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Academic year: 2021

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Grupo social

O grupo social designa conjuntos de seres humanos que interagem de modo sistemático entre si. É uma coletividade identificável, estruturada e contínua de pessoas que desempenham papéis recíprocos em conformidade com normas, interesses e valores com vista à prossecução de objetivos comuns. Os grupos podem ser tão diminutos quanto uma pequena associação ou tão vastos quanto uma instituição de larga escala ou uma sociedade.

Para estarmos perante um grupo social é necessário que ele possa ser identificado como tal pelos seus membros e pelos não membros. Os grupos sociais são estratificados, pois os seus membros ocupam posições relativas entre si. Para além disso, desempenham papéis e contactam entre si. O grupo tem normas de conduta (que não têm que ser escritas) influenciadoras do modo como os papéis são desempenhados. Outra característica dos grupos sociais é a comunidade de interesses e de alguns valores entre os seus membros. Os grupos sociais estão orientados para um ou vários objetivos e têm uma permanência relativa, isto é, têm alguma duração. Apesar de terem sido definidas estas características básicas para o grupo social, na realidade ocorrem situações em que é difusa a distinção entre grupo social e agregado social. Nas sociedades atuais as pessoas pertencem a numerosos grupos e de tipo diferente.

Agregado social

Muitos autores distinguem agregado social de grupo social atribuindo ao segundo uma coesão inexistente no primeiro.

Pode dar-se como exemplo de agregado as unidades populacionais: dos distritos ou de outras circunscrições

políticas e administrativas, dos bairros ou de outras zonas urbanas.

Foram levantadas as seguintes características do agregado social:

- as pessoas que o constituem são praticamente estranhas umas às outras; - o agregado social não está organizado e, portanto, não apresenta uma hierarquia de funções e de posições; - mesmo que a proximidade física entre os seus membros seja grande, não existe entre eles senão um contacto

social limitado;

- fazer parte do agregado implica, quando muito, uma ligeira modificação do comportamento; - muitos agregados sociais são territoriais e o seu significado social está limitado às suas fronteiras físicas; - muitos agregados são temporários no sentido em que os seus membros entram e saem e mudam de agregado facilmente.

Na vida corrente há entre agregado social e grupo social uma zona de transição que torna por vezes difícil classificar certas unidades sociais particulares. Há grupos que se dissolvem em agregados e agregados que evoluem para grupos. No interior de quase todos os agregados sociais encontramos grupos sociais. Outros autores usam o termo grupo social englobando também o tipo de agrupamento fraco que aqui ficou descrito como agregado social.

(2)

Mecanismos de sustentação dos grupos

sociais

Bandeira simbolizando um grupo social: Brasil.

Todo grupo social dispõe de meios que o sustente. Sem esses mecanismos, os grupos sociais

não existiriam, tudo seria uma anarquia geral. O primeiro mecanismo de sustentação é a

liderança, que consiste na capacidade de alguém chefiar, comandar ou orientar outros indivíduos.

O homem mostrou ao longo da história a importância que a liderança tem sobre os grupos

sociais,

que

desde

a

pré-história

existiam

líderes.

Existem dois tipos de liderança, a institucional, que deriva da autoridade e sua promulgação; e a

pessoal, originada pelas habilidades próprias do líder. Desta forma, um líder institucional pode

não ter nenhuma habilidade ou característica de líder, mas definitiva e simplesmente é.

As normas e sanções sociais são as formas dos grupos sociais orientarem e controlarem as

atitudes dos indivíduos. As normas ditam aos participantes, o que é permitido e o que é proibido

naquele contexto. As sanções sociais são as formas que os grupos sociais recompensam ou

punem os indivíduos. As recompensas são aplicadas sob a forma de aceitação, aplausos,

honrarias, etc. As punições vão desde vaias e insultos até a prisão do indivíduo.

Os símbolos de um grupo social se caracterizam por representar algo mais complexo e abstrato.

São exemplos de símbolos: a bandeira nacional, representando um país; o logotipo de uma

empresa, a simbolizando, etc. A linguagem é o conjunto de símbolos mais importante em um

grupo social. Sem a linguagem não haveria organização social humana em nenhuma de suas

manifestações:

política,

religiosa,

cultural,

etc.

Os grupos sociais também são sustentados por valores. Valores são conjuntos de idéias e

opiniões que regem o comportamento da sociedade dentro de um contexto social. Os valores

estão em constante evolução. Um exemplo de mudança de valores é a do trabalho feminino,

onde algum tempo atrás, o trabalho doméstico e a criação dos filhos eram considerados trabalhos

exclusivamente femininos. Hoje em dia, esse valor está mudando, já que as atividades são

divididas naturalmente entre o casal.

(3)

Sociologia da Juventude

Grupo de jovens protestando contra a discriminação sexual.

Ao longo da História da Cultura Ocidental, a participação dos jovens era desconsiderada nos movimentos e

transformações sociais ocorridas ao longo do tempo. A “voz da juventude” foi por muito tempo reclusa aos olhos de

uma sociedade conservadora que, na maioria das vezes, ligava o jovem à imaturidade, ignorância e subserviência

familiar. No entanto, a partir da segunda metade do século XX, esse cenário começou a sofrer consideráveis

transformações.

A partir da década de 1960, intensas manifestações culturais e políticas juvenis indicavam que o papel do jovem

começava a ter outro lugar. Nesse período, podemos destacar a ação do movimento hippie, que se contrapôs aos

valores morais de sua época pregando ideais de “paz e amor”, criticando a sociedade de consumo e realizando

intensa oposição à Guerra do Vietnã. Embalados pelo prazer, o uso de alucinógenos e o rock’n’roll mostraram o novo

lugar

da

juventude.

Com o esvaziamento desse primeiro movimento, a geração hippie deu lugar a uma juventude mais conservadora que

não mais se simpatizava com a ação transgressora da geração anterior. Os chamados yuppies da década de 1980,

mediante a expansão do capitalismo e a competitividade do mercado de trabalho, começaram a estudar cada vez

mais cedo, buscando uma carreira profissional proeminente acompanhada do tão sonhado conforto material.

A consolidação de um mundo cada vez mais integrado pelo processo de globalização provocou uma nova onda de

movimentos juvenis que se colocam contra a própria sociedade que o exclui. O movimento punk é um claro exemplo

de ação juvenil calcada pela crítica de um sistema que visa padronizar comportamentos em torno de um mundo cada

vez mais atrelado aos resultados imediatos e à eficiência. Em contrapartida, essa reação à globalização também

trouxe

outras

conseqüências.

A juventude nascida na década de 1980 integra, de acordo com alguns estudiosos e analistas, a chamada geração

“Z”. O uso desta letra vem do termo inglês “zapping”, ou seja, dar “uma volta”. Essa tal volta, por conseguinte,

simboliza a enxurrada de tecnologias que colocaram esses jovens em contato simultâneo com a TV, telefone celular

e internet. A facilidade de acesso à informação transforma essa nova geração, de carta maneira, um pouco mais

acomodada.

Em contrapartida, essa nova situação da juventude não indica uma morte das utopias e da ação direta do jovem na

sociedade. Por mais que não possamos ver claramente a ascendência de novos movimentos juvenis politizados, não

podemos desconsiderar a presença de uma juventude que possui e demonstra suas demandas sob as mais

diferentes formas. Enquanto isso, as gerações futuras nos reservam a transformação que os adultos de amanhã

talvez não imaginassem.

(4)

Sistema de status e papéis sociais

Em uma empresa, o patrão tem direitos e deveres, além de privilégios, diferentes dos de seus empregados. Numa escola, os direitos e deveres do professor são diferentes dos de seus alunos. Todo indivíduo ocupa na sociedade em que vive posições sociais que lhe dão maior ou menor valor, prestígio social e poder.

A posição ocupada pelo indivíduo no grupo social ou na sociedade denomina-se status sócial.

O status social implica direitos, deveres,manifestações de prestígio e até privilégios,conforme o valor social conferido a cada posição. Assim, os diretores de uma grande empresa gozam de certas regalias - altos rendimentos, carro à disposição, sala bem decorada, secretárias, tratamento cerimonioso por parte dos funcionários -, vantagens que os outros empregados não têm. Ou seja, o status dos diretores é mais elevado. Seus deveres e responsabilidades estão ligados a esse status, e muitas vezes eles precisam tomar decisões difíceis a favor da empresa, como demitir funcionários ou cortar salários.

Numa sociedade, o indivíduo ocupa tantos status quantos são os grupos sociais a que pertence. Vejamos o exemplo de uma pessoa que é chefe de família, ocupa o cargo de gerente de vendas de uma empresa, é sócio de um clube, freqüenta a igreja de seu bairro, pertence ao diretório regional de um partido político. Essa pessoa tem um status no grupo familiar, um status ocupacional, um status no grupo de recreação, outro no grupo religioso e outro ainda no partido político.

Dependendo da maneira pela qual o indivíduo obtém seu status, este pode ser classificado em:

. status atribuído - não é escolhido voluntariamente pelo indivíduo e não depende de suas ações ou qualidades. Por

exemplo, o status de "filho de operário" ou de "irmão caçula". Os principais fatores atribuidores de status são: idade, sexo, raça, laços de parentesco, classe social etc.;

. status adquirido - obtido em função das qualidades pessoais do indivíduo, de sua capacidade e habilidade. Os status que

uma pessoa obtém ao longo da vida como resultado de competição e trabalho são status adquiridos, pois dependem de suas habilidades pessoais e supõem uma vitória sobre outros concorrentes e o reconhecimento de tal êxito pelo grupo social.

Em algumas sociedades, como na Europa medieval, os status eram quase que exclusivamente atribuídos (uma pessoa era nobre porque sua família pertencia à nobreza). Nas sociedades modernas, predominam os status adquiridos. Um exemplo de sociedade em que ainda imperam os status atribuídos é a índia, onde as pessoas já nascem dentro de uma categoria social- a casta - e nela permanecem até a morte, sem possibilidade de mudança de status.

Em nossa sociedade, os indivíduos geralmente buscam status mais elevados. Isso explica a insistência com que se procura "subir na vida". Quanto mais escassas as oportunidades para se conquistar determinado status, mais intensa a competição entre os concorrentes em disputa por ele.

Papel social

Ao dar uma aula e exigir que os alunos prestem atenção, o professor está cumprindo os:

- deveres e exercendo os direitos ligados a seu ~ , status social. Ou seja, está cumprindo seu papel social.

Papéis sociais são os comportamentos que o grupo social espera de qualquer pessoa que ocupe determinado status social. Corresponde mais precisamente às tarefas, às obrigações inerentes ao status. Por exemplo, de um médico se espera que atenda corretamente seus pacientes, que se preocupe com eles, que ouça suas queixas, que faça um diagnóstico preciso e que trate as enfermidades de modo competente. Caso não aja assim, não estará cumprindo o papel que seu status de médico determina e será, portanto, questionado pela sociedade.

Status e papel social são coisas inseparáveis e só os distinguimos para fins de estudo.

Não há status que não corresponda a um papel social e vice-versa.

Todas as pessoas sabem o que esperar ou exigir do indivíduo, de acordo com o status que ele ocupa no grupo ou na sociedade. E a sociedade sempre encontra meios para punir os indivíduos que não cumprem seu papel.

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