Docapesca Porto e Lotas S.A.
DOCAPESCA
PORTOS E LOTAS, S.A.
Manual de Higiene e Segurança no Trabalho
Lota de Vila Real de Santo António -
H istórico de Revisões
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em issão
N °
páginas Razão da alteração
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Vila Real de Santo António
2016
Glossário... 5
Promulgação... 7
Introdução... 8
Capitulo - I ...10
1Actividade e Historial da Docapesca Portos e Lotas S.A...11
2 Organização dos recursos Humanos...13
Capitulo I I ...15
3 Perigos e Riscos Profissionais...16
4 Sinalização de Segurança...18
5 Sinais relativos a recipientes e tubagens... 20
6 Vestuário de Trabalho... 24
7 Protecção Colectiva... 27
8 Protecção Individual... 28
9 Classificação e Caracterização de Substâncias Perigosas... 49
10 Exposição a substâncias perigosas... 53
11 Riscos de Incêndio / Explosão... 64
Capítulo - III... 69
12 Caracterização dos trabalhadores... 70
13 Acidentes de trabalho caracterização da empresa... 71
14 Ponto de situação de Higiene e Segurança no trabalho na Docapesca...72
15 Perigos e Riscos Profissionais... 72
16 Análise das condições de trabalho... 75
17 Análise de acidentes de trabalho... 81
18 Classificação dos acidentes de Trabalho... 83
Capitulo IV ... 87
19Obrigações dos trabalhadores... 88
22 Procedimentos... 98
23 Empreiteiros ou serviços subcontratados...112
Capitulo V ... 134
24 Legislação...135
25 Bibliografia...139
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Referência:
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índice de Figuras r
Ilustração 1- Organigrama da empresa Docapesca - Portos e Lotas S.A... 12
Ilustração 2 - Simbologia e cores... 18
Ilustração 3 - Pictograma a preto e fundo amarelo... 19
Ilustração 4 - Pictograma a preto e o fundo branco, com contorno vermelho... 19
Ilustração 5 - Pictograma a branco e fundo azul...20
Ilustração 6 - Pictograma a branco e fundo verde...20
Ilustração 7 - Identificação de tubagens... 22
Ilustração 8 - identificação de tubagens... 22
Ilustração 9 - Exemplo de fato de trabalho para indústria... 25
Ilustração 10 - Exemplos de Equipamentos de Protecção Individual - E.P.I.’s ... 30
Ilustração 11 - Exemplos de protecção auditiva... 38
Ilustração 12 - Elementos de protecção dos membros inferiores...45
Ilustração 13 - Classificação de substâncias químicas perigosas...53
Ilustração 14 - Classes de Fogo e Simbologia... 64
Ilustração 15 - 4 classes designadas pelas letras A, B, C, D ... 65
Ilustração 16 - Agente Extinto vs Classes de Fogo... 66
Ilustração 17- Distribuição do efetivo 2014...70
Ilustração 18 - Distribuição do efetivo por sexo... 70
Ilustração 19 - Estrutura Etária - Docapesca 2014... 71
Ilustração 20 - Valores da Norma EN 12464-1:2002...78
Ilustração 21 - Valores da Norma EN 12464-1:2002...79
Ilustração 22 - Valores da Norma EN 12464-1:2002...79
Ilustração 23 - Valores da Norma EN 12464-1:2002...80
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Glossário
Acidente - Acontecimento indesejado originando morte, doença, ferimento, dano ou outra perda (OHSAS 18001).
Avaliação de Risco - Processo global de estimativa da grandeza do risco e de decisão sobre a sua aceitabilidade (OHSAS 18001).
Doenças Profissionais - (art.° 27° da Lei n.° 100/97, de 13/9 e o Decreto Regulamentar n.° 8/2001, de 5/5) bem como “as lesões, perturbações funcionais ou doenças não incluídas na lista...desde que sejam consequência necessária e directa da actividade exercida pelos trabalhadores e não representem normal desgaste do organismo” (art.° 2.°
do Decreto-Lei n.° 248/99, de 2/6).
Empregador - Pessoa singular ou colectiva com um ou mais trabalhadores ao seu serviço e responsável pela empresa ou pelo estabelecimento ou, quando se trate de organismos sem fins lucrativos, que detenha competências para a contratação de trabalhadores.
Empregador - pessoa singular ou colectiva com um ou mais trabalhadores ao seu serviço e responsável pela empresa ou pelo estabelecimento ou, quando se trate de organismos sem fins lucrativos, que detenha competência para contratação de trabalhadores (Decreto-Lei 441/91 de 14 de Novembro).
Equipamentos de Protecção Individual - qualquer equipamento destinado a ser usado ou detido pelo trabalhador para sua protecção contra um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no trabalho, bem como qualquer complemento ou acessório destinado a esse objectivo (Directiva 89/656/CEE).
Exposição pessoal diária ao ruído - De acordo com o actual diploma legal que regula a
exposição ao ruído durante o trabalho (Decreto-Lei n.° 182/2006, de 6 de Setembro) e
que transpôs para o direito nacional a Directiva n.° 2003/10/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 6 de Fevereiro, a «exposição pessoal diária ao ruído», LEX,8h,
consiste no nível sonoro contínuo equivalente, ponderado A, calculado para um período
normal de trabalho diário de oito horas (T0), que abrange todos os ruídos presentes no
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local de trabalho, incluindo o ruído impulsivo, expresso em dB (A) (Decreto-Lei n.°
182/2006, de 6 de Setembro).
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Exposição pessoal diária efectiva - «exposição pessoal diária efectiva», LEX,8h,efect, consiste na exposição pessoal diária ao ruído tendo em conta a atenuação proporcionada pelos protectores auditivos, expressa em dB(A) (Decreto-Lei n.° 182/2006, de 6 de Setembro).
Local de trabalho - todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde deve dirigir-se em virtude do seu trabalho, e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador (Decreto-Lei 441/91 de 14 de Novembro).
Perigo - Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou ferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, perdas para o património, para o ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes (OHSAS 18001).
Prevenção - acção de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas que devam ser tomadas no licenciamento e em todas as fases de actividade da empresa, do estabelecimento ou do serviço (Decreto-Lei 441/91 de 14 de Novembro).
Risco - Combinação da probabilidade e da(s) consequência(s) da ocorrência de um determinado (OHSAS 18001).
Risco profissional - possibilidade de um trabalhador sofrer um dano na sua saúde ou integridade física provocado pelo trabalho (Decreto-Lei 441/91 de 14 de Novembro).
Trabalhador - pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a prestar serviço a
um empregador, incluindo a Administração Pública, os institutos públicos e demais
pessoas colectivas de direito público, e, bem assim, o tirocinante, o estagiário e o
aprendiz e os que estejam na dependência económica do empregador em razão dos
meios de trabalho e do resultado da sua actividade, embora não titulares de uma relação
jurídica de emprego, pública ou privada (Decreto-Lei 441/91 de 14 de Novembro).
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Promulgação
O Presidente da Docapesca Portos e Lotas, certifica que este Manual de Higiene e Segurança no Trabalho descreve a Política e os objectivos da higiene e segurança no trabalho, e os Procedimentos em vigor na Docapesca Portos e Lotas S.A. determina a sua aplicação como mandatária em todas as áreas envolvidas.
Compete ao Director da delegação Sul e ao responsável de área com a colaboração directa dos responsáveis locais, observar, a todos os níveis, o cumprimento das determinações que constam neste Manual.
Os procedimentos aqui referidos constituem o suporte das regras de Higiene e Segurança da Empresa no que respeita às actividades directa ou indirectamente relacionadas com a actividade desenvolvida no domínio da jurisdição da Docapesca Portos e Lotas S.A..
É da responsabilidade do Director da delegação Sul e ao responsável de área com a colaboração directa dos responsáveis locais, implementar, manter e controlar este manual, bem como informar o Presidente sobre o seu desempenho e revê-lo, no mínimo, anualmente.
Pedrouços, 20/11/2016
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Introdução
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Referência: m h s t 8 de 140
A qualidade das condições de trabalho é um dos factores fundamentais para o sucesso de um sistema produtivo, assumindo a promoção da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho grande relevância na melhoria da produtividade e da competitividade das empresas (OHSAS 18001).
A Docapesca - Portos e Lotas, S.A., ciente desta realidade e das mais-valias humanas e materiais que daqui podem resultar, seja ao nível da imagem da empresa, seja ao nível do ambiente de trabalho - maior satisfação e motivação, menor sinistralidade, absentismo mais baixo, maior produtividade, tem vindo a desenvolver várias actividades no âmbito da promoção da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, que se reflectem no cumprimento da legislação aplicável e na persecução de boas práticas.
No enquadramento desta política surge a elaboração do presente Manual de Segurança, que tem como principal objectivo informar e sensibilizar todos os trabalhadores para os riscos profissionais a que estão expostos no desempenho das suas funções e quais a medidas a adoptar para a sua eliminação, minimização e prevenção.
Neste sentido, o Manual de Higiene e Segurança visa constituir uma base documental de consulta para todos os trabalhadores da Docapesca - Portos e Lotas, S.A., traduzindo-se numa das apostas da empresa para a prevenção de acidentes e problemas de saúde profissionais.
O Manual de Higiene e Segurança no Trabalho é uma ferramenta para identificar os perigos e os consequentes riscos profissionais, determinar as respectivas causas e prever as suas consequências, identificando um conjunto de medidas preventivas para eliminar ou reduzir ao mínimo a ocorrência de doenças profissionais e de acidentes de trabalho, promover uma cultura de prevenção, fomentado a segurança e bem-estar dos activos humanos da empresa, assegurando o cumprimento dos requisitos legais. A elaboração do Manual de Higiene e Segurança no Trabalho é uma mais-valia na divulgação e sensibilização das matérias associadas à higiene e Segurança no trabalho, nesta actividade tão específica do sector piscícola.
A empresa assume como prioridade cinco eixos a saber:
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Implementação do HACCP;
Normalização do pescado;
Modernização dos equipamentos;
Economia/alteração das redes de lotas;
Abertura ao exterior.
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Assim, devem ser estruturados e adaptados os fluxos de pessoas, fluxos de pescados e
procedimentos por forma a rentabilizar correctamente os recursos físicos e humanos,
face às exigências legais.
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Capitulo - I
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lActividade e Historial da Docapesca Portos e Lotas S.A.
A Docapesca Portos e Lotas S.A., é uma empresa do sector empresarial do Estado, tutelada pelo Ministério da Agricultura e do Mar, que nos termos do decreto-lei n.°
107/90 de 27 de Março, tem a seu cargo no continente português, o serviço público da prestação de serviços de Primeira Venda de Pescado, bem como o apoio ao sector da pesca e respectivos portos. A Docapesca atua ao nível do continente e é a maior empresa a actuar no sector das pescas, quer a nível geográfico, quer a ao nível da diversidade de serviços prestados, assumindo como missão a prestação de serviços de venda de pescado em regime de exclusividade. Presta ainda um conjunto de serviços de apoio a armadores, pescadores, comerciantes de pescado e outros clientes, dos quais salientam, aluguer de armazéns, entrepostos frigoríficos, mercados de segunda venda, venda de gelo, e combustíveis.
Ao nível da gestão, a empresa encontra-se organizada pelo conselho de administração, pelo departamento de Estatística, sediado em lisboa, e por seis direcções e sete delegações, a saber: Norte, Matosinhos, Centro Norte, Centro, Centro Sul e Sul, de acordo com a ilustração 1 - Organigrama Docapesca.
A lota de Vila Real de Santo António está afecta à delegação Sul, possui a particularidade de ser uma lota cujas principais vendas são o marisco, dada a proximidade com Espanha existe bastante procura e valorização do pescado.
O horário de funcionamento da lota é compreendido entre as 02 horas e as 17 horas dos dias úteis e sábados das 10horas às 12 horas. Segundo as categorias e funções de cada colaborador existe um horário especifico que é comunicado com a antecedência de 15 dias úteis.
De referir que a Delegação do Norte, Centro Norte e Sul foram criadas recentemente, resultando da extinção das Delegações de Viana do Castelo e Póvoa de Varzim, Aveiro e Figueira da Foz e do Barlavento Algarvio e Sotavento Algarvio, respectivamente.
Para o efeito da presente análise será considerada Delegação do Sul dividida na zona
Barlavento Algarvio, englobando os estabelecimentos de Sagres, Lagos e Portimão, e
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Referência:
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Sotavento Algarvio, englobando os estabelecimentos de Quarteira, Olhão, Tavira, Sta.
Luzia e Vila Real de Santo António.
Ilustração 1- Organigrama da empresa Docapesca - Portos e Lotas S.A.
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2 Organização dos recursos Humanos
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Referência: m h s t 21-11-2016
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No que concerne à organização dos Recursos Humanos, a Docapesca - Portos e Lotas, S.A encontra-se estruturada em sete categorias profissionais, estando estas relacionadas com as áreas funcionais anteriormente descritas.
A cada categoria profissional encontram-se associadas um conjunto de funções, que se descrevem em seguida:
Técnico Superior
É o trabalhador a quem compete, genericamente, o conteúdo funcional descrito para a categoria de técnico e, ainda, dar apoio de elevado grau de qualificação e responsabilidade nas áreas que integram as atribuições da empresa.
Técnico
É o trabalhador a quem compete, genericamente, a concepção, adopção e/ou aplicação de métodos e processos técnicos e tecnológicos elaborando estudos, concebendo e desenvolvendo projectos e emitindo pareceres, tendo em vista preparar a tomada de decisão superior, em ordem à prossecução das atribuições e objectivos prosseguidos pela empresa.
Administrativo
É o trabalhador a quem compete, genericamente, (utilizando meios informáticos) executar, a partir de orientações, todo o processamento administrativo relativo a uma ou mais áreas de actividade funcional de índole administrativa e, ainda, recolher, registar e analisar dados, podendo assegurar, entre outros, serviços de tesouraria, de atendimento e de secretariado, utilizando os meios tecnológicos ao seu dispor.
Operador de Venda
É o trabalhador a quem compete, utilizando ou não meios informáticos, proceder à
recolha, registos, tratamento, codificação e processamento de dados relativos à primeira
venda podendo, também, proceder ao serviço de pagamentos e recebimentos e elaborar
a documentação inerente, correspondendo este serviço às funções de caixa de lota.
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Operador de Exploração
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Referência: m h s t 14 de 140
É o trabalhador a quem compete executar todas as operações relacionadas com a descarga, manipulação, movimentação e controlo do pescado ou outros produtos, a bordo ou em terra, utilizando os meios de elevação e transporte em uso, bem como proceder à limpeza, conservação e lavagem do recinto da lota e equipamentos, zelando pela sua boa utilização e controlar entradas e saídas das instalações da lota.
Operador Técnico e de Manutenção
É o trabalhador a quem compete proceder a trabalhos de elaboração, reparação e manutenção de equipamentos ou instalações, nomeadamente, nos domínios da electricidade, mecânica, lubrificação e lavagens, serralharia mecânica e civil, carpintaria, canalização, construção civil, pintura, soldadura e metrologia, manobrar e vigiar o funcionamento de instalações electromecânicas e frigoríficas, podendo ainda interpretar esquemas, especificações e desenhos técnicos, elaborando relatórios de avarias e utilizando instrumentos de medida, consoante as suas habilitações e qualificações técnicas e profissionais e, quando exigível, tituladas por carteira profissional.
Operador de Serviço de Apoio
É o trabalhador a quem compete, consoante as suas habilitações e aptidões, executar as
tarefas auxiliares ou de apoio às actividades da empresa, nomeadamente, transportes,
comunicações, fiscalização e protecção, restauração, atendimento e limpeza, entre
outras.
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Capitulo II
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3 Perigos e Riscos Profissionais
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Referência: m h s t 16 de 140
A implementação da política de segurança e saúde no trabalho exige um planeamento estratégico centrado na avaliação e controlo de riscos (enquanto pilar fundamental da prevenção de riscos profissionais) e no cumprimento da legislação que neste domínio é aplicável à organização (enquanto referencial de cumprimento de requisitos mínimos).
A identificação de perigos, a avaliação de riscos e a implementação das medidas de controlo exigem o desenvolvimento de metodologias que possibilitem a integração de factores de risco materiais, humanos e organizacionais e que conduzam ao estabelecimento de prioridades de intervenção. Para esse efeito é necessário que a identificação de perigos e a avaliação e controle dos riscos se reporte a:
• Actividades de rotina e ocasionais;
• Actividade de todo o pessoal que tem acesso aos locais de trabalho (incluindo subcontratados, clientes e visitantes);
• Instalações onde existam postos de trabalho e respectivos acessos.
As situações de risco profissional podem advir do equipamento e dos métodos de trabalho utilizados (acidentes de trabalho, posturas incorrectas), do ar ambiente no local de trabalho (poluição química, biológica ou física) ou da própria organização do trabalho (relações humanas, ritmo de trabalho, monotonia).
Assim, no local de trabalho podem estar presentes vários factores de risco, nomeadamente:
• Actos perigosos;
• Factores ambientais (poluentes químicos, agentes biológicos e agentes físicos);
• Factores ergonómicos;
• Factores psicológicos.
Entende-se como Perigo a fonte ou a situação com potencial para o dano, em termos de
lesões ou ferimentos para o corpo humano ou de danos para a saúde, para o património,
para o ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes (segundo a OSHAS
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18000). Ao processo de se reconhecer a existência de um perigo e de definir as suas características, dá-se o nome de identificação do perigo.
i
Entende-se como Risco a combinação da probabilidade e da consequência (gravidade) da ocorrência de um determinado acontecimento perigoso (segundo a OSHAS 18000).
Ao processo global de estimativa de grandeza do risco e de decisão sobre a sua aceitabilidade, dá-se o nome de avaliação de riscos.
A avaliação de riscos é um processo que permite identificar os perigos (situações que podem originar danos à saúde), avaliar a probabilidade de ocorrência de um acidente devido a esse perigo, e avaliar as suas possíveis consequências.
Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em:
• Riscos físicos, devidos às más condições de trabalho, às máquinas e equipamen
tos sem protecção e à sua inadequada utilização, o armazenamento inadequado, as más condições estruturais, etc. Ou seja, as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: iluminação, calor, frio, pres
são, humidade, ruído, radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações, entre ou
tras.
• Riscos ergonómicos, ou seja, qualquer factor que possa interferir nas caracterís
ticas psico-fisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afectando sua saúde. São exemplos de risco ergonómico: o levantamento de peso, ritmo exces
sivo de trabalho, monotonia, repetibilidade das tarefas, posturas inadequadas de trabalho, etc.
• Riscos químicos, ou seja, as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poei
ras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da ac- tividade, de exposição, possam ter contacto ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
• Riscos biológicos, relacionados com agentes de risco biológico, tais como, os
microorganismos, as bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros.
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Referência:
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4 Sinalização de Segurança
No interior e exterior das instalações da Docapesca Portos e Lotas S.A., existem formas de aviso e informação rápida, na medida de auxiliar os colaboradores a actuar em conformidade com os procedimentos de segurança.
Com este objectivo, existem um conjunto de símbolos e sinais que devem ser conhecidos por forma a facilitar a compreensão dos riscos e dos procedimentos a cumprir nas diversas situações laborais que podem ocorrer, conforme ilustração 2.
" - ^ F O R M A
C O R E S ^ " ' " ' \ _ O A 1 1 1
P R O IB IÇ Ã O
M A T E R IA L D E C O M B A T E A
IN C Ê N D IO S
AM ARELO P E R IG O
V E R D E
S E G U R A N Ç A E M S I T U A Ç Ã O D E
E M E R G Ê N C IA
AZU L O B R IG A Ç Ã O IN F O R M A Ç Ã O
Ilustração 2 - Simbologia e cores
Sinais de Perigo
Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal. São
utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.. Têm
forma triangular, o contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo, ilustração 8.
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Data: 21-11-2016 Página: 19 de 140 Referência: MHST
Ilustração 3 - Pictograma a preto e fundo amarelo
Sinais de Proibição
Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm forma circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o fundo branco, ilustração 9.
beber Proibido
á9ua lavar as
mãos Ilustração 4 - Pictograma a preto e o fundo branco, com contorno vermelho
Sinais de Obrigação
Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no sinal.
São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.. Têm
forma circular, fundo azul e pictograma a branco, ilustração 10.
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Referência: m h s t 20 de 140
Ilustração 5 - Pictograma a branco e fundo azul
Sinais de Emergência
Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido no sinal.
São utilizados em instalação, acessos e equipamentos, etc.. Têm forma rectangular, fundo verde e pictograma a branco, ilustração 11.
Ilustração 6 - Pictograma a branco e fundo verde
5 Sinais relativos a recipientes e tubagens
Os recipientes que contenham substâncias ou preparações perigosas, tal como definidos
na Portaria n.° 1152/97 de 12 de Novembro, bem como as tubagens visíveis que os
contenham, deverão estar rotulados sob a forma de pictogramas sobre fundo colorido,
como indicado no referido diploma, ou sinalizados por meio de placas com o sinal de
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aviso adequado e informação complementar, nomeadamente a fórmula química da substância ou preparado perigoso e pormenores sobre os riscos.
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Para os fins da referida norma, os fluidos canalizados são classificados em dez grandes grupos de acordo com as cores convencionais de identificação ou cores de fundo, grupos estes que por sua vez se dividem em subgrupos.
A identificação das tubagens será feita por:
• Cores de fundo - para as instalações em que se considera suficiente a simples identificação da natureza geral do fluido canalizado.
• Cores de fundo com indicações adicionais - para as instalações onde é de grande importância a identificação, tanto quanto possível completa, da natureza e das características do fluido canalizado.
As cores de fundo e os grupos gerais em que se classificam os fluidos que essas cores identificam constam na ilustração 7.
Cor Fluido
Verde Água
Cinzento-prata Vapor de Água
Azul-claro Ar
Ocre-amarelo Gases combustíveis e incombustíveis.
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Referência:
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Violeta Ácidos e Alcalis.
Castanho Líquidos combustíveis e incombustíveis.
Preto Líquidos não identificados.
Ilustração 7 - Identificação de tubagens.
No entanto, esta norma reserva o emprego de três cores adicionais, que são:
Cor Fluido
Vermelho Para indicar que o fluido se destina ao combate de incêndios.
Amarelo Entre duas orlas verticais em preto, para identificação de fluido perigoso.
Azul Em combinação com o verde de fundo, a aplicar nas canalizações de transporte de água doce, potável ou não.
Ilustração 8 - identificação de tubagens
Cores adicionais
Conforme a importância ou género da instalação, a cor convencional de fundo será
aplicada em toda a extensão da canalização ou em anéis com comprimentos iguais a 4
vezes o diâmetro exterior da tubagem.
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Referência:
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Quando for necessário dar a conhecer o sentido da corrente dos fluidos canalizados, este será indicado por uma flecha pintada a branco ou a preto como cor de contraste da cor de fundo.
Poderá empregar-se placas com informações adicionais, sendo estas fixadas á tubagem.
O sentido da corrente pode ser representado pela extremidade pontiaguda dessa placa.
Sinalização das vias de circulação
Quando a protecção dos trabalhadores o exija, as vias de circulação de veículos deverão ser identificados com faixas contínuas que podem ser brancas ou amarelas, localizadas de modo a garantir as distâncias de segurança necessárias, quer entre os veículos e trabalhadores, quer entre ambos e os objectos ou instalações que possam encontrar-se na vizinhança.
Sinais Acústicos
Podem ser de vários tipos e características presentes nos equipamentos de frio e monta cargas, tais como:
• Intermitentes sistema de alarme de variação de temperatura e movimentação do monta-cargas, quando realiza manobras à retaguarda;
• Contínuos, normalmente associados a situações de alarme ou evacuação, sistema de evacuação.
Sinais Luminosos
Os sinais luminosos de segurança deverão garantir um contraste não excessivo, mas
0também não insuficiente, tendo em vista as suas condições de utilização. A superfície
luminosa deverá ser de uma cor uniforme igual, conforme o caso, com as cores usadas
nos sinais coloridos (pictogramas). A alimentação eléctrica dos sinais luminosos deverá
ser autónoma.
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6 Vestuário de Trabalho
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Referência: m h s t 24 de 140
Vestuário de trabalho é toda e qualquer peça estandardizada que faça parte integrante do mesmo e que vise reduzir ou eliminar, dentro do possível, os riscos.
Os riscos são fontes potenciais de acidentes. O seu controlo dentro dos limites aceitáveis é o objectivo a atingir já que a sua eliminação só muito raramente é possível.
Contudo há que não facilitar o acontecimento destes acidentes através do uso de vestuário de trabalho inapropriado.
Tipos de Fatos de Trabalho
O tronco e o resto do corpo são protegidos através de vestuário apropriado, que é concebido em diferentes tecidos.
São vários os tipos de fatos de trabalho, assim como as peças que o constituem:
• Avental
• Fato de macaco
• Fato completo (calças, camisa, casaco, etc.)
• Colete de protecção
O vestuário de trabalho deve apresentar um conjunto de características que garantam a segurança dos seus utilizadores.
De uma forma geral, o vestuário deve ser adaptado ao corpo. Isto significa que não deve ser demasiado largo, de forma a proporcionar que alguma peça do fato se prenda numa peça em movimento da máquina, nem demasiado apertado de modo a dificultar a movimentação do trabalhador.
Todos os outros equipamentos de protecção individual, tais como sapatos ou botas de segurança, óculos, luvas, protectores auriculares, etc. são parte constituinte do chamado fato de trabalho.
O tipo de agente agressor (factor de risco), condiciona o tipo de tecidos a utilizar no fato
de protecção, por exemplo:
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• Os fatos de trabalho em algodão têm a particularidade de fixarem as poeiras que, com os movimentos respiratórios e com o próprio movimento do trabalhador, entram facilmente em suspensão e invadem a zona de respiração do trabalhador constituindo uma fonte de empoeiramento secundário.
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• Pelo contrário, os fatos de trabalho em terylene retêm muito menos poeira (cerca de 65%) pelo que devem ser aconselhados.
• Dever-se-á eliminar ao mínimo bolsos, pregas, etc., no sentido de reduzir igualmente a possibilidade de fixação de poeiras.
Ilustração 9 - Exemplo de fato de trabalho para indústria
Pelo exposto, verifica-se que existe uma grande variedade de situações de trabalho e riscos associados (a que os trabalhadores estão expostos) pelo que também existe uma grande variabilidade de tipo de tecidos.
Os tecidos do fato de trabalho podem conter os seguintes materiais:
• Fibras naturais, como o algodão e a lã;
• Fibras sintéticas, como o poliéster e poliamidas; quer umas quer outras, são tipos de fibras encontradas no vestuário normal de trabalho;
• Materiais plásticos como o PVC, neopreno e polietileno de baixa densidade são utilizados para protecção contra óleos e outros produtos químicos;
• Couro é utilizado para protecção contra radiações (ex: soldadores).
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Referência:
Situações a evitar - Precauções elementares
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Por forma a eliminar riscos acrescidos no desempenho de determinadas funções, no vestuário de trabalho devem evitar-se as seguintes situações:
• Mangas largas;
• Calças à boca de sino;
• Gravatas soltas;
• Avental desapertado;
• Cabelos compridos não protegidos por uma questão de higiene (nomeadamente no manuseamento de alimentos);
• Colares pendentes e Anéis;
• Trapos pendentes nos bolsos;
• Saias justas, pois inibem os movimentos das operadoras;
• Roupas sujas de óleo por uma questão de higiene e ainda por se tratar de um produto perigoso;
• Atacadores desapertados pois os operadores podem tropeçar e cair;
• Tamancos, sapatos de salto alto, saltos finos podem provocar a queda dos operadores.
O vestuário de trabalho deve ser cuidadosamente seleccionado de acordo com os riscos existentes em cada posto de trabalho e deverá ter a opinião de todos os intervenientes.
Todas estas situações dão aso a que possa ocorrer um acidente, pelo simples facto de
haver o risco de qualquer destas peças se prender a/aos orgão(s) rotativos das máquinas.
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7 Protecção Colectiva
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Referência: m h s t 21-11-2016 27 de 140
As medidas de Protecção Colectiva devem ser contempladas na fase de projecto e implementadas sempre que tal se torne necessário em beneficio da protecção da segurança e saúde dos trabalhadores.
Estas, só poderão ser substituídas pelas medidas de Protecção Individual (uso do Equipamento de Protecção Individual - E.P.I) quando, por razões de tempo de execução ou de curta exposição a certos riscos, as medidas colectivas se tornem técnica e economicamente inviáveis.
A Protecção Colectiva engloba a implementação de medidas referentes a:
• Sinalização de Segurança;
• Ruído;
• Vibrações;
• Iluminação;
• Máquinas;
• Riscos Eléctricos;
• Produtos Tóxicos e Perigosos;
• Riscos de Incêndio;
• Pureza do Ar;
• Controlo de Atmosferas;
• Temperatura e Humidade;
• Trabalhos no Exterior;
• Radiações;
• Medidas de Higiene e Limpeza;
• Resíduos e Efluentes.
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8 Protecção Individual
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Referência: m h s t 28 de 140
Há casos onde é muito difícil ou mesmo inevitável por razões económicas ou técnicas haver uma protecção integrada, devendo nestes casos os trabalhadores serem protegidos com equipamentos de protecção colectiva.
Existem ainda situações em que nenhuma das protecções já citadas (integrada e colectiva) são fáceis de conseguir ou encontram dificuldades técnicas e económicas impossíveis de ultrapassar, não existindo outra alternativa que não o recurso a Equipamentos de Protecção Individual (EPI's), que tal como a sua designação indica, protegem o trabalhador dos riscos inerentes á sua actividade.
Segundo o Decreto de Lei n.° 128/93, de 22 de Abril alterado pelo decreto-lei 139/95 de 14 de Junho, e pelo decreto-lei 374/98, de 24 de Novembro, refere que os Equipamentos de Protecção Individual terão de satisfazer, na sua concepção e fabrico, exigências essenciais de segurança e respeitar os procedimentos adequados à certificação e controlo da sua conformidade com as exigências essenciais aplicáveis.
Para além disso um Equipamento de Protecção Individual (EPI), deverá ser:
• Eficaz, ou seja, adequado aos riscos a proteger;
• Robusto;
• Prático e cómodo;
• De fácil limpeza e conservação.
O Decreto-lei 88/2015, de 28 de maio, define regras de utilização dos EPI(s) referindo o esquema a seguir na avaliação das situações de risco, assim como as actividades e sectores de actividade a ter em conta na avaliação e lista indicativa e não exaustiva dos Equipamentos de Protecção Individual.
Aos trabalhadores deverá dar-se a conhecer os riscos a que estão sujeitos e a
importância do seu uso e a sua correcta utilização.
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Data: 21-11-2016 Página: 29 de 140 Referência: MHST
Protecção das Mãos
Protecção dos Olhos e Face
Protecção dos Pés
Protecção do Crânio
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Referência:
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Protecção das Vias Respiratórias
Protecção dos Ouvidos
Protecção do Corpo
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Ilustração 10 - Exemplos de Equipamentos de Protecção Individual - E.P.I.’s
Escolha dos E.P.I.’s
Para além das características técnicas exigidas face à situação de risco, na escolha dos EPI(s) e relativamente ao factor “prático e cómodo”, tem grande importância a participação do trabalhador cumprindo-se, assim, dois objectivos:
• O próprio operador fornece informação útil: dado o contacto que tem com a máquina, ele conhece aspectos que outros não se apercebem;
• Permite que o trabalhador se sinta parte integrante do processo de selecção do
equipamento, eliminando assim uma possível rejeição ao mesmo.
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Por outro lado, tem-se ainda verificado que o trabalhador é facilmente influenciado pelo
“mau exemplo” dos seus superiores hierárquicos.
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Um chefe que não usa o seu Equipamento de Protecção Individual em situações de trabalho que o exigem, é elemento dissuasor do bom acatamento dessa prescrição. Por conseguinte, a formação começa em si.
Os E.P.I.(s) podem pois usar-se em três situações distintas:
• Como único meio de protecção apenas quando o trabalhador se expõe directamente ao risco:
• Exemplo: “Uso de luvas adequadas quando manusear produto ou material com certas características agressivas”.
• Quando o trabalho que em princípio deveria ser efectuado com protecção colectiva tem tão curta duração que não se justifica a montagem dessa protecção colectiva.
• Exemplo: “Uso de protectores de ouvidos quando se entra esporadicamente num local isolado com níveis de ruído elevado”.
• Como complemento de segurança em determinadas situações em que não se reconheça suficiente a protecção integrada ou colectiva existente.
• Exemplo: “Uso de calçado antiderrapante, mesmo que esse piso seja já antiderrapante”.
Classificação dos EPI(s)
As protecções individuais podem ser classificadas segundo vários critérios, sendo mais vulgar nos seguintes:
• Em função da parte do corpo;
• Em função do agente agressor;
• Em função do risco.
Em função da parte do corpo que protegem:
• Crânio - capacete.
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• Olhos - óculos, viseiras;
• Ouvidos - tampões, protectores auriculares;
• Vias Respiratórias - máscara, semi-máscara;
• Membros superiores - luvas;
• Membros Inferiores - sapatos, botas, botins;
• Tronco e Membros - fato de trabalho, avental;
• Corpo Inteiro - cinto de segurança, arnês de segurança.
Em função do agente agressor que combatem:
• Humidade, frio, calor, água - capacete; capuz, gorro, luvas, sapatos, botas;
• Poeiras - capuz, óculos, máscaras;
• Produtos químicos - capuz, óculos, máscaras, botas fato de trabalho, luvas;
• Ruídos - tampões, protectores, auriculares;
• Radiações - óculos, viseiras, máscaras , luvas etc.;
• Electricidade - luvas, sapatos, botas, fatos de trabalho.
Em função do risco contra o qual deve ser feita a protecção:
• Quedas - cinto de segurança, arnês de segurança;
• Pancadas na cabeça - capacete.
• De acordo com os dados estatísticos referentes às partes do corpo mais atingidas nos acidentes de trabalho, durante os últimos anos, verificamos que:
• As mãos são a zona mais atingida com 25%;
• Em segundo os olhos com 15%;
• Os pés vêm em terceiro com 12%;
Todas as outras partes do corpo aparecem com 10%, à excepção do torax, com 8%.
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Protecção da Cabeça
Todos os capacetes deverão satisfazer os requisitos das Normas Portuguesas ou da UE, contendo uma marcação de forma legível e indestrutível de garantia com as seguintes informações:
• O número da Norma Europeia (EN 397);
• O nome da referência de identificação do fabricante;
• O ano e o trimestre do fabrico;
• Tipo de capacete (designação do fabricante). Esta indicação deve figurar tanto na calote como no arnês;
• Dimensão ou escala de dimensões (em centímetros). Esta indicação deve figurar tanto na calote como no arnês.
Deve efectuar-se a limpeza, desinfecção e manutenção regulares dos capacetes de segurança.
A limpeza e desinfecção dos protectores da cabeça são parâmetros de extrema importância, em especial se os utilizadores transpiram bastante ou, quando a respectiva utilização não se limita a uma única pessoa.
Importante - Se se detectar a presença de fissuras ou sinais de envelhecimento, os capacetes devem deixar de ser utilizados. Exemplos de protecção da cabeça
Protecção dos Olhos e Rosto
As lesões oculares contraídas durante a execução de inúmeros trabalhos, só raramente são lesões simples ou passageiras. Para isto, concorrem duas circunstâncias muito importantes: a fragilidade e vulnerabilidade dos olhos e o tipo de riscos a que estão expostos.
Portanto, os óculos de protecção devem proteger os olhos contra:
• Projecções de partículas sólidas - contundentes, cortantes, abrasivas e quentes
ou incandescentes.
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Projecções de substâncias líquidas ou gasosas - alcalinas, ácidas, cáusticas, corrosivas, irritantes, infectantes e quentes.
• Radiações luminosas - raios laser, luz natural ou artificial muito intensa e luz actínica (luz muito rica em raios ultravioletas: luz produzida nas soldaduras e arco eléctrico).
• Radiações invisíveis - radiações ultravioleta e radiações infravermelho.
• Radiações térmicas - calor irradiante proveniente de luz intensa, de materiais incandescentes, de chamas e de compartimentos muito quentes.
Modelos de Óculos
Os óculos de protecção são geralmente designados e identificados por referência aos riscos a que se destinam ou à natureza do trabalho a realizar, assim temos:
• Óculos contra impactos;
• Óculos contra poeiras;
• Óculos contra produtos químicos;
• Óculos contra radiações luminosas;
• Óculos de soldador.
Óculos contra impactos
Estes óculos são constituídos por lentes plásticas ou de vidro temperado, com 3 mm de espessura, montados em armações rígidas. Vulgarmente estas armações dispõem de palas laterais, montadas nas hastes, para evitar a penetração de partículas.
Óculos contra poeiras
Estes óculos devem ser amplos e fabricados em matérias ligeiramente maleáveis, para se poderem ajustar perfeitamente à face do trabalhador e alojar, se necessário, óculos de correcção. Não devem permitir frestas que facilitem a entrada dos elementos agressores.
Este tipo de óculos está indicado para trabalhos em madeira, desincrustações,
polimentos, trabalhos em pedra, abrasivos e outros que provoquem desprendimento de
partículas.
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Óculos contra produtos químicos
Nos modelos e na maleabilidade, estes óculos são praticamente idênticos aos óculos anteriores (contra poeiras). As principais diferenças residem na natureza dos materiais de construção, que terão de resistir às condições do meio ambiente onde vão ser utilizados, no sistema de respiradores que, neste caso, terão de ser mais herméticos.
Nos locais onde existam vapores ou neblinas, os óculos a utilizar não terão respiradores.
Óculos contra radiações luminosas
Os óculos contra radiações luminosas, regra geral não se destinam unicamente a reduzir as intensidades luminosas, mas também a filtrar as radiações invisíveis de ultravioletas e infravermelhos que acompanham as emissões de luz.
São equipados com oculares e visores coloridos, de cor e tonalidade variáveis, podendo ser filtrantes e também reflectores. Estas oculares e visores, quando de vidro natural, são normalmente endurecidos (cementados) por processo térmico.
Óculos de soldador
Este tipo de óculos, conforme a designação indica, são destinados a um género de actividade bem precisa.
São constituídos por armações em metal ou plástico incombustível, resistentes ao fogo e a impactos de partículas incandescentes, podendo ser oculares ou visores rectangulares.
Na maioria das soldaduras são utilizadas viseiras. Porém, nas soldaduras a gás ou no oxi-corte, são frequentemente utilizados óculos de soldador.
Os vidros filtrantes rectangulares próprios para a soldadura, por terem medidas normalizadas, tanto são aplicadas em óculos como em viseiras. Os óculos, tal como as viseiras, podem ser de visor fixo ou de janela elevável.
Higiene e Manutenção
Os óculos de protecção, em especial os de vidro, deverão ser mantidos limpos e arrumados em locais próprios.
Deverão ser objecto de controlo periódico. Os vidros deverão ser correctamente limpos
nas duas faces pelo uso de um líquido de limpeza apropriado.
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Viseiras
As viseiras são os equipamentos que se destinam à protecção da face e dos olhos contra os riscos de acidentes provocados por projecções de partículas contundentes, sólidas e incandescentes, projecções de ácidos e de outros líquidos (cáusticos, corrosivos, irritantes, infectantes) e ainda contra radiações luminosas e térmicas.
Conforme os riscos a proteger, há modelos diferentes de viseiras. Porém, no fundamental, esses modelos englobam-se em dois grandes grupos ou tipos:
Protecção dos Ouvidos
O ruído é uma constante nas instalações industriais e outros locais de trabalho, sendo um dos principais responsáveis pela degradação das condições ambientais, contribuindo decisivamente para um elevado índice de doenças profissionais, quer no aparelho auditivo, quer em desequilíbrios psíquicos, provocando mesmo acréscimo de tensões que podem gerar situações favoráveis à ocorrência de acidentes.
A exposição prolongada a níveis elevados de ruído nos locais de trabalho, constitui, assim, um factor de risco para a saúde e a segurança dos trabalhadores.
Para a eliminação / redução desses riscos - designadamente o de Surdez Profissional - deve limitar-se a exposição ao ruído, sem prejuízo das disposições aplicáveis à limitação da emissão sonora por parte das máquinas e equipamentos.
Para tal, deverão ser aplicadas medidas técnicas aos equipamentos (protecção colectiva) e, apenas quando tal se torna impossível ou economicamente inviável, deve-se recorrer a medidas organizacionais e/ou à utilização de protecção individual.
O Decreto-Lei n.° 72/92, de 28 de Abril, conjugado com a regulamentação estabelecida no Decreto Regulamentar n.° 9/92 da mesma data, veio estabelecer as medidas nos locais de trabalho para a prevenção dos riscos devido ao ruído.
Os referidos diplomas estabelecem que:
- O nível de acção da "exposição pessoal diária de um trabalhador ao ruído durante o
trabalho" é igual a 85 dB(A);
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