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BORN GLOBAL: ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO E CAPACIDADE DE INOVAÇÃO

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE GRADUCAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BORN GLOBAL: ESTRATÉGIAS DE

INTERNACIONALIZAÇÃO E CAPACIDADE DE

INOVAÇÃO

Rogério Pires Costa

Santa Maria, RS, Brasil

2014

(2)

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Pi

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2014

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BORN GLOBAL: ESTRATÉGIAS DE

INTERNACIONALIZAÇÃO E CAPACIDADE DE INOVAÇÃO

Rogério Pires Costa

Monografia apresentada ao curso de Graduação em Relações

Internacionais, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS),

como requisito parcial para obtenção do grau de

Internacionalista

Orientadora: Prof. Dra. Flavia Luciane Scherer

Santa Maria, RS, Brasil

2014

(4)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,

aprova a monografia de Graduação

BORN GLOBAL: ESTRATÉGIAS DE

INTERNACIONALIZAÇÃO E CAPACIDADE

DE INOVAÇÃO

elaborada por

Rogério Pires Costa

como requisito parcial para obtenção do grau de

Internacionalista

COMISSÃO EXAMINADORA

Flávia Luciane Scherer, Dr.

(Presidente/Orientador)

__________________, Dr. (UFSM)

__________________, Dr. (UFSM)

(5)

RESUMO

Monografia de Graduação

Curso de Graduação em Relações Internacionais

Universidade Federal de Santa Maria

BORN GLOBAL: ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO E

CAPACIDADE DE INOVAÇÃO

AUTOR: ROGÉRIO PIRES COSTA

ORIENTADORA: LUCIANE SCHERER

Data e Local da Defesa: 9 de Janeiro de 2014 – Santa Maria

Neste estudo foi relatado um fenômeno chamado Born Global, que nos últimos anos vem ganhando grande importância por ter, na sua maioria, empresas ligadas à alta tecnologia. Esse tema tem necessitado de novos entendimentos teóricos com relação a atuação destas empresas nascentes no mercado internacional. Nesse trabalho foi analisada a internacionalização de empresas em geral e das Born Global, assim como o processo de inovação a partir da internacionalização. A presente monografia contou com um estudo de caso de uma empresa considerada Born Global, sendo que foi realizada uma entrevista para obter dados sobre esta empresa, e tais dados foram analisados comparadamente com a teoria citada neste estudo. Ao fim do estudo pôde-se concluir que são diversos os modos que as empresas em geral escolhem para se internacionalizar, mostrando que a maioria escolhe ingressar em um processo sequencial de fases, primeiramente no mercado interno e depois partem para o mercado exterior. Nas Born Global, a velocidade da entrada no mercado internacional é acelerada, fato comprovado na empresa estudada, que optou pela exportação indireta, por meio de representantes em cada país-alvo. O presente tarabalho vem a contribuir para o melhor entendimento do fenômeno Born Global e suprir a necessidade de estudos no que se refere a importância da análise da inovação e internacionalização das empresas Born

Global.

(6)

ABSTRACT

This study approach a phenomenon that in the last years gained a great importance for having, in majority, enterprises connected to high technology, this is called “Born Global”. This theme needs new theoretical benchmarks in order to understand how this new enterprises are born on the international market. This work contains an analysis of general and Born Global business, as well as the process of innovation that comes from the internationalization. The present monograph has a study case about a Born Global enterprise, and to obtain data from this firm, interviews were made. This data was analyzed comparing the firm and the theory used to develop this work. After all, it can be concluded that many methods were chose by general enterprises in order to internationalize themselves, showing that the majority chooses to begin in a sequential phase process, starting with internal market and reaching later the external market. In Born Global cases, the “going in” speed to the international market is quicker, fact proved in the present study, the enterprise chose indirect exportation, using representatives in each target-country. This present work comes to contribute for a better understanding of the Born Global phenomenon and to supply some gaps found on studies about the importance of innovation and internationalization analyzes of Born Global enterprises.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Etapas do processo de internacionalização de uma empresa ... 13

Figura 2 - Empresa Imply ... 33

Figura 3 - Estrutura organizacional ... 34

Figura 4 - Produção de terminais eletrônicos ... 36

Figura 5 - Produção empresa Imply ... 37

Figura 6 - Máquina de produção da empresa Imply ... 39

Figura 7 - Pista Bowling Café, Niort - França ... 42

Figura 8 - Feira RAAPA na Rússia 2012 ... 44

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Teorias econômicas de internacionalização ... 15

Quadro 2 - Teorias comportamentais de internacionalização ... 17

Quadro 3 - Formas de entrada e estratégias em mercados internacionais ... 19

Quadro 4 - Principais denominações para o novo tipo de empresa ... 21

Quadro 5 - Fatores que afetam o processo de internacionalização Born Global ... 23

Quadro 6 - Principais características do processo de internacionalização das empresas Born Global ... 24

Quadro 7 - Principais características do empreendedor Born Global típico ... 25

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LISTA DE APÊNDICES

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SUMÁRIO

RESUMO ... 3

ABSTRACT ... 4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ... 5

LISTA DE QUADROS ... 6

LISTA DE APÊNDICES ... 7

1 INTRODUÇÃO ... 9

2 OBJETIVOS ... 11

1.1 Geral ... 11 1.2 Objetivos específicos ... 11 1.3 Justificativa ... 11

3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 12

3.1 Internacionalização ... 12 3.2 Modos de entrada ... 17 3.3 As Born Global ... 20

3.3.1 Internacionalização das Born Global ... 22

3.4 Inovação em Born Global ... 26

3.5 Internacionalização e inovação... 28

4 MÉTODO ... 30

5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ... 32

5.1 Características da empresa ... 32

5.1.1 Perspectivas futuras ... 38

5.2 Inovação ... 38

5.3 Negócios internacionais ... 42

5.3.1 Processo de internacionalização ... 43

5.4 Internacionalização e inovação na Imply ... 46

6 CONCLUSÃO ... 48

REFERÊNCIAS ... 50

(11)

1 INTRODUÇÃO

Os últimos anos têm evidenciado a crescente internacionalização dos negócios, de sorte que empresas de todo o globo disputam mercados. Empresas de diferentes nacionalidades têm ocupado posição de destaque nesse comércio globalizado e, dentre essas organizações, um tipo em especial tem chamado a atenção dos pesquisadores: as Born Global. Tal tipo de empresa reúne características que a diferenciam das demais, especialmente no que diz respeito à velocidade da internacionalização. Algumas décadas atrás se tinham como principais exemplos de empresas que ingressavam no comércio internacional empresas maduras, de economias desenvolvidas e de grande porte de mercado. Nessas últimas duas décadas o cenário tem se modificado, principalmente nos negócios internacionais.

Atualmente, as Born Global e outras pequenas e médias empresas razoavelmente ativas nas exportações constituem uma considerável parcela das empresas de atividades internacional. Sua relativa inexperiência e limitação de recursos financeiros não mais impedem seu sucesso em mercados estrangeiros. (CAVUSGIL; KNINHT; RIESENBERGER, 2010, p. 44).

As Born Global são empresas jovens com grande desenvolvimento tecnológico e, ao contrário das grandes multinacionais que tiveram uma longa jornada até ingressar no comércio internacional, as Born Global já deram seus primeiros passos ainda muito cedo fora do mercado interno.

O fenômeno das Born Global transmite uma esperança para países em desenvolvimento como o Brasil, a superar o desafio de internacionalizar suas empresas. Dib (2008) acredita que, dadas as condições globais que estimulam e catalisam o surgimento das empresas Born Global, os empresários e executivos brasileiros possuem uma nova chance de superar as barreiras geográficas, linguísticas e culturais, acelerando a internacionalização de suas empresas. Desta forma, para o cenário brasileiro, o estudo das empresas de internacionalização precoce permite vislumbrar uma possibilidade de “atalho” para o maior envolvimento do país com os negócios internacionais.

Sabe-se da importância de empresas com produtos de grande valor agregado para um maior crescimento da economia do país, já que o maior número das nossas exportações é dado por produtos de baixo valor agregado em principal, pelo primeiro setor. O presente trabalho traz discussões acerca do fator tecnologia e inovação nas empresas, uma vez que as Born

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Global têm este diferencial de serem altamente inovadoras e com um grau de tecnologia

muito elevado.

A tecnologia representa um dos fatores mais importantes para aumentar a competitividade das empresas dentro e fora do país. O avanço tecnológico permite o lançamento de produtos inovadores, com características superiores às da concorrência (inovação de produto), além de impactar na redução de custos de produção e de preços ao consumidor (inovação de processo). (STI/MDCI, 2009).

Arbix, Salerno e Negri (2004) indicam que, na maioria dos casos, a relação entre estratégias de inovação e estratégias de internacionalização é uma via de mão dupla para as empresas. Sendo assim, tanto a inovação influencia na internacionalização da empresa, quanto o processo de internacionalização contribui para a evolução inovadora da própria empresa em questão. Desta forma, a busca de se internacionalizar as empresas influencia para o crescimento inovador de maneira que, essas empresas se colocam em contato com novos mercados, em padrões altamente competitivos, diferentes produtos e inúmeras formas de comercialização. Sendo assim, essa experiência será transformada em uma maior capacidade de inovação, para a empresa conseguir se manter no mercado externo. Assim, dadas as discussões prévias, definiu-se o seguinte problema de pesquisa que orientou a execução desse estudo:

Como as estratégias de internacionalização de uma empresa considerada como Born

(13)

2 OBJETIVOS

1.1 Geral

Descrever como as estratégias de internacionalização de uma empresa considerada como Born Global se relacionam com sua capacidade de inovação.

1.2 Objetivos específicos

 Conhecer as formas de internacionalização e modos de entrada das empresas em geral

e das Born Global em particular.

 Descrever os processos de inovação tecnológica a partir da internacionalização de

Born Global.

1.3 Justificativa

A realização do estudo se justifica pelo fato da relevância de ambos os temas para o comércio internacional brasileiro e este tendo grande importância econômica, social e política, para qualquer país. Além disso, o aparecimento de Born Global pode ter implicações diretas no desenvolvimento de economias emergentes como o Brasil (DIB, 2008), o que torna oportuno e necessário a compreensão desse fenômeno de internacionalização. Assim, acredita-se que estas empresas têm grande valor a agregar na economia brasileira. Outro ponto de relevância é a falta de estudos sobre o tema com empresas brasileiras.

(14)

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão apresentadas algumas teorias, que darão respaldo ao estudo. Inicialmente serão explanadas teorias sobre internacionalização de empresas, teorias estas que têm a firma como análise. Na sequência serão abordados os modos de entrada das empresas no comércio internacional, mostrando suas vantagens e desvantagens. Logo após, serão apresentada as teorias sobre as Born Global e sua internacionalização, fatores que afetam o seu processo de se internacionalizar, principais características deste processo e características do empreendedor destas empresas. Para finalizar, será abordada a questão da inovação e internacionalização.

3.1 Internacionalização

Modelos de estudo do processo de internacionalização de empresas foram desenvolvidos a partir da década de 1970 para descrever a expansão das empresas para o mercado externo (CAVUSGIL; KNIGHT; RIESENBERGER, 2010). Segundo o modelo de processo de internacionalização as empresas na sua grande maioria seguem um processo gradual, em etapas que dura um longo período. As empresas tradicionais têm uma sequência que começa com a exportação e evoluem em fases, chegando ao investimento direto externo (IDE), sendo esta, uma modalidade com mais complexidade.

O contato com a internacionalização é visto pela empresa como uma inovação, mas que não tem um planejamento inicial ou uma análise racional por parte dos administradores da empresa. Segundo Cavusgil, Knight e Riesenberger (2010) a natureza gradual, lenta e incremental da internacionalização é um resultado de uma incerteza que os administradores têm sobre informações inadequadas do mercado estrangeiro, e outro fator importante é a falta de experiência em transações internacionais por parte dos responsáveis da área internacional nas empresas.

A figura a seguir ilustra um modelo de processo de internacionalização de uma empresa.

(15)

Figura 1 - Etapas do processo de internacionalização de uma empresa

Fonte: Cavusgil, Knight e Riesenberger (2010).

Seguindo as etapas do modelo de processo de internacionalização, uma empresa começa na fase de foco doméstico e tem sua atenção voltada para a aquisição de negócios no mercado local. Na grande maioria, estas empresas não estão interessadas em se envolver com negócios internacionais devido a questões de preparo ou de obstáculos para se ingressar nos mercados estrangeiros. Em algum momento a empresa pode receber um pedido do exterior, então esta avança para a etapa pré-exportação. Desta maneira a administração da empresa procura se informar sobre a viabilidade de realização de transações internacionais, sendo assim, a empresa inicia o envolvimento experimental, desta forma começa uma atividade limitada da empresa além de suas fronteiras, em sua grande maioria através da exportação.

Após esses primeiros passos, vendo uma expansão de seus negócios e tendo desta forma uma experiência com o mercado estrangeiro a empresa passa a uma ação mais ativa, passa ao envolvimento ativo em negócios internacionais explorando opções no exterior e um maior comprometimento por parte da administração e de recursos para que esta tenha sucesso além de suas fronteiras, um sucesso global. Em último a empresa pode chegar à etapa de comprometimento, quando está com interesses e comprometimento de recursos para efetuar muitos negócios internacionais, nesta etapa a empresa dedica atenção para diversos mercados estrangeiros por meio de vários modos de entrada que serão explicados no decorrer do estudo.

Neste momento será feita a abordagem de algumas teorias que serão apresentadas para tentar explicar a internacionalização de empresas. Carneiro e Dib (2007) usam duas linhas de Foco doméstico Etapa

pré-exportação

Envolvimento

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raciocínio para abordar as teorias de internacionalização. Primeiramente uma abordagem da internacionalização com base em critérios econômicos, nesta abordagem prevalecem soluções (pseudo) racionais para o processo de internacionalização, que teriam como norte um caminho com decisões que buscassem a maximização de retornos econômicos. Em uma segunda abordagem seria a internacionalização com base na evolução comportamental, neste o processo de internacionalização seria dependente de atitudes, do comportamento, percepções dos tomadores de decisão, que buscariam a redução de riscos de decisões sobre como, onde e porque expandir.

Dib e Carneiro (2007) tomando como base alguns autores como Cantwell (1991) e Letto-Gillies (1997) e trabalhos com teorias ligadas à abordagem econômica selecionaram três teorias que são citadas e consagradas como influentes na literatura: Teoria do Poder de Mercado, Teoria da Intenalização e o Paradigma Eclético. Foram priorizadas as teorias que tem a firma como sua unidade de análise, por este motivo não foram escolhidas teorias econômicas tradicionais como modelo do Ciclo de Vida Internacional do Produto (VERNON, 1996, 1997 apud DIB; CARNEIRO, 2007) e o modelos de Comércio Internacional (SMITH, 1776; RICARDO, 1817; OHLIN, HESELBORN, WISKMAM, 1977 apud DIB; CARNEIRO, 2007).

Teoria Breve Resumo

Teoria do Poder de Mercado

Originada do trabalho seminal de Hymer (1960/1976), que acreditava que nos estágios iniciais de seu crescimento as empresas continuamente aumentariam sua participação em seus mercados domésticos através de fusões, aquisições e extensões de sua capacidade.

Conforme aumentasse a concentração industrial e o poder de mercado da empresa, também aumentariam os lucros. Entretanto, existiria um ponto onde não seria fácil aumentar ainda mais a concentração no mercado, pois apenas poucas empresas permaneceriam. Neste momento, os lucros obtidos do alto grau de poder monopolístico dentro do mercado doméstico seriam investidos em operações externas, gerando processo similar de concentração crescente em mercados estrangeiros. Continua...

(17)

Teoria da Internalização

Foi formalmente proposta e depois revisitada por Buckley e Casson (1976, 1998), mas tem a origem conceitual no seminal artigo de Coase (1937). Sua ênfase recai na eficiência com a qual transações entre unidades de atividade produtiva são organizadas e usa os custos de transação (WILLIAMSON, 1975, 1979) como o racional para justificar se deve ser utilizado um mercado (externo à empresa, contratual) ou uma internalização (hierarquia) para uma determinada transação. Uma análise (supostamente racional) de benefícios versus custos (TEECE, 1981, 1986) determinaria o grau “certo” de integração da empresa em suas atividades internacionais.

Paradigma Eclético

É oriundo dos trabalhos de Dunning (1977, 1980 e 1988) e considera que as empresas multinacionais (MNCs) possuem vantagens competitivas ou de “propriedade” vis-à-vis seus principais rivais, que elas utilizam para estabelecer produção em locais que são atrativos devido a suas vantagens de “localização”. Existiriam dois tipos de vantagens competitivas: derivadas da propriedade particular de um ativo singular e intangível (como uma tecnologia específica da empresa) ou derivadas da propriedade de ativos complementares (como a capacidade de criar novas tecnologias). MNCs possuem ainda vantagens de “internalização” para reter controle sobre suas redes de ativos (produtivos, comerciais, financeiros etc). Estas vantagens advêm da maior facilidade com a qual uma firma integrada pode apropriar retorno integral de sua propriedade de ativos distintivos como sua própria tecnologia, bem como da coordenação do uso de ativos complementares, que seriam os benefícios transacionais. Dunning defende que o Paradigma não deve ser encarado como mais uma teoria de internacionalização, mas sim como um arcabouço para seu estudo. Conclusão

Quadro 1 - Teorias econômicas de internacionalização

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As abordagens comportamentais se originaram do chamado “Modelos de estágio”, o modelo de Upssala foi o primeiro e o mais citado e testado empiricamente na literatura (CARNEIRO; DIB, 2007). Outros desenvolvimentos teóricos importantes e que são posteriores ao modelo de Uppsala frequentemente citados na literatura são o empreendedorismo internacional e a perspectiva de networks, que estão citados neste estudo.

Teoria Breve Resumo

Modelo de Uppsala

Pretende ser um mecanismo explicativo básico sobre as etapas de um processo de internacionalização. O foco é a empresa individual e sua gradual aquisição, integração e uso de conhecimento sobre mercados e operações estrangeiros; além de seu comprometimento sucessivamente crescente com esses mercados, através de estágios

sequenciais. A ordem de seleção de países para a

internacionalização seguiria uma relação inversa com a “distância psíquica” entre o país alvo e o país de origem (JOHANSON; WIEDERSHEIM, 1975; JOHANSON; VAHLNE, 1977). Outra linha de pesquisa relacionada envolve os chamados modelos de estágios no processo de exportação (BILKEY; TESAR, 1977; WIEDERSHEIM et al, 1978; CAVUSGIL, 1980; REID, 1981; CZINKOTA, 1982).

Networks

Esta abordagem considera que os próprios mercados devem ser encarados como redes de empresas (JOHANSON; MATTSON, 1986; FORSGREN, 1989). Quando associada à internacionalização, dela decorre que a empresa vai desenvolver posições em redes no exterior. Embora sua premissa comportamental seja a mesma do modelo de Uppsala

(JOHANSON; VAHLNE, 2003), as decisões acerca do processo de internacionalização serão determinadas direta ou indiretamente pelas relações no interior das redes de negócios. “Tanto o aprendizado quando o desenvolvimento da rede influencia e são influenciados pelo processo contínuo de internacionalização” (WELCH; WELCH, 1996, p.14). Continua...

(19)

Empreendedorismo Internacional

McDougall (1989) afirmou que a teoria tradicional sobre negócios

internacionais assumia implicitamente que as empresas

internacionais já haviam sido constituídas há muito tempo. Já a visão do empreendedorismo internacional (COVIELLO; MUNRO, 1995; MCDOUGALL; OVIATT, 1997; ANDERSSON, 2000) visa explicar a expansão internacional de novas empresas ou start-ups através da análise de como os empreendedores reconhecem e exploram oportunidades. Também se busca estudar as diversas motivações que os levam às operações internacionais (ZAHRA et al., 2005). Entretanto, o empreendedorismo não está limitado a novas empresas (BIRKINSHAW, 1997), pois empresas já estabelecidas também precisariam se tornar empreendedoras para competir de modo eficiente. Conclusão

Quadro 2 - Teorias comportamentais de internacionalização

Fonte: DIB e CARNEIRO 2007

Os quadros 1 e 2 sintetizam os principais elementos teóricos que foram criados para explicar a internacionalização de empresas, sob uma perspectiva tradicional. As Born Globals, por suas características, não são plenamente explicadas pelas teorias supracitadas.

3.2 Modos de entrada

A internacionalização é entendida como o processo por meio do qual a empresa deixa de operar nos limites do mercado nacional de origem e passa a explorar mercados estrangeiros (RIBEIRO, 2012). Empresas podem entrar no mercado internacional por diferentes meios, através de uma atuação mais simples que seria a exportação ou operações mais complexas que exigem das empresas um maior comprometimento de seus recursos, como aquisições, fusões e instalações de empresas no país de interesse.

O modo de entrada é tratado como uma decisão essencial para o sucesso da internacionalização, pois é um momento complexo onde existem muitos fatores para serem analisados. Diversos fatores influenciam na decisão da empresa sobre um modo de entrada, tais como: o ambiente de concorrência do país de origem e do mercado-alvo, fatores de

(20)

produção, diferentes tipos de recursos, habilidades e competências de seus funcionários (RIBEIRO, 2012).

As Born Global, empresas iniciantes e algumas vezes pequenas, em geral possuem recursos escassos, principalmente no que diz respeito a recursos tangíveis, tais como instalações, bens e equipamentos, recursos humanos e financeiros, que geralmente favorecem a internacionalização de grandes empresas multinacionais (RIBEIRO, 2012). Este fenômeno chamado Born Global tende a adotar uma internacionalização precoce e significativa, mesmo com o escasso recurso como a autora se refere, elas atingem um nível de vendas externas considerável em sua evolução.

No quadro a seguir estão diferentes modos de entrada que as empresas podem utilizar. Cada estratégia de atuação tem suas vantagens e desvantagens e a escolha do modo apropriado é crítica para o desempenho da firma nesses mercados (RIBEIRO, 2012).

Tipo de entrada Características

Exportação

Não exige despesas para estabelecer operações em outros países, mas os exportadores precisam estabelecer alguns meios para comercializar e distribuir seus produtos. Em muitos casos, as firmas exportadoras desenvolvem acordos contratuais com empresas do país anfitrião ou abrem escritórios de vendas. As desvantagens de exportar incluem custos de transporte e barreiras tarifárias. O exportador também tem menos controle sobre a distribuição e comercialização de seus produtos e em muitos casos precisa pagar um distribuidor, gerando aumento de preços.

Licenciamento Permite que uma firma estrangeira compre o direito de manufaturar e/ou vender algum bem ou serviço no exterior em nome do licenciador. O licenciado assume riscos e faz investimentos em instalações para produção, distribuição e comercialização dos produtos e/ou serviços. Essa é uma forma pouca dispendiosa de expansão internacional. As desvantagens são o baixo controle sobre a manufatura e comercialização dos produtos em outros países e menores retornos potenciais. Além disso, há a possibilidade da firma internacional aprender a tecnologia e produzir e vender um produto similar depois que a licença terminar. Continua...

(21)

Aliança estratégica e Joint-Ventures

As diferentes formas de alianças estratégicas internacionais permitem que as empresas compartilhem os riscos e os recursos para entrar em mercados estrangeiros. Em muitos casos as alianças são feitas entre uma firma do país anfitrião que conhece as condições competitivas, as normas legais e culturais do país. As empresas muitas vezes entram numa aliança para aprender novas competências e adquirir tecnologias de produção ou de gerenciamento. As desvantagens desse tipo de internacionalização podem incluir incompatibilidade e conflito entre os parceiros e comportamento oportunista de uma das firmas envolvidas.

Aquisição

Dentre as alternativas de entrada e atuação internacional as aquisições podem se apresentar como a mais rápida para acessar um mercado. As desvantagens dessa estratégia são que em muitos casos necessitam de financiamento e geram custos de longo prazo. As negociações para aquisições internacionais são complexas e podem gerar problemas para fundir e adequar a nova firma na empresa adquirente. No caso de aquisições internacionais a empresa que adquire precisa lidar não somente com culturas corporativas diferentes, mas também com culturas sociais e gerenciais potencialmente diferentes

Nova Subsidiaria Totalmente própria

O estabelecimento de uma subsidiária (greenfield venture) é um processo mais complexo, de longo prazo e dispendioso, mas tem a vantagem de garantir a firma o máximo controle sobre seus ativos.

Conclusão

Quadro 3 - Formas de entrada e estratégias em mercados internacionais

Fonte: Riberio (2012)

As grandes multinacionais tendem a expandir-se por meio de investimento direto estrangeiro (IDE). As empresas de menor porte, inclusive as Born Global, tendem a exportar (CAVUSGIL; KNIGHT; RIESENBERGER, 2010). As Born Global na grande maioria dependem da exportação como modo de entrada para o exterior. Em muitos casos, oferecem produtos avançados com expressivo potencial para geração de vendas internacionais. De modo geral são ávidas usuárias da internet e das modernas tecnologias de comunicação, o que

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facilita ainda mais as operações internacionais precoces e eficientes (CAVUSGIL; KNIGHT; RIESENBERGER, 2010).

3.3 As Born Global

Os estudos sobre as Born Global são recentes e datam de pouco mais de uma década (CAVUSGIL, KNIGHT, RESENBERGER, 2010). Este fenômeno chamado Born Global representa uma nova geração de empresas, que muitas vezes tem escasso recursos, mas que adotam uma internacionalização precoce. São empresas que assumem negócios no mercado internacional, às vezes sem nenhuma experiência no mercado doméstico, simultaneamente ao estabelecimento dos negócios doméstico, ou pouco tempo depois das operações domésticas serem estabelecidas (RIBEIRO, 2012).

Na década de 90, um tipo diferente de empresa começou a intrigar e chamar atenção de estudiosos da área de negócios internacionais. Em um estudo realizado por Rennie (1993 apud DIB, 2008) na Austrália, tendo como pesquisa exportadores de produtos de alto valor agregado, o autor batizou estas empresas peculiares com o nome de Born Global. Tais empresas não seguiram o caminho gradual e tradicional das demais empresas que se internacionalizavam, elas já haviam nascidas globais.

Jolly, Alahuta e Jeannet (1992 apud DIB, 2008) também fizeram pesquisas com empresas semelhantes que tinha alto valor agregado em seus produtos e rápido ingresso no mercado internacional, e que tratavam sua própria globalização como forma de competir com empresas já existentes em suas indústrias (incumbentes).

Dib (2008), cita que muitos foram os estudos quase que simultâneos com o de Rennie (1993) que indicavam que, desde o final da década de 80, os especialistas em negócios internacionais já apontavam um fenômeno recente e crescente de empreendimentos que eram globais desde sua fundação.

As denominações para esse fenômeno de empreendimentos que se internacionalizam desde sua fundação são variadas, para este estudo serão adotadas o termo Born Global mais utilizado e conhecido. No quadro a seguir são demostradas as diversas denominações para tal fenômeno.

Autor (Ano) Denominação

dada

Denominação dada (tradução)

(23)

(original)

Ganitsky (1989). Innate exporters Exportadores inatos

McDougall (1989); Oviatt e McDougall (1994, 1997 e 1999); McDougall, Shane e Oviatt (1994); McDougall e Oviatt (1996); Bloodgood, Sapienza e Almeida (1996); Zahra e George (2002); Kundu e Renko (2005). International new ventures (INVs) Novos empreendimentos internacionais

Jolly et al (1992); Oviatt e McDougall (1994 e 1995) – como um subconjunto dentro das INVs.

Global start-ups Novas empresas

globais Rennie (1993); Knight e Cavusgil (1996);

Knight (1997); Madsen e Servais (1997); Autio e Sapienza (2000); Autio, Sapienza e Almeida (2000); Bell e McNaughton (2000); Bell, McNaughton e Young (2001); Larimo (2001); Rasmussen, Madsen e Evangelista (2001); Moen

(2002); Zuchella (2002); Dimitratos e

Plakoyiannaki (2003); Hurmerinta- Peltomäki (2003); McNaughton (2003); Räisänen (2003); Callaway (2004); Chetty e Campbell-Hunt (2004); Dominguinhos e Simões (2004); Gabrielsson e Kirpalani (2004); Gabrielsson, Sasi e Darling (2004); Hashai e Almor (2004); Knight, Madsen e Servais (2004); Kuivalainen e Sundqvist (2004); Gabrielsson (2005); Simões e Dominguinhos (2005); Zahra, Korri e Yu (2005); Freeman, Edwards e Schroder (2006); Loane (2006); McGaughey (2006); Mort e Weerawardena (2006).

Born Globals Nascidas globais

Bell (1995); Coviello e Munro (1995); Roberts e

Senturia (1996); Burgel e Murray (2000). Abordam o fenômeno sem batizá-lo

Rialp, Rialp e Knight (2005) Early

internationalizing firms

Empresas com Internacionalização precoce

Quadro 4 - Principais denominações para o novo tipo de empresa

Fonte: Dib (2008)

Alguns autores como Hordes, Clandy e Baddaley citados por Dib (2008) fizeram algumas críticas em torno do termo “global”. Segundo os autores, o termo seria inadequado a empresas de alcance global mais restrito. Os autores citaram como exemplos empresas brasileiras que só exportassem para o Mercosul ou empresas européias que só atuassem no continente europeu. Citando dessa forma que os termos mais corretos seriam “internacional” ou “multinacional”.

(24)

O estudo sobre as Born Global tornou-se um dos tópicos de pesquisa na área de negócios internacionais tão relevante que hoje é um dos mais populares tópicos para explicar como empresas podem se tornar competitivas e ingressar de maneira mais sucedida no mercado exterior. As Born Globals são uma nova realidade nos negócios internacionais, são empresas que tem alto poder tecnológico e inovador. Em muitos casos, oferecem produtos avançados com expressivo potencial para vendas internacionais (CAVUSGIL; KNIGHT; RESENBERGER, 2010). Estas empresas têm alto conhecimento tecnológico, sendo assim, seu principal meio de comunicação é a internet, trazendo uma maior facilidade para as operações internacionais precoces e com maior eficiência.

3.3.1 Internacionalização das Born Global

Os estudos sobre as Born Global são limitados tornando assim muito difícil de explicar ou chegar a conclusões sobre a sua real ocorrência (SILVA, 2012). Dib (2008) procura chamar atenção para relevância de estudos sobre este tema que cada vez mais se torna rotineiro nos dias atuais. Então será feita uma análise sobre pontos relevantes na internacionalização de uma empresa considerada Born Global.

Fazendo uma sucinta pesquisa da literatura é possível identificar a existência de um número crescente de empresas que se pode classificar como Born Global, isso indica que a velocidade e complexidade do processo de internacionalização de empresas está aumentando em todo mundo, estes fatos levam alguns autores a apontar que, empresas com esse comportamento tenderiam a ser a norma em vez de ser a exceção nos negócios e mercados internacionais (CAVUSGIL; KNIGHT; RIESENBERGER, 2010). O sucesso internacional das Born Global, não é interpretado pela propriedade de ativos no exterior, como nas teorias tradicionais, uma vez que as suas principais preocupações têm relação com o valor agregado no produto e suas competências para mantê-lo e adaptá-lo e não com os ativos possuídos no exterior (RIBEIRO, 2012). Estudo feito por com várias empresas, constatou que quatro fatores se coordenados adequadamente levariam a empresa Born Global a ter ótimos resultados no mercado externo, sendo estes, habilidade em marketing internacional, inovação internacional, orientação internacional e orientação para o mercado internacional (RIBEIRO, 2012).

(25)

A orientação internacional diz respeito à importância da empresa ter uma abordagem agressiva nos mercados internacionais, as habilidades em marketing internacional referem-se à competência da empresa para criar valor para clientes estrangeiros por meio de segmentação e orientação de mercado, a inovação internacional é a capacidade da empresa para desenvolver e introduzir novos processos, produtos, serviços ou ideias para o mercado internacional e a orientação para o mercado internacional é a medida que as atividades internacionais, orientadas para os clientes e concorrentes no mercado externo, são coordenadas entre as áreas funcionais da empresa (RIBEIRO, 2012).

As Born Global por terem em seu DNA a inovação conseguem suportar determinados tipos de conhecimentos, que trarão o desenvolvimento de capacidades organizacionais que suportam a internacionalização precoce e um grau de desempenho alto em diversos mercados globais (RIBEIRO, 2012). Estas empresas em sua grande maioria tem em seu comando empreendedores com forte visão internacional, que têm o foco em seus clientes e enfatizam as competências de marketing, produtos diferenciados e de alta qualidade.

Dib (2008) fez uma revisão apontando as características de internacionalização das empresas Born Global e de seus empreendedores, apresentadas a seguir.

Tendências Globais Fatores Ambientais do País Fatores específicos da Indústria Fatores específicos da Empresa Fatores individuais do Empreendedor Homogeneização dos mercados globais Políticas governamentais de incentivo à internacionalização Existência de cadeias de suprimento globais Posse de ativos únicos Experiência de trabalho no exterior Avanços nos transportes e comunicação Mercado doméstico saturado Mercados de nicho globais Inserção numa network Educação no exterior Capacitações pessoais mais elaboradas Mercado doméstico restrito no espaço Características industriais Produtos inovadores Conhecimento técnico

Quadro 5 - Fatores que afetam o processo de internacionalização Born Global

(26)

No quadro 5 pode-se observar que a homgenização dos mercados e a facilidade de comunicação afetam os processos de internacionalização da Born Global, além de fatores como políticas públicas que dão incentivo para que as empresas procurem novos mercados, além de elementos como por exemplo ter uma rede de network e estar sempre inovando em seus produtos.

Características das Empresas Born Global

Início das Atividades internacionais

"Logo após a fundação", sendo a "moda" da literatura três anos, embora existam indicações de até oito anos ou mais.

Relevância das atividades internacionais

Uma fração das vendas totais deveria ser oriunda das atividades internacionais, sendo a "moda" da literatura pelo menos 25%, com variações para menos ou mais.

Modo de Entrada Flexível, tipicamente mais ativo como, por exemplo, o uso de

agentes (embora também possa existir o atendimento de pedidos não solicitados).

Escopo das atividades internacionais

Quanto maior o número de atividades da cadeia de valor

coordenada entre diferentes países, mais Born Global a empresa seria

Abrangência geográfica Quanto maior a abrangência geográfica em relação ao número de países (ou ainda a diferentes continentes), mais Born Global a empresa seria.

Motivações para internacionalização

Empresas Born Global teriam motivações mais ligadas a uma estratégia clara e proativa, buscando ser internacional desde a fundação e assumir posição de destaque em mercados de nicho globais.

Dispersão geográfica dos clientes no mercado doméstico

Especificamente no caso brasileiro, empresas com atuação nacional teriam maior propensão a se internacionalizar do que empresas que ainda não atuassem em outras regiões do país. Quadro 6 - Principais características do processo de internacionalização das empresas Born

Global

(27)

Neste ponto pode-se analisar as principais características do processo de internacionalização da empresa Born Global, no quadro 6 são citadas características essenciais para essa internacionalização como, a internacionalização em seus primeiros anos de vida da empresa e já apresentar em seu planejamento uma porcentagem da produção destinada para o mercado externo, por exemplo 25% para exportação.

Características do empreendedor Born Global

Forte orientação internacional e/ou visão global

Experiência internacional de trabalho anterior à fundação da empresa Educação no exterior

Maior tolerância ao risco

Conhecimento técnico ou científico, o qual permite o desenvolvimento de conceitos inovadores e singulares

Relacionamentos pessoais e profissionais abrangentes e profundos (network pessoal, social)

Quadro 7 - Principais características do empreendedor Born Global típico

Fonte: Adaptado de Dib (2008)

No quadro 7 se análisa o empreendedor da empresa Born Global, este empreendedor tem características peculiares, tendo forte visão global e já possuir experiência profissional, ter estudado ou viajado para diversos países. Este empreendedor tem uma grande rede de

network, além do mais tem conhecimentos técnicos que permitem o desenvolvimento de

conceitos inovadores. A inovação é uma grande exigência no mercado internacional.

O crescimento agudo de empresas de rápida internacionalização deixa certo que não são empresas Born Global simplesmente anomalias, como dão a entender alguns teóricos das abordagens tradicionais. Sendo o contrário, por surgir inúmeros casos nestes últimos anos, estas empresas estão se tornando regras e não exceção (SILVA, 2012).

(28)

3.4 Inovação em Born Global

É possível observar, pelas características das empresas e de seus empregados, que as internacionalizadas que têm como foco a inovação tendem a serem maiores, aproveitando de maneira mais eficiente os rendimentos crescentes de escala e são mais intensas ao se inserirem no mercado externo, pois importam e exportam de maneira mais efetivas dos que as demais categorias de firmas (ARBIX; SALERNO; DE NEGRI, 2004). Os autores também citam além, das características anteriores, que essas empresas com foco na inovação têm sua mão de obra melhor remunerada, possivelmente por serem mais produtivas, seus empregados tem maior escolaridade e fazem algum tipo de treinamento para o seu pessoal ocupado.

Esses autores citados se referem a empresas em geral, mostrando que é fundamental para o crescimento e sobrevivência das empresas terem um cuidado especial para estarem inovando sempre. O presente estudo tem como foco principal empresas conhecidas como Born Global, onde estas têm auto grau de inovação. Na literatura especializada existem pontos que são enfatizados fortemente, e um desses pontos se referem à suposta existência da relação entre a inovação e as empresas Born Global (SILVA, 2012). As Born Global procuram utilizar da inovação em seus processos, conhecimentos e outros recursos intangíveis, pois tendem a ter uma escassez de recursos tangíveis como, capital financeiro, através dos recursos intangíveis as Born Global suprem as demais dificuldades para alcançar com sucesso o comércio internacional (KNIGHT; CAVUSGIL, 2004). A internacionalização é considerada uma grande ação inovadora por alguns autores, sendo assim, as Born Global seriam por si só inovadoras (SILVA, 2012).

Estudos ligados ao comércio internacional acreditam que o conhecimento é uma habilidade que facilita para a entrada em mercados externos. Desta forma, o conhecimento de cada empresa, essa experiência única e intransferível é o mais importante recurso. Knight e Cavulsgil (2004) indagam que as capacidades desenvolvidas por empresas, são resultados da união desses conhecimentos específicos, e são associadas a competências organizacionais e rotinas empresariais. Esses fenômenos chamados Born Global procuram desenvolver o chamado conhecimento tácito para terem sucesso e desenvolver seus negócios, já que este tipo de empresa não dispõem de muitos recursos tangíveis como foi comentado anteriormente.

Tentando explicar de onde vem essa capacidade inovadora em seus recursos intangíveis ou específicos os autores Knight e Cavusgil (2004), afirmam que, empresas antigas que tem seu sistema organizacional enraizado em um sistema burocrático, intimidam

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atividades inovadoras, empresas novas, recém fundadas têm um sistema menos burocráticos, sendo assim, têm condições internas favoráveis para atividades inovadoras (SILVA, 2012). As Born Global por não terem uma herança administrativa, têm nesse fator vantagem sobre empresas antigas, pois dispõem de uma flexibilidade para desenvolver um sistema administrativo voltado para o comércio internacional. As empresas que foram fundadas há muitos anos e que começam a ter interesses de se internacionalizar, terão que antes de tudo, desaprender as rotinas internas para depois fazer a internacionalização (KNIGHT; CAVUSGIL, 2004). Esse “desaprendizado” é extremamente difícil ressaltam os autores, dando assim, uma vantagem comparativa para as novas empresas com foco na internacionalização.

De acordo com os autores Knight e Cavusgil (2004), através da inovação se pode criar soluções novas e conseguir enfrentar desafios impostos pelos concorrentes, incluindo criação de produtos inovadores e criar novos mercados, sendo assim, tentar ser líder e não apenas seguidor dos que os concorrentes fazem (RIBEIRO, 2012). Os autores argumentam que inovação é a capacidade das empresas tem para desenvolver e introduzir novos serviços, processos e produtos para o mercado exterior.

Normalmente, as empresas Born Global estão inseridas em setores de alta tecnologia que apresentam um ciclo de vida do produto efêmero, aonde se exige constante inovação e recursos especializados, segundo autor (RIBEIRO, 2012). Há também estudos de autores que discutem a questão da capacidade de inovação da empresa e uma busca constante por fazer produtos diferenciados como uma forma de vantagem tecnológica ou competitiva.

O quadro a seguir traz definições de autores sobre inovação, tais definições envolvem mudanças significativas no funcionamento das empresas (RIBEIRO, 2012).

Inovação de produto

Mudanças nos produtos ou serviços que uma empresa oferece. Envolvem mudanças significativas nas potencialidades de produtos e serviços. Incluem-se bens e serviços totalmente novos e/ou aperfeiçoamentos importantes para produtos existentes (TIDD et. al., 2005). O “novo” produto ou serviço é entendido de forma ampla, de maneira a abranger as capacidades de imitação, adaptação e engenharia reversa da empresa (PINHO, 2005). Continua...

(30)

Inovação de processo

Representam mudanças nos métodos de produção e de distribuição dos produtos ou serviços.

Inovações organizacionais

Referem-se à implementação de novos métodos organizacionais, tais como mudanças em práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas da empresa.

Nesse sentido, Tidd et. al. (2005) apresenta a noção de inovação de paradigma que incluem as mudanças nos modelos mentais subjacentes que orientam o que a empresa faz. Conclusão

Quadro 8 - Tipos de inovação

Fonte: RIBEIRO (2012)

É apontado por autores em seus estudos que a precoce entrada no mercado internacional por uma empresa, tem relação positiva com sua capacidade de inovação. Este fator relevante que a empresa apresenta tem resultados positivos no market share internacional, um acréscimo nas vendas no exterior, aumento dos lucros e intensidade de produtos para exportação (RIBEIRO, 2012).

3.5 Internacionalização e inovação

Nos dias atuais onde vivemos com economias que não tem mais fronteiras, está cada vez mais importante que os países e suas empresas tenham grande diferencial em seus produtos, tendo sempre uma visão global. As empresas cada vez mais cedo estão se internacionalizando, não seguindo mais a forma gradual de internacionalização, citando como exemplo as Born Global que são o tema de pesquisa desse estudo.

Ao se internacionalizarem, as empresas estão expostas a uma pressão competitiva muito maior que no mercado local (STI/MDIC, 2009). As empresas ao terem um avanço tecnológico terão produtos mais inovadores, tendo vantagem sobre a concorrência, além do mais, tal avanço tecnológico acaba impactando na redução de custos de produção e de preços (STI/MDIC, 2008).

O mercado global é altamente competitivo e o acelerado desenvolvimento tecnológico torna o produto com o ciclo de vida muito menor, exigindo das empresas uma maior capacidade inovadora e rápida para desenvolverem produtos e serviços mais eficientes.

(31)

Portanto, a crescente integração de diferentes tecnologias torna a inovação cada vez mais arriscada e com maior custo (STI/MDCI, 2008).

A internacionalização se torna um meio das empresas enfrentarem toda essa situação, esse cenário desafiador para as empresas as torna muito mais ousadas, se aventurando no mercado internacional. As empresas internacionalizam cada vez mais suas atividades intensivas em conhecimentos e junto abrem seus processos de inovação para colaboração com parceiros externos, tendo como objetivo acessar novos conhecimentos e tecnologias de forma mais rápida.

Estes pontos foram identificados pelo relatório “Science, Tecnology and Industry Outlook 2008” (STI/MDCI, 2008), que trouxe as seguintes tendências no padrão mundial de pesquisa e desenvolvimento:

Crescimento em termos absolutos das atividades de P&D (pesquisa e desenvolvimento):

 Emergência dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) na área de ciência, tecnologia e

inovação;

 Significativa globalização das atividades de P&D&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação);

 Aumento de P&D no setor de serviços;

 Ênfase crescente em inovações não tecnológicas;

 Maior internacionalização e mobilidade de pessoas altamente qualificadas.

As empresas cada vez mais distribuem seus centros de P&D com o objetivo de conhecer as tendências do mercado local, acessar o conhecimento da região e buscar novas idéias e tecnologias (STI/MDCI, 2008). As empresas sabendo que seus clientes cada vez mais exigentes principalmente com a questão inovação têm conectado suas redes de com pessoas, instituições e empresas de diversos países (STI/MDCI, 2008).

(32)

4 MÉTODO

Neste capítulo serão apresentados os elementos metodológicos utilizados no desenvolvimento deste estudo.

Para a coleta dos dados se escolheu o método qualitativo, por se tratar de uma empresa e permitir que o entrevistado possa expor, com liberdade, seus progressos e inovações. Foi escolhido o estudo de natureza qualitativa, pois se esperava “Descobrir relações entre elementos e processos” (GONÇALVES; MEIRELLES, 2004).

A opção por um estudo com natureza qualitativa se mostrou oportuna e adequada aos objetivos propostos no estudo. Segundo Godoy (1995) um fenômeno pode ser mais bem compreendido no contexto em que ocorre e do qual é parte, devendo ser analisado numa perspectiva integrada. Para tanto, o pesquisador vai a campo buscando “captar” o fenômeno em estudo a partir da perspectiva das pessoas nele envolvidas, considerando todos os pontos de vista relevantes.

Como características básicas da metodologia qualitativa têm-se, segundo Godoy (1995): o ambiente natural é a fonte direta de dados, e o pesquisador é o instrumento fundamental; a pesquisa é descritiva; os pesquisadores tentam compreender os fenômenos a partir da perspectiva dos participantes; e pesquisadores não partem de hipóteses estabelecidas

a priori e sim de focos de interesses amplos.

Em relação à estratégia de pesquisa, foi realizado um estudo de caso com a empresa Imply Tecnologia. Escolheu-se esta empresa por ter as características fundamentais para ser considerada uma empresa Born Global, contribuindo assim para o objetivo do estudo. Outro critério foi o da disponibilidade, já que a empresa se dispôs a participar do estudo, permitindo o acesso à organização, o fornecimento de informações e a realização de entrevistas com o representante da empresa.

A opção por se fazer uma pesquisa do tipo “estudo de caso” também foi orientada pela essência do que compreende um estudo desse tipo. Segundo Yin (2005, p.32), “um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”.

Para o estudo, foram buscados dados de fontes primárias e secundárias. Dados primários foram obtidos através de entrevista realizada, e os dados secundários, de publicações, notícias, relatórios e site da empresa. Tal escolha encontra respaldo em Yin

(33)

(2005) que afirma ser razoável “corroborar os dados obtidos em entrevistas com informações obtidas através de outras fontes”. Portanto, a análise de dados secundários serve como estratégia para colaborar com as demais informações obtidas através da entrevista.

A entrevista foi o tipo semi-estruturada cujo roteiro se encontra no Apêndice 1, sendo que esse roteiro foi estabelecido com base na literatura pesquisada. Utilizou-se deste formato por permitir ao entrevistado, ao mesmo tempo em que abordasse os temas e assuntos relevantes ao objetivo da pesquisa, apresentasse suas opiniões e pontos de vista com relativa liberdade. Desta forma, a teoria apresentada no referencial teórico pôde ser questionada na entrevista, verificando assim o real conhecimento e a realidade da empresa com relação ao fenômeno Born Global.

A utilização de gravador não se fez necessário, o entrevistado optou por, ao mesmo tempo em que respondia a entrevista, ir mostrando todos os setores da empresa e realizando comentários, sendo assim, o pesquisador foi tomando nota de todos os pontos, procurando ser o mais fiel possível ao relato do entrevistado. Ao término da entrevista, teve início a revisão das anotações e complementação daquilo que havia sido anotado. A digitação para o meio eletrônico foi feita logo em seguida.

Por último, foi realizada análise e tratamento dos dados obtidos, para assim torná-los significativos e válidos. Esta análise consiste na interpretação dos dados brutos e comparação com a teoria que serviu como base para este estudo, que será apresentado no capítulo a seguir.

(34)

5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos, sendo que os dados estão divididos por seções: Características da empresa, perspectivas futuras, inovação, negócios internacionais, processo de internacionalização, internacionalização e inovação na Imply.

5.1 Características da empresa

A Imply Tecnologia Eletrônica é uma empresa jovem e dinâmica, fundada no ano de 2003, tendo como seus idealizadores o CEO Tironi Paz Ortiz, administrador de empresas e especialista em Marketing, e o Dr Rolf Fred Molz, pesquisador e coordenador do Curso de Engenharia da Computação na Universidade de Santa Cruz do Sul, apoiados pela Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul, que adotou uma política de apoio favorável ao desenvolvimento da empresa Imply. A Imply foi a primeira empresa a integrar o Polo Cientifico e Tecnológico de Santa Cruz do Sul, tendo grande importância para a diversificação e crescimento da economia no Vale do Rio Pardo. A empresa desenvolve novas tecnologias através de parcerias com universidades, como a Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e órgãos nacionais e mundiais do setor.

(35)

Figura 2 - Empresa Imply

Fonte: Departamento de marketing da Imply

A Imply está integrada pelas áreas de Entretenimento e Informação, tendo como destaque a sua qualidade, criatividade e forte capacidade de P&D (20% da força de trabalho da empresa está neste departamento) para o desenvolvimento de novas tecnologias e ideias. Com 10 anos de atuação, a empresa tem expandido seu mercado diariamente, a Imply está presente em todos os estados brasileiros com diversos clientes e parceiros de importância internacional (como Odebrecht, OAS, Queiros Galvão, NEC, Jhonson Controls, Infraero), suas exportações já atingiram os cinco continentes e estão presentes em mais de 45 países. A Imply adquiriu o domínio imply.com e sua página na internet se destaca por apresentar as informações em seis idiomas (português, inglês, espanhol, francês, russo e árabe).

A estrutura organizacional da empresa pode ser vista na figura 2, na qual estão dispostos os departamentos e são evidenciadas as relações hierárquicas.

(36)

Figura 3 - Estrutura organizacional

(37)

A empresa Imply desenvolve serviços e produtos diferenciados e únicos, nas áreas de entretenimento e informação para o mercado brasileiro e mundial. Nesses dez anos de existência a empresa vem expandindo sua participação, entre o clientes destacam-se: Governo do Chile, Governo do Rio Grande do Sul, Governo do Estado do Ceará, Governo do Distrito Federal, Governo do Estado de Minas Gerais, Governo do Estado do Paraná, INFRAERO – Aeroportos Brasileiros, Universidade de São Paulo, Tribunal de Justiça – Estado de Goiás, Universidade de São Paulo, Assembleia Legislativa SP, SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, CORSAN - Companhia Riograndense de Saneamento, COPASA - Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais, PDG, Universal Leaf Tabacos, Prefeitura de Guarulhos, Prefeitura de Porto Alegre, Prefeitura do Recife, Prefeitura de Belo Horizonte, Philip Morris Brasil, Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, SESI – Serviço Social da Indústria, CREA RJ – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro, Magic Games, URBES – Trânsito e Transportes, Expointer, North Empreendimentos Brasil, VOITH, Planeta Atlântida SC/RS, DETRAN/SE - Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe, DETRAN PE – Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco, DETRAN PB – Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba, DETRAN RS – Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul, PETROBRAS BRASIL, TCU - Tribunal de Contas da União, entre outros órgãos do Governo, Shoppings e empresas. Além disso, proporciona modernas tecnologias para o a Arena Grêmio, Arena Castelão, Estádio Presidente Vargas em Fortaleza/CE, Estádio Independência em Belo Horizonte/MG, Estádio Olímpico em Porto Alegre/RS, entre outros.

A Imply tem hoje uma linha bastante diversificada de seus produtos, trabalhando atualmente com mais de 65 produtos, nas áreas de informação e entretenimento.

Informação: Terminal de auto atendimento TAT, terminal de consulta TCI, terminal

de satisfação TPS, terminal 3i, monitores LCD, tela de toque touchscreen, painel informativo rodoviário PER, Sistema de gerenciamento de acesso e bilhetagem SIGA, sistema de informação aeroportuárias, sistema parlamentar de votação.

(38)

Figura 4 - Produção de terminais eletrônicos

Fonte: Departamento de Marketing da Imply

Entretenimento: Boliche oficial, bowling café, pino gigante, acessórios para boliche,

iAttack jungle, iBowl circus.

A fim de caracterizar a atuação da empresa, são destacados alguns projetos especiais e

cases de sucesso que a Imply Entretenimento realizou:

Arena do grêmio (Porto Alegre): O acesso ao estádio, às salas administrativas e estacionamentos da Arena Grêmio é gerenciado pelo Sistema Imply, tendo o controle integrado de 108 catracas imply, 279 portas prediais, 19 cancelas de estacionamento, e 30 PDV’s Imply para a venda de ingressos. Além da Arena Grêmio, a Imply também esta presente em outras Arenas como, Arena Pernambuco, Arena da Baixada, Arena da Amazônia, Arena das Dunas, Arena Fonte Nova e Arena Castelão, todos com o padrão internacional FIFA de reconhecimento, a Imply teve concorrência de grandes empresas internacionais. Os

cases de sucesso, como a solução desenvolvida para o Grêmio, conquistaram clientes, levando

os projetos da empresa para um novo patamar. Graças a um planejamento estratégico realizado desde 2006, quando se teve o anúncio que o Brasil iria sediar a Copa do Mundo 2014, a Imply hoje é a líder no fornecimento do Sistema de Gerenciamento de Acessos em

(39)

massa e Bilhetagem, e esta presente em 50% das 12 arenas que sediarão a Copa do Mundo 2014, como afirma Tironi (CEO IMPLY).

Figura 5 - Produção empresa Imply

Fonte: Departamento de marketing da Imply

A empresa Imply tem uma concorrência que está em uma curva crescente, para conseguir se impor no mercado a empresa trabalha com estratégias de âmbito global, ela está sempre presente em diversas feiras nacionais e internacionais, além de ações de benchmarking com a análise competitiva. Também são desenvolvidas ações de pesquisa de novas tecnologias em parcerias com as universidades UNISC e UFSM para manter seus produtos em constante inovação no mercado. No boliche por exemplo, a empresa Imply tem como principais concorrentes empresas de relevância mundial, empresas dos Estados Unidos, Alemanha e China. Para estar à frente de seus concorrente a Imply inovou, no mercado europeu a empresa criou o Bowling Café, que é uma pista de boliche mais curta, direcionada para espaços pequenos. A cada ano a Imply lança novos produtos nas feiras de entretenimentos, que são exclusividade no mercado.

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5.1.1 Perspectivas futuras

No mês de maio de 2013 a empresa Imply anunciou um investimento de R$10 milhões na qualificação do seu parque tecnológico. Até o final de 2014 pretende investir na ampliação da estrutura física e aquisição de máquinas e equipamentos de última geração, como por exemplo uma máquina de corte a laser. A empresa está sempre atenta a novas tecnologias que aparecem no mercado, que acrescentem qualidade a seu processo de produção e seus produtos. Segundo o CEO Tironi Paz Ortiz, a expectativa é dobrar a geração de empregos até 2015, chegando a 300 colaboradores. Depois de ter ampliado o faturamento em 100% de 2011 para 2012, é esperado um crescimento de mais 50% no ano de 2013. A previsão de faturamento até o final de 2015 é de R$100 milhões, além de duplicar o quadro de funcionários.

Sobre a inserção internacional a expansão é considerada satisfatória, mesmo com a crise mundial de 2008, a Empresa Imply pretende continuar expandindo seus negócios. A empresa está presente em mais de 45 países, com as mais diversas culturas, para os próximos anos esta previsto o ingresso em mercados que ainda não foram desbravados pela empresa. O objetivo principal é atingir 50% das vendas para o mercado interno e 50% para o mercado externo, pois hoje as exportações são de 30% das vendas da empresa. Os países que compram os produtos Imply têm muita confiança na qualidade deles, e portanto, se pretende continuar expandindo as vendas em novos mercados e seguir levando a tecnologia e qualidade gaúcha para o mundo.

5.2 Inovação

A missão e os valores que norteiam as estratégias de posicionamento da Imply no mercado têm como foco principal a inovação, como razão de seus negócios tanto no Brasil como no mercado internacional. Desenvolvem desta forma produtos e serviços diferenciados por meio de soluções inteligentes, que procuram atender às necessidades do mercado através de tecnologias com ideias criativas e inovadoras.

O parque tecnológico Imply é composto pelas áreas de Pesquisa & Desenvolvimento de produtos, fábrica de softwares, centro de usinagem com comando numérico computadorizado (CNC) para corte de madeiras e metais, injetora plástica, cabine de pintura à

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pó, impressora plotter, sistema de controle de estoque por código de barras. Neste ano 2013 a imply está comprando uma nova máquina que faz cortes a laser, ratificando o fato de que a empresa está sempre atenta a novas tecnologias que aparecem no mercado, que acrescentem qualidade a seu processo de produção e seus produtos, desta forma agregando ainda mais inovação e qualidade em sua linha de produção.

Figura 6 - Máquina de produção da empresa Imply

Fonte: Departamento de marketing da Imply

O parque tecnológico Imply foi projetado com a utilização de tecnologias ecológicas corretas. Com mais de 10 mil metros quadrados o prédio da empresa, integra a campanha One Degree Less, com telhado branco que reflete até 90% dos raios solares, reduzindo a temperatura do ambiente. Possui um sistema inteligente de ventilação natural e um projeto moderno de iluminação natural, com lentes prismáticas importadas. “Também optamos por tecnologias ecológicas em nossos produtos, desde as matérias primas até os displays de LED de baixo consumo” enfatiza Tironi Ortiz. Desta forma a Imply sempre está procurando inovar não somente em seus produtos, mas também em seus processos.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado brasileiro de software possui 79% dos programas

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