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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA: CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA WENDY ILISANDRA ZATTI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA: CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS

Tubarão 2020

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WENDY ILISANDRA ZATTI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA: CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS

Relatório de estágio curricular supervisionado apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito à obtenção do grau de bacharel em Medicina Veterinária.

Orientador: Professor Joares Adenilson May Júnior, Ms. Tubarão 2020

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WENDY ILISANDRA ZATTI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA: CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Médico Veterinário e aprovado em sua forma final pelo Curso de Medicina Veterinária da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Tubarão, 16 de junho de 2020. ______________________________________________________ Professor e orientador Joares Adenilson May Júnior, Ms.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Professor e médico veterinário Jairo Balsini

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Médica veterinária Sibele Bressan Pedroso

Universidade do Sul de Santa Catarina

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Dedico este trabalho aos meus pais Ilisandro Zatti, Rose Vargas e meu irmão Wesley Zatti que sempre me apoiaram e acreditaram em mim.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente à Deus, que sempre me concedeu forças para não desistir, vencer os obstáculos, me deu uma família maravilhosa e colocou no meu caminho pessoas muito especiais.

Agradecer a minha família, que foi fundamental para isso acontecer. Em especial meu pai Ilisandro Zatti e minha mãe Rose Vargas, que me permitiram realizar esse sonho. Ao meu irmão Wesley Zatti que sempre me apoiou, desde o primeiro dia que decidi cursar medicina veterinária. Ao meu marido Karl Júnior que estava sempre ao meu lado dizendo que daria tudo certo e à minha filha Luiza Zatti, que é a razão da minha vida, minha inspiração e força. Madrinha Ingrid Souza, sempre enviando energias positivas, mesmo de longe. Minha segunda família, minha sogra Adriana Della Vedova, avó Selma Rosa e madrinha Andréa Gomes que sempre estavam lá, em todos os momentos que eu precisei, dias, noites, feriados e finais de semanas, cuidando da minha princesa, quando precisava estudar para provas e fazer trabalhos... Agradecer às amigas que a vida e a faculdade me deram. Mariana Gomes aquela pessoa essencial na minha vida que sempre acreditou em mim e nunca duvidou do meu potencial. Heloisa Antunelli aquela peça principal do meu dia a dia, menina doce, sempre positiva, que toda pessoa precisa em sua vida, sem dúvidas! Gabriela Oenning tão paciente e amiga. Não poderia deixar de citar elas, colegas e amigas que quero levar para vida toda Paula Tramontin, Taiane Costa, Marina Torres, Débora Fernandes, Giovana Vargas e Beatriz Fontanela. Obrigada por existirem na minha vida!

Agradecer aos professores, em geral, que me ensinaram e ajudaram a chegar até aqui. Em especial ao meu professor e orientador Joares Adenilson May Júnior, que foi essencial e contribuiu muito para minha formação acadêmica.

Agradecer à toda equipe do Hospital Veterinário Pet Vida, que me receberam de portas e corações abertos. Beatriz Ragognet e Adrielle Raymundo obrigada por me aceitarem como estagiária e por tantas oportunidades de aprendizado. Caroline Ferreti, Nathana Souza, Jéssica Robles, Rodolfo Tormin, Thiago Ferreira veterinários exemplares, obrigada por tanto. E claro, não poderia deixar de agradecer meus colegas estagiários, Giovana Bermudez, Julia Moura e Luis Felipe Dal Ri, quero ter vocês para sempre em minha vida. Enfim, só tenho a agradecer!

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“Acredite em si próprio e chegará um dia em que os outros não terão outra escolha se não acreditar com você” (CYNTHIA KERSEY).

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RESUMO

O estágio curricular foi realizado no Hospital Veterinário Pet Vida, na cidade de Araraquara - SP, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020, totalizando 360 horas, distribuídas em 40 horas semanais, com a supervisão da médica veterinária Adrielle Chechi Raymundo e orientação do Professor Ms. Joares Adenilson May Júnior. No decorrer do período de estágio, foram acompanhados 415 animais, sendo 57 cirurgias, 114 consultas, 48 exames de imagem, 60 retornos/revisões, 18 testes rápidos, 61 vacinas e no setor de internação 57. Destes, foram selecionados e relatados três casos: Mastectomia unilateral total em cadela, Linfoma mediastinal em gata e Erliquiose em cão SRD. Estes casos foram acompanhados durante consulta, cirurgia e pós-operatório; consulta, retorno e internação; e consulta e retorno, respectivamente. O estágio curricular é de extrema importância, nos proporciona experiências com profissionais e tutores, nos mostra rotinas variadas e diferentes formas de pensar, sempre tentando chegar a um diagnóstico final. É o momento de colocar em prática aprendizados adquiridos ao longo do curso, e a aquisição de novos conhecimentos através da realização e observação de diversos procedimentos médicos e cirúrgicos.

Palavras-chave: Mastectomia unilateral total. Linfoma mediastinal. Erliquiose.

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ABSTRACT

The curricular internship was accomplished at the Pet Vida Veterinary Hospital, in the city of Araraquara - SP, from March 2nd to May 8th, 2020, 360 hours total, distributed in 40 hours per week, with the supervision of DVM Adrielle Chechi Raymundo and advice of Professor DVM Ms. Joares Adenilson May Júnior. During the internship, 415 animals were followed, 57 surgeries, 114 consultations, 48 imaging exams, 60 returns/revisions, 18 rapid tests, 61 vaccines and in the hospitalization sector 57. Of these, three cases were selected and reported: total unilateral mastectomy in bitch, mediastinal lymphoma in cat and Erliquiosis in dog. These cases were followed up during consultation, surgery and postoperative period; consultation, return and hospitalization; consultation and return, respectively. The curricular internship is extremely important, provides us experiences with professionals and owners, shows us varied routines and different ways of thinking, always trying to reach a final diagnosis. It is time to put in practice lessons acquired throughout the course and the acquisition of new knowledge through the realization and observation of various medical and surgical procedures.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Fachada do Hospital Veterinário Pet Vida (A). Fachada do pet shop anexo e

estacionamento do Hospital Veterinário Pet Vida (B). ... 22

Figura 2- Loja pet shop do Hospital Veterinário Pet Vida. ... 23

Figura 3- Estrutura de banho e tosa do Hospital Veterinário Pet Vida. ... 23

Figura 4- Hotel e day care do Hospital Veterinário Pet Vida. ... 23

Figura 5- Recepção do Hospital Veterinário Pet Vida... 24

Figura 6- Consultórios de atendimento do Hospital Veterinário Pet Vida. Consultório 1 (A) para atendimento de especialistas, o consultório 2 e 3 (B e C) para atendimento clínico geral e o consultório 4 (D) para atendimentos de urgência/emergências. ... 25

Figura 7- Sala para realização de exames radiográficos do Hospital Veterinário Pet Vida. ... 26

Figura 8- Sala de Internação do Hospital Veterinário Pet Vida. ... 26

Figura 9- “Sala de Isolamento” do Hospital Veterinário Pet Vida. ... 27

Figura 10- Farmácia do Hospital Veterinário Pet Vida. ... 27

Figura 11- Laboratório de análises clínicas do Hospital Veterinário Pet Vida. Visão do aparelho de exames hematológicos (A), centrífuga e aparelho de exames bioquímicos (B). ... 28

Figura 12- Sala para os médicos veterinários do Hospital Veterinário Pet Vida (A). Sala de administração do Hospital Veterinário Pet Vida (B). ... 28

Figura 13- Bloco cirúrgico do Hospital Veterinário Pet Vida (A e B). Sala de assepsia para o cirurgião e auxiliar (C). ... 29

Figura 14- Ficha de internação com dados do animal e proprietário (A). Ficha de internação com outras informações (B). Ficha de parâmetros (C). Ficha com tabela de medicações (D). 33 Figura 15- Documento de autorização para cirurgia (A) e anestesia (B). ... 35

Figura 16- Nódulo tumoral localizado em M5 (mama 5), do lado esquerdo. ... 53

Figura 17- Imagens radiográficas do tórax nas projeções ventrodorsal (A), laterolateral direita (B) e laterolateral esquerda (C). Não teve evidências de nódulos com características de metástase. Exame dentro do normal. ... 55

Figura 18- Tricotomia e antissepsia realizada com clorexidina 1% e álcool 70% (A). Colocação dos campos cirúrgicos estéreis (B). ... 56

Figura 19- Incisão torácica elíptica com bisturi, pele e subcutâneo, em formato de “V” (A). Dissecação com a tesoura e divulsão da cadeia inteira, com tração da mão (B). ... 57

Figura 20- Localização (A) e ligadura da artéria epigástrica superficial caudal (B). ... 57

Figura 21- Cadeia mamária retirada juntamente com o linfonodo inguinal (A) e após a divulsão ampla do subcutâneo foi utilizada a técnica walking suture, que mobiliza a pele das laterais para o centro da ferida cirúrgica, com fio absorvível vicryl 3.0® (B). ... 58

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Figura 22- O fechamento da musculatura foi com a sutura simples contínua intradérmica, com fio absorvível monofilamentoso poliglecaprone caprofyl 2.0®. ... 58 Figura 23- Para o fechamento da pele, foi realizada sutura simples isolada com náilon shalon 2.0® (A). O paciente foi monitorado no canil constantemente, até recuperação total anestésica (B). ... 59 Figura 24- A massa tumoral pesou 500 gramas e uma amostra foi enviada para análise histopatológica, para empresa VETPAT. ... 59 Figura 25- Ferida apresentou boa cicatrização após 10 dias da realização cirúrgica, foi retirado os pontos e animal recebeu alta médica. ... 60 Figura 27- Teste rápido de FIV-FeLV Alere® apresentando resultado positivo para FeLV. . 70 Figura 28- Imagens ultrassonográficas apresentando linfonodos com dimensões aumentadas (linfadenomegalia generalizada), ecogenicidade reduzida e mesentério reativo ao redor. Os maiores medindo: ilíaco 0,65 x 1,93cm (A); esplênico 0,79 x 1,51cm (B); hepático 1,66 x 2,55cm (C); jejunal 0,94 x 2,84cm (D). ... 70 Figura 29- Região torácica com formação heterogênea, irregular, de limites não definidos, medindo em torno de 2,95 x 6,06cm (podendo ser o linfonodo esternal deslocado até o coração). ... 71 Figura 30- Imagens radiográficas do tórax nas projeções ventrodorsal (A), laterolateral direita (B) e laterolateral esquerda (C). Apresentaram discreta efusão pleural, deslocamento dorsal de traqueia, aumento de volume e radiopacidade de tecidos moles do mediastino cranial e médio, ocupando toda extensão cranial da cavidade torácica. Imagens compatíveis com neoformação mediastinal... 71 Figura 31- Realização do exame citológico. Técnica de CAAF do linfonodo submandibular direito. ... 73 Figura 32- Paciente apresentando mucosas hipocoradas (oral e ocular). ... 74 Figura 33- Linfonodos submandibulares retirados após eutanásia e enviados para análise histopatológica para fechar o diagnóstico de linfoma... 75

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Distribuição dos casos acompanhados na rotina clínica e classificados conforme o sistema acometido, no período 02 de março a 08 de maio de 2020 ... 42 Gráfico 2 - Distribuição dos casos acompanhados na rotina cirúrgica e classificados conforme o sistema no período 02 de março a 08 de maio de 2020 ... 49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição de tipos de atividades acompanhadas no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 39 Tabela 2 – Imunizações de cães e gatos acompanhadas no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 40 Tabela 3 – Casuística no setor diagnóstico por imagem de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 41 Tabela 4 – Testes rápidos realizados e acompanhados no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 41 Tabela 5 – Casuística clínica do sistema cardiovascular de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 43 Tabela 6 – Casuística clínica do sistema digestório acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 43 Tabela 7 – Casuística clínica do sistema endócrino de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 44 Tabela 8 – Casuística clínica do sistema geniturinário de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 44 Tabela 9 – Casuística clínica do sistema hematopoiético de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 44 Tabela 10 – Casuística clínica do sistema musculoesquelético acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 45 Tabela 11 – Casuística clínica do sistema nervoso acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 45 Tabela 12 – Casuística clínica do sistema oftálmico de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 45 Tabela 13 – Casuística clínica do sistema reprodutivo de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 46 Tabela 14 – Casuística clínica do sistema reprodutivo de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 46 Tabela 15 – Casuística clínica do sistema tegumentar/auditivo de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 47 Tabela 16 – Casuística clínica das enfermidades infectocontagiosas de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 47

(13)

Tabela 17 – Casuística clínica das enfermidades oncológicas de cães e gatos acompanhada no

Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 48

Tabela 18 – Casuística clínica de outras enfermidades de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 48

Tabela 19 – Número de procedimentos cirúrgicos do sistema digestório acompanhados no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 50

Tabela 20 – Número de procedimentos cirúrgicos do sistema geniturinário de cães e gatos acompanhados no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 50

Tabela 21 – Número de procedimentos cirúrgicos do sistema hematopoiético de cães e gatos acompanhados no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 51

Tabela 22 – Número de procedimentos cirúrgicos do sistema oftálmico de cães e gatos acompanhados no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 51

Tabela 23 – Número de procedimentos cirúrgicos do sistema reprodutivo acompanhados no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 51

Tabela 24 – Número de procedimentos cirúrgicos de sistemas variados acompanhados no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020. ... 52

Tabela 25 – Hemograma apresentando discreta eritrocitose e linfopenia. ... 54

Tabela 26 – Exame bioquímico, com valores de creatinina e TGP normais. ... 54

Tabela 27 – Hemograma apresentando leucocitose, discreta linfocitose e trombocitopenia ... 69

Tabela 28 – Exames foram repetidos antes da decisão sobre eutanásia e mostraram-se piores, com presença de anemia, leucocitose seguida de linfocitose. ... 74

Tabela 29 – A avaliação renal e hepática estava dentro dos valores de referência. ... 74

Tabela 30 – Tabela ilustrando o estadiamento de linfoma em cães. ... 81

Tabela 31 – Tabela ilustrando o estadiamento de linfoma em gatos. ... 82

Tabela 32 – Hemograma apresentando leucocitose seguida de trombocitopenia. ... 85

Tabela 33 – Avaliação hepática e renal sem alterações. ... 85

Tabela 34 – Hemograma após uma semana do início do tratamento apresentando melhora, normalizando o número de plaquetas, porém ainda possuía leucocitose. ... 86

Tabela 35 – 7 dias após término do tratamento, realizou hemograma e ainda apresentava leucocitose, plaquetas normalizadas e restante sem alteração... 87

(14)

Tabela 36 – Hemograma após 7 dias do último retorno, para acompanhamento da leucocitose apresentada no último exame. O resultado mostrou-se dentro da normalidade. ... 87

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LISTA DE ABREVEATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

% - Por cento µg – Micrograma

ALT – Alanina Aminotransferase AST – Aspartato Aminotransferase bpm – Batimentos por minuto

CAAF – Citologia Aspirativa com Agulha Fina CE – Corpo Estranho

CedimVet – Centro de Diagnóstico por Imagem Veterinário CHCM – Concentração Hemoglobina Corpuscular Média cm – Centímetros

CRE – Creatinina

DASP – Dermatite Alérgica à Saliva de Pulga dL – Decilitro

DRC – Doença Renal Crônica

DTUIF – Doença do Trato Urinário Inferior Felino DUA – Dermatite Úmida Aguda

EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual EUA – Estados Unidos

ex - Exemplo

FA – Fosfatase Alcalina FC – Frequência Cardíaca

FeLV – Feline Leucemia Vírus (Vírus da Leucemia Felina)

FIV – Feline Immunodeficiency Vírus (Vírus da Imunodeficiência Felina) FR – Frequência Respiratória

g – Gramas

GGT – Gama Glutamil Transferase HCM – Hemoglobina Corpuscular Média HVPV – Hospital Veterinário Pet Vida ICC – Insuficiência Cardíaca Congestiva IgG – Imunoglobulina G

IM – Intramuscular

IRA – Injúria Renal Aguda IV - Intravenosa

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KCl – Cloreto de Potássio Kg – Quilogramas

LCCr – Ruptura de Ligamento Cruzado Cranial M1 – Mama torácica cranial

M2 – Mama torácica caudal M3 – Mama abdominal cranial M4 – Mama abdominal caudal M5 – Mama inguinal

mg – Miligramas

mm3 – Milímetro cúbico (volume) MPA – Medicação pré-anestésica mpm – Movimentos por minuto MV – Médico veterinário NaCl – Cloreto de Sódio ºC – Graus célsius

OE – Osteossarcoma extra-esquelético OMS – Organização Mundial da Saúde OSA – Osteossarcoma

OSH – Ovário-salpingo-histerectomia OSM – Osteossarcoma mamário PAS – Pressão Arterial Sistólica PBA – Punção Biópsia Aspirativa PCR – Reação em Cadeia da Polimerase

RDW – Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos SC – Subcutâneo

SP – São Paulo

SpO2 – Saturação oxigênio capilar periférico SRD – Sem raça definida

TCE – Trauma Crânio Encefálico TNM – Tumor, linfonodo, mestástase TPC – Tempo de preenchimento capilar TPC – Tempo de preenchimento capilar TR – Temperatura Retal

UI – Unidades internacionais V10 – Vacina polivalente

(17)

V4 – Vacina quádrupla V5 – Vacina quíntupla

VCM – Volume corpuscular médio

VETPAT – Laboratório de Análises Clínicas Veterinário VO – Via Oral

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 21

2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO ... 21

3 ROTINA DO HOSPITAL VETERINÁRIO PET VIDA ... 29

3.1 SETOR DE ATENDIMENTO CLÍNICO E ESPECIALIDADES ... 30

3.2 SETOR DE INTERNAMENTO ... 32

3.3 SETOR DE CIRURGIA ... 35

3.4 SETOR DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM ... 36

3.5 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS ... 38

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 38

5 CASUÍSTICA ACOMPANHADA DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO ... 39

5.1 CASUÍSTICA SETOR DE IMUNIZAÇÕES ... 40

5.2 CASUÍSTICA SETOR DIAGNÓSTICO POR IMAGEM ... 41

5.3 CASUÍSTICA DE TESTE RÁPIDO ... 41

5.4 CASUÍSTICA SETOR DE CLÍNICA E INTERNAMENTO ... 42

5.4.1 Enfermidades do Sistema Cardiovascular ... 43

5.4.2 Enfermidades do Sistema Digestório ... 43

5.4.3 Enfermidades do Sistema Endócrino ... 44

5.4.4 Enfermidades do Sistema Geniturinário ... 44

5.4.5 Enfermidades do Sistema Hematopoiético ... 44

5.4.6 Enfermidades do Sistema Musculoesquelético ... 45

5.4.7 Enfermidades do Sistema Nervoso ... 45

5.4.8 Enfermidades do Sistema Oftálmico ... 45

5.4.9 Enfermidades do Sistema Reprodutivo ... 46

5.4.10 Enfermidades do Sistema Respiratório ... 46

5.4.11 Enfermidades do Sistema Tegumentar/Auditivo ... 47

5.4.12 Enfermidades Infectocontagiosas ... 47

5.4.13 Enfermidades Oncológicas ... 48

5.4.14 Outras enfermidades/atendimentos ... 48

5.5 CASUÍSTICA SETOR DE CIRURGIA ... 49

5.3.1 Cirurgia do Sistema Digestório ... 50

5.3.2 Cirurgia do Sistema Geniturinário ... 50

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5.3.4 Cirurgia do Sistema Oftálmico ... 51

5.3.5 Cirurgia do Sistema Reprodutivo ... 51

5.3.6 Cirurgia de outros sistemas... 52

6 RELATOS DE CASOS ... 52

6.1 RELATO DE CASO 1: MASTECTOMIA ... 52

Mastectomia unilateral em cadela. ... 52

6.1.1 Resenha ... 52 6.1.2 Histórico e anamnese ... 53 6.1.3 Exame físico ... 53 6.1.4 Exames complementares ... 54 6.1.5 Tratamento ... 55 6.1.6 Evolução do caso ... 59 6.1.7 Retorno ... 60 6.1.8 Resultado Histopatológico... 61

6.1.9 Discussão e revisão de literatura ... 61

6.2 RELATO DE CASO 2: LINFOMA ... 68

6.2.1 Resenha ... 68 6.2.2 Histórico e anamnese ... 68 6.2.3 Exame físico ... 69 6.2.4 Exames complementares ... 69 6.2.5 Tratamento ... 72 6.2.6 Resultado Histopatológico... 75

6.2.7 Revisão e discussão de literatura ... 76

6.3 RELATO DE CASO 3: ERLIQUIOSE ... 83

6.3.1 Resenha ... 84 6.3.2 Histórico e anamnese ... 84 6.3.3 Exame físico ... 84 6.3.4 Exames complementares ... 84 6.3.5 Tratamento ... 85 6.3.6 Evolução do caso ... 86

6.3.6 Revisão e discussão de literatura ... 88

7 CONCLUSÃO ... 93

REFERÊNCIAS ... 94

ANEXOS ... 96

(20)

ANEXO B – Laudo histopatológico, cadela, fêmea, 9 anos, Pastor Alemão Branco, 39kg

... 98

ANEXO C – Laudo ultrassonográfico, gata, fêmea, 1 ano, SRD, 3,5kg ... 99

ANEXO D – Laudo radiográfico, gata, fêmea, 1 ano, SRD, 3,5kg ... 100

ANEXO E – Laudo citológico, gata, fêmea, 1 ano, SRD, 3,5kg ... 101

ANEXO F – Laudo histopatológico, gata, fêmea, 1 ano, SRD, 3,5kg ... 102

ANEXO G – Laudo PCR, canino, macho, 8 anos, SRD, 29kg ... 103

ANEXO H – Laudo PCR, canino, macho, 8 anos, SRD, 29kg ... 104

(21)

1 INTRODUÇÃO

O presente relatório tem por objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante o período de estágio curricular supervisionado. O estágio foi realizado no Hospital Veterinário Pet Vida, na cidade de Araraquara/SP (São Paulo), na área clínica e cirúrgica de pequenos animais. Durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020, totalizando carga horária de 360 horas, distribuídas em 8 horas diárias, sob a supervisão da médica veterinária Adrielle Chechi Raymundo e orientação do médico veterinário professor Joares Adenilson May Júnior. Durante o período de estágio, ocorreu a pandemia mundial do Coronavírus - COVID19, e isso acarretou em mudanças drásticas em todos estabelecimentos veterinários do estado de SP. O HVPV seguiu às determinações do Governo Federal e da Organização Mundial de Saúde (OMS) e inseriu diversas medidas preventivas, e para garantir a saúde de todos os funcionários e clientes, reforçou a rotina de higiene e limpeza.

O estágio obrigatório foi de extrema importância para a minha formação de médica veterinária, tive a oportunidade de colocar em prática conceitos teóricos que tive durante a vida acadêmica, e adquirir novos conhecimentos através da realização e observação de diversos procedimentos médicos e cirúrgicos durante este período. Além de conhecer os protocolos de outros profissionais que atuam na rotina da saúde dos animais domésticos, pude tirar dúvidas e discutir diversos casos.

A medicina veterinária vem avançando cada vez mais em termos de tratamentos, medicamentos e equipamentos. Além de cães e gatos serem considerados e tratados como membros da família, tornando a profissão mais reconhecida e valorizada atualmente. O local de estágio foi escolhido por abranger grande fluxo de pacientes, profissionais de qualidade, e boa estrutura hospitalar.

O relatório abrange a descrição do local de estágio realizado, as atividades desenvolvidas, casuística acompanhada e o relato de três casos escolhidos: Mastectomia unilateral total em cadela, Linfoma mediastinal em gata e Erliquiose em cão SRD.

2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO

O estágio curricular supervisionado obrigatório foi realizado no Hospital Veterinário Pet Vida, localizado na cidade de Araraquara/SP, no bairro Centro, na avenida Bento de Abreu, número 789 (Figura 1A). O hospital foi fundado em agosto de 2013 para o atendimento de animais de estimação, incluindo cães, gatos e silvestres com especializações em diferentes áreas, internação (inclusive para animais com enfermidades infecciosas), centro cirúrgico e

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laboratório 24 horas. A unidade possuía serviços de pet shop, banho e tosa, hotel, day care, disk ração, transporte e estacionamento privativo exclusivo para clientes (Figura 1B). O corpo técnico era composto por 6 médicos veterinários e 4 auxiliares veterinárias, todos sob a direção clínica da médica veterinária Beatriz do Nascimento Nunes Ragognetti e administrativa de Mateus Castaldi Ragognetti. Entre os colaboradores estavam duas recepcionistas, um administrador, seis funcionários operativos (banho, tosa, creche e hotel) e duas auxiliares de limpeza.

Figura 1- Fachada do Hospital Veterinário Pet Vida (A). Fachada do pet shop anexo e estacionamento do Hospital Veterinário Pet Vida (B).

Fonte: A autora (2020).

O HVPV possuía em anexo a loja pet shop (Figura 2) com várias linhas de alimentação premium e super premium para cães e gatos, medicações, acessórios, entre outros. A estrutura de banho e tosa (Figura 3) atendia cães e gatos com horários previamente marcados. O HVPV também disponibilizava de um hotel (hospedagem) e day care (creche para cães) (Figura 4), local onde os animais ficavam hospedados, a creche funcionava das 7:00h às 19:00h, e o hotel 24 horas supervisionados por duas funcionárias.

(23)

Figura 2- Loja pet shop do Hospital Veterinário Pet Vida.

Fonte: A autora (2020).

Figura 3- Estrutura de banho e tosa do Hospital Veterinário Pet Vida.

Fonte: A autora (2020).

Figura 4- Hotel e day care do Hospital Veterinário Pet Vida.

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Na recepção do HVPV, eram realizados os cadastros dos clientes, pacientes e posteriormente os animais eram pesados (Figura 5). Nesse local os tutores, com seus animais, aguaradavam pelo atendimento geral, pois as consultas eram por ordem de chegada. Além de ser o local onde recebiam ligações, agendamento de consultas especializadas, cirurgias e exames de imagem. Próximos à recepção, haviam quatro consultórios. Geralmente, o consultório 1 (Figura 6A) era destinado ao atendimento por médicos veterinários especialistas. Nos consultórios 2 (Figura 6B) e 3 (Figura 6C) eram realizados os atendimentos clínicos gerais. No consultório 4 (Figura 6D), para casos de urgência/emergência. Os consultórios eram equipados com computadores, pia para lavagem de mãos, mesa de inox, armário com materiais de uso frequênte, tais como: tubos de coleta de sangue, seringas, scalp, catéteres, luvas de procedimento, tesouras, pinças, gazes, algodão, esparadrapos, termômetro, estetoscópio, álcool, água oxigenada, anti séptico, pomadas cicatrizantes, desinfetante, tubos de soro fisiológico, equipos normais e de bomba de infusão, entre outros.

Figura 5- Recepção do Hospital Veterinário Pet Vida.

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Figura 6- Consultórios de atendimento do Hospital Veterinário Pet Vida. Consultório 1 (A) para atendimento de especialistas, o consultório 2 e 3 (B e C) para atendimento clínico geral e o consultório 4 (D) para atendimentos de urgência/emergências.

Fonte: A autora (2020).

Na sala de radiografia (Figura 7) eram realizados os exames dos animais atendidos no hospital, ou de animais que vinham encaminhados de outros estabelecimentos veterinárias. Após a realização do exame, as imagens eram gravadas em um CD e entregue aos tutores. O laudo oficial ficava pronto posteriormente e os médicos veterinários entravam em contato para confirmar o resultado.

A

B

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Figura 7- Sala para realização de exames radiográficos do Hospital Veterinário Pet Vida.

Fonte: A autora (2020).

Possuía duas salas de internação para animais que necessitavam de acompanhamento clínico e cuidados intensivos. Em uma delas haviam 17 baias, 11 menores utilizadas para gatos ou cães de pequeno porte e seis maiores destinadas à cães de médio e grande porte (Figura 8). A outra sala de internação, denominada “sala de isolamento” era para animais que possuíam alguma doença ou suspeita infectocontagiosa, composta por sete baias, quatro menores e três maiores (Figura 9). Os dois ambientes eram devidamente climatizados e projetados para otimizar o acompanhamento e o monitoramento dos pacientes de forma constante. A farmácia (Figura 10) situava-se no centro do hospital, nela ficavam guardadas todas as medicações e produtos de uso.

Figura 8- Sala de Internação do Hospital Veterinário Pet Vida.

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Figura 9- “Sala de Isolamento” do Hospital Veterinário Pet Vida.

Fonte: A autora (2020).

Figura 10- Farmácia do Hospital Veterinário Pet Vida.

Fonte: A autora (2020).

O HVPV possuía um laboratório interno para efetuar exames hematológicos, bioquímicos gerais (Figura 11) e testes rápidos. Outros exames como citológicos e histopatológicos, eram encaminhados para laboratórios externos parceiros. Anexo ao laboratório, havia uma sala com

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computadores para os médicos veterinários passarem os resultados dos exames, preencherem, completar as descrições dos pacientes e fazer receituários (Figura 12A).

A sala de administração era ocupada pelos proprietários e médicos veterinários do HVPV. Nesse local eram realizados todos os dias os planejamentos do hospital (Figura 12B).

O bloco cirúrgico (Figura 13A e B) era composto por uma sala de assepsia em anexo (Figura 13C) e toda estrutura necessária para realização de procedimentos cirúrgicos, como mesa cirúrgica impermeável e de fácil higienização, sistema de aquecimento (colchão térmico), equipamento para anestesia inalatória com ventiladores mecânicos, monitor multiparamétrico, foco cirúrgico, aspirador cirúrgico, mesa auxiliar, tubos traqueais e laringoscópio, materiais cirúrgicos, entre outros. A sala de antissepsia possuía pia para lavagem de mãos, equipamentos de lavagem, secagem e esterilização de materiais.

Figura 11- Laboratório de análises clínicas do Hospital Veterinário Pet Vida. Visão do aparelho de exames hematológicos (A), centrífuga e aparelho de exames bioquímicos (B).

Fonte: A autora (2020).

Figura 12- Sala para os médicos veterinários do Hospital Veterinário Pet Vida (A). Sala de administração do Hospital Veterinário Pet Vida (B).

Fonte: A autora (2020).

B

A

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Figura 13- Bloco cirúrgico do Hospital Veterinário Pet Vida (A e B). Sala de assepsia para o cirurgião e auxiliar (C).

Fonte: A autora (2020). 3 ROTINA DO HOSPITAL VETERINÁRIO PET VIDA

O HVPV possuía atendimento 24 horas, com horário de atendimento comercial das 08:30 às 19:00 horas e após este horário, realizava plantão. Durante este período, exames complementares (hematológicos, bioquímicos e testes rápidos) e exames de radiografia podiam ser realizados. Exames ultrasonográficos eram terceirizados, sempre agendados previamente com o médico veterinário ultrassonografista, mas quando necessário ele realizava imagens no plantão. Dos seis médicos veterinários, cada dupla cumpria 6 horas de trabalho por dia, totalizando 60 horas semanais. Nos finais de semana, faziam plantão de 12 horas. As auxiliares trocavam os cargos a cada 12 horas por dia, de domingo a domingo.

Para os animais que ficavam internados, as visitas tinham horários específicos. A função das auxiliares era receber as visitas (tutores dos animais), fazer as medicações e deixá-las prontas, limpar as baias, alimentar e dar água aos animais, preencher as fichas dos animais internados, entrar em contato (por telefone) com os tutores para explicar a evolução do animal, entre outros. Com a pandemia do Coronavírus (COVID19), a rotina foi alterada. As atividades do hospital como consultas, vacinas, cirurgias, atendimento emergencial 24 horas, venda de medicamentos e rações, continuaram normalmente, porém com quadro de funcionários e estagiários reduzidos. Alguns funcionários tiveram férias e somente dois estagiários puderam continuar o acompanhamento. Essa medida foi com o intuito de diminuir o fluxo de pessoas, dentro do hospital. Os serviços de banho e tosa, creche e hotel, foram fechados por tempo

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indeterminado, seguindo as normas do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de SP, que descreveu esses serviços como não essenciais.

Os funcionários e estagiários seguiram as regras para diminuir o risco de contágio que eram o uso obrigatório de máscara, luvas, além de jaleco e roupa fechada durante as consultas. As regras para os clientes serem atendidos eram com uso obrigatório de máscara, distância de 1 metro e meio do veterinário, somente um proprietário dentro do consultório durante o atendimento, proibido acompanhamento de exames de imagens e proibidas as visitas aos animais internados. As informações sobre os internados eram somente por ligações telefônicas e as enfermeiras ficavam disponíveis o dia todo, para passar o quadro geral do animal ou tirar dúvidas. Era possível ver os animais através de chamada de vídeo. Na recepção, reduziram o número de cadeiras e deixaram o espaço de 1 metro entre elas, com o intuito de evitar aglomeração e proximidade de clientes. Álcool em gel estava disponível em todos os locais do hospital, recepção, consultórios, bloco cirúrgico, laboratório, internações, banheiros, farmácia e nas paredes dos corredores. As salas de consultório mantinham as janelas abertas e portas abertas e ar condicionado ligado durante o atendimento. As auxiliares de limpeza foram orientadas a desinfetar, várias vezes por dia, com produtos de higiene e álcool, todos os pontos que podiam haver contato entre pessoas como cadeiras, maçanetas de portas, balcão de recepção, teclados de computadores, telefones, entre outros.

3.1 SETOR DE ATENDIMENTO CLÍNICO E ESPECIALIDADES

Os atendimentos clínicos geral e/ou retornos eram realizados por ordem de chegada e os atendimentos especializados eram agendados previamente. Alguns especialistas tinham atendimento fixo em alguns dias da semana. A consulta iniciava pela anamnese, principal queixa relatada pelo tutor, idade do animal, quando iniciou os sinais clínicos, qual ambiente vive, qual o tipo de alimentação, contato com outros animais, histórico médico, tratamento anterior, protocolo vacinal, desverminação e controle de ectoparasitas. Durante a anamnese, o estagiário realizava o exame físico, fazendo uma inspeção geral do paciente, aferindo temperatura retal, FR (frequência cardíaca), FR (frequência respiratória), coloração de mucosas, grau de hidratação (tugor cutâneo), TPC (tempo de perfusão capilar), palpação de linfonodos (mandibulares e poplíteos), auscultação pulmonar, palpação de abdome, exame de coluna e inspeção da cavidade oral e condutos auditivos. Após o exame clínico, se necessário, eram realizados exames complementares e/ou indicado internação do paciente. Alguns procedimentos como: coleta de sangue, limpeza de ferimentos, curativos, fluidoterapia subcutânea, aplicação de medicamentos injetáveis, entre

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outros, eram realizados no próprio consultório, pelo estagiário, sob a supervisão do médico veterinário ou o estagiário continha o animal para o veterinário realizar os procedimentos.

Para realização de vacinas, primeiramente, o médico veterinário orientava o tutor sobre o protocolo correto. As vacinas disponíveis no HVPT eram: vanguard plus® (polivalente - V10 - prevenção da cinomose canina, hepatite infecciosa canina/adenovírus tipo 1, doenças respiratórias/adenovírus tipo 2, parainfluenza canina, coronavirose canina, parvovirose canina e leptospiroses causadas pela Leptospira canicola, L. grippotyphosa, L. icterohaemorrhagiae e L. pomona, em cães), bronchiguard® (prevenção da traqueobronquite infecciosa dos cães - “Tosse dos Canis” causada pela bactéria Bordetella bronchiseptica), bronchi-shield III® (prevenção das doenças causadas pelo adenovírus canino tipo 2, pelo vírus da parainfluenza canina e pela Bordetella bronchiseptica, em cães. Via intra-nasal), defensor® (raiva - prevenção da raiva em cães e gatos), giardiavax® (prevenção da giardíase canina, causada pelo protozoário giárdia lamblia, em cães.), felocell crv-c® (quádrupla felina - prevenção da rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia e clamidiose em gatos), fel-o-vax lvk iv calicivax® (quíntupla felina – prevenção da rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia, leucemia felina, e Chlamydia psittaci em gatos) e leishtec® (prevenção da leishmaniose - protozoário leishmania). Para cães filhotes, a recomendação era vacinar, com V10, a partir de 45 dias de idade, administrando 3 doses com 3 semanas de intervalo entre cada uma delas. Para cães adultos, seguia o mesmo protocolo. A vacina para o vírus da raiva era aplicada a partir do 4º mês de vida (120 dias), uma únca dose, uma vez por ano, tanto em cães quanto em gatos. A vacina contra tosse dos canis, era realizada a partir de 8 semanas de idade, administrando 2 doses, com intervalo de 2 a 4 semanas entre elas. A bronchi-shield era realizada a partir de 8 semanas de idade, com única dose intra-nasal. A vacina contra giárdia era realizada em animais a partir de 8 semanas de idade, a segunda dose era aplicada com intervalo de 2 a 4 semanas. A vacina da leishmaniose era realizada a partir dos 120 dias de vida, 3 doses, com intervalos de 21 dias. Todas a vacinas eram recomendadas a serem repetidas uma vez por ano, com única dose.

O protocolo para felinos era uma pouco diferente. Explicava-se a importância da realização do teste rápido FIV/FeLV (vírus da imunodeficiência felina/vírus da leucemia felina), antes de fazer a vacina. Quando o animal apresentava resultado posivito para FeLV, realizava-se a quádrupla. Se fosse negativo era realizada a quíntupla. Ambas a partir de 45 dias de vida, total de 3 doses, com intervalos de 3 a 4 semanas. Recomendava-se revacinar com única dose, anualmente. Se o animal fosse adulto nunca havia realizado vacina, seguia o mesmo protocolo de 3 doses. Animais FeLV positivos, devem evitar receber a vacina previne a FeLV, pois pode haver reação vacinal e o animal acabar ficando doente.

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Além disso, o tutor era orientado sobre desverminação, prevenção de ectoparasitas, alimentação ideal, entre outros. Após aferir a temperatura retal e exame clínico, o animal apresentar-se sem sinal clínico de enfermidades ou alterações fisiológicas, era realizada a vacina. O estagiário avaliava o animal, preenchia a carteira de vacinação com as datas e adesivos, data da próxima vacina, preparava a seringa e aplicava no animal, sempre sob supervisão do médico veterinário. O médico veterinário assinava e carimbava a carteira. O proprietário era informado que, se houvesse algum efeito colateral, como prostração, sonolência, febre, dor ou inchaço no local da aplicação, era para entrar em contato imediatamente com o HVPV.

Os tutores de cães e gatos precisam ser conscientizados de suas responsabilidades, sobre o bem-estar, saúde física e psicológica de seus animais de estimação. A vacinação é fundamental, sendo o método mais confiável e eficaz de proteção contra doenças infecciosas. As vacinas estimulam a produção de anticorpos, que irão proteger o animal. O ato de imunizar, não protege apenas os animais, mas também as pessoas que convivem com eles, pois existem doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos, como por exemplo a raiva, a leptospirose e giárdia.

O HVPV possuía médicos veterinários especialistas em várias áreas como: anestesiologia, cardiologia, oftalmologia clínica e cirúrgica, endócrinologia, medicina de felinos, clínica e cirurgia de silvestres e exóticos, neurologia, odontologia clínica e cirúrgica, oncologia, ortopedia clínica e cirúrgica.

3.2 SETOR DE INTERNAMENTO

Nesse local, ficavam os animais que precisavam de cuidados intensivos, pós-operatório, observação ou encaminhados de outros estabelecimentos veterinários. A internação era composta por uma pia para lavagem de mãos, mesa de inox, bombas de infusão, oxigênio central. No armário ficavam guias e focinheiras, luvas de procedimento, cateteres para acesso venoso, tubos de coleta, algodão, gazes, compressas, esparadrapos, termômetro, pinças, tesouras, álcool, água oxigenada, desinfetante, soro fisiológico, equipos, tapetes higiênicos, fraldas, aparelho medidor de glicose, aparelho medidor de pressão arterial, seringas, agulhas, scalp, entre outros.

Todas as baias possuíam a identificação do paciente, com nome do animal, nome do proprietário, telefone, peso, idade, raça, suspeita/diagnóstico, comportamento, fluído/taxa e alimentação. Ainda eram identificadas a necessidade de jejum ou se havia exame de imagem agendado. Para os animais que passavam por procedimento cirúrgico do sistema gastrointestinal e precisavam de alguma dieta específica no pós operatório, também era identificada a dieta com

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os horários e quantidades. A glicemia dos animais diabéticos precisavam ser aferidas duas vezes ao dia ou mais e era identificado na baia os horários e resultados.

Cada paciente internado possuía uma prancheta com a ficha de internação (Figura 14A) preenchida com os dados do animal e proprietário, suspeita clínica, resultados dos exames laboratoriais realizados, tratamento prescrito com dose em volume total, via, frequência e horários, taxa de infusão da fluidoterapia, entre outros. Em outra ficha (Figura 14B), eram anotadas outras informações, tais como horários que foram feitas as medicações, estado geral do animal durante o dia e noite, tipo de alimentação, se ocorreu vômito, diarréia, débito urinário e observado se o animal teve alguma evolução no tratamento. Uma terceira ficha (Figura 14C) era preenchida com os dados dos parâmentros como: padrão respiratório, pressão, temperatura, palpação abdominal, urina, fezes e alimentação. Essas informações eram sempre repassadas nas trocas de horários das auxiliares e médicos veterinários. Uma quarta folha da prancheta (Figura 14D) era composta por uma tabela com os itens e medicações utilizadas para depois serem lançadas no sistema. Sempre que um animal era internado, os estagiários tinham que montar a prancheta, com todas as fichas e preencher os dados do animal e proprietário, deixando pronta para o veterinário prescrever o tratamento, para posteriormente, os estagiários prepararem as medicações e fazê-las.

Figura 14- Ficha de internação com dados do animal e proprietário (A). Ficha de internação com outras informações (B). Ficha de parâmetros (C). Ficha com tabela de medicações (D).

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Fonte: A autora (2020).

Neste setor de internação, eram realizados outros procedimentos também, como: limpeza de feridas, trocas de curativos, acesso venoso, coleta de sangue, administração de óxigênio, administração de fluidoterapia subcutânea, drenagem torácica, drenagem abdominal, transfusão de sangue entre outros. Os estagiários podiam realizar estes procedimentos, com auxílio das enfermeiras ou médico veterinário. Ficavam sempre disponíveis para ajudá-las na contenção, realização das medicações, limpeza, aferição de temperatura e glicemia, oferecer alimento e água, passear na área aberta para defecar e urinar, entre outros.

Na “sala de isolamento”, eram mantidos os animais que possuíam alguma doença ou suspeita infectocontagiosa, como por exemplo, parvovirose ou cinomose e gatos FIV ou FeLV positivos. Estes ficavam isolados dos demais, evitando o contato.

O HVPV possuía um sistema online, onde abrange tudo o que é realizado e todos os médicos veterinários conseguem ter acesso. Eles também preenchem uma ficha, online, com todas as informações necessárias, para que, quando houver a troca de plantão, o próximo médico veterinário esteja ciente de todo o histórico do animal que está internado.

Os horários de visitas eram das 10:00 às 11:00 horas e das 16:00 às 17:00 horas. Neste horário, os tutores podiam ver os animais e tirar as dúvidas com o médico veterinário , o auxiliar que estava presente passava o histórico e estado geral do animal. As altas dos pacientes eram realizadas, geralmente, no final do dia, conforme combinavam um horário com o proprietário e

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juntamente recebiam todas as orientações e receituário, se caso necessitasse continuar o tratamento em casa, pelo médico veterinário.

3.3 SETOR DE CIRURGIA

O setor de cirurgia era composto por um bloco cirúrgico anexo a uma sala de assepsia com pia e equipamento para lavagem, secagem e esterilização dos materiais cirúrgicos. A paramentação era feita dentro do bloco. Haviam equipamentos para vários tipos de cirurgias. As cirurgias eletivas como ovariohisterectomia, orquiectomia, nodulectomia, mastectomia, profilaxia dentária eram previamente agendadas na recepção. Já as cirurgias de emergência eram realizadas imediatamente pela cirurgiã do HVPV. Todos os animais que passavam por algum procedimento cirúrgico, realizavam exames prévios de triagem como: hemograma, perfil hepático, perfil renal e ultrassom e/ou radiografia. Outros exames eram solicitados, dependendo a necessidade do caso. O responsável pelo animal, recebia orientações sobre o jejum e ficava ciente de qualquer risco do procedimento anestésico e cirúrgico. Além disso, assinava dois documentos de autorização, um para cirurgia (Figura 15A) e outro para anestesia (Figura 15B). Uma via desses documentos ficava no hospital e outra via era entregue ao responsável.

Figura 15- Documento de autorização para cirurgia (A) e anestesia (B).

Fonte: A autora (2020).

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A equipe era composta por um cirurgião e um anestesista, e se necessário um auxiliar. Os estagiários realizavam o acesso venoso, avaliação clínica do paciente, aferiam temperatura retal, realizavam a medicação pré-anestésica (MPA) e transferiam o animal da sala de internação para o bloco cirúrgico. Preparavam a sala e a mesa cirúrgica, tinham a oportunidade de fazer a indução anestésica, intubação endotraqueal, posicionava-o, faziam tricotomia e antissepsia da região, com clorexidina e álcool 70%, e deixava o animal pronto para iniciar a cirurgia. Deixavam prontas as medicações necessárias, como antibiótico e antiinflamatório, para aplicar no término do procedimento.

Durante o procedimento, o animal era monitorado com auxílio do monitor multiparamétrico, pelo anestesista. Ao término da cirurgia, os estagiários realizavam a limpeza da ferida cirúrgica, curativo e/ou colocação da roupa cirúrgica, extubavam o paciente, transferiam-o para a internação e observavam até a recuperação anestésica completa. A aferição da temperatura retal era realizada constantemente, e se necessário, era utilizado o aquecedor na baia ou o colchão térmico. Após, limpavam o bloco cirúrgico e organizavam, lavavam os materiais cirúrgicos e colocavam na máquina de esterilização. Então, o cirurgião entrava em contato com o proprietário, passava as informações referentes a cirurgia, recuperação do animal, dia da alta, recomendações e pessoalmente era entregue e explicado o receituário para o tratamento medicamentoso em casa.

3.4 SETOR DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

Exame de diagnóstico por imagem como radiografia, ficava disponível 24 horas, podendo ser realizado em qualquer horário, por qualquer médico veterinário. Muitos pacientes vinham sob encaminhamento de outros estabelecimentos. O exame era realizado por duas pessoas, geralmente um médico veterinário e um estagiário. Ambos eram obrigados, por normas do hospital, a utilizar os EPIs (equipamentos de proteção individual), para reduzir ao máximo a dose de exposição à radiação, que consistiam em: avental de chumbo, cobrindo a região torácica e abdominal, e protetor de tireóide, que era em forma de colar. Os estagiários deixavam a mesa pronta, e ajudavam na contenção do animal e posição correta. As imagens eram interpretadas e o laudo confeccionado, em até 24 horas, por uma empresa franqueada, especializada no ramo de radiologia digital, a CedimVet (Centro de Diagnóstico por Imagem Veterinário Radiologia Digital).

O exame radiográfico veterinário, é um método de imagem importante para avaliação de afecções ósseas, articulares e intratorácicas. Geralmente, é a primeira forma de triagem e

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identificação de problemas de saúde, por ser um exame rápido, de baixo custo (quando comparado a outros exames), não ser invasivo e raramente necessitar de anestesia. Porém, deve ser realizado com cautela, com treinamento e por profissionais especializados na área. Uma equipe bem treinada é fundamental, para que o animal fique confortável e obtenha o correto posicionamento. Para garantir a qualidade do exame, é importante realizar pelo menos 3 projeções (laterolateral direita, laterolateral esquerda e ventrodorsal). Geralmente, era indicado em casos de atropelamento, traumas, suspeitas infecciosas de trato respiratório, suspeitas de metástase, problemas cardiovasculares, pós operatórios de cirurgias ortopédicas, dores na coluna vertebral, suspeita de corpo estranho, obstrução intestinal, etc.

Ultrassonografia abdominal era terceirizada, ou seja, realizada por um veterinário volante. O exame era realizado em algum consultório que estivesse desocupado. O estagiário continha o animal e o tutor podia acompanhar o exame. O laudo era emitido posteriormente, pelo médico especialista, enviado para o email do hospital, e o hospital encaminhava ao tutor. Após o exame, o médico veterinário responsável pelo caso clínico conversava e passava o diagnóstico para o proprietário.

A ultrassonografia é muito utilizada na medicina veterinária. É uma técnica não invasiva, e emitem informações sobre os órgãos no abdome, no tórax e no coração. A ultrassonografia abdominal foi muito solicitada durante o período de estágio. Sempre quando o tutor relatava vômito ou diarréia, perda de peso e apetite, massas encontradas durante o exame físico, atropelamento, traumas – por suspeita de hemorragia interna, problemas urogenitais, animais hepatopatas e doentes renais, gestação, pré operatórios e pós operatório de retirada de corpo estranho, cistotomia, e esplenectomia. A cistocentese, era realizada com auxílio do ultrassom, pelo ultrassonografista. Gatos FeLV positivos sempre eram encaminhados para ultrassom abdominal. Entre outros casos.

Ecocardiograma e eletrocardiograma eram realizados somente com o cardiologista em alguns dias fixos da semana. Para a realização de endoscopia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, o animal precisava ser encaminhado para outra cidade.

Exames de imagens são fundamentais para chegar à um diagnóstico final. Auxiliam na abordagem do caso e no tratamento. É uma ferramenta que precisa estar na conduta dos médicos veterinários. No HVPV todos os estagiários, enfermeiros e demais eram treinados de como conter os animais corretamente, evitando ao máximo o estresse. No período de estágio, pude acompanhar diversos exames de imagens. Percebi a importância de diagnosticar um caso corretamente, observei um corpo estranho no estômago e intestino (como ossos, caroço de fruta, pedras, plástico, brincos, etc.), identifiquei uma hemorragia interna, ruptura de bexiga, uretra e intestino após o animal sofrer trauma. Animais doentes renais apresentavam rins deformados, e

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idosos tinham o coração aumentado de tamanho. Cães oncológicos, apresentavam metástases pulmonares e linfonodos reativos, colapso de traquéia em filhotes, obstrução intestinal, etc. Independente o quadro clínico, exames de imagens são essenciais.

3.5 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

O HVPV possuía uma sala exclusiva para análises clínicas, com funcionamento 24 horas, para realização de exames hematológicos, bioquímicos e testes rápidos. Os bioquímicos eram: ácido úrico, ácidos biliares totais (em jejum e após alimentação), albumina, amilase, alanina aminotransferase - ALT, aspartato aminotransferase – AST, bilirrubina direta, bilirrubina indireta, bilirrubina total, cálcio, colesterol, creatinina - CRE, digoxina, fibrinogênio, fósforo, frutosamina, gama glutamil transferase – GGT, glicose, globulina, hemoglobina glicosilada, lipase, fosfatase alcalina - FA, potássio, proteína total, sódio, uréia e triglicerídeos. Os hematológicos: hemácias, hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio – VCM, hemoglobina corpuscular média – HCM, concentração da hemoglobina corpuscular média – CHCM, Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos) – RDW, leucócitos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e plaquetas. Os testes rápidos constavam em FIV/FeLV, parvovirose, cinomose, leishmaniose e erliquiose.

Os exames mais solicitados eram hemograma, e função renal e hepática como aferição das enzimas CRE, URÉIA, ALT e FA, respectivamente. Dentre os testes rápidos eram: FIV/FeLV, parvovirose e cinomose.

Os exames hematológicos e bioquímicos eram realizados sempre, quando havia suspeita de alguma doença infecciosa, pré-operatório ou para check up. Dentre os testes rápidos, o teste FIV/FeLV era solicitado antes de iniciar o protocolo vacinal em gatos, quando chegavam doentes, tinham contato com outros gatos ou com algum histórico de tumor. Testes de parvovirose e cinomose, eram realizados quando o animal chegava com sinais clínicos compatíveis com as doenças. Testes de leishmaniose e erliquiose, eram raramente usados. Todos os exames citados eram realizados pelos estagiários.

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Foi realizado o acompanhamento de consultas clínicas, retornos/revisões, animais internados, cirurgias de cães, gatos e alguns animais silvestres, procedimentos ambulatoriais e exames de diagnóstico por imagem (radiografia e ultrassonografia abdominal).

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O estagiário realizava a contenção para exames clínicos e de imagens, tricotomia, acesso venoso, coleta de sangue, medicamentos injetáveis, fluidoterapia subcutânea, preparo de medicações para os animais internados, sempre sob a supervisão do médico veterinário responsável. Auxiliava também na aplicação de MPA do animal que fosse passar por procedimento cirúrgico, além do preparo da mesa cirúrgica e do animal, realizando tricotomia e antissepsia e auxílio ao cirurgião durante procedimentos cirúrgicos, quando solicitado. Monitoração durante a recuperação anestésica, aferição de glicemia para os internados diabéticos, aferição de pressão arterial, passeios diários, oferecimento de água e alimento, além de manter higiene da baia e do paciente. Exames hematológicos, bioquímicos e testes rápidos eram realizados pelos estagiários.

5 CASUÍSTICA ACOMPANHADA DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO

A casuísta acompanhada no hospital veterinário Pet Vida, durante o estágio curricular no período de 02 de março a 08 de maio de 2020, foi bastante diversificada com a possibilidade de acompanhar diferentes áreas a rotina de clínica e cirurgia de animais de companhia, incluindo cães, gatos, aves, roedores, etc. As atividades foram separadas (Tabela 1) em cirurgias, consultas, exames de imagem, setor de internamento, retornos/revisões, testes rápidos e vacinas para melhor compreensão.

Tabela 1 – Distribuição de tipos de atividades acompanhadas no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Tipo de atendimento Nº total de casos %

Cirurgias 57 (13,73%) Consultas 114 (27,46%) Exames de Imagem 48 (11,56%) Internamento 57 (13,73%) Retornos/Revisões 60 (14,45%) Testes rápidos 18 (4,33%) Vacinas 61 (14,69%) TOTAL 415 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Dos atendimentos acompanhados no período de estágio, 76,62% (318/415) eram da espécie canina, 21,44% (89/415) eram da espécie felina e 1,92% (8/415) eram animais

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silvestres. Dos cães acompanhados, 68,23% eram de raças puras (217/318) e 31,76% eram sem raça definida (SRD) (101/318). Dos gatos, 22,48% eram de raças puras (20/89) e 77,52% eram sem raça definida (69/89). As raças de pequeno porte Shih-tzu, Poodle Toy, York Shire Terrier e Pinscher foram as mais acompanhadas. De grande porte, prevaleceram as raças Hottweiler, Golden retriever e Pastor Alemão.

É importante ressaltar que animais SRD são menos propensos a ter problemas hereditários, ou seja, podem ser considerados mais resistentes à alguns tipos de doenças, quando comparados à animais de raça pura. São o resultado de uma seleção natural, que carregam uma “carga genética única”, mistura de várias raças do passado. Possuem características físicas e comportamentais únicas. Ao contrário de animais de raça pura, que muitas vezes são propensos a doenças genéticas, por força do homem, que seleciona características para atender uma finalidade específica. Isso justifica a diferença do número de atendimentos acompanhados no estágio, entre cães de raças puras e SRD. Em relação aos felinos, a maioria deles não possuem pedigree, isso justifica um número maior de SRDs acompanhados durante o estágio. Os gatos de raças citados eram Persas, Himalaias e Siamêses (coloração).

5.1 CASUÍSTICA SETOR DE IMUNIZAÇÕES

As vacinas acompanhadas estão representadas (Tabela 2) de acordo com a espécie e os tipos de vacinas realizadas. Os animais eram vacinados quando se apresentavam sadios, após anamnese e exame físico realizado pelo estagiário, sob supervisão do médico veterinário.

Tabela 2 – Imunizações de cães e gatos acompanhadas no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

(continua)

Vacinas Espécie Nº total de casos (%)

Canina Felina Bronchiguard® (“tosse dos canis”) 1 0 1 (1,63%) Bronchi-shield III® (intra-nasal) 3 0 3 (4,91%) Defensor® (raiva) 15 6 21 (34,42%) Felocell crv-c® (V4) 0 3 3 (4,91%)

(41)

(conclusão) Fel-o-vax lvk iv calicivax® (V5) 0 7 7 (11,47%) Giardiavax® (giárdia) 2 0 2 (3,27%) Vanguard plus® (V10) 24 0 24 (39,34%) TOTAL 45 16 61 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

5.2 CASUÍSTICA SETOR DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

Foram acompanhados exames de imagem, como radiografia e ultrassonografia abdominal, e estão representados em forma de tabela (Tabela 3), de acordo com a espécie e tipo de exame.

Tabela 3 – Casuística no setor diagnóstico por imagem de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Exames de Imagem Espécie Nº total de casos (%)

Canina Felina

Radiografia 14 4 18 (37,5%)

Ultrassonografia 24 6 30 (62,5%)

TOTAL 38 10 48 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

5.3 CASUÍSTICA DE TESTE RÁPIDO

Os testes rápidos acompanhados no período de estágio estão representados em forma de tabela (Tabela 4), de acordo com a espécie e tipo de doença infecciosa testada.

Tabela 4 – Testes rápidos realizados e acompanhados no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

(42)

Testes Rápido Espécie Nº total de casos (%) Canina Felina Cinomose 2 0 2 (11,11%) FIV/FeLV 0 8 8 (44,44%) Leishmaniose 2 0 2 (11,11%) Parvovirose 6 0 6 (33,33%) TOTAL 10 8 18 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

5.4 CASUÍSTICA SETOR DE CLÍNICA E INTERNAMENTO

O gráfico 1 mostra os atendimentos e internamentos conforme os sistemas acometidos. Os sistemas mais acometidos nesse setor foram doenças infectocontagiosas e digestório.

Gráfico 1 - Distribuição dos casos acompanhados na rotina clínica e classificados conforme o sistema acometido, no período 02 de março a 08 de maio de 2020.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Respiratório 7% Hematopoiético 1% Digestório 15% Geniturinário 8% Infectocontagiosas 19% Musculoesquelético 7% Outros sistemas 11% Oncológico 6% Tegumentar/auditivo 13% Nervoso 7% Reprodutivo 2% Oftálmico 2% Endócrino 1% Cardiovascular 1%

(43)

Na rotina clínica foram acompanhadas 114 consultas e 57 animais internados. Os mesmos foram classificados conforme o sistema acometido, sendo sistema cardiovascular, digestório, endócrino, geniturinário, hematopoiético, musculoesquelético, nervoso, oftálmico, reprodutivo, respiratório, tegumentar/auditivo, doenças infectocontagiosas, oncológico e outras enfermidades/atendimentos. Todos representados em tabelas.

5.4.1 Enfermidades do Sistema Cardiovascular

Tabela 5 – Casuística clínica do sistema cardiovascular de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Afecções do sistema cardiovascular Espécie Nº total de casos (%) Canina Felina

ICC (Insuficiência cardíaca congestiva) 1 0 1 (100%)

TOTAL 1 0 1 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

5.4.2 Enfermidades do Sistema Digestório

Tabela 6 – Casuística clínica do sistema digestório acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Afecções do sistema digestório Espécie Nº total de casos (%) Canina Felina

CE gástrico e/ou intestinal 5 1 6 (23,07%)

Complexo gengivite felina 0 1 1 (3,84%)

Flatulência (gases intestinais) 0 1 1 (3,84%)

Gastrite 2 1 3 (11,53%)

Gastroenterite 5 0 5 (19,23%)

Insuficiência hepática 3 0 3 (11,53%)

Lipidose hepática felina 0 2 2 (7,69%)

Megacólon (fecaloma) 3 0 3 (11,53%)

Megaesôfago 1 0 1 (3,84%)

Periodontite com abscesso em Coelho 0 0 1 (3,84%)

TOTAL 19 6 26 (100%)

(44)

5.4.3 Enfermidades do Sistema Endócrino

Tabela 7 – Casuística clínica do sistema endócrino de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Afecções do sistema endócrino Espécie Nº total de casos (%) Canina Felina

Diabetes Mellitus (tipo 1) 2 0 2 (100%)

TOTAL 2 0 2 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

5.4.4 Enfermidades do Sistema Geniturinário

Tabela 8 – Casuística clínica do sistema geniturinário de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Afecções do sistema geniturinário Espécie Nº total de casos (%) Canina Felina

DRC (Doença renal crônica) 3 1 4 (30,76%)

DTUIF (Doença do trato urinário inferior dos

felinos) 0 4 4 (30,76%)

IRA (Injúria renal aguda) 3 0 3 (23,07%)

Ruptura de uretra 1 0 1 (7,69%)

Urolitíase 1 0 1 (7,69%)

TOTAL 8 5 13 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

5.4.5 Enfermidades do Sistema Hematopoiético

Tabela 9 – Casuística clínica do sistema hematopoiético de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Afecções do sistema hematopoiético Espécie Nº total de casos (%) Canina Felina

Pós-operatório de esplenectomia 2 0 2 (100%)

TOTAL 2 0 2 (100%)

(45)

5.4.6 Enfermidades do Sistema Musculoesquelético

Tabela 10 – Casuística clínica do sistema musculoesquelético acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Afecções do sistema musculoesquelético Espécie Nº total de casos (%) Canina Felina

Amputação de membro em Maritaca 0 0 1 (8,33%)

Espondilose (bico de papagaio) 1 0 1 (8,33%)

Fratura em fêmur 2 1 3 (25%)

Fratura em pelve 2 0 2 (16,66%)

Fratura em segundo metatarso 1 0 1 (8,33%)

Fratura em tíbia 1 0 1 (8,33%)

Luxação em escápula 0 1 1 (8,33%)

LCCr (Ruptura de ligamento cruzado cranial) 2 0 2 (16,66%)

TOTAL 9 2 12 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

5.4.7 Enfermidades do Sistema Nervoso

Tabela 11 – Casuística clínica do sistema nervoso acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

Afecções do sistema nervoso Espécie Nº total de casos (%) Canina Felina

Encefalotozoonose em Coelho 0 0 1 (8,33%)

Epilepsia 6 1 7 (58,33%)

TCE (Trauma crânio encefálico) 2 2 4 (33,33%)

TOTAL 8 3 12 (100%)

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

5.4.8 Enfermidades do Sistema Oftálmico

Tabela 12 – Casuística clínica do sistema oftálmico de cães e gatos acompanhada no Hospital Veterinário Pet Vida, durante o período de 02 de março a 08 de maio de 2020.

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