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BIOCONSTRUÇÃO: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DOS BLOCOS DE ADOBE

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Páginas 1157-1166 EIXO TEMÁTICO:

( ) Biodiversidade e Unidade de Conservação ( ) Gestão e Gerenciamento dos Resíduos ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos

( x ) Cidades Sustentáveis ( ) Saúde Pública e o Controle de Vetores

( ) Educação e Práticas Ambientais

BIOCONSTRUÇÃO: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO

DOS BLOCOS DE ADOBE

Bioconstruction: thermal performance rating Adobe

Bioconstrucción: Valoración rendimiento térmico Los ladrillos de Adobe

GISLAINE BIANCHI

Professora Especialista, UNIP, Brasil

gbianchi.arq@gmail.com

JOÃO BATISTA DE PAULA

Graduado, UNIP, Brasil projb@outlook.com

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Páginas 1157-1166

INTRODUÇÃO

Este artigo analisa as técnicas de construção sustentáveis, com a utilização da matéria prima extraída da natureza para ser utilizada em suas moradias, com ênfase na comparação entre a técnica do adobe e o uso de tijolos industrializados.

Segundo Ching (2010, p. 1.3) “[...] desde meados do século XX há uma tendência crescente no interesse social pela sustentabilidade que se aliou ao movimento de conscientização pela preservação ambiental”.

As bioconstruções têm um papel importante no uso dos recursos naturais locais (terra crua, pedra, madeira e fibras), assim como a utilização das técnicas taipa de pilão, taipa de mão, pedra e madeira trabalhada ou natural. Observa-se também o aproveitamento da água pluvial e utilização de fontes de energia limpa (biogás, energia fotovoltaica e eólica), demonstrando a viabilidade dessas fontes, além do reaproveitamento de material de demolição e da madeira de reflorestamento, sem que haja perda de conforto térmico, conforto acústico e conforto ambiental.

Este tipo de construção contribui para a integração homem-natureza, resgatando e aplicando formas sustentáveis de edificação, melhorando a qualidade de vida e reduzindo drasticamente o impacto ambiental.

Lembremos que, a respeito dos primeiros materiais de construção utilizados pelo homem para a construção de seus abrigos, afirmam ALEXANDRIA e LOPES:

Originalmente, os materiais utilizados pelos primeiros homens para a construção dos seus abrigos, foram os materiais naturais, abundantes e acessíveis, como a madeira, as folhas, as ramas e a palha. De vida nômade, sempre mudando, não havia a preocupação com uma construção mais durável, eram apenas abrigos temporários, mas à medida que os hábitos se modificavam e o homem evoluía para um modo de vida sedentário, passou a adotar outros materiais, também disponíveis na natureza, mas que possibilitavam um caráter mais permanente e duradouro às suas construções: a terra e a pedra. (ALEXANDRIA; LOPES, 2008, p.03).

O resgate de técnicas centenárias, como a do adobe, se dá quando se intensifica a busca por construções ecologicamente corretas, as bioconstruções.

Como procedimento metodológico adotou-se uma pesquisa qualitativa sobre a temática, onde consistiu no exame da literatura pertinente de trabalhos científicos (livros, teses, dissertações, artigos, etc.).

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1 SUSTENTABILIDADE

O primeiro conceito de sustentabilidade de que se tem conhecimento foi expresso no Relatório de Brundtland (1987). Segundo esse documento, com a conscientização global da sustentabilidade é possível garantir a sobrevivência das futuras gerações.

Desenvolvimento sustentável designa um tipo de desenvolvimento que vai ao encontro das necessidades da geração atual, sem prejudicar as possibilidades das gerações futuras de satisfazerem suas necessidades e de escolherem seu próprio estilo de vida. (BRUNDTLAND, 1987, apud NEUFERT, 2013, p. 58).

Segundo Ching (2010) a abrangência da sustentabilidade é, necessariamente, ampla quanto à administração de recursos e construção de comunidades, exigindo uma abordagem holística considerando os impactos sociais, econômicos e ambientais, exigindo a participação de todos os profissionais e entes envolvidos quanto ao desenvolvimento. A eficiência e o uso moderado de materiais, energia e recursos espaciais minimizam o impacto ambiental negativo do desenvolvimento. Prestar atenção às consequências amplas e previsíveis de decisões ações e eventos durante a vida de uma construção, desde a concepção até a manutenção de novas edificações, ou mesmo como processo de renovação de edificações preexistentes e reformulação de comunidades e cidades são as implicações a serem observadas quando se constrói de maneira sustentável.

Já no ano de 1988, o Ministério do Meio Ambiente da Alemanha estabeleceu importantes regras para um desenvolvimento sustentável: regeneração (recursos naturais renováveis podem ser utilizados em longo prazo somente no sentido da sua renovação), substituição (recursos naturais não renováveis só devem ser utilizados enquanto não houver outros materiais ou formas de energia que possam substitui-los) e capacidade de adaptação (a liberação de materiais ou energia não deve ser, em longo prazo, maior do que a possibilidade de adaptação do ecossistema) (NEUFERT, 2013).

2 BIOCONSTRUÇÃO

A bioconstrução consiste na integração de recursos naturais na construção de habitações por meio da utilização de várias técnicas da arquitetura mundial. A característica mais marcante dessas técnicas é a utilização de materiais do local onde se realiza a obra.

Neste mesmo sentido, SOARES (2008) expõe que as diversas técnicas populares e eruditas foram adquiridas através de experiências usando materiais locais, suavizando os custos de fabricação e deslocamento da matéria prima, tornando economicamente viável e oferecendo um conforto térmico magnífico.

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De acordo com esse autor (2008, p.11) “A arquitetura de terra é uma das mais antigas. Há mais de 10 mil anos o homem usa o barro para construir casas. É o material de construção mais abundante do planeta”.

Neste sentido CANTARINO (2006), aponta os exemplos das habitações construídas com estrutura de madeira reciclada, bambu, terra e argila. Essas matérias primas têm o objetivo de facilitar a construção, pois geralmente se encontram no local da obra, o que a torna mais viável economicamente. Ademais, outros recursos naturais - aquecimento solar, captação e reuso da água, etc. - vêm sendo implantados nas construções. Tal constatação é fator positivo, tendo em vista que a construção civil é um dos maiores vilões do meio ambiente ao gerar resíduos e consumir em demasiado, materiais e energia. Muitas empresas relacionadas à construção civil vêm se especializando em bioconstrução, buscando aliar técnicas construtivas milenares com as técnicas atuais e inovações.

2.1 Bioconstrução no Brasil

CANTARINO (2006) lembra que “a bioconstrução é considerada uma alternativa viável mesmo em grandes cidades como São Paulo” e relata:

A casa, que fica no bairro da Granja Viana, foi erguida a partir da aplicação de uma técnica japonesa milenar denominada tsuchi kabe, empregada na construção de templos budistas. Ela combina a utilização de várias matérias-primas naturais: pedras são utilizadas nos alicerces e as paredes são construídas a partir de uma estrutura de madeira reciclada, bambu, terra e argila. A escolha da tsuchi kabe não foi aleatória: a maioria desses materiais encontrava-se disponível no local da construção, o que viabilizou economicamente a obra. Sistemas de captação e reuso de água e de aquecimento solar também foram adotados. (CANTARINO, 2006, 46)

Imagem 05 - Construção da casa na Granja Viana bairro paulistano.

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3 MÉTODOS CONTRUTIVOS

As técnicas construtivas com o uso da terra crua e madeira são conhecimentos populares. Estes ensinamentos são repassados desde as primeiras gerações até os dias de hoje.

3.1 Adobe

Sobre esta técnica diz Cecília PROPOMT (2008):

O adobe é uma técnica de bioconstrução que utiliza terra crua, fibra vegetal ou estrume de animais (bovinos), água faz uma mistura com todos estes ingredientes quando estiver no ponto coloca em uma forma de madeira retangular depois é retirada deixa secar por alguns dias ao ar livre para fazer paredes e coberturas. (PROPOMT, 2008, P. 27)

Essa autora lembra que o adobe é encontrado em construções milenares e sua confecção utiliza barro e fibras naturais misturados, moldados e secos naturalmente. A técnica utiliza o barro do local da obra, não usa cimento e não gasta combustível na secagem dos tijolos porque não é queimado. O uso de fibras naturais e o barro proporciona um excelente conforto térmico. As construções, quando bem executadas, podem durar muitas décadas. O resultado final são blocos com dimensões em torno de 20 X 20 X 40 cm. Atualmente, esta técnica vem sendo resgatada e valorizada, embora ainda exista muito preconceito em relação ao seu uso. PROMPONT (2008) ressalta, ainda, que uma forma de proteger as paredes da umidade do solo é construir o alicerce mais largo. Em regra, os materiais utilizados para o método são areia, argila e palha. Madeira e pregos para a forma e terra local. Já as ferramentas utilizadas são pá, enxada, estopa, martelo e serrote.

3.2 Taipa de Mão ou Pau-a-Pique

Com o conhecimento dos portugueses sobre o sistema construtivo e a fartura de matérias naturais encontrados no Brasil, além da facilidade em utilizar a mão de obra própria e barata, proliferaram as construções de taipa de mão.

Segundo LOUREIRO (1981):

A taipa de mão, também chamada de pau-pique, topona ou sopapo, é de execução mais rápida. Principia-se por estrutura de madeira da casa (gaiola), composta de esteios cravados no chão e ligados entre si por vigas horizontais (baldrames e frechais), que formam um sistema rígido de sustentação do telhado. Para a construção das paredes é montada uma

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trama de paus roliços ou taquara-jatevoca (que possui o cerne compacto) em posição vertical (barrotes) e horizontal (ripas), amarrada com cipó. Em seguida atira-se o barro, ao mesmo tempo, do lado de dentro e do lado de fora da trama, o que requer o trabalho de duas pessoas. Dai a expressão de sopapo ou tapona. A taipa de mão é usada, até hoje, nas construções das zonas rurais. .(LOUREIRO, 1981, p. 26).

Imagem 12 - Detalhe da parede taipa de mão com uso de bambu.

Fonte: Blog Arte na 7ª – Professora Mercedes (http://http://artenasetima.zip.net/images/taipadepilao.jpeg)

A técnica de taipa de mão possui inúmeras vantagens, pois resulta em paredes leves, podendo ser construídas casas com uma boa estrutura em madeira de até dois andares.

3.3 Taipa de Pilão

A técnica construtiva de taipa de pilão exige conhecimento do ofício e muita mão de obra pesada: nas caixarias, no preparo da terra e seus aglutinantes, nas paredes rígidas e na estrutura. Foi bastante utilizada na construção de igrejas no período colonial do Brasil. LOUREIRO (1981) assim a descreve:

A taipa de pilão, a mais resistente, consegue-se através da feitura de formas de madeira - os taipais – mantidas verticalmente através de travessas de pau a prumo. Depois de escolhida a terra e peneirada, misturam-se a ela areia, argila, estrume de curral, crina de animais, sangue de boi ou fibras vegetais, para se conseguir maior aglutinação e menor possibilidade de desintegração por rachaduras e fendas. A espessura das paredes de taipa de pilão, salvo as de grande altura, variam de 40 a 80 cm e são maciças, transformando-se em blocos rígidos, são paredes estruturais.

Existe, ainda, outra modalidade de taipa de pilão, onde a terra não é peneirada e se mistura de pedregulhos. Chama-se de formigão.

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A taipa de pilão é mais encontradiça em regiões pobres de pedra, dai a sua difusão no São Paulo dos primeiros tempos. Foi muito usada no inicio da colonização e desapareceu, quase por completo, no meados do século XIX. (LOUREIRO, 1981, p. 24-25).

4. VANTAGENS DO USO DO BARRO

O uso do barro na construção de moradias é capaz de proporcionar diversas vantagens a seus moradores, como o conforto térmico e acústico, além da possibilidade de reutilização de sobras e tijolos quebrados.

As moradias construídas com barro funcionam como isolante térmico, tendo em vista, que, em regiões frias, proporcionam interiores mais quentes e em regiões quentes interiores mais frios. Este fenômeno ocorre por ser o barro um material com porosidade plástica natural, que mantém a temperatura estável no interior das moradias. Além disso, o barro possui a característica de absorver e repelir mais rapidamente a umidade adquirida quando comparada aos outros materiais de construção. (SILVA, 2000)

As paredes feitas com barro são mais espessas e a condutibilidade térmica equivale à metade das paredes convencionais (de tijolos cozidos), pois quando a temperatura externa é positiva (quente) ou negativa (fria) a condução de temperatura é realizada mais lentamente se comparada à condutibilidade das paredes de tijolo cozido. Concluímos que as construções em terra crua favorecem uma temperatura constante. (BUENO, 1995)

Segundo Silva (2000) uma casa construída com piso ou paredes revestidas de barro ou feita de tijolos crus, tem a capacidade de absorver os ruídos locais, tornando-a mais agradável acusticamente. Este fator as diferencia de casas convencionais uma vez que as paredes lisas refletem os ruídos.

O custo de transporte nas construções que utilizam barro é reduzido, pois a terra crua é retirada do próprio local da obra durante a escavação para realização do alicerce. Além disso, caso seja necessária mais matéria-prima, o custo para o seu transporte ainda será mais econômico do que a aquisição de materiais industrializados.

Outra vantagem que a terra crua possui é que ela pode ser reutilizada diversas vezes, como suas sobras ou tijolos quebrados. Para tanto, basta tritura-los e adicionar água para que possam ser novamente utilizados, isto é, o barro pode ser utilizado ilimitadamente, como leciona Claro (2004).

Em estudo realizado em 2004, NOGUEIRA et al demonstram que o adobe oferece vantagens em relação ao tijolo maciço e ao tijolo de oito furos, especialmente no que tange ao conforto térmico.

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- Temperatura Ambiente

As medições das temperaturas ambientes foram realizadas durante cinco dias consecutivos em dois períodos diferentes (outubro e janeiro). De uma forma geral, as temperaturas dos ambientes internos são inferiores às temperaturas externas.

Em outubro, a temperatura externa máxima foi de 38,1°C, enquanto nos ambientes internos a temperatura variou de 36,6°C no ambiente de tijolos maciços, 34,7°C no ambiente de tijolos de oito furos e 33,6°C no ambiente de adobe. Porém em janeiro, devido a grande precipitação pluviométrica, as temperaturas internas, muitas vezes, foram superiores à temperatura externa, devido às características dos materiais em demorar a perder o calor ganho.

- Umidade relativa do ar

Os dados da umidade relativa do ar foram coletados durante cinco dias consecutivos em dois períodos diferentes (outubro e janeiro). A umidade relativa externa mínima registrada foi de 28% no mês de outubro. A umidade relativa interna mínima referente ao mesmo período foi de 36%, no ambiente de tijolos maciços. O ambiente de adobe apresenta dados de umidade relativa superiores aos demais ambientes.

- Temperatura das superfícies

Foram coletados valores de temperatura dos painéis de fechamento vertical de acordo com a intensidade de radiação recebida, isto é, em cada ambiente de estudo foram escolhidas duas paredes para que se pudessem realizar as medições, uma exposta ao sol da manhã e a outra ao sol da tarde.

Quanto à temperatura das superfícies internas, em outubro, observamos que o tijolo de oito furos e o tijolo maciço tiveram uma maior variação, apresentando, assim, as temperaturas mais elevadas. Nos horários mais quentes (11h e 14h) o tijolo maciço apresentou temperaturas mais elevadas, enquanto o adobe obteve os menores índices, nesses mesmos horários. As 8h, as superfícies apresentavam suas menores temperaturas, sendo os valores muito próximos ou iguais para todos os ambientes. Quanto ao tijolo de oito furos, podemos observar que a temperatura de sua superfície se eleva conforme se eleva a temperatura exterior. Com relação às diferenças de temperaturas das superfícies protegidas e expostas ao sol da tarde, obtemos pequenas variações: 0,72°C para as superfícies de tijolos maciços, 0,75°C para as superfícies de tijolos de 8 furos e 0,35°C para as superfícies de adobe.

Em janeiro, podemos observar que em horários com chuva, a temperatura externa cai consideravelmente, apresentando-se inferior à temperatura dos ambientes internos. Nos horários mais quentes, a superfície de tijolos maciços obteve as temperaturas mais elevadas, sendo seguido pelo tijolo de oito furos e o adobe. Os dados apresentados em janeiro mostraram-se muito parecidos com os apresentados em outubro, havendo apenas um decréscimo médio de 3 a 4°C nas temperaturas.

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- Velocidade do vento

Foram coletados dados da velocidade do vento somente no mês de outubro, pois através de uma análise percebeu-se que estes não possuíam valores constantes e, de certa forma, não exerceram grande influência nos dados de temperatura e umidade.

Em outubro, observamos ventos relativamente agradáveis, mas que não são constantes. O ambiente de adobe apresentou uma média de 24,13 cm/s, sendo considerado o ambiente mais fresco; o ambiente de tijolo maciço apresentou uma média de 19,65 cm/s e o ambiente de tijolo de oito furos, 19,73 cm/s. (NOGUEIRA ET ALL, 2004, p. 5 a 10)

5. DESVANTAGENS DO USO DO BARRO

As construções de barro podem apresentar algumas variações a depender do local onde foi extraído, da quantidade de água utilizada na preparação da argila, bem como de areia e fibras. Outros fatores que influem nestas variações são o clima da região, resistência mecânica, cor, textura e comportamento durante o seu uso.

Esta falta de padronização somente será amenizada diante do conhecimento da composição específica do barro, pois assim presume-se a necessidade de aditivos para o aproveitamento da matéria-prima da melhor forma possível. (PISANI, 2007)

Segundo esse autor a terra crua deve ser protegida da umidade das chuvas, pois esta modifica as suas características causando mudança em sua forma adquirida.

Existem alguns meios de construções que podem proteger as paredes evitando a umidade como a construção de beirais mais longos nos telhados ou alpendres e, a utilização de tintas ou impermeabilizantes nas paredes.

CONCLUSÃO

Diante do que foi analisado, é possível concluir que o milenar adobe se mostra um método/material apto a oferecer maior conforto térmico às construções. Isso fica claramente demonstrado no trabalho desenvolvido por NOGUEIRA et al, que teve como base a cidade de Cuiabá (Mato Grosso), localizada na região da Amazônia Meridional e de clima tropical – portanto, bastante quente.

Além de oferecer conforto térmico, a técnica se mostra ecologicamente correta, o que a torna, sem dúvida, o carro-chefe da bioconstrução.

AGRADECIMENTO

Agradeço a realização deste resumo expandido aos meus mestres professores que me orientaram.

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REFERÊNCIAS

ALEXANDRIA, S. S.; LOPES, W. G. R. A terra na Construção Civil: edificações de adobe no

município de Pedro II, Piauí. Fortaleza – CE, outubro/2008.

BUENO, Mariano. O Grande Livro da Casa Saudável. Tradução: José Luiz da Silva. São Paulo: Roca, 1995.

CANTARINO, Carol. Bioconstrução combina técnicas milenares com inovações tecnológicas.

Inovação Uniemp, Campinas, v. 2, n. 5, dic. 2006. Disponível em

<http://inovacao.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-23942006000500025&lng=es&nrm=iso>. Acesso em 7 abr. 2015

CHING, Francis. D.K. Técnicas de Construção Ilustradas. 4. ed. Ed: Bookman. 2010

LOUREIRO, Maria Amélia Salgado. Evolução da casa paulistana e a arquitetura de Ramos de

Azevedo. São Paulo: Voz do Oeste: Secretaria de Estado da Cultura, 1981. 117 p.

NEUFERT, Ernst,1900-1986. Arte de projetar em arquitetura. Ernst Neufert. Tradução Benelisa Franco. Gustavo Gill, 18ª ed., São Paulo, 2013.

NOGUEIRA, Marta Cristina de Jesus Albuquerque; ESTULANO, Gleibia Arantes; ALENCAR, Alessandra Corrêa de; DEBARBA, Danielle Cristina. Comportamento Térmico de Diferentes

Materiais Utilizados nos Painéis de Fechamento Vertical: Análise Pós-Ocupação. Anais da I

Conferência Latino-Americana de Construção Sustentável - X Encontro Nacional de Tecnologia

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https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&uact=8& ved=0ahUKEwj5sozzxJ3MAhXBj5AKHWGCB08QFgglMAE&url=ftp%3A%2F%2Fip20017719.eng. ufjf.br%2FPublic%2FAnaisEventosCientificos%2FENTAC_2004%2Ftrabalhos%2FPAP0566d.pdf&

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PISANI, Maria A. J.. Taipas: A arquitetura de terra. Lisboa, Terra em seminário 2007, 1ª. ed. 2007.

PROMPT, Cecília. Curso de Bioconstrução. Ministério do Meio Ambiente. 2008. São Paulo. Disponível em: <http:// www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/energia-eolica>. Acesso em: 7 abr. 2015.

SILVA, C. G. T. Conceitos e Preconceitos relativos às Construções em Terra Crua. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública. Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 2000.

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SILVA, F. M. G. Análise da sustentabilidade no processo de produção de moradias utilizando

adobe e bloco cerâmico. Caso: Assentamento Rural Pirituba II – Itapeva – SP. Dissertação de

Mestrado em Arquitetura e Urbanismo. São Carlos, SP. 2007

SOARES, André. Soluções Sustentáveis – Construção Natural. Mais Calango Editora. Pirenópolis, GO: Ecocentro IPEC - Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado, 2007.

Referências

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