• Nenhum resultado encontrado

Hemoglobina – S – uma revisão

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Hemoglobina – S – uma revisão"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

HEMOGLOBINA - S - urea revisao

C. R. B. Domingos

; P. C. Nadum; L. M. S. Viana

L. C. Matos * *; F Alvares Filho * **; H. W. Moreira * ***

RESUMO

A populacao brasileira caracteriza - se por intensa

miscigena-cc o racial, com grande influencia na dispersao dos genes anormais, no-tadamente entre as hemoglobinas, estando as hemoglobinas AS e AC en-tre as variantes mais frequentes na nossa populacao seguida das talassimias heterozigotas.

As anemias hereditarias sao, das doen^as geneticamente determinadas,

as mais

comuns e compreendem um grupo de condicoes de consideravel complexidade. Alguns ti-pos sao raros e nao apresentam importancia do ponto de vista da saude publica, entretanto dois grupos se destacam: as doencas hereditarias das hemoglobinas e a deficiencia de Glicose 6 Fosfato desidrogenase (G6PD). Aproximadamente, 12 a 15% da populacao humana e r-tadora assintomatica de uma ou mais formas de anemias hereditarias, notadamente

falcerni-as, talassemias

e deficiencias de G6PD, e estima-se que estas tres alteracoes causem a morta-lidade de 3 a 4 mil recem-nascidos em todo o mundo, induzindo tambem significativa mor-bidade cronica.

A populacao brasileira caracteriza-se por intensa miscigenacao racial, com grande

influencia

na dispersao dos genes anormais, notadamente entre as hemoglobinas, estando as

hemoglobinas AS e AC entre as variantes mais frequentes na nossa populacao seguida das

talassemias heterozigotas.

Com o intuito de informar e atualizar conhecimentos sobre as hemolgobinas

anor-mais,

decidimos formular textos de revisao sobre o assunto para profissionais da area de

saude. 0 primeiro deles, sobre hemoglobina S.

Hemoglobinas variantes

As hemoglobinas anormais apresentam fundamentalmente alteracoes

envolven-do genes estruturais que promovem a

formacao

de moleculas de hemoglobina com

carac-* 1. Doutora, 2 . ProfessorTitular, 3. Mestranda, Centro de Referencia

de Hemoglobinas , Departarnento de Biologia, UNESP - Sao ,Jose do Rio Preto/SP.

** Professor, Departamento

de Ciencias Basicas, Faaddade de Medicina de Sao Jose do Rio

Preto/SP

*** Pofessor Doctor, Departamento

de Biologia, UNESP, Assis/SP

**** Professor Doctor, Departamento

(2)

teristicas bioquimicas diferentes das hemoglobinas normais. Sao tambem denominadas hemoglobinas variances. Mutacoes, afetando os genes reguladores, promovem desequili-brio do contetido quantitativo das cadeias e conse(Iiientemente dos tipos normais de hemoglobinas, causando as talassemias. Dessa forma, as hemoglobinas variantes e as talassemias sao classificadas como hemoglobinas anormais hereditarias.

A maioria das variantes estruturais e originada por simples substituicoes de

ami-noacidos, resultantes de mudancas nas segiiencias dos nucleotideos. As alteracoes

estrutu-rais, com consegiiencias nas atividades fisico-quimicas da molecula, estao na dependencia

da extensao do processo mutacional e dos locais em que esses ocorrem. Dessa forma, as

hemoglobinas anormais podem originar-se por:

a) substitui4ao de um aminoacido por outro de caracteristicas diferentes, na porcao

externa da molecula. Pode ocorrer tambem a substituicao de dois aminoacidos

em uma mesma cadeia, sendo, entretanto, condicao muito rara. As substituicoes

de aminoacidos na superficie externa, com excecao feita a hemoglobina S, nao

produzem alteracoes significativas no comportamento funcional da molecula;

b) substituicao de aminoacidos na porcao intei-na da molecula, envolvendo

residuos aolares e nao polares, especialmente nos locais invariantes da molecula -incluindo aqueles que fazem parte do "pacote hidrofobico" em torno do grupo heme, cuja principal funcao e protege-lo da entrada de agua - e aqueles que participam dos contatos alfa 1 beta 1. Qualquer substituicao na regiao interna da molecula causa instabilidade, geralmente iniciada pela oxidacao do grupo heme, com formacao de hemoglobinas instaveis;

c) substituicao de aminoacidos que participam dos contatos alfa 1 beta 1, das

liga-coes quimicas com o 2,3-difosfoglicerato (2,3-DPG) e do residuo histidina

C-ter-minal da cadeia beta, provocam a formacao de hemoglobinas com alteracoes na

afinidade pelo oxigenio;

d) substituicao dos residuos de histidina distal ou proximal, que estao ligados ao grupo heme, ou de outros residuos, que tern importancia fundamental na consti-tuicao do "pacote" de aminoacidos que protege o grupo heme contra oxidacao, causam anormalidades na molecula, provocando excessiva formacao de mete-moglobina por hemete-moglobina M;

e) adicao de aminoacidos ao C-terminal das cadeiras alfa e beta. A hemoglobina

Constant Spring apresenta 31 residuos a mais na cadeia alfa, e a hemoglobina

Tak e uma molecula anormal com 10 residuos a mais na cadeia beta.

Outra causa de variantes estruturais ocorre por delecao de aminoacidos. Esse proces-so produz profundas alteracoes na molecula de hemoglobina, tornando-a instavel. A fusao entre duas cadeias polipeptidicas diferentes tambem origina hemoglobinas variantes. A fusao de cadeias delta e beta resulta tia formacao de tim tipo anormal de hemoglobina, a hemoglobi-na Lepore. Dependendo do local onde ocorre a fusao, formam-se diferentes tipos dessa varian-te: Hb Lepore Holanda, cone fusao de cadeia beta no residuo 22 da cadeira delta; Hb Lepore Baltimore, fusao no residuo 50 da cadeira delta; Hb Lepore Boston, fusao no residuo 87 da cadeira delta. A fusao de cadeias beta e delta, ou anti-Lepore, foi descrita em dois tipos de hemoglobinas anormais: Hb Miyada, com fusao de cadeia delta no residuo 12 da cadeia beta, e l-lb Nilotic com fusao no residuo 22. A fusao de cadeias gama e beta foi descrita na

(3)

UNIGi ncias

v 1 - n. 1 jan ./jun. 1997

na Kenya, no residuo 81 da cadeia gams, e na Hb Steinhei

A m, no residuo 121.

perch espontanea de aminoacidos, resultando em hemoglobins variante

f6i

,

na Fib Koellicker, onde o residuo C-terminal da cadeia alfa, a ar ini a se

do resto da cadeia e pode ser detectada na urina.' g na, separa-se

Em 1992, o IHIC l (International Hemoglobin Informatin Center) ubli

uma lista atualizada das mais de 500 variantes de hemoglobinas ja descritasA cde

aioria origina-se por substituicao de um unico aminoacido da cadeia polipegr ane m

Poticas dessas variantes encontram-se associadas a manifestacoes e/ou herpti ato-logicas que, quando presentes, tern seu grau de expressao intimamente relacionado local e extensao da mutacao; assini as hemoglobinas variantes podem ser cl ssi fica ao baseadas em suas caracteristicas funcionais, em cinco grupos: assificadas

Grupo 1 - Hemoglobinas sem alteracoes fisiologicas

: Esse grupo e constituido pela

maioria das variantes e, embora essas hemoglobinas sejam de interesse bio uimico ene lco

antropologico, nao produzem efeitos clinicos significativos nem alteracoes h ematol g icas e

Grupo 2 - Hemoglobinas de agregacao

: As hemoglobinas S e C apresentam g-es ecti-vamente, a formacao de tactoides e cristais, com repercussoes clinicas e hematologicas variaveis.

Grupo 3 - Hemoglobinas instaveis

:As hemoglobinas instaveis apresentam , raus variaveis de manifestacoes clinicas e hematologicas, expressando-se laboratorialm

meio de intensa instabilidade molecular quando submetidas ao calor ou a entesunm por e pela presenca de corpos de inclusao nos eritrocitos. g q rcos,

Grupo 4 - Hemoglobinas com alteracoes funcionais

: Esse grupo inclui as hemo-globinas que causam metemoglobinemias por Hb M e alteracoes na afinidade pelo oxi

Grupo 5

-Hemoglobinas variantes corn fenotipo talassemico

: As hemoglobinass Lepore e Constant Spring sao duas formas variantes e que apresentam fenoti os de tala

-semias beta e alfa, respectivamente. p s

Hemoglobina - S - alteracao molecular

A hemoglobina S e causada por uma mutacao no gene beta da globina,

produzindo uma alteracao estrutural na molecula. Por ser uma anomalia da cadeia beta, as carac

-risticas

clinicas do estado homozigoto so serao percebidas apos a estabilizacao da rodu g

dessas cadeias, o que ocorre por volta dos 4 a 6 meses de idade. No gene da globina beta S,

ha a substituicao de um condon (GTG para GAG), resultando na substitui ao do aci

glutamico (GLU), na posicao 6 da cadeia, or valina do

d

o neutro enquanto que o acido glutamico e carregado negativamente.rrEssa troca resultaulta uma mobilidade mais lenta da Hb S quando comparada corn a Hb A em eletroforese de em alcalino. Por outro lado, a carga negativa do acido glutamico auxilia no afastamento das moleculas de hemoglobina, enqw.nto que a valina, neutra, favorece a polimeriza cao sob condicoes de baixo teor de oxigenio. No estado oxigenado, a molecula do Hb S esta "rely xada". Nessa conforma4ao, as globinas beta estao proximas. No estado desoxigenado ou "tenso", as cadeias beta ficam mais separadas. Essa mudan4a de estado favorece o contato entre as regioes da desoxiemoglobina, o que nao e possivel no estado oxigenado. As re i-oes de contato sao tanto laterals (VAL-6 em relacao a PHE-85 e LEU-88 da gl g

(4)

quanto axiais (GLU-22 e GLE-121 da cadeia beta), e estao envolvidas na formacao do polfinero de hemoglobina. Existem algumas teorias que sugerem um periodo de atraso na polimerizacao que envolve a formacao de um nucleo. Quando esse nucleo atinge o tama-nho critico, a formacao dos polfineros e energicamente favorecida.

Uma vez formado o polfinero, a celula passa da forma discoide, flexfvel, para a forma alongada e mais rfgida, caracterfstica da Hb S. Contudo, o tempo que a celula leva Para atravessar os capilares sangufneos e menor do que o periodo utilizado para a forma-4ao do polfinero e producao da celula falciforine, nao ocorrendo, portallto, a vaso oclusvo continua. A irreversibilidade da celula falciforme e dada pela formacao de citoesqueleto oriundo de protefnas da membrana celular.

A polimeriza4ao da hemoglobina e a falcizacao da celula sao dependentes da concentracao de Hb S e podem ser mediadas pela perda de oxigenio e desidratacao das celulas, fatos que as tornariam mais densas e facilitarianl o processo de falcizacao. ''M

A membrana do eritrocito e uma bicaniada lipidica com assimetria de fosfolipideos. No eritrocito normal, o lado externo e composto por fosfatidil-colina e esfingomielina, o lado interno contem serina e fosfatidil-etanolamina. Nas celulas falciformes, essa assimetria e perdi-da, pois a fosfatidil serina esta localizada no lado externo, o que pode estar relacionado ao aumento de aderencia das celulas e sua contribuicao para o processo vaso oclusivo.

Alteracao celular

A poll merizacao da Hb S deforma o globulo vermelho, fazendo com que a celula

perca seu aspecto discoide, tornando-se alongada, com filamentos nas suas extremidades. Essas mudancas alteram a estabilidade da bomba de sodio e potassio com consegiiente perda de potassio e agua, e aumento da concentra4ao de Hb S, fato que favorece a polimerizacao. Ocorre tambem aumento da concentracao intracelular Cie calcio pela falencia da bomba de calcio/ATPase, e aumento da permeabilidade da membrana a esse ion. `-'

As alteracoes de membrana resultantes da polimerizacao podern ser revestidas corn a reoxigenacao celular. Quando o processo de falcizacao e repetitivo, as alteracoes funcionais aumentam e a celula torna-se irreversivelmente falcizada. 0 tempo para ocor-rencia do processo de falcizacao varia de 2 a 4 minutos, enquanto o tempo que as hemacias permanecem na circulacao venosa e de 10 a 15 segundos. Dessa forma, em area de estase, a vulnerabilidade a falcizacao e maior. A circulacao venosa tem maior numero de hemacias falciformes irreversfveis do Clue a arterial, porque 0 pre-rcquisito scria o aumento da CI-ICM (concentracao de Hb corpuscular media), causado pela dcsidratacao celulas, estabilizando o esqueleto celulas. A vasoconstricao da circula4ao capilar leva a estase e ao aumento do tempo de contato chi hemacia corn areas corn baixo teor de oxigencio.

A desidrata4ao

do

orga

nlsillo talnbellr favorece a desidratacao celular, bem Como

o aUlncnto (la

colicelitra4ao

da

I

II

S. Os honu>zigotos (I-IbSS) possucm de 4 a 447( dc

lrenlacias falciformes irreversiveis na circula4ao pcrfierica

"'.As hemacias falciformes

irre-vCrSiveis fornlanl-.se logo

apos

sua

l

iberaCao da medula ossca c sao retlraclas rapidarnente

da clrcula(ao: 11111 tcr4o por

henlollse

lntravascular e clots tcrcos l)or

fagocitose, e causam sobrecarga do sistema retfculo-crlclotelMl (SRI:).

(5)

UNI06ncias v 1 - n. 1 an

-/jun. 1997

Dentre as alteracoes de membrana, vale destacar os seguintes eventos: a)

das protefnas espectrina-

actina;

b) diminuicao de glicoproteinas• c g

e

r

a^

A

o

) rearran de

oxidantes; d) orientacao anorrnal de fosfolipideos. A instabiliclade da n of cul ra emo

globina tambem leva a formacao de hemicromos, produzindo auto-oxid _o A de hmja

a^a. A deficienc

de vitamina E no plasma e nas hemacjas facilita a auto-oxidacao. 9

, 11

Alteracao do fluxo sangiiineo

A alteracao celular causada pelo processo de falcizacao influencja intensan

fluxo sangifneo, aumentando sua viscosIdade. As hemicjas falciforme Zente o

capacidade aumentada de adesao ao endoteljo vascular, principalmente dev d r sfvejs te

cosidade do sangue e tambem elevarcao dos niveis de fibrinogenio, que o ° a alta

corr es-posta natural a infeccoes. A adesividade pode ser devida a for^as eletrostaticase comp res

A deposicao de grande numero de eritrocitos na superffcie endotelial reduz a 1 dos capilares e a estase e inevitavel, podendo ainda ser aumentada pela dim uz peratura ambiente. Como consequencia da estase, ocorre a hipoxia ecidual, qinui0o

ue levardia mar moleculas de HID S ao estado desoxi, exarcebando uma situacao circulatoriaJja de

s s lesando os tecidos perfundidos por esses capilares. Eventualmente ocorre o Iota vdl

dos total dos capilares corn trombones, formar ao de fibrina corn a contribuicao das la uetas ativ

orientacao anormal dos fosfolipideos da membrana celular, e tambem ativa ao adas pes-mo de coagulacao. 12 Os tecidos corn deficiencia de irrigacao sofrem infartos corn necrose

ormacao de fibrose, principalmente no baco, medula ossea e placenta. Todos e ncrose

e

levam a lesoes teciduais agudas (crises) e cronjcas da anemia falciforme. sses eventos

Doenca falciforme

Doenca falciforme e um termo generico usado para determinar um gruo de

alteracoes geneticas caracterizadas pelo predominjo de Hb S. Essas altera oes in p

anemia falciforme, que e a forma homozigota da Hb S (HbSS), as interacoes de sindro m a

talassemicas corn Hb S, e a associacao de outras hemoglobinas anormais corn a r mes

doencas falciformes sao encontradas corn major fre uencia em habitantes da i S. As

terraneo e India. Nos Estados Unidos, Afr

sao majs prevalentes em ne rose 1 ca, , M edj-dos do Caribe, America Central e partes da America do Sul. g Zrspanicos oriun

O gene da Hb S apresenta alta prevalencia em varias regrow (]a

Africa e outran partes do mundo onde a malaria por Plasmodium falciparum e endemjca, ou onde exista grupos de imigrantes portadores do gene S. Pode ser explicada por dois mecanismos: selecao de heterozigotos ern area altamente malarigennas e imigracao es pontanea ou -da dos portadores do gene alterado. f for ^a

Outras sindromes geneticas que associam a Hb S a diferentes hemoglobinas anor-mais e/ou talassemias produzem um quadro clinjco que varia de moderada a acen

semelhante a desenvolvjda por anemia falciforme. tuada, Dentre as doencas falciformes corn quadro clinico mail grave, destacam-se as resultan-tes de dupla heterozigose (Hb S/n; Hb S/C; F-lb D), onde a fbrnaa4ao do cristais e facilitacla lcla

(6)

presenca das hemoglobinas anormais, promovendo a transformacao da helllacia.

A associadoo da Hb S com talassemias promove uma melhora do quadro clinico ao seu portador, quando comparada coin a anemia falciforme, devido ao lato de a concen-tracao de Hb S nessas associacoes ser menor que do estado homozigoto (HbSS). 0 porta-dor de Hb S/ Talassemia beta apresenta hemoglobinas S, Fetal e A2 - no caso de ser do tipo beta zero talassemia/Hb S, e verificam-se as presencas de hemoglobinas A, S, Fetal e A2 no tipo beta mais talassemia/Hb S. Assim, a dilnintlicao da concentracao de HbS lnininliza o curso clinico da doen4a coin epis6dios de crises mais espacados. ' °' "

As doencas falciformes sao melhor classificados pelo gen6tipo conforme ilustra a tabela 1, sendo Clue a mais prevalente e coin major gravidade sob o ponto de vista clinico e a anemia falciforme.

Homozigotos para o gene beta S associados a talassemia alfa (Hb SS/Talassemia alfa) apresentam curso clinico benigno, coin expectativa de vida aumentada, o ineslno sen-do verificasen-do naqueles portasen-dores de sen-doencas falciformes com presenca significativa de hemoglobina Fetal 15• A heranca de outras alteracoes da hemoglobina com a Hb S, dirninui a tendencia de polimerizacao da HbS, contribuindo para a melhora da sobrevida e curso clInirn do narienre Fenerificamente no caso da talassemia alfa associada a Hb S, existem compensacoes para o paciente pelo fato de ocorrer um aumento do nivel de hemoglobina e hemat6crito e diminuicao da quantidade de reticulocitos, sugerindo que o grau de hem6-lise esta reduzido, provavelmente pela presenca da talassemia alfa. A fregiiencia de aciden-tes vasculares cerebrais, comuns na anemia falciforme, estao diminuidos nos duplos hete-rozigotos. 11, 16

Tais observacoes incentivaram estudos aprofundados nos genes responsaveis pela hemoglobina Fetal (gama alanina e galna glicina), sendo que sua presenca altera o processo de polimerizacao da Hb S, e pode tambem afetar a expressao do gene beta S; o mesmo ocorrendo corn o locus para os genes alfa. Diante desses fatos, alguns estudos tern sido reali-zados na tentativa de ativar os genes gama, pouco funcionantes em individuos adultos.

Essa ativacao tem o objetivo de aumentar a producao de Hb Fetal e, assure, minimizar as consequi ncias cluiicas das alteracoes ligadas a Hb S. 17, 18.1` 20

Ha duas caracteristicas fisiopatol6gicas importantes nas doencas falciformes: ane-mia henlolitica cronica e vaso oclusao, resultando em danos teciduais. A aneane-mia henlolitica e causada por propriedades anormais da Hb S e/ou por crises sucessivas de falcizacao que levam a uma irreversibilidade da lnenlbrana da hemacia e destruicao eritrocitaria.

A lesao tecidual e principalmente produzida por hip6xia resultante da obstrucao dos vasos sarlgulneos pelo acumulo de hemacias falcizadas. Orgaos que sofi-em maiores riscos sao aqueles coil "sinus" venoso por onde a circulacao do sangue e lenta e a tensao de oxigenio e o pH sao baixos (por exemplo: rim, figado e rnedula), ou aqueles com limitada suplenlelltacao de sangue arterial (por exenlplo: olhos e cabeca do 1111u1-) "'.

Os sintonlas da Ii i 6xia tambem podem ser a(

l

1 ^tldos com crises dolorosas, ou ulsl-diosas, caracterizadas

por

rlecrose

asscptica de quadris e retinopatia por

cc

lula lalcifornle

Os efeitos dos dallos

teciduais agudos ou cronicos podern, em ultimo caso, resultar na

f

alellcla do 6rg5o, prlllclpalnlellte e

lll pacientes corn idade

avan^ada.

U111 problema adicional e menos reconllecido nos pacientes falciCornles c sua vida soli conciicocs de estresse psicossocial. Esses pacientes possuem nao somente o

(7)

es-UNICiencias v 1 - n. 1 jan

./jun. 1997 tresse advindo do fato de serem portadores de uma doenca cronica, mas tombem convt-vem com o problema da natureza de sua doenca, cuja repeticao das crises afeta sua atua tanto na escola quanto no trabalho e reduz potencialmente seu senso de auto-es a2

A deteccao efetiva de diversas formas de sindromes falcemicas requer

nostico preciso. Esse diagnostico e baseado principalmente em tecnicas ti

ag-hemogramas e dosagem de Hb Fetal. Nos casos de Hb SC, a associas5o de eetr

e letrofores as

es

alcalina e acida e decisiva para o correto diagnostico. Entretanto lid ca oore o

e o

padrao eletroforetico da anemia falciforme e similar aos de associa^oc.s e

sosntre

em que

S/ talassemia beta, Hb S/talassemia delta-beta e Hb S/PHHF. Nessas situadoes

laboratoriais devem ser muito precisas, ja que o quadro clinico do a , o du

e-re em cada uma delas. p dente puco dife

TABELA

1. Sindrome falcemicas e seu significado clinico.

Modificada de HONIG E

ADAMS III, 1986.

Deers

Falciforme

'!emog!o yin

Presentes

NI ,

A2

'ETCM yr N y11%dade Cara c terictieas Hb SS HbS: 80-95% Normal - N l

Clinica

Clinicas

HbF: 2-20% orma ++ a ++++ Anemia grave

HbS/Beta° l HbS: 75-90% Aumentada Diminuind corn crises de falcizacao ta assemia HbF:5-25% o + + a + + + + Semelhante a SS Hb S/Beta + l HbS: 55-85% Aumentada Diminuind ta assemia HbF:5-10% o + a +++ Geralmente

HbA: 10-30% menos que

HbS/alfa talassemia**

HbS:80-90% HbF: 10-20%

Normal Dim; nuindo

++ a ++++ HbSS Menos que Hb SC HbS:45-50% Normal N HbS S ormal + a +++ HbF. 2 5r%o HbC: 45-50% Menos que HbSS HbS/PHHF* HbS:65-80%o Normal N

HbF: 15-30% ormal Oa+ Geralmente

HbAS* I 1bS:32--15%

Normal Normal

Oa+

Assintomatico

Assnntt)m`tttco

* Esrts condis^oes nao I^r(^^aill el^^cli ,a f,tlcifoor'lie e for^un colocadas a titulu de compaiacao ** Pock ser detectada a presenSa de 111, 11 (2 a 5(7() 1)()l, eleh'ofurese, oil a

(8)

Por exemplo, os sintomas dos pacientes com Hb S/beta zero talassemia sao pare-cidos aos dos pacientes com Hb SS, enquanto que aqueles que apresentam Hb S/delta-beta talassemia possuem poucos sintomas e os portadores de Hb S/PHHF sao assintomaticos apesar da similaridade no padrao eletroforetico de todos eles. 22 '

Quantificacoes de HbA2 e HbF podem ajudar a distinguir essas alteracoes.

Em geral, a HbA2 esta aumentada, acima de 3,5% nos casos de associacoes corn

talasse-mia beta zero e baixa em pacientes corn Hb S/delta beta talassetalasse-mias e Hb S/PHHF.

Hb Fetal esta mais alta em portadores de Hb S/beta talassemia do que em pacientes

A

com Hb SS. Entretanto, os valores dos indices de VCM sao geralmente fundamentals

na conclusao dos resultanos, conforme mostra a tabela 1. Nos casos em que se suspeita

de HbS/PHHF, a pesquisa de distribuicao intraeritrocitaria de HbF nos pals devera ser

realizada. 'i

Traco falciforme

0 traco falciforme caracteriza o portador assintomatico, heterozigoto da HbS,

sendo representado por Hb AS; nao padece de doenca nem possui anormalidades no

numero de hemacias. Os processos vaso oclusivos sob condicoes fisiologicas inexistem, e

portanto, nao tern influencia na expectativa de vida de seu portador. Nessa condi^ao

heterozigota, ocorre a heranca de um gene anormal (beta S) e outro normal (beta A

),

resultando na producao de cadeias betas normais (HbA) e beta anormais (HbS), sempre

com predominio de Hb A. 0 diagnostico laboratorial e feito por tecnicas eletroforeticas,

e individuos que apresentam mais Hb S do que Hb A podem ser portadores de Hb S/beta

mais talassemia.

0 traco falciforme pode estar associado ocasionalmente a condicoes clinicas graves que incluem hiposteni ria, hematuria, aumento no risco a infeccoes do trato urinario durante a gravidez e retardo constituicional da puberdade. 21 Os portadores de Hb AS quando iniciam quadro de hipoxia, raramente desenvolvem sintomas relacionadas a vaso oclusao. No entan-to, existem relatos de morte subita e complicacoes clinicas em portadores de Hb AS expostos a condicoes de baixa tensao de oxigenio, como anestesias prolongadas, esforcos fisicos exte-nuantes e trabalho sob condicoes adversas. 26. 2725,

Biologia molecular da HB S

Todos os individuos sao geneticamente diferentes, c essas caracteristicas sao

transmitidas. Grande parte das difererrcas individuais representam variacoes patologicas de DNA, enquanto outras tantas representam variacoes silenciosas. Essas varia oes silen-ciosas on neutras sao designadas polimorfisnros e podem ser detectadas poi dual vias: a) diferentes na sequencia de DNA podein ser identificadas pela andlise segiiencial de fra -mentos de DNA clonados. Com as atuais tecnicas de biologia molecular, c possivel hoje

,

(9)

UNICiencias v 1 - n. 1 jan./jun. 1997

isolar deternlinado gene do restante do genoma humano;

b) muitas vezes substitui^oes

de ntlcleotideos neutron poder vados por en

iam tambem inh'oduzir oil remover

de restri4do. Uma centena de enzimas dense temovei sitios cli

tornando poss%vel a analise de um pequeno fragmento de DNA com

ltc)le

difrente

creme ializados,

clivagem para a analise de polimorfismos. 28

s s%tios de 0 primeiro polimorfismo do gene globinico beta foi detectado estudo initial de fragmentos clonados para essa regiao do genoma. N em um s frag-memos que continham os genes gamy e beta dam a obsei^^a^ao de does ra da

da diferen^a entre eles, sob a a ao dc uma enzima^bi^la de Lill] individtio normal, foi

nota-cPst I, clue localizou uma segiiencia

no Segundo intron do gene gama, indicando

a

ocorrer e ser identificadas. KAM e DOZZY, 1978, descreveranl^oes nil oi'fsas pde DNA

para o gene beta globinico atrav politlll•fismo de DNA

es da localiza^ao de um sitio de clivagein pela eilzima Hpa I,

localizado em 5Kb3, e a fregiiente associa^ao de sua ausencia coin

zado pelos autores Como ferramenta para o diagnostico pi-6-natal. o alelo

Apos da

esses ach S ad

foi

os, um

ili-grande numero de outros sitios polimorficos no gene beta foram idea

Grupos genicos ligados a tais polimorfismos, designados haplo

dos.

os, sao iiteis

marcadores para analises genetical, relacionando os segmentos es ecifi P

a pop

ulacao Clue esta sendo avaliada. 11

P cos do cromossomo As caracteristicas clinicas da anemia falciforme sao marcadas or

bilidade entre seus portadores, principalmente relacionado c p g

s ande emia,

quantidade e composicao de Hb Fetal, e outras caracteristicashematofoau de anemia,

ecologicos estao envolvidos e nao devem ser desprezados na analise global, d

al, dos g

s quals

podemos citar o China, condicoes socio-economicas e desenvolvin

tre-tanto, a grande maioria das diferentas clinicas e hematologicas deve-se medico.

gene-ticos relacionados a outros genes que podem estar ligados ou na a fatores b S

sao capazes de modificar a expressao da doenca. Dentre esses fatores, da H r e

cern

cem destaque: associacao de Hb S corn talassemia alfa e a presen a de es, doffs mere-sua composicao - se formada po- cadeias gama glicina ou gamaFetal

alanina). Portanto, o curso clinico e a gravidade da anemia falciforig e est5o adds o haplotipo herdado. Ate o presente, foram identificados tipos relacionados u-ta^oes para Hb S, e rov ^ quatro os diferentes de m

p av elmente todas originaram-se separadamente. Sao elas:

Be-nin, Republica da Africa Central (RAC), Senegal e Arabia Saudito India. Essas quatro

variantes podem ser identificadas pot analises de endonucleases d

plotipos Benin e RAC estao associados ao aumento da gravidade da e t est afa . Os

ha-e sao tambha-em os mais frha-egiiha-entha-es. ".'"1. ;o,:{1

da doen^a facilforme Os portadores dos haplotipos Senegal e Arabia Saudita a presentani niveis

1 de Hb F significativamente elevados, o Clue favorece sua clinica. 0 ii

de uma popula^io para cotta. Pot ser ^ ,n ^^ el de Hb F v .aria dencia de ^ccticarnente deterniinadu,

que a alta expressao de cadeias i f>rnece boa evi-4as do C para T na posi4ao I 5Sl^p;;, do sitio^`^`^ca^p^^doa,restaria relaci(>>iada a

1:,,,^{an-^^ pimaglicina, indicando due o aumento na expressao da Ilb F referia-se a Lill] sub-ha ploti )o

gene gama.

='`' =s' I 1 cspecifico do

Na Africa, os individuos portadores de anemia facilforme sao ha l

homozigotos. Nas Americas, devido ao alto o-rau de nlisci 1 otipica n ^ ^c na^ao, O's individuos cons

(10)

ane-mia facilforme sao haplotipicamente heterozigotos. 29,30,31

Recente estudo realizado cone negros brasileiros portadores de hemoglobina S, provenientes de Ribeirao Preto, Sao Paulo e Uberaba, mostraram que a frequencia do tipo de mutacao de Hb S nestas regioes do Brasil e proveniente especialmente do tipo Benin, seguido de RAC. 32

ABSTRACT

The population of Brazil is known by its intense racial mixture with great influence in the dispersion of abnormal genes mainly among the haemo-globin, being the haemoglobin AS and AC among the most importants variants in our population followed by the talassimia heterozygote. With the urge of infor-ming and updating the knowledge about the abnormal haemoglobins the au-thors decided to create texts of vision about the subject for professionals in the health area.

(11)

UNICiencias

v 1 - n. 1 jan ./jun. 1997

BIBLIOGRAFIA

I- ABBES, S. et al. Sickle cell anemia in the Tunisian

Populati-on> haplotyping and Hb F expression.

Hemoglobin

v.15, n. '/2, 1991,p.1-9.

,

2- ANTONARAKIS, S. E.; KAZAZIAN JR., H. H. & ORKIN, S.

H. DNA polymophism and molecular patholy of the human

globin gene cluster.

Human Genetics , v. 69, 1985, p.1-14.

3- BALLAS, S.K. et al. The XMNI site (-158, C-->T)5' to the

GamaG globin gene: correlation with the senegalense haplotyp and gama G globin gene expression.

Hemoglo-bin, v.15, n. 5, 1991, p. 393-405.

4- BEUTLER, E. The sickle cell disease and related disorders.

In: WILLIAMS, W. L. et al. Hematology

. 3.ed. New York:

Mc Graw Hill, 1993, p.583-609.

5- BLUMENFELD,D.N. et al. Trans membrane mobility of phos-pholipids in sickle cell erythrocytes effect of deoxigena-tion on difusion and assymetry.

Blood , v. 77, n. 4, 1991,

p. 849-854.

6- CHARACHE, S.; LUBIN, B.

y REID, C. D. Management and

therapy of sickle cell disease

. Washington, D.C.: U.S. Department of Health and Human Service, 1991.

7- CHARACHE, S. Sudden death in sickle trait. Amer. J.

v. 84, 1988, p. 459-461. Med.,

8- COSTA, F. F.; TAVELA, M. H. y ZAGO, M. A. Deletion type alpha thalassemia among brazilian patients with sickle cell anemia. Rev. Bras. Genetica

, v. 12, n. 3, 1989, p. 605-11. 9- DOMINGOS,

C. R. B. Hemoglobinopatias no Brasil :

Varia-bilidadegenetica e metodologia laboratorial. Sao Jose do Rio Preto, SP: UNESP, 1993. Tese de Doutorado, C-encias, Curso de Pos-Graduacao em Ciencias Biolo-gicas da UNESP, Set. 1993.

(12)

10- ELION, J. et al. DNA sequences viation in a negative control

regions 5' to the beta globin gene correlates with the

phe-notypic expression of the beta S mutation. Blood, v. 79,

n. 3, 1992, p. 787-92.

1 1- FABRY, M.E. et al. Demonstration of endothelial adhesion of sickle cell in vivo: a distinct role for deformable cell discocytes. Blood, v. 79, n.6, 1992, p.

1602-12---_. Rapid increase in red blood cell density driven by

K:CI cotransport in a subset of sickle cell anemia

reticu-locytes and discocytes . Blood

, v. 78, n. 1, 1991, p.

217-225.

13- FRANCIS Jr., R. B. Y JOHNSON, C. S. Vascular oclusion in

Sickle cell Disease: currente concepts and unanswered

question Blood

, v. 77, n. 7, 1991; n 1405-14.

14- GONcALVES, M. S. y RAMALHO, A. S. Frequency and

glo-merular or post-gloglo-merular origin of hematuria in

Bra-zilian patients with sickle cell sydromes.

Rev. Bras.

Ge-netica , v. 13, n. 4, 1990, p. 841-8.

15- HEBBEL, R. Beyond hemoglobin polymerization: the red blood cell mambrane and sickle disease pathophisiology.

Blood , v. 77, n. 2, 1991, p. 214-37.

16- HONIG, G. R. y ADAMS III, J. G. Human hemoglobin gene-tics. New York: Springer Verlag, 1986.

17- HUTZ, M. H. y SALZANO, F. M. Sickle cell anemia in Rio de Janeiro, Brazil: demographic, clinical and laboratorial

data. Braz. J. of Med. Biol. Res., v. 16, 1983, p. 219-26.

18- IHIC. INTERNATIONAL HEMOGLOBIN INFORMA'T'ION CENTER. Variants list. Hemoglobin, v. 16, n. 3, 1992, p. 127-217.

19- KULOZIC, A. E. et al. Sickle cell/beta+ thalassemia in Orissa

State, India. Brit

. J. Haematology, v. 77, 1991,1).21,5-20.

(13)

UNIGiEncias v 1 - n. 1 Jan

./jun. 1997

20- LANCOS, K. D. et al. Sequence variantions in the 5'flankin

and IVS-II regions of the gama G and gama A globi n

genes of the beta S chromosomes with five different ha

Plotypes. Blood

, v. 77, n. 11, 1991, p. 2488-96.

21- LAWRENCE, C.; FABRY, M. E. y NAGEL, R. L. The

red cell heterogeneity of SC di ea e: crystal fo un

rmation

dense reticulocytes, and unusual morphology.

Blood, v.

78, n. 8, 1991, p. 2104-12.

22- LEHMANN, H. y HUNTSMAN, R.G. Man

's hemo lobin.

Amsterdan: North Holland, 1974, p.478. g

23- NAGEL, R. L. et al. The Senegal DNA haplotype is associte

with the amelioration of anemia in African American

si-ckle cell anemia patients . Blood

, v. 77,n. 6, 1991, p. 1371-75.

24- ONER, C. et al. Sequences variations in the 5'hipersensitive

site 2 for the locus control region of beta S chromossome

are asspciate with different levels of fetal globin in

hemo-globin S homozygotes . Blood

, v. 79, n. 3, 1992, p. 813-9.

25- PADMOS, M.A. et al. Two different forms of homozygous

si-ckle cell disease occur in Saudi Arabia.

Brit. J.

Haemato-logy, v. 79, 1991, p. 93-98.

26- POWARS, D. R. Sickle cell anemia and major organ failure.

Hemoglobin

, v. 14, n. 6, 1990, p. 573-98.

27- RIEDER, R. F. et al. Effect of beta globin gene cluster haplo-type on the hematological and clinical features of sickle cell anemia. Am. J. Hematology, v. 36, 1991, p. 184-9.

28- SCHRIER, S. L. y MOHANDAS, N. Globin chain specificity

of oxidation induced changes in red blood cell

membra-ne properties. Blood

, v. 79, n. 6, 1992, p. 1586-92.

29- STEINBERG, M. H. The interaction of alpha thalassemia with

hemoglobinopathies. Hematol./Oneol.Clin. of North America, v. 5, n. 3, 1991, p. 453-473.

(14)

30- SULLIVAN, L. W The risks

of Sickle cell trait . New England J.

Med., n . 24, 1987, p. 830-831.

31- WORLD HEALTH ORGANIZATION WORKING GROUP.

Hereditary anaemias :

genetic basis, clinical feures,

diag-nosis and treatment . Bull. W.H.O., v. 60 , n. 5, 1982, p.

643-661.

32- ZAGO, M. A. et al. Hereditary hemoglobins disorders in a

brazilian population. Human Hereditariety, v. 33, 1992,

p. 125-9.

Referências

Documentos relacionados

Para o exercício da atividade profissional, concluiu o Bacharelato em Análises Clínicas e.. de Saúde Pública ao abrigo da Legislação em vigor, e posteriormente a

Diante do exposto, percebe-se que os anfitriões entendem o consumo colaborativo como uma alternativa de consumo diferente do consumo tradicional de produtos e

 $/(1&$6752/XL])HOLSHGH O Trato dos viventes: a formação do Brasil no Atlântico Sul.. Alberto Luiz SCHNEIDER.

Na formação acadêmica dos cursos de licenciatura, os Estágios Supervisionados ocupam lugar primordial na formação de professores, visando a habilitação desses

On the other hand, the results in the Emotion processing task suggested that the faces elicited a more relevant effect than objects (houses, mugs) in children with ASD; in terms

O objetivo deste trabalho foi verificar a associação dos haplótipos da globina s com o fator de crescimento endotelial vascular-A (VEGF-A), com hemoglobina fetal (HbF)

Os sinais clínicos mais frequentes da babesiose canina são febre, anorexia, letargia, mucosas pálidas, anemia hemolítica, trombocitopenia, hemoglobinúria e

Uma falta similar de correlação entre a presen- ça de faixas vagarosas e o nível de atividade do peixe foi encontrada, incluindo-se todas as faixas vagarosas (mobilidade relativa