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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Atendimento e o Currículo para o Trabalho com Pessoas com Necessidades Educativas Especiais

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Academic year: 2021

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Atendimento e o Currículo para o Trabalho com Pessoas com Necessidades Educativas Especiais

Edilson José de Carvalho¹ Jarbas de Holanda Beltrão²

1 Pedagogo e Especialista em Educação Especial – Faculdade Santa Helena; e em Formação de Educadores – Universidade Federal Rural de Pernambuco, E-mail:

carvalho2carvalho@hotmail.com ou edilsoncarvalho28@yahoo.com.br, Fone: 99616871; 2 Orientador Mestre em Educação pela UFPB),

1 Introdução

Este estudo foi fruto de pesquisa que resultou na monografia “EDUCAÇÃO E GESTÃO: Discussões para um Caminho de Integração/Inclusão à Educação Especial”. Sendo apresentada a banca examinadora da Faculdade Santa Helena – FSH. O trabalho teve como Objetivo: Descrever/refletir um caminho integrador sobre Educação e Gestão-Escolar para o trabalho na Educação Especial. Assim, refletiremos sobre a formação de educadores para o trabalho em parceria; a terminologia ao longo da educação especial; educação inclusiva: atendimento e o currículo para o trabalho com pessoas com NEE; gestão-escolar, comunidade e conselho: um caminho para a democratização/inclusão no espaço escolar; aprendizagem de pessoas com necessidades educativas na área mental; inclusão para as pessoas com deficiência mental: contexto social, cultural, educacional e político; bem como saberes norteadores para a formação do docente segundo Gauthier.

A partir da problemática: como vem sendo as discussões sobre a inclusão de pessoas com deficiência no âmbito educacional brasileiro? O

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estudo tem como base metodológica as literaturas educacionais que carregam em seu bojo o discurso de melhorar a Educação Especial (EE), como promoção de possibilitar maior qualidade de vida para as pessoas com deficiências. As literaturas educacionais, que tem demonstrado os muitos fracassos de quem foram e vêm sendo envolvido na EE. Contudo, muitas tentativas para melhorar o nível dos processos de ensino e aprendizagem também vêm sendo realizadas. Porém, sem muito sucesso. O trabalho contempla nas discussões, os teóricos: Rodrigues (2006) e Mantoan (2004/5), Mazzotta (2005) e outros que dialogam sobre a capacidade operatória da pessoa com DM. A pessoa com NEAM irá desenvolver habilidades cognitivas através do jogo, e se torna influenciada a partir do sentimento de competição própria do ser humano.

Os cursos de formação de professores vêm tentando acabar com as dificuldades e o despreparo desses profissionais na sua prática Docente. Diante da dificuldade de planificação dos conteúdos para o trabalho com os educandos que têm NEE, há também dificuldades na gestão e avaliação das aulas destinadas a estes alunos. Podemos considerar que estas dificuldades, implicam pontos negativos na integração/inclusão do aluno com NEE no espaço escolar. Na educação há muito que fazer, principalmente quando se trata da formação de educadores que irão atuar com pessoas que têm NEE.

Foram promulgadas em 2004, as novas leis que estabeleceu eleição direta para Gestores/Diretores e para Conselheiros Escolares. A partir de então, colocou-se em prática a importantíssima concepção de democracia da Gestão-Escolar, na promoção de melhorar na: qualidade pedagógica do seu processo educacional; construção do currículo voltado para a realidade local e atual; integração de todos os agentes envolvidos na escola, bem como Gestores, Docentes, Discentes, Comunidade, Funcionários, Pais e conselhos, todos participando e atuando cooperativamente no planejamento e nas ações de decidir o que é melhor para todos os envolvidos, dentro e fora do âmbito escolar (MAFASSIOLI, 2004, p. 2-3).

A transformação da escola não é, portanto, uma mera exigência da Inclusão Escolar de pessoas com deficiência e/ou com dificuldades de

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aprender. Mas, para alcançar a autonomia intelectual e moral até onde seja possível conquistá-la; no sentido de ampliar suas oportunidades no âmbito da atividade humana, é preciso que todos os educadores e gestores participem da caminhada do saber com seus educandos mediatizados pelo mundo.

2 Caracterização da Educação Especial

Por muito tempo não havia uma visão clara e cientifica para caracterizar a EE, era atribuída uma linha religiosa que se conceituava através da fé.

O século XVII as noções a respeito da deficiência eram basicamente ligadas ao misticismo e o cultismo, não havendo base cientifica para o desenvolvimento de noções realistas. O conceito de diferenças individuais não era compreendido ou avaliado. “As noções de democracia e igualdade eram ainda meras, centelhas na imaginação de alguns indivíduos criadores” (MAZZOTTA, 2005, p. 16).

Atualmente, a educação se integra ao sistema educacional vigente, também na esfera do ensino regular. Tendo como finalidade formar cidadãos conscientes e participativos na família, na sociedade, no trabalho e no mundo.

3 Atendimento à pessoa com Deficiência nas Escolas Regulares e Especiais

O atendimento das várias necessidades educativas dos alunos é certamente o desafio mais importante que o professor tem de enfrentar em nossos dias. (CASTROS, 2003), de fato é tão desafiador que muitos educadores afirmam que, tanto eles quantos as escolas não estão preparados para assumir tamanha responsabilidade, e mais, a escola não estar estruturada, nem fisicamente, nem humanamente para oferecer tal atendimento.

As escolas atendem às diferenças, sem discriminar, sem trabalhar à parte com alguns alunos, sem estabelecer regras específicas para planejar, aprender, avaliar “currículos, atividades, avaliação da

aprendizagem para alunos com deficiência e necessidades

educacionais especiais” (MANTOAN, apud RODRIGUES, 2006, p. 196).

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É preciso que as escolas insiram no seu Projeto Político Pedagógico (PPP), um currículo voltado para o trabalho inclusivo, e que de fato, valorize as diferenças.

Com a globalização podíamos pensar que: não mais haverá diferenças entre pessoas, sociedades, grupos econômicos, culturais, etc. Só que, na verdade, nada disso aconteceu, e o máximo que poderia acontecer era aumentar as relações de país para país e de sociedade para sociedade diferentes.

Nesse contexto, mais do que nunca se evidenciou a diversidade como característica constituinte das diferentes sociedades e da população, em uma mesma sociedade. Na década de 90, ainda à luz da defesa dos direitos humanos, pôde-se constatar que a diversidade enriquece e humaniza a sociedade, quando reconhecida, respeitada e atendida em suas peculiaridades (ARANHA, 2004, p. 12).

Nunca é demais lembrar que aprender é uma ação humana criativa, individual, heterogênea e regulada pelo sujeito do processo de aprendizagem, independentemente de sua condição intelectual ser mais ou ser menos privilegiada (MANTOAN, 2004/5).

As limitações fazem parte das diferenças, e aprender a superá-las, faz parte do processo de aprendizagem de cada um de nós; e devemos sempre ser estimulados para alcançarmos o objetivo que é o de estar sempre em busca de novos conhecimentos, com intuito de melhorar nosso trabalho e vivência nos diversos espaços, seja ele familiar, escolar, profissional e/ou social.

4 Resultados e Considerações Finais

Para que um trabalho com as diferenças supra efeito positivo, é preciso largar mão dos paradigmas e ir em busca de outras idéias. Claro que para o surgimento de uma nova idéia é necessário um passado, mas que não necessariamente venha fazer parte de nossa atual realidade, pois a mesma está em constante transformação.

Precisamos também, repensar as práticas que se amarram nas atividades do professor, pois, estas têm que estar atreladas numa proposta

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pedagógica, numa diretriz de ensino, e numa atuação democrática visando uma maior participação da comunidade.

È de fundamental importância que toda sociedade e os profissionais do âmbito escolar tenham uma visão no sentido de aceitar na sua escola a integração e a inclusão da diversidade humana para que todos se humanizem cada vez mais ao longo do seu desenvolvimento familiar, cultural e socioeconômico. Onde cada um se autoperceba que ele é de fato, a verdadeira riqueza de seu grupo, de sua sociedade, de seu país.

Os planos têm que se fundamentar nas diversas áreas que facilitem o desenvolvimento à pessoa com necessidades especiais, assim como a inteligência neuromotora, perceptivo-motora, sensório-motora, conceitual-simbolística e outras que possibilitam na potencialidade de cada pessoa.

Podemos reforçar o desenvolvimento de cada pessoa especial, através de um equilíbrio da(s) área(s) de mais habilidades pessoais para uma mais fraca, com base nas competências a serem trabalhadas em cada uma dessas pessoas.

Reforçar sistematicamente cada passo da aprendizagem correlacionando os saberes pertinentes encontrados no reservatório de cada sujeito, até o professor estar pronto para avaliar suas práxis, e nesse seguimento, também ser avaliado pelos alunos. Sem duvida os alunos com NEE, também pode avaliar, a partir das potencialidades adquiridas ao longo do processo de ensino e aprendizagem.

Na avaliação educativa: esta pode ser a nível local e ao mesmo tempo nacional, dentro das possibilidades do programa elaborado para desenvolver as habilidades das pessoas com NEE, no tocante ao processo de aprendizagem para a vida em sociedade. Assim, podem conhecer mais e preservar sua identidade de cidadania, respeitando a dos outros.

Queremos formas de inclusão condizente com a realidade de cada característica especial, que facilite a integração de todos como sujeito cidadão de direito na sociedade, a escola é de fato o espaço mais concreto dessa realidade positiva para a inclusão de pessoas com necessidades especiais, e merecem uma maior atenção dos governantes e de toda comunidade, pois,

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elas são tão capazes quanto nós para exercer o direito de ser um verdadeiro cidadão e cidadã no mundo.

É de fundamental importância que, toda sociedade e os profissionais do âmbito escolar tenham uma visão no sentido de aceitar na sua escola a integração e a inclusão da diversidade humana, para que todos se humanizem cada vez mais ao longo do seu desenvolvimento familiar, cultural e socioeconômico.

5 Referências

FONSECA, V. da. Educação Especial. Porto Alegre: Artmed, 1995.

IDE, C. M. Leitura e Escrita e a Deficiência Mental: São Paulo: Mimam, 1993. MANTOAN, Mª. T. Eg. Compreendendo a Deficiência Mental: Novos Caminhos

Educacionais. São Paulo: Scipione, 1989.

_________. O Direito à Diferença nas Escolas. Revista Pátio, ano: VIII, n°: 32, nov. 2004 / Jan. 2005.

_________. O Direito de Ser, Sendo Diferente, na Escola. Apud: RODRIGUES, D. (Org.), - Inclusão e Educação:doze olhares sobre a Educação Inclusiva, São Paulo: Summus, 2006

MAZZOTTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas, 5ª Ed. São Paulo: Cortez. 2005.

RESOLUSÃO CNE/CEB N° 2, de 11 de setembro de, - Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2001.

RIBEIRO, Mª. L. Sp. Perspectivas da Escola Inclusiva: algumas reflexões. In: CASTRO, A. M. de, Educação Especial: do quere ao fazer. Org. de BAUMEL, R. C. R. de C., Ribeiro,Mª. L. Spr. São Paulo: Avercamp, 1ª Ed., 2003.

SASSAKI, Romeu K. Vida Independente: história, movimento, liderança,

conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo: RNR, 2003, p. 12-16.

YANNUZZI, Gilberta, A Luta pela Educação do Deficiente Mental no Brasil: Autores Associados – Campinas, 1992.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. http://portal.mec.gov.br/educacaoespecial, 2006 – 2007.

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