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Buscando harmonia no cuidado de enfermagem ao paciente oncológico

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(1)

BUSCANDO

A

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NO

CUIDADO

DE

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CENTRO

DE

CIÊNCLAS

DA

SAÚDE

DEPARTAMENTO

DE

ENFERMAGEM

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PACIENTE

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em

Enfermagem Angela

FLORIANÓPOLIS,

JULHO

DE

2001 4 , 21 .›. ›.._ r«__ ffigšk 2zà¡1¿`**<›« ` 1 3* ~`,'fz§__`r iu

DE

ENFERJIIA

GEM

AO

Enf' Adri 1' r _ _` ana

Gomes

Eni” Anita de

Souza

(3)

Á

Deus

"Pela oportunidade de estarmos aqui, por estar sempre presente

em

cada

momento

de nossas vidas, nos guiando e nos

dando

forças para continuarmos a caminhada".

Aos

Pais (Adélia e Altamiro;

Maria

das

Graças

e

Martinho;

Maria

Aparecida

e

Valdir e

meus

pais

de

coração)

"Por concretizarem nossa existência, pelo apoio, carinho e incentivo e por acreditarem

em

nós.

Vocês

são pessoas especiais.”

Aos

Parentes

"Por incentivarem nossa caminhada, dando-nos força e carinho".

Aos que

Amamos

(João, Luciano,

Reinaldo

e Rogério)

"Obrigado pela compreensão, pelo

amor

e carinho.

E

principalmente por fazerem

parte de nossas vidas".

Ás Amigas

em

Especial (Edenice, Karine, Beatriz,

Ana

Paula, Cristiane

Maria

José e

Geandry)

"Por apoiar e compartilhar nossos sentimentos. Obrigada por tudo,

vamos

sentir

saudades".

(4)

se

tomar

uma

grande companheira e amiga".

Ás

Supervisoras

Adriana

Gomes

e Anita

de

Souza

"Agradecemos

a dedicação, a atenção e por compartilharem seus conhecimentose experiências".

Aos

Pacientes

"Por nos permitir compartilhar suas vivências, deixando que

fizéssemos

parte de seu

momento,

possibilitando o alcance de nossos objetivos. Por ensinar

um

pouco

mais sobrea

vida, e sobretudo nos auxiliaram

no

crescimento profissional e pessoal.

Á

Gerente de

Enfermagem

Deise

Marinho

da

Silva

"Por possibilitar o estágio e por estar aberta a nossa proposta".

As

Professoras

Lúcia H.

Takase Gonçalves

e

Vera

Radünz

"Por contribuírem conosco participando

da

banca examinadora deste trabalho".

Á

Professora

M”

Inês

Bez

Kroeger

"Por colaborar

em

nosso trabalho, nos ensinando formas de manter-nos o equilíbrio e

a harmonia. Pela dedicação e carinho dispensados a nós.

Aos

Professores

do

curso

de

Graduação

em

Enfermagem

"Pelo conhecimento transmitido, pelo estímulo, e por fazer

com

que

reconhecêssemos

na

enfennagem

uma

profissão capaz de contribuir para

um

mundo

melhor".

Ao

Enfermeiro

Adriano Jacob

"Que sempre

nos incentivou desde o começo, acreditando e

confiando

em

nosso

potencial".

(5)

estar disposta a ajudar

no

que fosse preciso".

Ao

Físico Vitor

Tramontin

(funcionário

do

serviço

de

radioterapia

do

Hospital) "Por estar sempre disposto a compartilhar seus conhecimentos".

Ás

amigas de

Trabalho

"Pela

compreensão

e apoio durante esta longa jomada".

À

uma

pessoa especial

“Por proporcionar a realização de mais

um

sonho, obrigada”.

À

nós

“Por tennos conseguido crescer juntas, compartilhando emoções, alegrias, tristezas,

medos, buscando nos harmonizar possibilitando assim, a descoberta de muitas conquistas”

(6)

1

INTRODUÇÃO

... ... .. 9

2

oBJET1Vos

... ...

12

2.1 Objetivo Geral ... ..

2.2 Objetivo Específico ... ..

3

Mz4RCO

REFERENCL4L

... ..

3.1 Teoria

da

Diversidade e Universalidade do

Cuidado

Transcultural de Madeleine Leininger ... .. 3.2 Conceitos ... .. 3.3 Processo de

Enfermagem

... ..

41‹EV1sÃo

LITERATURA

... .. . ...

24

4.1

A

Epidemiologia do

Câncer

... .. 4.2 Fisiopatologia do

Câncer

... .. 4.3 Fatores de Risco ... .. 4.4 Tratamento ... ..

4.5 Avanços nas Terapias do

Câncer

... ..

4.6 Terapias complementares ... ..

4.6.1 Reiki ... ..

4.7

Os

principais tipos de câncer encontrados durante o estágio ... ..

(7)

5.2 População alvo ... ..

5.3 Desenvolvimento do Estágio ... ..

6

DESENVOL

VENDO O

PLANO

DE

AÇÃO.

7

CRONOGRAIWA

... ..

8

CONSIDERAÇÕES

FINAIS

... ..

9

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

... ..

1 0

ANEXOS

... ..

(8)

Este estudo trata-se

do

trabalho de conclusão da Disciplina de

Enfermagem

Assistencial Aplicada,

do

curso de Graduação de

Enfermagem

da

Universidade Federal de Santa Catarina.

O

objetivo deste trabalho foi aplicar a Teoria

do Cuidado

Transcultural de

M.

Leininger, utilizando-se

da

terapia

complementar do

Reiki para buscar a

harmonia

no

cuidado de

enfermagem

ao paciente oncológico. Este estudo foi realizado

no

Hospital de Caridade nas Unidades

Menino

Deus

e

Anexo

Joana de

Gusmão, no

período de

26

de

março

de 2001 à 01 de junho de 2001. Através

da

realização deste trabalho foi possível conhecer e

compreender

a vivência dos pacientes portadores de câncer

como

seres únicos e

ao

mesmo

tempo

reconhecer a diversidade cultural existente entre eles. Esta prática assistencial permitiu-nos

também,

desenvolver o cuidado de

enfennagem

respeitando os

valores, crenças e necessidades específicas de cada paciente.

A

terapia

do

Reiki contribuiu para a

humanização

da assistência de

enfermagem

e mostrou-se

como

uma

terapia

complementar

e diferenciada que auxilia o paciente

no

enfrentamento da doença e dos tratamentos oncológicos.

(9)

1

INTRODUÇÃO

O

termo câncer é tradução latina da palavra grega carcinoma (de karkinos

=

crustáceos, caranguejos). Foi usado pela primeira vez por

Galeno

(aproximadamente 138- 201 d.C.) para indicar

um

tumor

maligno

da

mama

no

qual as veias superficiais desse órgão

eram

túrgidas e ramificadas, lembrando as patas

do

caranguejo (Brasileiro, 1998).

Neoplasia é a

denominação

que se

as neoformações teciduais,

sem

causas

aparente, de crescimento

autônomo

e ilimitado, que

pode

acontecer

em

qualquer tecido

do

organismo. Este crescimento ocorre de

forma

não controlada e desconhecida, é constante nas neoplasias malignas,

também

denominadas

canceres.

O

câncer causa a morte de

mais

de quatro milhões de pessoas por ano,

em

todo o

mundo.

No

Brasil o câncer é a segunda causa de morte, depois das doenças

do

aparelho

circulatório (Ministério da Saúde, 1997).

Dados do

CEPON

do

ano de 2000,

mostram

que

50%

dos casos de câncer são

referentes a população

acima

de 65 anos, sendo responsável por

60%

de todas as mortes de

terceira idade.

Por muito

tempo

o diagnóstico de câncer significou

uma

sentença de morte, devido suas altas taxas de letalidade.

A

dificuldade

em

aceitar a morte faz

com

que a pessoa, ao tomar conhecimento

do

diagnóstico de câncer,

fique

vulnerável diante de

uma

situação

da

(10)

qual evitou pensar

ou

falar durante sua vida.

Advém

desta condição transtornos emocionais manifestados sob a

forma

de depressão, melancolia, solidão, retraimento, desesperança,

revolta e

chegando

até, muitas vezes a idéia de suicídio (Ministério

da

Saúde, 1995).

Para Klübler-Ross (1997), os estágios emocionais diante a iminência

da

morte são:

negação, ira, barganha, depressão e aceitação, estão presentes

embora

não se apresentam necessariamente nessa

mesma

ordem quando

se

observam

as reações dos diferentes

pacientes às

mudanças

de vida ocasionadas pelo câncer.

Segundo Françoso

(1993) citado

por Silva et. al. (1998), a oncologia té

uma

área que lida diretamente

ou

indiretamente

com

questões

humanas

significativas, ligadas à vida e a morte.

Segundo

o Ministério

da

Saúde

(1995),

em

torno

do

câncer giram inúmeras fantasias e metáforas que o identificam com- a morte, sendo que tudo que

não

consegue ser claro,

definido para o

homem

no

plano físico,

caminha

para

uma

explicação psicológica

ou

espiritual,

como

forma

de enfrentamento.

As

formas de tratamento geralmente implicam

sérias

ameaças

a integridade

do

organismo e de sua frmção,

além

de afastar o indivíduo

do

convívio

do

seus; tanto por necessitar de longos e freqüentes períodos de intemação para o tratamento,

como

também

pela própria estigmatização da doença, que

pode

levar ao isolamento e ao

abandono

por parte de

amigos

e parentes.

É

imprescindível que o profissional de enfermagem, que convive

com

o paciente oncológico esteja alerta às ações e reações da pessoa, para que possa reconhecer, compreender, respeitar, aceitar e partilhar

com

a equipe de saúde, especialmente

com

os cuidadores

da enfermagem,

e aqueles familiares que

também

prestam cuidados.

É

importante que a enfermeira leve a pessoa a perceber que está ao seu lado, próxima, disponível para ouvi-la, estimulando-a a preservar o controle sobre sua própria vida (Arrudag Marcelino, 1997).

Ainda

segundo as autoras, para cuidar e confortar, procurando atender as

expectativas e necessidades de

quem

é cuidado,

bem como

da equipe que participa

do

cuidado, o profissional deve ter o interesse genuíno de aprender sempre. Ele deve estar atento para conhecer muitas coisas a respeito

do

outro ser

com

o qual interage. Ele deve buscar o auto-conhecimento, ser honesto consigo

mesmo,

a

fim

de ter consciência de seus próprios poderes e limitações e estar disposto a melhorar sempre.

A

enfermeira deve ajudar o paciente oncológico a manter a dignidade e a

máxima

autonomia, apesar de perdas físicas, sociais e psicológicas.

O

seu papel exige colaboração

(11)

com

a equipe interdisciplinar para poder oferecer serviços fora

do

ambiente de

enfermagem

com

uma

abordagem

holística à assistência (Smeltzer; Bare, 1999).

Durante nossa formação acadêmica sentimos a falta

em

nosso currículo de

uma

disciplina específica de oncologia que oportunizasse

uma

vivência

com

pacientes

oncológicos.

Como uma

forma

de conhecer os tratamentos, atender as necessidades fisicas e emocionais deste paciente, assim

como

compreender

o significado da morte e lidar

com

nossas próprias

emoções

diante deste processo.

Escolhemos

trabalhar

na

área de oncologia para que

pudéssemos

aprofundar nossos conhecimentos acerca

do

cuidado

com

o paciente oncológico. Acreditamos que interagir é

um

ato inerente ao processo de cuidar e confortar, isto implica

na

troca de energia,

informações, sentimentos, conhecimentos, ações e reações entre seres htunanos (Arrudag Marcelino, 1997).

Quando

percebemos

que os seres

humanos

são constituídos de energia,

começamos

a

compreender novos

pontos de vista a respeito

do

processo saúde-doença, essa

nova

visão

além

de ampliar a nossa

compreensão

acerca das causas das doenças,

também

promoverá

o desenvolvimento de

métodos

mais eficazes de cura (Stein, 2000). Para orientar nossa prática escolhemos o

modelo

teórico de Madeleine Leininger, por

esta focalizar o cuidado

fundamentado no

estudo comparativo e analisado das culturas e

oferecer cuidados significativos e eficazes às pessoas de acordo

com

seus valores culturais.

Incluímos

no

cuidado de

enfennagem

uma

terapia complementar, o Reiki que significa “Energia Vital Universal”.

O

Reiki é

uma

das terapias que faz uso

da

imposição das mãos, é

uma

terapia simples aos nossos olhos

embora

muito

complexa quando

falamos de sua essência que é a “energia vital” (Vargas, 2000).

Nosso

interesse pela área das Terapias Altemativas se desenvolveu

mesmo

antes de iniciarmos a faculdade e se fortificou

na

quinta fase de

enfermagem na

disciplina de

Métodos

Terapêuticos Alternativos. Esta disciplina nos oportunizou conhecer vários tipos

de terapias, entre elas o' Reiki, que foi a terapia escolhida para nossa prática

com

o paciente oncológico.

Assim

desenvolvemos

a proposta

no

Hospital de Caridade nas Unidades

Menino

Deus

e

Anexo

Joana de

Gusmão.

Esse trabalho nos proporcionou

um

aprendizado a partir

da

vivência

do

paciente

com

diagnóstico de câncer,

na

busca de manter sua qualidade de vida

como

um

ser

humano,

(12)

amenizando

seus

momentos

de dor, conflitos, angustias, revolta, solidão, separação dos

familiares, valorizando seu crescimento e ajudando-o a enfrentar essa

nova

realidade.

2

OBJETIVOS

2.1 Objetivo

Geral

Aplicar a teoria Transcultural de Madeleine Leininger juntamente

com

a terapia

do

Reiki, buscando a

harmonia

no

cuidado de

enfermagem

ao paciente oncológico.

2.2 Objetivo Específico

1. Aperfeiçoar/aperfeiçoar o conhecimento acerca das ações de

enfermagem no

cuidado

do

paciente oncológico.

2. Aplicar a Teoria de Madeleine Leininger

na

assistência de

enfermagem

ao paciente oncológico.

3. Desenvolver técnica complementar,

como

o Reiki

no

cuidado ao paciente oncológico.

4. Desenvolver ações de

enfennagem

nas áreas assistencial e administrativa junto às

(13)

5.

Promover

ações educativas ao paciente oncológico e seus familiares acerca

da

vivência atual e sua doença.

6. Participar de eventos e palestras

no

decorrer

do

estágio, relacionados à área.

7. Buscar conhecer novas formas de terapias alternativas para o tratamento

do

câncer.

(14)

3

MARCO

REFERENCIAL

Segundo

Silva

&

Arruda

citado por

Radünz

(1999),

marco

referencial é definido

como

um

conjunto de conceitos e pressuposições derivadas de

uma

ou

mais teorias

ou

modelos

conceituais de

enfermagem ou

de outras áreas de conhecimento,

ou

até

mesmo

originado das próprias crenças e valores daqueles

que

o concebem, para utilização

na

sua

prática

com

indivíduos, família, grupos

ou

comunidades, atendendo à situações gerais

ou

específicas

na

área de assistência, administração

ou

ensino de enfermagem.

O

marco

referencial

tem

sido desenvolvido para utilização

em

situação específica, apresentando dentro de seus

componentes

o detalhamento

do

processo de

enfermagem

e

das tecnologias a serem usadas, incluindo parâmetros para coleta de dados, diagnósticos,

planos de estratégia,

forma

de intervenção e critérios de avaliação.

O

marco

referencial

tem

a finalidade de demarcar o conhecimento

em

que se apoia servindo

como

base para ações de enfermagem.

Optamos

pela Teoria

da

Diversidade e

Universalidade

do Cuidado

Transcultural de Madeleine Leininger para guiar nossa prática assistencial ao paciente oncológico,

em

sua integralidade.

3.1 Teoria

da

Diversidade e Universalidade

do

Cuidado

Transcultural

de

Madeleine

Leininger

Madeleine Leininger é

uma

teórica norte americana, graduada

em

enfermagem no

ano de 1948

em

Denver.

Tomou-se

bacharel

em

ciências

em

1950 e

em

1965 concluiu 0 curso de doutorado

em

antropologia, sendo a primeira enfermeira a se doutorar

em

(15)

Durante os anos 50, Leininger trabalhou

em

um

lar para orientação de crianças e pais

na

especialidade de

enfennagem

clínica.

No

decorrer

da

realização desse trabalho Leininger percebeu que as crianças apresentavam algumas diferenças nas suas

características comportamentais, atribuindo essas diferenças a

um

fundo de base cultural.

Percebeu então que a

enfermagem

não possuía conhecimentos suficientes a respeito da

cultura dessas crianças, para assim poder compreendê-las

melhor

e desenvolver de acordo

com

suas culturas as práticas de cuidado de

enfermagem

diversificadas, significativas e

eficazes. Passando a se dedicar a

Enfermagem

Transcultural (George, 1993).

Leininger, construiu sua teoria

com

base

na

premissa de que os

povos

de cada cultura

não

apenas são capazes de conhecer e definir as maneiras, através das quais eles

experimentam

e

percebem

seu cuidado,

mas também

são capazes de relacionar essas

experiências e percepções as suas crenças e práticas gerais de saúde.

Com

base

em

tal

premissa, o cuidado de

enfermagem

deriva-se

do

contexto cultural

no

qual, ele deve ser

propiciado a desenvolver-se a partir dele.

O

Modelo

Sunrise

(Modelo

Sol Nascente) foi desenvolvido para demonstrar as interrelações dos conceitos

da

Teoria da Diversidade e Universalidade

do Cuidado

Transcultural, apresentando quatro níveis de focalização que vão desde a estrutura cultural e social passando por indivíduos, famílias, grupos e instituições

em

diversos sistemas de saúde, até decisões e ações de cuidado de enfermagem. Estas ações

possuem

base cultural,

sendo coerentes

com

as necessidades e valores dos pacientes e são elas: preservação; adaptação

ou acomodação

e repadronização culturais e cuidado.

Em

suas apresentações oferece definições para os conceitos de: cultura, valor

cultural, diversidade cultural

do

cuidado, universalidade cultural

do

cuidado, visão de

mundo,

ambiente, saúde, cuidar/cuidado,

enfermagem,

ser

humano.

Além

de suas definições apresenta pressupostos que dão

novo

apoio às suas premissas de que culturas diferentes percebem,

conhecem

e praticam cuidado de diferentes

maneiras, ainda que alguns elementos comuns, existam

em

relação ao cuidado,

em

todas as culturas

do

mundo.

Pressupostos

da

Teoria

Os

pressupostos

foram

baseados

em

George

(1983) e Leininger (1985).

°2°

Desde

o surgimento

da

espécie

humana,

o cuidado

tem

sido essencial para o

(16)

'I'

O

cuidado próprio, e outros padrões de cuidado, existem entre as culturas.

°2°

O

cuidado

humanizado

é universal, existindo diversos padrões de cuidado que

podem

ser identificados, explicados e conhecidos ente as culturas.

°2°

O

cuidado

humanizado

é a característica central, dominante e unificadora

da

enfermagem.

'I'

Não

pode

haver cura

sem

cuidado,

mas

pode

haver cuidado

mesmo

sem

ser para

cura.

°2°

A

razão da existência da

enfennagem

é

que

ela é

uma

profissão de cuidado,

com

conhecimento disciplinado sobre este.

'Z'

O

cuidado sob

uma

perspectiva transcultural é essencial para desenvolver e

estabelecer a

enfermagem

como

profissão universal.

°I°

Os

componentes do

cuidado transcultural, e as características das diferenças e

semelhanças, ainda

devem

ser identificados, descritos e conhecidos, para sua

caracterização estrutural e funcional

na

enfermagem.

°I°

Os

conceitos e práticas

do

cuidado

do

ser

humano

podem

ser identificados

em

todas as culturas.

°2°

As

práticas de cuidado

da

saúde, profissionais e populares são derivadas da

cultura e

influenciam

as práticas e os sistemas de enfermagem.

'Z'

A

enfermagem

é urna disciplina de cuidados transculturais humanísticos e urna

profissão cujo propósito maior é servir o ser

humano.

'Z' Vários elementos

do

cuidado variam segundo a universalidade e diversidade da

cultura

como:

apoio, conforto, estimulação, observação, envolvimento, toque, respeito,

prevenção, ajuda, amor, confiança e simpatia.

°2°

O

cuidado de

enfennagem

é o que ajuda as pessoas a crescerem, se

conhecerem

e

(17)

3.2 Conceitos

Definições

de Madeleine Leininger e de outros autores:

Saúde:

“Éum

estado de

bem

estar, cultural definitivo, avaliado e praticado e

que

reflete a capacidade que os indivíduos

ou

grupos

possuem

em

realizar suas atividade cotidianas de

forma

culturalmente satisfatórias” (George, 1993).

Enfermagem:

É

essencialmente

uma

profissão que envolve cuidado cultural coerente,

urna vez que os profissionais prestam cuidados à

povos

de várias culturas diferentes.

A

enfermagem

é

uma

profissão humanista, que é apreendida e focalizada

no fenômeno do

cuidado

humano

e

em

atividades que propiciem assistência, suporte, facilitação e

capacitação a indivíduos

ou

grupos, para manter

ou

rever o seu bem-estar, de

uma

forma

culturalmente significativa e satisfatória,

ou

para ajudá-los a enfrentar as dificuldades

ou

a morte (Leininger, 1985).

Conforme

se expressa Ávila et al.(1997), a

enfermagem

é a arte de cuidar

em

saúde,

buscando

qualidade de vida.

Seu

exercício exige conhecimento científico próprios a serem consolidados e ampliados. Possui habilidades para

promover

a educação,

em

constante

interação

com

o paciente, procurando atender suas necessidades, considerando a realidade

do

contexto

no

qual está inserido.

Doença:

Doença

em

oncologia não representa

uma

única doença,

mas

um

processo

comum

a

um

grupo de manifestações não saudáveis que diferem de sua etiologia,

freqüências e manifestações clínicas, que alteram a vida

numa

proporção multidimensional, de acordo

com

critérios pessoais/culturais, situacionais (Ávila et al.,

1997).

Cuidado: Leininger (1985), diz que o cuidado se ajusta às crenças e valores e

modos

de vida das pessoas,

ou

seja, o cuidado considerando a cultura é o contexto social

do

indivíduo

ou do

grupo. Ressalta ainda que os cuidados

vão além

das necessidades físicas,

emocionais e sociais dos indivíduos,

uma

vez que, trazem satisfação global pela atenção

que

se dará ao indivíduo, ao seu potencial cultural de pensar, planejar e agir, tanto para promover, manter, recuperar a saúde e originar melhores condições de vida.

Valor cultural: Derivam-se

da

cultura e identificam maneiras desejáveis de ação e

(18)

sen/em

para orientar a

tomada

de decisões de

um

membro

da

cultura.

Os

valores

podem

ser diversificados

ou

universais (George, 1993).

Diversidade Cultural

do

Cuidado: Indica a variação de significados, padrões, valores

ou

símbolos de cuidado

que

são culturalmente originários dos

homens

para seu bem-estar

ou

para aperfeiçoar

uma

condição

ou

modo

de vida,

ou

para enfrentar a morte (George,

1993)

Universalidade Cultural

do

Cuidado: Refere-se a significados, padrões, valores

ou

símbolos de cuidado

comuns,

semelhantes

ou

unifonnes, culturalmente originários dos

homens,

para seu bem-estar

ou

para aperfeiçoar a condição de vida

ou

para enfrentar a

morte. Presume-se que, enquanto o cuidado

homem

é universal,

em

todas as culturas, o cuidado

pode

ser

demonstrado

por

meio

de expressões, ações, padrões, estilos de vida e

sentidos diferentes (George, 1993).

Cultura:

São

os valores, crenças,

normas

e praticas de vida de

um

determinado grupo, ,aprendidos, partilhados e transmitidos,

que

orientam o pensamento, decisões e as ações,

de

maneiras padronizadas.

Um

pressuposto relacionado é 0 de que seres

humanos

são seres culturais e capazes de sobreviver ao passar

do

tempo, através de sua capacidade de prestar cuidados aos outros, de todas as idades,

em

vários ambientes e de muitas maneiras (Leininger, 1985).

Visão

De

Mundo:

É

a maneira pela qual as pessoas

olham

o

mtmdo

ou

o universo e

formam

um

“quadro

ou

atitudes de valor” acerca

do

mundo

e de suas vidas (Leininger,

1985)

Meio

Ambiente/Sociedade: Contexto ambiental é

definido

como

sendo a totalidade

de

um

acontecimento, situação

ou

experiência.

A

definição de cultura, de Leininger,

focaliza

um

determinado grupo (sociedade) e os padrões das ações, pensamentos,

acontecimentos e decisões que ocorrem

como

o resultado dos valores, crenças,

normas

e práticas de vida aprendidos, partilhados e transmitidos. Esse aprender, partilhar, transmitir

e padronizar,

ocorrem

num

grupo de pessoas

que

agem

nmn

cenário

ou

ambiente identificado. Consequentemente, ainda que Leininger não faça uso dos termos especíticos

sociedade e ambiente, o conceito de cultura acha-se intimamente interligado

com

a

(19)

Consideramos

que para atender as necessidades

de

saúde

do

paciente

com

câncer, é

necessário

que

se conheça o ambiente

onde

ele está inserido considerando-se a cultura,

crenças e valores dessa sociedade, de

forma que

a visão dessa

doença

não seja entendida

como

um

preconceito

ou fonna

de agressão

da

sociedade para o paciente e

do

paciente para a sociedade, neste sentido o

meio

ambiente a ser considerado será aquele

com

o qualo paciente está inserido.

Ser

Humano:

Acredita-se que os

homens

são provedores de cuidado e capazes de preocupar-se acerca das necessidades,

do

bem-estar e

da

sobrevivência dos outros.

O

cuidado

do

homem

é universal, isto é, encontrados

em

todas as culturas.

Os homens

sobrevivem

em

suas culturas, através da localização e

do

tempo, porque

foram

capazes de cuidar de bebês, das crianças e dos mais velhos,

de

inúmeras maneiras, e

em

variados ambientes.

Dessa

maneira, os

homens

são seres universalmente provedores de cuidados

que sobrevivem

numa

diversidade de culturas, por

meio

de sua capacidade de oferecer a

universalidade

do

cuidado, de inúmeras maneiras, de acordo

com

culturas, necessidades e

cenários diferentes (George, 1993).

Para apoiar a prática assistencial

com

pacientes oncológicos

definimos

com

base

em

Silva (1993) o conceito de:

Cuidado Harmonioso:

este cuidado é entendido

como

um

processo de interação

dinâmica, intuitivo e criativo entre os

campos

do

paciente/enfermeiro/ambiente, oportunizando

um

caminhar

rumo

a novas experiências,

onde

eles, de

fonna

original e única, se

auto-conhecem

e se auto transfonnam.

3.3 Processo

de

Enfermagem

George

(1993)

define

Processo de

Enfennagem

como

o

esquema

subjacente

que

proporciona

ordenamento

e direcionamento ao trabalho

da

Enfermeira, auxilia os profissionais a

tomarem

decisões ,

proverem

e avaliarem as conseqüências.

O

processo de

enfermagem

consiste de

um

elo entre a teoria e a prática. -

O

processo é

composto

por ações que incluem: identificação de necessidades da pessoa

que

está sendo cuidada; seleção e implementação

da

ação, e critério para

medida do

(20)

Em

nosso referencial teórico, utilizamos basicamente as defmições e idéias de

Madeleine Leininger,

porém

vale ressaltar

que

a autora

não

propõe especificamente

um

processo de

enfennagem,

mas

uma

teoria para guiar a prática.

O

modelo do

processo por nós adotado foi inspirado

no

processo utilizado por Santos

et al. (1997), por acreditarmos ser o

método que melhor

contempla nossas expectativas

com

o foco voltado à assistência ao paciente oncológico. Processo

de

Cuidar

Para Leininger

apud

Santos et al. (1997), o processo de cuidar contempla as

seguintes etapas:

conhecendo

a situação, refletindo sobre a situação, planejando e fazendo o cuidado, e avaliando o cuidado.

O

processo de cuidar envolve relacionamento interpessoal

que

é originado

no

sentimento de ajuda e confiança

mútua

e se desenvolve

com

base

em

valores hmnanísticos

e

em

conhecimentos cientifico. Ele ocorre

numa

ação conjunta entre profissional e paciente, respeitando crenças e valores (Schulze, 1997).

Como

forma

de registros

do

processo de cuidar, será utilizada a

ficha

individual

também

utilizada por Dal

Fomo

et al. (2000),

na

qual constam: o conhecimento, as

reflexões, o planejamento, as ações e avaliações acerca das situações de cuidado.

Inicialmente sentimos dificuldade de incorporar a teoria à prática. Refletir sobre os conceitos

da

Leininger que são conceitos abrangentes e subjetivos.

Na

prática

do

processo de cuidar, sentimos a necessidade de repadronizar nossos conceitos, urna

vez

que trazíamos conceitos de outro

modelo

teórico

onde

o foco principal são as necessidades

humanas

básicas

que

foi por nós incorporado durante nossa formação acadêmica.

°2°

Conhecendo

a Situação

É

o

momento

que ocorre o encontro entre a enfermeira e o paciente oncológico.

A

enfermeira preocupa-se

em

fazer observações e ouvir atentamente o paciente, obtendo desta maneira

uma

ampla

visão

da

situação. Assim, gradualmente, vai

conhecendo

o

paciente,

com

maiores detalhes,

sempre

tendo

em

foco

do

estudo e os objetivos propostos. Esta fase é

im

P

ortante, or ue ermite à enfenneira iniciar e continuar a

com

reensão

do

que

está ocorrendo antes de intervir na situação

como

participante, antes

de

desenvolver o cuidado.

(21)

Sentimos dificuldade

em

conhecer a situação

do

cuidado porque estávamos

com

a visão de que o paciente estaria

no

começo

de sua

doença

com

os sintomas clínicos

conhecidos. Foi difícil percebermos

que

estes pacientes estavam vivenciando processo de readaptação de suas vidas.

E

este processo envolvia tratamento, perspectiva de vida,

enfrentamento

da

morte, falta de apoio

da

família, reassumir suas funções profissionais,

sociais e familiares.

Com

o decorrer

do

estágio e aplicação

de

vários processos

conseguimos

perceber que conhecer o cuidado envolve o

momento

que

o paciente esta

vivendo, seus

medos,

suas angústias, suas queixas e suas alegrias. Isso tudo é que nos faz

conhecer a situação

do

paciente para poder refletir sobre o cuidado.

°2°

Refletindo Sobre

a Situação

do

Paciente

Esta etapa consiste

em

reflexões,

compreensões

e conclusões sobre a situação

que

se

apresentou

na

etapa

“conhecendo

o paciente”.

Nela

são identificadas respostas

humanas,

limitações de recursos,

bem como

práticas de cuidado cultural, a

fim

de direcionar os cuidados

da

enfermeira. Serve de guia para

embasar

a

próxima

etapa

do

processo:

«

“planejando e fazendo o cuidado”.

Refletir sobre a situação

do

paciente nos possibilitou, revisar conteúdos, compreender, entender e esclarecer a situação

em

que

o paciente se encontrava.

A

visão

do

paciente

como

Lun ser único, oportunizou

um

planejamento e assistência de

enfermagem

mais eficaz.

°2°

Planejando

e

Fazendo

0

Cuidado

Nesta fase, a enfenneira e o paciente

buscam

caminhos

para a obtenção conjunta de cuidado, de acordo

com

a situação existente.

Procuram no

diálogo, manter, adaptar

ou

repadronizar os cuidados.

Manter,

ou

seja, preservar o cuidado culturalmente embasado, significa facilitar

ou

capacitar o indivíduo, auxiliando-o a preservar

ou

manter os hábitos favoráveis de cuidado

e saúde/ser saudável.

Adaptar

ou

acomodar

o cuidado culturalmente, significa auxiliar

o

paciente a

mudar

os padrões de saúde

ou

de vida, de

forma

a

tomar

mais

benéficos

os cuidados praticados,

(22)

Repadronízar

ou

reestruturar o cuidado significa auxiliar o paciente a

mudar

os padrões de saúde

ou

de vida, de

forma

a tonar

mais benéficos

os cuidados praticados,

respeitando seus valore e crenças culturais.

Fazendo

e

Cuidando

Cuidar implica

em

ajudar o outro a crescer.

Segimdo Arruda

&

Marcelino (1997), é preciso:

a) conhecer,

ou

seja, saber de que o outro necessita e

como

podemos

ajudá-lo neste

processo;

b)

compreender que não

podemos

cuidar apenas por hábito mas,

sim

que

devemos

ser capazes de aprender a partir de experiências anteriores,

mantendo ou

modificando

nosso

comportamento

de

modo

a poder aprimorar a

forma

de ajuda;

c) ter paciência para deixar o outro crescer

em

seu próprio “ritmo” e “maneira”, criando possibilidades para o outro e para a própria pessoa

que

cuida;

d) ter

confiança

e

coragem

para confiar, deixando

o

outro livre para arriscar-se de acordo

com

sua capacidade;

e) ter humildade, dispondo-se a aprender mais sobre e

com

o outro e sobre si

mesmo

e sobre aquilo que o cuidado compreende;

Í) ter esperança, acreditando nas possibilidades enquanto expressão da plenitude

do

presente,

um

presente vivo e evitando que o desespero aja contra a

coragem

e interfira

na

vitalidade

do

ser;

g) ter

coragem

face a incerteza e a perda de segurança dos pontos de referencia familiares.

Planejar o cuidado exige que, a enfenneira tenha conhecimento

da

situação

em

que

o paciente se encontra e de

que

forma

ele gostaria de ser cuidado. Deve-se levar

em

consideração o seu

modo

de ver a

doença

e os sentimentos

que

se

fazem

presentes nesse processo.

Foi possível manter, adaptar e repadronizar o cuidado a

medida que

a interação entre

(23)

°2°

Avaliando

o

Cuidado

Conforme

Monticelli citado por Dal

Fomo

et al. (2000), esta é considerada a última etapa

do

processo. Vale ressaltar que esta ocorre contínua e dinamicamente durante todo o processo, de

modo

a possibilitar

um

cuidado coerente. Caracteriza-se,

mais

especificamente, pela apreciação conjunta das ações durante

o

processo que

foram

mantidas, adaptadas

ou

repadronizadas.

A

enfermeira

deve

dispor de sensibilidade e atenção para identificar (quando possível) a necessidade

de

se retomar o processo para

replanej ar o cuidado.

Acreditamos

que

é preciso estar atenta e constantemente avaliar o cuidado, de

modo

a verificar se o

que

foi planejado está sultindo o efeito desejado.

A

enfenneira

deve

ser sensível e estar aberta a propor

uma

outra sugestão de cuidado

quando

necessário.

Quando

a enfermeira analisa o cuidado refletido sobre suas ações ela

pode

considerar seus

objetivos de cuidado transcultural alcançado.

'I'

Percepções

da

Enfermeira

A

percepção

da

enfermeira envolve o conhecimento

do

paciente a reflexão, planejamento e a avaliação

do

cuidado.

A

enfenneira utiliza sua percepção de observação de conhecimento científico de

humanização

ao outro.

A

percepção

da

enfermeira é feita

através

do

cuidado ao paciente. Utilizando os tópicos desse processo que envolvendo o relacionamento interpessoal originado

do

sentimento de ajuda e

confiança

mútua.

A

enfenneira faz

uma

reflexão se o cuidado atendeu as necessidades físicas, emocionais e sociais

do

paciente, pois

conforme

Leininger (1985), a satisfação global se dá pela atenção ao paciente de acordo

com

seu potencial cultural de pensar, planejar e agir, tanto para promover,

manter

e recuperar a saúde e originar melhores condições de vida.

O

cuidado de

enfermagem

é o

que

ajuda as pessoas a crescerem,

conhecerem

os outros e enfrentarem

(24)

4

REVISÃO

LITERATURA

4.1

A

Epidemiologia do

Câncer

A

Epidemiologia permite o estudo

da

distribuição das várias formas de câncer entre a população, a observação e análise das variações de sua ocorrência

em

diferentes grupos

ou

comunidades, e os fatores de risco a

que

eles se

expõem.

Mediante a correlação existente entre os dados de

morbidade

e mortalidade e as diferenças verificadas nas condições ambientais, hábitos de vida

ou

de constituição genética, observadas entre esses grupos, é

possível se estabelecerem hipóteses sobre as prováveis causas

do

câncer.

Em

Cancerologia, utilizam-se classificações

segundo

a localização primária, o tipo histopatológico e a extensão anatômica dos tumores (Ministério

da

Saúde, 1997).

Os

estudos comparativos de freqüência

do

câncer

devem

considerar

sempre

a cobertura e a qualidade dos serviços de diagnóstico,

na medida

em

que

as variações observadas entre as diferentes regiões

do

território nacional

podem

refletir apenas esses componentes.

Segundo

Bevilac

Qua

et al.(l995),

no

Brasil

o

câncer representa,

dependendo

da

região

geográfica

analisada, a segunda causa de morte, ultrapassado apenas pelas moléstias cardiovasculares.

É

de registrar

que

nas regiões mais desenvolvidas (Sul e

Sudeste) a morte por câncer é mais freqüente

que

nas regiões subdesenvolvidas.

Em

que

pese tal constatação, observa-se

algumas

diferenças epidemiológicas regionais, tais

como

as regiões

mais

desenvolvidas registram percentual

mais

elevado de câncer de

mama,

enquanto nas

menos

desenvolvidas

predominam

o

câncer cervico-uterino; o câncer de

(25)

pulmão

é relativamente mais freqüente nas Regioes Sul e Sudeste; registra-se curiosa alta

freqüência relacionada

com

câncer de pênis

no

Região Nordeste e de esôfago

na

Região

Sul.

4.2 Fisiopatologia

do

Câncer

O

tenno câncer é usado para definir

um

processo de multiplicação anormal de células

em

nosso corpo. Elas

invadem

o tecido

nonnal

e espalham-se pelos outros órgãos

provocando

o seu

mau

funcionamento e, consequentemente a morte (Chopra, 1999).

Segundo

Rupert Willins citado

Montenegro

&

Franco (1995, p.205), “neoplasia é

uma

massa

anormal de tecido cujo crescimento excede e

não

está coordenado ao crescimento dos tecidos normais e que persiste

mesmo

cessada a causa

que

o provocou”. Neoplasia é a

denominação que

se

as

neofonnações

teciduais,

sem

causa aparente, de crescimento

autônomo

e ilimitado,

que

pode

acontecer

em

qualquer tecido

do

organismo. Este crescimento de

forma

não controlada e desconhecida, é constante nas neoplasias malignas,

também

denominado

canceres.

muitos tipos de câncer e

em

cada tecido

podem-se

originar diversas classes de manifestações oncológicas.

A

classificação dos processos turnorais se estabelece

em

função

do

tecido de que procedem. Didaticamente as neoplasias se dividem-se

em

dois grandes grupos,

conforme

a

origem

embriológica: os carcinomas e os sarcomas.

Os

carcinomas são tumores de tecidos derivados de ectoderma

do

embrião, que

origem à

pele, glândulas e tecido nervoso; sarcomas, os derivados

do

mesoderma

do

embrião,

que dá

origem

aos tecidos conjuntivo, ósseo, seroso e muscular (Chopra, 1999).

O

carcinoma in situ (câncer

não

invasivo) é o primeiro estágio

em

que

o câncer não hematopoético

pode

ser classificado.

Nesse

estágio, as células cancerosas estão somente

na

camada

da

qual elas se desenvolveram e ainda

não

se espalharam para outras

camadas do

órgão de origem.

A

maioria dos canceres in situ é curável, se for tratada antes

que

progrida para a fase de câncer invasivo.

Nessa

fase, o câncer invade outras

camadas

celulares

do

órgão e

ganha

a capacidade de se disseminar para outras partes

do

corpo

(INCA,

2001).

a)

Carcinogênese

Câncer

é

uma

enfermidade que se caracteriza pelo crescimento

autônomo

e

desordenado de células e tecidos ainda desconhecido.

O

mecanismo

que

leva

uma

célula sã

(26)

formadas, não se

detêm

em

sua multiplicação (Chopra, 1999).

Segundo

Smeltzer

&

Bare

(1999), a metástase consiste

na

disseminação

ou

alastramento das células malignas

do

tumor

primário para locais distantes, seja diretamente para as cavidades

do

corpo,

ou

seja através

da

circulação linfática

ou

sangüínea.

Sendo que

o

mecanismo

mais

comum

de metástase é o transporte de células turnorais através

da

circulação linfática.

A

disseminação linfática ocorre

quando

os

êmbolos

tumorais penetram nos canais linfáticos através

do

fluido

intersticial, que se

comunica

com

o

fluido

linfático.

Depois

de entrarem na

circulação linfática, as células malignas se alojarn nos nódulos linfáticos

ou passam da

circulação linfática para a venosa. Já a disseminação de células malignas através

da

corrente sangüínea (disseminação hematogênica) está diretamente relacionada

com

a vascularização

do

tumor.

Desde

a formação da primeira célula cancerosa até a ocorrência de metástase, a evolução

do

quadro clinico

costuma

ser lenta.

Dependendo

da

parte

do

corpo atingida, o processo de doença conferido por

um

indivíduo

pode

durar anos até evoluir para fase

terminal (Chopra, 1999).

b)

Angiogênese

As

células malignas

também

tem

a capacidade de induzir

o

crescimento de novos

capilares a partir

do

tecido

do

hospedeiro para

preencherem

as suas necessidades de

nutrientes e oxigênio. Esse processo é conhecido

como

angiogênese (Smeltzerg Bare,

1999).

A

angiogênese consiste

na formação

de

novos

vasos a partir de brotamentos de vasos preexistentes nos tecidos adjacentes. Para alguns canceres, quanto maior o grau de vascularização

do

tumor

maior é o prognóstico.

Ao

lado disso, a

neoformação

vascular é

obviamente

importante para o transporte de células malignas

(sem

vasos, as células

malignas

tendem

a

permanecer no

seu sítio de origem). Por tudo isso, a angiogênese

assume

papel de grande importância

no

desenvolvimento e disseminação

do

câncer.

A

neoformação

de vasos nos tumores é controlada pela ação de fatores angiogênicos e fatores

antiangiogênicos liberados pelas próprias células neoplásicas, por leucócitos (sobretudo macrófagos)

ou

mastócitos nas proximidades

ou na

intimidade

do

tumor

(Brasileiro Filho,

1998)

A

vascularização é tão importante para

o

tumor que

uma

das formas

de

tratamento de

(27)

tecidos tumorais. Por outro lado,

uma

estratégia que

vem

sendo utilizada

mais

recentemente é o

emprego

de fatores inibidores

da

angiogênese (Brasileiro Filho, 1998). c) Alterações Genéticas

A

transformação neoplásica é caracterizado por

modificações

progressivas

do

perfil biológico

da

célula

que envolvem

alterações

de

sua proliferação, diferenciação e interação

com

o

meio

ambiente.

O

evento básico

da

carcinogênese é a alteração

da

informação

genética, decorrente de

modificações do

DNA

ou

da

expressão

anômala

de genes normais. Tais alterações traduzem-se pela produção

de

proteínas transformadas, responsáveis por funções biológicas básicas

como

proliferação e diferenciação celular. Isto resulta

em

modificações

estruturais

do

perfil biológico

da

célula,

como

perda

do

controle da divisão

celular e bloqueio de maturação (Montenegro; Franco, 1995).

Em

linhas gerais, os agentes cancerígenos

agem

provocando mutações

genética

intracelulares (alteração

do

genoma), as quais, por outro lado, são controladas e anuladas pelo sistema de vigilância imunológica

do

organismo.

Quando

este sistema não é capaz de

inibir a freqüência de mutações produzidas por

um

agente ca.ncerígeno, o

aumento

da proporção de células mutantes dá origem a

uma

população de células cancerosas e se

multiplica exponencial e descontroladamente (Bevilac

Qua

et al., 1995).

4.3 Fatores

de

Risco

O

termo risco refere-se à probabilidade

de

um

evento indesejado ocorrer.

Do

ponto de vista epidemiológico.

Os

fatores de risco representam

um

conjunto de circunstâncias

que determinam

probabilidade maior de

um

indivíduo desenvolver

uma

determinada moléstia (Ministério

Da

Saúde, 1997).

Os

fatores de risco são subdivididos

em

constitucionais e ambientais.

Os

constitucionais estão relacionados à aspecto hereditários.

Algtms exemplos

são os canceres de

mama,

estômago

e

pulmão

que

parecem

ter estreita correlação familiar.

Os

ambientais

estão relacionados à hábitos de vida, exposição a substancias tóxicas , drogas, radiações,

agentes infecciosos e parasitários. Reconhece-se a relação causal

do

tabagismo

com

canceres de pulmão, cabeça, pescoço, esôfago e bexiga. Agentes infecciosos e parasitários

associam-se a canceres tais

como:

vírus da herpes simples tipo II (carcinoma de colo de útero); vírus

da

AIDS

(sarcoma de kaposi); vírus

da

hepatite

B

(hepatocarcinoma) (Bevilac

(28)

A

multicausalidade é ocorrência

comum

na

carcinogênese, e

pode

ser

exemplificada

pela associação verificada entre álcool, tabaco e residência

na zona

rural, e o câncer de

esôfago e entre álcool, tabaco, chimarrão, churrasco e o cozimento de alimentos

em

fogão

de

lenha, e o câncer

da

cavidade bucal (Ministério

da

Saúde, 1997). 4.4

Tratamento

As

armas terapêuticas para o tratamento

do

câncer são fundamentalmente três:

cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Dependendo

do

tipo histológico

do

câncer e de sua

sensibilidade, o tratamento poderá incluir

uma,

duas

ou

as três

armas

simultaneamente.

Boa

parte dos tumores, após extirpados, exige tratamento acessório quimioterápico

ou

radioterápico.

a)Tratamento

Cirúrgico

A

remoção

cirúrgica de todo o câncer

permanece

sendo a modalidade de tratamento

melhor

e

mais

usada.

Contudo

a

abordagem

cirúrgica específico

pode

ser por várias razões.

A

cirurgia

pode

ser selecionada

como

método

primário

de

tratamento,

ou pode

ser

diagnóstico, profilática, paliativa

ou

reconstrutiva.

Quando

a cirurgia é usada

como

abordagem

primária

no

tratamento

do

câncer, o objetivo é

remover

todo o

tumor

e os tecidos circunjacentes envolvidos, incluindo nódulos linfáticos regionais.

Duas

abordagens cirúrgica

comuns

usadas

no

tratamento de tumores primários são excisões locais e amplas.

A

excisão local é justificada

quando

a

massa

é pequena. Ela

inclui a

remoção da massa

e

uma

pequena

margem

de tecido

normal que

seja facilmente

acessível.

As

excisões amplas

ou

radicais incluem a

remoção do tumor

primário, os nódulos linfáticos, estruturas adjacentes acometidas e estruturas cincunvizinhas que

possam

ter grande risco de disseminação tumoral. Tal procedimento é considerado se o

tumor

puder ser

removido

por completo e as chances de cura

ou

controle forem ideais

(Smeltzer; Bare, 1999).

a)

A

cirurgia diagnóstica é feita para obter

uma

biópsia (excisão

de

um

pedaço de

tecido de

um

local suspeito) para análise dos tecidos e células suspeitos de

malignidade.

b)

A

cirurgia profilática envolve a

remoção

de todos os tecidos órgãos não vitais que

(29)

fisiológicos e psicológicos a longo prazo, a cirurgia profilática é oferecida seletivamente aos pacientes e discutida profundamente

com

ele e

com

sua família.

c)

A

cirurgia paliativa é feita

numa

tentativa de aliviar as complicações

do

câncer,

com

ulcerações, obstruções, hemorragia, dor

ou

infecção. _

d)

A

cirurgia reconstrutiva

pode

sobrevir a

uma

outra cirurgia curativa

ou

radical e ser realizada

numa

tentativa de melhorar a função

ou

obter

um

efeito estético mais

desejado.

O

tratamento cirúrgico é por excelência mutilante, e muitas vezes,

dependendo da

extensão

do

câncer

ou do

numero

de órgãos atingidos, sua excisão poderá levar o paciente à morte.

Se

o

tumor

canceroso é restrito a

um

órgão

ou

apenas

uma

porção, então a cura

pode

ser possível retirando o órgão

ou

a parte afetada. Geralmente, é

um

procedimento mutilante,

uma

grande fonte de angústia para

o

paciente, e

pode

resultar

em

séria

incapacidade,

uma

vez que

um

órgão necessário foi retirado

do

corpo.

É

essencial

uma

abordagem

multidisciplinar durante qualquer tipo de cirurgia.

Os

efeitos

da

cirurgia sobre a

imagem

corporal, auto-estima e capacidade funcional

devem

ser

levadas

em

consideração.

b)Tratamento

Radioterápico

A

radioterapia é a utilização de ondas magnéticas

ou

partículas de alta energia,

proveniente de aparelhos

ou

de materiais radioativos, que incidem

no

tecido causando

alterações fisicas e químicas. Esta energia ionizante danifica

ou

destrói as células na áreaa

ser tratada (tecido alvo) pela danificação de seu material genético, interrompendo o ciclo celular através da lesão

do

DNA

e morte celular.

Embora

a radiação

danifique

tanto as células neoplásicas quanto as células normais, as ultimas são aptas a se repararem e

funcionarem apropriadamente (Smeltzer; Bare, 1999).

Existem

dois tipos de radioterapia:

- teleterapia:

onde

a fonte de irradiação

fica

à distancia,

ou

seja longe

do

paciente;

ex.: raio, raio gama, elétrons de alta energia, etc.

- braquiterapia:

onde

a fonte emissora

permanece próxima

ou

implantada

no

local a ser tratado; ex.: radiomoldagem.

(30)

- radical: indicada para tumores susceptíveis

de

cura por irradiação

ou

par câncer de

contra indicação

do

procedimento cirúrgico,

ou

ainda

quando

se

buscam

resultados estéticos e funcionais.

- Paliativa: indicada para se obter a regressão parcial de neoplasias avançadas

ou

de

metástases, para aliviar a dor, conter hemorragias de tumores primários e de tumores secimdários ulcerados

Ela

pode

ainda ser utilizada

no

pré-operatório,

com

o intuito de diminuir 0

tamanho

do tumor

e facilitar a cirurgia, diminuindo a disseminação das células

tomando

as

metástases

menos

prováveis.

No

pós-operatório, é indicada para esterilizar as células

neoplásicas liberadas durante a cirurgia

ou

destruir restos

da

lesão, após

alguma

extirpação incompleta.

O

tratamento

pode

causar efeitos colaterais e incapacidades devastadoras, fazendo

com

que

o paciente se sinta fraco, ocorra alteração e perda

do

paladar, diminuição da

salivação,

boca

seca, náuseas e vômitos.

A

alteração

da

integridade

da

pele constitui

um

efeito

comum

e

pode

incluir a alopécia, eritema, e descarnação

da

pele.

Uma

vez completados os tratamentos ocorre a reepitalização.

c)Tratamento Quimioterápico

A

quimioterapia consiste

no

uso de agentes antineoplásicos

na

tentativa de matar

células tumorais interferindo

com

as suas funções e reprodução.

É uma

modalidade de tratamento sistêmico

da

doença, que contrasta

com

a cirurgia e a radioterapia que é mais antiga e de atuação localizada.

Pode

ser

empregada

com

objetivos curativos

ou

paliativos,

dependendo do

tipo de

tumor

da extensão

da doença

e

da

condição física

do

paciente.

A

associação

da

quimioterapia a outras formas de tratamento é bastante

comum.

Seu

emprego

antes

ou

depois

da

cirurgia e/ou radioterapia para

promover

a erradiação de micrometastase constitui a quimioterapia neo-adjuvante e adjuvante, respectivamente

(Bonassa, 1992). A

Toda

vez que

um

tumor

é exposto a

um

agente quimioterápico, é destruída

uma

percentagem de células tumorais (20 a

99%,

dependendo

da'

dosagem).As

drogas que

atuam

a nível celular interfere

no

processo de crescimento e divisão celular até erradicar o suficiente de

modo

que

as células tumorais remanescentes

possam

ser destruída pelo sistema

imune do

corpo (Smeltzer; Bare,1999, Bonassa, 1992).

(31)

Os

agentes quimioterápicos são administrados e coordenados

com

o

ciclo celular.

E

podem

ser classificados de acordo

com

vários grupos quírnicos, cada

um

dos quais

com

um

mecanismo

diferente de ação. Eles incluem os agentes alquiladores, rritosoréias,

antimetabólitos, antibióticos antiturnorais, alcalóides vegetais, agentes hormonais e outros

tipos de agentes.

As

drogas especificas

do

ciclo celular destroem as células

que

intervirem

com

síntese de

DNA

e

RNA.

As

drogas não-específicas

do

ciclo celular

tem

efeito

prolongado sobre as células, levando à sua lesão

ou

morte (Smeltzer; Bare, 1999).

As

drogas quimioterápicas

podem

ser administradas pelas vias: oral, intramuscular, subcutânea, endovenosa, intra-arterial, intratecal, intraperitoneal, intravesical, aplicação tópica e intra-retal.

Esses

medicamentos

quimioterápicos

podem

produzir efeitos colaterais debilitantes e

devastadores entre outros a, impotência, esterilidade, náuseas, vômitos, cistite, estomatite,

mucosite, alopécia, diarréia, anorexia, supressão

da medula

óssea, neuropatias, icterícia,

hepatotoxicidade, anemia, nefrotoxicidade, toxicidade pulmonar, fotossensibilidade, etc.

Assim

a enfermeira

deve

saber e ter habilitação profissional para a administração destas

drogas e para atender as necessidades dos pacientes.

Para auxiliar a administração das drogas são utilizados o catéteres de longa permanência, pois garantem

uma

via mais segura para aplicação

de

quimioterápicos aos pacientes

que

necessitam de tratamento prolongado

ou

apresentam rede venosa de diñcil

visualização e punção; para garantir via segura, rápida e prática para outra infusões e colheita de sangue para

exames

laboratoriais e diminuir os traumas relacionados a

punção

venosa, quer sejam os psicológicos

ou

os físicos relacionados

com

o

catéter irritante e/ou vesicante de grande parte dos antineoplásicos. Esses catéteres

podem

ser totalmente implantados

ou

parcialmente implantados, sendo o

mais

comum

o port-a-cath que é

totalmente implantável.

O

port-a-cath é

um

catéter de borracha siliconizado cuja extremidade distal se acopla a

uma

câmara

puncionável

que

deve permanecer embutida

no

tecido subcutâneo da região

torácica, sobre

uma

protuberância óssea.

O

acesso a este tipo de catéter é feito através de

punção da

pele sobre a

câmara

puncionável

ou

reservatório, constituído,

em

geral, de aço

inoxidável

em

sua parte superior.

A

agulha utilizada para a

punção deve

ser

do

tipo

Huber

point, este tipo de agulha ocasiona

menos

traumatismo à

membrana

de silicone, permitindo

maior

número

de punções. Elas

podem

ser retas, sendo as

mais

indicadas para infusões

(32)

Para

que

o catéter seja limpo deve-se fazer a heparinização (lavagem) mensalmente, para

isso é utilizado 0,5

ml

de anticoagulante e 9,5

ml

de soro fisiológico

9%

ou água

destilada

sendo

que

de 4 a 6

ml

dessa solução é infundida

no

port-a-cath antes

da

retirada

da

agulha.

4.5

Avanços

nas Terapias

do

Câncer

a)

Imunoterapia

A

possibilidade

do

sistema imunológico ser utilizado para destruir as células

neoplásicas

sempre

foi vista

como

uma

possibilidade muito interessante.

O

tratamento imunoterápico

do

câncer se baseia

na

ativação

do

sistema

imune

contra a célula maligna. Ela

produz

alguns tipos de proteínas que passariam a ser reconhecidas pelas células de defesa

do

organismo. Haveria então a destruição das células

do tumor (Andre

Sasse, 2001).

várias formas de se estimular o organismo a atacar as células neoplásicas,

como

a produção de anticorpos monoclonais, contra proteínas específicas, encontradas nas paredes das células neoplásicas. Estes anticorpos ajudariam o sistema

imune

a reconhecer as células neoplásicas

como

estranhas.

Poderiam também,

carregar consigo toxinas que atingiriam apenas as células

com

aquela proteína,

no

caso, as células

do

câncer.

Também

a possibilidade das "vacinas",

onde

se

separam

antígenos específicos

da

célula tumoral, e se rejeitam

no

paciente, que teria seu sistema

imune

ativado

(como

já é feito

com

vírus e

bactérias, atualmente) t

Ainda

outra possibilidade para o futuro é a produção de linfócitos por engenharia

genética,

que

levariam à destruição das células tumorais. Estes linfócitos seriam retirados

do

próprio paciente, o que tomaria o tratamento mais específico

(Andre

Sasse, 2001). b)

Alvos Moleculares

da Terapia

do

Câncer

Tratar o câncer a nível molecular envolve o reparo

do

DNA

alterado, desligar

proteínas-chave

no

crescimento celular, e aumentar a sensibilidade das células tumorais às terapias convencionais,

como

a radioterapia.

Neste

campo

entram os estudos sobre ciclo celular, e proteínas relacionadas

com

a regulação

do

crescimento e multiplicação celular.

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