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Quanto ao seu NÍVEL , os sistemas classificam-se em ECOSSISTEMA, SISTEMA e SUBSISTEMA: - ECOSSISTEMA (ou Supersistema): trata sistema como uma concepção maior, como um todo, mais

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FACULDADE EVANGÉLICA DE BRASÍLIA

BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

Unid 7 TEORIA DE SISTEMAS

Compilado pelo Prof. Josias R. Alves

INTRODUÇÃO

Por volta da década de 1950, o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy elaborou uma teoria interdisciplinar para transcender os problemas exclusivos de cada ciência e proporcionar princípios gerais (sejam físicos, biológicos, sociológicos, químicos etc.) e modelos gerais para todas as ciências envolvidas, de modo que as descobertas efetuadas em cada uma pudessem ser utilizadas pelas demais. Essa teoria interdisciplinar - denominada Teoria Geral de Sistemas (TGS) - demonstra o isomorfismo das ciências, permitindo a eliminação de suas fronteiras e o preenchimento dos espaços vazios (espaços brancos) entre elas. A TGS é essencialmente totalizante: os sistemas não podem ser compreendidos apenas pela análise separada e exclusiva de cada uma de suas partes. A TGS se baseia na compreensão da dependência recíproca de todas as disciplinas e da necessidade de sua integração. Os vários ramos do conhecimento - até então estranhos uns aos outros pela especialização e conseqüente isolamento - passaram a tratar os seus objetivos de estudo como sistemas. E inclusive, a Administração.

A Teoria Geral da Administração passou por uma forte e crescente ampliação do seu enfoque desde a abordagem clássica passando pela humanística, neoclássica, estruturalista e behaviorista até a abordagem sistêmica. Na sua época, a abordagem clássica havia sido influenciada por três princípios intelectuais dominantes em quase todas as ciências no início do século passado: o reducionismo, o pensamento analítico e o mecanicismo. Com o advento da Teoria Geral dos Sistemas, estes princípios passam a ser substituídos pelos princípios opostos do expansionismo, do pensamento sintético e da teleologia, conforme tabela abaixo:

ABORDAGEM CLÁSSICA ABORDAGEM SISTÊMICA

REDUCIONISMO

é o princípio que se baseia na crença de que todas as coisas podem ser decompostas e reduzidas em seus elementos fundamentais simples, que constituem as suas unidades indivisíveis. O taylorismo na Administração é um exemplo clássico do reducionismo.

EXPANSIONISMO

é o princípio que sustenta que todo fenômeno é parte de um fenômeno maior. O desempenho de um sistema depende de como ele se relaciona com o todo maior que o envolve e do qual faz parte. Essa transferência da visão focada nos elementos fundamentais para uma visão focada no todo se denomina abordagem sistêmica.

PENSAMENTO ANALÍTICO

é utilizado pelo reducionismo para explicar as coisas ou tentar compreendê-las melhor. A solução ou explicação do todo constitui a soma das soluções ou explicações das partes. O conceito de divisão do trabalho e de especialização do operário são manifestações típicas do pensamento analítico.

PENSAMENTO SINTÉTICO

é o fenômeno visto como parte de um sistema maior e é explicado em termos do papel que desempenha nesse sistema maior. A abordagem sistêmica está mais interessada em juntar as coisas do que em separá-las.

MECANICISMO

é o princípio que se baseia na relação simples de causa-e-efeito entre dois fenômenos. Essa relação utiliza o que hoje chamamos sistema fechado:

o meio ambiente era subtraído na explicação das causas.

TELEOLOGIA1

é o princípio segundo o qual a causa é uma condição necessária, mas nem sempre suficiente para que surja o efeito. A teleologia é o estudo do comportamento com a finalidade de alcançar objetivos. Enquanto na concepção mecanicista o comportamento é explicado pela identificação de suas causas e nunca do seu efeito, na concepção teleológica o comportamento é explicado por aquilo que ele produz ou por aquilo que é seu propósito ou objetivo produzir.

PRINCIPAIS CONCEITOS DE SISTEMAS - É um conjunto de elementos em interação recíproca.

- É um conjunto de partes reunidas que se relacionam entre si formando uma totalidade.

- É um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado final é maior do que a soma dos resultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada.

- É um conjunto de elementos interdependentes e interagentes no sentido de alcançar um objetivo ou finalidade.

- É um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado cujas características são diferentes das características das unidades.

- É um todo organizado ou complexo; um conjunto ou combinação de coisas ou artes, formando u todo complexo ou unitário orientado para uma finalidade.

- É um conjunto de elementos dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre dados/energia/matéria para fornecer informação/energia/matéria.

1 1.Estudo da finalidade. 2.Doutrina que considera o mundo como um sistema de relações entre meios e fins; teologismo. 3.Estudo dos

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J:\Faculdades\2009.1\FE\TGA\Aulas\TGA - Aula12 - Unid 7 - TeoriaDeSistemas.doc - Impresso em 29/4/2009 14:05:00h 2 TIPOS DE SISTEMAS

Quanto à sua CONSTITUIÇÃO, os sistemas podem ser FÍSICOS ou ABSTRATOS:

- SISTEMAS FÍSICOS OU CONCRETOS: são compostos de equipamentos, maquinaria, objetos e coisas reais. São denominados hardware. Podem ser descritos em termos quantitativos de desempenho.

- SISTEMAS ABSTRATOS OU CONCEITUAIS: são compostos de conceitos, filosofias, planos, hipóteses e idéias. Aqui, os símbolos representam atributos e objetivos, que muitas vezes só existem no pensamento das pessoas. São denominadas software.

Quanto à sua NATUREZA, os sistemas podem ser FECHADOS ou ABERTOS:

- SISTEMAS FECHADOS: não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda, pois são herméticos a qualquer influência ambiental. Sendo assim, não recebem influência do ambiente e nem influenciam o ambiente. A rigor, não existem sistemas fechados na acepção exata do termo. A denominação sistemas fechados é dada aos sistemas cujo comportamento é determinístico e programado e que operam com pequeno e conhecido intercâmbio de matéria e energia com o meio ambiente. São os chamados sistemas mecânicos, como as máquinas e equipamentos. - SISTEMAS ABERTOS: apresentam relações de intercâmbio com o ambiente por meio de inúmeras entradas

e saídas. Os sistemas abertos trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente. São adaptativos, isto é, para sobreviver devem reajustar-se constantemente às condições do meio. Quanto ao seu NÍVEL, os sistemas classificam-se em ECOSSISTEMA, SISTEMA e SUBSISTEMA: - ECOSSISTEMA (ou Supersistema): trata sistema como uma concepção maior, como um todo, mais

abrangente filosófica e cientificamente. A empresa, vista sob esta óptica, retrata seu ambiente inteiro, contemplando o meio ambiente interno e o externo. O sistema é parte dele, ou seja, é subsistema do ecossistema.

- SISTEMA: é o objeto principal, o tema que é explorado, a matéria em questão, o que está sendo estudado ou considerado. A empresa pode ser exemplificada como um sistema, dentro do ecossistema. - SUBSISTEMA: é a divisão do sistema em questão. São as partes estruturadas e identificadas, órgãos

componentes, membros do tema, pedaços da matéria estudada.

COMPONENTES DOS SISTEMAS

- Entrada ou insumo ou impulso: (INPUT) é a força de arranque ou de partida do sistema que fornece o material ou energia para a operação do sistema. O sistema recebe insumos para poder operar, processando ou transformando essas entradas em saídas. A entrada de um sistema é aquilo que o sistema importa ou recebe do seu mundo exterior podendo ser constituída de um ou mais dos seguintes elementos:

- Informação: é tudo o que permite reduzir a incerteza a respeito de algo. Quanto maior a informação, menor a incerteza. A informação permite planejar e programar o comportamento ou funcionamento do sistema.

- Energia: é a capacidade utilizada para movimentar e dinamizar o sistema, fazendo-o funcionar.

- Materiais: são os recursos a serem utilizados pelo sistema como meios para produzir as saídas (produtos e serviços).

- Saídaou produto ou resultado: (OUTPUT) é a conseqüência/finalidade para a qual se reuniram elementos e relações do sistema. É o resultado final da operação ou processamento de um sistema. Todo sistema produz uma ou várias saídas. Através da saída, o sistema exporta o resultado de suas operações para o meio ambiente. Essas devem ser coerentes com o objetivo do sistema.

- Processamento ou processador ou transformador: (THROUGHPUT) é o mecanismo de conversão das entradas em saídas. O processador está empenhado na produção de um resultado.

ECOSSISTEMA

SISTEMA

SUBSISTEMA SUBSISTEMA

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PROCESSO DE

TRANSFORMAÇÃO SAÍDA

ENTRADA S

RETROALIMENTAÇÃO

OBJETIVOS

Controle e Avaliação

- Retroação, retroalimentação ou retroinformação: (FEEDBACK) é a função de sistema que visa comparar a saída com um critério ou padrão previamente estabelecido. A retroação tem por objetivo o controle. A retroação serve para comparar a maneira como um sistema funciona em relação ao padrão estabelecido para ele funcionar: quando ocorre alguma diferença (desvio ou discrepância) entre ambos, a retroação incumbe-se de regular a entrada para que sua saída se aproxime do padrão estabelecido. A retroação confirma se o objetivo foi cumprido, o que é fundamental para o equilíbrio do sistema.

- Ambiente: é o meio que envolve externamente o sistema. O sistema aberto recebe entradas do ambiente, processa-as, e efetua saídas novamente para o ambiente, de tal forma que exista entre ambos - sistema e ambiente - uma constante interação. A viabilidade ou a sobrevivência de um sistema depende de sua capacidade de adaptar-se, mudar e responder às exigências e demandas do ambiente externo.

CONCEITO DE CAIXA NEGRA(black box)

O conceito de caixa negra refere-se a um sistema cujo interior não pode ser desvendado, cujos elementos internos são desconhecidos e que só pode ser conhecido por fora , através de manipulações externas ou de observação externa. Utiliza-se o conceito de caixa negra em duas circunstâncias: quando o sistema é impenetrável ou inacessível, por alguma razão (por exemplo, o cérebro humano ou o corpo humano) ou quando o sistema é complexo, de difícil explicação ou detalhamento (como um computador eletrônico ou a economia nacional).

O conceito de caixa negra é interdisciplinar e apresenta conotações na Psicologia, na Biologia, na Eletrônica, na Cibernética, etc. Na Psicologia Comportamental, relaciona-se com os estímulos e respostas do organismo, sem considerar os conteúdos dos processos mentais.

Muitos problemas científicos ou administrativos são tratados inicialmente pelo método da caixa negra atuando nas entradas e saídas, isto é, na periferia do sistema e, posteriormente, quando descoberto o conteúdo interno, passa-se a trabalhar nos aspectos operacionais e de processamento, ou seja, nos aspectos internos do sistema.

TEORIA DA INFORMAÇÃO

O sistema de comunicação tratado pela teoria da informação consiste em seis componentes: fonte, transmissor, canal, receptor, destino e ruído.

- Fonte:significa a pessoa, coisa ou processo que emite ou fornece as mensagens por intermédio do sistema - Transmissor:significa o processo ou equipamento que opera a mensagem transmitindo-a da fonte ao canal.

O transmissor codifica a mensagem fornecida pela fonte para poder transmiti-la. Em princípio, todo transmissor é um codificador de mensagens.

- Canal:significa o equipamento ou espaço intermediário entre o transmissor e o receptor. Em telefonia, o canal é o circuito de fios condutores da mensagem de um telefone para outro.

- Receptor significa o processo ou equipamento que recebe a mensagem no canal. Para tanto, o receptor decodifica a mensagem para poder colocá-la à disposição do destino. É o caso dos impulsos elétricos (canal telefônico) que são transformados e decodificados em impulsos sonoros pelo telefone (receptor) para serem interpretados pelo destino (pessoa que está ouvindo o telefone receptor). Todo receptor é um decodificador de mensagem.

- Destino:significa a pessoa, coisa ou processo a quem é destinada a mensagem no ponto final do sistema de comunicação.

- Ruído: significa a quantidade de perturbações indesejáveis que tendem a deturpar e alterar, de maneira imprevisível, as mensagens transmitidas. A palavra interferência, por vezes, é utilizada para conotar uma perturbação de origem externa ao sistema, mas que influencia negativamente o seu funcionamento.

Ruído ou Interferência

Receptor Destino

Fonte Transmissor Canal CAIXA PRETA

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J:\Faculdades\2009.1\FE\TGA\Aulas\TGA - Aula12 - Unid 7 - TeoriaDeSistemas.doc - Impresso em 29/4/2009 14:05:00h 4 SISTEMA SISTEMA TELEFÔNICO PORTA AUTOMÁTICA PROGRAMA DE TV

Fonte Voz humana Afluência de pessoas rompendo raio de luz Palcos e atores

Transmissor Aparelho telefônico Célula fotoelétrica e circuitos auxiliares Câmera, transmissores e antena transmissora

Canal

Rede de fios condutores que ligam um aparelho a

outro

Fio conduzindo ao solenóide que move a porta

automática Espaço livre

Receptor Outro aparelho telefônico Mecanismo solenoidal Antena receptora e aparelho de TV

Destino Ouvido humano Porta automática Telespectador

Ruído cruzadas, interferências Estática, ruídos, linhas Mau funcionamento dos dispositivos

Estática, interferência, chuviscos, mau funcionamento de algum dos

componentes.

CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES COMO UM SISTEMA ABERTO

O conceito de sistema aberto é perfeitamente aplicável à organização empresarial. A organização é um sistema criado pelo homem e mantém uma dinâmica interação com o seu meio ambiente, sejam clientes, fornecedores, concorrentes, entidades sindicais, órgãos governamentais e outros agentes externos. Influi sobre o meio ambiente e recebe influência dele. Além disso, é um sistema integrado por diversas partes ou unidades relacionadas entre si, que trabalham em harmonia umas com as outras, com a finalidade de alcançar uma série de objetivos, tanto da organização como de seus participantes.

As organizações possuem as seguintes características de sistemas abertos: a) Comportamento probabilístico e não determinístico

Como todos os sistemas sociais, as organizações são sistemas abertos, afetados por mudanças em seus ambientes, denominadas variáveis externas. O ambiente não tem fronteiras e inclui variáveis desconhecidas e incontroladas. Por essa razão, as conseqüências dos sistemas sociais são probabilísticas e não-determinísticas e o seu comportamento não é totalmente previsível. As organizações são complexas e respondem a muitas variáveis que não são totalmente compreensíveis.

b) As organizações como partes de uma sociedade maior e constituídas de partes menores

As organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas. Os sistemas são "complexos de elementos colocados em interação". A focalização incide mais sobre as relações entre os elementos interagentes, cuja interação produz uma totalidade que não pode ser compreendida pela simples análise das várias partes tomadas isoladamente.

c) Interdependência das partes

A organização é um sistema social cujas partes são independentes, mas inter-relacionadas. "O sistema organizacional compartilha com os sistemas biológicos a propriedade de uma intensa interdependência de suas partes, de modo que a mudança em uma das partes provoca impacto sobre as outras". A organização não é um sistema mecânico no qual uma das partes pode ser mudada sem um efeito concomitante sobre as outras partes. Devido à diferenciação provocada pela divisão do trabalho, as partes precisam ser coordenadas através de meios de integração e controle.

d) Homeostase ou "estado firme"

A organização alcança um estado firme ou seja, um estado de equilíbrio quando satisfaz dois requisitos: a unidirecionalidade e o progresso.

- Unidirecionalidade ou constância de direção: apesar das mudanças do ambiente ou da organização, os mesmos resultados são atingidos. O sistema continua orientado para o mesmo fim, usando outros meios;

- Progresso com relação ao fim: o sistema mantém, em relação ao fim desejado, um grau de progresso dentro dos limites definidos como toleráveis. O grau de progresso pode ser melhorado quando a empresa alcança o resultado com menor esforço, com maior precisão e sob condições de variabilidade.

Esses dois requisitos para alcançar o estado firme unidirecionalidade e progresso exigem liderança e comprometimento das pessoas com o objetivo final a ser alcançado. Além do mais, a organização como um sistema aberto precisa conciliar dois processos opostos, ambos imprescindíveis para a sua sobrevivência:

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- Adaptabilidade: mudança do sistema no sentido de ajustar-se aos padrões requeridos em sua interação com o ambiente externo, alterando o seu status quo interno para alcançar o equilíbrio frente a novas situações.

A homeostasia garante a rotina do sistema, enquanto a adaptabilidade leva à ruptura, à mudança e à inovação. Ambos os processo são levados a cabo pela organização para garantir a sua viabilidade.

e) Fronteiras ou limite:

É a linha que serve para demarcar o que está dentro e o que está fora do sistema. Nem sempre a fronteira de um sistema existe fisicamente. As organizações têm fronteiras que as diferenciam dos ambientes. As fronteiras variam quanto ao grau de permeabilidade: são linhas de demarcação que podem deixar passar maior ou menor intercâmbio com o ambiente. A permeabilidade das fronteiras define o grau de abertura do sistema em relação ao ambiente.

f) Entropia, Negentropia e Sinergia

- Entropia: refere-se à perda de energia em sistemas isolados, levando-os à degradação, à desintegração e ao desaparecimento. A entropia significa que partes do sistema perdem sua integração e comunicação entre si, fazendo com que o sistema se decomponha, perca energia e informação e degenere. A entropia é um processo pelo qual um sistema tende à exaustão, à desorganização, à desintegração e, por fim à morte,

- Negentropia: para sobreviver, o sistema precisa abrir-se e reabastecer-se de energia e de informação a fim de manter sua estrutura. A esse processo reativo de obtenção de reservas de energia e de informação dá-se o nome de entropia negativa ou negentropia. À medida que aumenta a informação, diminui a entropia, pois a informação é a base da configuração e da ordem. A negentropia, portanto utiliza a informação como meio ou instrumento de ordenação do sistema. A negentropia é o suprimento de informação adicional capaz, não apenas de repor as perdas, mas de proporcionar integração e organização no sistema. A informação também sofre uma perda ao ser transmitida. Isto significa que todo sistema de informação possui uma tendência entrópica. Daí decorre o conceito de ruído. Quando nenhum ruído é introduzido na transmissão, a informação permanece constante.

- Sinergia: significa trabalho conjunto. Existe sinergia quando duas ou mais causas produzem, atuando conjuntamente, um efeito maior do que a soma dos efeitos que produziriam atuando individualmente. Ela constitui o efeito multiplicador das partes de um sistema que alavancam o seu resultado global.

APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA DE SISTEMAS

De todas as teorias administrativas, a Teoria de Sistemas é a menos criticada, pelo fato de que a perspectiva sistêmica parece concordar com a preocupação estrutural-funcionalista típica das ciências sociais dos países capitalistas de hoje. A Teoria de Sistemas desenvolveu os conceitos dos estruturalistas e behavioristas. Uma apreciação crítica da Teoria de Sistemas revela os seguintes aspectos:

1. Confronto entre teorias de sistema aberto e de sistema fechado:

- A natureza dinâmica do ambiente conflita com a tendência estática da organização. Essa é constituída para autoperpetuar-se ou, na pior hipótese, para autoperpetuar sua estrutura, critérios, métodos e metas e não para mudar esses elementos de acordo com as transformações ocorridas no ambiente.

- Um sistema organizacional rígido não pode sobreviver na medida em que não consegue responder eficazmente às mudanças contínuas e rápidas do ambiente.

- A velha perspectiva de organização como sistema fechado levou à insensibilidade a teoria administrativa tradicional, às diferenças entre ambientes organizacionais e à interdependência entre a organização e seu ambiente. Já que o ambiente não faz diferença, a perspectiva da organização como sistema fechado leva à insensibilidade para a necessidade de mudanças e adaptação contínua e urgente das respostas da organização ao ambiente.

2. Características básicas da análise sistêmica: - Ponto de vista sistêmico

a moderna teoria visualiza a organização como um sistema constituído de cinco parâmetros básicos: entrada, processo, saída, retroação e ambiente.

- Abordagem dinâmica

contrasta com a visão clássica, que enfatiza a estrutura estática. A moderna teoria não desloca a ênfase na estrutura, mas adiciona a ênfase sobre o processo de interação entre as partes que ocorre dentro da estrutura.

- Multimotivacional

a Teoria de Sistemas reconhece que as organizações existem porque seus participantes esperam satisfazer vários objetivos individuais por meio delas. Esses objetivos não podem ser reduzidos a um objetivo único, como o lucro.

- Probabilística

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J:\Faculdades\2009.1\FE\TGA\Aulas\TGA - Aula12 - Unid 7 - TeoriaDeSistemas.doc - Impresso em 29/4/2009 14:05:00h 6 - Multidisciplinar

a teoria moderna representa uma síntese integrativa de partes relevantes de todos os campos no desenvolvimento de uma teoria geral das organizações e da Administração.

- Descritiva

a teoria moderna descreve as características das organizações e da Administração. Enquanto as teorias mais antigas eram normativas e prescritivas (preocupadas em sugerir o que fazer e com fazer) a teoria moderna contenta-se em procurar compreender os fenômenos organizacionais e deixar a escolha de objetivos e métodos ao administrador.

3. Caráter integrativo e abstrato da Teoria de Sistemas:

- A Teoria de Sistemas é demasiado abstrata e conceitual e, portanto, de difícil aplicação a situações gerenciais práticas. Contudo, a abordagem sistêmica é uma teoria geral que cobre amplamente todos os fenômenos organizacionais. É uma síntese integrativa dos conceitos clássicos, neoclássicos, estruturalistas e behavioristas.

4. O efeito sinérgico das organizações como sistemas abertos:

- Sinergia é o esforço simultâneo de vários órgãos que provoca um resultado ampliado e potencializado. O sistema aberto provoca um resultado maior do que a soma de suas partes quando apresenta sinergia. Os recursos humanos, materiais e financeiros geram riquezas por meio da sinergia organizacional. A perspectiva sistêmica mostra que a organização deve ser administrada como um todo complexo.

5. O homem funcional :

- A Teoria de Sistemas utiliza o conceito de homem funcional em contraste com o conceito do homo economicus da Teoria Clássica, do homem social da Teoria das Relações Humanas, do homem organizacional da Teoria Estruturalista, e do homem administrativo da Teoria Behaviorista. O indivíduo comporta-se em um papel dentro das organizações, se inter-relacionando com os demais indivíduos como um sistema aberto. Mantém expectativas quanto ao papel dos demais participantes e procura enviar aos outros as suas expectativas de papel. As organizações são sistemas de papéis, nas quais as pessoas desempenham papéis.

6. Uma nova abordagem organizacional:

- A perspectiva sistêmica trouxe uma nova maneira de ver as coisas. O enfoque do todo e das partes, do dentro e do fora, do total e da especialização, da integração interna e da adaptação externa, da eficiência e da eficácia. Nessa nova abordagem organizacional, o importante é ver o todo e não cada parte isoladamente para enxergar o emergente sistêmico (água é diferente de hidrogênio e oxigênio).

Referências:

- CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

- ___________. Introdução à Teoria Geral da Administração - Edição compacta, 2. ed, Rio de Janeiro: Campus, 1999.

- MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à Administração, 5. ed. rev. e ampl., São Paulo: Atlas, 2000.

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