Mônica Steffen Guise
*RESUMO
O artigo procura levar o leitor a refletir sobre alguns dos aspectos do ordenamento jurídico internacional de proteção à propriedade intelectual em sua relação, direta e indireta, com o desenvolvimento nacional de um país, compreendido aqui em um sentido mais restrito:
desenvolvimento econômico como conseqüência de desenvolvimento tecnológico. Em outras palavras, a ampla proteção da propriedade intelectual, obrigatória a todos os Membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) por meio do Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio (Acordo TRIPs), gera desenvolvimento nacional? E os recentes tratados bilaterais e regionais que dispõem sobre a proteção da propriedade intelectual? O padrão de proteção estabelecido nestes acordos, conhecidos como TRIPs plus por irem além dos níveis já determinados pela OMC, contribui para a promoção do desenvolvimento nacional? Para tal, o artigo analisa o conceito de desenvolvimento em sua relação com a proteção internacional da Propriedade Intelectual. Este exercício é feito à luz da experiência adquirida a partir da entrada em vigor do Acordo TRIPs e do contexto regional e bilateral em matéria de propriedade intelectual.
PALAVRAS-CHAVE: PROPRIEDADE INTELECTUAL – DESENVOLVIMENTO – MULTILATERAL – REGIONAL - BILATERAL.
ABSTRACT
The present paper analyses some aspects of the international intellectual property system, in its relation, direct and indirect, with a country’s national development, understood in a
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Pesquisadora da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas – DireitoGV. Mestre em Direito pela
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Especialista em Direito e Negócios Internacionais pela
UFSC e especialista em Propriedade Industrial pela Universidade de Buenos Aires.
more restrictive sense: national economic development as a result of technological development. In other words, does the protection of intellectual property, binding to all WTO Members through the TRIPs Agreement, promote development? And the recent bilateral and regional free trade agreements that establish new levels of intellectual property protection? Do they contribute to the promotion of national development? In order to try to answer these questions, the present paper analyses the concept of development in its relation to the international protection of intellectual property.
KEYWORDS: INTELLECTUAL PROPERTY – DEVELOPMENT – MULTILATERAL –REGIONAL - BILATERAL.
I. INTRODUÇÃO
O Acordo TRIPs,
1tratado internacional que regula os direitos de propriedade intelectual para os países
2que hoje fazem parte da Organização Mundial do Comércio (OMC), traz amplas repercussões de ordem sócio-econômica para o âmbito nacional destes Estados. Para aqueles países que respeitam sua obrigação internacional de fazer cumprir os tratados que ratificam, é o texto do Acordo TRIPs que determina os padrões mínimos de proteção à propriedade intelectual que as legislações nacionais colocarão em vigor no o interno. Assim, se o Acordo pede proteção para áreas anteriormente não protegidas, como é o caso das patentes de medicamentos, por exemplo, é fácil verificar as implicações econômicas e sociais dele advindas nesta área específica.
No entanto, o Acordo TRIPs não é o único a estabelecer níveis mínimos de proteção à propriedade intelectual. Ainda no contexto do comércio internacional, existe uma série de acordos regionais e bilaterais que dispõem sobre a matéria. Muitas vezes,
3os níveis de proteção estabelecidos por estes tratados vão ainda além daqueles previstos pela OMC, razão pela qual são chamados de TRIPs plus, ou ainda, TRIPs-extra.
1
O Acordo é usualmente referido pela sigla decorrente de seu nome em inglês, a saber, Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights, e será designado como tal neste artigo, por meio das expressões
“TRIPs”, “Acordo TRIPs” ou “o Acordo”. A sigla em português é ADPIC, referindo-se ao Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio.
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Para a relação destes países, ver o sítio eletrônico da OMC. Disponível em: http:// www.wto.org. Acesso em: 31 out. 2006.
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Conforme será verificado ao longo deste artigo.
O objeto de análise deste artigo é exatamente o conjunto desta regulamentação internacional
4(bilateral, regional e multilateral) em sua relação com o desenvolvimento nacional de um Estado. E neste momento um primeiro questionamento deve ser feito: que desenvolvimento é este?
II. PROPRIEDADE INTELECTUAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO De acordo com a Resolução n.41/128 de 04 de dezembro de 1986 da Assembléia Geral das Nações Unidas:
[...] desenvolvimento é um amplo processo econômico, social, cultural e político, que objetiva a melhoria constante do bem-estar de toda uma população e de todos os indivíduos, na base de sua participação ativa, livre e consciente no desenvolvimento e na justa distribuição dos benefícios dela resultantes.
Para Comparato (2001, p. 396), desenvolvimento é um processo de longo prazo, impulsionado e viabilizado por políticas públicas nos campos econômico, social e político.
Neste sentido, também afirma Barral (2005, p. 48) que o desenvolvimento não pode ser redutível ao mero crescimento econômico. Ele abrange valore sociais que vão muito além do conceito limitado de desenvolvimento econômico.
Amartya Sen (2000) relaciona o conceito de desenvolvimento com o conceito de liberdade: para este autor, desenvolvimento é um processo de expansão de liberdades fundamentais: (a) a liberdade econômica; (b) a liberdade política; e (c) as liberdades instrumentais, que possibilitam todas as outras liberdades, como as garantias contra a intolerância e o preconceito, por exemplo.
No contexto do direito, o que importa discutir são as implicações da ordem jurídica para a promoção do desenvolvimento. E sem discordar desta visão que compreende desenvolvimento como um processo amplo, que vai muito além de questões econômicas, é preciso esclarecer que uma análise do sistema de proteção à propriedade intelectual como elemento gerador de desenvolvimento terá, necessariamente, como ponto de partida a análise de suas implicações econômicas.
Explica-se. Os títulos de propriedade intelectual geram direitos de uso, gozo e disposição exclusivos. O uso exclusivo da patente ou da marca, por exemplo, concretiza-se
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O conjunto desta regulamentação internacional em matéria de propriedade intelectual será designada neste
artigo como “sistema de propriedade intelectual”.
no universo econômico. Ora, é exatamente o lucro advindo do poder de excluir terceiros que recupera os investimentos realizados para o desenvolvimento de determinado produto e que incentiva a pesquisa. Em outras palavras, é a aplicação industrial do invento e a comercialização de seus resultados que gera desenvolvimento, tecnológico (por meio do incentivo à pesquisa e conseqüente capacitação humana) e econômico.
Assim, falar da relação entre propriedade intelectual e desenvolvimento implica em compreender desenvolvimento lato sensu como conseqüência de um desenvolvimento tecnológico e econômico, que por sua vez, é resultado da proteção dos direitos de propriedade intelectual.
Uma vez esclarecido este contexto, a próxima pergunta é: qual o papel da ordem jurídica na promoção deste desenvolvimento? Mais especificamente ainda, qual o papel da regulamentação dos direitos de propriedade intelectual? Ou ainda, por que um país deve incrementar (ou não) a proteção da propriedade intelectual?
Nas últimas décadas, tem sido crescente o reconhecimento dos fatores tecnologia e capital humano na promoção do desenvolvimento, sendo que um dos principais indicadores do nível de desenvolvimento tecnológico de um país são as patentes nele registradas. De acordo com Pimentel (2005, p. 301), é estreita a relação entre os fenômenos do avanço tecnológico e da proteção da tecnologia pelo direito de patentes.
A lógica que justifica uma maior regulamentação jurídica da propriedade intelectual como promotora do desenvolvimento nacional é a seguinte: quanto maior a proteção patentária, maior a transferência de tecnologia. Havendo transferência de tecnologia, há desenvolvimento tecnológico no país que concedeu a patente. E finalmente, desenvolvimento tecnológico gera desenvolvimento econômico, que gera desenvolvimento geral.
Robert Sherwood defende que os países em desenvolvimento devem aumentar a
proteção à propriedade intelectual para que se desenvolvam. Este desenvolvimento
ocorreria por força dos investimentos e da tecnologia, conseqüência direta de maior
proteção aos direitos de propriedade intelectual e geradores de desenvolvimento
econômico.
No entanto, esta relação aparentemente simples de causa e conseqüência não é de fácil comprovação empírica. Já em 1977, Machlup realizou um estudo econômico
5sobre a influência do sistema de patentes, cuja conclusão é que “não há uma resposta clara e cientificamente fundamentada sobre o efeito vantajoso ou prejudicial do sistema de patentes na economia’’ (MACHLUP apud CARVALHO, 1983, p. 52).
A própria história brasileira de proteção à propriedade intelectual mostra que o país somente começou a industrializar-se mais de cem anos depois da entrada em vigor de sua primeira lei de patentes.
6Ainda outra questão a ser analisada é se o aumento da proteção à tecnologia (e conseqüente aumento do número de patentes concedidas) significa necessariamente desenvolvimento tecnológico nacional. Veja-se. Entre 1995 e 2004, houve um aumento de 212% nos pedidos de patentes depositados no Brasil por estrangeiros. Neste mesmo período, o numero de depósitos realizados por nacionais cresceu apenas 44% (WIPO, 2006). Uma possível leitura destes dados pode ser que o aumento dos níveis de proteção dos direitos de propriedade intelectual ocorridos no Brasil por força da entrada do país na OMC foi mais atraente aos estrangeiros do que a seus residentes.
Contrariamente, poder-se-ia argumentar que estas patentes concedidas a não residentes trazem como conseqüência a transferência de tecnologia ao país que concedeu o titulo de propriedade. No entanto, a titularidade de uma patente em determinado Estado não significa que a tecnologia será transferida a ele. Uma empresa estrangeira pode optar pela patente como instrumento garantidor de exclusividade nos mercados de determinados países, exportando o produto objeto da patente, e não necessariamente transferindo tecnologia a eles.
7Sendo assim, qual é o nível ideal de proteção, tendo em vista a promoção do desenvolvimento? Se, conforme afirma Carvalho (1983, p. 51), é impossível verificar exatamente quanto a patente serve ao desenvolvimento, é importante que se possa vislumbrar ao menos como, tendo em mente que a busca pelo desenvolvimento passa por
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An economic review of the patent system.
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Ver Alvará do Príncipe Regente, de 24 de abril de 1809 e posterior Lei de 28 de agosto de 1830.
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Para um estudo mais aprofundado sobre a necessidade de exploração local do objeto da patente, ver
GUISE, 2005 in: CARVALHO, Patrícia.
um conjunto normativo claro e bem estruturado em matéria de propriedade intelectual, que respeite primordialmente as particularidades e necessidades de cada país.
Neste sentido, é preciso conhecer alguns dos principais tratados internacionais que dispõem sobre a matéria, já que, para o mundo em desenvolvimento, são eles quem determinam os níveis de proteção a serem implementados nas legislações domésticas.
III. O ACORDO TRIPS E OS TRATADOS BILATERAIS E REGIONAIS EM MATÉRIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL
O regime internacional de proteção à propriedade intelectual tem sido moldado por uma série de negociações paralelas, que acontecem em diferentes níveis: multilateral, regional e bilateral. De modo geral, verifica-se uma forte tendência no sentido de ampliar o âmbito de proteção. O presente artigo fará, ainda que brevemente, algumas considerações sobre este três âmbitos de negociação.
III.1 O Acordo TRIPs
No contexto multilateral da Organização Mundial do Comércio, o Acordo TRIPs é emblemático. Ao dispor sobre a proteção dos direitos de propriedade intelectual ele estabeleceu um novo nível mínimo de proteção à propriedade intelectual que afetou particularmente os países em desenvolvimento, cujos níveis de proteção eram, até então, relativamente baixos (GUISE, 2006, p. 23). O acordo TRIPs vinculou a propriedade intelectual ao comércio internacional de modo indissociável, estabelecendo um novo tratamento da matéria. Trata-se de um conjunto de normas que asseguram os direitos de propriedade intelectual em escala mundial.
No Brasil, assim como em diversos outros países, o Acordo TRIPs implicou na adoção de padrões mais rígidos de proteção à propriedade intelectual. Isto se deu por meio da entrada em vigor da Lei n
o9.279, de 14 de maio de 1996.
No entanto, é importante perceber que o nível de proteção de propriedade
intelectual a ser adotado por um país depende, em grande medida, de sua capacidade
tecnológica, que é singular. Dificilmente um mesmo nível de proteção global para
diferentes níveis tecnológicos é a melhor solução. Mas com a inclusão do Acordo TRIPs no âmbito da OMC, todos os membros passaram a estar obrigados a adotar em suas leis nacionais os mesmos padrões globais mínimos de proteção à propriedade intelectual.
Observa-se que diferentes realidades tecnológicas não foram levadas em conta quando esses padrões foram desenhados. Os níveis de proteção impostos pelo Acordo são os mesmos para a Suíça e para a África do Sul, por exemplo.
No entanto, o Acordo TRIPs não é o único tratado internacional a regulamentar a proteção da propriedade intelectual. Nos últimos anos, tem sido crescente o número de acordos regionais e bilaterais que dispõem sobre a matéria, e que, de modo geral, ampliam os padrões mínimos já estabelecidos pelo TRIPs, além de minar algumas das flexibilidades por ele previstas, como é o caso das licenças compulsórias.
III.2 Contexto Regional
O âmbito dos Acordos Regionais de Comércio (ARCs) pode variar enormemente.
Eles podem regulamentar desde simples regras tarifárias até áreas inteiras de livre comércio. Os ARCs possibilitam que determinados grupos de países negociem regras e compromissos que não são possíveis no contexto multilateral.
8São vários os ARCs em vigor hoje que trazem disposições sobre a proteção da propriedade intelectual nas Américas. Veja-se. (a) Comunidade Andina: Decisões 486, 345, 351 e 391; (b) Acordo de Livre Comércio entre Colômbia, Venezuela e México:
capítulo sobre propriedade intelectual; (c) NAFTA:
9capítulo XVII; (d) MERCOSUL:
Protocolo de harmonização em matéria de marcas, indicações geográficas e denominações de origem; e (e) SIECA:
10Convênio centro-americano para a proteção da propriedade industrial.
Nos três primeiros casos, os padrões de proteção estabelecidos vão além do mínimo exigido pelo Acordo TRIPs, razão pela qual tais ARCs são chamados de TRIPs plus.
8
Para uma lista completa dos principais ARCs em vigor hoje no mundo, ver o sítio eletrônico da OMC.
Disponível em www.wto.org. Acesso em 17 out. 2006.
9
Canadá, México e Estados Unidos.
10
Costa Rica, El Salvador, Honduras, Guatemala e Nicarágua.
As negociações para uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), iniciadas em Miami, em 1994, também prevêem, entre diversas outras matérias, disposições sobre direitos de propriedade intelectual, nas quais os padrões são mais elevados e a possibilidade de utilização de flexibilidades, engessada.
Alguns exemplos são: (a) o estabelecimento de regras para a exaustão de direitos
11(O Acordo TRIPs não regulou a matéria); (b) a falta total de referência à saúde pública
12na lista exaustiva que determina casos de exceções aos direitos conferidos pela patente; (c) restrições significativas para a utilização de licenças compulsórias;
13e (d) possibilidade de extensão do prazo de exclusividade conferido pela patente em casos de demora injustificada na concessão do título.
14III.3 Contexto Bilateral
Diferentemente do que ocorre no âmbito multilateral e regional, os acordos bilaterais possuem um âmbito de aplicação mais focado, e portanto mais limitado.
Para Vivas-Eugui (2003, p. 7), uma das principais razões
15pelas quais os países em desenvolvimento aceitaram o Acordo TRIPs durante a Rodada Uruguai de negociações do General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), foi a expectativa de não sofrerem mais pressões bilaterais por parte dos países desenvolvidos.
16No entanto, a experiência pós- TRIPs mostra que a atividade bilateral não diminuiu. Pelo contrário, ela aumentou. De acordo com dados da UNCTAD, o número de acordos bilaterais aumentou de 385 para 1857, no período que vai de 1989 a 1999.
11
Parte I, art. 4.1; Parte II, Seção1, art. 4.1; Seção 3, art. 5.3 e 5.4; Seção 5, art. 6.1; Seção 8, art. 5.1; e Seção 9, art. 6.1
12
Seção 5, art. 4.2 e 4.4
13
Art. 5.1
14
Parte II, Seção 5, art. 8.2
15
Entre estas outras razões encontra-se, por exemplo, o fato da negociação ter sido global. Neste contexto, outros interesses eram considerados mais importantes (como na área de agricultura), e concessões em matéria de propriedade intelectual eram feitas em prol da negociação do “pacote“.
16
No início da década de 1980, por exemplo, o governo dos Estados Unidos da América (EUA) passou a
incluir assuntos relacionados à propriedade intelectual em sua agenda internacional, de acordo com o
disposto na seção 301 da Lei de Comércio e Tarifas, a 301 Trade and Tariffs Act. Países como Argentina,
Brasil, Indonésia e Tailândia foram sujeitos a investigações e sofreram ameaças de retaliações comerciais
por não protegerem suficientemente direitos de propriedade intelectual. Ao final da década de 1980, o Brasil
era oficialmente citado em um documento norte-americano que listava e previa sanções contra países que
outorgassem baixa proteção aos direitos de propriedade intelectual.
O problema dos acordos bilaterais entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento é que eles reproduzem os níveis de proteção já existentes no mundo industrializado. Muitas vezes, estes níveis ultrapassam os padrões já estabelecidos no âmbito multilateral e regional, criando novas obrigações internacionais em matéria de propriedade intelectual.
Outras vezes, estes acordos anulam algumas das flexibilidades previstas Acordo TRIPs. Veja-se o caso do acordo de livre comércio firmado entre os EUA e Singapura.
17Este acordo proíbe a licença compulsória,
18além de trazer disposição que determina que as partes apenas podem excluir da patenteabilidade as invenções especificadas no Artigo 27.2 e 27.3 (a) do TRIPs, anulando, portanto, o previsto no Artigo 27.3. (b).
Finalmente, é importante ressaltar que no contexto bilateral o poder de negociação dos países em desenvolvimento é muito menor. Nem sempre os padrões de proteção estabelecidos em tais acordos são a melhor opção para o desenvolvimento nacional de ambas as partes.
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As principais questões propostas pele presente artigo foram: (a) a ampla proteção da propriedade intelectual, obrigatória a todos os Membros da OMC por meio do Acordo TRIPs, gera desenvolvimento nacional? (b) e os recentes tratados bilaterais e regionais que dispõem sobre a proteção da propriedade intelectual? (c) o padrão de proteção estabelecido nestes acordos, conhecidos como TRIPs plus, contribui para a promoção do desenvolvimento nacional?
Após a análise de algumas das teorias que buscam compreender o desenvolvimento, conclui-se, primeiramente, que a relação entre propriedade intelectual e desenvolvimento implica em enxergar desenvolvimento lato sensu como conseqüência de um desenvolvimento tecnológico e econômico, resultado da proteção dos direitos de
17
Disponível em:
http://www.ustr.gov/assets/Trade_Agreements/Bilateral/Singapore_FTA/Final_Texts/asset_upload_file708_
4036.pdf. Acesso em: 2 out. 2006.
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