• Nenhum resultado encontrado

! Disciplina: TP - Seitas e Igrejas Modernas Professor: Rev. Sérgio Lima (M.Div) TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "! Disciplina: TP - Seitas e Igrejas Modernas Professor: Rev. Sérgio Lima (M.Div) TEOLOGIA DA PROSPERIDADE"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

!

Disciplina: TP - Seitas e Igrejas Modernas Professor: Rev. Sérgio Lima (M.Div)

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

________________________________________

Introdução

Esta é a teologia das três principais correntes neopentecostais brasileiras na atualidade. São elas: Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus e Igreja Mundial do Poder de Deus.

A nossa intenção nesta aula é pensar sobre as matrizes teológicas que determinam as ações destes movimentos.

Quem pode dirigir a ação de Deus?

Uma das heresias surgidas ultimamente defende que o sofrimento, a angústia e a pobreza não fazem parte do plano de Deus para os seus filhos. Será que isto está certo? E mais: o crente precisa saber que a sua palavra tem poder.


Pensando nisso, muitos defensores têm-se levantado para lutar em favor da verdadeira doutrina cristã, refutando maneiras de pensar que não têm base bíblica e se caracterizam como pura especulação teológica, envolvendo pessoas piedosas em verdadeiros engodos. Este estudo se soma a eles.

Qual o objetivo do movimento?

O Evangelho da Prosperidade anuncia que está ao nosso alcance a solução para os nossos problemas e que devemos viver em constante prosperidade e saúde. O verdadeiro viver cristão é assunto secundário.

(2)

A aceitação no Brasil

De um prisma sociológico, podemos entender melhor o crescimento de denominações que aderiram à Teologia da Prosperidade no Brasil. A recente história mostra que o público-alvo deste movimento tem sido alcançado. Por quê? Porque a Teologia da Prosperidade oferece ao homem a "possibilidade" de vencer na vida, e com o aval de Deus. Esse pensamento exerce sobre o brasileiro um fascínio antes não sentido.

A sua origem

Embora pregadores neopentecostais estejam em todos os lugares, principalmente na televisão, é Kenneth Hagin o "teólogo" conhecido como o pai da doutrina da prosperidade. É pelos seus escritos que podemos ter uma idéia mais ampla do movimento. Portanto, a Teologia da Prosperidade é de origem norte-americana e chegou ao Brasil em 1970, sendo acolhida pelos neopentecostais, que passaram a pregar a felicidade e o sucesso, inclusive material, como objetivos a serem perseguidos nesta vida.

Qual a base do ensino?

Encontramos três distinções claras na Teologia da Prosperidade: autoridade espiritual, saúde e prosperidade, e confissão positiva. Juntas, elas perfazem um sistema coeso. Com esses três princípios, Hagin formalizou a sua teologia, como segue:

A. Autoridade espiritual 
 1. Posição neopentecostal


Hagin acredita que Deus continua ungindo indivíduos, e estes se tornam profetas, ou seja, porta-vozes de Deus, trazendo consigo a autoridade do próprio Senhor. Ele considera um desses escolhidos e relata visões, sinais e maravilhas, supostamente ocorridas com ele, para dar sustentação a tal alegação. 


No livro O extraordinário crescimento da fé, Hagin afirma que foi conduzido ao inferno três vezes num único dia e que Jesus o visitou várias vezes a fim de ensiná-lo. No livro Compreendendo a unção, ele afirma ter entrado em transe absoluto; que se viu envolto em uma nuvem de glória; que após sua conversão foi agraciado com uma memória perfeita; que um dia "teve um clique" e recebeu o dom do ensino e, em seguida, o dom da cura; que Deus lhe deu o dom de prever o futuro. Ele alega ainda que seus ensinamentos vêm diretamente de Jesus e que a autoridade apostólica lhe foi dada de forma miraculosa; não aceita que questionem sua teologia, que destaca "sinais e maravilhas" dentro do movimento. 


2. Posição bíblica


(3)

uma missão a desenvolver na terra. Baseiam sua autoridade espiritual nessa "conversa bilateral" com o Senhor. A Igreja, especialmente por meio dos reformadores, sempre se preocupou em responder a esses casos de forma coerente, mostrando que o único padrão de julgamento a respeito de qualquer coisa deve ser a Bíblia. Três aspectos devem ser destacados: 


- A presença de Deus na Igreja torna os milagres possíveis, mas não necessários. Deus não está obrigado a executar milagres e sinais para edificar a sua Igreja.


- Os sinais e maravilhas pregados pela Teologia da Prosperidade são embasados numa pretensa relação em que o homem diz para Deus (e em muitos casos determina) o que deve ser feito ou não. Essa é uma ingenuidade assombrosa. 


- Cremos num Deus que opera verdadeiras maravilhas, mas de acordo com a sua vontade e soberania, e humildemente admitimos que ele governa este mundo de acordo com sua vontade e que nada foge ao seu controle.

B. Saúde e prosperidade


1. Posição neopentecostal


Esta, provavelmente, é a parte central da doutrina. O cristão tem direito à saúde e à prosperidade. A Bíblia é um código de leis que arregimenta esses direitos. Hagin escreveu: "Nós, como cristãos, não precisamos sofrer reveses financeiros; não precisamos ser cativos da pobreza ou da enfermidade! Deus proverá cura e a prosperidade para seus filhos se eles obedecerem aos seus mandamentos... Deus quer que os seus filhos tenham o melhor de tudo".


A Teologia da Prosperidade não admite a possibilidade de que doença, enfermidade ou problema financeiro sejam da vontade de Deus. Os adeptos dizem que Deus é amor e esses males não provêm do amor. Quando confrontados com declarações bíblicas que mostram os cristãos sofrendo, defendem-se dizendo que suas aflições nunca incluem doenças. Quando questionados sobre as doenças e enfermidades que assolam o povo de Deus nos dias de hoje, respondem que essas são conseqüências da falta de fé do cristão e do desconhecimento de seus direitos adquiridos. Portanto, em relação à saúde, o ensino da Teologia da Prosperidade é claro: saúde perfeita para os cristãos! Quando isso não ocorre, o crente está em pecado, não tem fé ou está dominado pelo diabo. 
 A mesma maneira de pensar é aplicada ao dinheiro. Ser próspero é um direito do crente: comer o que há de melhor, vestir o que há de melhor, ter o que há de melhor em todas as áreas da vida. Não devemos esperar apenas a satisfação das necessidades básicas, mas a abundância da provisão divina. Então surge a pergunta: por que muitos cristãos não desfrutam disso nos dias de hoje? A falta de fé, a ignorância ou o diabo são os responsáveis pela perda do benefício. 


(4)

Sabemos que adoramos a um Deus extremamente amoroso, que se preocupa conosco, que nos ouve e que supre as nossas necessidades. Mas há uma grande diferença entre atender necessidades e satisfazer desejos. Possivelmente, um dos maiores erros da Teologia da Prosperidade é acreditar que todos os benefícios da expiação de Cristo na cruz podem ser usufruídos agora. ou seja, todas as bênçãos já estão a nossa disposição. Isso é desconhecer a Bíblia. Demonstra ignorância sobre o processo de redenção, que ainda está em andamento. Cristo pagou a dívida, declarando-nos justificados e selados com o Espírito Santo, mas continuamos pecadores, em processo de aperfeiçoamento, de santificação. Aguardamos a completa remoção dos efeitos da nossa natureza terrena e cheia de pecados, para, então, ter todos os benefícios da expiação. Dessa forma, parte da promessa está reservada para o futuro. Em resposta à idéia de que riqueza e saúde fazem parte dos direitos adquiridos, e pobreza e doença fazem parte da maldição, afirmamos que homens e mulheres de Deus, desde o Antigo Testamento, não usufruíram de riquezas materiais e de saúde completa. Todavia, tinham a felicidade porque eram tementes da Deus.

C. Confissão positiva


1. Posição neopentecostal


Os líderes do movimento neopentecostal dizem que muitos cristãos não recebem o que lhes pertence porque ignoram seus direitos. Para os adeptos da Teologia da Prosperidade, a Bíblia funciona como um documento de direitos legais garantidos por Deus. E é dever do cristão conhecer esses direitos e, por meio da fé, ter controle sobre eles. Uma vez conhecidos os direitos, para receber a saúde e a riqueza, temos de ter fé. E muita fé. Eles dizem que quem possui a verdadeira fé não fica esperando para ver se Deus vai responder, mas exige os seus direitos, reivindica, acreditando que eles serão respeitados pela força da oração. Dessa forma, pedir significa exigir. E exigir sem hesitação ou dúvida. A verdadeira fé, confessada positivamente, garante direitos à saúde e à prosperidade. 


Mas conhecer os direitos e exigi-los ainda não é suficiente. É necessário usar corretamente o nome de Jesus. Ele é o acesso ao poder para que as orações sejam respondidas. Hagin afirma: "Falemos de Jesus! Falemos do Nome de Jesus! Ele nos deu, individualmente, um cheque assinado, dizendo: 'Preencha-o'. Deu-nos um cheque assinado, cobrável aos recursos do céu". Assim, fica claro que o nome de Jesus serve como procuração para que exijamos o que quisermos.


2. Posição bíblica


Nossa concepção de fé é aquela que subsiste apesar das circunstâncias, não aquela que procura mudar as circunstâncias. Temos em Hebreus 11 exemplos que não deixam dúvidas sobre a verdadeira fé, a que agrada a Deus. Nossa relação com Deus implica saber que ele sustenta o mundo

(5)

pelo seu poder e o dirige a um fim específico. Implica saber que a oração não é mágica que torna possível manipular as regras estabelecidas por Deus e, em última análise, o próprio Deus. 


Deus é soberano. É um erro impor a ele nossos desejos utilizando qualquer método, até mesmo essa aberração chamada confissão positiva, que tenta tornar o criador do céus e da terra sujeito ao homem. 


Assim, concluímos que a Teologia da Prosperidade é um movimento de compreensão limitada, que distorce o entendimento correto da Bíblia. É um movimento que não destrói a verdadeira base da fé, mas altera o significado da mensagem, trazendo confusão às nossas igrejas. Damos, a seguir, alguns textos oferecidos pela lição, para você comparar e refletir:

Os apóstolos realizavam milagres - At 19.8-20 Contemplação da face do Senhor - Hb 12.1-13 Vamos batalhar pela fé - Jd 3

O bom obreiro estuda a Palavra de Deus - 2 Tm 2.14-26 O mundo não é do diabo, mas do Senhor - Sl 24

"Sentimento" é diferente de "mudança de natureza" - Fl 2.5-11 Desobediência antiga - Gn 11.1-19


Referências

Documentos relacionados

São adoptadas as regras em vigor no Regulamento Técnico de Triatlo, Duatlo e Aquatlo da Federação de Triatlo de Portugal, sendo da responsabilidade dos atletas conhecer e respeitar

[r]

Se a pessoa do marketing corporativo não usar a tarefa Assinatura, todos as pessoas do marketing de campo que possuem acesso a todos os registros na lista de alvos originais

Repare- se que, tal como não se lamenta com Antígona no quarto episódio, o coro também não compartilha versos mélicos com Creonte: no kommós da última cena da peça, que retoma

Entidade Promotora Parceria Melhorar a integração sócio- escolar Crianças do Pré-escolar público e 1º CEB - Desenvolver a motivação escolar; - Diminuir o absentismo

Nesta sessão, discutiremos como as duas regiões podem explorar essas lacunas comerciais para impulsionar os níveis de comércio e investimento. Miguel Vargas

Essa é a dúvida de Renan Filho, pois ao deixar o Palá- cio República dos Palmares pode acabar entregando a estrutura do Executivo para um grupo político opositor, que tende a

Desde a segunda guerra mundial tornou-se evidente que o aprimoramento e uso dessas tropas é essencial para a vitória na guerra, e mesmo que mudem os aspectos do inimigo