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Revista Brasileira. Fase VII Abril-Maio-Junho 2010 Ano XVI N. o 63. Esta a glória que fica, eleva, honra e consola.

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Academic year: 2021

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Revista Brasileira

Fase VII Abril-Maio-Junho 2010 Ano XVI N.

o

63

E s t a a g l ó r i a q u e f i c a , e l e v a , h o n r a e c o n s o l a .

Machado de Assis

(2)

A C A D E M I A B R A S I L E I R A D E L E T R A S 2 0 1 0

D i r e t o r i a

Presidente: Marcos Vinicios Vilaça Secretária-Geral: Ana Maria Machado Primeiro-Secretário: Domício Proença Filho Segundo-Secretário: Luiz Paulo Horta Tesoureiro: Murilo Melo Filho

M e m b r o s e f e t i v o s

Affonso Arinos de Mello Franco, Alberto da Costa e Silva, Alberto Venancio Filho, Alfredo Bosi, Ana Maria Machado, Antonio Carlos Secchin, Ariano Suassuna, Arnaldo Niskier, Candido Mendes de Almeida, Carlos Heitor Cony, Carlos Nejar, Celso Lafer, Cícero Sandroni, Cleonice Serôa da Motta Berardinelli, Domício Proença Filho, Eduardo Portella, Evanildo Cavalcante Bechara, Evaristo de Moraes Filho, Pe. Fernando Bastos de Ávila, Geraldo Holanda Cavalcanti, Helio Jaguaribe, Ivan Junqueira, Ivo Pitanguy, João de Scantimburgo, João Ubaldo Ribeiro, José Murilo de Carvalho, José Sarney, Lêdo Ivo, Luiz Paulo Horta, Lygia Fagundes Telles, Marco Maciel, Marcos Vinicios Vilaça, Moacyr Scliar, Murilo Melo Filho, Nélida Piñon, Nelson Pereira dos Santos, Paulo Coelho, Sábato Magaldi, Sergio Paulo Rouanet, Tarcísio Padilha.

R E V I S T A B R A S I L E I R A

D i r e t o r

João de Scantimburgo C o n s e l h o E d i t o r i a l Arnaldo Niskier

Lêdo Ivo Ivan Junqueira

C o m i s s ã o d e P u b l i c a ç õ e s Antonio Carlos Secchin

José Murilo de Carvalho Marco Maciel

P r o d u ç ã o e d i t o r i a l

Monique Cordeiro Figueiredo Mendes R e v i s ã o

Luciano Rosa e Gilberto Araújo P r o j e t o g r á f i c o

Victor Burton

E d i t o r a ç ã o e l e t r ô n i c a Estúdio Castellani

A

CADEMIA

B

RASILEIRA DE

L

ETRAS

Av. Presidente Wilson, 203 – 4.

o

andar Rio de Janeiro – RJ – CEP 20030-021 Telefones: Geral: (0xx21) 3974-2500 Setor de Publicações: (0xx21) 3974-2525 Fax: (0xx21) 2220-6695

E-mail: publicacoes@academia.org.br site: http://www.academia.org.br As colaborações são solicitadas.

Os artigos refletem exclusivamente a opinião dos autores, sendo eles também responsáveis pelas

exatidão das citações e referências bibliográficas de seus textos.

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Sumário

EDITORIAL

Quem foi Ataulfo de Paiva. . . 5 João de Scantimburgo

CULTO DA IMORTALIDADE

Múcio Leão: acadêmico durante 34 anos. . . 7 Murilo Melo Filho

PROSA

Notas sobre a tradução de poesia . . . 15 Geraldo Holanda Cavalcanti

A Academia e os novos tempos . . . 27 Marcos Vinicios Vilaça

Educação e humanismo. . . 31 Arnaldo Niskier

Machado de Assis e o seu ideário de língua portuguesa . . . 45 Evanildo Bechara

110 anos de um brasileiro . . . 59 Alberto da Costa e Silva

Gonçalves Dias e o Romantismo. . . 63 Ivan Junqueira

Ação internacional de Antônio Houaiss. . . 81 Afonso Arinos, filho

A recepção de Os Sertões . . . 87 Alberto Venancio Filho

Euclides da Cunha e o Exército. . . 133 José Murilo de Carvalho

O direito português da língua . . . 159 Adriano Moreira

Um livro de Barbara Freitag Rouanet . . . 169 Carlos Guilherme Mota

Gonzaga, um poeta no desterro . . . 175 Adelto Gonçalves

Luiz F. Papi – o artista múltiplo . . . 181 Hymirene Papi de Guimaraens

O Velho que não é do Restelo . . . 199 Luiza Nóbrega

Houaiss . . . 239 Mauro de Salles Villar

Conceito de conto em Poe & Machado de Assis: O Alienista

como novela . . . 247 Ivan Teixeira

Chegadas e andanças . . . 269 José Mário da Silva

O inquilino da Urca . . . 275 Leodegário A. de Azevedo Filho

Ataulfo de Paiva na Academia Brasileira de Letras. . . 281 Gisele Sanglard

Mito e surrealismo em João Cabral de Melo Neto. . . 303 Lucila Nogueira

POESIA

Dois sonetos inéditos . . . 337 Alphonsus de Guimaraens Filho

Seis poemas cariocas . . . 339 Alexei Bueno

POESIA ESTRANGEIRA

. . . 347 Poemas de Ivo Machado

GUARDADOS DA MEMÓRIA

Caça às pacas . . . 355 Urbano Duarte

Camilo . . . 359

Afonso Pena Junior

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Quem foi Ataulfo de Paiva

J o ã o d e S c a n t i m b u r g o

C anta o poeta Mario de Andrade, em Lira Paulistana, que foi o seu livro de despedida e decerto representa o ponto mais alto de sua poesia de madureza:

Nesta rua Lopes Chaves Envelheço, e envergonhado Nem sei que foi Lopes Chaves, Mamãe! me dá essa lua, Ser esquecido e ignorado Como esses nomes de rua.

Quem foi Lopes Chaves? Por que tem nome de rua? E essa interro- gação é o destino de milhões de placas que encobrem vidas e destinos.

A Avenida Ataulfo de Paiva, na zona sul da cidade do Rio de Ja- neiro, é uma das matérias mais atraentes da antiga Capital da Repú- blica, com os seus restaurantes, lojas de griffes, delicatessen, edifícios de apartamentos ou escritórios, o vento do mar do Leblon, casas de discos, uma grande praça com o nome do poeta português Antero de Quental. Tem todos os emblemas da transbordante vida moder-

5

E d i t o r i a l

(6)

na. As calçadas estão sempre cheias, mesmo na noite que se abre para as bada- lações e jantares nos restaurantes ruidosos. Mas quem foi Ataulfo de Paiva?

Ninguém sabe. “Ser esquecido e ignorado/Como esses nomes de ruas...”

Neste número da Revista Brasileira, a nossa colaboradora e professora Gisele Sanglard, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, promove a volta desse

“ilustre desconhecido” ao nosso instante.

Ele nasceu em São João Marcos, RJ, em 1.

o

de fevereiro no ano de 1867. Advo- gado, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 9 de dezembro de 1916 e faleceu no Rio de Janeiro, em 8 de maio de 1955. Assim foi acadêmico durante 39 anos. Substituiu-o o grande clássico da literatura brasileira José Lins do Rego, pro- nunciando um discurso de recepção que se tornou célebre. Nele, o autor de Fogo Morto retratava Ataulfo Nápoles de Paiva de uma forma irônica e anedótica que pro- vocou risos do auditório e posteriores protestos e até indignações. Nesse tempo, Ataulfo era considerado um remanescente da belle époque: “um medalhão” que atraía os sarcasmos dos literatos modernistas e de todos os que se espantavam com a sua notável ascensão social, que terminou no Supremo Tribunal Federal, do qual foi um dos integrantes, e na Academia Brasileira de Letras. Dizia-se que ele entrara para a nossa Casa sem ter escrito nenhum livro – mas a nossa Biblioteca prova o contrário, guardando a sua produção literária, escrita numa língua escorreita e elegante.

Quem foi Ataulfo de Paiva, que, ainda em vida, mereceu que o seu nome fosse a placa de uma das mais belas avenidas cariocas?

O ensaio de Sanglard o resgata do esquecimento pessoal e até da injustiça e zombarias e revela a sua verdadeira fisionomia: a do excepcional benemérito que, ao lado de Guilherme Guinle, contribuiu decisivamente para dotar o Rio de Janeiro de um aparelhamento social e assistencial de larga envergadura, uma personalidade que devotou a sua vida a tornar menos sofrida a vida de milha- res de pessoas, numa ação tenaz que merecia a gratidão da sociedade, e deve servir de exemplo nestes tempos de indiferenças e até de impiedades.

A pesquisa de Gisele Sanglard merece uma reflexão especial e comprova que nós, acadêmicos, temos razões sobrantes para nos orgulharmos de que Ataulfo de Paiva tenha sido um dos nossos.

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J o ã o d e S c a n t i m b u r g o

Referências

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