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Eólica Geribatu II S.A.

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Academic year: 2021

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Eólica Geribatu II S.A.

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

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Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

2

Conteúdo

Relatório dos auditores independentes sobre as

demonstrações financeiras 3

Balanços patrimoniais 6

Demonstrações de resultados 7

Demonstrações de resultados abrangentes 8

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 9 Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto 10 Notas explicativas às demonstrações financeiras 11

(3)

Relatório dos auditores independentes sobre as

demonstrações financeiras

Aos Conselheiros e acionistas da

Eólica Geribatu II S.A.

Florianópolis - SC

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da Eólica Geribatu II S.A. (Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas

demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas

explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Eólica Geribatu II S.A. em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Responsabilidades da administração pelas demonstrações financeiras

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos

(4)

4

operações.

Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas

brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva

razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

– Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas

intencionais.

– Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

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Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Florianópolis, 28 de maio de 2018. KPMG Auditores Independentes CRC SC-000071/F-8

Claudio Henrique Damasceno Reis Contador CRC SC-024494/O-1

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Balanços Patrimoniais

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016

(Em milhares de reais)

Ativo Notas 31.12.2017 31.12.2016 Passivo Notas 31.12.2017 31.12.2016

Caixa e equivalentes de caixa 5 6.256 795 Empréstimos e Financiamentos 10 2.196 1.783

Contas a receber 6 1.578 1.095 Fornecedores 11 1.995 2.084

Impostos a recuperar 35 37 Obrigações fiscais 382 119

Despesas pagas antecipadamente - 11 Outras contas a pagar - CCEE - 108

Outras contas a receber 6 - Contingências 19 48 48

Provisões passivas 12 749 749

Total do ativo circulante 7.875 1.938 Ressarcimento por geração reduzida - Contrato CCEAR 13 905 766

Encargos Setoriais 2 -

Fundos vinculados 5 3.023 2.527 Total do passivo circulante 6.277 5.657 Despesas a reembolsar - partes relacionadas 7 358 -

Imobilizado 8 75.665 76.811 Empréstimos e Financiamentos 10 44.420 46.176

Intangível 9 3.239 3.336 Fornecedores 11 1.537 4.449

Penalidades contratuais - Gamesa - 56 Total do ativo não circulante 82.285 82.674 Ressarcimento por geração reduzida - Contrato CCEAR 13 3.188 2.344 Despesas a reembolsar - partes relacionadas 7 19 188

Total do passivo não circulante 49.164 53.213

Patrimônio Líquido 14

Capital social 38.412 38.412

Prejuízos acumulados (3.693) (12.670)

Total do patrimônio líquido 34.719 25.742

Total do ativo 90.160 84.612 Total do passivo e patrimônio líquido 90.160 84.612

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Eólica Geribatu II S.A.

Demonstrações de resultados

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016

(Em milhares de reais)

Ativo

Notas 31.12.2017 31.12.2016

Receita operacional líquida 15 16.461 7.869

Custo de operação 16 (6.658) (5.744) Resultado bruto 9.803 2.125 Despesas operacionais Pessoal e administradores (65) (68) Serviços de terceiros (50) (77) Impairment 8 4.550 16.940 Arrendamentos e aluguéis (4) (4) Outros - (8)

Resultado antes do resultado financeiro 14.234 18.908

Receitas financeiras 17 368 319

Despesas financeiras 17 (5.046) (5.003)

(4.678) (4.684)

Resultado antes dos tributos 9.556 14.224

Imposto de renda e contribuição social (579) (312)

Lucro líquido do exercício 8.977 13.912

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Eólica Geribatu II S.A.

Demonstrações dos resultados abrangentes

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016

(Em milhares de reais)

31.12.2017 31.12.2016 Lucro líquido do exercício 8.977 13.912 Resultados abrangentes - - Resultado abrangente do exercício 8.977 13.912

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Eólica Geribatu II S.A.

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016

(Em milhares de reais)

Capital social

Prejuízos

acumulados Total

Saldos em 31 de dezembro de 2015 36.183 (26.582) 9.601

Integralização de capital 2.229 - 2.229

Lucro líquido do exercício - 13.912 13.912

Saldos em 31 de dezembro de 2016 38.412 (12.670) 25.742

Lucro líquido do exercício - 8.977 8.977

Saldos em 31 de dezembro de 2017 38.412 (3.693) 34.719 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

(10)

Demonstrações dos fluxos de caixa - método indireto

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016

(Em milhares de reais)

Notas 31.12.2017 31.12.2016 Ativo

Resultado do exercício antes do imposto de renda e contribuição social 9.556 14.224

Ajustes para reconciliar o resultado do exercício com recursos provenientes de atividades operacionais:

Encargos s/ empréstimos 10 4.374 4.549

Custo de captação dos empréstimos 10 20 21

Contingências - 48

Ressarcimento CCEE (108)

Encargos setoriais 2

Penalidades contratuais (56) 56

Ressarcimento por geração reduzida - Contrato CCEAR 983 591

Amortização 9 97 97

Depreciação 8 3.958 3.957 Impairment 8 (4.550) (16.940) 14.276 6.603 Redução (aumento) nos ativos: Impostos a recuperar 2 (2)

Despesas pagas antecipadamente 11 (5)

Contas a receber (483) (55)

Outras contas a receber (6) 12

(476) (50)

Aumento (redução) nos passivos: Fornecedores (3.001) 29

Penalidades contratuais - Gamesa - -Obrigações fiscais 263 (389)

(2.738) (360)

Caixa (usados nas) provenientes das atividades operacionais 11.062 6.193 Juros pagos 10 (3.849) (3.855) Impostos de renda e contribuição social pagos (579)

-Recursos líquidos (usados nas) provenientes das atividades operacionais 6.634 2.338 Fluxo de caixa (usado nas) provenientes das atividades de investimentos Adições ao ativo imobilizado 8 - (56)

Baixas do ativo imobilizado 8 1.738 -Recursos líquidos (usados nas) provenientes das atividades de investimento 1.738 (56)

Fluxo de caixa (usados nas) provenientes das atividades de financiamento Fundos vinculados (496) 1.210 Operações com partes relacionadas/AFAC (527) (2.575) Mútuos Financeiros com partes relacionadas - 210

Pagamento empréstimos - principal 10 (1.888) (1.691) Recursos líquidos (usados nas) provenientes das atividades de financiamento (2.911) (2.846) (Redução) aumento no caixa e equivalentes 5.461 (570)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 795 1.365 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 6.256 795 Os efeitos não caixa estão apresentados na nota explicativa nº 20.

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Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

Notas explicativas às demonstrações financeiras

(

Em milhares de reais)

1

Contexto operacional

A Eólica Geribatu II S.A foi criada em outubro de 2011, com sede em Florianópolis, Santa Catarina. A companhia faz parte do complexo eólico Geribatu, o qual possui como controladora a Santa Vitoria do Palmar Holding S.A.. A Santa Vitória do Palmar Holding, por sua vez, possui como controladora a Eletrobrás e o Brasil Energia Renovável, para ser parte o veículo de

investimento dos sócios na implantação de 10 (dez) centrais geradoras eólicas no munícipio de Santa Vitoria do Palmar, no estado do Rio Grande do Sul.

Em 16 de março de 2016 a gestora de recursos Brasil Plural assumiu a gestão do Rio Bravo Energia I - Fundo de Investimento em Participações, o qual passou a se chamar Brasil Energia - Fundo de Investimento em Participações.

As atividades da Companhia iniciaram em dezembro de 2011, quando foram feitos os primeiros aportes de capital dos acionistas para fazer frente às despesas operacionais com as obras de implantação dos parques eólicos e algumas despesas administrativas iniciais.

A Eólica Geribatu II não tem empregados e sua administração é realizada pela controladora direta Santa Vitória do Palmar Holding, que cobra pela prestação de serviços e reembolso das despesas incorridas com o pessoal diretamente dedicado às atividades da Companhia.

Ao todo, o Complexo Eólico Geribatu possui 258 MW1 de potência instalada, e comercializou,

no Leilão A-3 de 2011, um total de 109 MWm de garantia física, com contratos firmados para entrega de energia no Ambiente de contratação Regulado (ACR) a partir de outubro de 2014. O Despacho ANEEL nº 3.841, de 23 de setembro de 2014, da Agência nacional de Energia Elétrica, estabeleceu a concatenação da data de início da operação comercial das eólicas Geribatu para 60 dias após a data da entrada em operação comercial da Subestação (SE) Santa Vitória do Palmar 2, que compõe as instalações de transmissão da TSLE (Transmissora Sul litorânea de Energia), tendo entrado em operação comercial na data de 19 de dezembro de 2014.

Continuidade operacional

Atualmente as atividades da Companhia estão passando por um processo de reestruturação operacional e financeira, por meio do qual a Administração vem tomando medidas que visam equacionar os resultados, otimizar custos e despesas para alcançar o equilíbrio do capital circulante líquido e recuperar a lucratividade das operações.

A Administração entende que as demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade operacional normal dos negócios da Companhia, revertendo a situação apresentada até o 2º trimestre de 2017. Dentre as medidas, em 24 de março de 2017 a Companhia aderiu junto a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE ao Mecanismos de

Compensação de Sobras e Déficits - MCSD - (“CCEE A0” abril a dezembro/2017), visando a redução total dos montantes de Energia Elétrica dos contratos firmados no ACR e com posterior recontratação no Mercado Livre. No dia 24 de abril de 2017, a CCEE divulgou o resultado desse MCSD em que as Eólicas do Sul – EOS - foram contempladas com a descontratação de 100%

(12)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

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Adicionalmente, em maio de 2017 a Companhia aderiu ao MCSD A4+, objetivando a rescisão de 100% dos montantes de energia elétrica dos contratos firmados no ACR. Novamente a EOS foi contemplada com a descontratação total e a consequente rescisão de 100% dos contratos firmados junto às Distribuidoras no Leilão A-3 de 17 de agosto de 2011. Parte da energia descontratada de forma permanente foi vendida em leilão privado de longo prazo realizado pela EOS, com fornecimento de energia pelo período de janeiro de 2018 a dezembro de 2031. O objetivo das empresas ao participarem do mecanismo foi a possibilidade de reduzir de maneira significativa o risco da geração devido à sazonalidade dos ventos, bem como o

alinhamento do volume contratado em vendas de longo prazo com a Garantia Física dos parques eólicos. Além disso, as Eólicas do Sul negociaram a venda da energia no Mercado Livre a preços superiores aos valores dos contratos firmados com as Distribuidoras no ACR. Ainda de acordo com a energia gerada pelos Parques, será possível vender o excedente da produção medida mês a mês, o que vem acontecendo desde abril de 2017.

2

Autorizações

O Ministério de Estado de Minas e Energia autorizou a Companhia a estabelecer-se como Produtores Independentes de Energia Elétrica, mediante a implantação e exploração da Central Geradora Eólica, conforme portaria abaixo:

Data Capacidade

Portaria publicação instalada Prazo de duração

Eólica Geribatu II S.A. 58 15/02/2012 20.000 kW 35 anos a partir da publicação

O Ministério de Estado de Minas e Energia aprovou, ainda, como prioritários, os projetos das Centrais Geradoras Eólicas Verace I a X, de titularidade das Eólicas Geribatu I a X, permitindo, assim, a emissão de Debêntures de Infraestrutura pela Santa Vitória do Palmar Holding,

conforme portaria abaixo:

Data Portaria publicação

Eólica Geribatu II S.A. 010 10/01/2014

3

Base de preparação

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as práticas contábeis brasileiras (BR GAAP).

A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada pela diretoria executiva em 28 de maio de 2018.

Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e correspondem àquelas utilizadas pela Administração na sua gestão.

a.

Base de mensuração

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Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

b.

Moeda funcional e de apresentação

Essas demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da

Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

c.

Uso de estimativas e julgamentos

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.

4

Principais políticas contábeis

As políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nessas demonstrações financeiras.

a.

Instrumentos financeiros

(i)

Ativos financeiros não derivativos

A Companhia reconhece os empréstimos e recebíveis e depósitos inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento.

A Companhia deixa de reconhecer um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação no qual essencialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Eventual participação que seja criada ou retida pela Companhia nos ativos financeiros são reconhecidos como um ativo ou passivo individual.

Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial quando, somente quando, a Companhia tem o direito legal de compensar os valores e tenha a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

A Companhia tem os seguintes ativos financeiros não derivativos: empréstimos e recebíveis.

Empréstimos e recebíveis

Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que não são cotados no mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e os recebíveis da Companhia compreendem Caixa e equivalentes de caixa e fundos vinculados.

Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa abrangem saldos de caixa e investimentos financeiros com vencimento original de três meses ou menos a partir da data da contratação. Os quais são sujeitos a um risco insignificante de alteração no valor, e são utilizadas na gestão das obrigações

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Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

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(ii)

Passivos financeiros não derivativos

A Companhia reconhece passivos subordinados inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia baixa um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou pagas.

A Companhia tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: contas a pagar e empréstimos e financiamentos.

Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.

b.

Imobilizado

(i)

Reconhecimento e mensuração

Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição, formação ou construção. O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos construídos pela própria entidade inclui o custo de materiais e mão de obra direta, quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condições necessárias para que esses sejam capazes de operar de forma pretendida pela administração, os custos de desmontagem e de restauração do local onde estes ativos estão localizados, e custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis. Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas como itens individuais (componentes principais) de imobilizado.

(ii)

Depreciação

A depreciação é calculada sobre o valor depreciável, que é o custo de um ativo, ou outro valor substituto do custo, deduzido do valor residual.

A depreciação é reconhecida no resultado baseando-se no método linear com relação às vidas úteis estimadas de cada parte de um item do imobilizado, já que esse método é o que mais perto reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Terrenos não são depreciados. A seguir, segue a estimativa de vida útil do imobilizado:

Vida útil

Edificações, obras civis e benfeitorias 29 anos

Máquinas e equipamentos 25 anos

c.

Intangível

Correspondem aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. Os ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados de forma linear no decorrer de um período estimado de benefício econômico.

(15)

Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017 É registrado ao custo de aquisição, deduzido da amortização acumulada apurada pelo método linear. Os intangíveis da Companhia possuem vidas úteis definidas com base nos contratos de autorização.

d.

Redução ao valor recuperável (impairment)

(i)

Ativos financeiros (incluindo recebíveis)

Um ativo financeiro não mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada data de apresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor recuperável. Um ativo tem perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva indica que um evento de perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele evento de perda teve um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados que podem ser estimados de uma maneira confiável.

A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderam valor pode incluir o não-pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, a reestruturação do valor devido à Companhia sobre condições de que a Companhia não consideraria em outras transações ou indicações de que o devedor ou emissor entrará em processo de falência.

A Companhia considera evidência de perda de valor para empréstimos e recebíveis. Todos os empréstimos e recebíveis significativos são avaliados quanto a perda de valor específico. Os recebíveis que não são individualmente importantes são avaliados coletivamente quanto a perda de valor por agrupamento conjunto desses títulos com características de risco similares.

(ii)

Ativos não financeiros

Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, que não os estoques e ativos fiscais diferidos, são revistos a cada data de balanço para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperável do ativo é estimado.

e.

Imposto de renda e contribuição social correntes

O Imposto de Renda e a Contribuição Social do exercício são calculados com no lucro presumido.

Lucro presumido

Calculado com base na presunção de lucro sobre a receita bruta, nas alíquotas de 8% para geração de energia. Sobre a presunção de lucros, aplica-se as mesmas alíquotas do lucro real, sendo elas: 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$240 (Base anual) para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social.

f.

Reconhecimento da receita de venda de energia

A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida dos tributos e dos eventuais descontos e contribuições incidentes sobre a mesma. A receita de venda de energia é reconhecida quando: (i) é provável que os benefícios econômicos associados às transações fluam para a Companhia; (ii) o valor da receita pode ser mensurado com

confiabilidade; (iii) os riscos e os benefícios relacionados à venda foram transferidos para o comprador; (iv) os custos incorridos ou a serem incorridos relacionados à transação podem ser mensurados com confiabilidade; (v) e a Companhia não detém mais o controle e a

(16)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

16

g.

Novas normas e interpretações ainda não efetivas

(i)

Normas vigentes a partir de 1º de janeiro de 2018

A Companhia é obrigada a adotar o CPC 47 Receita de Contratos com Clientes e CPC 48 Instrumentos Financeiros a partir de 1º de janeiro de 2018. A Companhia já efetuou uma avaliação preliminar dos impactos estimados em suas demonstrações financeiras, e com base na sua avaliação entende que não há impactos significativos. O impacto estimado da adoção dessas novas normas baseia-se em avaliações realizadas até à data de emissão destas demonstrações financeiras, sendo que os impactos reais da adoção das novas políticas contábeis estão sujeitas a alterações até que a Companhia apresente suas primeiras demonstrações financeiras que

incluam a data de aplicação inicial.

CPC 47 – Receitas de Contratos com clientes

O CPC 47 introduz uma estrutura abrangente para determinar se e quando uma receita é reconhecida, e por quanto a receita é mensurada, substituindo as atuais normas para o

reconhecimento de receitas, incluindo o CPC 30 (IAS 18) Receitas. O novo CPC estabelece os seguintes 5 passos para o reconhecimento de uma receita:

1. Identificar o contrato com o cliente

2. Identificar as obrigações de desempenho no contrato 3. Determinar o preço das transações

4. Alocar o preço da transação às obrigações de desempenho

5. Reconhecer a receita quando cumpridas as obrigações de desempenho

Toda energia produzida pela Companhia é vendida de Contratos de Comercialização no

Ambiente de Comercialização Livre. Todos os contratos da Companhia possuem características similares, descritas a seguir: (i) Quantidades de energia por MWh mensais determinadas, ou seja, a Companhia tem a obrigação de entregar a energia contratada aos seus clientes; (ii) Preços fixos da energia por MWh durante toda vigência do contrato; (iii)As obrigações de desempenho são atendidas mensalmente, uma vez que é dessa forma que os contratos são firmados e

controlados; (iv) A Companhia não possui histórico de inadimplência, ou seja, o recebimento da contraprestação da obrigação de desempenho não é afetado em função do risco de crédito. Dessa forma, com base nas características dos contratos descritas acima, a Companhia entende que suas obrigações de desempenho são identificáveis, precificáveis e realizáveis mensalmente, o que leva a Companhia a entender que não haverá impactos significativos no reconhecimento da receita a partir da entrada em vigência do novo CPC.

CPC 48 - Instrumentos Financeiros

O CPC 48 Instrumentos Financeiros, estabelece requerimentos para reconhecer e mensurar ativos financeiros, passivos financeiros e alguns contratos para comprar ou vender itens não financeiros. Esta norma substitui o CPC 38 / IAS 39 Instrumentos

Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

A Companhia possui os seguintes instrumentos financeiros:

- Instrumentos financeiros não derivativos: Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado e Empréstimos e recebíveis; e

(17)

Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017 O risco de crédito é avaliado pela Companhia como baixo, devido ao histórico de pagamentos de seus clientes.

Dessa forma, com base na sua avaliação, a Companhia entende que os novos requerimentos de classificação e mensuração não terão um impacto significativo em suas demonstrações

financeiras.

(ii)

Normas vigentes a partir de 1º de janeiro de 2019

IFRS 16 Leases (Arrendamentos)

A IFRS 16 substitui as normas de arrendamento existentes, incluindo o CPC 06 (IAS 17) Operações de Arrendamento Mercantil e o ICPC 03 (IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27) Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil.

A norma é efetiva para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2019. A adoção antecipada é permitida somente para demonstrações financeiras de acordo com as IFRSs e apenas para entidades que aplicam a IFRS 15 Receita de Contratos com Clientes em ou antes da data de aplicação inicial da IFRS 16.

5

Caixa e equivalentes de caixa

31.12.2017 31.12.2016

Contas correntes bancárias 3.213 795

Aplicações Financeiras 3.043 -

6.256 795

As aplicações financeiras referem-se a um Fundo Referenciado DI Federal gerido por banco de primeira linha com rendimentos equivalentes a aproximadamente 95% do CDI. Essas aplicações são destinadas às manutenções operacional e administrativa da Companhia. São prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um baixo risco de mudança de valores.

Fundos Vinculados

Há ainda os valores aplicados em fundos vinculados que fazem parte dos acordos firmados nos contratos de financiamento do BNDES (Reserva da Dívida e Reserva de O&M), em que é exigido pelo Banco financiador que sejam mantidas seis parcelas atualizadas referentes ao valor da última amortização e ¼ do valor anual a pagar referente aos contratos de Operação e

Manutenção.

31.12.2017 31.12.2016

Referenciado DI - Serviço da dívida 2.946 2.402

Referenciado DI - O&M 73 68

Referenciado DI - Central debêntures 4 57

(18)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

18

6

Contas a receber

31.12.2017 31.12.2016

Provisão de venda de energia 1.572 1.086

Venda de energia - 6

Energia Elétrica de Curto Prazo 6 3

1.578 1.095

O saldo do Contas a Receber refere-se a a venda de energia referente ao Leilão A-3, conforme contratos firmados junto à CCEE no Ambiente de Contratação Regulado. Os valores são recebidos no mês subsequente ao faturamento.

7

Partes relacionadas

a.

Operações financeiras com partes relacionadas

A Companhia possui outras operações financeiras com suas subsidiárias e outras empresas do grupo, como segue:

Parte relacionada - Ativo Natureza 31.12.2017 31.12.2016 Santa Vitoria do Palmar Holding S.A Despesas a reembolsar 348 -

Eólica Geribatu II S.A Despesas a reembolsar 10 -

Total Ativo 358 -

Parte relacionada - Passivo Natureza 31.12.2017 31.12.2016

Eólica Geribatu I S.A Despesas a reembolsar - 14

Santa Vitória do Palmar Holding S.A Despesas a reembolsar 19 174

(19)

Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

8

Imobilizado

31.12.2017 31.12.2016 Em serviço Geração

Edificação, obras civis e benfeitorias 3.913 3.913

Máquinas e equipamentos 77.820 79.558

(-) Depreciação acumulada - edificações, obras civis e benfeitorias (617) (275) (-) Depreciação acumulada - máquinas e equipamentos (9.946) (6.654) Sistema de transmissão e conexão

Edificação, obras civis e benfeitorias 681 681

Máquinas e equipamentos 4.394 4.394

(-) Depreciação acumulada - edificações, obras civis e benfeitorias (83) (42) (-) Depreciação acumulada - máquinas e equipamentos (568) (285)

(-) Impairment (a) - (4.550) Em curso Geração Material em depósito 63 63 Estudos e projetos 8 8 75.665 76.811

a.

Provisão para perdas - Impairment

A Companhia realizou, em 31 de dezembro de 2017, avaliação individual da sua Unidade Geradora de Caixa (UGC) quanto aos aspectos do impairment. A Companhia classificou seu projeto eólico como uma UGC e efetuou o teste por autorização concedida (conforme demonstrado na Nota Explicativa nº 2).

O valor recuperável da UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso, através de fluxos de caixas projetados, após o imposto de renda e a contribuição social, baseados nos orçamentos financeiros aprovados pela Administração. O impairment está sendo ajustado proporcionalmente à depreciação dos bens.

As reversões de impairment em 2017 decorrem principalmente dos efeitos positivos do processo de descontratação de energia através mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits – MCSD junto a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, com a oferta de descontratação total dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEARs, de abril a dezembro de 2017 (CCEE A “0”) e 2018 até o final dos contratos (CCEE A “4+”). Assim, além de cessar a necessidade de provisão para energia reduzida e a aquisição de energia, a

descontratação elevou o montante das receitas futuras.

Principais premissas adotadas

2017 Taxa de desconto para o fluxo de caixa

(WACC) 7,12% pós-tax

Preço da receita

De acordo com os contratos de CCEAL vigentes e PLD médio projetado para as vendas ocorridas no ambiente livre. PIS e COFINS 3,65% sobre a receita bruta (SPEs são optantes pelo lucro presumido)

Taxa de fiscalização da ANEEL 0,4% da receita bruta

Depreciação De acordo com as taxas ANEEL

(20)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

20

Abaixo segue a movimentação do imobilizado:

Saldos em Reversão do Saldos em

31.12.2016 Baixas Depreciação impairment 31.12.2017 Em serviço

Geração

Edificação, obras civis e benfeitorias 3.638 - (342) - 3.296 Máquinas e equipamentos 72.904 (1.738) (3.292) - 67.874 Sistema de transmissão e conexão

Edificação, obras civis e benfeitorias 639 - (41) - 598

Máquinas e equipamentos 4.109 - (283) - 3.826 (-) Impairment (a) (4.550) - - 4.550 - Em curso Geração Estudos e projetos 8 - - - 8 Material em depósito 63 - - - 63 76.811 (1.738) (3.958) 4.550 75.665

Saldos em Reversão do Saldos em

31.12.2015 Aquisições Depreciação impairment 31.12.2016 Em serviço

Geração

Edificação, obras civis e benfeitorias 3.787 - (149) - 3.638

Máquinas e equipamentos 76.534 - (3.630) - 72.904

Sistema de transmissão e conexão

Edificação, obras civis e benfeitorias 662 - (23) - 639

Máquinas e equipamentos 4.264 - (155) - 4.109 (-) Impairment (21.490) - - 16.940 (4.550) Em curso Geração Estudos e projetos - 8 - - 8 Material em depósito 15 48 - - 63 63.772 56 (3.957) 16.940 76.811

(21)

Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

9

Intangível

Refere-se ao custo de aquisição dos direitos relativos aos projetos de exploração dos parques, adquiridos da Renobrax Energias Renováveis Ltda, conforme contrato datado de 21 de novembro de 2011.

Os projetos adquiridos possuem as seguintes características:

Saldos em Saldos em Saldos em

31.12.2015 Amortização 31.12.2016 Amortização 31.12.2017

Cessão de projeto 2.829 (91) 2.738 (91) 2.647 Intangível - Outros 604 (6) 598 (6) 592

Total 3.433 (97) 3.336 (97) 3.239

A amortização dos direitos de exploração iniciou a partir do momento da entrada em operação, com base no prazo remanescente dos contratos de autorização.

10

Empréstimos e financiamentos

a.

Composição

31.12.2017 31.12.2016 BNDES - Principal 30.839 32.019 BNDES - Encargos 380 105 BRDE - Principal 15.484 16.080 BRDE - Encargos 194 56

BNDES/BRDE - Custo de captação (281) (301)

46.616 47.959

Circulante 2.196 1.783

(22)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

22

A movimentação dos empréstimos ocorreu da seguinte forma:

31.12.2017 31.12.2016 Circulante

1.783 1.775

Saldo no ínicio do exercício

Transferências do não circulante 1.756 1.853

Amortização (principal e encargos) (5.737) (5.546)

Encargos 4.374 3.680

Amortização do Custo de Captação 20 21

Saldo no final do exercício 2.196 1.783

Não circulante

46.176 47.160 Saldo no ínicio do exercício

Encargos - 869

Transferências para o circulante (1.756) (1.853)

Saldo final do exercício 44.420 46.176

46.616 47.959

Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia possuía no passivo não circulante o montante de R$44.420, referente à primeira e à segunda parcela dos empréstimos obtidos com o BNDES e o BRDE.

O valor total do empréstimo com cada banco é de R$31.219 do BNDES e de R$15.678 do BRDE.

A amortização iniciou-se em julho de 2015, e o número de parcelas foi definido em 192, restando 162 em 31 de dezembro de 2017, com a última prevista para 15 de junho de 2031. Em 29 de dezembro de 2017 foi assinado um aiditivo ao contrato de financiamento com o BNDES. Para que esse instrumento se torne eficaz, torna-se necessário o cumprimento, pelas beneficiárias e pela Companhia, de algumas condições que envolvem basicamente anuências dos envolvidos direta e indiretamente com o crédito. A administração estima que tais exigências serão finalizadas dentro do primeiro semestre de 2018.

Com a eficácia do aditivo, ossaldos deixam de ser atualizados de TJLP + 2,18% a.a. e

passam para TJLP + 3,76% a.a. (o montante correspondente à parcela da TJLP que exceder 6% a.a. é capitalizado, incorporando-se ao principal dos financiamentos). Além disto, haverá a troca dos recebíveis oriundos do ACR para os negociados no ACL (movimento descrito na nota 1). Ainda sobre as garantias, além dos recebíveis, são oferecidos os seguintes instrumentos: alienação fiduciária de bens e equipamentos, a totalidade das ações representativas do capital social das controladas e valores caucionados em contas reservas. O covenant do financiamento exigido após o início do prazo de amortização corresponde à apuração de um “Índice de cobertura do serviço da dívida” ≥ 1,3 ao final do exercício, o que foi cumprido em 2017.

(23)

Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

11

Fornecedores

A Companhia firmou acordo de quitação com a Gamesa, diluindo o valor devido em parcelas a serem liquidadas em 2018 e 2019, reclassificando assim parte do valor devido para o passivo não circulante.

31.12.2017 31.12.2016

Materiais e serviços a pagar 194 170

Gamesa Eólica Brasil Ltda. 1.738 1.848

TUST provisão 63 66

Total do Circulante 1.995 2.084

Gamesa Eólica Brasil Ltda 1.537 4.449

Total do não circulante 1.537 4.449

A Companhia firmou acordo de quitação com a Gamesa, diluindo o valor devido em parcelas a serem liquidadas em 2018 e 2019, reclassificando assim parte do valor devido para o passivo não circulante.

12

Provisões passivas

As provisões passivas referem-se a compromissos futuros assumidos e ainda não concluídos na data do inicio da operação comercial do empreendimento. Os referidos valores foram

capitalizados no início da operação comercial do empreendimento, e estão sendo amortizados conforme a realização. 31.12.2017 31.12.2016 Meio Ambiente 1 1 Patrimonial 1 1 Filtros Harmonicos 747 747 749 749

13

Ressarcimento Contrato CCEAR

A geração de energia dos parques eólicos que estavam em operação durante o exercício foi inferior aos volumes previstos no contrato de venda de energia no ambiente regulado ACR, devido à ocorrência de ventos abaixo da média histórica. Em função do fato supracitado, a Companhia constituiu uma provisão com base nas obrigações que esta possuía com os CCEARs a ser liquidada nos exercícios subsequentes. Os desvios negativos de geração serão ressarcidos em negociações bilaterais com as distribuidoras detentoras destes direitos. Vale ressaltar que, conforme mencionado na nota explicativa 1, os contratos firmados no ambiente regulado foram suspensos de abril a dezembro de 2017 e rescindidos a partir de janeiro de 2018 de forma permanente. Sendo assim, 100% da energia disponível vem sendo comercializada no mercado livre, através de leilões privados promovidos pela Eólicas do Sul, e não há mais o risco do crescimento desta provisão de ressarcimento por geração reduzida devido a uma performance

(24)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017 24 31.12.2017 31.12.2016 Faturamento sazonal 2.594 9.691 Geração de energia 1.980 (8.041)

Ressarcimento liquido (a) 614 1.650

(+) Variação do PLD (b) 111 235

Ressarcimento bruto (a + b) 725 1.885

Circulante

Saldo início do exercício 766 1.793

Geração reduzida (abaixo de 10%) 417 607

Ressarcimento ano anterior (310) (788)

Ajuste ressarcimento ano anterior 32 (846)

Saldo no final do exercício 905 766

Não circulante

Saldo início do exercício 2.344 726

Geração reduzida (acima de 10%) 469 1.278

Variação do PLD médio sobre o saldo de provisão acumulado (d) 375 340

Saldo no final do exercício 3.188 2.344

(a) Diferença entre o contrato e a geração, com o mesmo preço. Registrado no resultado como redutora da receita

(b) Diferença apontada no item (a) calculada pelo maior preço entre o RFU (Receita Fixa Unitária) e o PLD.

(c) Montante descontado no faturamento de 2016 referente ressarcimento de curto prazo do ano anterior.

(d) Ajuste do ressarcimento conforme PLD quadrienal atualizado.

14

Patrimônio Líquido

a.

Capital Social

31.12.2017 31.12.2016

Ações % Ações %

Santa Vitória do Palmar Holding S.A 38.412 100% 38.412 100% 38.412 100% 38.412 100%

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o Capital Social da Companhia é de R$ 38.412,

representadas por ações ordinárias que não possuem valor nominal, e a integralidade das ações pertencente a acionistas domiciliados no país.

b.

Capital subscrito

As ações ordinárias encontram-se totalmente subscritas e integralizadas.

c.

Dividendos

Nos termos do Estatuto Social, aos titulares de ações de quaisquer espécies será atribuído, em cada exercício, um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido, calculado nos termos da Lei societária. Em 31 de dezembro de 2017, não foram distribuídos dividendos, uma vez que a Companhia apresenta prejuízos acumulados. Em 31 de dezembro de 2017, não foram distribuídos dividendos, uma vez que a Companhia apresenta prejuízos acumulados.

(25)

Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

15

Receita operacional líquida

31.12.2017 31.12.2016 Receita Operacional bruta

Receita de venda de energia - CCEAR 2.594 9.691

Ressarcimento por geração reduzida – ano anterior 310 -

(-) Ressarcimento por geração reduzida (614) (1.650)

Receita de venda de energia – Comercialização 246 -

Receita de venda de energia - Geração 13.972 -

Energia Elétrica de curto prazo - CCEE 662 247

Receita de venda de energia - lastro de potência - 7

Deduções da receita bruta

PIS (117) (60) COFINS (541) (275) Taxa ANEEL (51) (91) 16.461 7.869

16

Custo de Operação

31.12.2017 31.12.2016 Serviços de terceiros (662) (513)

Compra de energia elétrica para revenda (73) (210)

Ressarcimento por geração reduzida - CCEAR (111) (235)

Encargos de uso da Transmissão (774) (762)

Depreciação (3.958) (3.960) Amortização (93) (91) Outros (195) (250) Arrendamentos (270) - Seguros (87) (173) Pessoal e Administradores (28) (57)

Variação do PLD médio sobre o saldo de provisão acumulado (407) 507 (6.658) (5.744)

17

Receitas e despesas financeiras

31.12.2017 31.12.2016

Rendimentos de aplicação financeira 360 319

Multas e acréscimos moratórios 8 -

Receitas financeiras 368 319

Encargos da dívida (4.921) (4.955)

Despesas bancárias (33) (27)

Juros e Multa (92) (21)

Despesas financeiras (5.046) (5.003)

(26)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

26

18

Gerenciamento de risco e instrumentos financeiros

Considerações gerais

Os valores contábeis dos instrumentos financeiros ativos e passivos, quando comparados com os valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em mercado ativo ou, na ausência deste, com valor presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado, aproximam-se substancialmente de aproximam-seus correspondentes valores de mercado. Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia não possui qualquer contrato que envolvesse operações com derivativos.

(i)

Classificação dos instrumentos financeiros

31.12.2017 31.12.2016 Empréstimos e recebíveis Outros passivos financeiros Empréstimos e recebíveis Outros passivos financeiros Ativos financeiros

Caixa e equivalentes de caixa 6.256 - 795 -

Fundos vinculados 3.023 - 2.527 -

Passivos financeiros

Contas a pagar de fornecedores - 3.532 - 6.533

Empréstimos e financiamentos - 46.616 - 47.959

(ii)

Risco operacional

Risco operacional é o risco de prejuízos diretos ou indiretos decorrentes de uma variedade de causas associadas a processos, pessoal, tecnologia e infra-estrutura da Companhia e de fatores externos, exceto riscos de crédito, mercado e liquidez, como aqueles decorrentes de exigências legais e regulatórias e de padrões geralmente aceitos de comportamento empresarial. Riscos operacionais surgem de todas as operações da Companhia.

O objetivo da Companhia é administrar o risco operacional para evitar a ocorrência de prejuízos financeiros e danos à sua reputação e buscar eficácia de custos.

(iii)

Análise de sensibilidade para a exposição a riscos de índices flutuantes

A Companhia, para fins de referência, nos termos do CPC 40 (R1), preparou uma análise de sensibilidade sobre empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras sujeitos a riscos de variação de índices flutuantes.

O cenário-base provável para 31 de dezembro de 2017 foi definido através de premissas disponíveis no mercado (fonte: Relatório Focus - Banco Central do Brasil) e o cálculo da sensibilidade foi feito considerando a variação entre as taxas e os índices do cenário previstos para 31 de dezembro de 2016. A análise de sensibilidade considerou ainda uma variação de 25% e 50% sobre os índices flutuantes considerada no cenário provável.

(27)

Eólica Geribatu II S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017

Taxa Cenário Cenário

Índices 2017 possível ∆ 25% remoto ∆ 50%

CDI 6,89% 8,61% 10,34% TJLP 7,00% 8,75% 10,50% Saldo em 31.12.2017 Exposição Cenário possível (25%) Cenário remoto (50%) Ativo

Fundos Vinculados 3.023 CDI 260 312

Passivo

Empréstimos e Financiamentos 46.616 TJLP 4.079 4.895

19

Contingências

Prováveis

Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, de acordo com os assessores jurídicos da Companhia, tramitam em esfera judicial processos cíveis, trabalhistas e fiscais cuja

probabilidade de perda é considerada como provável no montante de R$ 48. Possíveis

Em 29 de novembro de 2016, a Controladora da Companhia enviou notificação extrajudicial à Renobrax, na qual informou a existência descumprimento de cláusulas contratuais pela

Renobrax, fato este que resultou na reversão de R$ 8.722 no exercício de 2016 referente a parte dos juros e de multa que estavam provisionados na rubrica de fornecedores de maneira

consolidada em todas as Empresas do Grupo. O passivo está em discussão extrajudicial e a Renobrax está pleiteando o montante de R$ 15.341 em 31 de dezembro de 2017 (R$13.170 em dezembro de 2016) consolidado de todas as Empresas do Grupo. No entendimento da

Administração e de seus assessores jurídicos a probabilidade de perda desta discussão é possível, assim, de acordo com o CPC 25 não devem ser contabilizadas nas demonstrações financeiras.

20

Informações complementares ao fluxo de caixa

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foram realizadas as seguintes transações que não envolveram o caixa e equivalentes de caixa:

31.12.2016

Integralização de capital (a) 2.229

Referências

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