida do indivíduo, sendo, inclusive, responsável por preparar, de certa forma, seu futuro como adulto e idoso. É um momento da evolução humana que liga a infância, fase de menor responsabilidade, a uma tomada de decisões e responsabilidade total. Quanto às práticas religiosas, sob uma perspectiva psicológica, podem ser entendidas sob dois enfoques clássicos: o fenomenológico e o explicativo. O. enfoque. fenomenológico. volta -se. para. à. descrição. dos. comportamentos religiosos, seus significados e importância para o cotidiano do indivíduo e do grupo social. Este enfoque foi bastante influenciado pelo sociólogo Émile Durkheim, para quem a religião poderia ser entendida como um fato eminentemente social. As representações religiosas seriam, a seu ver, coletivas, pois exprimem realidades coletivas e surgem, unicamente, no.

(29) INTRODUÇÃO. 29. seio dos grupos reunidos, destinando-se a suscitar, manter ou refazer certos estados mentais desses grupos (DURKHEIM, 1912). O fundador do estudo fenomenológico da religião, sob a ótica psicológica, foi Granville Stanley Hall (1904), que se preocupou em descrever os comportamentos religiosos sem qualquer atenção à função ou sentido da religião, em oposição àquilo que se faz hoje. Já a perspectiva explicativa interessa-se pela personalidade e deseja compreender a religião em relação ao que esta oferece de contribuições à organi zação e dinamismo da personalidade. Esta perspectiva surgiu com Freud e Jung e suas teorias sobre as influências ou relações entre personalidade e religião ou práticas religiosas. Erikson estudou o desenvolvimento da personalidade, inclusive, organizando estágios para melhor. explicar. as. idades. do. desenvolvimento. humano,. sendo. a. adolescência uma delas. Assim, em Erikson, a personalidade humana organiza -se mais pela influência dos conteúdos aprendidos, das vivências psicossociais e menos por fatores hereditários ou forças instintivas. O contato do indivíduo com os pais, com o grupo de amigos, com os freqüentadores de instituições, como escola, igreja, clube, tornam-se fundamentais à estruturação de sua personalidade (ERIKSON, 1968). Segundo o autor citado, o indivíduo, desde a infância até o final da adolescência, tem como sua principal meta o desenvolvimento ou estabelecimento de uma identidade de Ego, que incorpore todas as forças básicas que o cercam. Este desenvolvimento da identidade que ocorre em sua grande parte na adolescência ditará a forma de ser do adulto e idoso. De acordo com Marcia (1966,1980), Erikson deu tamanha importância à adolescência em sua teoria da personalidade que, para esse período, foram identificados cinco tipos psicológicos: realização da identidade, moratória, forclusão ou dissociação, difusão da identidade e realização alienada, conforme a ordem que o indivíduo introjeta esses tipos.

(30) INTRODUÇÃO. 30. psicológicos, estarão mais, ou menos, resolvidos seus problemas de identidade. Além disso, Erikson (1968) afirma que o adolescente, ao entrar nesse novo ciclo vital (adolescência), busca relacionamentos com um conjunto de ambientes que ultrapassa a esfera familiar. Assim é que se aproxima de seus pares, dos adultos, colegas de escola, trabalho, comunidade, incluindose, aí a religião. Este conjunto de “novas amizades” irá contribuir para a formação de sua identidade e, por que não dizer, de uma fé, que precisa sintetizar valores e informações. Deus pode figurar entre estas “novas amizades”; quando isso acontece, o comprometimento do jovem com Ele e Sua influência sobre ele exercem um forte efeito ordenador sobre sua identidade e seus futuros valores. Outro autor, cuja teoria embasará esta pesquisa, é Sigmund Freud, que escreveu diversas vezes sobre a influência que a religião exerce sobre o indivíduo. Em 1904, em sua obra Psicopatologia da vida cotidiana, Freud aponta uma questão, em função do ambiente religioso em que cresceu, sobre a psicanálise ser suficientemente capaz de esclarecer fenômenos religiosos, como o mito do paraíso. Em 1907, em um artigo escrito sobre atos obsessivos e práticas religiosas, coloca a religião como neurose obsessiva universal. Esta analogia feita pelo pai da Psicanálise entre neurose obsessiva e religiosidade ressalta as semelhanças, do mesmo modo que as diferencia, a primeira (a neurose) constituindo-se, segundo ele, como expressão do instinto sexual e a segunda (a religiosidade), como expressão do instinto anti-social e egoísta. Em 1913-1914, ao publicar Totem e Tabu, Freud analisa a origem da religião em sociedades primitivas. Em 1927, conclui que a religião é uma ilusão e publica outra obra O Futuro de uma Ilusão. Em 1930, retoma o assunto em O Mal-estar na Civilização. Já no fim de sua vida, publica Moisés e o Monoteísmo, em que, novamente, levanta a questão da relação entre impulsos reprimidos e vida religiosa. Cabe ressaltar que Freud foi sempre muito cuidadoso com questões relativas à religião, tanto é que fez.

(31) INTRODUÇÃO. 31. autocrítica sobre as possíveis conclusões incertas elaboradas sobre o tema, sobretudo, no que se refere ao refutar a imagem viva, concreta e onipresente de Deus. Em 1948, Martin Buber formulou crítica a Moisés e o Monoteísmo. Conforme assinala Finkler (1973, apud MIRANDA, 1988), Buber considera esta obra acientífica e afirma que Freud está, na realidade, mais próximo do Cristianismo do que ele próprio supõe: quando comenta a necessidade do homem conviver em uma comunidade, baseada no amor e quando descobre a energia criadora desse amor dos homens entre si, sua linguagem aproxima-se da linguagem evangélica (MIRANDA, 1988). Freud (1927/1974) considera que a religião é a causa da neurose, pois a experiência religiosa tem seu ponto de partida na vivência edípica e o surgimento de mitos é um mecanismo de defesa que visa compensar a frustração afetiva, o desapontamento pela pobreza de amor dos pais, o que levaria o indivíduo a buscar um outro amor, imutável, eterno, criando, então, o herói, o mito, que o auxiliasse a encarar a incomensurável solidão, o sentimento oceânico que, vez por outra, o invade. Para Thouless, o mecanismo da projeção é uma realidade, mas Freud foi infeliz ao limitar Deus a este. Seu argumento baseia-se no fato de que, se o indivíduo projeta suas emoções em alguma pessoa, isso não significa que ele não tenha personalidade própria. Thouless (1971) apontou, como exemplo, que se é realidade que os ingleses criem uma projeção perfeita de sua rainha, isto não significa que esta não possua existência particular, com características pessoais únicas. Sintetizando, em Freud a religião ou as experiências religiosas são manifestações de conteúdos inconscientes ou a manifestação, na vida consciente, de conflitos inconscientes que se iniciaram nas relações entre criança e pais. Assim, a religião pode ser entendida como uma projeção de conflitos não resolvidos e sua posição sobre experiências religiosas tende a um certo reducionismo e a um naturalismo que procuram explicar a religião apenas em termos de dinâmicas psicológicas..

(32) INTRODUÇÃO. 32. James Fowler (1992) estuda o desenvolvimento cognitivo e psicossocial da pessoa e suas relações com tipos ou estágios de fé ou construções religiosas. Para ele, a fé faz parte da consciência humana. A fé e a personalidade desenvolvem-se juntas; não são a mesma coisa, porém caminham entrelaçadas. Para Farris (2002), Fowler entende a fé como experiência humana de lealdade e confiança, constituindo-se, essencialmente, como um processo universal humano de construção do significado, que é uma parte integrante do desenvolvimento do Ego ou da personalidade. A fé é a disposição total da pessoa a um referencial definitivo ou a um centro de valor, que dá poder, apoio, orientação, coragem e esperança à vida e pode unir os indivíduos em comunidades de fé. Por ligar-se ao desenvolvimento cognitivo do indivíduo, dependendo da intensidade dessa disposição espiritual, este pode vir a enfrentar a realidade da vida de formas específicas. Estas especificidades poderão vir a revelar, por exemplo, o tipo de influência da religião sobre o adolescente universitário, a população desta pesquisa. O referencial teórico focaliza também os estágios de fé de James Fowler (1992), sobretudo o terceiro estágio, que trata da fé sintética e ou convencional, que ocorre no período da adolescência, quando o indivíduo começa a valorizar e a participar mais do mundo e menos do cotidiano familiar. As novas experiências passam a fasciná-lo, tornando-se um atrativo muito forte em sua vida. Nesse período, a fé precisa mostrar-se, oferecer uma base sólida para a identidade do indivíduo, que começa, então, a se perceber em sua singularidade de pessoa. Este trabalho buscou sustentação nas teorias de Erikson (1968), ao afirmar que a personalidade é uma espécie de resultante dos conteúdos aprendidos; de Freud (1927) que considera a religião como projeção de conflitos não resolvidos e Fowler (1922) entende que a fé ou a religião desenvolve-se com a personalidade, não sendo a mesma coisa, mas,.

(33) INTRODUÇÃO. 33. caminhando, como já foi dito, entrelaçadas. Algumas hipóteses são possíveis de serem lançadas com o objetivo de bali zar a presente pesquisa.. 1.4. Hipóteses. •. Na interação entre adolescente e ambiente religioso, este afeta a personalidade do adolescente;. •. Dependendo das relações do adolescente com o ambiente durante seu desenvolvimento, a personalidade mostrar-se-á mais, ou menos, sensível às religiões e às influências destas, e estas influências agirão sobre o dinamismo da personalidade, tornando-a mais flexível e adaptável, ou mais rígida, repressora e dogmática;. •. Adolescentes comprovadamente mais religiosos apresentam tendências para que sejam mais rígidos, moralistas e dogmáticos, características que contribuem negativamente para a organização e integração da personalidade em si e desta com o ambiente.. •. Adolescentes, reconhecidamente, menos religiosos mostram-se mais flexíveis, com maior condição de reflexão e adaptabilidade ao ambiente, possuindo maior espontaneidade em suas inter-relações sociais.. 1.5. Objetivos. No sentido de verificar as hipóteses anteriormente levantadas, serão trabalhados os seguintes objetivos:.

(34) INTRODUÇÃO. 34. Objetivo Geral. •. Verificar a influência da religião na dinâmica da personalidade dos adolescentes universitários constitui-se no objetivo geral da presente pesquisa. Para se atingir o objetivo geral, foram levantados outros mais. específicos e particulares, no sentido de alicerçar a compreensão global da influência da religião em adolescentes que alcançaram a universidade. Estes objetivos são:. Objetivos Específicos. •. Avaliar as possíveis características de rigidez, moralidade e dogmatismo ou flexibilidade, reflexão e adaptabilidade da estrutura da personalidade de adolescentes universitários religiosos e não religiosos;. •. Identificar se existem em adolescentes universitários religiosos e não religiosos,. diferenças. significativas. na. organização. estrutural. da. personalidade; •. Identificar e analisar se ocorre, de forma mais construtiva e organizadora ou mais dominadora e repressora, a influência da religião no funcionamento. da. personalidade. de. adolescentes. universitários. religiosos.. 1.6. Método. Esta investigação contou com uma amostra total de sessenta universitários de escolas públicas ou privadas da Grande São Paulo. Os.

(35) INTRODUÇÃO. 35. componentes da amostra situam-se na faixa etária compreendida entre 18 e 23 anos, pois, nas culturas ocidentais, a adolescência estende-se dos 12 ou 13 anos até aproximadamente, 22 e 24 anos de idade, admitindo-se variações, tanto de ordem individual como na ordem cultural, conforme afirma Rosa (1996). Além disso, trata-se da faixa etária, na qual o jovem pode, perfeitamente, alcançar os estudos universitários, uma vez que os alunos do segundo. grau. são. admitidos. nas. universidades. cada. vez. mais. precocemente. A amostra total foi dividida em dois grupos, trinta acadêmicos com vínculos com alguma religião e outros trinta, totalmente, desvinculados de qualquer orientação religiosa. Os dois grupos, de alunos religiosos e não religiosos, foram ainda subdivididos igualitariamente entre os sexos masculino e feminino. Antes de se dar continuidade, cabe uma observação sobre o termo “não religioso” usado para o grupo de jovens pouco vinculados à religião. A expressão não significa que os adolescentes pertencentes a esse grupo não tenham religião, indica apenas que eles pertencem ao grupo “não religioso” desta pesquisa, que não se encaixa entre os jovens religiosos. Em hipótese alguma, trata-se de um julgamento moral ou existencial dos indivíduos pertencentes a um grupo menos religioso, apenas refere-se a uma categoria de pesquisa que necessita ser diferenciada de uma outra, no caso denominada pelo termo “religioso”. Nesta pesquisa, adolescentes são os universitários regularmente matriculados e freqüentando cursos de graduação na Grande São Paulo. As variáveis controladas foram: renda familiar (número de salários mínimos auferidos); turno em que freqüenta a universidade; existência de trabalho profissional concomitante aos estudos: origem domiciliar (capital ou interior) e procedência religiosa da família. O controle foi feito pelas questões de identificação que constam da parte inicial do Questionário de Verificação de Presença de Religião (Anexo II)..

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