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Análise de riscos em uma empresa fabricante de carrocerias na cidade de Dois Vizinhos/PR

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DANIELI TARTAS

ANÁLISE DE RISCOS EM UMA EMPRESA FABRICANTE DE CARROCERIAS NA CIDADE DE DOIS VIZINHOS/PR

Florianópolis 2017

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DANIELI TARTAS

ANÁLISE DE RISCOS EM UMA EMPRESA FABRICANTE DE CARROCERIAS NA CIDADE DE DOIS VIZINHOS/PR

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof. Ms. José Humberto Dias de Tolêdo

Florianópolis 2017

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DANIELI TARTAS

ANÁLISE DE RISCOS EM UMA EMPRESA FÁBRICANTE DE CARROCERIAS NA CIDADE DE DOIS VIZINHOS/PR

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis, 03 abril de 2017.

______________________________________________________ Professor e orientador José Humberto Dias de Tolêdo, Ms.

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“Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia"

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RESUMO

O Brasil se caracteriza como um dos países que mais apresenta acidentes de trabalho. A indústria é um dos principais responsáveis pelo PIB do país e pelo número de pessoas formalmente empregadas, no entanto, também é o setor econômico que registra a maior taxa de acidentes de trabalho. Alguns dos motivos desses altos índices são advindos de empresas de pequeno porte, que muitas vezes não investem na segurança dos seus trabalhadores devido à falta de conhecimento no assunto e aos altos custos para adequação dos estabelecimentos. Este trabalho tem o objetivo de identificar os riscos ambientais da planta industrial de uma fábrica de carrocerias de caminhões localizada na cidade de Dois Vizinhos/PR. Foi realizado um diagnóstico que caracterizou os ambientes da fábrica, as atividades dos funcionários e o processo produtivo da empresa. Também foram coletadas informações dos EPI’s e realizadas medições de ruído e iluminância nos diferentes setores da empresa. Com os dados obtidos foi feita a identificação dos riscos de acordo com as cinco principais atividades realizadas na empresa, e com base nisso propostas medidas para cada tipo de risco, além do desenvolvimento de um mapa de riscos e de um cronograma de ações preventivas.

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ABSTRACT

Brazil is characterized as a country that presents high rates of occupational accidents. Industry is one of the main contributors to the country's GDP and by the number of people formally employed, however, it is also the economic sector that the higher rates of occupational accidents are registered. Some of the reasons for these high rates are from small companies, which often do not invest in their workers’ safety due to lack of specialized knowledge and by the costs to suit the establishments. The aim of this work is identifying the environmental risks of a truck body factory industrial plant in the city of Dois Vizinhos / PR. A diagnosis that characterized the factory sectors was made; employee activities and the company's production process it were also identified. Information about PPE's was collected and noise and illuminance measurements in the sectors of the company were performed. With the data obtained the risks were identified according to the five main activities carried out in the company, and based on this, improvement actions for each kind of risk were proposed. The development of a risk map and a preventive actions timeline it were also suggested.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Representação das três partes da fábrica. ... 22

Figura 2 - Esquema do processo produtivo da empresa ambiente da pesquisa. ... 23

Figura 3 - Medições de ruído das principais máquinas da empresa. ... 26

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Grupos de riscos. ... 19

Tabela 2 - Funcionários da empresa e respectivos CBO (Classificação Brasileira de Ocupação). ... 21

Tabela 3 - EPI's disponíveis na empresa. ... 25

Tabela 4 - Riscos identificados para a atividade 1 - Administrativo. ... 28

Tabela 5 - Riscos identificados para a atividade 2 - Recebimento da matéria-prima. ... 29

Tabela 6 - Riscos identificados para a atividade 3 - Preparação da matéria-prima. ... 30

Tabela 7 - Riscos identificados para a atividade 4 - Montagem. ... 31

Tabela 8 - Riscos identificados para a atividade 5 - Pintura. ... 32

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 10 1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO ... 11 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ... 11 1.3 JUSTIFICATIVA ... 11 1.4 OBJETIVOS ... 12 1.4.1 Objetivo Geral ... 12 1.4.2 Objetivos Específicos ... 12 1.5 METODOLOGIA ... 12 1.6 ESTRUTURA ... 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15 2.1 INDUSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO ... 15

2.2 TIPOS DE RISCOS AMBIENTAIS ... 16

2.2.1 Riscos Físicos ... 16 2.2.2 Riscos Ergonômicos ... 17 2.2.3 Riscos de Acidentes ... 17 2.2.4 Riscos Biológicos ... 18 2.2.5 Riscos Químicos ... 18 2.3 MAPA DE RISCOS ... 19

2.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ... 19

3 RESULTADOS E ANÁLISES ... 21

3.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ... 21

3.1.1 Descrição do Ambiente de Trabalho ... 21

3.1.2 Equipamentos utilizados ... 23

3.1.3 Processo Produtivo ... 23

3.1.4 Equipamentos de Proteção Individual utilizados na empresa ... 24

3.2 RESULTADOS ... 25

3.2.1 Avaliações quantitativas de ruído e iluminância ... 25

3.2.2 Identificação dos riscos ... 27

3.3 ANÁLISES ... 33

3.3.1 Controle dos riscos ... 33

3.3.2 Registro e divulgação dos dados ... 34

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 36

4.1 CONCLUSÕES ... 36

4.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ... 37

REFERÊNCIAS ... 38

APÊNDICE A – FICHA DE CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ... 40

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil configura-se como um dos países que mais apresenta mortes e acidentes de trabalho, e muitos desses acidentes são causados por alguns setores específicos da indústria, como a indústria de transformação. Entre outros fatores que podem explicar esses índices, destacam-se os equipamentos perigosos, ambientes insalubres, e parques fabris muitas vezes sucateados. Somando-se a isso, verifica-se que no país grande parte das empresas são configuradas como micro ou pequenas empresas, as quais, devido aos altos custos, ainda investem pouco na segurança dos seus trabalhadores (SESI, 2011).

Segundo a Lei número 8.123/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social), no artigo 19, define acidente do trabalho como:

Art. 19. Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

No Brasil as regras gerais sobre segurança e saúde no trabalho são atribuídas ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pelo capítulo V, do Título 11 da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), complementada pela Lei no 6.514/77. O MTE deve fazer a complementação dessas normas por meio de portarias, de acordo com as mudanças que ocorrem ao longo do tempo nos métodos de trabalho. Dessa forma, em 1978 o MTE consolidou pela Portaria no 3.214/78 as Normas Regulamentadoras (NR), as quais apresentam diversos dispositivos referentes à segurança e saúde dos trabalhadores urbanos.

O crescimento da economia brasileira nas últimas décadas, embora tenha acarretado em grandes benefícios, também trouxe um ônus para a população, pois, com a criação de novos postos de trabalho expõe mais os trabalhadores à situações de riscos em ambientes de trabalho.

De acordo com o Depecon - Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (2015), em 2014 a indústria de transformação brasileira representava 10,9% do PIB nacional e era responsável por 7,8 milhões de empregos formais no país. No entanto, de acordo com o Anuário Brasileiro de Proteção (2015) o setor da indústria apresenta a maior taxa de acidentes de trabalho entre os três setores econômicos: emprega 24,29% dos trabalhadores com carteira assinada e é responsável por 43,02% do total de acidentes no país.

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Diante dessa situação, é imprescindível iniciativas que possam auxiliar as indústrias a reduzir esses índices, principalmente as micro e pequenas empresas, que além dos altos custos para adequação de seus estabelecimentos, ainda carecem de conhecimento especializado no assunto. Essa situação ocasiona que muitas dessas empresas não conseguem identificar adequadamente os riscos e implantar medidas de proteção adequadas aos seus trabalhadores.

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO

O foco deste trabalho é a identificação dos principais riscos à saúde e segurança do trabalho dos funcionários de uma empresa fabricante de carrocerias de caminhões.

O trabalho inclui primeiramente uma revisão de conceitos teóricos relacionados aos principais termos abordados na pesquisa. Em uma segunda parte é apresentada a caracterização da empresa, a identificação dos riscos que os trabalhadores estão expostos, com medições quantitativas de ruído e iluminância, e verificação dos EPI`s disponíveis. Com os dados obtidas são então apresentadas algumas propostas de melhoria.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Este trabalho tem como problema de pesquisa: quais os riscos ambientais em planta industrial que fabrica carrocerias de caminhões localizada na cidade de Dois Vizinhos/PR?

1.3 JUSTIFICATIVA

De acordo com a NR-9, todas as empresas, independente do número de empregados ou do grau de risco, são obrigadas a elaborar e implementar o programa PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Na própria norma estão descritas as etapas a serem seguidas para o desenvolvimento do programa. No entanto, muitas empresas, principalmente as de menor porte, possuem dificuldade de desenvolver e implementar o

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programa. Um dos primeiros passos para o desenvolvimento do programa é a identificação dos riscos do ambiente de trabalho.

Diante desse contexto, uma empresa focada na fabricação de carrocerias, localizada na cidade de Dois Vizinhos/PR foi o local para utilizado para a identificação dos riscos ocupacionais que acarretará no desenvolvimento desta pesquisa.

Este trabalho também visa também colaborar para o desenvolvimento profissional da autora, pois em um local real será possível aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos durante a formação de especialização em engenharia de segurança do trabalho.

Ao final deste trabalho é esperado uma análise das condições laborais de uma empresa do segmento de fabricação de carrocerias, com os principais riscos de trabalho identificados, e com isso facilitar a etapa posterior de desenvolvimento de um PPRA, além de colaborar para a formação profissional da autora da pesquisa.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Identificar e analisar os riscos presentes em uma empresa fabricante de carrocerias localizada na cidade de Dois Vizinhos/PR e propor medidas de melhoria.

1.4.2 Objetivos Específicos

• Descrever os tipos de riscos ambientais mais comuns em indústrias;

• Investigar e identificar os principais riscos laborais presentes no ambiente da empresa pesquisada;

• Recomendar medidas de segurança que possam neutralizar os riscos identificados na planta industrial, de forma a antecipar e prevenir possíveis acidentes aos colaboradores da empresa.

1.5 METODOLOGIA

Segundo Gil (2002), uma pesquisa pode ser classificada em diferentes formas, dependendo dos critérios a serem utilizados. O autor afirma que essa classificação pode ser

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sob o ponto de vista da abordagem dos problema (qualitativa e quantitativa), da natureza (aplicada e básica), dos objetivos (exploratória, descritiva ou explicativa), e dos procedimentos técnicos utilizados (bibliográfica, documental, experimental, levantamento, estudo de caso, pesquisa-ação, ex-post-facto, e participante).

Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, essa monografia pode ser caracterizada como qualitativa e quantitativa. É qualitativa no que se refere à revisão bibliográfica, pois além dos resultados obtidos não poderem ser mensurados, têm um caráter exploratório e o foco da análise é o processo. Por outro lado, também pode ser considerada como quantitativa na parte da identificação dos riscos, já que os mesmos podem ser mensurados.

Em relação à natureza, é considerada como uma pesquisa aplicada, pois, os resultados são voltados para uma aplicação prática para solução de um problema, neste caso, relacionado à antecipação dos riscos e a preposição de medidas de segurança.

Quanto aos objetivos, é caracterizada como pesquisa exploratória, pois, houve uma investigação na literatura para buscar conceitos tratados no trabalho, além de terem sido desenvolvidas experiências práticas no estudo de caso.

Do ponto de vista de procedimentos metodológicos, o trabalho apresenta duas situações. Primeiramente é caracterizada como uma pesquisa bibliográfica, pois utilizou materiais já elaborados, neste caso, legislação, artigos e livros. Em uma segunda situação, o trabalho pode ser considerado como uma pesquisa-ação, pois ocorreu uma interação entre os pesquisadores (aluna) e os membros da situação investigada (empresário e funcionários da empresa investigada), além de ter uma base empírica que é concebida e realizada associada com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo.

1.6 ESTRUTURA

Este trabalho é dividido em quatro capítulos. Neste primeiro capítulo, a Introdução, foi apresentada a contextualização do assunto e as informações gerais referente à pesquisa. O Capitulo 2 mostra o referencial teórico, com o objetivo de apresentar de forma geral e objetiva os principais conceitos acerca do assunto, focando na importância da antecipação dos riscos que podem colocar os trabalhadores suscetíveis aos acidentes de trabalho.

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O Capítulo 3 mostra os resultados e a análise da pesquisa. É apresentada e caracterizada a empresa, explicado o processo produtivo, mostradas as medições e identificação dos riscos laborais, relatados os principais resultados das medições, e feitas proposições de melhorias, como um mapa de riscos e um cronograma de ações preventivas a serem implantadas nos meses seguintes.

O Capítulo 4 mostra as principais conclusões desta monografia e apresenta sugestões para trabalhos futuros.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este item apresenta os principais conceitos teóricos que serão abordados ao longo deste trabalho.

2.1 INDUSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Segundo dados do IBGE, em 2015, a indústria (transformação, extrativa mineral e serviços industriais de utilidade pública) foi responsável por 15,6% do PIB nacional, sendo que 11,7% foi representado somente pela indústria de transformação.

De acordo com a definição da CNAE – Classificação Nacional das Atividades Econômicas (IBGE, 2016), indústria de transformação compreende:

... atividades que envolvem a transformação física, química e biológica de materiais, substâncias e componentes com a finalidade de se obterem produtos novos. Os materiais, substâncias e componentes transformados são insumos produzidos nas atividades agrícolas, florestais, de mineração, da pesca e produtos de outras atividades industriais.

Essa definição ainda complementa que essas atividades geralmente são desenvolvidas em plantas industriais e fábricas, e se utilizam de máquinas movidas por energia motriz, além de outros equipamentos para manipulação de diferentes materiais.

Deve ser destacado que, de acordo com dados da DEPECON (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) de 2014, a indústria da transformação foi a que apresentou a maior taxa de formalidade de emprego em comparação com outros setores, sendo de 87%, contra uma média de 70% dos outros setores.

No entanto, um dado negativo em relação às indústrias brasileiras, é que no ano de 2013, o setor representou 43,02% de todos os acidentes de trabalho registrados no país. Dentro desse grupo, a indústria da transformação foi responsável por 33,99% desses acidentes, o que representa 222.473 trabalhadores (REVISTA PROTEÇÃO, 2015).

Entre outros motivos, essas altas taxas podem ser explicadas à quantidade elevada de riscos presentes nesse tipo de atividade econômica, que como citado, normalmente envolvem máquinas e ferramentas que apresentam grandes riscos aos trabalhadores que manipulam e/ou exercem atividades nas proximidades.

Outro motivo se deve à quantidade de empresas de pequeno porte no setor da indústria da transformação. De acordo com o DEPECON (2015) entre os estabelecimentos da

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indústria da transformação, 96,7% correspondiam a estabelecimentos de pequeno porte (até 99 empregados formais). Ou seja, grande parte das indústrias de transformação instaladas no Brasil são fábricas de pequeno porte, o que indica um baixo nível de automatização dessas plantas fabris. Soma-se a isso a dificuldade que os pequenos empresários possuem em adequar o processo produtivo e as plantas fabris aos níveis de segurança exigidos pela legislação, devido normalmente à falta de conhecimento especializado em segurança, e aos altos custos iniciais que podem ser exigidos com essas mudanças.

2.2 TIPOS DE RISCOS AMBIENTAIS

A Norma Regulamentadora 9 (NR-9) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e da implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) para todos os empregadores e instituições que admitam empregados no país.

Os riscos ambientais que o PPRA cita são os que ocorrem em virtude da atividade desenvolvida, neste caso, envolvem os riscos de natureza física, química e biológica. Dessa forma, enquadra-se como risco ambiental, sempre que em função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição for capaz de causar danos a saúde dos trabalhadores.

Além dos riscos presentes no PPRA (físicos, químicos e biológicos), serão também abordados neste trabalho os riscos ergonômicos e riscos de acidentes.

2.2.1 Riscos Físicos

Os agentes físicos são as diversas formas de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas (frio intenso, calor intenso), radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom (NR-9).

Ruído é um dos riscos físicos mais frequentes em indústrias de transformação. É um fator de risco que atua cumulativamente, produzindo efeitos psicológicos e futuramente fisiológicos irreversíveis, como a surdez. Dessa forma, quando estiverem presentes em um ambiente laboral, deve ser feito o possível para eliminar, ou reduzir ao máximo, o que pode ser feito com controle da fonte de emissão, ou pelo meio de propagação. No entanto, quando

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isso não for possível, não for o suficiente ou inviável, devido ao método produtivo, deve ser utilizado pelos trabalhadores expostos protetores auriculares (AYRES e CORRêA, 2011).

A NR-15 traz em um de seus anexos (Anexo 1) uma tabela com os valores de limite de tolerância de nível de ruído contínuo ou intermitente permitido de acordo com o tempo de exposição do trabalhador para ser caracterizado como uma atividade insalubre. Para uma jornada diária de oito horas, a jornada mais comum nas empresas brasileiras, a norma determina que o limite de tolerância seja de 85 decibéis. No entanto, de acordo com normas internacionais é recomendável se basear em valores de nível de ação, os quais são menores que 85 decibéis, como uma medida de prevenção da perda auditiva do trabalhador a longo prazo.

2.2.2 Riscos Ergonômicos

Riscos ergonômicos podem ser definidos como todo fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômicos levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho (SIMAGRAN, 2007).

Para uma análise completa de riscos ergonômicos em uma ambiente de trabalho, normalmente são realizadas AET – Análise Ergonômica do Trabalho.

2.2.3 Riscos de Acidentes

De acordo com a Fiocruz (2016) são considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, eletricidade, incêndio ou explosão, animais peçonhentos e armazenamento inadequado.

Esses fatores estão com bastante frequência presentes em ambientes fabris, principalmente em indústrias de transformação, as quais normalmente utilizam máquinas movidas por energia motriz, variados equipamentos e ferramentas, instalações elétricas inadequadas, plantas fabris antigas, entre outros.

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2.2.4 Riscos Biológicos

Riscos biológicos são caracterizados pela presença de microrganismos invisíveis ao olho nu. Quando presentes no ambiente de trabalho são capazes de provocar doenças, deterioração de produtos alimentícios, de madeira, de couro e mau cheiro, interrupção de processos industriais e outros exemplos (NR-9).

Locais com riscos biológicos normalmente são ambientes expostos a bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

2.2.5 Riscos Químicos

Segundo a NR-9 os agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo por meio da pele ou por ingestão. A penetração no organismo se dará pela via respiratória, caso as substâncias, produtos ou compostos se apresentem na forma de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores; os chamados aerodispersóides.

A proteção respiratória é utilizada sempre que o ambiente de trabalho apresentar risco à saúde dos trabalhadores devido à inalação de substâncias tóxicas ou deficiência de oxigênio no ambiente laboral. Primeiramente deve ser analisado a possibilidade de reduzir a emissão dos contaminantes diretamente da fonte. No entanto, em muitos casos isso não é tecnicamente possível, não é economicamente viável, ou é inapropriado. Nessas situações devem ser adotados respiradores (AYRES e CORRêA, 2011).

Existem dois principais tipos de respiradores:

• Respiradores purificadores do ar: são baseados em mecanismos que removem os contaminantes do ar, formando uma barreira entre a peça frontal e face do trabalhador. Essa máscara separa os órgãos respiratórios do ambiente externo, fazendo com que a respiração ocorra somente pelo filtro, o qual age com a função de reter a substância tóxica;

• Respiradores de isolamento: são baseados em mecanismos que fornecem ar respirável puro de uma fonte não contaminada, e isolam o trabalhador da atmosfera ambiente.

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2.3 MAPA DE RISCOS

Mapa de riscos é uma figura que representa o layout da fábrica e apresenta indicações, simbolizadas por círculos, dos grupos que pertencem os riscos identificado naquele local, a especificação do agente, e a intensidade do risco, representada por tamanhos proporcionais dos círculos (SAURIN, 2002).

É importante que o mapa fique localizado em local visível e de fácil acesso pelos trabalhadores. Na Tabela 1 são apresentados os cinco grupos de riscos, os principais agentes, e a indicação de cor padrão.

Tabela 1 - Grupos de riscos.

RISCOS AMBIENTAIS

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V

AGENTES QUÍMICOS AGENTES FÍSICOS AGENTES BIOLÓGICOS AGENTES ERGONÔMICOS AGENTES MECÂNICOS Poeira, fumos metálicos, névoas, vapores, gases, produtos químicos em geral, e substâncias, compostos ou produtos químicos em geral. Ruídos, vibração, radiação ionizantes e não ionizantes, pressões anormais, temperaturas extremas, frio, calor e umidade. Vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos, parasitas.

Trabalho físico pesado, posturas incorretas, treinamento inadequado inexistente, jornadas prolongadas de trabalho, trabalho noturno, responsabilidade, conflito, tensões emocionais, desconforto, monotonia.

Arranjo físico deficiente, máquinas sem proteção, matéria-prima fora de especificação, equipamentos inadequados defeituosos ou inexistentes, ferramentas defeituosas inadequadas ou inexistentes, iluminação deficiente, armazenamento, eletricidade, incêndio, edificações,

Fonte: Adaptada de Gerência de Saúde e Prevenção (2017).

2.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Conforme definido pela Norma Regulamentadora 6 (NR-6), é considerado EPI (Equipamentos de Proteção Individual) todo o dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador.

Os EPI`s possuem importante função para redução dos acidentes ocasionados por acidentes do trabalho e das doenças do trabalho. Mas deve ser destacado que apenas o

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fornecimento desses equipamentos não garante a solução do problema. Os empregados que farão utilização devem ser treinados sobre o uso, e conscientizados sobre os benefícios do seu uso para a integridade física de sua saúde.

De acordo com a NR-9 existe uma hierarquia de medidas que devem ser tomadas pela empresa na proteção de seus funcionários. A primeira delas são ações de caráter administrativo e organizacionais, como mudanças no processo produtivo ou automatização. A segunda são ações de proteção coletiva, que incluem por exemplo isolamento dos riscos. Quando não for possível, for inviável, insuficiente, ou de caráter temporário, tanto as medidas administrativas e organizacionais, quanto as de proteção coletiva, deverão ser adotadas medidas de proteção individual, que são executadas pela utilização de EPI’s pelos funcionários.

O EPI deve apresentar, em caracteres bem legíveis o nome comercial da empresa fabricante e o Certificado de Aprovação (CA), o qual é emitido pelo MTE. O CA indica se o EPI, seja de fabricação nacional ou importado, foi submetido a ensaios em laboratório, onde foi comprovada a eficiência em relação à proteção dos riscos para a qual foi desenvolvido.

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3 RESULTADOS E ANÁLISES

Neste item são apresentados os principais resultados e análises do trabalho. Primeiramente é identificada a empresa, caracterizado o ambiente de trabalho, os equipamentos utilizados, a descrição das atividades dos funcionários e do processo produtivo.

Foram identificados todos os EPI’s, e realizadas medições de ruído e iluminância em cada um dos diferentes setores da empresa. Com os dados coletados foram propostas medidas para cada um dos riscos identificados, de acordo com as cinco principais atividades desenvolvidas na empresa.

3.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

CNAE: 2930-1/01.

Descrição da Atividade: Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para caminhões. Grau de risco: 3 (Três) (NR-4).

Localização: Dois Vizinhos, Paraná.

Horário de trabalho: turno comercial: 08:00 – 12:00; 13:30 – 17:30. Número de Funcionários: 06 (seis) (Tabela 2).

Tabela 2 - Funcionários da empresa e respectivos CBO (Classificação Brasileira de Ocupação).

Funcionário 1 Funcionário 2 Funcionários 3, 4, 5 Funcionário 6 CBO 4110-05 Auxiliar administrativo CBO 4141-05 Auxiliar de almoxarifado CBO 7212-10 Operador de máquinas operatrizes CBO 7201-35

Encarregado de pintura (tratamento de superfícies)

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

3.1.1 Descrição do Ambiente de Trabalho

A empresa ambiente deste estudo, localizada no Parque Industrial da cidade de Dois Vizinhos, estado do Paraná, possuí um área total construída de 765 metros quadrados. A construção é dividida em três partes:

• Parte A: Local onde abriga grande parte das máquinas e equipamentos da empresa, além de ser onde ocorre o armazenamento das madeiras. Possui um banheiro e um local para armazenamento de pertences pessoais dos funcionários. Tem 360 metros

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quadrados e 3,5 metros de altura, tem paredes de alvenaria, chão em concreto e coberto de telhas com uma manta térmica para amenizar o calor em dias de sol intenso. O local também pode ser ocasionalmente utilizado para a montagem de carrocerias de pequeno porte.

• Parte B: Possui coberto de telhas (também com a manta térmica), sem paredes, com chão em terra batida. Possui 225 metros quadrados e altura de 5 metros. É o local onde ocorre a montagem de carrocerias de maior porte, além de todo o processo de pintura dos produtos.

• Parte C: Local para atividades administrativas e parte do almoxarifado da empresa. Possui 180 metros quadrados, e 4 metros de altura. As paredes são em alvenaria e fica localizado no andar superior da parte “A”. Além do almoxarifado de itens pequenos, e do escritório, também abriga um banheiro e uma cozinha.

Figura 1 - Representação das três partes da fábrica.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

A iluminação de toda empresa é feita artificialmente por 28 lâmpadas luminescentes.

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A empresa possui um plano de emergência contra incêndios e explosões certificado pelo Corpo de Bombeiros do estado do Paraná, com três extintores, sendo 2 de pó químico seco (incêndios classe B e C), e 1 de água (incêndio classe A).

3.1.2 Equipamentos utilizados

Grande parte das máquinas e equipamentos ficam localizados na Parte “A”, sendo: plaina, desempenadeira, serra circular, tupia, furadeiras, lixadeira, compressores, serra fita, além de variadas ferramentas manuais de menor porte.

3.1.3 Processo Produtivo

Na Figura 2 é possível observar a representação esquemática do processo produtivo da empresa ambiente desse estudo e os locais da fábrica onde esses processos acontecem.

Figura 2 - Esquema do processo produtivo da empresa ambiente da pesquisa.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

A primeira etapa do processo produtivo ocorre no administrativo (Parte C), o qual recebe a encomenda de um cliente com especificações de uma carroceria (produto final). É realizado o projeto do produto, avaliado pelo cliente, se aprovado é realizado o orçamento, e após a aprovação é enviado para a fábrica.

Na sequência é realizada a encomenda da matéria-prima necessária para a execução do projeto, a qual é recebida pelo funcionário 2, o qual instruí no local adequado para armazenamento de cada produto. O envio da matéria prima, principalmente madeiras, é

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realizado por diferentes fornecedores. O armazenamento é localizado na parte A, e as madeiras são empilhadas com calços entre as peças, para que possua circulação de ar e não acumule umidade. Essa atividade é realizada pelos funcionários 3, 4 e 5. Outros materiais consumíveis de menores dimensões, como brocas, tintas, parafusos, pregos, serras, são armazenados no almoxarifado localizado na Parte C.

A produção da carroceria inicia pela preparação da madeira, a qual pode variar de acordo com o projeto ou com a matéria-prima que será utilizada. Normalmente envolve a escolha da madeira, o corte nas dimensões especificadas no projeto, o desempenamento e lixamento quando necessário, e a introdução de arrestas e encaixes. Essas atividades são realizadas com diferentes tipos de máquinas (Parte A).

Após as madeiras estarem prontas, é feita a montagem da estrutura da base horizontal da carroceria, e na sequência o esqueleto das estruturas laterais verticais. É montado então o assoalho da carroceria e colocado o preenchimento lateral. Após finalizado, o produto passa por ajustes finais e conferência com as especificações do projeto, como por exemplo verificação da necessidade de parafusos adicionais, necessidade de algum apoio com partes metálicas, entre outros.

Após a finalização da montagem a carroceria é pintada, sendo que nesse processo primeiramente é aplicado um emborrachamento na madeira, o qual servirá como um primer para preparar a superfície para melhor aderência da tinta. A pintura é realizada normalmente por meio de jato nas partes com maiores dimensões e pincéis nas partes que exigem mais detalhes. O funcionário 6 é responsável por todas as atividades de pintura, e a tinta utilizada pela empresa em todos os produtos é do tipo esmalte sintético.

Tanto a montagem quanto a pintura são realizadas na Parte B da Figura 1, com exceção de carrocerias de menor porte, que podem ser montadas na Parte A.

3.1.4 Equipamentos de Proteção Individual utilizados na empresa

Na tabela 3 são apresentados os EPI`s que foram localizados na empresa, com o respectivo CA, a quantidade, a finalidade de acordo com o MTE, e a validade.

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25

Tabela 3 - EPI's disponíveis na empresa.

EPI CA Quantidade Aprovado para: Validade

Respirador purificador de ar tipo peça semifacial

4115 2

Proteção das vias respiratórias do usuário contra a inalação de partículas sólidas, quando utilizado com filtros mecânicos ou

combinados, e contra gases e vapores, quando utilizado com filtros químicos ou combinados

25/05/2020

Óculos de segurança de

policarbonato 15649 4

Proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes frontais e luminosidade intensa frontal no caso do visor cinza

13/12/2018

Protetor auditivo 29176 3

Proteção do sistema auditivo do usuário contra níveis de pressão sonora superiores ao

estabelecido na NR 15, anexos I e II

28/03/2021

Protetor auditivo 13951 2

Proteção do sistema auditivo do usuário contra níveis de pressão sonora superiores ao

estabelecido na NR 15, anexos I e II

01/04/2019

Respirador purificador de ar tipo peça semifacial filtrante para partículas PFF1

12375 3 Proteção das vias respiratórias do usuário

contra poeiras e névoas (PFF1) 16/02/2019

Respirador purificador de ar tipo peça semifacial filtrante para partículas PFF2

21337 3 Proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos (PFF2). 23/12/2017

Vestimenta tipo avental 6204 1 Proteção do tronco do usuário contra umidade

proveniente de operações com uso de água 06/12/2007 Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Como pode ser verificado, apenas um EPI estava com a validade do CA expirada (vestimenta tipo avental).

3.2 RESULTADOS

3.2.1 Avaliações quantitativas de ruído e iluminância

Na medição do ruído, foi feita a verificação de cada uma das principais máquinas, sendo feita as medidas com os equipamentos em funcionamento. O aplicativo utilizado foi o “Decibelímetro Sound Meter”. As medições foram realizadas durante um período de 20 minutos para cada máquina, e foram registrados os valores mínimo, médio e máximo de ruído. Os dados obtidos podem ser verificados na Figura 3.

(27)

Figura 3 - Medições de ruído das principais máquinas da empresa.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

De acordo com a NR-15 – Atividades e operações insalubres, para a exposição ao ruído ser caracterizada como atividade insalubre em uma jornada de oito horas diárias, o máximo que o trabalhador pode estar exposto é o ruído de 85 decibéis. Como pode ser observado na Figura 3, em nenhuma máquina foi identificado esse nível de ruído. No entanto, devem ser tomadas medidas que auxiliem a reduzir esse ruído como forma de prevenção, para que os trabalhadores não sintam os efeitos nocivos de perda de audição a longo prazo.

Para a medição de iluminância cada uma das três partes da fábrica foi dividida em pontos, sendo 10 pontos na Parte A, 8 pontos na Parte B, e 12 pontos na Parte C. A medição foi realizada no horário das 10:00 da manhã, em um dia ensolarado, utilizando o aplicativo “Luxímetro Altezza”. Os resultados obtidos são apresentados na Figura 4.

(28)

27

Figura 4 - Medições de iluminância realizadas nas três partes da empresa.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

De acordo com a NBR 5413/92 sobre a iluminação de interiores, a classe B (iluminação geral para área de trabalho), diz que para “Tarefas com requisitos visuais normais, trabalho médio de maquinaria, escritórios” o nível de iluminância deve estar entre 500 e 1000 lux. Como pode ser observado pelas medições, com exceção da Parte B, as outras áreas estão abaixo do estabelecido pela norma.

3.2.2 Identificação dos riscos

Na identificação dos riscos, as principais atividades desenvolvidas na empresa foram agrupadas em cinco grupos:

• Administrativo;

• Recebimento da matéria-prima; • Preparação da matéria-prima; • Montagem das carrocerias;

(29)

• Pintura.

Para cada grupo foi montada uma tabela com a identificação e caracterização dos principais riscos que os trabalhadores podem estar expostos ao longo da jornada de trabalho. Juntamente com a identificação são listados os agentes, o funcionários que estão expostos, o período de exposição desses funcionários, a intensidade, os possíveis danos/agravos que esses riscos podem ocasionar para a saúde, e a sugestão de possíveis medidas para reduzir ou minimizar esses riscos.

Nas tabelas de 4 até 8 são apresentados os riscos e as recomendações das principais atividades desenvolvidas na empresa.

Tabela 4 - Riscos identificados para a atividade 1 - Administrativo.

ADMINISTRATIVO

Tipo de risco Físico Ergonômico

Agente Ruído Postura inadequada

Fonte geradora Máquinas e equipamentos Mobiliário de trabalho inadequado Número de funcionários

expostos (função, jornada) 1 (funcionário 1) / 8 horas diárias

Período de exposição Intermitente Toda jornada de trabalho Intensidade/concentração De acordo com a Figura 3. Avaliação qualitativa: posturas

inadequadas Possíveis danos/agravos à

saúde, acidentes

Perda auditiva induzida por ruído

(Disacusia neurosensorial). Lesões na coluna, LER/DORT

Medidas existentes

Manutenção e lubrificação periódica das máquinas; redução do tempo de

exposição; isolamento dos locais com ruído; utilização de protetores auriculares.

Avaliação Ergonômica do Trabalho (AET); mobiliário projetado conforme a necessidade fisiológica do trabalhador; ginástica laboral

Medidas propostas

A utilização do protetor auricular de forma contínua sempre que estiver exposto ao ruído, proteção isoladora entre a fábrica e o setor administrativo

Realização de uma análise

ergonômica do local de trabalho por um profissional qualificado; troca e ajustes do mobiliário; pausas periódicas.

(30)

29

Tabela 5 - Riscos identificados para a atividade 2 - Recebimento da matéria-prima.

RECEBIMENTO MATÉRIA-PRIMA

Tipo de risco Físico Ergonômico Acidentes

Agente Ruído

Postura para levantamento de peso, e carregamento de materiais

Impacto por queda de objetos, ferramentas inadequadas

Fonte geradora Máquinas e equipamentos

Materiais pesados e sem elementos que auxiliem no carregamento

Ferramentas, objetos pesados

Número de funcionários

expostos (função, jornada) 1 (funcionário 2) / 8 horas diárias

Período de exposição Intermitente Intermitente Toda jornada de trabalho

Intensidade/concentração De acordo com a Figura 3

Avaliação qualitativa: posturas inadequadas, peso dos objetos

Avaliação qualitativa: manipulação dos materiais e utilização das ferramentas

Possíveis danos/agravos à saúde, acidentes

Perda auditiva induzida por ruído (Disacusia neurosensorial).

Lesões na coluna, nos membros superiores e inferiores

Acidentes graves; lesões em variadas partes do corpo; choques elétricos.

Medidas existentes

Lubrificação periódica das máquinas; redução do tempo de exposição; e utilização de protetores auriculares. Utilizar técnicas e instrumentos adequados em função do tipo de carga a ser manejada; ginástica laboral;

Avaliação Ergonômica do Trabalho (AET)

Instruções para uso adequado das ferramentas; uso de EPI’s; sinalização de segurança Medidas propostas A utilização do protetor auricular de forma contínua sempre que estiver exposto ao ruído; isolamento entre a área da fábrica e o almoxarifado

Afixar cartazes, indicando instruções adequadas para manejo manual de carga; utilizar, quando possível, elementos auxiliares, para diminuir os esforços atuantes; movimentar cargas por rolamento, sempre que possível;

Comunicação de todos os acidentes e incidentes que ocorrem na rotina dos trabalhadores para registro da CAT; material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergência, não dificultando o trânsito, a iluminação; material empilhado deve ficar afastado da estrutura lateral a distâncias adequadas. Fonte: Elaborada pela autora (2017).

(31)

Tabela 6 - Riscos identificados para a atividade 3 - Preparação da matéria-prima.

PREPARAÇÃO MATÉRIA-PRIMA

Tipo de risco Físico Ergonômico Químico Acidentes

Agente Ruído Postura inadequada no levantamento de peso e carregamento de materiais Poeira Vegetal Impacto por queda de objetos, acidentes em máquinas

Fonte geradora Máquinas e equipamentos Materiais pesados, posturas inadequadas Matéria-prima (madeira) Ferramentas, máquinas e equipamentos, Número de funcionários

expostos (função,jornada) 3 (funcionários 3, 4, 5) / 8 horas diárias Período de exposição Intermitente Intermitente Toda jornada

de trabalho

Toda jornada de trabalho

Intensidade/concentração De acordo com a Figura 3 Avaliação qualitativa: posturas inadequadas, peso dos objetos Avaliação qualitativa: presença da poeira Avaliação qualitativa: utilização das ferramentas, máquinas e equipamentos Possíveis danos/agravos à saúde, acidentes Perda auditiva induzida por ruído (Disacusia neurosensorial). Lesões na coluna, nos membros superiores e inferiores Pode causar irritação do aparelho respiratório, tontura, dor de cabeça, falta de ar e desmaio; lesões pulmonares Acidentes graves; lesões em variadas partes do corpo; choques elétricos. Medidas existentes Lubrificação periódica das máquinas; redução do tempo de exposição; utilização de protetores auriculares. Utilizar técnicas e instrumentos adequados em função do tipo de carga a ser manejada; ginástica laboral Exaustores, filtros respiratórios; troca de matéria-prima. Instruções para uso adequado das ferramentas; proteções externas nas máquinas e equipamentos; manutenção preventiva; uso de EPI’s adequados; sinalização de segurança Medidas propostas Utilização do protetor auricular de forma contínua sempre que estiver exposto ao ruído; programa de manutenção preventiva das máquinas e equipamentos; isolamento acústico nas máquinas onde for possível Intervalos periódicos de descanso; utilizarelementos auxiliares, para diminuir os esforços atuantes; movimentar cargas por rolamento, sempre que possível

Respirador PFF1 para poeiras; exaustor adaptado às máquinas. Realização de CATs; material armazenado deve ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergência, plano de manutenção Fonte: Elaborada pela autora (2017).

(32)

31

Tabela 7 - Riscos identificados para a atividade 4 - Montagem.

MONTAGEM

Tipo de risco Físico Ergonômico Acidentes

Agente Ruído

Postura inadequada no levantamento de peso e carregamento de materiais, longo tempo na mesma posição.

Quedas, impacto por queda de objetos, acidentes om máquinas e ferramentas.

Fonte geradora Máquinas e equipamentos Materiais pesados, posturas inadequadas. Ferramentas, máquinas e equipamentos, Número de funcionários

expostos (função, jornada) 3 (funcionários 3, 4, 5) / 8 horas diárias

Período de exposição Intermitente Intermitente Toda jornada de trabalho Intensidade/concentração De acordo com a Figura 3

Avaliação qualitativa: posturas inadequadas, peso dos objetos.

Avaliação qualitativa: utilização das ferramentas, máquinas e equipamentos.

Possíveis danos/agravos à saúde, acidentes

Perda auditiva induzida por ruído (Disacusia neurosensorial).

Lesões na coluna, nos membros superiores e inferiores.

Acidentes graves; lesões em variadas partes do corpo; choques elétricos.

Medidas existentes Lubrificação periódica das máquinas; redução do tempo de exposição; utilização de protetores auriculares. Utilizar técnicas e instrumentos adequados em função do tipo de carga a ser manejada; ginástica laboral.

Instruções para uso adequado das ferramentas; proteções externas nas máquinas e equipamentos; manutenção preventiva, uso de EPI’s adequados; sinalização de segurança.

Medidas propostas

Utilização do protetor auricular de forma contínua sempre que estiver exposto ao ruído.

Cartazes e informativos indicando instruções adequadas para manejo manual de carga; utilizar, quando possível,

elementos auxiliares, para diminuir os esforços atuantes; movimentar cargas por rolamento, sempre que possível.

Comunicação de todos os acidentes e incidentes ; reavaliação do processo produtivo; plano

preventivo de manutenção; uso de EPI’s adequados, treinamentos para conscientização de segurança. Fonte: Elaborada pela autora (2017).

(33)

Tabela 8 - Riscos identificados para a atividade 5 - Pintura.

PINTURA

Tipo de risco Ergonômico Químico Acidentes

Agente

Posturas

inadequadas, longos períodos de tempo na mesma posição

Tintas e solventes Queda de altura, impacto por queda de objetos Fonte geradora Materiais pesados; posturas inadequadas; locais de pintura de difícil acesso; longos períodos de tempo na mesma posição Contato com as tintas e solventes Escadas, ferramentas pontiagudas e pesadas Número de funcionários

expostos (função, jornada) 1 (funcionário 6) / 8 horas diárias Período de exposição Intermitente Toda jornada de

trabalho Toda jornada de trabalho

Intensidade/concentração Avaliação qualitativa: posturas inadequadas, peso dos objetos Avaliação qualitativa: contato com os produtos químicos.

Avaliação qualitativa: utilização de escadas, utilização de ferramentas Possíveis danos/agravos à saúde, acidentes Lesões na coluna, nos membros superiores e inferiores.

Pode causar irritação do aparelho

respiratório, tontura, dor de cabeça, falta de ar e desmaio; lesões pulmonares a longo prazo

Acidentes graves; lesões em variadas partes do corpo; choques elétricos.

Medidas existentes

Utilizar técnicas e instrumentos

adequados em função do tipo de carga a ser manejada; adequação das escadas e apoios; ginástica laboral.

Utilização de máscaras

respiratórias; troca de matéria-prima.

Instruções para uso adequado das ferramentas; uso de EPI’s adequados; sinalização de segurança. Medidas propostas Adequação das escadas utilizadas; pausas periódicas para descanso, reavaliação dos instrumentos de trabalho utilizados. Análise da FISPQ das tintas e solventes; utilização contínua de filtro respiratório e luvas. Comunicação de todos os acidentes e incidentes; reavaliação do processo produtivo; utilização de

elementos auxiliares para erguer e suportar cargas, plano

preventivo de manutenção; uso de EPI’s adequados,

treinamentos para

conscientização de segurança. Fonte: Elaborada pela autora (2017).

(34)

33

3.3 ANÁLISES

3.3.1 Controle dos riscos

De acordo com os dados coletados e a identificação dos principais riscos aos funcionários da empresa, foram feitas análises e sugestões que podem colaborar para o desenvolvimento e implantação de um programa de prevenção de riscos ambientais.

São sugeridas medidas de proteção coletiva, como o isolamento, enclausuramento e manutenção das máquinas, e outras medidas que visem a prevenção, neutralização e/ou eliminação do risco ou agente nocivo, na sua fonte ou trajetória. Essas ações devem ser desenvolvidas em parceria com os próprios funcionários, pois, são eles que utilizam e manuseiam as máquinas e equipamentos.

Também são sugeridas medidas administrativas de organização do trabalho, como mudanças no processo produtivo, com a automatização de algumas atividades que envolvem itens perigosos, como serras e outras máquinas. É também sugerida uma avaliação do processo produtivo, como por exemplo, para a adoção de elementos adicionais que auxiliem no levantamento e transporte de objetos pesados.

Em relação aos EPI’s, além dos já utilizados, são feitas outras recomendações ao empregador. O auxiliar de almoxarifado estava exposto ao risco de impactos no crânio, pois, com frequência precisa transitar entre prateleiras que apresentam produtos e ferramentas com possibilidade de corte ou impacto. Dessa forma, é recomendado para o funcionário 1 um capacete Classe C.

Embora a empresa tenha fornecido aos trabalhadores botinas para proteção dos pés, foi verificado que as botinas não estavam adequadas para o ambiente laboral, pois, com frequência os trabalhadores utilizam materiais e equipamentos pesados que em caso de queda, podem ocasionar lesões nos membros inferiores. Dessa forma, é recomendado para os trabalhadores a utilização de calçado com biqueira de aço, para proteger os artelhos, que são a parte mais atingida no caso de queda de objetos e contra compressões acidentais.

O trabalhador C, responsável pela pintura utiliza um avental para proteção do corpo contra respingos de tinta. No entanto, como pode ser observado pela Tabela 3, o CA desse EPI estava vencido, e o mesmo não é adequado para esse tipo de risco, pois, protege somente contra respingos de água e umidade. Dessa forma, é recomendado para esse trabalhador a aquisição de uma vestimenta de borracha.

(35)

Na empresa não foi identificado um controle sobre os EPI`s que são fornecidos aos funcionários, dessa forma, no Apêndice A é indicada uma ficha para ser utilizada com o objetivo de controlar os EPI`s e documentar essas informações de maneira formal.

Outra análise que precisa ser realizada na empresa é em relação à iluminação dos ambientes de trabalho. Como pôde ser constatado pelas medições, grande parte das áreas da empresa, tanto a fábrica como a parte administrativa, estava com níveis de iluminância abaixo do estabelecido pela norma que trata de iluminação de interiores. Para isso, é recomendado a troca das lâmpadas por outras mais eficientes, de preferência lâmpadas que utilizam a tecnologia LED. Além de apresentarem um desempenho maior, lâmpadas LED proporcionam economia de energia e maior tempo de vida útil, embora possam a princípio ter um custo superior em comparação às lâmpadas tradicionais.

3.3.2 Registro e divulgação dos dados

Com a identificação dos riscos, e a proposição de algumas medidas de melhoria, o próximo passo da empresa é o desenvolvimento de um PPRA. O documento do PPRA deve ser apresentado e explicado para todos os funcionários da empresa e solicitado que estes forneçam sugestões de melhoria. Após a versão final, esse documento deve ser armazenado pela empresa por um período mínimo de 20 anos, mas, deve estar sempre disponível aos funcionários, aos representantes legais dos funcionários, e à autoridades competentes.

Outra forma de divulgação dos dados é sugerida a utilização de mapas de riscos em todos os setores da empresa, identificando os riscos presentes naquele local, e a gravidade destes, de forma visual e de fácil entendimento. No Apêndice B são apresentados os mapas de riscos para cada as três partes da fábrica.

No mapa de risco cada cor de círculo representa um tipo de risco: • Vermelho: riscos químicos;

• Verde: riscos físicos; • Marrom: riscos biológicos; • Amarelo: riscos ergonômicos; • Azul: riscos de acidentes.

A intensidade dos riscos é identificada pelo tamanho dos círculos, sendo grande para riscos elevados, médio para os intermediários, e pequeno para os riscos leves (Apêndice B).

(36)

35

3.4 CRONOGRAMA DE AÇÕES PREVENTIVAS

Na Tabela 9 é sugerido um cronograma para implantação das ações preventivas de acordo com os riscos identificados na empresa ambiente da pesquisa, as quais podem ser executada nos meses seguintes após essa pesquisa.

Essas ações foram divididas em três graus de prioridade: 1 – Medidas não urgentes (que podem esperar), 2 – Medidas com urgência moderada, 3 – Medidas urgentes (devem ser feitas o quanto antes).

Tabela 9 - Sugestão de cronograma de ações preventivas para a empresa.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

LOCAL/ATIVIDADES PROVIDÊNCIAS DATA

SUGERIDA PRIORIDADE

Quanto ao nível de ruído

Na avaliação quantitativa realizada o nível de ruído médio não oferece risco à integridade física dos trabalhadores expostos naquela jornada de trabalho. No entanto, deve ser mantida a entrega dos protetores auriculares, definir um treinamento para uso adequado, e cobrar o uso aos

trabalhadores. Manter um registro da entrega dos EPI’s.

Diariamente 3

Quanto à iluminância

Adequar os três setores da empresa ao nível de iluminância exigido pela norma NBR 5413/92. Adicionar novas lâmpadas, e fazer a troca das atuais, principalmente nas Partes A e C.

Prazo de 3

meses 2

Quanto aos EPI`s Substituir de imediato os EPI em condições

impróprias para o uso e adquirir os recomendados . Mensalmente 3

Quanto à Ergonomia

Adquirir novos equipamentos de rolamentos para facilitar o transporte dos materiais.

Próximos 2

meses. 3

Oferecer um treinamento com um profissional especializado sobre posturas adequadas às atividades, e realizar uma AET.

Próximos 2

(37)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste item são apresentadas as principais conclusões obtidas pelo desenvolvimento do trabalho, e na sequência as recomendações que para trabalhos futuros, com base nessa pesquisa.

4.1 CONCLUSÕES

A necessidade de avaliações periódicas das atividades e das modificações propostas de maneira a identificar novos riscos é essencial para o funcionamento de qualquer empresa que prese pela saúde e segurança dos seus funcionários. É importante destacar que a empresa deve assegurar o cumprimento do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), como atividade permanente para garantir a saúde e segurança dos seus trabalhadores.

Deve ser destacado que para haver adesão das sugestões, deve haver a conscientização dos funcionários sobre a importância da participação deles em identificar novos riscos, de propor melhorias, e do uso dos EPI’s da forma correta. Essas ações podem ser realizadas por treinamentos periódicos conversas entre um profissional especializado e os trabalhadores que utilizam esses equipamentos.

O primeiro objetivo específico deste trabalho era a descrição dos principais riscos presentes em ambientes fabris. Foram definidos os três tipos de riscos abordados pelo PPRA (químicos, físicos e biológicos) além dos riscos de acidente e dos ergonômicos. Com isso, procurou-se deixar mais claro as verificações que foram realizadas posteriormente na empresa.

Com essa base teórica foi realizado o segundo objetivo especifico, que era a identificação do riscos na empresa. Primeiramente foi feito um diagnóstico na empresa ambiente da pesquisa, que resultou na identificação dos riscos das cinco principais atividades desenvolvidas na empresa. Com isso foram criadas tabelas com os detalhes sobre esses riscos e recomendações de medidas a serem tomadas para cada um deles, para tentar neutralizá-los ou amenizá-los.

Além das medidas propostas para cada um dos riscos, foi sugerido um cronograma de ações preventivas a serem implantadas nos meses seguintes, além de mapas de riscos para serem colocados nos setores da empresa. Essas atividades complementaram o terceiro

(38)

37

objetivo específico do trabalho, o qual tinha como foco sugestões de melhorias para neutralizar e amenizar os riscos identificados anteriormente.

Com as análises realizadas, é esperado que a empresa consiga desenvolver um programa de prevenção de riscos ambientais e dessa forma proporcione um ambiente de trabalho mais saudável e seguro para todos os colaboradores que passam grande parte do seu dia naquele local. Essa condição pode refletir não apenas em melhor satisfação dos funcionários, mas também em melhores resultados produtivos e financeiros para a empresa.

O desenvolvimento desse trabalho foi fundamental para a formação da engenheira de segurança do trabalho, pois, com idas até o local da pesquisa, com o diagnóstico e análises do ambiente, foi possível a aplicação dos conceitos teóricos obtidos na sala de aula em um ambiente laboral real.

4.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

É recomendado para trabalhos futuros

• Com a utilização dos dados obtidos por essa pesquisa, em relação aos principais riscos identificados no ambiente da empresa, desenvolver um PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais de forma completa; • Implantar as medidas sugeridas, e após determinado tempo retornar à empresa e fazer um novo diagnóstico para verificar os efeitos das medidas, no que se refere aos dados de acidente e afastamento dos funcionários devido às condições de trabalho;

• Realizar outra avaliação de riscos em uma empresa do mesmo segmente e de porte semelhante, para comparar as condições de trabalho, e dessa forma identificar quais as maiores dificuldades desse tipo de empresa na implantação de medidas preventivas de saúde e segurança do trabalho.

(39)

REFERÊNCIAS

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Acidentes do Trabalho. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 258 p.

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 34 ed. São Paulo: Saraiva, 2007. BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 22 dez. 1977.

BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 25 jul. 1991. BRASIL. Norma Regulamentadora nº 4 de 06 de julho de 1978. Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

BRASIL. Norma Regulamentadora nº 6, de 06 de julho de 1978. Equipamento de Proteção

Individual - EPI.

BRASIL. Norma Regulamentadora nº 9, de 06 de julho de 1978. Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais.

BRASIL. Norma Regulamentadora nº 15, de 06 de julho de 1978. Atividades e Operações

Insalubres.

DEPECON - DEPARTAMENTO DE PESQUISAS E ESTUDOS ECONÔMICOS (São Paulo). Panorama da Indústria de Transformação Brasileira. 2015. Disponível em: < http://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/panorama-da-industria-de-transformacao-brasileira/> Acesso em: 8 mar. 2017.

FIOCRUZ. Riscos de Acidente. Disponível em:

<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_de_acidentes.html>. Acesso em: 10 set. 2016.

GERÊNCIA DE SAÚDE E PREVENÇÃO. Manual de elaboração mapa de riscos. Disponível em: <http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2017.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 176 p.

IBGE. CONCLA Comissão Nacional de Classificação: CNAE. 2016. Disponível em: <http://www.cnae.ibge.gov.br/>. Acesso em: 10 set. 2016.

SESI. Panorama em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) na Indústria. Brasília: CNI - Confederação da Indústria, 2011.

RAUEN, Fábio José. Roteiros de investigação científica. Tubarão: Editora da Unisul, 2002. 264p.

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REVISTA PROTEÇÃO. Anuário Brasileiro de Proteção 2015. 2015. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/materias/anuario_brasileiro_de_p_r_o_t_e_c_a_o_2015/brasil/ AJyAAA>. Acesso em: 16 mar. 2017.

SAURIN, Tarcisio Abreu. Segurança e Produção: um modelo para o planejamento e

controle integrado. 2002. 291 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia de Produção,

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002.

SIMAGRAN. Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos do Estado do Paraná. O que é

risco Ergonômico? Disponível em:

<http://www.fiepr.org.br/sindicatos/simagranpr/news3387content29813.shtml>. Acesso em: 17 mar. 2017.

(41)

APÊNDICE A – Ficha de Controle de Equipamentos de Proteção Individual

FICHA DE CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

NOME DA EMPRESA:

NOME DO FUNCIONÁRIO: MATRÍCULA:

SETOR DE TRABALHO:

Descrição do EPI CA Quantidade Recebimento Devolução Assinatura

(42)

41

APÊNDICE B – Mapas de Riscos

Referências

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