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Codificação neural. Natureza da Informação UFABC. Prof. João Henrique Kleinschmidt Material elaborado pelos professores de NI

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(1)

1

Codificação neural

Natureza da Informação UFABC

Prof. João Henrique Kleinschmidt

Material elaborado pelos professores de NI

(2)

Neurônio: unidade funcional do SNC

Princípios gerais do Sistema Nervoso

(3)
(4)

Introdução ao Sistema Nervoso Central

Tálamo

(5)

Neurônio

5

Célula do sistema nervoso responsável pela condução do impulso nervoso

Há cerca de 86 bilhões de neurônios no sistema nervoso humano

Constituído pelas seguintes partes: corpo celular (onde se encontra o núcleo celular), dendritos, axônio e telodendritos.

Considerado a unidade básica da estrutura do

cérebro e do sistema nervoso.

(6)
(7)

7

Sinapses

Axônio

Dendritos

Corpo

Terminal axónico

Sinapses

Promontório axónico

Voltagem pós-sináptica (Soma)

(8)
(9)

9

Processamento do sinal: dendritos e soma

(10)

Processamento do sinal: dendritos e soma

(11)

11

Propriedades do Potencial de Ação (PA)

EVENTO TUDO-OU-NADA

- Estímulo sublimiar (E1, E2): não causa PA -Estimulo limiar (E3): causa um único PA

Conversão Analógico/Digital: potencial de ação em mV transformado para “TUDO” ou “NADA” (0 ou 1)

(12)

Potencial tudo ou nada no axônio: Potencial de ação

• O potencial de ação pode ser entendido como “1”, e a ausência de potencial de ação, como “0”

• Uma série temporal pode ser codificada como uma série digital binária Ex: 01110100101; 01010101010

…onde provavelmente cada padrão pode assumir um “significado”

fisiológico!

(13)

13

Efeitos das sinapses excitatórias e inibitórias

Agonista: substância que se liga ao receptor e o ativa

Analogia com chave/fechadura: fechadura seria o receptor e chave seria o agonista

Quando a chave é girada na fechadura, significa

que o agonista se ligou ao receptor e quando a

porta é aberta, o receptor é ativado

(14)

Efeitos das sinapses excitatórias e inibitórias

Antagonista: substância que se liga ao receptor e não o ativa

Impede que o agonista se ligue

Exemplo: Muitos anestésicos utilizados nas cirurgias possuem antagonistas de receptores nicotínicos

impede que a Acetilcolina (agonista) se ligue

músculo não se contrai, fazendo com que a pessoa fique imóvel

Analogia chave/fechadura: chave incorreta tenta abrir a fechadura e quebra um pedaço dentro

(15)

15

Lógica Booleana

Os efeitos das sinapses excitatórias e inibitórias podem seguir um padrão de lógica booleana

Excitatória Inibitória

Agonismo + -

Antagonismo - +

(16)

O neurônio de McCulloch-Pitts

i2 i1

in ij

j n

j

j ij

i w i

net

1 wi1

wi2

wij

win

i i

i f net s

o  

1

si=1 Neurônio i

oi

net

“Conjuntos de neurônios podem realizar qualquer função aritmética ou lógica”

Onde f(x) = 1 se x >= 0 ou f(x) = 0 caso contrário

1 oi

si=0 net

(17)

i1

1 1 2

1

i i

net

Wi1=1

Wi2=1

i2

Função AND

2

f net o

1

s=2 net o

f (net-2)

Implementação da função AND com modelo de neurônio de McCulloch-Pitts

i

1

i

2

net f(net-2) 0 0 0 0

0 1 1 0

1 0 1 0

1 1 2 1

(18)

i1

1 1 2

1

i i

net

Wi1=1

Wi2=1

i2

1

f net o

o

1

s=1 net

f(net-1)

Implementação de função OR com modelo de neurônio de McCulloch-Pitts

Função OR

i

1

i

2

net f(net-1) 0 0 0 0

0 1 1 1

1 0 1 1

1 1 2 1

(19)

Exercício) Se colocarmos um agonista que dobra o valor de cada peso sináptico, quais seriam as novas funções lógicas dos neurônios de McCulloch-Pitts descritas abaixo? E o que acontece com as funções lógicas desses neurônios se colocarmos um antagonista que corta o valor de cada peso sináptico pela metade?

(20)

Exercício: A seguinte rede neural é composta por neurônios do tipo McCulloth-Pitts, com limiar de ativação 2. Os neurônios de 1 a 4 representam as entradas e o neurônio 5 representa a saída da rede. Os pesos são dados por wij, onde i representa o neurônio pré-sináptico e j o neurônio pós-sináptico.

Seja n = {n1, n2, n3, n4} os valores dos neurônios de entrada e w = {w15, w25, w35, w45}.

1 2 3 4 5

Determine qual a saída do neurônio 5 para as seguintes entradas e pesos sinápticos:

a) n = {1,1,1,1} e w = {2,-1,1,-1}

b) n = {1,0,0,0} e w = {2,-1,1,-1}

c) n = {0,1,1,1} e w = {2,-1,2,-1}

d) n = {1,0,1,0} e w = {2,-1,2,-1}

(21)

Como a informação é

transmitida pelos neurônios?

Será que a informação é

transmitida como no código morse?

Ou o que importa é somente a taxa, r, de disparos

21

r

1

r

2

r

3

(22)

3 tipos de codificação neural

1. Codificação frequencial: As diferentes frequências de disparo do neurônio representam respostas a diferentes estímulos.

2. Codificação vetorial ou populacional: Um estímulo pode ser codificado como um vetor cujos componentes são as taxas de disparo de vários neurônios.

3. Codificação temporal: O neurônio codifica a

informação mediante a duração dos intervalos entre os disparos.

Veremos o primeiro e o segundo (o terceiro é análogo ao primeiro, mas com o tempo no lugar da frequência)

(23)

23

- A frequência de disparos dos neurônios é proporcional à voltagem pós-sináptica.

1. Codificação frequencial (“rate coding”)

r

1

r

2

s

1

S

2

S

3

r

3

No último caso, S3, não da para juntar mais os potenciais de ação. A distância (tempo) mínima entre dois potenciais sucessivos é o período refratário absoluto.

Injetando uma corrente s1, s2, s3 produzimos voltagens cada vez maiores no interior do neurônio

(24)

Decodificação dos sinais em frequência dos impulsos elétricos

Os neurônios decodificam o aumento ou redução na intensidade do estimulo em frequência de impulsos elétricos.

A amplitude do P.A. de cada célula excitável é invariável.

1. Codificação frequencial

(25)

Aplicação prática da codificação de frequências:

HAL-5 (Hybrid Assistive Limb-5)

Exoesqueleto robótico.

Multiplica por cinco a força

muscular de uma pessoa normal.

Sensores colocados acima da pele registram código de frequências que movimentam os músculos.

Ver (a partir do minuto 3):

25

1. Codificação frequencial

http://www.youtube.com/watch?v=G4evlxq34og

(26)

Jacob Rosen Universidade de Washington

Hardiman 1 (1965) General Electric

Kanagawa Power Suite

1. Codificação frequencial

(27)

Cálculo de Informação transmitida com codificação de frequências

Sejam E = {e1,e2,...,em} o conjunto de estímulos para um neurônio e R = {r1,r2,...,rn} o conjunto de possíveis

respostas do mesmo neurônio

P(ei) é a probabilidade de apresentar um determinado estímulo, ei, para o neurônio.

P(rj) é probabilidade de termos uma determinada

resposta, rj, do neurônio. Por exemplo, r1 pode significar resposta de 50 Hz e r2 uma resposta de 100 Hz.

P(rj|ei) é a probabilidade condicional de termos uma resposta, rj, no neurônio quando apresentamos o estímulo, ei.

27

1. Codificação frequencial

(28)

Cálculo da entropia de Shannon

 

log2( ( j)) ( 1)log2( ( 1)) ( n)log( ( n))

j

j P r P r P r P r P r

r P

S

Representa o grau de imprevisibilidade da resposta do neurônio.

Quanto mais uniforme é a distribuição de respostas, r

j

, mais imprevisível é a

resposta do neurônio.

1. Codificação frequencial

(29)

Exemplo de cálculo de entropia de Shannon para a resposta de frequencia do neurônio

Caso A: O neurônio responde sempre com a mesma frequência.

Significa que o grau de imprevisibilidade da resposta do neurônio é zero.

Caso B: Dois tipos de resposta r1 e r2, onde P(r1)+P( r2)=1.

29

 

log2( ( )) ( 1)log2( ( 1)) 1 log2(1) 1 0 0

P r P r P r P r x x

S j

j

j

 

)) ( 1

( log ) ( 1

( )) ( ( log ) (

)) ( ( log ) ( ))

( ( log ) ( ))

( ( log

1 2

1 1

2 1

2 2

2 1

2 1

2

r P r

P r

P r

P

r P r

P r

P r

P r

P r

P

S j

j

j

1. Codificação frequencial

(30)

S 1 bit

1

0,5 P(r1)

Quando ambas as frequências de disparo têm a mesma probabilidade de acontecer P(r1)=P(r2)=0,5 a entropia ou imprevisibilidade é máxima, e igual a 1 bit.

1. Codificação frequencial

(31)

Exemplo: Qual é a informação em bits que pode transmitir um neurônio se 60% das vezes dispara na frequência lenta e 40%

do tempo na frequência rápida

31

bits S   0 , 6 log

2

( 0 , 6 )  ( 0 , 4 ) log

2

( 0 , 4 )  0 , 97

1. Codificação frequencial

(32)

Eletroencefalograma

1. Codificação frequencial

(33)

Experimentos com biofeedback

O sujeito tenta controlar suas ondas cerebrais enquanto um aparelho mostra seu grau de

relaxação.

Atualmente os aparelhos de bio-feedback são usados para permitir que um sujeito controle algum aparelho “com a mente”.

33

1. Codificação frequencial

(34)

Exemplo: Neurosky

http://www.youtube.com/watch?v=hQWBfCg91CU

1. Codificação frequencial

(35)

Diferenciar 3 estados:

parado, esquerda e direita

Vídeo BBCI Berlin:

Pinball com o cérebro

http://www.youtube.com/watch?v=ZIIffTH5D-E

• Ainda é melhor usar as mãos, mas já é rápido o suficiente

35

1. Codificação frequencial

(36)

2. Codificação vetorial ou populacional

As respostas a um padrão e

i

compõem um vetor no qual cada componente

representa a taxa de disparo de um determinado neurônio.

] ,

,

[ r 1 r 2r n

(37)

Exemplo:

37

Codificação vetorial

ou populacional no epitélio

olfativo

2. Codificação vetorial ou populacional

(38)

Outros exemplos de codificação populacional ou vetorial

Codificação vetorial da aceleração da cabeça nos canais semi-circulares do ouvido.

Codificação vetorial das cores

2. Codificação vetorial ou populacional

(39)

Entrada do sistema visual

Entrada é um padrão de luz em um arranjo bidimensional

Ondas capturadas por fotoreceptores

Bastonetes: sensível à luz de baixa intensidade

Cones: sensíveis a frequências específicas (cores)

39

2. Codificação vetorial ou populacional

(40)

Comprimento de onda (nm)

Res po st a rel ati va

Codificação vetorial nos cones

=[ 0, 27, 75]

2. Codificação vetorial ou populacional

(41)

Experimentos de Miguel Nicolelis

41

Múltiplos

eletrodos no cérebro.

Codificação populacional

Feedback sensorial

Ver:

http://www.youtube.com/watch?v=PTVVYYxY9Cs http://www.youtube.com/watch?v=gnWSah4RD2E

2. Codificação vetorial ou populacional

(42)

Processamento dos vetores neurais no experimento de Nicolelis

Aplicam-se técnicas de reconhecimento de padrões para reconhecer cada vetor de frequências de

disparo.

Exemplo: Extração de características com componentes principais

Depois estabelecem-se correlações (mediante redes neurais artificiais) entre as características extraídas e os movimentos dos membros.

Posteriormente a sequência de características produzirá o movimento dos membros do robô .

2. Codificação vetorial ou populacional

Referências

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