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A LINGUAGEM FOTOGRÁFICA NO CINEMA

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Academic year: 2019

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GAFFURI, Carolina Vanelli1

GOMES ZANETTI, Rogério2

RESUMO

O cinema é o meio de comunicação que se utiliza de um conjunto de imagens fotográficas em movimento para exercer a representação do real por meio da imaginação. Este artigo tem por finalidade abordar a linguagem fotográfica utilizada no cinema para meio de informar, transmitir e inteirar ao seu telespectador expressões e sensações por meio de ambíguas formas de manifestar enigmas e suas formas de linguagens e signos próprios. O estudo da linguagem é a ferramenta chave para que o fotógrafo consiga introduzir de maneira imediata ou oculta sua criação. A partir destas informações analisará por meio de uma produção cinematográfica os recursos psicológicos e linguísticos para que este envolvimento aconteça.

PALAVRAS-CHAVE: Fotografia. Cinema. Linguagem. Signo.

ABSTRACT

The cinema is the mean of communication that uses a set of photographic images in motion to exercise the representation of the real through imagination. This article aims to address the photographic language used in the cinema to inform, transmit and wise the viewer up to expressions and sensations, through ambiguous forms to express enigmas and its forms of languages and own signs. The study of language is the key so the photographer can immediately introduce or hide its creation. From this information, one will examine through a film production the psychological and linguistic resources for this involvement happens.

KEY-WORDS: Photography. Cinema. Language. Sign.

1 INTRODUÇÃO

1 Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós Graduação, do Centro Universitário FASUL, ano 2016.

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Desde a criação das imagens em pintura e fotografia, elas conduzem em si uma maneira de proporcionar recordações permitindo que as pessoas tenham uma representação do real do objeto recordado.

O cinema e a fotografia carregam unidas a ilusão por uma reprodução mecânica por um conjunto de lentes que compõem o olhar fotográfico para substituir o olhar humano. A criação do artista incorpora nesta representação criando signos e linguagens para que o público interaja de maneira ativa ou passiva, isso vai depender da interpretação cultural de cada interlocutor.

Percebemos que a imagem cinematográfica é um objeto contemporâneo que pode ameaçar as expressões dos meios de comunicação. A sua leitura mantém vasta memória que merece ser estimulada para que se torne um meio de significância. Compreende-se a necessidade de sua interpretação histórica e cultural para manifestar sua rica análise que pode se tornar crítica e consciente em sua história da representação visual e criativa.

A proposta deste projeto é analisar as possibilidades de signo e linguagem que a fotografia cênica é capaz de provocar. Para isso, será usado como modelo o filme O Palhaço (2011) para observar os detalhes psicológicos e linguísticos para entreter e provocar sensações e conhecimento por parte de seu interlocutor.

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O Cinema como ontologia da imagem fotográfica

As imagens carregam em si uma psicanalise em defesa contra o tempo. São consideradas mágicas, pois de uma certa maneira “congelam” a morte de um ser o transformando em eterno. Esta evolução permitiu uma necessidade indomável de desgarrar o tempo permitindo se recordar daquele que não mais existe (BAZIN, 1958).

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Imagens têm o propósito de representar o mundo. Mas, ao fazê-lo, entrepõem-se entre o mundo e homem. Seu propósito é serem mapas do mundo, mas passam a ser biombos. O homem, ao invés de se servir das imagens em função do mundo, passa a viver em função de imagens. Não mais decifra as cenas da imagem como significados do mundo, mas o próprio mundo vai sendo vivenciado como conjunto de cenas. (FLUSSER, 1985, p. 08)

O cinema e a fotografia carregam em si um fato psicológico na ilusão por uma reprodução mecânica. São um conjunto de lentes que compõem o olho fotográfico para substituir o olhar humano. Não há intervenções entre o objeto e sua representação, pois, por sua vez, é uma criação do artista.

Esta gênese automática subverteu radicalmente a psicologia da imagem. A objetividade da fotografia confere-lhe um poder de credibilidade ausente em qualquer obra pictórica. Sejam quais forem as objeções do nosso espírito crítico, somos obrigados a crer na existência do objeto representado, literalmente re-presentado, quer dizer, tornando presente no tempo e no espaço. (BANZIN, 1958, p.22)

Assim como Flusser e Santaella (2014), decodificam a fotografia como ícone e índice, sendo todo signo uma representação do nosso real cotidiano com base em experiências vivenciadas pelo interpretador. É quando o significante remete ao significado tomando como base a experiência vivenciada pelo interpretador. Por um lado, se reproduz a realidade através de aparentes semelhanças, e por outro, relata casualmente com a realidade devido às leis da ótica.

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Flusser nos apresenta como exemplo “o nascer do sol é a causa do canto do galo; no circular, o canto do galo dá significado ao nascer do sol, e este dá significado ao canto do galo”. Na fotografia cinematográfica podemos reconhecer que toda imagem tem seu signo, um significado para o locutor, por isso haverá sempre uma intencionalidade, e para o interlocutor que receberá essa mensagem de acordo com seu nível de conhecimento sobre aquele signo.

Em Santaella, segundo Berger (1984), esse repertório entre locutor, signo e interlocutor tem infinitas possibilidades com o qual os fotógrafos modificam a representação da realidade e isso conclui que a fotografia não só atua a realidade, como também elabora e tem a capacidade de distorcer a imagem de um mundo representado.

Para os atuais comentaristas da fotografia (sociólogos e semiólogos), a relatividade semântica é de enorme importância: não existe nada “real” [...]; só existe o artefato: thésis, não physis. A fotografia, segundo eles, não é uma analogia do mundo que ela reproduz; ela é reproduzida artificialmente, pois a ótica fotográfica na perspectiva (completamente histórica) de Alberti é secundária, e a exposição da película faz de um objeto tridimensional uma linguagem bidimensional. (SANTAELLA, 2014, p. 110)

Podemos assim assimilar que as imagens cênicas são uma expressão comunicacional que nos liga a diversas culturas sendo elas cotidianas ou não. As imagens se solidificam em memórias que exigem a interpretação de um interlocutor para torna-las signos “reais” estimuladas a se tornarem um instrumento de passividade e autonomia. Surge, desse modo, uma consciência histórica, dirigida para servirem como instrumentos para orientar o mundo. (Flusser, 1984).

Percebemos que a imagem cinematográfica é um objeto contemporâneo que pode ameaçar as expressões dos meios de comunicação. A sua leitura mantém vasta memória que merece ser estimulada para que se torne um meio de significância. Compreende-se a necessidade de sua interpretação histórica e cultural para manifestar sua rica análise que pode se tornar crítica e consciente em sua história da representação visual e criativa.

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experiência nos remete, como por recordações de experiências para as quais as imagens nos remetem. Talvez que apenas restem os teorizadores para ainda se ofuscarem. (JOLY, 2007, p. 154)

Barthes, em Santaella (2014), argumenta a relativa iconicidade da fotografia. Ao contrário da pintura, por exemplo, o objeto não é somente “possivelmente real”, mas também um objeto que se faz “necessariamente real”, dessa forma, não podemos descartar a hipótese da existência desse objeto criado pelo locutor e criado interpretativamente pelos interlocutores. A imagem fotográfica segundo Barthes, “não é a realidade, mas, pelo menos, sua perfeita analogia, e é exatamente essa perfeição analógica que geralmente define a fotografia”.

A fotografia nos possibilita observar uma reprodução do real e toda imagem deve ter seu significado representando uma técnica que autoriza a criação do surreal e que alcança o poder de materializar essa imagem participando de uma natureza que causa uma alucinação verídica.

Nesta perspectiva, o cinema vem a ser a consecução no tempo da objetividade fotográfica. O filme não se contenta mais em conservar para nós o objeto lacrado no instante, como no âmbar o corpo intacto dos insetos de uma era extinta, ele livra a arte barroca de sua catalepsia convulsiva. Pela primeira vez, a imagem das coisas é também a imagem da duração delas, como que uma múmia da mutação. (BAZIN, 1958, p. 24)

3 O cinema e seus signos fotográficos

Cinema vem da palavra cinematógrafo de origem grega (kinema: movimento; eghaphein: registrar), sendo assim, registros em movimento. Esses registros são produzidos por um filme que, após vários processos de acabamento, serão unidos em uma sequência e projetados em uma superfície branca de tecido chamada de tela. É um dos meios de comunicação que interage com o meio social utilizando-se do aperfeiçoamento simbólico fotográfico. Registra em movimento elementos figurativos para expressar emoções inspiradas em um mundo realista.

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segundo é entendido como qualidade comum de um efeito estético causado em todos os tipos de filmes e o último é o interesse de consumir o produto refletido em uma sala fisicamente escura. Uma linguagem estética que utiliza-se de diversos símbolos como a fotográfica, musical e poética para comunicar, causar reflexão e exprimir sentimentos. (FARCAS, 2006).

Segundo Flusser (1985), “as imagens são superfícies que pretendem representar algo”, ou seja, a capacidade do ser humano de intencionar suas “relações significativas”.

Imagens são mediações entre homem e mundo. O homem “existe”, isto é, o mundo não lhe é acessível imediatamente. Imagens têm o propósito de representar o mundo. Mas, ao fazê-lo, entrepõe-se entre mundo e homem. Seu propósito é serem mapas do mundo, mas passam a ser biombos. O homem, ao invés de se servir das imagens em função do mundo, passa a viver em função de imagens. (FLUSSER, 1985, p. 7)

A imagem não relata uma realidade e sim sua similaridade que pode ser modificada, criada e até mesmo distorcida. Cada criador utiliza-se de diferentes habilidades para dar significação a uma imagem. Esta significação depende da representação que o autor tem sobre os signos e o que ele quer transmitir através deles e isso pode ser refletido no seu enquadramento, ângulo, luz, composição, cor, linhas (SANTAELLA, 2014). Representam uma forma de conteúdo que se impõe ao telespectador como uma forma de entreter e provocar identificação. Permite que em sua exibição o público esqueça de sua atual realidade através de sentidos e emoções causados pelas imagens em conjunto de trilhas sonoras.

Para os atuais comentaristas da fotografia (sociólogos e semiólogos), a relatividade semântica é de enorme importância: não existe nada “real” (grande é o desprezo pelos “realistas”, que não veem que uma fotografia é sempre codificada); só existe o artefato: thésis, não physis. A fotografia,

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A produção cinematográfica é algo complexo e que necessita de uma leitura interpretativa, ativa e dinâmica. Quando trabalhamos com imagens, não se explora somente o sentido do signo, mas ao que ele pode representar e de que maneira isso será composto. É importante em uma imagem de filme às questões estéticas e imagéticas e não pode ser apenas superficial, pois se estabelece um símbolo cheio de sentidos estimuladores do processo comunicativo. Deve-se atentar a representação do mundo imaginado e instaurado pelo filme construído por imagens, imaginação e símbolos da vida social. (SILVA, 2012).

O que diferencia o cinema dos demais meios de comunicação é o fato de sua linguagem agir através de reproduções fotográficas que exercem os sentidos da imaginação à primeira vista representando o real, apresentando uma ambiguidade na forma de expressar seus enigmas. Mesmo contendo signos o telespectador é capaz de captar sua mensagem, consciente ou inconscientemente, e quanto mais evidente esse saber maior será sua interpretação.

Se o cinema é linguagem, é porque opera com a imagem dos objetos, não com os próprios objetos. A duplicação fotográfica (...) arranca o mutismo do mundo um fragmento de quase realidade para fazer dele o elemento de um discurso. Disposta diferentemente do que na vida, tramadas e reestruturadas pelo fio de uma intenção narrativa, as efígies do mundo tornam-se os elementos de um enunciado. (MARTIN, 1990, p.18)

4 A linguagem fotográfica no cinema

A fotografia possui vários meios de linguagem e o cinema utiliza-se destes recursos para meios de informação e expressão explorando suas ideias e sensações através de símbolos que causam maior impacto no interlocutor e que permite o retrato de uma interpretação da realidade. Estes elementos condicionam a expressividade da imagem e possuem a necessidade de exprimir seu conteúdo dramático.

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Ela consiste nas estruturas de superfície óticas da imagem e é ainda pré-semiótica, mas descritível com base em aspectos físicos e químicos. (SANTAELLA, 2014, p. 115)

Alguns destes elementos fotográficos são utilizados para expressar o que o diretor quis dizer em cena: os planos, ângulos e cores. Na maior parte dos tipos de planos não há outra finalidade para que o telespectador interprete a ideia e o objetivo da cena narrada como close, primeiro plano e plano geral têm em sua maioria uma percepção psicológica determinada e não somente um papel contado. “O tamanho do plano (e consequentemente seu nome e seu lugar na nomenclatura técnica) é determinado pela distância entre a câmera e o objeto e pela duração focal da cena utilizada” (MARTIN, 1990).

O Plano Geral (PG) enquadra grande parte do cenário mostrando onde se encontra o personagem caracterizando o ambiente em que está localizado. Pode expressar tanto a solidão em uma grande paisagem e até mesmo sua liberdade nela.

O Plano Médio (PM) enquadra o sujeito da cintura para cinema, incluindo as características importantes de uma cena e estabelece relação entre o interprete e o ambiente. É o enquadramento em que mista a ação e expressão narrativa e dramática do personagem. Para demonstrar a ação de um ou mais personagens utiliza-se o Plano Americano (PA) os fotografando da altura dos joelhos para cima.

São no Primeiro Plano (PP) e Plano de Detalhe (PD) ou Close-up que se manifesta o maior poder de significação psicológica e dramático de uma cena, pois a câmera enquadra as fisionomias lendo nelas as expressões mais intimas transmitindo de maneira direta e fugaz os sentimentos do personagem para o público. “O primeiro plano corresponde [...] a uma invasão de campo da consciência, a uma tensão mental considerável, a um modo de pensamento obsessivo”. (MARTIN, 1990)

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Martin (1990), dá geralmente a impressão de superioridade, pois faz crescer o indivíduo tornando-o magnifico em um estado de triunfo e exaltação, destacando-os contra o céu aureolado de nuvens. O mesmo autor afirma que ao oposto do contra-longée, o ângulo plongée diminui o sujeito, o rebaixando ao nível do chão, “fazendo dele um objeto preso a um determinismo insuperável, um joguete da fatalidade.

As cores são signos que provocam a mais imediata evidência da visão. Proporcionam maior proximidade da realidade, limitando a imaginação do espectador. No cinema e na fotografia esta ferramenta é usada não apenas para criar estados de ânimo e atmosfera, mas também para que se desperte emoções específicas e que tornam este um dos principais elementos da narrativa fílmica. (site Geekness)

5 Análise signica do filme O Palhaço

Título Original: O Palhaço

Ano de lançamento: 2011

Origem: Brasil

Direção: Selton Mello

Roteiro: Marcelo Vindicatto, Senton Mello

Elenco: Álamo Facó, Bruna Chiaradia, Cadu Fávero, Erom Cordeiro, Fabiana Karla, Giselle Indrid, Giselle Motta, Hossen Minussi, Jackson Antunes, Jorge Loredo, Larissa Manoela, Maíra Chasseraux, Moacyr Franco, Paulo José, Renato Macedo, Selton Mello, Teuda Bara, Thogun, Tonico Pereira, Tony

Produção: Vania Catani

Fotografia: Adrian Teijido

Trilha Sonora: Plinio Profeta

Duração: 90 min.

Gênero: Drama/ Comédia

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nos bastidores do picadeiro a história do personagem principal Benjamin (Selton Mello) que está em sua busca ambígua de identidades o Registo Geral (RG) e a de palhaço.

As imagens do filme são compostas por planos geral, médio, americano, primeiro plano, ângulos plongée e contra plongée. Nos planos gerais e médios além de apresentar onde os atores estão localizados (figura 1), as fotografias mostram a situação de decadência do circo e as dificuldades pela qual se encontram como também nas apresentações de palco (figura 2).

FIG 01 – Plano Geral

FONTE: O Palhaço, 2016.

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FONTE: O Palhaço, 2016.

Na cena em que a trupe de artistas vão a casa do Prefeito da cidade onde estão se apresentando para o almoço revela claramente a situação de status imposta no filme. A família do Prefeito aparece em cima da escada no ângulo contra plongée definindo sua alta posição social e superioridade acima atores que estão em ângulo plongée de maneira inferior e pedinte.

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FONTE: O Palhaço, 2016.

FIG 04 – Contra Plongée

FONTE: O Palhaço, 2016.

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FIG 05 – Primeiro Plano

FONTE: O Palhaço, 2016.

O coadjuvante central da trama, é o ventilador que Benjamin sempre visualiza em situações de constrangimento e desconforto. Nos primeiros 05min de cena a palavra “ventilador” é citado por uma das integrantes do grupo circense a Benjamin: “Cê devia ter um ventilador”, o provocando sobre a probabilidade de adquirir o bem de consumo. A partir de então em cenas que Benjamin se encontra em situação inferior e de inquietação – quando está na delegacia (figura 6), trabalhando de vendedor de eletroméstico (figura 7), apresentando no circo (figura 8) - o objeto aparece de forma física e alucinógena nos ambientes em que causa estes sentimentos. Para que se sinta melhor, Benjamin sempre imagina o ventilador em movimento levando frescor ao seu rosto.

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FIG 06 – Signo Ventilador: na delegacia.

FONTE: O Palhaço, 2016.

FIG 07 – Signo Ventilador: Benjamin trabalhando na loja de eletroméstico.

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FIG 08 – Signo Ventilador: Benjamin visando alucinação com o objeto em atuação.

FONTE: O Palhaço, 2016.

FIG 09 – Signo Ventilador: Benjamin pega carona para retornar ao picadeiro.

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FIG 10 – Signo Ventilador com bibelô de São Genésio Patrono.

FONTE: O Palhaço, 2016.

Outro personagem signico que aparece é busca do personagem principal do filme pela sua identidade. Ela aparece de forma concreta em que Benjamin precisa fazer o seu Registro Geral (RG) para conseguir um emprego fixo como atendente de loja de eletroméstico e também para comprar o ventilador. Oposto, Benjamin também busca pela sua identidade como palhaço que está desanimado e inquieto pela sua escolha de vida e no decorrer da trama este paradigma vai se desenrolando até descobrir sua verdadeira vocação.

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FONTE: O Palhaço, 2016.

A palavra “esperança” comparece na trama de forma sucinta. Ao mesmo tempo que é o nome do picadeiro (“Circo Esperança”), ela se revela no desenrolar do drama da esperança em que situação do das apresentações, de público, do picadeiro e dos atores melhorem.

FIG 12 – Esperança

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A paleta de cores combina tons pasteis como o azul-acinzentado, bege, cinza até os tons quentes e terrosos que são vermelho, laranja, marrom. Os tons pastéis são apresentados quando os personagens estão fora de cena no circo em que se encontram neutros, tranquilos, transmitindo cautela e ausência de compromisso. Ao contrário de quando estão se apresentando no circo que são apresentadas as cores quentes dando significado de estimulo, agito, confiança, felicidade.

FIG 13 – Paleta de Cores

FONTE: site Geekeness ,2016.

6 Considerações finais

Conclui-se que o cinema, sendo imagens em movimento, utiliza-se da linguagem fotográfica para interagir com seu público por meios de signos que nos revelam elementos figurativos que expressam sensações estimuladas intuitivamente em um mundo realista.

Feito a análise fílmica comprova-se o quão importante é o estudo da linguagem e semiótica para compor qualquer trabalho em que se utiliza imagens. Estes signos podem gerar ao interlocutor interpretações consciente e inconscientemente, isto dependerá do conhecimento sobre o assunto exibido e a cultura em que habita.

REFERÊNCIAS

BAZIN, André. O Cinema: Ensaios. Tradução: Eloisa de Araújo Ribeiro. Editora Brasiliense. 1958.

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FLUSSER, Vilém. Filosofia da Caixa Preta – Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Editora Hucitec. São Paulo, 1985.

JOLY, Martini. Introdução à Análise da Imagem. Lisboa, Ed. 70, 2007.

MARTIN, Marcel. A Linguagem Cinematográfica. Tradução: Paulo Neves , São Paulo: Brasiliense, 2003.

RAPINI, Raquel. 28 Paletas de Cores do Cinema e suas Sensações. Disponível em < http://geekness.com.br/paletas-de-cores-do-cinema-e-suas-sensacoes/>. 20 out 2016.

SANTAELLA, Lucia. Imagem: cognição, semiótica, mídia. 1. Edição, São Paulo: Iluminuras, 1997 – 7. Reimp., 2014.

SILVA, Rodrigo de Carvalho da. Produção de Sentido nas imagens do Cinema.

Disponível em <

http://www.insite.pro.br/2012/Setembro/sentido_imagens_cinema.pdf> 20 out 2016.

FILMOGRAFIA

Imagem

FIG 01 – Plano Geral
FIG 03 – Plongée
FIG 04 – Contra Plongée
FIG 05 – Primeiro Plano
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