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A HISTÓRIA DO DSM E SUAS RELAÇÕES COM A PSICANÁLISE

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(1)

TEXTO BASE: QUESTÕES ENTRE A PSICANÁLISE E O DSM,

de C. DUNKER

Psicopatologia

A HISTÓRIA DO DSM E SUAS RELAÇÕES

COM A PSICANÁLISE

(2)

Objetivo

: elaborar uma

crítica à racionalidade diagnóstica dos DSM

que torna formas de

sintoma e de mal-estar parte de um processo social de alienação e de mercantilização do

sofrimento.

Posicionamento

: os esforços desse laboratório visam a convergir com o de inúmeras outras

iniciativas que contrapõem-se à soberania do DSM como critério diagnóstico para a clínica e

para a saúde mental.

Método

: considerações a partir de uma

perspectiva histórico-crítica

sobre a produção das

categorias que exprimem e definem o sofrimento mental.

Proposta

: Não apenas

criticar a psiquiatria à partir da psicanálise

,

mas examinar os

fundamentos da associação clínica entre essas duas disciplinas

, que até onde se pode perceber

ainda é mais importante do que o consenso atual estaria disposto a reconhecer.

(3)

E l e me n t os h i st ó r i c o s a n t e c ed en tes d o DSM

Manual Diagnóstico

e Estatístico de

Transtornos Mentais

Psicopatologia

Institutos de Estatística dos EUA

(censos 1840, 1880

aumento das

categorias)

Manual produzido pelo

Exército dos EUA (desde 1918)

seleção, acompanhamento

durante e pós-guerra.

A Associação Psiquiátrica

Americana publicou pela primeira

vez um antecessor do DSM em

1844

Expectativas de melhorar a

comunicação entre os profissionais

da área de saúde, favorecer análises

(4)

DSM-I (1952)

106 diagnósticos

Características:

Classificação descritiva dos transtornos mentais. Conexão com a CID-6.

• Etiologia principal baseada nas ideias de Adolf Meyer – tipos de reação; todos os processos orgânicos, emocionais e mentais do indivíduo contribuem à totalidade da pessoa. Promove a substituição do conceito de doença pelo de “tipo de reação”, que exigia explicações fisiológicas e psicobiológicas.

• A sobreposição entre as ideias de Meyer e a psicanálise pode ser vista na definição de

transtornos psiconeuróticos’: “aquelas alterações nas quais a ansiedade é a característica dominante, diretamente sentida e expressada, ou automaticamente controlada por defesas

(reações) como depressão, conversão, dissociação, deslocamento, formação fóbica, ou pensamentos e atos repetitivos” (DSM I, pg. 12).

• O DSM I não restringiu os transtornos mentais às doenças da unidade psicobiológicas, mas também considerou os transtornos mentais associados com alterações orgânicas do encéfalo. • Os conceitos psicodinâmicos ficaram restritos ao domínio dos transtornos psicóticos,

psiconeuróticos, e de personalidade.

(5)

Adolf

Meyer

Psiquiatra suíço que viveu entre os anos de 1866 e 1950.

Emigrou para os EUA em 1893; foi diretor da clínica

psiquiátrica da Universidade de John Hopkins entre 1913-1941.

Foi eleito presidente da APA em 1928.

Adolf Meyer foi um pioneiro na área da

psicobiologia

, encorajando

investigações sobre portadores de transtornos mentais. Baseou-se em

fundamentos biológicos, psicológicos e fatores sociais.

Fontes de inspiração: Charcot, Freud, Jung, Kraepelin, Charles S Peirce, John Dewey e William James

A Psicobiologia concebe um transtorno mental como uma disfunção da personalidade em

oposição à concepção de uma patologia no cérebro.

Ele propôs um ponto de vista

dinâmico

. Sustentou que os

padrões de reação habituais

tornavam as pessoas suscetíveis a tipos específicos de colapso. Meyer usou a metodologia

denominada

estudo biográfico

para entender os padrões de reação de cada pessoa.

(6)

DSM-I

Reaçõesdepressivas psicóticas

Reaçõesesquizofrênicas

TRANSTORNOS PSICÓTICOS

(7)

DSM-I

TRANSTORNOS PSICONEURÓTICOS

TRANSTORNOS DE ORIGEM PSICOGÊNICA OU SEM CAUSA TANGÍVEL OU MUDANÇA ESTRUTURAL DEFINIDA

Reações conversivas

Reações fóbicas

Reações obsessivas compulsivas

Psicopatologia

(8)

DSM-I

TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE

Transtornos da personalidade psicopata Reação antissocial

Desvio Sexual Adição

Alcoolismo Drogadição

Psicopatologia

Transtornos da personalidade padrão Personalidade inadequada

(9)

DSM-I

Nota-se forte influência da

psicanálise na nosografia

psiquiátrica do DSM I.

Psicopatologia

(10)

DSM-I

Cerebral

Psicopatologia

Transtornos

Psicóticos

Transtornos de

Personalidade

Transtornos

Psiconeuróticos

Transtornos

Psicofisiológicos

Autónomos e Viscerais

(11)

DSM-II (1968)

182 diagnósticos

Características:

Classificação dos transtornos mentais em convergência com a Classificação Internacional de

Doenças, oitava revisão (CID-8).

• Ofereceu uma nomenclatura que podia ser usada em diversas unidades de saúde com práticas psiquiátricas, uma espécie de unificação do discurso psiquiátrico sobre transtornos mentais.

• Encontra-se na Seção I, no subitem Múltiplos Diagnósticos Psiquiátricos, uma espécie de encorajamento aos profissionais para realizarem diagnósticos múltiplos, ou seja, anotarem, quando necessário, mais de um diagnóstico.

• Manteve as categorias de Neurose e Psicose (um dos últimos reflexos da Psicanálise na Psiquiatria...).

• O grupo das neuroses é referido em torno da gama que vai da ansiedade à depressão, com relativa preservação da ligação com a realidade; O grupo das psicoses é caracterizado pela presença de alucinações e delírios, com perda substantiva da realidade.

Psicopatologia

(12)

DSM-II

PREVIAMENTE (295-298)

Psicoses afetivas Melancolia involutiva

Doença maníaco-depressiva, tipo circular

(13)

DSM-II

Neuroses de ansiedade Neuroses histéricas

Neuroses fóbicas

Neuroses obsessivo-compulsiva

Psicopatologia

(14)

DSM-II

Psicopatologia

Personalidade obsessivo-compulsiva Personalidade paranoide

Personalidade esquizoide

Personalidade histérica

(15)

DSM-II

Nota-se, ainda, certa influência da

psicanálise na nosografia

psiquiátrica do DSM II.

Nas palavras de Dunker: As

categorias são de extração

psicodinâmica.

Psicopatologia

(16)

DSM-II (1974) 7

°

ed

Em 1973, após pressões sociais, a APA

(Associação Psiquiátrica Americana)

excluiu a

homossexualidade

da

classificação do DSM, em especial, dos

transtornos da personalidade.

Entretanto, permaneceu um diagnóstico,

“homossexualidade egodistônica”, para

designar o sofrimento daqueles que

eventualmente não se identificam com a

situação sexual atual, vivendo -a ou a

experenciando como conflito.

(17)

DSM-II

Síndromes

orgânicas do

cérebro

Psicopatologia

Retardo Mental

Psicoses

Transtornos de

Personalidade

Neuroses

Transtornos

Psicofisiológicos

Sintomas Especiais

Alterações situacionais

transitórias

Transtornos de

Comportamento da

Infância e da

Adolescência

Condições sem Transtorno

Psiquiátrico Manifesto e

Condições não Específicas

+ Termos não Diagnósticos

(18)

Sintomas x Personalidade

Como foi possível a separação entre estrutura do

sintoma e estrutura do Eu (personalidade)?

Psicopatologia

Psicanálise

(direção diagnóstica)

→ da análise dos sintomas

segue-se a dedução da

estrutura.

[Freud/Lacan]

Psiquiatria psicodinâmica

(direção diagnóstica)

→ efetua

-se a separação

entre estrutura do sintoma e

estrutura (caráter) do Eu.

[Henry Ey, Bleuler]

O s i n t o m a d e i x a d e s e r a re a l i z a ç ã o d e u m c a s o p a r t i c u l a r p re v i s t o e c o n d i c i o n a d o p e l a s l e i s d a e s t r u t u r a .

O s s i n t o ma s s ã o p e r t u r b a ç õ e s d e s s a f o r ma e s t á v e l d e p e r s o n a l i d a d e , n ã o u ma d e r i v a ç ã o n e c e s s á r i a d e s u a p r ó p r i a e s t r u t u r a .

(19)

Sintomas x Personalidade

Transtornos da Personalidade

Psicopatologia

Um transtorno mental é uma síndrome

caracterizada por perturbação clinicamente

significativa

na

cognição,

na

regulação

emocional ou no comportamento de um

indivíduo que reflete uma disfunção nos

processos psicológicos, biológicos ou de

desenvolvimento subjacentes ao funcionamento

mental...

Hi st ó r i c o d o s DSM e a s r e l a ç õ es c o m a p si c a n á li se.

Transtornos mentais

(20)

Sintomas x Personalidade

Síndrome

: agrupamentos relativamente constantes e estáveis de

determinados sinais e sintomas; é puramente uma definição descritiva

de um conjunto momentâneo e recorrente de sinais e sintomas.

Psicopatologia

Sinais

: comportamentos objetivos, verificáveis pela observação direta

do paciente.

Sintomas

: vivências subjetivas relatadas pelos pacientes, suas queixas

e narrativas, aquilo que o sujeito experimenta e, de alguma forma,

(21)

DSM-III (1980)

265 diagnósticos

Características:

Classificação dos transtornos mentais em convergência com a Classificação Internacional de

Doenças, nona revisão (CID-9).

• Entre as inovações, conta-se com Critérios explícitos de Diagnóstico, um sistema de avaliação de diagnóstico multiaxial;

• E, conta-se com uma abordagem que tentou ser neutra em relação às causas dos transtornos

mentais, abordagem que desconsidera as etiologias dos transtornos mentais (Daí a ideia de a-teórico).

• Eliminou as categorias de Neurose e Psicose.

• O termo transtorno neurótico, de uso exclusivamente descritivo, refere-se assim a um

transtorno mental no qual a perturbação predominante é um sintoma ou grupo de sintomas que aflige o indivíduo e é reconhecido por ele como inaceitável e estranho (Ego-distônico).

• Confrontado com uma grande oposição política o DSM-III passou pelo sério perigo de não ser aprovado pelo conselho de administração da APA, a menos que ‘neurose’ fosse incluída em alguma incapacidade (Dunker, 2014).

Psicopatologia

(22)

DSM-III

Psicopatologia

TRANSTORNO PSICÓTICO

Transtornos fóbicos (Neurose fóbica)

Transtorno

compulsivo (Neurose obsessivo-compulsiva)

(23)

DSM-III

Psicopatologia

Nota-se o fim do casamento entre

Psicanálise e Psiquiatria na

nosografia psiquiátrica do DSM III.

(24)

DSM-III

Psicopatologia

Transtornos Psicóticos

não classificados em

outra parte.

Transtornos de

Personalidade

Transtornos Afetivos

Transtornos

Esquizofrênicos

Transtornos Paranoides

Transtornos da Infância

e da Adolescência

Transtornos de

Ansiedade

Transtornos Somatoformes

Transtornos

Dissociativos

Transtornos

Psicossexuais

Transtornos Factícios

Transtornos de Controle

dos Impulsos

(25)

DSM-III-R (1987)

292 diagnósticos

Psicopatologia

Confirma-se o fim do casamento com

a exclusão definitiva do termo

neurose

das categorias do manual.

Advertência de Dunker: O problema

crucial que se perde de vista com a

exclusão da neurose como categoria

diagnóstica

é que os diferentes

sintomas de um sujeito exprimem e se

articulam em uma narrativa de

sofrimento (experiência trágica)

. A

saída encontrada no DSM parece ser

a categoria dos

transtornos de

(26)

Efeitos da retirada

do termo neurose

Psicopatologia

Nota-se uma total

indiferença

do instrumento diagnóstico em

relação à possível

relação indutora

entre os sintomas;

A neurose, principalmente a neurose histérica, é uma categoria

fundamental para a psicanálise justamente porque permite explicar,

por meio de uma

hipótese única

, regras de formação para a

variedade de sintomas diferentes em um único caso.

Ao excluir as relações entre sintomas e funcionamentos psíquicos,

o psiquiatra fica desincumbido de fazer apreciações sobre a

personalidade do paciente.

Por fim, a unidade perdida com o sequestro da neurose, como

hipótese que unifica história de vida, sintomas e personalidade, é

reencontrada na unidade de um objeto: a medicação (Dunker,

1014).

(27)

Exclusão da noção

de sofrimento

Psicopatologia

O real prejuízo decorrente do sequestro da neurose é que os

psiquiatras se vejam sancionados por um dispositivo diagnóstico a

n ã o b u s c a r c o n e x õ e s e n t re o s s i n t o m a s

.

Acontece que o sofrimento tem uma característica específica, a

ligação de assuntos, dá-se em

n a r r a t i v a

.

A estrutura do sofrimento pode ser tipo novela, teoria, mito,

poesia, narrativa, tragédia (grega).

Ainda que o DSM-5 manifeste interesse nas patologias sociais, a

maneira fragmentária como recortam tais patologias, traduz a

e x c l u s ã o d a n o ç ã o d e s o f r i m e n t o , re f o r ç a d a p e l a re c u s a e m p e n s a r

o s s i n t o m a s n o q u a d ro d e f o r m a s d e v i d a , c o m o u n i d a d e e n t re

t r a b a l h o , d e s e j o e l i n g u a g e m .

A racionalidade diagnóstica do DSM permite alienar o sujeito de e

em sua própria forma de vida. Qual seria sua implicação em um

‘estado

de

adoecimento’

contra o qual ele nada pode, pois afinal é

seu cérebro que o domina? (Dunker, 2014)

(28)

DSM-IV (1994)

297 diagnósticos

Psicopatologia

Características:

• O DSM-IV possui um sistema de classificação categorial. As categorias são protótipos; caso um paciente seja avaliado com sintomas que o aproximam do protótipo, pode-se dizer que possui um transtorno mental.

• A principal mudança a partir da versão anterior foi a inclusão do critério de significância clínica para quase metade das categorias, que busca determinar os efeitos dos sintomas: “aflição

ou afecção clinicamente significativas na sociedade, ocupação ou outras importantes áreas de

trabalho”.

(29)

DSM-IV (1994)

297 diagnósticos

Psicopatologia

Características:

• Sistema Multiaxial

O DSM-IV organiza cada diagnóstico psiquiátrico em cinco níveis (eixos) relacionando diferentes aspectos dos transtornos ou desabilidades:

Eixo I: transtornos clínicos, incluindo principalmente transtornos mentais, bem como problemas do desenvolvimento e aprendizado;

Eixo II: transtornos de personalidade ou invasivos, bem como retardo mental;

Eixo III: condições médicas agudas ou desordens físicas;

Eixo IV: fatores ambientais ou psicossociais contribuindo para desordens;

Eixo V: Avaliação Global das Funções (Global Assessment of Functioning) ou Escala de Avaliação Global para Crianças (Children’s Global Assessment Scale) para jovens abaixo de 18 anos (numa escala de 0 a 100).

- É comum o Eixo I incluir transtornos como depressão, ansiedade, distúrbio bipolar, TDAH e esquizofrenia.

- É comum o Eixo II incluir os transtornos de personalidade borderline, transtorno de personalidade esquizoide, transtorno de personalidade antissocial, transtorno de personalidade narcisista e leve retardo mental.

(30)

DSM-IV (1994)

297 diagnósticos

Psicopatologia

Características:

➢ Sistema Multiaxial

• Objetivamente, uma avaliação multiaxial requer que todo caso seja avaliado em cinco diferentes eixos, cada um dos quais se refere à classe diferente de informação. Os três primeiros eixos constituem a avaliação formal do diagnóstico. Os eixos quatro e cinco fornecem informações

que complementam esse diagnóstico formal, e são de grande utilidade para o planejamento do tratamento e a previsão de resultados.

(31)

DSM-IV (1994)

297 diagnósticos

Psicopatologia

Características:

• Sistema Multiaxial

Para se avaliar o eixo IV, foi definido que um estressor psicossocial geralmente é um evento negativo da vida, uma dificuldade ou deficiência ambiental, um conflito familiar e/ou interpessoal. Entre as categorias globalmente consideradas encontram-se:

Problemas com o grupo de apoio primário - morte, separações, novo casamento de mãe/pai, abuso sexual ou físico, superproteção, negligência, disciplina inadequada, discórdia com irmão,

nascimento de irmão.

Problemas educacionais - analfabetismo, repetência, discórdia com professores e colegas, ambiente escolar inadequado.

Problemas econômicos - miséria, apoio social inadequado.

Hi st ó r i c o d o s DSM e a s r e l a ç õ es c o m a p si c a n á li se.

Características:

• Sistema Multiaxial

Quanto ao eixo V, foi estabelecida uma Escala da Avaliação Global do Funcionamento (Escala AGF). A avaliação orienta-se por três níveis de julgamento (superior, médio, mínimo) do

(32)

DSM-IV (1994)

297 diagnósticos

Psicopatologia

Exemplos de Diagnósticos multiaxiais do DSM-IV

Exemplo 1:

Eixo I - Síndrome da dependência do álcool;

Eixo II - Personalidade dependente;

Eixo III - Cirrose hepática alcoólica;

Eixo IV - Estressores psicossociais: desemprego contínuo, dependência financeira, abandono familiar (Gravidade 6 num máximo de 7);

Eixo V - Funcionamento adaptativo atual avaliado em 25, grave dependência dos serviços clínico e social (Considerar que na Escala AGF a performance ótima alcança o nível máximo de 100).

Exemplo 2:

Eixo I - Transtorno conversivo-dissociativo

Eixo II - Transtorno de personalidade do tipo histriônica

Eixo III - Epilepsia do tipo “ausências”

Eixo IV - Estressores psicossociais - abuso sexual infantil; inclusive (provável) incesto paterno (para a etiologia do caso, grau 7)

(33)

DSM-IV

Delirium, Demência e Amnésia

e outros Transtornos cognitivos

Psicopatologia

Transtornos

Relacionados à

Substâncias

Transtornos Alimentares

Transtornos de

Personalidade

Transtornos do Sono

Esquizofrenia e Outros

Distúrbios Psicóticos

Transtornos de Humor

Transtornos da Infância

e da Adolescência

Outros

Transtornos de

Ansiedade

Transtornos Somatoformes

Transtornos

Dissociativos

Transtornos Sexual, de

Gênero e de Identidade

Transtornos Factícios

Transtornos de Controle

dos Impulsos

Transtornos de

Ajustamento

Transtornos Mentais

(34)

DSM-IV-TR (2000)

297 diagnósticos

Psicopatologia

Caraterísticas:

• O DSM-IV e sua versão revisada colocam mais ênfase sobre as evidências empíricas, refletindo a ascensão de uma psiquiatria baseada em evidências.

Trecho do índice:

Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos Transtornos do humor

Transtornos de ansiedade

Transtornos somatoformes

(35)

DSM-IV-TR (2000)

297 diagnósticos

Psicopatologia

Caraterísticas:

• O DSM-IV e sua versão revisada colocam mais ênfase sobre as evidências empíricas, refletindo a ascensão de uma psiquiatria baseada em evidências.

Trecho do índice:

Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos Transtornos do humor

Transtornos de ansiedade

Transtornos somatoformes

Transtornos dissociativos

Hi st ó r i c o d o s DSM e a s r e l a ç õ es c o m a p si c a n á li se.

Definição de psiconeurose lá no DSM-II (ansiedade +

mecanismos de defesa = depressão, conversão e deslocamento).

Não é difícil perceber aqui os quatro elementos pelos quais a

neurose será substituída: transtornos de ansiedade, transtornos de

humor ou depressão, transtornos conversivos ou somatoformes e

transtornos obsessivo-compulsivo; acrescentando-se transtornos

de trauma-estresse e de dissociação, reencontram-se todos os

elementos, classicamente, descritos pela psicanálise.

Até aqui se pode ver que, por trás da luminosa nova ciência

psiquiátrica dos DSM, ainda jaz o cadáver psicanalítico da

(36)

Psicopatologia

O esforço pela fundamentação biológica da psiquiatria rompeu com uma longa tradição,

em vigor desde Pinel, na qual a caracterização das formas de sofrimento, alienação ou

patologia mental fazia-se acompanhar da fundamentação ou da crítica filosófica.

psicopatologia

Pinel - Hegel

Esquirol/Morel - Comte

Griesinger

Hume/Locke

Kraeplin - Kant

Jasper

Husserl

Psiquiatria

Filosofia

(37)

Psicopatologia

O esforço pela fundamentação biológica da psiquiatria rompeu com uma longa tradição,

em vigor desde Pinel, na qual a caracterização das formas de sofrimento, alienação ou

patologia mental fazia-se acompanhar da fundamentação ou da crítica filosófica.

A dissolução da

psicopatologia

Pinel - Hegel

Esquirol/Morel - Comte

Griesinger

Hume/Locke

Kraeplin - Kant

Jasper

Husserl

Psiquiatria

Filosofia

Ey/Bleuer

Freud

Em resumo, a psicopatologia dependia de duas estratégias de

autojustificação: a antropologia filosófica e a filosofia da

história. A primeira aborda o problema da universalidade das

formas do patológico; A segunda trata do problema da

evolução do patológico.

As duas estratégias desaparecem na passagem do DSM-III

para o DSM-IV.

Daí a ideia de dissolução da psicopatologia.

(38)

Psicopatologia

Além da proposição direta do DSM em ser avesso a etiologias dos transtornos mentais,

Dunker trabalha com uma ideia de que a própria transformação da noção de

‘doença

mental’

em

‘transtorno mental’

já traduz um aspecto desse movimento ateórico.

O termo transtorno já expressa a tentativa de se afastar da linguagem nosográfica em

busca de um sistema idealmente ateórico, isto é, imune aos pressupostos das disciplinas

que buscam ter voz no campo da psicopatologia.

Nota-se a opção pelo pragmatismo (operacionalidade) como solução para os impasses

teóricos no campo da psicopatologia.

A sua racionalidade está organizada em torno da busca de categorias confiáveis,

provisórias, operacionais, ateóricas e indiferentes à etiologia, que permitam a superação

de mal-entendidos terminológicos no terreno da psicopatologia (Dunker, 2014).

(39)

Psicopatologia

Definição de transtorno mental:

Um transtorno mental é uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa

na

cognição

, na regulação

emocional

ou no

comportamento

de um indivíduo que reflete uma

disfunção

nos processos

psicológicos

,

biológicos

ou de

desenvolvimento

subjacentes ao

funcionamento

mental

. Transtornos mentais estão frequentemente associados a sofrimento ou

incapacidade significativos que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades

importantes. Uma resposta esperada ou aprovada culturalmente a um estressor ou perda comum,

como a morte de um ente querido, não constitui transtorno mental.

Desvios sociais

de

comportamento (p. ex., de natureza política, religiosa ou sexual) e conflitos que são basicamente

referentes ao indivíduo e à sociedade não são transtornos mentais a menos que o desvio ou

conflito seja o resultado de uma disfunção no indivíduo, conforme descrito.

A dimensão a-teórica

do DSM

Afinal, pergunta-se Dunker, como poderia ser ateórica essa definição de transtorno mental?

(40)

DSM-5 (2013)

+300 diagnósticos

Psicopatologia

Caraterísticas:

• Fim dos eixos organizadores do diagnóstico multiaxial.

• Alteração nos transtornos depressivos (P.e., a distimia passa a se chamar transtorno depressivo persistente; a depressão pode ser diagnosticada durante o luto; surgem os transtornos (i) disruptivo da desregulação do humor e (ii) disfórico pré-menstrual).

• Transtornos de ansiedade, o TOC deixa de fazer parte dessa lista para designar uma categoria de transtorno própria.

• Acréscimos de novos transtornos, subtipos e especificadores.

• Eliminação de transtornos existentes na versão anterior (Transtornos do humor e Transtornos Somatoformes).

• Redistribuição de transtornos em outras categorias (TOC, Transtorno do Estresse pós-traumático e Transtorno do estresse agudo passam a designar Transtornos relacionados com trauma e estressores)

• Reconhecimento que diversos sintomas podem estar presentes em variados transtornos (overlap x diagnóstico diferencial).

(41)

DSM-5

Psicopatologia

(42)

Psicopatologia

(43)

Psicopatologia

Hi st ó r i c o d o s DSM e a s r e l a ç õ es c o m a p si c a n á li se.

(44)

Psicopatologia

(45)

Psicopatologia

Hi st ó r i c o d o s DSM e a s r e l a ç õ es c o m a p si c a n á li se.

(46)

DSM-5

Psicopatologia

Tr a n s t o r n o s A l i me n t a r e s Tr a n s t o r n o s S o n o - Vi g í l i a E s p e c t r o d a E s q u i z o f r e n i a e

O u t r o s Tr a n s t o r n o s P s i c ó t i c o s

Tr a n s t o r n o s D e p r e s s i v o s Tr a n s t o r n o B i p o l a r e Tr a n s t o r n o s R e l a c i o n a d o s

Tr a n s t o r n o s d e A n s i e d a d e

Tr a n s t o r n o O b s e s s i v o - c o mp u l s i v o e Tr a n s t o r n o s R e l a c i o n a d o s

Tr a n s t o r n o s D i s s o c i a t i v o s

Tr a n s t o r n o d e S i n t o ma s S o má t i c o s e Tr a n s t o r n o s R e l a c i o n a d o s

Tr a n s t o r n o s

R e l a c i o n a d o s a Tr a u ma e a E s t r e s s o r e s

Tr a n s t o r n o s d a E l i mi n a ç ã o D i s f u n ç õ e s S e x u a i s Tr a n s t o r n o s M e n t a i s D e v i d o

a C o n d i ç ã o M é d i c a

Tr a n s t o r n o s N e u r o c o g n i t i v o s

Tr a n s t o r n o s D i s r u p t i v o s , d o C o n t r o l e d e I mp u l s o s e d a C o n d u t a

(47)

Psicopatologia

Hi st ó r i c o d o s DSM e a s r e l a ç õ es c o m a p si c a n á li se.

Revisão

DSM-I (1952)

106 diagnósticos

DSM-II (1968)

182 diagnósticos

DSM-III (1980)

265 diagnósticos

DSM-III-R (1987)

292 diagnósticos

DSM-5 (2013)

+300 diagnósticos

DSM-IV (1994)

297 diagnósticos

DSM-II (1974)

7ª tiragem

DSM-IV-TR (2000)

(48)

DSM-I

Cerebral

Psicopatologia

Transtornos

Psicóticos

Transtornos de

Personalidade

Transtornos

Psiconeuróticos

Transtornos

Psicofisiológicos

Autónomos e Viscerais

(49)

DSM-II

Síndromes

orgânicas do

cérebro

Psicopatologia

Retardo Mental

Psicoses

Transtornos de

Personalidade

Neuroses

Transtornos

Psicofisiológicos

Sintomas Especiais

Alterações situacionais

transitórias

Transtornos de

Comportamento da

Infância e da

Adolescência

Condições sem Transtorno

Psiquiátrico Manifesto e

Condições não Específicas

+ Termos não Diagnósticos

(50)

DSM-III

Psicopatologia

Transtornos Psicóticos

não classificados em

outra parte.

Transtornos de

Personalidade

Transtornos Afetivos

Transtornos

Esquizofrênicos

Transtornos Paranoides

Transtornos da Infância

e da Adolescência

Transtornos de

Ansiedade

Transtornos Somatoformes

Transtornos

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Tr a n s t o r n o s A l i me n t a r e s Tr a n s t o r n o s S o n o - Vi g í l i a E s p e c t r o d a E s q u i z o f r e n i a e

O u t r o s Tr a n s t o r n o s P s i c ó t i c o s

Tr a n s t o r n o s D e p r e s s i v o s Tr a n s t o r n o B i p o l a r e Tr a n s t o r n o s R e l a c i o n a d o s

Tr a n s t o r n o s d e A n s i e d a d e

Tr a n s t o r n o O b s e s s i v o - c o mp u l s i v o e Tr a n s t o r n o s R e l a c i o n a d o s

Tr a n s t o r n o s D i s s o c i a t i v o s

Tr a n s t o r n o d e S i n t o ma s S o má t i c o s e Tr a n s t o r n o s R e l a c i o n a d o s

Tr a n s t o r n o s

R e l a c i o n a d o s a Tr a u ma e a E s t r e s s o r e s

Tr a n s t o r n o s d a E l i mi n a ç ã o D i s f u n ç õ e s S e x u a i s Tr a n s t o r n o s M e n t a i s D e v i d o

a C o n d i ç ã o M é d i c a

Tr a n s t o r n o s N e u r o c o g n i t i v o s

Tr a n s t o r n o s D i s r u p t i v o s , d o C o n t r o l e d e I mp u l s o s e d a C o n d u t a

Referências

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