Prof. Eng. Marcos Paulo P. de Oliveira Desenho Técnico Mecânico
Apostila de Desenho Técnico
Mecânico
Introdução
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e é um ramo especializado do desenho, caracterizado pela sua normalização e pela apropriação que faz das regras da geometria.
Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura.
Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exigem treinamento específico.
Exemplo:
Estas vistas, neste caso, garantem o total entendimento do desenho. A peça será construída a partir dela.
Esta projeção será estudada em um capítulo específico.
Verifique, na figura abaixo, se você imaginou certo o perfil da peça.
Peça desenhada em 3D (Três Dimensões).
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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
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A importância do Desenho Técnico
Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos de engenharia, a viabilização de boas idéias depende de cálculos exaustivos, estudos econômicos, análise de riscos e muito mais.
Na maioria dos casos as idéias são resumidas em desenhos que representam o que deve ser executado ou construído ou apresentadas em gráficos e diagramas que mostram os resultados dos estudos feitos.
Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está intimamente ligado à expressão gráfica. O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada não só para apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem substituir cálculos complicados.
Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o ensino de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação dos engenheiros ou técnicos, pois, além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias concebidas por alguém sejam executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de organização.
Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade técnica irá depender de uma forma ou de outra, do desenho técnico.
A Origem do Desenho Técnico
A representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais evoluiu gradualmente através dos tempos. Conforme histórico feito por HOELSCHER, SPRINGER E DOBROVOLNY (1978) um dos exemplos mais antigos do uso de planta e elevação está incluído no álbum de desenhos na Livraria do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de 1490.
No século XVII, por patriotismo e visando facilitar as construções de fortificações, o matemático francês Gaspar Monge, que além de sábio era dotado de extraordinária habilidade como desenhista, criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre os elementos do plano e do espaço. O sistema criado por Gaspar Monge,
publicado em 1795 com o título“Geometrie Descriptive” é a base da linguagem utilizada pelo Desenho Técnico.
No século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi necessário normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-la numa linguagem gráfica internacional, que simplificasse a comunicação e viabilizasse o intercâmbio de informações tecnológicas.
Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da International Organization for Standardization (NORMA ISO) normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia e da arquitetura, chamando-a de Desenho Técnico.
Nos dias de hoje a expressão “desenho técnico” representa todos os tipos de desenhos utilizados pela engenharia incorporando também os desenhos não projetivos (gráficos, diagramas, fluxogramas, dentre outros).
De acordo com a área o desenho projetivo aparece com vários nomes que correspondem a alguma utilização específica.
Exemplos: Desenho Mecânico Desenho Elétrico/Eletrônico Desenho Arquitetônico Desenho de Máquinas Desenho de Estruturas Desenho de Tubulações
Normas Utilizadas em Desenho Técnico
NBR 10647 - Desenho Técnico – Norma Geral.
NBR 10067 – Princípios gerais de representação em Desenho Técnico. NBR 10068 - Folha do Desenho – Layout e Dimensões.
NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico.
NBR 10582 - Apresentação da Folha para Desenho Técnico.
NBR 11534 – Representação de Engrenagens em Desenho Técnico. NBR 12298 – Hachuras em Desenho Técnico.
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NBR 6158 - Sistema de Tolerâncias e Ajustes.
NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura. NBR 7191 - Normalização para obras de concreto. NBR 8196 - Emprego de Escalas.
NBR 8402 - Execução de Caracteres para Escrita de Desenho Técnico. NBR 8403 - Aplicação de Linhas em Desenhos – Tipo e Espessura. NBR 8404 - Indicação do estado de superfície em Desenho Técnico. NBR 8993 - Representação de Partes Roscadas em Desenho Técnico.
Tipos de Desenho
1. De acordo com o aspecto geométrico
1.1. Desenho Projetivo
Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho, compreendendo:
a) Vistas Ortográficas:
Figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a forma do mesmo com seus detalhes.
b) Perspectivas:
Figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único plano, com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto.
2. Desenho “NÃO” Projetivo
Desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre as figuras que constituem e o que é por ele representado, compreendendo larga variedade de representações gráficas, tais como:
a) Diagrama b) Esquemas c) Ábacos ou nomogramas d) Fluxogramas e) Organogramas f) Gráficos a) Diagrama
Desenhos no qual valores funcionais são representados em um sistema de coordenadas.
b) Esquema
Figura que representa não a forma dos objetos, mas as suas relações e funções.
c) Ábaco ou nomograma
Gráfico com curvas apropriadas mediante o qual se podem obter as soluções de uma equação determinada pelo simples traçado de uma ou mais retas.
d) Fluxograma
Representação gráfica de uma seqüência de operações.
e) Organograma
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organização, ou de um serviço, e que indica os arranjos e as inter-relações de suas unidades constitutivas.
f) Gráfico
Representado por desenho ou figuras geométricas. É um conjunto finito de pontos e de segmentos de linhas que unem pontos distintos.
3. Quanto ao grau de elaboração
3.1. Esboço
Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras.
3.2. Desenho Preliminar
Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração do projeto, sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto.
3.3. Croqui
Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade.
3.4. Desenho Definitivo
Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos necessários á sua compreensão.
4. Quanto ao grau de pormenorização – (Grau de Detalhamento).
4.1. Desenho de componente
Desenho de um ou vários componentes representados separadamente.
4.2. Desenho de conjunto
4.3. Detalhe
Vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo.
5. Quanto ao material empregado
Desenho executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material adequado.
6. Quanto à técnica de execução
Desenho executado manualmente (à mão livre ou com instrumento) ou à máquina.
7. Quanto ao modo de obtenção
7.1. Original
Desenho matriz que serve para reprodução.
7.2.
ReproduçãoDesenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, compreendendo:
7.2.1. Cópia - reprodução na mesma escala do original. 7.2.2. Ampliação - reprodução maior que o original. 7.2.3. Redução - reprodução menor que o original.
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Material de Desenho
O conhecimento do material de desenho técnico e os cuidados com ele são fundamentais para a execução de um bom trabalho. A maneira correta de utilizar esse material também, pois as qualidades e defeitos adquiridos pelo estudante, no primeiro momento em que começa a desenhar, poderão refletir-se em toda a sua vida profissional.
Os principais materiais de desenho técnico são:
O papel; O lápis; A borracha; A régua.
O Papel
Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são padronizados obedecendo as normas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O formato básico, designado por A0 é o do retângulo de lado medindo 841 e 1189 mm, tendo área de 1 m². A partir deste formato derivam os demais.
Existem ainda formatos menores que A4 e maiores que A0.
Figura Ilustrativa:
Tabela:
F o r m a t o D i m e n s õ e s M a r g e m Comprimento da legenda Espessura da Linha E s q u e r d a O u t r a s Margem A0 841 x1189 25 10 175 1,4 A1 594 x 841 25 10 175 1,0 A2 420 x 594 25 7 178 0,7 A3 297 x 420 25 7 178 0,5 A4 210 x 297 25 7 178 0,4Prof. Eng. Marcos Paulo P. de Oliveira e-mail: mppofei@yahoo.com.br
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Dobramento do Papel
Nos formatos maiores do que o A4 será feito o dobramento da folha.
Efetua-se o dobramento a partir d o lado d (direito), em dobras verticais d e 185mm. A parte a é dobrada ao meio.
Para não perfurar a parte superior nos formatos A0, A1 e A2 faz se uma dobra triangular.
Indicação “direito”
Indicação “a” Dobrar
Grafitas utilizadas para o Traçado
As grafitas são classificadas em macias, médias e duras. Elas são especificadas por letras ou numerais e letras.
A Borracha
A borracha é um instrumento de desenho que serve para apagar. Ela deve ser macia, flexível e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar.
A Régua
A régua é um instrumento de desenho que serve para medir o modelo, dependendo de sua precisão, e transportar as medidas obtidas para o papel, quan do o mod elo ex igir maio r precis ão utiliz arem os o ut ros inst ru ment os, como o paq uímet ro.
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Desenho Técnico Mecânico
ABCDEFGHIJKLMNOPQ
RSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvw
xyz
Caligrafia Técnica
Caligrafia técnica são caracteres usados para escrever legível e facilmente desenhável.
O traçado das letras pode ser horizontal.
Exemplo de letras maiúsculas
Exemplo de letras minúsculas
Exemplo de algarismos
Proporção nas letras
(Fonte “Arial” do Software Microsoft Word
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ABCDEFGHIJKLMNOPQ
RSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvw
0123456789
Caligrafia Técnica
técnica são caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve
traçado das letras pode ser no sentido vertical ou com uma inclinação de 65° a 75°
letras maiúsculas
letras minúsculas
Fonte “Arial” do Software Microsoft Word)
Inclinação de 75º com a Horizontal
Sem Inclinação mail: mppofei@yahoo.com.br
12 caligrafia deve ser
de 65° a 75° com a
Inclinação de 75º com a Horizontal
Figuras Geométricas
Desde o início da história do mundo, o homem tem se preocupado com a forma, a posição e o tamanho de tudo que o rodeia.
Essa preocupação deu origem à geometria que estuda as formas, os tamanhos e as propriedades das figuras geométricas.
Figura geométrica é um conjunto de pontos.
Veja abaixo duas figuras geométricas.
As figuras geométricas podem ser planas ou espaciais (sólidos geométricos). Uma das maneiras de representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. O desenho técnico permite representar peças de oficina, conjuntos de peças, projetos de máquinas, etc.
Para compreender as figuras geométricas é indispensável ter algumas noções de ponto, linha, plano e espaço.
Ponto
O ponto é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto observando:
Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel; Um sinal que a ponta do lápis imprime no papel.
Graficamente temos um ponto através do cruzamento de duas linhas
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Linha
As linhas podem ser curvas ou retas.
Linha reta ou reta
A reta não tem início nem fim, ela é infinita.
Através do ponto A definem-se duas semi – retas.
Ponto A
Semi-Reta
Semi-reta
A semi-reta sempre tem origem mas não tem fim, conforme ilustrado na figura acima.
Segmento de Reta
Trecho da reta. Entre os pontos A e B temos um segmento de reta.
De acordo com a posição no espaço, a reta pode ser:
Plano ou superfície plana
O plano é também chamado de superfície plana.
Assim como o ponto e a reta, o plano não tem definição, mas é possível ter uma idéia do
plano.
É comum representar o plano da seguinte forma:
De acordo com sua posição no espaço, o plano pode ser:
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Figuras planas
As figuras planas têm várias formas. com sua forma:
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figuras planas têm várias formas. O nome das figuras planas varia
Horizontal
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16 nome das figuras planas varia de acordo
Sólidos Geométricos
O sólido geométrico é formado por figuras planas que s e sobrepõem umas às outras.
As principais características do sólido geométrico são as três dimensões: comprimento, largura e altura.
Exemplos de Prismas:
Prismas são sólidos geométricos que recebem o nome da figura que o gerou.
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Pirâmide
A pirâmide é outro tipo de sólido geométrico. Ela é formada por um conjunto de planos que decrescem infinitamente.
Elementos da Pirâmide
Prisma Quadrangular (Cubo) Prisma Hexagonal
Tipos de Pirâmide
Existem diferentes tipos de pirâmide. Cada tipo recebe o nome da figura plana que lhe deu origem.
Sólido de revolução
O sólido de revolução é outro tipo de sólido geométrico. Ele se forma pela rotação da figura plana em torno de seu eixo.
A figura plana que dá origem ao sólido de revolução é chamada figura geradora. As linhas que contornam a figura geradora são chamadas linhas geratrizes.
Pirâmide Triangular
Pirâmide Quadrangular
Pirâmide Retangular
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Os sólidos de revolução são vários. Entre eles destacamos:
O cilindro. O cone. A esfera.
Cilindro -
é o sólido de revolução cuja figura geradora é o retângulo.Cone -
é o sólido de revolução cuja figura geradora é o triângulo.Perspectiva
Perspectiva é a representação gráfica dos objetos tridimensionais. Ela pode ser feita de várias maneiras, com resultados diferentes, que se assemelham mais ou menos à visão humana.
Abaixo estão sendo mostrados três tipos de perspectivas:
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Características de cada uma delas:
Perspectiva Isométrica:
Perspectiva Cavaleira:
Perspectiva Dimétrica:
Comprimento: Escala 1:1. Largura: Escala 1:2. Altura: Escala 1:1. Ângulo α = 45º. Comprimento: Escala 1:1. Largura: Escala 1:1. Altura: Escala 1:1. Ângulo α = 30º. Ângulo β = 30º. Comprimento: Escala 1:1. Largura: Escala 1:2. Altura: Escala 1:1. Ângulo α = 42º. Ângulo β = 7º.Perspectiva Isométrica
Perspectiva isométrica é o processo de representação tridimensional em que o objeto se situa num sistema de três eixos coordenados (axonometria). Estes eixos fazem entre si um ângulo de 120º, conforme ilustrado na figura abaixo.
Eixos Isométricos:
Figura Ilustrativa de um cubo:
Círculo Isométrico
Para a construção da perspectiva do circulo é necessária a construção de uma das faces do cubo isométrico, que possui arestas do tamanho do diâmetro do círculo que se vai desenhar.
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3 – Pelos pontos 1 e 2 traçar linhas até os pontos médios opostos definindo os pontos 3 e 4.
4 – Pelos pontos 3 e 4 traçar os arcos de concordância.
Seqüência de construção:
Exercícios de Fixação
01)
02)
03)
04)
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06)
07)
09)
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Escala
Escala é a relação entre as medidas da peça e do desenho.
A escala é necessária porque nem sempre os desenhos são do mesmo tamanho das peças a serem construídas.
Assim, quando se trata de uma peça muito grande, o desenho é feito em tamanho menor com redução igual em todas as medidas e quando se trata de uma peça muito pequena há um aumento em todas as suas medidas, a este processo denominamos redução ou ampliação do desenho respectivamente.
Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça.
A indicação da escala do desenho é feita por numerais separados por dois pontos. O numeral à
esquerda dos dois pontos representa as medidas do desenho técnico. O numeral à direita dos dois pontos representa as medidas reais da peça.
Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça.
A relação entre o tamanho do desenho e o tamanho do objeto é de 1:1. As cotas não são alteradas pelo uso das escalas
Escalas recomendadas
Veja, a seguir, as escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196/1983.
CATEGORIA ESCALAS RECOMENDADAS
Escalas de ampliação 20:1 50 : 1 10:1 2:1 5:1 Escala natural 1:1 Escala de Redução 1:2 1:5 1:10 1:20 1:50 1 : 100 1 : 200 1 : 500 1 : 1 000 1 : 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000
Entendimento das Escalas:
Escala Natural
Escala 1:1 (lê-se Escala um pra um).
Escala de Redução
Escala 1:20 (lê-se Escala um para vinte).
Escala de Ampliação
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Sistemas de Projeções
Projeção é a representação
Projeção é a representação do objeto no papel com suas dimensões reais, permitindo sua construção
O objeto apresenta três dimensões e o plano de representação apresenta somente
Para a representação gráfica de um
operação e também necessitamos conhecer 3 elementos fundamentais:
1. O Modelo 2. O Observador 3. O Plano de Projeção
Em Desenho Técnico utilizamos 2 planos projeções:
a) Plano vertical (PV). b) Plano horizontal (PH). Modelo
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Sistemas de Projeções
Projeção é a representação gráfica de um objeto no plano
Projeção é a representação do objeto no papel com suas dimensões reais,
dimensões e o plano de representação apresenta somente
Para a representação gráfica de um objeto necessitamos de um artifício que justifique a operação e também necessitamos conhecer 3 elementos fundamentais:
utilizamos 2 planos, ortogonais entre si, para a representação das
vertical (PV). horizontal (PH).
Observador Plano de Projeção
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30 Projeção é a representação do objeto no papel com suas dimensões reais,
dimensões e o plano de representação apresenta somente duas.
objeto necessitamos de um artifício que justifique a
para a representação das Plano de Projeção
O método de representação de objetos em 2 planos perpendiculares entre si foi criado por um matemático francês chamado Gaspard Monge, por isso este método é também chamado de “Método Mongeano”.
A geometria descritiva foi criada por ele e esta serviu de base para o desenho Técnico. A intersecção de dois planos perpendiculares gerou os 4 diedros da geometria descritiva.
O q u e s ã o os d i e d r o s ?
Diedros são regiões limitadas por 2 planos perpendiculares entre si, um plano vertical (PV) e um plano horizontal (PH), ou seja, um objeto colocado em qualquer diedro terá as duas projeções vertical e horizontal.
Os diedros são numerados no sentido anti-horário (sentido contrário do movimento dos ponteiros do relógio).
Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método Mongeano, adota a projeção no 1º diedro.
No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) recomenda a representação no 1º diedro.
Ao interpretar um desenho técnico procure identificar, de imediato, em que diedro ele está representado.
O objetivo é visualizar o objeto em um só plano, então, é feita a chamada “épura” ou planificação do diedro, que consiste na rotação do plano horizontal no sentido horário enquanto o plano vertical..
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1º Diedro – Método Alemão
O modelo se encontra entre o observador e o plano de projeção.
Es t e sistema é também chamado D IN – Deutsch Insdustrie Nomen Normas Técnicas.
O símbolo indicativo do 1º Diedro é o seguinte:
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Método Alemão
O modelo se encontra entre o observador e o plano de projeção.
também chamado de “Método Europeu” e é adotado pela norma alemã Insdustrie Nomen e também pela ABNT – Associação Brasileira
O símbolo indicativo do 1º Diedro é o seguinte:
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32 O modelo se encontra entre o observador e o plano de projeção.
adotado pela norma alemã Associação Brasileira d e
Projeção Ortogonal
Cada plano recebe um nome de acordo com sua posição.
As projeções são chamadas vistas, conforme a ilustração a seguir. Estudaremos as projeções no 1º Diedro.
O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de projeção que gira para a direita é plano de projeção late
Exemplo do rebatimento nos planos
Projeção Ortogonal
Cada plano recebe um nome de acordo com sua posição.
projeções são chamadas vistas, conforme a ilustração a seguir. Estudaremos as projeções no 1º Diedro.
O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de projeção que gira para a direita é plano de projeção lateral.
Exemplo do rebatimento nos planos
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Tipos de Linhas
Para desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Vamos
b) Linha para arestas e contornos visíveis c) Linha para arestas e contornos
d) Linha de Centro e) Linha de simetria
a) Linha para arestas e contornos visíveis
É uma linha contínua e grossa.
b) Linha para arestas e contornos não
É uma linha tracejada e fina.
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Tipos de Linhas
Para desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Vamos citar algumas delas:
Linha para arestas e contornos visíveis Linha para arestas e contornos não-visíveis
Linha para arestas e contornos visíveis
É uma linha contínua e grossa.
Linha para arestas e contornos não-visíveis
tracejada e fina.
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34 citar algumas delas:
c) Linha de Centro
É uma linha fina formada por traços e pontos
f) Linha de simetria
É uma linha fina formada por traços e pontos alternados o modelo é simétrico.
Modelo simétrico:
No exemplo abaixo a peça é simétrica apenas em um sentido.
Linha de Centro
É uma linha fina formada por traços e pontos alternados
Linha de simetria
É uma linha fina formada por traços e pontos alternados o modelo é simétrico.
Modelo simétrico:
No exemplo abaixo a peça é simétrica apenas em um sentido. alternados.
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Abaixo segue um exemplo dos
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Abaixo segue um exemplo dos Tipos de Linhas
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Cotagem
Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho. Para a cotagem de um desenho são necessários alguns elementos:
a) Linhas de cota são linhas contínuas finas, com setas nas extremidades. As cotas são colocadas sobre estas linhas, mas não a tocam.
b) A linha de chamada é uma linha contínua fina que limita as linhas de cota.
c) Cotas são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.
Observe a figura abaixo:
Linha de Cota
Cota
Linha de Chamada Seta
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38 Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
Outros detalhes:
As cotas guardam uma pequena distância acima das linhas de cota. As linhas auxiliares também guardam uma pequena distância das vistas do desenho técnico.
Em desenho mecânico, normalmente a unidade de medida usada é o milímetro (mm), e é dispensada a colocação do símbolo junto à cota. Quando se emprega outra distinta do milímetro (por exemplo, a polegada), coloca-se seu símbolo.
Exemplo de uma peça cotada:
Cotagem de Raios:
Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a inclinação para facilitar a leitura.
Porém, é preciso evitar a disposição das linhas de cota entre os setores hachurados e inclinados de cerca de 30º.
Cotagem de elementos esféricos
A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus raios.
a) ESF = Esférico b) Ø = Diâmetro c) R=Raio
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40 Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
Cotagem de elementos angulares
Cotagem de ângulos em peças cilíndricas
Em eixos e à 45º.
Cotagem em espaços reduzidos
Para cotar em espaços reduzidos, é necessário colocar as cotas conforme os desenhos abaixo. quando não houver lugar para setas, estas substituídas por pequenos traços oblíquos.
Cotagem por faces de referência
A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.
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42 Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
Cotagem aditiva em duas direções:
Cotagem por coordenadas
Cotagem por linhas básicas
Furo X Y Ø 1 8 8 4 2 8 38 4 3 22 15 5 4 22 30 3 5 35 23 6 6 52 8 4 7 52 38 4
Cotagem de furos espaçados igualmente
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44 Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
Indicações especiais
Raio definido por outras cotas
O raio deve ser indicado com o símbolo R sem cota quando o seu tamanho for definido por outras cotas.
Cotas fora de escala
As cotas fora de escala, nas linhas de cota sem interrupção, devem ser sublinhadas.
Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos
A relação de conicidade 1:20 indica que a cada 20 milímetros do comprimento da peça, diminui-se um milímetro do diâmetro.
Desenho em Corte
Corte
Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre imaginário. ele permite ver as partes internas da peça.
Hachuras
Na projeção em corte, a superfície imaginária cortada é preenchida com hachuras.
Hachuras são linhas estreitas que, além de representarem a superfície imaginada cortada, mostram também os tipos de materiais.
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46 Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
Indicação do Corte
Corte na Vista FrontalCorte na Lateral Esquerda
Observações:
A expressão “Corte AA” é colocada embaixo da vista hachurada. As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas.
Na vista hachurada, as linhas tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não dificulte a leitura do desenho.
Mais de um Corte no desenho
Na vista Lateral esquerdaNa vista Frontal
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48 Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
Exemplo de Desenho em Corte
Outros exemplos de Corte
Corte Total
Pode – se aplicar o recurso do corte a qualquer uma de suas projeções (Elevação, Planta e lateral esquerda). O objeto será cortado por um plano de corte ou plano secante na posição adequada para que os detalhes internos sejam representados de forma clara e objetiva.
No exemplo abaixo o plano de corte adotado é um plano de simetria.
No caso abaixo a projeção em corte total é a elevação. A seção plana é destacada no desenho pelas linhas de hachura e a posição do plano de corte está indicada na planta.
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50 Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
Corte Total
O corte total é feito por um plano paralelo a um dos planos de projeção. A projeção em corte pode ser uma das projeções principais do objeto.
O traço do plano de corte é indicado por linha traço ponto estreita. È freqüente o uso da linha de centro ou eixo de simetria como indicação da posição do corte.
Nas extremidades da linha que indica o plano de corte são desenhados segmentos com traço largo, em que se apóiam as setas indicativas do sentido de rebatimento do plano de corte.
Ao lado das setas indicamos as letras que dão nome ao corte (AA, BB, etc).
Se a posição do plano de corte for muito evidente, sua
indicação pode ser omitida do desenho.
As linhas invisíveis além do plano de corte poderão ser omitidas se isto não impedir a correta interpretação do desenho.
Caso Particular
(Corte longitudinal em paredes finas)
São consideradas finas as paredes que formam as nervuras ou reforços e paredes, em geral, de espessuras sensivelmente mais finas que as medidas do objeto.
A seção plana destes elementos não deve receber hachuras quando o plano secante for longitudinal aos mesmos.
O exemplo abaixo mostra a diferença de análise entre o corte longitudinal e o transversal de uma nervura.
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Desenho Técnico Mecânico
Corte por Planos Paralelos
É aplicado nos casos em que os detalhes do objeto não podem ser cortados por um único plano de corte. Podem ser usados dois ou mais planos paralelos
mais adequada.
A vista representada em corte não delimita as seções definidas pelos diferentes planos utilizados. Esta vista se apresenta como se houvesse um único plano secante. As hachuras são desenhadas de forma contínua.
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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)
Corte por Planos Paralelos
É aplicado nos casos em que os detalhes do objeto não podem ser cortados por um único plano de corte. Podem ser usados dois ou mais planos paralelos que devem ser indicados na vista
A vista representada em corte não delimita as seções definidas pelos diferentes planos utilizados. Esta vista se apresenta como se houvesse um único plano secante. As hachuras são
A planta mostra a posição dos três planos de corte utilizados para seccionar os detalhes do objeto.
A elevação é representada como uma única seção.
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52 É aplicado nos casos em que os detalhes do objeto não podem ser cortados por um único
que devem ser indicados na vista
A vista representada em corte não delimita as seções definidas pelos diferentes planos utilizados. Esta vista se apresenta como se houvesse um único plano secante. As hachuras são
A planta mostra a posição dos três planos de corte utilizados
Corte Rotacionado
O corte rotacionado é feito com, pelo menos, dois planos de corte concorrentes. O objeto deve ter um núcleo básico de revolução, com detalhes distribuídos à sua volta, com a possibilidade de um dos planos de corte rebatido em torno do eixo do núcleo.
A vista em corte é desenhada após o rebatimento de um dos planos secantes.
No desenho abaixo a elevação é desenhada com as medidas de referência da planta, após o rebatimento.
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Meio Corte
O meio corte pode ser utilizado somente se o objeto for simétrico. A projeção representada em meio corte tem as seguintes características:
a) Do lado esquerdo do eixo de simetria desenha-se a meia vista do objeto. b) Do lado direito do mesmo eixo desenha-se o meio corte.
c) Na meia Vista não são representadas as linhas invisíveis.
A representação em meio corte contém metade da vista do objeto em corte e a outra metade em vista. A meia vista e o meio corte são separados pelo eixo de simetria.
A representação em meio corte pode ocorrer com o eixo de simetria na posição horizontal. Neste caso é recomendado pelo norma técnica desenhar a metade em corte abaixo do eixo de simetria.
A norma técnica não estabelece indicação para o meio corte.
Corte Auxiliar
O corte auxiliar ocorre quando o plano secante não é paralelo a nenhum dos planos de projeção. O corte auxiliar deve ser desenhado na direção definida pelas setas indicativas do sentido da projeção.
Corte Parcial
O corte parcial indica detalhes internos em uma vista do objeto e é delimitado pelo contorno do desenho e por linhas de ruptura. Não há necessidade de indicação para o corte parcial.
Corte Parcial
Corte Auxiliar
Linha de Ruptura – Sinuosa e Estreita Tradicional
para eixos
Outra opção
Ruptura
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