• Nenhum resultado encontrado

Microbiol aula 5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Microbiol aula 5"

Copied!
37
0
0

Texto

(1)

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Bacharelado em Gestão Ambiental

Componente curricular: Microbiologia Ambiental Aula 5

 Culturas, isolamento e controle dos microorganismos.

Princípios gerais. O controle de microrganismos por agentes químicos, desinfetantes e antibióticos. Imunizações e vacinas.

 Trabalho em grupo:

 1. Escolher um antibiótico e descrever: grupo de antibiótico a

que pertence; período de descoberta ou síntese; ação geral e espectro de controle; existência de resistência; princípio da resistência se exisitir.

(2)

• I. Culturas, isolamento e controle dos microorganismos. •1. Princípios gerais.

• Quais os tipos de de microorganismos estão presentes num dado ambiente?

• Por exemplo: há presença de Escherichia coli na água potável? • Ou ainda: como separar bactérias patogênicas daquelas saprófitas que vivem no hospedeiro humano?

• Para isto há necessidade de métodos de isolamento e caracterização especiais.

(3)

I. Culturas, isolamento e controle dos microorganismos.

•1. Culturas puras.

• O primeiro passo é reduzir as populações de microorganismos em meio de cultura, buscando uma cultura pura.

• Para isto, há um grande número de receitas, ou fórmulas de preparo de meios de cultura que visam o isolamento.

• Um grande avanço no isolamento de bactérias e fungos principalmente, foi a disponibilização comercial de uma gelatina especial chamada de ágar (ou ágar-ágar). É esta gelatina que, geralmente enriquecida com outros ingredientes, permite o crescimento bacteriano na superfície de placas de Petry , tubos ou garrafas (inclinados). Mas o que é o ágar?

• É uma substância gelatinosa derivada de algas marinhas macroscópicas, por exemplo da espécie Gelidium amansii.

(4)
(5)

I. Culturas, isolamento e controle dos microorganismos.

•1. Culturas puras.

• A gelatina em questão é um polissacarídio de galactose. Usado de forma isolada, é de fato um meio pobre. A incorporação de vários nutrientes ao ágar é rotineira portanto nas várias receitas de meios de isolamento.

• Por exemplo o ágar nutriente (comercial), conterá ágar, peptona, cloreto de sódio e extrato de cerveja.

• Entre as variações de meios de cultura com ágar, estão as adições de bile, sangue, maltose, etc., para a bacteriologia básica.

• Ainda é muito importante o ágar Saboraud, onde adiciona-se dextrose, para a micologia básica, usado por exemplo para o isolamento de Candida albicans e a maioria dos fungos cutâneos causadores das tinhas (ou dermatofitoses).

(6)

•1. Culturas puras.

(7)

I. Culturas, isolamento e controle dos microorganismos.

•1. Culturas puras.

• Uma aspecto fundamental na preparação de meios de cultura em microbiologia é que estejam estéreis no momento de semeadura do material.

• Para isto é usado o princípio do aquecimento da água sob pressão. Isto é atingido com o autoclave.

• Um autoclave é um recipiente pressurizado destinado a aquecer a água acima do ponto de ebulição, 100°C sob pressão

normal. Foi inventado por Charles Chamberland em 1879.

• O aparelho permite a saída do ar seco, pobre no aspecto esterilizante e o preenchimento da câmara onde está o meio de cultura com vapor super-aquecido.

(8)

I. Culturas, isolamento e controle dos microorganismos.

•1. Culturas puras.

• Dois esquemas são normalmente utilizados. Após a saída do ar, sob pressão de 10 libras por polegada quadrada, são atingidos 115°C, a serem mantidos por 15 minutos, geralmente. Uma pressão de 15 lpq atingirá 121°C.

• É muito importante que o autoclave somente seja aberto com pressão zero, ou os meios entrarão em fervura e podem danificar, ou quebrar a vidraria.

(9)
(10)

I. Culturas, isolamento e controle dos microorganismos.

(11)
(12)
(13)

• 2. Semeadura no meio de cultura.

• Três técnicas são comuns para a semeadura, ou inoculação

• O mais comum em placas é o uso de alça de platina que leva o inóculo à superfície do meio com ágar. O objetivo é esgotar o inóculo na superfície, de forma que células isoladas produzirão colônias separadas que podem ser observadas e trabalhadas.

• A vantagem da alça de platina é que pode ser esterilizada sem dificuldade na chama, com o uso do bico de Busen.

• As outras técnicas são a semeadura em superfície com alça de vidro e a pour-plate, onde o inóculo é misturado ao meio, quando este esfria a 45°C.

• A partir de colônias isoladas as amostras podem ser transferidas para meios identificadores.

• As placas iniciais podem ser armazenadas a 4°C por algum tempo.

(14)
(15)

• 2. Semeadura no meio de cultura.

• Culturas isoladas são geralmente conservadas por

congelamento profundo, a -196°C no nitrogênio líquido, ou liofilizadas. Ver esquema da liofilização a seguir.

(16)
(17)

• 3. Controle de microorganismos por agentes biológicos e

químicos.

•3.1 Antibióticos, desinfetantes, antissépticos.

• Denomina-se de antibióticos os agentes destinados a controlar ou eliminar os microorganismos (ou germicidas) que estão presentes em situação de infecção no hospedeiro.

• Desinfetantes são agentes germicidas destinados a atuar no ambiente externo.

• Antissépticos são agentes germicidas que devem atuar na pele do hospedeiro.

(18)

• 3. Controle de microorganismos por agentes biológicos e

químicos. 3.2 Antibióticos: história e classes.

• O termo antibiótico, de origem grega (anti-condições de vida) foi cunhado por Selman Waksman em 1942 para descrever as substâncias produzidas pelos microorganismos que fossem

antagonistas de outros microrganismos, especialmente os

patógenos. É sinônimo de antimicrobiano.

• O termo originalmente excluía os quimioterápicos (químicos sintéticos), como as sulfonamidas. Atualmente o termo tem uma compreensão mais ampla e envolve qualquer agente controlador que age sobre microorganismos, principalmente bactérias. Neste sentido é quase um sinônimo de bactericida. É usado também para indicar agentes contra fungos e protozoários, embora para

estes últimos se utilizem termos como antimicóticos e

protozoocidas.

• Por convenção, no caso dos vírus prefere-se a denominação antivirais.

(19)

• 3. Controle de microorganismos por agentes biológicos e

químicos.

•3.2 Antibióticos: história e classes.

• A maioria dos antibióticos é derivada de compostos produzidos

por fungos como o Penicilium (penicilinas) ou bactérias como

Streptomyces. (estreptomicinas). As chamadas novas gerações

de antibióicos são modificações sintéticas sucessivas das fórmulas naturais. Isto é necessário em função da resistência aos antibióticos.

• Porque as bactérias ficam resistentes?

• Os antibióticos destinados a controlar bactérias são geralmente categorizados em restritos e de amplo espectro. Os primeiros têm a sua função restrita a determinados grupos de bactérias, frequentemente das categorias Gram-negativas e Gram-positivas, que é uma classificação advinda da resposta a corantes. Os antibióticos de amplo espectro agem sobre vários grupos.

(20)

• 3. Controle de microorganismos por agentes biológicos e

químicos.

•3.2 Antibióticos: história e classes.

• Os antibióticos podem ainda ser separados em bactericidas (a maioria) e bacteriostáticos, conforme eliminem ou estabilizem o

crescimento bacteriano, sendo que neste caso a função

eliminadora é do sistema imune do hospedeiro. Quanto ao efeito terapêutico ambos têm a mesma função.

• As vias de administração dos antibióticos podem ser: oral, intravenosa ou tópica, neste caso cutânea, em colírios, etc.

(21)

• 3.2 Antibióticos: história e classes. • Primeiros quimioterápicos e antibióticos.

• A quinina é conhecida desde o século XVII para tratamento da malária. Era extraída da casca da cinchona no Peru antigo (ver figura).

• •

(22)

• 3.2 Antibióticos: história e classes.

• O mercúrio era usado desde 1495 para o tratamento da sífilis. O problema deste e outros quimioterápicos era a toxicidade para o hospedeiro da infecção.

• Somente no início do século XX a quimioterapia avançou junto a tradição microbiana da época.

• Paul Ehrlich descobriu o tratamento da sífilis com pouco risco para o paciente, com a substituição do arsênico puro até então usado, por uma mistura com compostos orgânicos. A toxicidade ficava muito reduzida. Denominou o composto de Ehrlich 606 e depois de salvarsan, para a sífilis e outros espiroquetas (Nobel de 1908).

(23)

• 3.2 Antibióticos: história e classes.

• Nos 30 e início dos anos 40 Domagk e depois Trefouel

descobriram primeiro que um derivado de corante, o Prontosil

controlava estreptococcias de camundongos. Depois ficou

estabelecido que era um derivado, a sulfonamida que agia contra as bactérias. As sulfonamidas passaram a ser os primeiros antibióticos usados em larga escala.

• A ação das sulfonamidas consiste em esgotar as enzimas bacterianas envolvidas na síntese de THFA, co-enzima essencial na síntese de aminoácidos e timidina, componente do DNA. Este esgotamento decorre na composição das sulfonamidas em que há um similar do PABA, precursor da THFA.

(24)

• 3.2 Antibióticos: história e classes.

• Por outro lado o conhecimento de alguns microorganismos inibiam outros era antigo. Somente em 1929 no entanto, Alexander Fleming comprovou a ação de um composto produzido por um fungo do gênero Penicillium, (P. notatum). Vsobre culturas de Staphylococcus aureus, a penicilina.

(25)

• 3.2 Antibióticos: história e classes.

• Na década de 30, no Reino Unido, os antibióticos começaram a ser produzidos, seguindo a descoberta de Fleming. Chain e Florey purificaram a penicilina que passou a ser usada em larga escala especialmente durante a 2ª Guerra. No período ainda, Dubos isolou a gramicidina, usada em feridas e úlceras (para

Gram-positivos) e Waksman descobriu a estreptomicina,

produzida pela bactéria Streptomyces griseus.

(26)

• 3.2 Antibióticos: história e classes.

• 3.1 Tipos de antibióticos baseados na estrutura química. • 3.1.1 Beta-lactâmicos.

• Incluem as penicilinas, monobactâmicos, cefalosporinas e carapenens. Contém um núcleo básico, o anel B-lactâmico, composto de 3 átomos de carbono e 1 de nitrogênio (ver na referência).

• As penicilinas e os derivados serão comentados.

• As penicilinas próximas das naturais são a penicilina G e V. A penicilina G é a benzilpenicilina. É administrada por via

parenteral. Seus usos incluíam endocardite, gonorréia,

pneumonia, sífilis, etc.

• A penicilina V é a fenoximetilpenicilina, a ser administrada por via oral, originalmente para afecções da boca, garganta e dentes.

(27)

• 3.2 Antibióticos: história e classes. • 3.1.1 Beta-lactâmicos.

• As amoxilina e ampicilina foram desenvolvidas depois como penicilinas orais e são ainda muito usadas.

• O advento de resistência às penicilinas deriva da produção de penicilinase pelas bactérias. Inibidores da penicilinase como o ácido clavulânico são geralmente componentes das atuais penicilinas. As penicilinas semi-sintéticas como a feneticilina e meticilina são usadas também em caso de resistência.

(28)

• 3.2 Antibióticos: história e classes. • 3.1.1 Beta-lactâmicos.

• Mais recentemente um outro grupo de beta-lactâmicos, as cefalosporinas, em várias gerações, foram desenvolvidas. Estas têm largo espectro e derivam de compostos produzidos pelo fungo marinho Acremonium.

(29)

• 3.2 Antibióticos: história e classes. • 3.1.2 Macrolídeos

• Categoria da eritromicina, derivada do Streptomyces erythreus. São semelhantes às penicilinas mas com largo espectro. A

eritromicina é a 1° opção da terapêutica específica da

coqueluche, difteria, legioneloses e infecções por micoplasma. Excelente eficácia nas infecções genitais e pélvicas (uretrites, colpites, anexites, prostatites) por clamidias e ureaplasma. A eritromicina é indicada nas infecções em que se utiliza a

penicilina. É o ATB de escolha em pacientes com

hipersensibilidade à penicilina. Empregada com bons resultados

nas infecções estreptocócicas da faringe, pele e PN

(30)

• 3.2 Antibióticos: história e classes. • 3.1.2 Macrolídeos

• Têm sido indicada na sífilis sem envolvimento neurológico; porém, na sífilis da gestante, não oferece segurança no tratamento da infecção fetal. Utilizada como droga alternativa

(alérgicos e penicilina) para profilaxia da MR – febre reumática e

endocardite em pacientes que vão se submeter a procedimentos dentais.

• Outros macrolídeos recentes são a azitromicina e claritromicina. • 3.1.3 Aminoglicosídeos

• Categoria da estreptomicina, usada para Gram-negativos e para tuberculose. Atualmente a TB é tratada com isoniazida, um quimioterápico, combinada com rifampicina, antibiótico também produzido por Streptomyces.

• Outro aminoglicosídeo é a neomicina, usada em preparações

(31)

• 3.2 Antibióticos: história e classes. • 3.1.4 Tetraciclinas

• Divididas em tetraciclina, clortetraciclina, oxitetraciclina,

doxiciclina e minociclina, que as divide em tetraciclinas de curta e longa duração. São produzidas também por bactérias do gênero

Streptomyces. São antibióticos de amplo-espectro, usados para

brucelose, infecções urinárias, micoplasmas riquétsias, clamídias e complementares na malária.

(32)

• 3.2 Antibióticos: história e classes. •3.1.5 Outros: cloranfenicol, quinolonas.

• O cloranfenicol é produzido por Streptomyces venezuelae ou é sintetizado, por ser simples. Tem largo espectro, mas causa reações adversas como a anemia aplástica. É usado por exemplo contra a febre tifóide.

• 3.1.6 Quinolonas.

• São quimioterápicos inibidores do DNA em bactérias Gram-negativas (primeira geração), ou têm amplo espectro (segunda e terceira geração). A inibição do DNA bacteriano resulta da inibição da DNA girase, uma enzima necessária para a conformação ou enrolamento correto do filamento. Um derivado das quinolonas muito conhecido é a ciprofloxacina.

(33)

3.2 Antibióticos: história e classes.

• 3.2 Mecanismos de ação.

• O mecanismo de ação dos quimioterápicos e antibióticos naturais, embora complexo, geralmente situa-se nas categorias: • Inibição da síntese da parede celular bacteriana;

• Lesão da membrana celular bacteriana ou fúngica;

• Inibição da síntese dos ácidos nucléicos, formação do DNA ou outras síntese protéicas.

• 3.3 Exercício:

• Escolher um grupo de antibióticos e descrever os produtos e modo de ação.

(34)

• 3.2 Antibióticos: história e classes.

+

(35)

3.2 Antibióticos: história e classes. Cloranfenicol Polipeptídeos Colistina (Polimixina E) Bacitracina Vancomicina Viomicina Rifamicina Antimicóticos Polienos Nistatina Anfotericina B Griseofulvina

(36)
(37)

Referências

Documentos relacionados

Tendo como parâmetros para análise dos dados, a comparação entre monta natural (MN) e inseminação artificial (IA) em relação ao número de concepções e

(2019) Pretendemos continuar a estudar esses dados com a coordenação de área de matemática da Secretaria Municipal de Educação e, estender a pesquisa aos estudantes do Ensino Médio

As variáveis peso, estatura e circunferência da cintura apresentaram valores médios superiores aos homens em relação as mulheres, sendo o inverso observado para índice

Quando contratados, conforme valores dispostos no Anexo I, converter dados para uso pelos aplicativos, instalar os aplicativos objeto deste contrato, treinar os servidores

2º Examinador: Dr. Rodrigo Espinha Baeta Universidade Federal da Bahia.. dedicação inigualável e por me transmitir um pouco da sua grande experiência e paixão pela arquitetura.

Interessante observar nas Tabelas 5 a 12 a semelhança, por vezes igualdade, entre os valores de r de Spearman às análises de correlação da RMED e RIDED de artérias e arteríolas com

Aos sete dias do mês de janeiro do ano 2002, o Perito Dr. OSCAR LUIZ DE LIMA E CIRNE NETO, designado pelo MM Juiz de Direito da x.ª Vara Cível da Comarca do São Gonçalo, para proceder

• Quando o navegador não tem suporte ao Javascript, para que conteúdo não seja exibido na forma textual, o script deve vir entre as tags de comentário do HTML. <script Language