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Estatuto dos Servidores do RJ

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Academic year: 2022

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Acumulação indevida de cargos públicos

Estatuto dos Servidores do RJ

Os Deveres e Responsabilidades do Servidor Público

Rogério Dal Piva

(2)

Acumulação indevida de cargos públicos

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Veja o exemplo abaixo:

C

ONTEÚDO

P

ROGRAMÁTICO

Acumulação indevida de cargos públicos ... 3 Deveres do Funcionário Publico ... 3 Responsabilidade do Servidor ... 7

Salve galera, continuaremos com a Lei 2.479/ 79 combinada com a 220/75 em outros materiais falamos a respeito da acumulação de cargo, neste material compreenderemos a acumulação indevida de cargos e o que acontece nesta situação.

(3)

Acumulação indevida de cargos públicos

A

CUMULAÇÃO INDEVIDA DE CARGOS PÚBLICOS

Verificada, em processo administrativo disciplinar, a acumulação proibida, e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos cargos, sem obrigação de restituir. (abre- se um Pad para verificar a situação da acumulação indevida) Provada a má fé, além de perder ambos os cargos, restituirá o que tiver percebido indevidamente pelo exercício do cargo que gerou a acumulação.

➢ se o cargo gerador da acumulação proibida for de outra esfera de Poder Público, o funcionário restituirá o que houver percebido desde a acumulação ilegal.

Há o Cargo acumulado de boa-fé e se não houve a má-fé do funcionário, ele poderá optar por simplesmente continuar ou não , porém, se ocorreu a má fé, além de ser mandado embora dos dois, terá que restituir o Estado no que ele recebeu. Quando se refere a outra esfera de Poder poderá ser o Ministério Público, o Sistema Judiciário e o Legislativo, não importará qual dos poderes o indivíduo trabalha com a acumulação indevida se o fizer ocorrerá a restituição.

Apurada a má fé do inativo, este sofrerá a cassação de sua aposentadoria ou disponibilidade, obrigado, ainda, a restituir o que tiver recebido indevidamente.

A mesma situação ocorre com o Inativo, se ele receber indevidamente perderá o salário e será mandado embora, será cassado a aposentadoria ou sua disponibilidade.

D

EVERES DO

F

UNCIONÁRIO

P

UBLICO

I- assiduidade;

II- pontualidade;

III- urbanidade; (trate os outros como gostaria de ser tratado) IV- discrição;

V- boa conduta;

(4)

Deveres do Funcionário Publico VI- lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas a que

servir;

VII- observância das normas legais e regulamentares;

VIII- observância às ordens superiores, EXCETO QUANDO MANIFESTAMENTE ILEGAIS;

IX- levar ao conhecimento de autoridade superior irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ou função;

X- zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado; (ser efetivo e econômico)

XI- providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, sua declaração de família;

XII- atender prontamente às requisições para defesa da Fazenda Pública e à expedição de certidões para defesa de direito;

XIII- guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função;

XIV- submeter-se à inspeção médica determinada por autoridade competente, SALVO JUSTA CAUSA.

Proibição ao funcionário

I – referir-se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e atos da Administração Pública, ou censurá-los, pela imprensa ou qualquer outro órgão de divulgação pública, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los, do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço;

II – retirar, modificar ou substituir livro ou documento de órgão estadual, com o fim de criar direito ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar documento falso com a mesma finalidade;

III – valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função pública;

(5)

Deveres do Funcionário Publico IV – coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza partidária;

No que se refere ao inciso IV, é algo que ocorre em prefeituras e no Estado, pois há cargos comissionados que pela constituição podem ser de qualquer pessoa, com livre nomeação de escolha, um exemplo é a entrada de um partidário de um Governador que começa a coagir os funcionários a se filiarem a um partido determinado, isto é uma infração, sendo proibido ao funcionário o fazer.

V – participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo, de empresa ou sociedade:

Se o indivíduo participar de algum tipo de serviço que preste para a administração pública (dispostos na fórmula abaixo), não poderá fazer parte, o indivíduo deve se afastar da sociedade, senão está infringindo uma Norma Estadual.

VI – praticar a usura, em qualquer de suas formas, no âmbito do serviço público;

(usura= agiota)

VII – pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos órgãos estaduais, SALVO quando se tratar de percepção de vencimento, remuneração, provento ou vantagem de parente, consanguíneo ou afim, até o segundo grau civil; (Pai, mãe, filhos, enteados e esposa (o))

VIII – exigir, solicitar ou receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie em razão do cargo ou função, ou aceitar promessa de tais vantagens; (previsto no Código penal 312)

1) contratante, permissionária ou concessionária de serviço público;

2) fornecedora de equipamento ou material de qualquer natureza ou espécie, a qualquer órgão estadual;

3) de consultoria técnica que execute projetos e estudos, inclusive de viabilidade, para órgãos públicos.

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Deveres do Funcionário Publico

IX – revelar fato ou informação de natureza sigilosa, de que tenha ciência em razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;

X – cometer à pessoa estranha ao serviço do Estado, salvo nos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe competir ou a seus subordinados;

(Determinar que outra pessoa faça o serviço ou alguns subordinados que não esteja previsto na legislação não pode)

XI – dedicar-se, nos locais e horas de trabalho, a palestras, leituras ou quaisquer outras atividades estranhas ao serviço, inclusive ao trato de interesses de natureza particular;

XII – deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;

XIII – empregar material ou quaisquer bens do Estado em serviço particular;

XIV – retirar objetos de órgãos estaduais, SALVO quando autorizado por escrito pela autoridade competente;

XV – fazer cobranças ou despesas em desacordo com o estabelecido na LEGISLAÇÃO FISCAL E FINANCEIRA;

XVI – deixar de prestar declaração em processo administrativo disciplinar, quando regularmente intimado;

Ao que se refere ao inciso XVI, a constituição afirma que se o indivíduo for falar algo que ocorra o prejuízo próprio, o indivíduo não é obrigado a responder, pois

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Responsabilidade do Servidor

XVII – exercer cargo ou função pública antes de atendidos os requisitos legais, ou continuar a exercê-lo, sabendo-o indevidamente.

Um indivíduo respondia um ilícito pelo Pad e possui a obrigação de responder sobre seu ato. É uma afirmativa errônea, pois ele não é obrigado a gerar prova contra si mesmo pela Constituição Federal, observe que a Constituição Federal está acima das leis complementares.

R

ESPONSABILIDADE DO

S

ERVIDOR

Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde;

➢ Civil

➢ Penal e

➢ Administrativamente.

Não há impedimento nenhum, podendo ser respondido na esfera civil, esfera administrativa e penal. A esfera penal é quando se comete um crime de corrupção, a esfera administrativa ocorre juntamente com uma sindicância e um Pad e na esfera civil o indivíduo que solicitou o dinheiro pode entrar com um processo contra danos morais, entretanto, não é um bis in idem. Um bis in idem é quando é respondido a mesma coisa na mesma sessão, o judiciário compreende que se pode responder tranquilamente por uma Esfera Civil, Penal e Criminal.

As cominações civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.

Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o funcionário perante a Fazenda Estadual em ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a

decisão que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado.

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Responsabilidade do Servidor

Exemplo: Um indivíduo está dirigindo tranquilamente, respeitando o limite de velocidade e vem o carro de um servidor público que está com a viatura e bate no carro do cidadão. Este cidadão entra com uma ação no estado, pois teve prejuízo, o Estado irá se defender, tempo depois, o estado foi condenado a indenizar o automóvel do indivíduo, consecutivamente o estado irá atrás do servidor que dirigia irregularmente, para que ele indenize o estado pelo valor que pagou ao cidadão, ocasionando no estado entrar com uma ação regressiva contra o funcionário. O STF e STJ considera imprescritível quando a ação é em prejuízo ao erário.

A responsabilidade civil decorre de procedimento DOLOSO OU CULPOSO que importe em prejuízo da Fazenda Estadual ou de terceiros. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário nessa qualidade. A responsabilidade administrativa resulta de atos praticados ou omissões ocorridas no desempenho do cargo ou função, ou fora dele, quando comprometedores da dignidade e do decoro da função pública.

➢ se for acidental não haverá prejuízo ao servidor

➢ pode responder administrativamente se for grave

Exemplo: Um policial fora do serviço está indo embora e comete um crime (lembre-se que ele está fora do serviço, porém, um policial é policial 24 horas por dia), este é um crime de furto. Este crime comprometeu a dignidade de acordo com a função pública dele, desta maneira ele poderá responder administrativamente também.

Só é admissível, porém, a ação disciplinar ulterior à absolvição no juízo penal, quando, embora afastada a qualificação do fato com crime, persista, residualmente, falta

disciplinar.

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Responsabilidade do Servidor Se for imputado a um indivíduo um crime e no final há a falta de prova ele ainda poderá ser condenado na esfera administrativa, porque houve também uma. No mesmo crime se o funcionário na esfera judicial, for inocentado por falta de materialidade do crime ou negativa de autoria, ele não poderá ser julgado na Esfera administrativa. Há 2 situações, o indivíduo não foi condenado na Esfera penal por falta de provas, ele pode ser condenado na esfera administrativa e a segunda situação é que pode ocorrer que o sujeito não foi condenado no Penal por negativa de autoria, negativa de fato, não houve crime ou não foi ele, neste caso ele deve ser absolvido na esfera administrativa.

Cara(o) aluna(o), espero que você tenha compreendido este material, em outra aula falaremos das penas disciplinares, desejo a você bons estudos e um grande abraço.

Até a próxima!

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Responsabilidade do Servidor

Referências

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