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População brasileira é formada basicamente de pardos e brancos, mostra IBGE

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ROTEIRO DE ESTUDOS. DISCIPLINA: HISTÓRIA. PROF. FÁBIO SANTANA. PERÍODO.03.11 a 13.11.2020

TEMA ESTUDOS:

• População Brasileira,

• A lógica mercantil do europeu, • Escravidão moderna,

• Formas de resistência à escravidão.

HABILIDADES:

• (EF07HI12) Identificar a distribuição territorial da população brasileira em diferentes épocas, considerando a diversidade étnico-racial,

étnicocultural (indígena, africana, europeia e asiática) e os interesses políticos e econômicos

• (EF07HI13) Caracterizar a ação dos europeus e suas lógicas mercantis visando ao domínio no mundo atlântico.

• (EF07HI15) Discutir o conceito de escravidão moderna e suas distinções em relação ao escravismo antigo e à servidão medieval

• (EF07HI19*) Analisar as condições das pessoas escravizadas e

identificar as formas de resistência à escravidão na América Portuguesa. POPULAÇÃO BRASILEIRA.

De acordo com um estudo autossômico realizado em 2008, pela UnB, a população brasileira é formada pelos componentes Europeu, Africano, e Indígena, com as seguintes proporções: 65,90% de contribuição europeia, 24,80% de contribuição africana e 9,30% de contribuição indígena.

População brasileira é formada basicamente

de pardos e brancos, mostra IBGE

São 95,9 milhões de pardos, representando 46,7% do total

Publicado em 24/11/2017 - 10:07 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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No Brasil, no ano passado, a população residente foi estimada em 205,5 milhões de pessoas. Em 2012, eram 198,7 milhões, uma variação de 3,4%

- Marcelo Camargo/Agência Brasil A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua)

2016, divulgada hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, no critério de declaração de cor ou raça, a maior parte da população brasileira residente é parda: são 95,9 milhões de pessoas,

representando 46,7% do total. Em 2012, início da Pnad Contínua, esse

percentual era 45,3%. O contingente de cor branca representava 44,2% do total populacional do país

em 2016, com 90,9 milhões de pessoas. Em 2012, esse índice era de 46,6%. Mais 8,2% se declararam de cor preta, um total de 16,8 milhões de pessoas, no

ano passado. Em 2012, eram 7,4%. Entre as grandes regiões do país, 76,8% da população do Sul se declaravam

branca, 18,7%, parda e 3,8%, preta. Na Região Norte, 72,3% da população eram parda, 19,5%, branca e 7%, preta. Na Região Sudeste, a que tem a maior proporção de população residente, 52,2% disseram ser brancos, 37,6%, pardos

e 9%, pretos. No Brasil, no ano passado, a população residente foi estimada em 205,5

milhões de pessoas. Em 2012, eram 198,7 milhões, uma variação de 3,4%. A Região Sudeste concentrava 42% da população e registrou aumento de 3,1%

em quatro anos. Em relação ao sexo, as mulheres representavam 51,5% da população

residente e os homens, 48,5%, não sendo observada alteração nesses

percentuais entre 2012 e 2016, segundo o IBGE. Em 2012, o grupo de pessoas com 60 anos ou mais de idade correspondia a

12,8% da população. Em 2016, esse percentual subiu para 14,4%,

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Crianças de 0 a 9 anos na população residente passou de 14,1% para 12,9% nesse período.

As lógicas mercantis, o domínio europeu sobre os mares.

O Mercantilismo foi o conjunto de ideias e práticas econômicas, adotadas e desenvolvidas na Europa durante a fase do capitalismo comercial.

Origem do Mercantilismo

O mercantilismo começou a surgir na Baixa Idade Média (X a XV), época em

que teve início o processo de formação das monarquias nacionais. Porém, foi somente na Idade Moderna (XV a XVIII) que ele se firmou como

política econômica nacional e atingiu o seu desenvolvimento. Ao passo que as monarquias europeias foram se firmando como Estados

modernos, os reis recebiam o apoio da burguesia comercial, que buscava a

expansão do comércio para fora das fronteiras do país. Além disso, o Estado lhe concedia o monopólio das atividades mercantis e

defendia o comércio nacional e colonial da interferência de grupos estrangeiros.

Principais Características do Mercantilismo

Embora as práticas e ideias não tenham sido aplicados de maneira homogênea, o mercantilismo apresentou alguns elementos comuns nas

diferentes nações europeias: Controle estatal da economia – os reis com o apoio da burguesia mercantil

foram assumindo o controle da economia nacional, visando fortalecer ainda mais o poder central e obter os recursos necessários para expandir o comércio. Dessa forma o controle estatal da economia tornou-se a base do

mercantilismo;

Balança comercial favorável – consistia na ideia de que a riqueza de uma nação estava associada a sua capacidade de exportar mais do que importar. Para que as exportações superassem sempre as importações (superávit), era necessário que o Estado se ocupasse com o aumento da produção e com a busca de mercados externos para a venda dos seus produtos;

Monopólio – controladores da economia, os governos interessados numa rápida acumulação de capital, estabeleceram monopólio sobre as atividades mercantis e manufatureiras, tanto na metrópole como nas colônias. Donos do monopólio, o Estado o transferia para a burguesia metropolitana por

pagamento em dinheiro. A burguesia favorecida pela concessão exclusiva comprava pelo preço mais baixo o que os colonos produziam e vendiam pelo preço mais alto tudo o que os colonos necessitavam. Dessa forma, a economia colonial funcionava como um complemento da economia da metrópole;

Protecionismo – era realizado através de barreiras alfandegárias, com o aumento das tarifas, que elevava os preços dos produtos importados, e também através da proibição de se exportar matérias-primas que

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favorecessem o crescimento industrial do país concorrente;Ideal metalista – os mercantilistas defendiam a ideia de que a riqueza de um país era medida pela quantidade de ouro e prata que possuíssem. Na prática essa ideia provou não ser verdadeira.

Metalismo

Balança comercial Tipos de Mercantilismos

A Espanha adotou o mercantilismo metalista e enriqueceu com o ouro e a prata, explorados no continente americano, mas como não desenvolveu o comércio, a agricultura e a indústria, passou a importar produtos pagos com

ouro e prata. Como as importações superavam as exportações (déficit), a economia

espanhola no século XVII, entrou numa crise que durou um longo período. Na França o mercantilismo estava voltado para o desenvolvimento de

manufaturas de luxo para atender ao mercado espanhol e procurou expandir

suas companhias de comércio, bem como a construção naval. Essa política econômica ficou conhecida como mercantilismo industrial ou

colbertismo, referência ao ministro Colbert, quem mais a incentivou. Portugal foi o país que demonstrou maior flexibilidade na aplicação do

mercantilismo. No século XVI, com a descoberta do caminho marítimo para as Índias, pois em prática o mercantilismo comercial, comprando e revendendo mercadorias do Oriente.

Com a exploração das terras americanas, se tornou o pioneiro do

mercantilismo de plantagem, baseado na produção destinada ao mercado

internacional. No século XVIII, com o ouro de Minas Gerais, praticou o mercantilismo

metalista. Com a crise do ouro, surgiu o mercantilismo industrial, com a produção de artigos destinados ao abastecimento do mercado colonial.

Escravidão moderna

é uma expressão genérica aplicada às relações de trabalho, particularmente na história moderna ou contemporânea, segundo as quais pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob a ameaça de indigência, detenção, violência ou mesmo morte.

A escravidão moderna existe em todas as partes do mundo, movimentando 150 bilhões de dólares

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Trabalhadores em situação análoga à escravidão na Indonésia iStock/iStock

Cerca de 40,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram submetidas a atividades análogas à escravidão em 2016, segundo um relatório Índice Global de Escravidão 2018, publicado pela fundação Walk Free e apresentado na ONU nesta quinta-feira (19). No Brasil, são quase 370 mil pessoas.

No contexto do relatório, o conceito de escravidão moderna abrange um

conjunto de conceitos jurídicos específicos, incluindo trabalho forçado, servidão por dívida, casamento forçado, tráfico de seres humanos, escravidão e práticas semelhantes à escravidão.

De acordo com o documento, 71% das vítimas são mulheres, enquanto 29% são homens. Das 40,3 milhões de pessoas afetadas, 15,4 milhões estavam em casamentos forçados, enquanto 24,9 milhões se encontravam em condições de trabalho escravo. A Ásia representa 62% da estimativa global de pessoas em regime de escravidão.

A escravidão moderna é mais comum na Coreia do Norte e em outros regimes repressivos, mas as nações desenvolvidas também são responsáveis porque importam 350 bilhões de dólares em mercadoria produzidas em circunstâncias

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suspeitas, afirmou a fundação Walk Free. Na Coreia do Norte, por exemplo, 104 em cada mil pessoas viviam em tais condições.

Completam o ranking dos países com maior percentual de escravidão moderna em relação à própria população a Eritreia (93 para mil), o Burundi (40 para mil), a República Central Africana (22 para mil), o Afeganistão (22 para mil), a

Mauritânia (21 para mil), o Sudão do Sul (20,5 para mil), o Paquistão (17 para mil), o Camboja (17 para mil) e o Irã (16 para mil).

A Venezuela é, junto ao Haiti, o país com a maior incidência proporcional da escravidão moderna na América. Segundo o índice, 174 mil pessoas vivem nessa situação em território venezuelano, uma taxa de 5,6 para cada mil habitantes. Essa proporção é similar à do Haiti, onde 59 mil pessoas seriam vítimas – uma proporção amplamente acima da de outros países da região. O Brasil registrou uma taxa de apenas 1,8 pessoas em condição de escravidão moderna para cada mil habitantes. Por outro lado, em números absolutos, o Brasil detém a segunda maior quantidade de pessoas em regime escravocrata na região, com 369 mil habitantes. Os EUA registraram 403 mil pessoas (1,3 para mil).

No total, a organização estimou que quase 2 milhões de pessoas em toda a América estavam em 2016 em situação de escravidão – dois terços forçados a trabalhar. O número absoluto representa apenas 5% da estimativa global. No número absoluto de pessoas consideradas em regimes de escravidão moderna, Índia (7,99 milhões de indivíduos estimados), China (3,86 milhões), Paquistão (3,19 milhões), Coreia do Norte (2,64 milhões), Nigéria (1,39

milhões), Irã (1,29 milhões), Indonésia (1,22 milhões) e República Democrática do Congo (1,05 milhões) são os oito países acima de um milhão de "escravos". Por outro lado, Mauritânia, Luxemburgo, Suriname e Barbados são os quatro países com um número de casos estimados igual ou inferior a mil.

O Índice Global de Escravidão utiliza pesquisas de referência no mundo para estimar a prevalência da escravidão moderna em mais de 160 países. Pela primeira vez, o relatório se baseia também em dados comerciais sobre produtos em risco de ser produzidos pela escravidão moderna.

Quando as políticas de domínio de escravos não

funcionavam, havia a resistência escrava. Algumas formas

eram: formação de quilombos, fugas ou suicídios, magia,

assassinatos e sequestros de senhores, paralisações,

sabotagens e roubos.

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Escravidão no Brasil: formas de resistência

HISTÓRIA DO BRASIL

Resistência à escravidão

A resistência à escravidão por meio das revoltas, conforme

pontua o historiador João José Reis, não visava, exclusivamente, a

acabar com o regime de escravidão, mas, dentro do cotidiano dos

escravos, poderia ser utilizada

como instrumento de barganha. Sendo assim, essas revoltas dos

escravos buscavam, muitas vezes, corrigir excessos de tirania dos

senhores, diminuir o nível de opressão ou punir feitores

excessivamente cruéis|1|.

Muitas pessoas têm uma imagem de que os escravos africanos

aceitavam a escravização de maneira passiva, mas os

historiadores nos contam que a história foi bem diferente e os

escravos organizaram-se de diferentes maneiras para colocar

limites à violência a que eram submetidos no seu cotidiano.

Entre as diferentes formas de resistência dos escravos podem ser

mencionadas as fugas coletivas, ou individuais, as revoltas contra

feitores e seus senhores (que poderia ou não ter o assassinato

desses), a recusa em trabalhar, a execução do trabalho de

maneira inadequada, criação de quilombos e mocambos etc.

A resistência contra a escravidão já começava no embarque dos

africanos nos navios negreiros. O risco de revoltas dos africanos

nos navios negreiros era tão alto que os traficantes de escravos

diminuíam, deliberadamente, as porções de comida para reduzir

as possibilidades de revoltas, que aconteciam, geralmente,

quando o navio estava próximo da costa.

As revoltas dos africanos nos navios negreiros eram tão comuns

que os traficantes tinham na tripulação do navio intérpretes que

falavam os idiomas dos africanos e poderiam alertar em caso de

possibilidade de revolta dos aprisionados. As revoltas, porém, não

se resumiam apenas aos navios negreiros. Aqui no Brasil,

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Os historiadores costumam apontar que os escravos africanos

eram mais combativos que os escravos crioulos (nascidos no

Brasil), porque muitos dos africanos vinham de povos que tinham

um grande histórico recente de envolvimento com o combate e a

guerra. Esse foi o caso de nagôs e haussás. Apesar disso, os

escravos crioulos também se rebelavam e, ao longo de nossa

história, existem inúmeros exemplos disso.

Vejamos a seguir alguns exemplos de revoltas ao longo de nossa

história.

Revoltas violentas

As revoltas dos escravos eram, muitas vezes, voltadas contra seus senhores e feitores, podendo, inclusive, resultar na morte deles.

Entre os exemplos de revoltas violentas que aconteceram, pode

ser mencionada uma revolta que aconteceria na Bahia em 1807,

mas que foi sufocada antes de se iniciar. Essa revolta foi

descoberta em maio de 1807, e os escravos que se rebelariam

planejavam dominar a cidade de Salvador. Além disso, entre os

planos dos escravos constava o ataque a igrejas católicas e

destruição de imagens dos santos.

Essa revolta foi planejada por escravos haussás que também

planejavam instaurar um líder muçulmano no poder. Também

na Bahia, em 1814, outra revolta violenta foi realizada pelos

africanos, na qual os revoltosos reunidos em um quilombo foram

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para as fazendas na região reunir-se com escravos que estavam os

esperando. Depois, passaram a destruir tudo o que encontravam

pelo caminho, incluindo uma vila chamada Itapuã. Acabaram

sendo reprimidos, posteriormente, e alguns dos envolvidos foram

executados.

Outra revolta que estava sendo organizada pelos escravos, mas

que acabou sendo descoberta e duramente reprimida, foi a que

ocorreu em Campinas, em 1832. Na ocasião, as autoridades

descobriram que uma grande revolta de escravos estava para

acontecer em 15 grandes propriedades da região. Nessa revolta,

os escravos planejavam matar os seus senhores para

conquistarem a sua liberdade.

Fugas

As fugas eram uma outra estratégia utilizada pelos escravos e

poderiam ser individuais e coletivas. As fugas individuais eram

mais complicadas, porque aquele que a realizasse só conseguiria

ter sucesso caso se embrenhasse no mato e lá sobrevivesse.

Muitos procuravam alcançar grandes quilombos estabelecidos. As

fugas individuais tornaram-se uma estratégia comum no século

XIX, como as fugas dos escravos eram constantes, eles se

instalavam em grandes cidades – como Salvador – e passavam-se

por libertos.

As fugas foram uma estratégia de resistência muito comum nas

décadas de 1870 e 1880, por conta do fortalecimento do

movimento abolicionista. Os escravos sentiam-se motivados a

fugir e muitas vezes eram de fatos incentivados por outros

escravos que haviam fugido ou por integrantes de associações

abolicionistas, que davam suporte para escravos que fugiam.

O historiador Walter Fraga afirma que, na década de 1870,

intensificaram as fugas com o objetivo de acionar as

autoridades para mediar conflitos com seus senhores. Walter

Fraga cita que nessas fugas os escravos “recorriam às autoridades

policiais para pedir proteção nas disputas judiciais, interditar a

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venda […] de parentes, mediar conflitos com os senhores e

denunciar maus-tratos”|2|.

Os escravos que fugiam e mudavam-se para as cidades tinham

como objetivo camuflar-se em meio à população negra presente e

buscavam encontrar todo tipo de emprego que fosse possível de

ser executado.

Quilombos

Outra forma de resistência dos escravos foi com a formação

de quilombos e mocambos. As duas palavras têm origem em

idiomas africanos. Mocambo significa “esconderijo”, enquanto que

quilombo era utilizado para se referir a um acampamento

militarizado. Essa estrutura surgiu no Brasil, em meados do século

XVI, e se popularizou depois do

Quilombo dos Palmares

.

O primeiro quilombo registrado, conforme afirma o historiador

Flávio dos Santos Gomes, surgiu em 1575 na Bahia|3|. Na visão

dos portugueses e colonos, os quilombos eram

basicamente agrupamentos que reuniam escravos fugidos. Os

quilombos mantinham relações comerciais importantes com

outros quilombos e também com pessoas livres.

Existiam quilombos que sobreviviam do que era cultivado e do

que era retirado das matas, enquanto que outros optavam por

sobreviver de assaltos e ataques contra a população livre em

estradas ou realizando ataque contra engenhos. Os quilombos

desenvolviam-se em locais isolados e de difícil acesso, e grande

parte dos membros de um quilombo eram escravos fugidos de

uma mesma região ou de um mesmo senhor.

Alguns quilombos de destaque na história do Brasil foram

o Quilombo dos Palmares, Quilombo do Jabaquara, Quilombo

Buraco do Tatu, Quilombo do Leblon. O Quilombo dos Palmares

foi o maior quilombo da história da resistência à escravidão no

Brasil e chegou a contar com 20 mil habitantes. Foram realizados

ataques contra esse quilombo, ao longo de todo o século XVII, e o

último ataque, realizado em 1694, colocou fim a esse quilombo.

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Os quilombos causavam grande temor nas autoridades coloniais e,

por isso, foram duramente reprimidos. O caso do Quilombo dos

Palmares, novamente, foi simbólico, porque

mobilizou portugueses e holandeses (no período em que se

instalaram em Pernambuco), mas resistiu durante décadas.

Outras formas de resistência

A resistência dos escravos contra sua escravização não se resumia

apenas nas formas abordadas no texto, mas também

incluíam suicídios, abortos (para impedir que seus filhos fossem

escravizados) e a simples desobediência. No caso da

desobediência, Walter Fraga menciona dois casos do final do

século XIX que valem ser destacados|4|:

1. No Engenho Benfica, na Bahia, os escravos do conde

Subaé recusaram-se a obedecer às ordens do feitor para

que realizassem a limpeza da plantação de cana. Os

escravos recusaram-se a trabalhar durante três dias

seguidos – mesmo sendo punidos com castigos físicos.

2. No Engenho de São Bento de Inhatá, também na Bahia,

os escravos rebelaram-se contra o feitor após ele exigir

que trabalhassem no domingo (dia do descanso). Na

confusão, um dos escravos e o feitor morreram.

|1| REIS, João José. Revoltas escravas. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 392. |2| FRAGA, Walter. Encruzilhadas da liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia (1870-1910). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, p. 47.

|3| GOMES, Flávio dos Santos. Quilombos/Remanescentes de Quilombos. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 367.

|4| FRAGA, Walter. Encruzilhadas da liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia (1870-1910). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, p. 43.

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Uma das formas de resistência dos escravos eram as revoltas

nos engenhos e fazendas onde trabalhavam, que visavam à

liberdade ou um tratamento digno.

Referências

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