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Livro Eletrônico Aula 00 Regimento Interno p/ Senado Federal 2018 (Todos os Cargos) - Com videoaulas

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Aula 00

Regimento Interno p/ Senado Federal 2018 (Todos os Cargos) - Com videoaulas

Professores: Fabrício Rêgo, Victor Dalton

(2)

A ULA 00

R

EGIMENTO

I

NTERNO

Ð P

ARTE

1

SUMçRIO

SUMçRIO ... 1

APRESENTA‚ÌO ... 3

MƒTODO DA AULA ... 8

INTRODU‚ÌO: O PODER LEGISLATIVO E O SENADO FEDERAL ... 12

PODER LEGISLATIVO ... 15

CONCEITOS INTRODUTîRIOS ... 18

O REGIMENTO INTERNO ... 27

A SEDE DO SENADO FEDERAL ... 27

QUORUM ... 30

REUNIÍES PREPARATîRIAS ... 32

COMPETæNCIA CONSTITUCIONAL DO SENADO FEDERAL ... 38

QUESTÍES COMENTADAS ... 40

LISTA DE QUESTÍES Ð SEM COMENTçRIOS ... 47

REGIMENTO GRIFADO ... 54

MAPAS MENTAIS ... 57

(3)

A ULA 00 - C ONCEITOS I NTRODUTîRIOS

Ol‡, estudioso do EstratŽgia Concursos! Como vai?

J‡ est‡ se preparando para trabalhar no Senado Federal? ƒ melhor ir se acostumando com a ideia, pois essa Ž nossa meta para voc•! Veja bem onde ser‡

seu local de trabalho:

Seja muito bem-vindo ao curso de Regimento Interno do Senado Federal (RISF) voltado ao t‹o desejado concurso para ingresso nas carreiras deste —rg‹o legislativo. E por que o Senado? Alguns podem se perguntar...

Sem muitas delongas sobre o trabalho na Casa, te convido a acessar, abaixo, o Guia Completo das Carreiras Legislativas, onde encontra todo o material que o EstratŽgia Concursos vem produzindo para essa ‡rea. S‹o aul›es, webin‡rios, dicas de estudo, e muito mais. Mas n‹o se perca por l‡, volte para a aula.

TambŽm sugiro assistir ˆ aula que dei sobre Processo Legislativo, confira.

Copie e cole o link no navegador:

https://youtu.be/xRZyQDLOM80?t=5m53s

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https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/guia-completo-carreiras- legislativas/

Lembrando que nosso estudo Ž composto por um tripŽ: PDF, que Ž esse material que est‡ acessando, v’deoaulas e f—rum de dœvidas.

Registro, tambŽm, que alŽm do Regimento Interno do Senado, estudaremos aqui neste curso as seguintes matŽrias do edital anterior:

§! LC 95/98 Ð disp›es sobre a tŽcnica legislativa

§! Lei 1.579/52 e Lei 10.001/00 Ð normas relacionadas ˆs CPI«s

§! Lei 1.079/50 Ð disp›e sobre os crimes de responsabilidade

Permitam-nos realizar a nossa apresenta•‹o, bem como a apresenta•‹o do mŽtodo de trabalho que estamos propondo para sua aprova•‹o.

APRESENTA‚ÌO

Eu sou Victor Dalton Teles Jesus Barbosa. Minha experi•ncia em concursos come•ou aos 15 anos, quando consegui ingressar na Escola Preparat—ria de Cadetes do ExŽrcito, em 1999. Cursei a Academia Militar das Agulhas Negras, me tornando Bacharel em Ci•ncias Militares, 1¼ Colocado em Comunica•›es, da turma de 2003.

Em 2005, prestei novamente concurso para o Instituto Militar de Engenharia, aprovando em 3¼ lugar. No final de 2009, novamente me graduei, desta vez em Engenharia da Computa•‹o, sendo o 2¼ lugar da turma no Curso de Gradua•‹o.

Decidi ent‹o mudar de ares.

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Em 2010, prestei concursos para Analista do Banco Central e Analista de Planejamento e Or•amento, cujas bancas foram a CESGRANRIO e a ESAF, respectivamente. Fui aprovado em ambos os concursos e, ap—s uma passagem pelo MinistŽrio do Planejamento, optei pelo Banco Central do Brasil.

Em 2012, por sua vez, prestei concurso para o cargo de Analista Legislativo da C‰mara dos Deputados, aplicado pela banca CESPE, e, desde o in’cio de 2013, fa•o parte do Legislativo Federal brasileiro. Meu cargo Ž TŽcnica Legislativa, cujas especialidades s‹o o Regimento Interno da C‰mara e o Regimento Comum do Congresso Nacional. AlŽm disso, sou Especialista em Planejamento e Or•amento Governamental e em Direito Constitucional.

Por fim, sou coautor do Livro Miss‹o Aprova•‹o, publicado pela Editora Saraiva, que conta 10 hist—rias de sucesso em concursos pœblicos. Quem sabe algumas dessas hist—rias n‹o podem inspirar voc• em sua trajet—ria? Conhe•a a obra!

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Gostaria de dizer tambŽm que Ž uma satisfa•‹o enorme falar sobre a minha casa para voc•s. Sim, minha casa, pois o Senado, em conjunto com a C‰mara dos Deputados, comp›e o Congresso Nacional. Em minha vida pessoal e profissional, nunca vi dois —rg‹os distintos t‹o unidos, rs. Deputados e Senadores caminham de um lado para o outro, como se estivŽssemos em uma œnica instala•‹o. E j‡ te adianto algo: C‰mara e Senado s‹o cemitŽrios de concurseiros. Ou seja, morre o concurseiro, e vive o feliz servidor de carreira!

Rs.

E Ž com a experi•ncia de quem trabalha em uma Assessoria Partid‡ria, circulando por todos os setores da casa, e inclusive, comparecendo ˆs Comiss›es, sess›es plen‡rias da C‰mara e do Congresso Nacional, que eu me apresento para ÒconversarÓ sobre o RISF com voc•s. Agora Ž com voc• Fabr’cio!

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E eu sou Fabr’cio Sousa R•go. Sou Bacharel em Direito, alŽm de ter tido uma breve passagem pelo curso de Jornalismo. Profissionalmente, ocupei o cargo de Oficial de Justi•a Avaliador Federal no Tribunal de Justi•a do Distrito Federal e dos Territ—rios, em Bras’lia, certamente um dos melhores tribunais do pa’s para se trabalhar.

No EstratŽgia Concursos, sou professor das Carreiras Legislativas. No ‰mbito federal, fazemos a dobradinha, Victor e eu, ao passo que na CLDF e em todas as demais Assembleias para as quais temos curso, eu ministro o conteœdo dos regimentos. Dito de outra forma: eu respiro regimentos legislativos diariamente!

Minha carreira no servi•o pœblico come•ou aos 21 anos quando, ent‹o, ingressei no cargo de TŽcnico em Regula•‹o da Ag•ncia Nacional de Avia•‹o Civil.

Antes disso, havia sido aprovado para o cargo de Oficial de Dilig•ncias do MinistŽrio Pœblico do Tocantins, para o qual s— fui nomeado mais tarde, mas n‹o assumi. Ap—s a conclus‹o do meu curso superior, prestei alguns concursos de tribunais e logrei •xito em tr•s: Tribunal Regional do Trabalho da 10» Regi‹o e Supremo Tribunal Federal, ambos para o cargo de Analista Judici‡rio - çrea judici‡ria, bem como para o cargo que ocupo atualmente no TJDFT. Dentre eles, fui nomeado e exerci o cargo no STF, tendo atuado em gabinete de Ministro daquela Corte, passagem que rendeu muitos aprendizados. Em termos de p—s- gradua•‹o, meus estudos est‹o, hoje, no Direito Processual Civil.

Tenho a honra de ser coautor do livro "Lei do Processo Administrativo Federal Esquematizada", pela Editora MŽtodo, Grupo GEN, 2013.

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Antes de falar sobre nossa aula, gostaria de te chamar pra uma reflex‹o r‡pida que tem me tocado, como cidad‹o, nesse momento de amadurecimento pol’tico e responsabiliza•‹o de pol’ticos corruptos pelo qual passa a sociedade brasileira.

Para tanto, me valho das palavras de Leandro Karnal, fil—sofo e historiador eminente:

ÒN‹o existe pa’s com governo corrupto e

popula•‹o honesta!Ó Ð Leandro Karnal

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Essa frase calou fundo em mim e tem gerado uma sŽrie de reflex›es e mudan•as. Incomodou-me, como parte da popula•‹o brasileira, ser obrigado a concordar com esse pensamento.

Mas na sequ•ncia, recordei-me do pensamento de Mahatma Gandhi e, tambŽm, concordei:

Com isso, eu te pergunto:

Quer ser fazer parte dessa mudan•a de cultura?

Ent‹o comece por voc•: RATEIO DE MATERIAL ƒ PIRATARIA, ele viola os direitos autorais do trabalho feito por n—s, professores, e por toda a equipe do EstratŽgia.

MƒTODO DA AULA

Minha breve palavra de incentivo a voc•, caro amigo, Ž que a estratŽgia de estudo, associada ˆ disciplina, s‹o fundamentais para a aprova•‹o. De nada adianta estudar "de cabo a rabo" todo o edital, lendo todos os livros poss’veis e imposs’veis, sem possuir uma t‡tica, um foco, uma prepara•‹o otimizada,

ÒSeja voc• a mudan•a que quer ver no mundo!Ó Ð Mahatma Gandhi

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direcionada para aquilo que de fato importa. E aqui est‡ o pulo do gato do nosso curso: tenho a miss‹o de otimizar o seu aprendizado em Regimento Interno do Senado Federal. O que te proponho Ž um estudo sistematizado.

Explico.

Em primeiro lugar, sempre tenho como estratŽgia dar um enfoque diferenciado para o estudo dos regimentos internos. Parto do pressuposto de que as matŽrias "comuns" todos os demais concorrentes que est‹o aptos a serem aprovados possuem o dom’nio. Por outro lado, feliz ou infelizmente, poucas pessoas d‹o import‰ncia ao estudo do regimento, mas depois se questionam por que n‹o conseguem a t‹o sonhada aprova•‹o.

Pois bem, aqui j‡ come•a um diferencial, uma t‡tica: dar muita import‰ncia a esse requisito do edital, Regimento Interno. Mais do que mera decoreba, entend•-lo, pensar o regimento. ƒ nessa disciplina que voc•, que sonha em ingressar para o corpo de servidores do Senado Federal, ir‡ tirar a diferen•a de pontua•‹o em rela•‹o ˆ massa. Onde ninguŽm est‡ dando tanta aten•‹o, ou ao menos a aten•‹o devida, Ž onde voc• ir‡ se diferenciar.

Calma, sei que j‡ deve estar afoito para entrarmos no conhecimento propriamente dito da matŽria, mas essa introdu•‹o Ž importante para todo o desenvolvimento do nosso curso, para captar o "esp’rito da coisa". Continue lendo!

Nessa linha de racioc’nio, nos deparamos com um regimento do Senado totalmente diferenciado. Em primeiro lugar, a sua extens‹o pode, num primeiro momento, assustar: s‹o 95 p‡ginas de lei seca, 413 artigos!!!

Comparativamente, e de forma bruta (sem considerar os incisos, al’neas, par‡grafos), podemos rapidamente observar que a nossa Constitui•‹o Federal vigente, a de 1988, possui 250 artigos, pouco mais da metade do regimento. Ou seja, n‹o se trata de uma norma pequena, essa a que nos propomos estudar.

Seguimos o racioc’nio...

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O Regimento do Senado est‡ longe de ser uma norma de simples leitura apenas com sua letra seca. Ele est‡ permeado de conceitos e liga•›es com algumas outras normas, tais como: Regimento Comum, Regimento da C‰mara dos Deputados e, sem dœvida, com a Constitui•‹o Federal. AlŽm disso, h‡

pinceladas de outras matŽrias jur’dicas, como Direito Administrativo.

AlguŽm pode perguntar: Ah, professor, ent‹o eu tenho que estudar tudo isso para aprender o RISF?. A resposta Ž sim e n‹o. Sim: se voc• quiser entender bem o RISF e estar preparado para as inevit‡veis rela•›es que o examinador pode fazer numa quest‹o de prova, intentando saber o seu aprofundamento da matŽria, o dom’nio do funcionamento da Casa onde pretende trabalhar, Ž fundamental fazer o estudo comparativo com as normas acima. N‹o:

se voc• quiser decorar o texto do regimento, sabendo exatamente o que cada artigo diz, voc• n‹o precisa ter grandes conhecimentos das demais normas.

N‹o obstante, desaconselho de forma veemente a segunda resposta. Pense comigo: o Senado Federal Ž o —rg‹o do sonho de muita, mas muita gente espalhada pelo Brasil inteiro, pelos motivos j‡ elencados. S‹o milhares de candidatos. Ou seja, a concorr•ncia, por si s—, j‡ torna o concurso dif’cil, independente da prova aplicada. A banca examinadora, sabendo disso, precisa utilizar-se de critŽrios mais r’gidos para escolher os melhores. Assim, natural que ela use todas as ferramentas que o RISF possua.

Veja: voc• se prepara longamente, compra todos os cursos oferecidos pelo EstratŽgia Concursos, investe muito dinheiro para correr o risco de no dia da prova ficar pra tr‡s por conta de algumas quest›es de RISF que o examinador resolveu se aprofundar e exigir um conhecimento alŽm?! Eu nunca quis correr esse risco!

E aqui entra a tarefa do EstratŽgia Concursos e minha, pessoalmente.

Estou aqui para detalhar ao m‡ximo o t‹o denso texto do Regimento do Senado.

Mas n‹o Ž um simples detalhamento: te convido a pensar o regimento, a entender seu funcionamento, suas entranhas, a esmiu•ar seus termos tŽcnicos. Para isso

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irei sim me valer da Constitui•‹o e demais normas necess‡rias e te passar todo esse conteœdo em suas m‹os, pronto a ser absorvido por voc•.

Para tanto, claro, irei me valer de mapas mentais, gr‡ficos explicativos, quest›es inŽditas e tambŽm as que j‡ foram cobradas, tudo com o prop—sito de tornar o regimento algo mais palat‡vel a voc•, amigo estudioso. A partir da’, a leitura do RISF seco possibilitar‡ uma compreens‹o infinitamente mais ampla.

Vale lembrar, contudo, que a cobran•a de regimento sempre se d‡ com base na sua letra fria. Dessa forma, por mais que o incentive a pensar o regimento, fique atento ˆ letra da lei. Quest›es pr‡ticas ser‹o œteis quando voc• estiver l‡

trabalhando. Agora, temos que nos concentrar na letra do regimento e fazer as conex›es entre os seus dispositivos (pensar o regimento). Acredite em n—s: de nada vai adiantar ficar criando elucubra•›es sobre a aplica•‹o do regimento, sem o fito de entend•-lo para a prova.

Ah, professor, estou come•ando agora meus estudos e ainda n‹o estudei Constitui•‹o e Direito Constitucional, ent‹o fico com medo de n‹o conseguir acompanhar o curso!, algum aluno pode exclamar! Respondo:

essa Ž minha tarefa, caro aluno, trazer os pontos em comuns das matŽrias, de forma com que se familiarize com o RISF sempre tendo como pano de fundo o que a Constitui•‹o preceitua, em linguagem clara, simples. Por isso, te digo: ser‡

um curso completo e direcionado desde para quem j‡ tem familiaridade com o RISF e Direito Constitucional, assim como para quem est‡ iniciando e n‹o conhece ainda nada dessas disciplinas.

Portanto, eis aqui minha proposta de t‡tica para trabalharmos o Regimento Interno do Senado Federal e, nessa disciplina, te dar o melhor em termos de qualidade de conteœdo, marca peculiar do EstratŽgia Concursos.

Resumo do nosso mŽtodo:

1.!An‡lise de cada artigo do RISF;

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2.!Explica•‹o detalhada da correla•‹o dos institutos do regimento com outras matŽrias, tais como: RCN, RICD, CF/88, Constitucional, Administrativo, etc.;

3.!Atualiza•›es jurisprudenciais, sobretudo do STF, acerca de determinados pontos que possam contribuir para o entendimento do RISF;

4.!Mapas mentais inŽditos para revis‹o durante a prepara•‹o;

5.!Quest›es de concursos anteriores comentadas, alŽm de quest›es inŽditas;

6.!Destaques aos pontos importantes, poss’veis "cascas de bananas";

7.!Ao final de cada aula ser‡ inclu’do o texto do RISF trabalhado na aula, grifado.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

INTRODU‚ÌO: O PODER LEGISLATIVO E O SENADO FEDERAL

Inevit‡vel retomarmos alguns temas que servir‹o de base para avan•armos com seguran•a no nosso estudo do RISF, o que faremos em todo o curso, mas com •nfase maior nesta primeira aula.

A Constitui•‹o Federal de 1988 (CF/88) nos traz j‡ no seu artigo segundo o seguinte:

Art. 2¼ S‹o Poderes da Uni‹o, independentes e harm™nicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judici‡rio.

!

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Cristalina a mensagem da CF/88: n‹o existe hierarquia entre as tr•s importantes fun•›es do Estado, que Ž criar leis, execut‡-las e, em havendo conflitos, pacific‡-los, respectivamente. Aqui n—s temos o princ’pio da separa•‹o dos poderes, onde cada um Ž respons‡vel por sua fun•‹o originariamente definida pela Constitui•‹o.

No entanto, poder demais Ž sempre perigoso, n‹o Ž verdade? Em um Estado que tem como fundamento a harmonia entre os poderes, um regime democr‡tico de direito, deve ter algo que possibilite uma ameniza•‹o nos poderes, do contr‡rio ter’amos o risco de um ou outro "Poder" dominar os demais. Para tanto foi estabelecida a teoria dos freios e contrapesos.

A ideia Ž que um "Poder" seja respons‡vel por "cuidar" do outro, de forma que h‡, ao menos na teoria, um balanceamento entre seus poderes e deveres. E como isso Ž feito, na pr‡tica?

Como j‡ dito, cada —rg‹o tem sua fun•‹o na reparti•‹o de poderes dentro da Uni‹o, o que Ž conhecido como fun•‹o t’pica. Como forma de balancear isso, foram tambŽm definidas fun•›es at’picas, ou seja, que pertencem originalmente a outro "poder" mas a Constitui•‹o autoriza sua pr‡tica, evitando assim a inger•ncia de um poder sobre o outro, ao mesmo tempo em que h‡ um certo n’vel de controle entre eles. Vejamos:

§! Poder Executivo tem como fun•‹o t’pica a administra•‹o do Estado.

Como fun•‹o at’pica legislativa temos que o Executivo pode editar normas, tais como medidas provis—rias (art. 62 da CF/88) e leis delegadas (art. 68 da CF/88). A fun•‹o at’pica jurisdicional Ž, por exemplo, o julgamento dos processos administrativos que s‹o de sua compet•ncia.

§! Poder Legislativo tem como fun•‹o t’pica criar leis e fiscalizar o

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InquŽrito, fiscaliza•‹o de contas, etc.). Como fun•‹o at’pica executiva tem- se que o Legislativo Ž o respons‡vel por administrar suas pr—prias estruturas, abrir concursos para prover seus cargos, cuidar de seus pr—prios servidores. J‡ a fun•‹o at’pica jurisdicional Ž o julgamento, pelo Senado Federal, do crime de responsabilidade cometido por alguns agentes pol’ticos (art. 52, I e II da CF/88).

Sobre esse ponto, vale desde j‡ registrar que o RISF traz um cap’tulo especial dedicado ˆ fun•‹o at’pica do SF como —rg‹o jurisdicional, inclusive com t’tulo nesse sentido. Do art. 377 a 382 do regimento pode-se verificar o detalhamento das compet•ncias constitucionais do SF no que tange a essa matŽria.

§! Poder Judici‡rio tem como fun•‹o t’pica julgar, exercer a fun•‹o jurisdicional. J‡ como fun•‹o at’pica legislativa, os —rg‹os do judici‡rio s‹o respons‡veis por elaborar o seu pr—prio regimento interno. No ‰mbito da fun•‹o at’pica executiva, ele administra seu patrim™nio e pessoal.

Gente, esse princ’pio da separa•‹o dos poderes Ž t‹o fundamental para a sobreviv•ncia do Estado Democr‡tico que o Constituinte o fixou como cl‡usula pŽtrea, ou seja, n‹o poder‡ haver proposta de emenda ˆ constitui•‹o que intente abolir ou modificar a separa•‹o dos poderes (art. 60, ¤4¼, III da CF/88).

Alguns exemplos pr‡ticos da teoria de freios e contrapesos:

!O Congresso Nacional que autoriza o Presidente da Repœblica a declarar guerra (art. 49, II, CF/88);

!O CN, diretamente ou por qualquer uma de suas casas, fiscaliza os atos do Poder Executivo (art. 49, X);

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!Por outro lado, caso o Presidente da Repœblica envie ao CN projeto de lei de sua iniciativa exclusiva, n‹o poder‡, por parte dos parlamentares, realizar qualquer emenda que importe em aumento de despesas previstas no projeto (art. 63, I, CF/88).

PODER LEGISLATIVO

Como Ž composto o Poder Legislativo? A resposta est‡ no artigo 44 da CF/88:

Art. 44. O Poder Legislativo Ž exercido pelo Congresso Nacional, que se comp›e da C‰mara dos Deputados e do Senado Federal.

Ent‹o vemos a exist•ncia de um Congresso Nacional formado por duas Casas Legislativas (como tambŽm s‹o chamadas), o que se traduz em um sistema bicameral em ‰mbito federal (nos estados e munic’pios o sistema Ž unicameral).

Acerca da forma•‹o da C‰mara dos Deputados (CD), recomendo a leitura do art.

45 da CF/88.

O Senado Federal (SF) tem a fun•‹o de representar os Estados e o Distrito Federal, ao passo que a CD tem a fun•‹o de representar o povo. Veja:

ambos s‹o eleitos pelo povo atravŽs de elei•›es diretas, sendo que a œnica diferen•a Ž acerca das fun•›es constitucionais de cada Casa, o que Ž refletido em suas respectivas compet•ncias.

A CF/88 nos diz ainda que os Senadores ser‹o eleitos pelo princ’pio majorit‡rio. O que vem a ser isso? Bem, para um Senador ser eleito dever‡ ser o candidato mais votado dentro do seu estado-membro ou do DF. Ent‹o poder‡

haver segundo turno para Senadores? N‹o, nunca haver‡ segundo turno para o Senado Federal, haja vista que para esse cargo adotamos o sistema majorit‡rio simples.

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O sistema oposto a esse e aplicado ˆ CD Ž o proporcional, onde, na pr‡tica, o deputado Ž escolhido pelo nœmero de votos do partido. N‹o me aprofundarei nesse tema a fim de n‹o sair do nosso foco.

Cada Estado mais o DF ter‡ tr•s Senadores eleitos, formando um total de 81 Senadores em exerc’cio, sempre. As elei•›es para o Senado ocorrer‹o a cada 4 anos, mas nunca haver‡ a mudan•a completa de sua composi•‹o. Isso porque a cada elei•‹o ser‡ renovado 1/3 ou 2/3 do Senado. Explico.

Se na œltima elei•‹o foi escolhido, por exemplo, 1 Senador por Estado ou DF, na pr—xima ser‹o escolhidos 2 por cada unidade federativa, e assim sucessivamente. Ent‹o quer dizer que o mandato eleitoral do Senador Ž maior do que 4 anos? Bingo! O mandato dos Senadores ser‡ de 8 anos, de forma que a cada elei•‹o haver‡ uma "mixagem" entre Senadores novos e antigos. Assim, numa elei•‹o ser‹o eleitos 54 Senadores, enquanto na seguinte ser‹o 27.

Isso ocorre para sempre haver elei•›es para o Senado, caso contr‡rio seriam apenas a cada 8 anos. Aqui surge uma curiosidade: por que o mandato Ž de 8 anos, e n‹o de 4, como o dos deputados? Segundo Octaciano Nogueira no livro

"O Senado Federal em perguntas e respostas", publicado pelo SF, trata-se de uma quest‹o hist—rica. AtŽ o ano de 1889, o mandato dos Senadores era vital’cio, O STF decidiu em maio de 2015 que a perda de mandato em fun•‹o da mudan•a de partido pol’tico n‹o se aplica ao sistema majorit‡rio, sob pena de violar a soberania popular (vide Informativo n¼ 787). Assim, se um Senador trocar de partido durante seu mandato, ele n‹o o perder‡.

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enquanto o dos deputados era de 4 anos. Posteriormente (1889 em diante) o mandato dos Senadores passaram a ser de 9 anos, o que equivalia a 3 legislaturas, e, apenas com a Constitui•‹o de 1946, houve a mudan•a para os padr›es atuais.

Ademais, cada Senador ser‡ eleito juntamente com dois suplentes. ƒ uma elei•‹o autom‡tica: elegendo o Senador X, os seus suplentes estar‹o tambŽm eleitos "por tabela". O nome dos suplentes deve ser sempre adicionado aos materiais de campanha dos Senadores. Veremos mais ˆ frente como o RISF regulamenta a atua•‹o do suplente.

Vamos ˆ Constitui•‹o ver como est‹o dispostos os artigos elucidados acima:

Art. 45. A C‰mara dos Deputados comp›e-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Territ—rio e no Distrito Federal.

¤ 1¼ O nœmero total de Deputados, bem como a representa•‹o por Estado e pelo Distrito Federal, ser‡ estabelecido por lei complementar, proporcionalmente ˆ popula•‹o, procedendo-se aos ajustes necess‡rios, no ano anterior ˆs elei•›es, para que nenhuma daquelas unidades da Federa•‹o tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

¤ 2¼ Cada Territ—rio eleger‡ quatro Deputados.

Art. 46. O Senado Federal comp›e-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princ’pio majorit‡rio.

¤ 1¼ Cada Estado e o Distrito Federal eleger‹o tr•s Senadores, com mandato de oito anos.

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¤ 2¼ A representa•‹o de cada Estado e do Distrito Federal ser‡ renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois ter•os.

¤ 3¼ Cada Senador ser‡ eleito com dois suplentes.

CONCEITOS INTRODUTîRIOS

Vamos agora conhecer e fixar alguns conceitos fundamentais na continuidade do nosso estudo e com os quais estaremos sempre lidando durante o curso.

: Ž o tempo correspondente aos trabalhos legislativos, que corresponde a 4 anos. Funciona como um marco de in’cio e fim de trabalhos.

Observe que, no caso dos deputados federais, o tempo coincide com o seu mandato. J‡ no caso dos senadores, que tem mandatos de 8 anos, estes possuem duas legislaturas em seus mandatos. Portanto, fique atento pois ao se falar em legislatura, tecnicamente n‹o se trata de mandatos dos parlamentares, mas sim de trabalho legislativo.

Quando se inicia uma legislatura? Em 1¼ de fevereiro do ano subsequente ˆs elei•›es, sendo marcada pela primeira reuni‹o preparat—ria, quando tomam posse deputados e senadores eleitos. (veremos os detalhes dessa reuni‹o logo mais)

As legislaturas s‹o numeradas, seguindo uma ordem. Atualmente estamos na 55», que se iniciou em 1¼ de fevereiro de 2015 e se estende atŽ o dia 31 de janeiro de 2019.

: o que vem a ser esse termo que tanto lemos por a’? A Mesa (escrita com inicial maiœscula, caso contr‡rio significar‡ o objeto) Ž o —rg‹o m‡ximo do Senado Federal, tanto administrativamente quanto nas atividades

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legislativas. A Mesa do SF est‡ prevista no art. 46 do RISF e Ž composta por um Presidente, que ser‡ o Presidente do Senado, dois Vice-Presidentes e quatro Secret‡rios, todos Senadores. Por ora, deixo apenas esse esclarecimento para que saibam do que se trata este termo, j‡ que falaremos dele logo mais, sendo que a forma•‹o da Mesa e outros detalhes ser‹o trabalhados no decorrer do curso.

: corresponde, grosso modo, a um ano de atividades legislativas. Esse ano Ž dividido em per’odos legislativos, os quais s‹o: 2 de fevereiro a 17 de julho - RECESSO - 1¼ de agosto a 22 de dezembro. Ent‹o, a sess‹o legislativa ordin‡ria corresponde aos dois per’odos.

O SF ou a CD podem alterar essas datas, de acordo com a conveni•ncia, atravŽs de resolu•‹o/ mudan•a regimental? NÌO! Essas defini•›es est‹o na CF/88, art. 57, e s— podem ser alteradas mediante emenda ˆ Constitui•‹o.

E se o dia 2 de fevereiro recair num s‡bado, em determinado ano? Bem, nesse caso a reuni‹o ser‡ transferida para o primeiro dia œtil subsequente, o que tambŽm vale para a reuni‹o de 1¼ de agosto, ambas incluindo s‡bado, domingos e feriados.

Vamos ver como o RISF tratou a matŽria?

Art. 2¼ O Senado Federal reunir-se-‡:

I - anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1¼ de agosto a 22 de dezembro, durante as sess›es legislativas ordin‡rias, observado o disposto no art. 57 da Constitui•‹o;

II - quando convocado extraordinariamente o Congresso Nacional (Const., art. 57, ¤¤

6¼ a 8¼).

0

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Ademais, o ¤2¼ do art. 57 da CF/88 traz uma diretriz importante: sem a aprova•‹o do projeto de lei de diretrizes or•ament‡rias (LDO), n‹o haver‡

interrup•‹o da sess‹o legislativa no dia 17 de julho.

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-‡, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1¼ de agosto a 22 de dezembro.

¤ 1¼ As reuni›es marcadas para essas datas ser‹o transferidas para o primeiro dia œtil subseqŸente, quando reca’rem em s‡bados, domingos ou feriados.

¤ 2¼ A sess‹o legislativa n‹o ser‡ interrompida sem a aprova•‹o do projeto de lei de diretrizes or•ament‡rias. (...)

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: Ž a que funciona no per’odo do recesso, sempre decorrente de uma convoca•‹o extraordin‡ria.

As hip—teses est‹o previstas no art. 57 da CF/88. Aqui Ž importante frisar que a convoca•‹o ser‡ do Congresso Nacional (CN).

A primeira delas Ž por convoca•‹o do Presidente do Senado, nos seguintes casos: 1 - caso seja decretado estado de defesa; 2 - decreta•‹o de interven•‹o federal; 3 - pedido de autoriza•‹o para a decreta•‹o de estado de s’tio; 4- e, por fim, para compromisso e posse do Presidente e Vice-Presidente da Repœblica.

(quando da an‡lise das compet•ncias veremos um pouco dos institutos acima referidos)

Art. 57. (...)

¤ 6¼ A convoca•‹o extraordin‡ria do Congresso Nacional far-se-‡:

I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decreta•‹o de estado de defesa ou de interven•‹o federal, de pedido de autoriza•‹o para a decreta•‹o de estado de s’tio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da Repœblica;

A segunda hip—tese de convoca•‹o de sess‹o legislativa extraordin‡ria ser‡:

Art. 57. (...)

¤ 6¼ A convoca•‹o extraordin‡ria do Congresso Nacional far-se-‡:

(...)

II - pelo Presidente da Repœblica, pelos Presidentes da C‰mara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urg•ncia ou interesse pœblico relevante, em todas as hip—teses deste inciso com a aprova•‹o da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

(23)

Veja que nessa segunda possibilidade de convoca•‹o de sess‹o legislativa extraordin‡ria, sempre dever‡ haver a aprova•‹o pela maioria absoluta de cada uma das Casas, ou seja, da CD e do SF.

A Constitui•‹o diz ainda que s— haver‡ delibera•‹o sobre matŽria para a qual foi convocada, salvo se houver medidas provis—rias em vigor na data da convoca•‹o, quando elas ser‹o inclu’das automaticamente na pauta.

Os parlamentares receber‹o verbas indenizat—rias por participa•‹o nessa sess‹o legislativa extraordin‡ria, n‹o Ž?

NÌO! A CF/88 pro’be em seu ¤7¼ do art. 57 o pagamento de qualquer parcela indenizat—ria em raz‹o da convoca•‹o. ƒ uma pena! Rs.

Um estudioso desse nosso curso estava atentamente lendo o nosso material e ficou com a seguinte dœvida (captei no ar!! Rs): Professor, se o CN ser‡

convocado extraordinariamente para empossar o Presidente e o Vice, e levando em conta que nessa mesma elei•‹o foram eleitos senadores e deputados federais, quer dizer que os novos deputados e senadores tambŽm tomar‹o posse e, ao mesmo, receber‹o o compromisso do Presidente e Vice-Presidente da Repœblica?

Respondo: parabŽns, voc• est‡ atento ao estudo! Mas n‹o Ž bem assim.

O mandato dos parlamentares possui um atraso em rela•‹o ao mandato do Presidente. O mandato do Presidente come•a 1¼ de janeiro do ano subsequente ˆ elei•‹o, ano 1, e termina no dia 31 de dezembro do ano 4 (mesmo ano em que houve novas elei•›es, em outubro). J‡ o mandato dos parlamentares come•a sempre no dia 1¼ de fevereiro do ano subsequente ˆ elei•‹o, ano 1, e termina no dia 31 de janeiro do 5¼ ano, um m•s depois da posse do Presidente e do Vice.

(visualize melhor no mapa mental anterior)

Ent‹o, os respons‡veis pelo ato de empossar o Presidente e o Vice- Presidente da Repœblica ser‹o os parlamentares ainda da legislatura

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anterior. ƒ claro que h‡ que se levar em conta a peculiaridade dos senadores, j‡ que nem todos sair‹o neste per’odo por conta da renova•‹o parcial.

Pessoal, para prosseguir preciso de um refor•o na ATEN‚ÌO de voc•s para evitar confus›es durante o estudo do regimento. Venham aqui comigo e fique tranquilo que logo mais ter‡ um mapa mental resumindo tudo!!

ou apenas :

essa sess‹o Ž prevista no RISF e corresponde a um dia legislativo, dia de atividades. O art. 154, ¤1¼ do regimento nos traz essa defini•‹o, vejamos:

Art. 154. As sess›es do Senado podem ser:

I - deliberativas:

a) ordin‡rias;

(...)

¤ 1¼ Considera-se sess‹o deliberativa ordin‡ria, para os efeitos do art. 55, III1, da Constitui•‹o Federal, aquela realizada de segunda a quinta-feira ˆs quatorze horas e ˆs sextas-feiras ˆs nove horas, quando houver Ordem do Dia previamente designada.

Veja: antes est‡vamos nos referindo a sess‹o LEGISLATIVA ordin‡ria, que Ž algo maior, um ano legislativo. Aqui estamos vendo a sess‹o ordin‡ria, que Ž um dia de atividades. N‹o vamos entrar aqui nas minœcias da sess‹o

1 Art. 55, III da CF/88: Art. 55. Perder‡ o mandato o Deputado ou Senador: (...)III - que deixar de comparecer, em cada sess‹o legislativa, ˆ ter•a parte das sess›es ordin‡rias da Casa a que pertencer, salvo

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ordin‡ria, mas Ž importante desde j‡ conhecer as duas defini•›es para se familiarizar com os termos. Portanto, quando estivermos nos referindo ˆ sess‹o de trabalho, reuni›es do dia, ser‡ apenas sess‹o ordin‡ria ou sess‹o deliberativa ordin‡ria, pois Ž assim, inclusive, no texto do RISF. Por outro lado, para falarmos do ano de trabalho, sempre utilizaremos sess‹o legislativa ordin‡ria.

ou

: aqui n—s temos uma sess‹o de atividades fora do dia ou hora agendado para as sess›es ordin‡rias. ƒ muito importante entender que em nada se assemelha com a sess‹o LEGISLATIVA extraordin‡ria, da qual j‡ tratamos. Sobre a nomenclatura, repito o exposto anteriormente: quando estivermos nos referindo ˆ sess‹o de trabalho extraordin‡ria, fora do padr‹o das ordin‡rias, ser‡ apenas sess‹o extraordin‡ria ou sess‹o deliberativa extraordin‡ria, pois Ž assim, tambŽm, no texto do RISF. Por outro lado, para falarmos de convoca•‹o extra do Congresso Nacional, prevista na CF/88, sempre utilizaremos sess‹o legislativa extraordin‡ria.

Vejamos como isso est‡ exposto no RISF:

Art. 154. As sess›es do Senado podem ser:

I - deliberativas:

(...)

b) extraordin‡rias;

(...)

¤ 2¼ As sess›es deliberativas extraordin‡rias, com Ordem do Dia pr—pria, realizar-se-‹o em hor‡rio diverso do fixado para sess‹o ordin‡ria, ressalvado o disposto no ¤ 3¼.

¤ 3¼ O Presidente poder‡ convocar, para qualquer tempo, sess‹o extraordin‡ria quando, a seu ju’zo e ouvidas as lideran•as partid‡rias, as circunst‰ncias o recomendarem ou haja necessidade de delibera•‹o urgente.

Assim como a sess‹o ordin‡ria, trataremos dos detalhes da sess‹o extraordin‡ria em momento oportuno.

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: essas sess›es antecedem a abertura oficial dos trabalhos da SLO e servem para empossar os novos membros do SF bem como proceder • elei•‹o da Mesa da Casa. No RISF, tais sess›es recebem o nome de REUNIÌO PREPARATîRIA, sendo o sess‹o preparat—ria Ž a forma com que disp›e a CF/88. Como nosso estudo Ž RISF, fiquemos com o nome utilizado por ele. A data da reuni‹o ser‡ sempre a partir do dia 1¼ de fevereiro, um dia antes da abertura da sess‹o legislativa ordin‡ria, mas j‡

em nova legislatura. Ainda nesta aula iniciaremos o estudo completo das reuni›es preparat—rias.

Ap—s essa sopa de letrinhas, sugiro a voc• fazer uma pausa, descanse a mente e, ao voltar, leia novamente do in’cio dos temos apresentados. Isso dar‡

um tempo para o cŽrebro processar e, depois, fixar o entendimento. Sugiro n‹o apenas decorar os termos, pois na hora da prova, com tanta press‹o, poder‡ se confundir.

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(28)

O REGIMENTO INTERNO

O RISF vigente foi institu’do pela Resolu•‹o n¼ 93, do ano de 1970, tendo sido alterado ao longo desse tempo.

Como uma norma legal, o regimento interno se enquadra na espŽcie de ato normativo prim‡rio, ou seja, ele Ž previsto na CF/88, especificamente no art. 59, inciso VII, no mesmo artigo onde s‹o previstas outras normas prim‡rias, tais como emendas constitucionais, leis complementares, etc.

Obviamente que a compet•ncia privativa para a edi•‹o do regimento interno Ž do pr—prio —rg‹o, no caso, o Senado. No art. 52, inciso XII, a CF/88 nos traz essa compet•ncia de maneira expressa. A sua vota•‹o ser‡ exclusiva no Senado, bem como a promulga•‹o e publica•‹o.

AlŽm de regular algumas quest›es administrativas da Casa, o RISF constitui- se de verdadeiro instrumento para condu•‹o do processo legislativo no Senado, o que aumenta sua import‰ncia.

A SEDE DO SENADO FEDERAL

A sede do Senado Federal Ž Bras’lia, mais especificamente no Pal‡cio do Congresso Nacional (vide foto na abertura do curso, para quem n‹o conhece).

Isso est‡ expresso no primeiro artigo do RISF, vejamos:

Art. 1¼ O Senado Federal tem sede no Pal‡cio do Congresso Nacional, em Bras’lia.

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Par‡grafo œnico. Em caso de guerra, de como•‹o intestina, de calamidade pœblica ou de ocorr•ncia que impossibilite o seu funcionamento na sede, o Senado poder‡ reunir-se, eventualmente, em qualquer outro local, por determina•‹o da Mesa, a requerimento da maioria dos Senadores.

E a Constitui•‹o, o que fala a respeito? Ela fala de uma forma indireta, observem:

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-‡, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1¼ de agosto a 22 de dezembro.

Continuando, no par‡grafo œnico n—s vemos que em alguns casos o SF poder‡ reunir-se em qualquer outro local, por determina•‹o da mesa, a requerimento da maioria dos senadores.

Assim, vejamos as situa•›es provis—rias em que tais reuni›es s‹o autorizadas. Vamos list‡-las:

!Em caso de guerra;

O RISF NÌO AUTORIZA a mudan•a de sede, apenas a reuni‹o em local diverso, ou seja, o seu funcionamento tempor‡rio em outro local que n‹o a sede.

(30)

!Como•‹o intestina, vale dizer, como•‹o interna;

!Calamidade pœblica; ou

!Ocorr•ncia que impossibilite o seu funcionamento na sede.

Est‡ claro, portanto, que s‹o situa•›es tempor‡rias e altamente excepcionais, exigindo que a maioria dos senadores realizem o pedido e, ap—s, que a Mesa determine.

Foto: Senado Federal em pleno funcionamento!

==0==

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QUORUM

Uma vez que j‡ iniciaremos logo mais o estudo que demanda esse conhecimento, falaremos agora sobre os quoruns, o que s‹o, quais os tipos, como funcionam.

O quorum Ž a exig•ncia m’nima de nœmero de senadores que devem estar presentes para delibera•›es, aprova•‹o de matŽrias ou instala•‹o de reuni‹o.

Podem ser de maioria simples; maioria absoluta e quoruns qualificados.

A regra geral para as vota•›es no SF e na CD Ž de maioria simples de votos, o que Ž previsto diretamente no art. 47 da CF/882, a n‹o ser que haja disposi•‹o em contr‡rio.

A maioria simples nada mais Ž do que o voto da maioria para aprova•‹o, desde que presentes na vota•‹o a maioria absoluta dos membros. No SF a maioria absoluta Ž de 41 senadores. Assim, por exemplo, para as situa•›es que exijam a maioria simples de voto da Casa, basta ter ao menos 41 senadores na vota•‹o e, dentre eles, a metade vote favoravelmente, ou seja, 21 senadores, sendo estes a representa•‹o da maioria simples, nessa ocasi‹o. Exemplos:

aprova•‹o de projetos de lei ordin‡ria, resolu•‹o e medidas provis—rias.

O quorum de maioria absoluta Ž aquele que exige o voto da maioria absoluta dos membros para a aprova•‹o da delibera•‹o, independentemente do nœmero de presentes. Como j‡ sabemos, a maioria absoluta do SF Ž 41 senadores. Por exemplo: para que uma matŽria que exija maioria absoluta seja aprovada, Ž necess‡rio 41 votos favor‡veis, independente

2 Art. 47. Salvo disposi•‹o constitucional em contr‡rio, as delibera•›es de cada Casa e de suas Comiss›es ser‹o tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

(32)

da quantidade de parlamentares presentes na sess‹o. Exemplo: aprova•‹o de projetos de lei complementar.

Importante frisar que o quorum Ž exigido no RISF n‹o apenas para delibera•›es ou aprova•›es, mas tambŽm para instala•‹o de sess›es, como poderemos constatar no andamento do estudo.

Vejamos agora uma tabela produzida pelo SF e retirada do site, onde facilmente podemos identificar o nœmero de cada quorum fracionado com que nos depararemos durante o estudo do RISF.

Maioria simples A maioria, presente a maioria absoluta dos senadores

Maioria absoluta 41

3/5 49

2/3 54

1/6 14

1/10 9

1/20 4

1/3 27

2/5 33

Vale destacar que o art. 288 do RISF declina uma sŽrie de quoruns espec’ficos para delibera•›es do SF em suas compet•ncias constitucionais. Como

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se trata de estudo inicial e conceitual, permitam-me apresentar esse conteœdo mais ˆ frente, oportunidade em que trarei um quadro detalhado da matŽria.

REUNIÍES PREPARATîRIAS

Como j‡ afirmado, as reuni›es preparat—rias antecedem a inaugura•‹o da sess‹o legislativa ordin‡ria. A fim de continuarmos o estudo, vamos analisar o que nos diz a CF/88 bem como o RISF.

Art. 57 (...)

¤ 4¼ Cada uma das Casas reunir-se-‡ em sess›es preparat—rias, a partir de 1¼ de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e elei•‹o das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondu•‹o para o mesmo cargo na elei•‹o imediatamente subseqŸente.

J‡ o regimento diz:

Art. 3¼ A primeira e a terceira sess›es legislativas ordin‡rias de cada legislatura ser‹o precedidas de reuni›es preparat—rias (...)

IV - a primeira reuni‹o preparat—ria realizar-se-‡:

a) no in’cio de legislatura, a partir do dia 1¼ de fevereiro;

b) na terceira sess‹o legislativa ordin‡ria, no dia 1¼ de fevereiro;

V - no in’cio de legislatura, os Senadores eleitos prestar‹o o compromisso regimental na primeira reuni‹o preparat—ria; em reuni‹o seguinte, ser‡ realizada a elei•‹o do Presidente e, na terceira, a dos demais membros da Mesa;

VI - na terceira sess‹o legislativa ordin‡ria, far-se-‡ a elei•‹o do Presidente da Mesa na primeira reuni‹o preparat—ria e a dos demais membros, na reuni‹o!seguinte;

(34)

E a’, notaram alguma diferen•a? Claro, nŽ? Na CF/88 fala-se em reuni‹o preparat—ria apenas na primeira sess‹o legislativa, sendo que no RISF estipula- se uma na primeira e outra na terceira legislatura.

De fato, s‹o v‡rias reuni›es preparat—rias, cada uma com um objetivo. Isso pode ser conclu’do do texto do RISF. Veja: no in’cio da legislatura, antes de ser aberta a sess‹o legislativa ordin‡ria, ser‡ instalada a primeira reuni‹o preparat—ria, a qual empossar‡ os novos integrantes do SF (inciso V do art. 3¼).

Na sequ•ncia, haver‡ outra reuni‹o preparat—ria, agora para elei•‹o do Presidente do Senado. Por fim, haver‡ uma terceira reuni‹o preparat—ria para elei•‹o dos demais integrantes da Mesa Diretora do Senado.

Na terceira sess‹o legislativa ordin‡ria, ou seja, dois anos ap—s e j‡ no ano 3 da legislatura, haver‡ mais duas reuni›es preparat—rias: uma para elei•‹o do Presidente e uma segunda para elei•‹o da Mesa Diretora.

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Art. 3¼ A primeira e a terceira sess›es legislativas ordin‡rias de cada legislatura ser‹o precedidas de reuni›es preparat—rias, que obedecer‹o ˆs seguintes normas:

I - iniciar-se-‹o com o quorum m’nimo de um sexto da composi•‹o do Senado, em hor‡rio fixado pela Presid•ncia, observando-se, nas delibera•›es, o disposto no art. 288;

II - a dire•‹o dos trabalhos caber‡ ˆ Mesa anterior, dela exclu’dos, no in’cio de legislatura, aqueles cujos mandatos com ela houverem terminado, ainda que reeleitos;

Reunião preparatória

1ª SLO

1ª RP – Posse dos Senadores

2ª RP – eleição do Presidente

3ª RP – eleição dos demais membros

da Mesa

3ª SLO

1ª RP – eleição do Presidente

2ª RP – eleição dos demais membros

da Mesa

(36)

III - na falta dos membros da Mesa anterior, assumir‡ a Presid•ncia o mais idoso dentre os presentes, o qual convidar‡, para os quatro lugares de Secret‡rios, Senadores pertencentes ˆs representa•›es partid‡rias mais numerosas;

IV - a primeira reuni‹o preparat—ria realizar-se-‡:

a) no in’cio de legislatura, a partir do dia 1¼ de fevereiro;

b) na terceira sess‹o legislativa ordin‡ria, no dia 1¼ de fevereiro;

V - no in’cio de legislatura, os Senadores eleitos prestar‹o o compromisso regimental na primeira reuni‹o preparat—ria; em reuni‹o seguinte, ser‡ realizada a elei•‹o do Presidente e, na terceira, a dos demais membros da Mesa;

VI - na terceira sess‹o legislativa ordin‡ria, far-se-‡ a elei•‹o do Presidente da Mesa na primeira reuni‹o preparat—ria e a dos demais membros, na reuni‹o seguinte;

VII - nas reuni›es preparat—rias, n‹o ser‡ l’cito o uso da palavra, salvo para declara•‹o pertinente ˆ matŽria que nelas deva ser tratada.

(37)

O primeiro ponto a ser estudado Ž o quorum m’nimo para abertura da reuni‹o preparat—ria do dia 1¼ de fevereiro, que Ž de 1/6 da composi•‹o do SF. J‡ sabemos que essa fra•‹o corresponde a 14 senadores presentes para in’cio dos trabalhos.

O art. 288 citado no inciso I do art. 3¼ se refere aos quoruns para delibera•‹o l‡ constantes e, como j‡ dito, ser‡ trabalhado posteriormente.

Uma vez que ser‡ escolhida uma nova Mesa, a anterior dever‡ dirigir os trabalhos da reuni‹o. Ser‹o exclu’dos dessa composi•‹o da Mesa os senadores que tiverem encerrado os seus mandatos no dia anterior, 31 de janeiro (fim da legislatura anterior - vide mapa mental). Por —bvio, caso eles fossem integrantes da mesa, j‡ n‹o far‹o parte do corpo parlamentar.

Professor, e no caso de ser um senador reeleito que seja membro da Mesa?

Excelente! Pensemos: o senador Fulano de Tal era integrante da Mesa, mas seu mandato de 8 anos terminou. No entanto, esse mesmo senador foi reeleito, ent‹o, na pr‡tica, ele vai continuar no senado. Ser‡ que nesse caso ele pode compor a mesa, uma vez que n‹o teria havido altera•‹o de sua condi•‹o de senador com a reelei•‹o? NÌO!

Tanto o regimento quanto a CF/88 falam em reuni‹o preparat—ria "a partir do dia 1¼ de fevereiro", n‹o havendo nenhuma obrigatoriedade de ser neste dia.

Por outro lado, a SLO deve ser iniciada obrigatoriamente no dia 2 de fevereiro, nada impedindo que as reuni›es preparat—rias, por exemplo, ocorram neste dia.

Estamos estudando como marco o dia 1¼/2, mas Ž preciso que esta peculiaridade esteja clara. A œnica exig•ncia constitucional Ž que a preparat—ria ocorra antes da abertura da SLO e que esta, por sua vez, seja no dia 2/2.

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Isso porque, caro aluno, o mandato dele terminou e a instala•‹o da reuni‹o preparat—ria Ž justamente para empossar e tomar compromisso dos senadores eleitos na œltima elei•‹o. Ora, como, no nosso exemplo, o senador Fulano de Tal ir‡ empossar-se a si mesmo? No caso, o mandato dele acabou "ontem", dia 31 de janeiro, e enquanto ele n‹o tomar posse novamente, n‹o estar‡ investido no seu novo mandato.

Ent‹o, a reuni‹o iniciar-se-‡ com a Mesa "antiga", exclu’dos dela eventuais senadores reeleitos, esta Ž a mensagem que deve ser guardada.

E se todos os membros da Mesa tiveram seus mandatos encerrados ou faltarem? Nesse caso, assumir‡ a Presid•ncia o senador mais velho dentre os presentes e ele mesmo convidar‡ para os lugares de Secret‡rios outros senadores pertencentes ˆs representa•›es partid‡rias mais numerosas.

Por fim, o RISF afirma que nessas reuni›es n‹o ser‡ permitido o uso da palavra pelos senadores, a n‹o ser que seja para alguma declara•‹o pertinente ao ato.

1 - N‹o ser‡ o senador mais idoso da Casa, mas sim entre os presentes!

2 - veja que o RISF nada fala em preencher os cargos de Vice-Presidentes!

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COMPETæNCIA CONSTITUCIONAL DO SENADO FEDERAL

Caro aluno, vamos come•ar a nos familiarizar com as compet•ncias do Senado Federal? Como esta aula tem a proposta de apresentar uma vis‹o geral, acho prop’cio j‡ iniciarmos com o que preceitua a CF/88 sobre o assunto justamente para que se inicie essa familiaridade com o tema.

Registro que pontualmente trabalharemos, durante a aplica•‹o do RISF no curso, com a explica•‹o de cada compet•ncia, conforme elas forem se apresentando. N‹o obstante, vale, desde j‡, a leitura de t‹o importante artigo constitucional para o desenvolvimento do nosso curso.

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da Repœblica nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do ExŽrcito e da Aeron‡utica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justi•a e do Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico, o Procurador-Geral da Repœblica e o Advogado-Geral da Uni‹o nos crimes de responsabilidade;

III - aprovar previamente, por voto secreto, ap—s argŸi•‹o pœblica, a escolha de:

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constitui•‹o;

b) Ministros do Tribunal de Contas da Uni‹o indicados pelo Presidente da Repœblica;

c) Governador de Territ—rio;

d) Presidente e diretores do banco central;

e) Procurador-Geral da Repœblica;

f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

IV - aprovar previamente, por voto secreto, ap—s argŸi•‹o em sess‹o secreta, a escolha dos chefes de miss‹o diplom‡tica de car‡ter permanente;

V - autorizar opera•›es externas de natureza financeira, de interesse da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territ—rios e dos Munic’pios;

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VI - fixar, por proposta do Presidente da Repœblica, limites globais para o montante da d’vida consolidada da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios;

VII - dispor sobre limites globais e condi•›es para as opera•›es de crŽdito externo e interno da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Pœblico federal;

VIII - dispor sobre limites e condi•›es para a concess‹o de garantia da Uni‹o em opera•›es de crŽdito externo e interno;

IX - estabelecer limites globais e condi•›es para o montante da d’vida mobili‡ria dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios;

X - suspender a execu•‹o, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decis‹o definitiva do Supremo Tribunal Federal;

XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exonera•‹o, de of’cio, do Procurador-Geral da Repœblica antes do tŽrmino de seu mandato;

XII - elaborar seu regimento interno;

XIII - dispor sobre sua organiza•‹o, funcionamento, pol’cia, cria•‹o, transforma•‹o ou extin•‹o dos cargos, empregos e fun•›es de seus servi•os, e a iniciativa de lei para fixa•‹o da respectiva remunera•‹o, observados os par‰metros estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias;

XIV - eleger membros do Conselho da Repœblica, nos termos do art. 89, VII.

XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tribut‡rio Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administra•›es tribut‡rias da Uni‹o, dos Estados e do Distrito Federal e dos Munic’pios.

Par‡grafo œnico. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionar‡ como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condena•‹o, que somente ser‡ proferida por dois ter•os dos votos do Senado Federal, ˆ perda do cargo, com inabilita•‹o, por oito anos, para o exerc’cio de fun•‹o pœblica, sem preju’zo das demais san•›es judiciais cab’veis.

Fa•a bom proveito do material de estudo. Se ainda n‹o baixou o seu RISF,

fa•a o quanto antes. Segue o link:

http://www25.senado.leg.br/web/atividade/regimento-interno#/

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Espero que tenha gosta da aula, nos vemos em breve!

Bons estudos, Fabr’cio R•go

QUESTÍES COMENTADAS

1 - (CESPE - TJDFT - Juiz Substituto - 2016 - alterada) A convoca•‹o extraordin‡ria do Congresso Nacional Realizada pelo presidente do Senado Federal, em caso de relevante interesse pœblico, est‡ na margem de sua discricionariedade pol’tica, prescindindo-se, assim, de confirma•‹o. ( )

Resposta: ERRADO - A resposta est‡ no art. 57, ¤6¼, II da CF/88. Em todas as possibilidades de convoca•‹o previstas neste inciso haver‡ aprova•‹o da maioria absoluta de cada uma das Casas.

2 - (CESPE - TRE-RS - TŽcnico Judici‡rio - çrea Administrativa - 2015 - alterada) O Poder Legislativo Ž exercido pelo Congresso Nacional, composto pela C‰mara dos Deputados, onde atuam os representantes dos estados, e pelo Senado Federal, que se comp›e de representantes do povo. ( )

Resposta: ERRADO - Nessa quest‹o o examinador trocou os conceitos. Vamos lembrar: CD - representantes do povo; SF - representantes dos estados e DF.

3 - (FGV - TJ-PI - Analista Judici‡rio - çrea Administrativa - Analista Judicial) A Constitui•‹o da Repœblica disp›e que s‹o Poderes da Uni‹o, independentes e harm™nicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judici‡rio.

Nesse contexto, destaca-se que:

(A) h‡ exclusividade no exerc’cio das fun•›es legislativa, administrativa e jurisdicional, respectivamente, pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judici‡rio, em respeito ao princ’pio constitucional da separa•‹o dos Poderes;

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(B) h‡ exclusividade no exerc’cio das fun•›es legislativa e administrativa, respectivamente, pelos Poderes Legislativo e Executivo, mas a fun•‹o jurisdicional, em n’vel municipal, Ž exercida, em regra, pelo Poder Legislativo;

(C) n‹o h‡ exclusividade no exerc’cio das fun•›es pelos Poderes, podendo, por exemplo, o Legislativo, afora sua fun•‹o t’pica (normativa), praticar atos no exerc’cio de fun•‹o jurisdicional, como as decis›es finais dos Tribunais de Contas que t•m natureza de t’tulo executivo judicial;

(D) n‹o h‡ exclusividade no exerc’cio das fun•›es pelos Poderes, podendo, por exemplo, o Judici‡rio, afora sua fun•‹o t’pica (jurisdicional), praticar atos no exerc’cio de fun•‹o normativa, como a elabora•‹o dos regimentos internos dos Tribunais;

(E) n‹o h‡ exclusividade no exerc’cio das fun•›es pelos Poderes, podendo, por exemplo, o Executivo, afora sua fun•‹o t’pica (administrativa), praticar atos no exerc’cio de fun•‹o jurisdicional, como impeachment de membro do Legislativo.

Resposta: A letra D Ž a correta. A previs‹o constitucional est‡ no art. 96, I, a, sendo compet•ncia privativa dos tribunais elaborar seus regimentos em fun•‹o at’pica legislativa. Coment‡rios a outras assertivas: Letra B - em n’vel municipal n‹o existe fun•‹o jurisdicional. Letra C - o TCU, a despeito de ter o nome de Tribunal, n‹o exerce fun•‹o jurisdicional.

4 - (CESPE - TCE-RN - 2015) A respeito de conceito, classifica•›es e princ’pios fundamentais da Constitui•‹o, julgue o item a seguir.

O princ’pio da separa•‹o de poderes apresenta a dimens‹o positiva, que tra•a a ordena•‹o e a organiza•‹o dos poderes constitu’dos, e a dimens‹o negativa, que fixa limites e controles na rela•‹o entre os poderes. ( )

Resposta: CERTO. ƒ o desenho do sistema de freios e contrapesos.

5 - (FCC - TRE-PB - TŽcnico Judici‡rio - çrea Administrativa - 2015) Adotar-se-‡

o princ’pio majorit‡rio na elei•‹o para

(43)

(A) Presidente e Vice-Presidente da Repœblica, Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal, Prefeito e Vice-Prefeito.

(B) Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal, C‰mara dos Deputados, Prefeito e VicePrefeito.

(C) Senado Federal, C‰mara dos Deputados, Assembleias Legislativas e C‰maras Municipais.

(D) Presidente e Vice-Presidente da Repœblica, Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal e C‰mara dos Deputados.

(E) Senado Federal, C‰mara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Prefeito e Vice-Prefeito.

Resposta: Letra A - Acredito que essa quest‹o n‹o tenha gerado grandes dificuldades. No entanto, basta constatar que em todas as outras alternativas h‡

a "C‰mara dos Deputados" e j‡ sabemos que ela se pauta pelo sistema proporcional.

6 - (FCC - TRE-PB - TŽcnico Judici‡rio - çrea Administrativa - 2015) A Constitui•‹o prev•, diretamente, a compet•ncia do Senado Federal para aprovar a escolha de indicados para os cargos de:

(A) Ministros de Estado e dos Tribunais Superiores, Governador de Territ—rio e Presidente do Banco Central, sempre em vota•‹o secreta.

(B) Ministros dos Tribunais Superiores, Integrantes do Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico, Diretores do Banco Central e Presidentes da Caixa Econ™mica Federal e do Banco do Brasil, sempre em vota•‹o secreta.

(C) Ministros do Tribunal de Contas da Uni‹o, Defensor Pœblico-Geral da Uni‹o, Advogado-Geral da Uni‹o e Chefes de Miss‹o Diplom‡tica de car‡ter permanente, sempre em vota•‹o pœblica.

D) Ministros do Superior Tribunal de Justi•a, Procurador-Geral da Repœblica, Diretores do Banco Central e parte dos Integrantes do Conselho Nacional de Justi•a, sempre em vota•‹o secreta.

(44)

(E) Governador de Territ—rio, todos os Integrantes dos Conselhos Nacionais de Justi•a e do MinistŽrio Pœblico e Presidente do Banco Central, sempre em vota•‹o pœblica.

Resposta: Letra D - A aprova•‹o ser‡ sempre por voto secreto, mas precedida de argui•‹o pœblica, conforme prev• o art. 52, III da CF/88. Quanto ao integrante do CNJ, a disposi•‹o est‡ contida no art. 103-B, XIII, da CF/88, sendo o SF respons‡vel por indicar um cidad‹o de not‡vel saber jur’dico e reputa•‹o ilibada.

J‡ a aprova•‹o do Ministro do STJ est‡ prevista no art. 104, P.U. da CF/88.

7 - (MPE-MS - Promotor de Justi•a Substituto - 2015) Nos crimes de responsabilidade, processar e julgar os membros do Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico compete:

A) Ao Supremo Tribunal Federal.

B) Ao Superior Tribunal de Justi•a.

C) A C‰mara dos Deputados.

D) Ao Senado Federal.

E) Ao Congresso Nacional.

Resposta: Letra D - Conforme prev• art. 52, II, da CF/88.

8 - (IESES - TRE-MA - Analista Judici‡rio - çrea Administrativa - 2015) Quanto ao Congresso Nacional Ž correto afirmar que:

a) A C‰mara dos Deputados comp›e-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema majorit‡rio, em cada Estado.

b) O Senado Federal comp›e-se de representantes dos Estados, eleitos, segundo o sistema proporcional.

c) Na C‰mara Federal nenhuma das unidades federativas ter‡ menos de quatro ou mais de oitenta Deputados.

(45)

d) Salvo disposi•‹o constitucional em contr‡rio, as delibera•›es de cada Casa e de suas Comiss›es ser‹o tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

Resposta: Letra D - Essa assertiva Ž a transcri•‹o literal do art. 47 da CF/88, sem tirar nem por.

9 - (IESES - TRE-MA - Analista Judici‡rio - çrea Administrativa - 2015) Compete privativamente ao Senado Federal, EXCETO:

a) Dispor sobre limites e condi•›es para a concess‹o de garantia da Uni‹o em opera•›es de crŽdito externo e interno.

b) Autorizar, por dois ter•os de seus membros, a instaura•‹o de processo contra o Presidente e o VicePresidente da Repœblica e os Ministros de Estado.

c) Suspender a execu•‹o, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decis‹o definitiva do Supremo Tribunal Federal.

d) Aprovar previamente, por voto secreto, ap—s argui•‹o em sess‹o secreta, a escolha dos chefes de miss‹o diplom‡tica de car‡ter permanente.

Resposta: Letra B - Todas as demais alternativas s‹o compet•ncia do SF, exceto a B, que Ž da CD, conforme art. 51, I da CF/88. Vejamos as demais: art. 52, VIII, X, IV da CF/88.

10 - (FGV - Senado Federal - TŽcnico Legislativo - Administra•‹o 2008) O Senado Federal, durante as sess›es legislativas ordin‡rias, reunir-se-‡

anualmente:

(A) de 1¼ de fevereiro a 15 de julho e de 1¼ de agosto a 22 de dezembro.

(B) de 2 de fevereiro a 15 de julho e de 1¼ de agosto a 22 de dezembro.

(C) de 15 de fevereiro a 17 de julho e de 15 de agosto a 20 de dezembro.

(D) de 1¼ de fevereiro a 17 de julho e de 1¼ de agosto a 20 de dezembro.

(E) de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1¼ de agosto a 22 de dezembro.

(46)

Resposta: Letra E - Essa Ž, em princ’pio, f‡cil. Mas se o candidato n‹o estiver dominando o conteœdo, ele poder‡ se confundir com as datas, objetivo da quest‹o.

11 - (FGV - Senado Federal - Consultor de Or•amento 2008) A Mesa do Senado se comp›e de:

(A) Presidente, Vice-Presidente e quatro Secret‡rios.

(B) Presidente, dois Vice-Presidentes e cinco Secret‡rios.

(C) Presidente, dois Vice-Presidentes e quatro Secret‡rios.

(D) Presidente, Vice-Presidente e tr•s Secret‡rios.

(E) Presidente, tr•s Vice-Presidentes e quatro Secret‡rios.

Resposta: Letra C - Resposta no art. 46 do RISF.

12 - (FUNCAB - PC-RJ - Delegado de Pol’cia - 2012) Acerca das Reuni›es ou Sess›es do Poder Legislativo, qual das hip—teses abaixo NÌO possui previs‹o constitucional?

A) Sess‹o Extraordin‡ria.

B) Sess‹o Ordin‡ria.

C) Sess‹o Conjunta.

D) Sess‹o Preparat—ria.

E) Sess‹o Interventiva.

Resposta: Letra E - Quest‹o que busca confundir o candidato com as nomenclaturas. Na nossa aula n‹o falamos apenas de sess‹o conjunta, que Ž a sess‹o do Congresso Nacional, sendo que a interventiva n‹o existe.

13 - (FCC - TRF 2» Regi‹o - Analista Judici‡rio - Taquigrafia - 2012) No que concerne ao Poder Legislativo, de acordo com a Constitui•‹o Federal brasileira de 1988, cada uma das Casas reunir-se-‡ em sess›es preparat—rias, a partir de 1o de fevereiro, no primeiro ano de legislatura, para a posse de seus membros e elei•‹o das respectivas Mesas, para mandato de

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